PT1647723E - Ponteira de tubo, em particular de montantes de escada ou de escadote e processo de montagem - Google Patents

Description

DESCRIÇÃO "PONTEIRA DE TUBO, EM PARTICULAR DE MONTANTES DE ESCADA OU DE ESCADOTE E PROCESSO DE MONTAGEM" A invenção refere-se a um conjunto de uma ponteira e de uma extremidade de tubo, em particular, de um montante de escada ou de escadote e ao seu processo de montagem. É conhecido que as ponteiras de montante de escada, em particular aquelas montadas nos montantes de forma fixa, por parafusos ou rebites, estão sujeitas a riscos de desmontagem devido à utilização e, sobretudo, devido às vibrações do transporte nas malas dos veículos e, por consequência, estão sujeitas a um risco de perda, o que pode comprometer a utilização das escadas correspondentes e a segurança da sua utilização.

Conhece-se pelo documento US-A-1496580 um conjunto compreendendo uma ponteira e uma extremidade de tubo de acordo com o preâmbulo da reivindicação 1. A deformação do tubo é efectuada na direcção do interior do tubo e é difícil de realizar. A invenção visa obter uma ponteira de tubo que seja fácil de montar e que não possa ser desmontada durante a utilização e, portanto, "imperdível". 1

Com efeito, propõe-se de acordo com a invenção um conjunto de uma ponteira e de uma extremidade de tubo metálico, em conformidade com a reivindicação 1. A deformação ou dobragem lateral externa da parte da extremidade do tubo à direita do orificio podem resultar de embutidura.

De uma forma vantajosa, a referida parte da extremidade do tubo é ligeiramente cortada, sensivelmente à largura do orificio para permitir a referida dobragem lateral. A referida parte de metal, rebatida ou dobrada lateralmente na direcção do espaço livre do orificio, pode ter a forma de uma lingueta, sensivelmente da largura do orificio e da espessura do tubo, sendo esta lingueta dobrada, por exemplo, em ângulo recto com o tubo ou num ângulo menor. A largura da lingueta para os tubos de montantes de escada ou de escadote habituais é de alguns milímetros, por exemplo, cerca de 2 a 10 mm.

De um modo preferido, a ponteira compreende dois orifícios opostos formados, por exemplo, em cada lado da largura, num plano médio da ponteira ou próximo, de modo a que a fixação da ponteira com as duas linguetas dobradas do tubo seja muito rígida e sem desmontagem possível num lado.

Resulta desta disposição que as linguetas dobradas lateralmente à força nos espaços livres dos orifícios constituem elementos de imobilização que bloqueiam a posição encaixada da ponteira no tubo, que são praticamente indeformáveis e não estão 2 sujeitas a desaparafusar e a ganhar folga como os parafusos e os rebites de fixação das ponteiras tradicionais.

Além disso, para o utilizador, estas linguetas constituem testemunhos visuais da segurança do bom encaixe, a fundo, da ponteira no tubo. A invenção refere-se, igualmente, a um processo de montagem de um conjunto compreendendo uma ponteira e uma extremidade de um tubo, caracterizado por compreender as seguintes etapas: - encaixa-se a ponteira no tubo até ao fundo, ficando então a extremidade do tubo apoiada no fundo da ponteira; - introduz-se, a partir do exterior da ponteira, uma ferramenta de deformação do metal, por exemplo, de corte e de dobragem, no orificio da referida ponteira encaixada no tubo, tendo a referida ferramenta a forma geral de canto, eventualmente com duas pequenas arestas laterais de corte e de dimensões ligeiramente menores que as do orificio, e aplica-se à força, por exemplo, por meio de uma prensa, a referida ferramenta , no orifício, contra a extremidade do tubo, de forma a rebater lateralmente para o exterior 3. referida parte do tubo na sua frente, contra o espaço livre lateral do orificio para aprisionar a ponteira no tubo.

De uma forma vantajosa, com o auxilio das referidas duas arestas da ferramenta, formam-se dois pequenos cortes laterais na parte da extremidade do tubo em frente do orificio, para facilitar a dobragem deste pela ferramenta como uma lingueta. 3 A invenção é, em seguida, ilustrada utilizando um exemplo de realização e com referência aos desenhos anexos, nos quais; - a figura 1 é uma vista em perspectiva explodida de uma ponteira de um conjunto de acordo com a invenção e da extremidade de um montante tubular de escada que o recebe, - a figura 2 é uma vista semelhante à anterior da ponteira montada no montante de escada, e - a figura 3 mostra a introdução da ferramenta de corte e dobragem do metal no orifício da ponteira.

Com referência ao desenho e, em particular, às figuras 1 e 2, representou-se uma ponteira 1 de tubo de acordo com a invenção, destinada a ser montada num montante 3 tubular metálico de escada. Este último é um perfil metálico, de um modo preferido de alumínio e de secção oblonga regular. Compreende uma parte 5 de extremidade de corte direito na sua parte inferior. Nesta parte inferior é montada a referida ponteira 1, que desempenha aqui o papel de calço de um montante de escada.

Esta extremidade resulta de moldagem em material sintético, em particular material plástico. É do tipo envolvente, sendo montada por encaixe na parte da extremidade do montante 3. Compreende, deste modo, uma cavidade interna de secção complementar daquela do montante, com uma folga, e um fundo 7 no qual vem encostar a extremidade 5 do montante no encaixe. Compreende, além disso, uma sola 9 inferior ranhurada, destinada a repousar no solo e numa saia 11 superior estendendo-se a uma 4 altura reduzida, de 3 a 5 cm, contra a parede do montante, na montagem.

Dois orifícios 13 laterais, opostos um ao outro, são formados em cada um dos lados da largura da sola 9, perto da parte média do calço e no mesmo plano paralelo aos lados do comprimento da ponteira. Estes orifícios 13 são formados com um espaço livre 15 lateral externo na saia 11, ligeiramente acima do fundo 7 da ponteira. Em seguida e como se vê na figura 3, estes orifícios 13 deixaram aparecer, após o encaixe da ponteira no tubo, uma parte 17 descoberta da extremidade do tubo de montante oposto. É esta parte 17 metálica que é deformada lateralmente, rebatida contra o espaço 15 livre do orifício e que permite solidarizar a ponteira ao tubo, como se vê na figura 2 que mostra a ponteira após a montagem. A montagem é agora descrita. Esta é simples e rápida.

Inicialmente, consiste em encaixar a ponteira 1 no tubo 3, até ao fundo, de modo a que a extremidade do tubo 5 repouse contra o fundo 7 da ponteira.

Em seguida, engata-se, a partir do exterior da ponteira e de baixo para cima de acordo com a seta (fig. 3), uma ferramenta 19 com a forma de canto em cada um dos orifícios 13 da ponteira. Esta ferramenta 19 é formada para entrar no orifício 13, sendo de dimensões sensivelmente inferiores àquelas do orifício 13 em secção. Compreende duas arestas 21 laterais e uma parte 23 em canto na sua extremidade. Durante a introdução à força da ferramenta no orifício, este vem contra a parte 17 de metal descoberta e as arestas 21 cortam, de cada lado desta parte, um pequeno comprimento de metal e o movimento subsequente para o 5 interior da parte 23 em canto, rebate lateralmente a parte cortada para o exterior, contra o espaço 15 livre do orifício. Desta forma, a ponteira é retida de forma solidária com o tubo, por um lado pelo seu fundo em apoio contra o tubo e, por outro lado, pela parte de metal rebatida (com forma de lingueta) em apoio contra o espaço 15 livre, retendo a ponteira no outro sentido. A mesma operação é feita para o segundo orifício 13 de modo a que a ponteira seja retida no tubo no outro lado, igualmente, (simetricamente em dois lados opostos).

Em seguida, a ponteira é montada no tubo de um montante de escada, como representado na figura 2. De uma forma vantajosa, a montagem é efectuada mecanicamente, à máquina, sendo o processo assegurado de uma maneira automática, continua e controlada, do encaixe da ponteira no tubo até ao rebatimento lateral do material do tubo em cada espaço livre do orifício. Não necessita de nenhum elemento extra, tal como parafusos ou rebites para a sua fixação.

Lisboa, 29 de Agosto de 2008 6

Claims (8)

1. REIVINDICAÇÕES 1. Conjunto compreendendo: - a extremidade de um tubo (3) metálico, em particular de um montante de escada ou escadote, e - uma ponteira (1) metálica de tubo, do tipo envolvente com uma cavidade interna complementar, com a folga suficiente para encaixe justo na parte da extremidade do tubo (3) que a recebe, e compreendendo, pelo menos, um orificio (13) formado sensivelmente ao nível da periferia do seu fundo (7) recebendo a extremidade do tubo (5) para encaixe, tendo o referido orifício (13) um espaço (15) livre lateral situado ligeiramente para cá do fundo ou da extremidade (5) do tubo encaixado, estando a parte (17) da extremidade do tubo situada à direita do orifício (13) deformada relativamente ao espaço (15) livre lateral do orifício para vir prender-se ai, de forma a travar a ponteira (1) encaixada de forma solidária com o tubo (3), caracterizada por esta parte da extremidade do tubo (17) estar deformada para o exterior do tubo.
2. 2. Conjunto de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a referida parte do tubo (17) ser ligeiramente cortada, sensivelmente com a largura do orificio, e ser dobrada lateralmente contra o espaço (15) livre.
3. 3. Conjunto de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por a referida parte (17) de metal dobrada lateralmente sobre o 1 espaço (15) livre do orifício ter a forma de uma lingueta, sensivelmente da largura do orifício (13) e da espessura do tubo (3), estando esta lingueta (17) dobrada, por exemplo, em ângulo recto com o tubo ou num ângulo menor.
4. 4. Conjunto de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por a largura da lingueta (17) para os tubos (3) de montantes de escada ou de escadote habituais estar compreendida entre 2 e 10 mm.
5. 5. Conjunto de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizado por a ponteira (1) compreender dois orifícios (13) opostos, formados, por exemplo, em cada um dos seus lados da largura e dispostos num plano médio da ponteira ou próximo, de modo a que a imobilização da ponteira com as duas linguetas (17) dobradas do tubo seja muito rígida e sem desmontagem possível num lado.
6. 6. Conjunto de acordo com uma das reivindicações 3-5, caracterizado por as referidas linguetas (17) constituírem, além disso, testemunhos visuais de segurança, para o utilizador, do bom encaixe, até ao fundo, da ponteira (1) no tubo (3) .
7. 7. Processo de montagem de um conjunto tal como definitivo segundo uma das reivindicações anteriores, caracterizado por compreender os seguintes estágios: - encaixa-se a ponteira (1) no tubo (3) até ao fundo, estando então a extremidade do tubo (3) em apoio sobre o fundo (7) da ponteira; 2 - introduz-se, a partir do exterior da ponteira (1), uma ferramenta (19) de deformação do metal no orifício (13) da referida ponteira (1) encaixada no tubo (3), tendo a referida ferramenta (19) a forma geral de canto, de dimensões ligeiramente menores que aquelas do orifício (13), e - aplica-se à força, por exemplo por meio de uma prensa, a referida ferramenta (19) no orifício (13) contra a extremidade do tubo (3), de forma a rebater lateralmente para o exterior a referida parte do tubo (17) na sua frente contra o espaço (15) livre lateral do orifício para aprisionar a ponteira (1) no tubo (3) .
8. 8. Processo de montagem de um conjunto segundo a reivindicação 7, caracterizado por a referida ferramenta (19) compreender duas pequenas arestas (21) laterais de corte da parte do tubo (17), de forma a realizar, com o auxílio das referidas arestas (21) dois pequenos cortes laterais na parte da extremidade do tubo (17) facilitando a sua dobragem como uma lingueta. Lisboa, 29 de Agosto de 2008 3 1/2

   FIG.2

   \