PT1759068E - Dispositivo de descarga automático com válvula magnética - Google Patents

Description

DESCRIÇÃO "DISPOSITIVO DE DESCARGA AUTOMÁTICO COM VÁLVULA MAGNÉTICA" A invenção refere-se a um dispositivo para abertura de um sistema de descarga para uma instalação sanitária. A invenção refere-se, mais particularmente, a um dispositivo de descarga para uma instalação sanitária, do tipo que compreende uma cisterna de água alimentada através de uma torneira ligada a uma rede de distribuição de água e que pode estar aberta para fazer com que a cisterna encha quando o nível de água desce abaixo de um limite inferior determinado e do tipo que compreende um orifício de descarga inferior e um elemento de válvula de descarga móvel verticalmente associado a este orifício que está apta a ocupar uma posição fechada baixa para manter a água no interior da cisterna ou uma posição aberta alta para descarregar a água para uma bacia de instalação sanitária e do tipo que compreende uma bóia que, quando a cisterna está cheia, fica submergida de modo a empurrar o elemento de válvula em direcção da sua posição aberta e do tipo que compreende um meio de bloqueio do elemento de válvula que está apta a ocupar uma posição bloqueada para manter o elemento de válvula fechado ou a ocupar uma posição desbloqueada para permitir que a bóia puxe o elemento de válvula da sua posição fechada para a sua posição aberta.

Conhecem-se vários dispositivos de descarga para uma instalação sanitária nos quais um dispositivo, que utiliza o princípio de impulsão de Arquimedes, torna possível transmitir 1 uma pressão de uma bóia submergida a um elemento de válvula para abertura da cisterna, por meio de um mecanismo de transmissão, tal como uma alavanca.

Em tais dispositivos, a bóia é habitualmente imobilizada por meio de um mecanismo de travamento e, quando é libertada, pode transmitir o seu movimento ascendente ao elemento de válvula por meio do mecanismo de transmissão para fazer com que o referido elemento de válvula abra. 0 controlo do mecanismo de travamento pode ser proporcionado facilmente através de um solenoide ou um electroiman que funciona com uma baixa tensão e de modo autónomo.

Esta configuração torna possivel, em particular, propor sistemas de descarga controlados automaticamente que, quando o utilizador deixa a instalação sanitária, disparam automaticamente o accionamento do elemento para abertura da cisterna, de forma a fazer com que a água seja descarregada para a bacia de instalação sanitária, sendo, por isso, o electroiman controlado electronicamente.

Esta configuração, embora eficaz, possui no entanto algumas desvantagens.

Para poder elevar eficazmente o elemento de válvula, a bóia deve estar disposta, necessariamente, no final da alavanca. Como resultado, devido às deformações de dobragem da referida alavanca, a sua posição não está estritamente definida na cisterna, de modo que é necessário proporcionar um mecanismo de 2 travamento de grandes dimensões apto a interagir com a bóia, mesmo se a última se mover alguns milímetros.

Em segundo lugar, a produção do mecanismo de transmissão em si próprio é dispendiosa.

Além disso, a produção do mecanismo de travamento é igualmente dispendiosa, dado requerer de facto, pelo menos, um sistema compreendendo um excêntrico interposto entre o electroíman e a bóia.

Por fim, o conjunto de bóia e mecanismo de transmissão ocupa um volume considerável na cisterna, o que torna as operações de manutenção do sistema de descarga difíceis, quer sejam operações de reparação, de limpeza ou de desincrustação.

Para remediar esta desvantagem, o documento WO-A-OO/49237 propôs um dispositivo disposto substancialmente de modo coaxial com o elemento de válvula de descarga, de forma a reduzir o número de elementos utilizados.

De um modo mais particular, o documento WO-A-OO/49237 propõe um dispositivo de abertura do sistema de descarga para uma instalação sanitária do tipo descrito previamente, no qual a bóia está fixa ao elemento de válvula e no qual o meio de bloqueio compreende uma barra de bloqueio móvel verticalmente, substancialmente coaxial com o elemento de válvula e fixa ao último, cuja extremidade pode ser mantida lateralmente numa posição bloqueada ou libertada para uma posição desbloqueada, através da extremidade de uma alavanca de basculamento que está articulada em relação à cisterna e que está apta a ser accionada através de um solenoide, de forma a impedir ou permitir, 3 selectivamente, que a barra e o elemento de válvula se elevem sob a acção da bóia, de forma a descarregar a água para a bacia de instalação sanitária.

Esta concepção possui muitas desvantagens.

Por um lado, a barra está fixa ao elemento de válvula, o que faz com que a montagem ou remoção do conjunto que consiste na barra e no elemento de válvula, seja particularmente complicada devido ao seu volume.

Por outro lado, a concepção complexa da alavanca de basculamento é incompatível com um ambiente sujeito a humidade elevada. Especificamente, podem formar-se concreções calcárias, provocadas pela água contida na cisterna, sobre a articulação da alavanca, ou entre a alavanca e a barra, e impedir a operação suave do dispositivo. 0 documento JP-A-9316962 divulga um dispositivo para abertura de um sistema de descarga para uma instalação sanitária, do tipo que compreende uma cisterna de água que compreende uma entrada de dreno. A entrada de dreno possui uma superfície diametral interior que pode ser aberta ou fechada através de um disco de válvula de bóia circular. 0 disco de válvula de bóia é controlado por um electroíman, de modo a que não flutue mesmo quando a água é fornecida, mas apenas quando o electroíman é ligado por um utilizador. 4

Esta concepção possui muitas desvantagens; uma delas é que o electroiman flutua. Este aspecto é incompatível com a fiabilidade. 0 documento GB-A-2167531 divulga um dispositivo para abertura de um sistema de descarga para uma instalação sanitária, do tipo que compreende uma cisterna de água que compreende uma passagem de saída e um corpo de válvula incluindo uma anilha de vedação associada a esta passagem de saída, apta a ocupar uma posição fechada baixa, para manter a água no interior da cisterna, ou uma posição aberta alta para descarregar a água através da passagem de saída e do tipo que compreende uma bóia que, quando a cisterna está cheia, fica submergida de modo a empurrar a válvula em direcção da sua posição aberta. 0 sistema de descarga para uma instalação sanitária compreende um varão que está ligado à sede da válvula e em cujo topo está um íman. A válvula compreende uma porção tubular que se estende em torno e ao longo do varão, de modo a terminar num anel fixo que pode ser elevado pela bóia. A bóia está dotada, na sua extremidade superior, com um anel que compreende um disco ferromagnético que interage com o íman do varão. Para quebrar a ligação magnética entre o disco e o íman de modo a abrir a válvula, o sistema de descarga para uma instalação sanitária está dotado com um fole pneumático, que está ligado ao anel e que compreende uma barra que pode empurrar o íman do varão para quebrar a ligação magnética, de modo a libertar a bóia, que pode elevar o anel e, assim, abrir a válvula.

Esta concepção complexa torna a montagem ou a remoção do conjunto muito difícil. 5 • Para remediar estas desvantagens, a invenção propõe um dispositivo do tipo descrito previamente, caracterizado por os meios de travamento serem coaxiais com o elemento de válvula, de acordo com o que o iman permanente é disposto próximo de uma secção vertical da barra e uma porção superior da mesma mantém uma placa metálica fixa à extremidade livre da secção vertical da barra sob a influência do seu campo magnético permanente, sendo o campo temporário criado pelo solenoide apta a ser disposto de modo a que possa ser libertada a placa metálica fixa à extremidade livre da secção vertical da barra.

De acordo com outras caracteristicas da invenção: - o meio de travamento é activado por defeito e pode ser desactivado electricamente; - o dispositivo compreende um suporte tendo uma forma substancialmente em "U", cujo ramo horizontal é atravessado pela secção vertical da barra e cujos ramos verticais recebem o iman permanente e o solenoide, de forma substancialmente cilíndrica, que são atravessados pela secção vertical da barra; - a cisterna compreende um compartimento que compreende: • uma porção inferior tubular, em que uma superfície de suporte roscada de extremidade inferior da mesma atravessa um furo da cisterna para proporcionar a fixação da referida porção inferior, que compreende, internamente, o orifício de descarga e na qual está montado o elemento de válvula de modo corrediço, 6 • uma porção superior em forma de "U" invertido, cujos braços superiores estão fixos à porção inferior tubular e em que entre os referidos braços superiores da mesma está fixo o meio de bloqueio, uma extremidade superior de uma porção superior do elemento de válvula tubular, que se projecta para o exterior desde a porção inferior tubular do compartimento entre os braços da porção superior do compartimento, para permitir que o elemento de válvula tubular seja fixo à bóia; - a bóia tem substancialmente a forma de um "U" invertido, cujo ramo horizontal atravessa os braços superiores da porção superior do compartimento, cujos braços laterais envolvem a porção inferior do compartimento e a bóia é encaixada sobre a extremidade superior do elemento de válvula; - a bóia é fabricada em poliestireno expandido e a extremidade superior do elemento de válvula cilíndrico compreende, na sua periferia exterior, dentes destinados a auxiliar o acoplamento da bóia sobre o elemento de válvula; - o elemento de válvula compreende: • a porção tubular superior, no interior da qual é recebida a secção vertical da barra, • uma porção tubular inferior, em que uma extremidade inferior tronco-cónica da mesma forma uma sede do elemento de válvula associada ao orifício de descarga, 7 • e uma parede interior transversal, que delimita a porção tubular superior e a porção tubular inferior, perfurada por, pelo menos, um orifício que forma uma descarga de nivel, e a extremidade inferior tronco-cónica compreende, pelo menos, um furo de extremidade com um diâmetro menor que o orificio de descarga, para permitir a descarga da água proveniente do orificio que forma uma descarga de nível; - a parede interior transversal compreende a face de suporte superior do elemento de válvula. A invenção refere-se, igualmente, a um método de controlo de um dispositivo do tipo descrito anteriormente. De acordo com este método, para accionar o dispositivo de descarga, é enviado um pequeno impulso eléctrico ao solenoide do meio de travamento.

Outras caracteristicas e vantagens da invenção aparecerão com a leitura da seguinte descrição pormenorizada, para a compreensão da qual se deve fazer referência aos desenhos apensos, nos quais: - a Figura 1 é uma vista esquemática em corte que representa um dispositivo de acordo com a invenção com o elemento de válvula fechado, - a Figura 2 é uma vista esquemática em corte que representa um dispositivo de acordo com a invenção com o elemento de válvula aberto, - a Figura 3 é uma vista em perspectiva do dispositivo de acordo com a invenção.

Na descrição que se segue, os elementos que são idênticos ou desempenham funções semelhantes têm os mesmos números de referência.

As Figuras 1 a 3 mostram um dispositivo 10 para abertura de um sistema de descarga para uma instalação sanitária no seu todo.

De um modo conhecido, como ilustrado de um modo mais particular pelas Figuras 1 e 2, o dispositivo 10 compreende uma cisterna 12 de água que é alimentada por uma torneira (não mostrada) que está ligada a uma rede de distribuição de água.

De um modo conhecido, como ilustrado pela Figura 1, esta torneira é pode ser aberta para fazer com que a cisterna 12 encha, quando o nível de água desce abaixo de um limite "B" inferior determinado. A torneira destina-se a fechar automaticamente, quando o nível de água atinge um limite "A" superior. A cisterna 12 compreende um orifício 14 de descarga inferior e um elemento 16 de válvula de descarga móvel vertical que está associado a este orifício 14. O elemento 16 de válvula está apto a ocupar uma posição fechada baixa, que foi representada na Figura 1, para manter a água no interior da cisterna 12, ou uma posição aberta alta, que foi representada na Figura 2, para descarregar a água para uma bacia de instalação sanitária (não mostrada). 9

De um modo conhecido, o dispositivo 10 compreende uma bóia 18 que, quando a cisterna 12 está cheia, fica submergida de modo a empurrar o elemento 16 de válvula em direcção da sua posição aberta na Figura 2, de acordo com o principio bem conhecido chamado de "principio de impulsão de Arquimedes". O dispositivo 10 compreende, igualmente um meio 20 de bloqueio do elemento 16 de válvula que está apto a ocupar uma posição bloqueada, mostrada na Figura 1, para manter o elemento 16 de válvula fechado, ou ocupar uma posição desbloqueada, mostrada na Figura 2, para permitir que a bóia 18 puxe o elemento 16 de válvula da sua posição fechada para a sua posição aberta.

De acordo com a invenção, a bóia 18 está fixa ao elemento 16 de válvula e o meio 20 de bloqueio compreende uma barra 22 de bloqueio móvel verticalmente, substancialmente coaxial com o elemento 16 de válvula e independente do referido elemento 16 de válvula, que pode mover-se entre: - uma posição bloqueada, na qual um meio 24 de travamento do meio 20 de bloqueio coaxial com a barra 22 é activado para imobilizar a barra 22 axialmente, de modo a que ela seja bloqueada em contacto com uma face 26 de suporte superior do elemento 16 de válvula, de forma a imobilizar o elemento 16 de válvula, - uma posição desbloqueada, na qual o meio 24 de travamento do meio 20 de bloqueio é desactivado para libertar a barra 22 e permitir que a barra 22 e o elemento 16 de válvula se elevem sob 10 a acção da bóia 18, de forma a descarregar a água para a bacia de instalação sanitária.

Sendo a barra 22 vantajosamente independente da face 6 de contacto superior do elemento de válvula, a montagem e a remoção do dispositivo 10 são extremamente fáceis.

Na forma de realização preferida da invenção, o meio 24 de travamento é activado por defeito e pode ser desactivado electricamente. Como resultado, logo que a cisterna 12 tenha sido cheia com água por meio da torneira, a água permanece na cisterna 12 até que os meios 24 de travamento sejam desactivados electricamente.

Quaisquer meios conhecidos da técnica anterior, podem ser adequados para produzir o meio 24 de travamento coaxial sob o entendimento da invenção.

No entanto, na forma de realização preferida da invenção, o meio 24 de travamento consiste numa "válvula magnética" que compreende um iman 28 permanente que está disposto próximo de uma secção 30 vertical da barra 22 e em que uma porção 32 superior da mesma mantém uma placa 34 metálica fixa à extremidade 36 livre da secção 30 vertical da barra 22 sob a influência do seu campo magnético permanente, como mostrado na Figura 1.

Por exemplo, a barra 22 pode consistir num varão que forma a secção 30 vertical e cuja extremidade roscada atravessa a placa 34 metálica, estando a placa 34 metálica fixa ao varão através de uma porca. 11 0 meio de travamento compreende igualmente um solenoide 38, conhecido mais vulgarmente como um "electroíman", que está disposto próximo do iman 28 permanente e que é capaz de ser controlado electricamente, como mostrado na Figura 2, para estabelecer um campo temporário contrário ao campo magnético criado pelo iman 28 permanente.

Na forma de realização preferida da invenção, e de um modo não limitativo da última, como mostrado nas Figuras 1 a 3, o iman 28 permanente é atravessado por uma secção 30 vertical da barra 22. Entender-se-á que a secção 30 vertical da barra 22 pode ocupar qualquer configuração próxima do iman permanente, sem estar limitada de qualquer modo pela configuração que foi descrita neste documento, apenas como um exemplo.

Deste modo, quando o solenoide 38 é accionado electricamente, o campo temporário do solenoide 38 opõe-se ao campo permanente do iman 28 permanente. Isto é utilizado para libertar a placa 34 metálica fixa à extremidade 36 livre da secção 30 vertical da barra 22.

Esta concepção tem a vantagem de imobilizar ou libertar directamente a extremidade da barra 22 sem utilizar elementos de bloqueio adicionais que poderiam ser bloqueados por concreções calcárias que se poderiam formar na cisterna.

Como se mostrou nas Figuras 1 e 2, o dispositivo compreende um suporte 27 que possui uma forma substancialmente em "U", cujo ramo horizontal é atravessado pela secção 30 vertical da barra 22 e cujos ramos verticais recebem o iman 28 permanente acoplado ao solenoide 38, ambos de forma substancialmente cilíndrica, que 12 são recebidos entre os ramos 29 do "U" do suporte 2 7 e são atravessados pela secção 30 vertical da barra 22.

Além disso, o elemento 16 de válvula é substancialmente cilíndrico. A barra 22 de bloqueio e o meio 24 de travamento, isto é, o solenoide 38, o íman 28 permanente e a barra 22, são substancialmente coaxiais com o elemento 16 de válvula. Esta configuração não é de qualquer modo limitativa da invenção, mas é utilizada para minimizar o volume do dispositivo 10.

Para reter o elemento 16 de válvula e o meio 24 de travamento, a cisterna 12 compreende um compartimento 40 que compreende uma porção 42 inferior tubular, em que uma superfície 43 de contacto de extremidade roscada inferior da mesma atravessa um furo 45 da cisterna 12 para proporcionar a fixação da referida porção 42 inferior. A porção 42 inferior do compartimento 40 compreende o orifício 14 de descarga e o elemento 16 de válvula está montado de modo corrediço no interior da porção 42 inferior, de forma a bloquear ou destapar selectivamente o orifício 14 de descarga. O compartimento 40 compreende igualmente uma porção 46 superior em forma de "U" invertido, cujos braços 48 superiores estão fixos à porção 42 inferior. Os braços 48 superiores compreendem, nas suas extremidades inferiores, entalhes 49 utilizados para ajustar a sua altura em olhais 51 da porção 42 inferior. O meio 20 de bloqueio está fixo entre os referidos braços 48 superiores. Como um resultado, o íman 28 permanente compreende, nas suas extremidades transversais, parafusos 23 13 para fixar de modo ajustado os braços 48 superiores nas aberturas 25.

Saliente-se que a porção 46 superior pode compreender vantajosamente uma rosca 41 para a fixação de acessórios electrónicos (não mostrados) e uma rosca 43 coaxial para a fixação de uma tampa (não mostrada) da cisterna.

Nesta configuração, uma extremidade 15 superior do elemento 16 de válvula projecta-se para o exterior da porção 42 inferior tubular do compartimento 40 e entre os braços 48 da porção 46 superior para permitir que o elemento 16 de válvula seja fixo à bóia 18.

Além disso, a bóia 18 tem substancialmente a forma de um "U" invertido, cujo ramo 17 horizontal atravessa os braços 48 superiores da porção 46 superior do compartimento 40 e cujos braços 19 laterais rodeiam a porção 42 inferior do compartimento 40. A bóia 18 é adaptada no seu ramo 17 horizontal sobre a extremidade 15 saliente do elemento 16 de válvula.

De um modo mais particular, a bóia 18 é fabricada em poliestireno expandido. Para a fixação da bóia 18 e do elemento 16 de válvula, a extremidade 15 superior saliente do elemento 16 de válvula compreende dentes 50 destinados a auxiliarem o acoplamento da bóia 18 ao elemento 16 de válvula.

De um modo vantajoso, o elemento 16 de válvula compreende uma porção 52 tubular superior, que compreende a extremidade 15 superior, no interior da qual é recebida a secção 30 vertical da barra 22, e uma porção 54 tubular inferior, em que uma extremidade 55 inferior tronco-cónica da mesma, fabricada, por 14 exemplo, em elastómero, forma uma sede do elemento 16 de válvula associada ao orifício 14 de descarga. 0 elemento 16 de válvula compreende igualmente uma parede 58 interior transversal, que delimita a porção 52 tubular superior e a porção 54 tubular inferior que é perfurada por, pelo menos, um orifício 60 que forma uma descarga de nível. Este orifício 60 destina-se a permitir a passagem da água no elemento 16 de válvula em direcção de um furo 56 na extremidade 55 inferior tronco-cónica. Este furo 56 é de um diâmetro menor que o orifício de descarga 14, para permitir a descarga da água.

De um modo vantajoso, a parede 58 interior transversal compreende a face 26 de suporte superior do elemento 16 de válvula que se destina a receber a barra 22 de contacto e o orifício 60 está disposto radialmente em relação ao ponto de contacto da barra 22.

Deste modo, a barra 22 tem um comprimento adequado. A face 26 de suporte pode compreender vários orifícios 60, distribuídos angularmente de modo regular em torno da barra 22.

Se a torneira se encravar na posição aberta, a água descarrega através da extremidade 15 superior do elemento 16 de válvula para o interior do referido elemento de válvula e é descarregada através do orifício 60 e do furo 56 para a bacia de instalação sanitária e impede a cisterna 12 de transbordar.

Nesta configuração, entender-se-á que um método de controlo de um tal dispositivo 10 compreende, para actuar o sistema de descarga, pelo menos, um passo durante o qual é enviado um 15 pequeno impulso eléctrico ao solenoide 38 do meio 24 de travamento, que tem o efeito de libertar temporariamente a barra 22 e permitir que o elemento 16 de válvula se eleve sob o efeito da impulsão de Arquimedes aplicado à bóia 18, como mostrado na Figura 2.

Um sistema de controlo electrónico (não mostrado), que está fixo à rosca 41, é, por exemplo, utilizado possivelmente para provocar a libertação da barra 22 através do envio de um impulso eléctrico para o solenoide 38. Podem utilizar-se, por exemplo, baterias para accionar uma cascata de módulos, compreendendo um módulo de detecção electrónico que transmite um item de informação, em relação à presença ou ausência de um utilizador, a um módulo de amplificação, que transmite este item de informação a uma unidade central que determina o tempo que o utilizador esteve presente e, quando a presença do utilizador já não é detectada após um certo tempo, dispara a transmissão de um impulso para um módulo para controlar o solenoide 38, que fornece um impulso eléctrico ao referido solenoide 38, de modo a que o último liberte a barra 22 e faça com que o sistema de descarga seja descarregado.

Como se pode observar, este dispositivo 10 para abertura de um sistema de descarga é particularmente vantajoso, dado tornar possivel utilizar apenas elementos accionados com uma baixa tensão fornecida por baterias, formando a impulsão de Arquimedes a fonte principal de energia para todas as forças que consumem muita energia.

Lisboa, 18 de Fevereiro de 2010 16

Claims (9)

1. REIVINDICAÇÕES 1. Dispositivo (10) para abertura de um sistema de descarga para uma instalação sanitária, do tipo que compreende uma cisterna (12) de água alimentada através de uma torneira destinada a ser ligada a uma rede de distribuição de água, e que pode ser aberta para fazer com que a cisterna (12) encha quando o nivel de água desce abaixo de um limite (B) inferior determinado, compreendendo o referido dispositivo (10) um orificio (14) de descarga inferior e um elemento (16) de válvula de descarga móvel vertical associado a este orificio (14) que está apto a ocupar uma posição fechada baixa para manter a água no interior da cisterna (12) ou uma posição aberta alta para descarregar a água para uma bacia de instalação sanitária e do tipo que compreende uma bóia (18) que, quando a cisterna (12) está cheia, fica submergida de modo a empurrar o elemento (16) de válvula em direcção da sua posição aberta e compreendendo o referido dispositivo um meio (20) de bloqueio para bloqueio do elemento de válvula, que está apto a ocupar uma posição bloqueada para manter o elemento (16) de válvula fechado ou a ocupar uma posição desbloqueada para permitir que a bóia (18) puxe o elemento (16) de válvula da sua posição fechada para a sua posição aberta, estando a bóia (18) fixa ao elemento (16) de válvula e compreendendo o meio (20) de bloqueio uma barra (22) de bloqueio móvel verticalmente coaxial com o elemento (16) de válvula e independente do referido elemento (16) de válvula que pode mover-se entre: 1 - uma posição bloqueada, na qual um meio (24) de travamento para travamento do meio (20) de bloqueio coaxial com a barra (22) é activado para imobilizar a barra (22) axialmente, de modo a ser bloqueada em contacto com uma superfície (26) de suporte superior do elemento (16) de válvula, de forma a imobilizar o elemento (16) de válvula, - uma posição desbloqueada, na qual o meio (24) de travamento para travamento do meio (20) de bloqueio é desactivado para libertar a barra (22) e para permitir que a barra (22) e o elemento (16) de válvula se elevem sob a acção da bóia (18), de forma a descarregar a água para a bacia de instalação sanitária, sendo o elemento (16) de válvula substancialmente tubular, compreendendo o meio de travamento: - um íman (28) permanente - um solenoide (38), disposto próximo do íman (28) permanente, que está apto a ser controlado electricamente para estabelecer um campo temporário contrário ao campo magnético criado pelo íman (28) permanente, caracterizado por o meio (24) de travamento ser coaxial com o elemento (16) de válvula, de acordo com o que o íman (28) permanente está disposto próximo de uma secção (30) vertical da barra (22) e em que uma porção (32) superior da mesma mantém uma placa (34) metálica fixa à extremidade (36) livre da secção (30) vertical da barra (22) sob a influência do seu campo magnético permanente, sendo o campo temporário criado pelo solenoide (38) apto a 2 ser disposto de modo a que possa ser libertada a placa (34) metálica fixa na extremidade (36) livre da secção (30) vertical da barra (22).
2. 2. Dispositivo (10) de acordo com a reivindicação anterior, caracterizado por o meio (24) de travamento ser activado por defeito e por poder ser desactivado electricamente.
3. 3. Dispositivo de acordo com a reivindicação anterior, caracterizado por compreender um suporte (27) tendo uma forma substancialmente em "U", cujo ramo horizontal é atravessado pela secção (30) vertical da barra (22) e cujos ramos verticais recebem o iman (28) permanente e o solenoide, de forma substancialmente cilíndrica, que são atravessados pela secção (30) vertical da barra (22).
4. 4. Dispositivo (10) de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado por a cisterna (12) compreender um compartimento (40) que compreende: - uma porção (42) inferior tubular em que uma superfície de suporte roscada de extremidade inferior da mesma atravessa um furo da cisterna para proporcionar a fixação da referida porção inferior, que compreende, internamente, o orifício de descarga e na qual está montado o elemento (16) de válvula de modo corrediço, - uma porção (46) superior em forma de "U" invertido, cujos braços (48) superiores estão fixos à porção inferior tubular e em que entre os referidos braços (48) superiores da mesma está fixo o meio (20) de bloqueio, 3 projectando-se uma extremidade (15) superior de uma porção (52) superior do elemento de válvula tubular para o exterior da porção inferior tubular do compartimento entre os braços da porção superior do compartimento, para permitir que o elemento de válvula tubular seja fixo à bóia.
5. 5. Dispositivo (10) de acordo com a reivindicação anterior, caracterizado por a bóia (18) ter, substancialmente, a forma de um "U" invertido, cujo ramo horizontal atravessa os braços superiores da porção superior do compartimento (40), cujos braços laterais envolverem a porção inferior do compartimento (40) e por a bóia ser encaixar sobre a extremidade superior do elemento de válvula.
6. 6. Dispositivo de acordo com a reivindicação anterior, caracterizado por a bóia ser fabricada em poliestireno expandido e por a extremidade superior do elemento de válvula cilíndrico compreender, na sua periferia exterior, dentes destinados a auxiliarem o acoplamento da bóia ao elemento de válvula.
7. 7. Dispositivo (10) de acordo com qualquer uma das Reivindicações 4 a 6, caracterizado por o elemento (16) de válvula compreender: - a porção (52) tubular superior, no interior da qual é recebida a secção (30) vertical da barra (22), uma porção (54) tubular inferior, em que uma extremidade inferior tronco-cónica da mesma forma uma sede 4 do elemento (16) de válvula associada ao orifício (14) de descarga, - e uma parede interior transversal, que delimita a porção tubular superior e a porção tubular inferior, perfuradas por, pelo menos, um orifício (60) que forma uma descarga de nível, e por a extremidade inferior tronco-cónica compreender, pelo menos, um furo (56) de extremidade com um diâmetro menor que o orifício (14) de descarga para permitir a descarga da água proveniente do orifício (60) que forma uma descarga de nível.
8. 8. Dispositivo (10) de acordo com a reivindicação anterior, caracterizado por a parede (58) interior transversal compreender a face (26) de suporte superior do elemento de válvula.
9. 9. Método de controlo de um dispositivo de acordo com as Reivindicações 2 a 8, caracterizado por, para accionar o dispositivo de descarga, ser enviado um pequeno impulso eléctrico ao solenoide (38) do meio (24) de travamento. Lisboa, 18 de Fevereiro de 2010 5