PT1561847E

PT1561847E - ''processo e dispositivo para o fabrico de materiais isolantes em forma de manta contínua ou de placas, feitas a partir de fibras minerais''

Info

Publication number: PT1561847E
Application number: PT05000994T
Authority: PT
Inventors: Gerd-Ruediger Dr Ing Klose; Peter Nowack
Original assignee: Rockwool Mineralwolle
Priority date: 2004-01-21
Filing date: 2005-01-19
Publication date: 2007-09-14
Also published as: DE102005002649A1

Description

DESCRIÇÃO

"PROCESSO E DISPOSITIVO PARA O FABRICO DE MATERIAIS ISOLANTES EM FORMA DE ΜΑΝΤΑ CONTÍNUA OU DE PLACAS, FEITAS A PARTIR DE FIBRAS MINERAIS" A invenção refere-se a um processo para o fabrico de materiais isolantes em forma de manta continua ou de placas, a partir de fibras minerais, de preferência a partir de lã de rocha fixada com agentes aglutinantes, processo no qual um material silicioso em fusão é produzido numa unidade de fusão e desfibrado numa instalação de desfibração para formar nomeadamente fibras minerais microscopicamente finas, sendo as fibras minerais, de um modo preferido, após ter sido adicionado um agente aglutinante e/ou de impregnação, depositadas num equipamento de transporte sob a forma de uma manta continua à base de fibras minerais, sendo a manta continua à base de fibras minerais seguidamente processada para lhe conferir uma determinada forma e sendo essa manta continua finalmente aduzida a uma estufa. Além disso a invenção refere-se a um dispositivo para o fabrico de materiais isolantes em forma de manta continua ou de placas, a partir de fibras minerais, de um modo preferido a partir de lã de rocha fixada com agentes aglutinantes, abrangendo uma unidade de fusão, uma instalação de desfibração, um equipamento de transporte e uma estufa, sendo produzido na unidade de fusão um material silicioso em fusão que é desfibrado numa instalação de desfibração para formar nomeadamente fibras minerais microscopicamente finas, sendo as fibras minerais, de um modo preferido, após ter sido adicionado um agente aglutinante e/ou de impregnação, depositadas num equipamento de 1 transporte sob a forma de uma manta contínua à base de fibras minerais, sendo a manta contínua à base de fibras minerais seguidamente processada para lhe conferir uma determinada forma e sendo essa manta contínua finalmente aduzida a uma estufa. Finalmente a invenção refere-se a um elemento de material isolante, nomeadamente a uma manta contínua à base de fibras minerais capaz de ser enrolada, que é constituída por fibras minerais fixadas pelo menos com agentes aglutinantes, fibras essas que de um modo preferido são feitas de lã de rocha, bem como a um elemento de material isolante, nomeadamente a um tecido não urdido primário constituído por fibras minerais fixadas pelo menos com agentes aglutinantes, fibras essas que de um modo preferido são feitas de lã de rocha, elementos que possuem duas superfícies grandes, bem como superfícies laterais com uma orientação perpendicular às anteriores, estendendo-se as fibras minerais no essencial numa direcção paralela à das superfícies grandes.

No estado actual da técnica são já conhecidos materiais isolantes à base de fibras minerais. Distingue-se nomeadamente entre materiais isolantes à base de lã de vidro e à base de lã de rocha. Tanto os materiais isolantes feitos de lã de vidro como também os materiais isolantes feitos de lã de rocha são constituídos por fibras minerais solidificadas com uma forma vítrea que, para serem ligadas entre si, contêm regra geral agentes aglutinantes de origem orgânica e que, para as tornar hidrofóbicas e susceptíveis de captarem pó, contêm de um modo preferido óleos minerais.

As fibras minerais solidificadas dos materiais isolantes, que têm uma forma vítrea, são formadas a partir de matérias siliciosas em fusão, sendo as fibras relativamente curtas. Os 2 materiais em fusão utilizados contêm uma grande parcela de terras alcalinas. A viscosidade de uma tal matéria em fusão depende por isso da temperatura dessa matéria, subindo a viscosidade fortemente à medida que a temperatura da matéria em fusão aumenta. Além disso a matéria em fusão tem uma extraordinária capacidade de formação de núcleos de cristalização, cristalizando a matéria seguidamente de maneira muito rápida. Por isso a faixa de temperaturas na qual é possível proceder a uma moldagem é muito estreita.

Habitualmente as fibras minerais são produzidas nas assim chamadas máquinas desfibradoras em cascata, que foram por exemplo descritas nos documentos da WO 01/23314 AI ou da EP 0 825 966 AI. No estado actual da técnica ficaram além disso a ser conhecidas máquinas desfibradoras de uma só roda que no entanto são actualmente consideradas como sendo muito pouco económicas. Além disso ficou a ser conhecido um processo de sopragem por meio de bicos ejectores, no qual o material em fusão sai a partir de vários bicos ejectores do lado de baixo do fundo de uma cuba de fusão, sendo seguidamente soprado para formar fibras minerais.

As máquinas de desfibração em cascata, que são consideradas como tendo um rendimento especialmente elevado, apresentam uma larga área de carga e estão na maioria dos casos equipadas de quatro corpos ocos em forma de cilindro que estão dispostos uns por baixo dos outros com desalinhamento entre si. Os corpos ocos em forma de cilindro rodam em torno do seu eixo orientado na horizontal com velocidades periféricas elevadas, que aumentam de etapa para etapa, alternando o sentido de rotação de um corpo oco para o corpo oco seguinte. 3

Numa área periférica não sujeita à incidência de material em fusão dos três corpos ocos inferiores em forma de cilindro, que são considerados como sendo os cilindros nos quais predominantemente se formam as fibras, estão dispostos bicos ejectores dos quais sai ar com velocidades compreendidas entre cerca de 30 e cerca de 170 m/s, de um modo preferido cerca de 70 a 120 m/s. A direcção principal do jacto pode ser paralela ao eixo de accionamento dos corpos ocos em forma de cilindro ou então estar orientada de modo a divergir de um certo ângulo em relação àquela direcção. A matéria siliciosa em fusão é conduzida ao primeiro corpo oco em forma de cilindro, que deve ter unicamente uma função de distribuição, de modo que um jacto estreito de material em fusão é transformado numa faixa larga, sendo essa faixa transferida para o corpo oco seguinte em forma de cilindro. Sendo aduzida uma elevada massa de material em fusão, torna-se mesmo assim necessário que também o primeiro corpo oco em forma de cilindro seja accionado com uma elevada velocidade de rotação, de modo que já na área do primeiro corpo oco (superior) em forma de cilindro se verifica a formação, se bem que não desejada, de fibras minerais. A partir do material em fusão que incide sobre os corpos ocos em forma de cilindro soltam-se partículas, sob o efeito das forças centrífugas, partículas essas que são estiradas para formar fibras minerais ou então formam corpos de forma esférica que não são os que se pretendem quando se trata do fabrico de materiais isolantes a partir de fibras minerais. Estes corpos são transportados por acção do ar em forte turbilhão que passa tangencialmente sobre os corpos ocos em forma de cilindro para uma câmara colectora que se segue à máquina de desfibração em cascata. Durante essa operação as fibras minerais, que são ainda capazes de ser moldadas durante um curto período de tempo, são 4 encurvadas ou enroladas sobre si próprias. Sob estas condições fluidicas e devido à estreita faixa de tempo de laboração do material em fusão não é possível obter fibras longas e lisas.

Como já anteriormente se referiu, as fibras minerais são fixadas com agentes aglutinantes para formar uma manta contínua à base de fibras minerais. 0 agente aglutinante dissolvido em água é habitualmente aspergido para dentro da massa de fibras minerais, passando através do eixo oco do corpo oco em forma de cilindro e/ou através de bicos ejectores dispostos na superfície periférica desse corpo. Durante esta operação as fibras minerais atravessam a zona de aspersão. 0 agente aglutinante é habitualmente constituído por uma mistura de resinas fenólicas, à base de formaldeído ou à base de ureia, que solidificam de forma duroplástica e cujos monómeros se apresentam numa forma solúvel em água. A água contida no agente aglutinante evapora de maneira explosiva, de modo que o agente aglutinante é disperso sob a forma de finíssimas gotículas. Simultaneamente retira-se ao meio ambiente a necessária energia de vaporização, de modo que tanto as fibras minerais formadas como também os corpos de forma esférica arrefecem tão rapidamente que solidificam de forma vítrea.

Em conjunto com a água adiciona-se também ao processo destinado ao fabrico de fibras minerais para a produção de materiais isolantes um óleo mineral de elevado ponto de ebulição utilizado para tornar hidrofóbicas as fibras minerais ou a manta contínua à base de fibras minerais formada a partir dessas fibras e ainda para permitir a captação de pó, sendo esse óleo aspergido da mesma maneira que o agente aglutinante, impedindo o vapor de água formado que haja uma combustão. 5

As quantidades de agente aglutinante aplicadas são de resto muito pequenas; a sua quota-parte nas diversas matérias isolantes feitas à base de lã de rocha só é de cerca de 1 a cerca de 4,5% em massa. Estas reduzidas quantidades não bastam no entanto para ligar entre si pelo menos pontualmente todas as fibras minerais. Por outro lado também não é possível aumentar sensivelmente os teores de agente aglutinante para deste modo conseguir manter o carácter de um material isolante não combustível e simultaneamente dotado da elasticidade de uma mola. Em virtude disso as quantidades, que de qualquer dos modos são demasiado reduzidas, terão de ser distribuídas de maneira tão uniforme quanto possível na massa de fibras minerais e na manta contínua à base de fibras minerais formada a partir dessa massa.

Na massa de fibras minerais está prevista uma quantidade de 0,1 a cerca de 0,3, na maioria dos casos no entanto de cerca de 0,2% em massa de agente hidrófugo. As películas de agentes aglutinantes e/ou de agentes hidrófugos que se formam à superfície das fibras minerais apresentam espessuras de camada da ordem de nanómetros, o que basta perfeitamente para obter o efeito pretendido. Nas máquinas de desfibração em cascata que comportam um accionamento fechado, que em larga medida é banhado por ar de todos os lados, são originados fortes turbilhões de ar, sendo as velocidades de fluxo nitidamente variáveis na área dos cilindros de desfibração. Estes turbilhões de ar fazem com que as fibras minerais formadas não sejam nem transportadas para a câmara colectora de maneira uniformemente distribuída nem revestidas uniformemente com as gotículas de agentes aglutinantes ou de aerossóis. Fibras minerais impregnadas com agentes aglutinantes formam dentro de poucos milissegundos aglomerados, favorecendo a forma enrolada sobre si própria das 6 curtas fibras minerais a formação e a coesão dos aglomerados. A estes aglomerados podem também juntar-se fibras minerais às quais adere pouco ou nenhum agente aglutinante. 0 tamanho dos aglomerados é no entanto limitado, desagregando-se as aglomerações ao ser excedido um tamanho máximo, sendo os restos transportados pela corrente de ar sob a forma de flocos. Os flocos apresentam tanto eles próprios como também uns em relação aos outros quotas-partes distintas de agente aglutinante, podendo também ser formados flocos isentos de agente aglutinante ou então flocos comportando uma quota-parte de agente aglutinante que já reagiu devido a um arrefecimento insuficiente e que em consequência disso já não tem propriedades adesivas. Estes flocos formam-se de um modo preferido na área da câmara colectora, que na maioria dos casos tem uma configuração desvantajosa do ponto de vista aerodinâmico, câmara essa na qual a velocidade de fluxo decresce fortemente e na qual se verificam mesmo correntes de ar em sentido contrário.

Os flocos e as partículas singulares mais grosseiras e não fibrosas são aspiradas na direcção de um equipamento de transporte permeável ao ar, que está disposto no fim da câmara colectora. 0 equipamento de transporte pode ser configurado à maneira de uma cinta transportadora, que é pelo menos permeável ao ar, e/ou configurado à maneira de um tambor rotativo que apresenta uma superfície lateral permeável ao ar. 0 ar de transporte necessário é aspirado com uma velocidade média de cerca de 3 a 7 m/s através da cinta transportadora permeável ao ar ou da superfície lateral permeável ao ar do tambor rotativo e ainda através de uma manta contínua à base de fibras minerais, designada por tecido não urdido primário, que se encontra depositada sobre a cinta transportadora ou sobre a superfície lateral do tambor. 7

Em consequência da condução da corrente de ar e da disposição do(s) dispositivo(s) de transporte colector(es) verifica-se entre a máquina de desfibração em cascata e o equipamento de transporte uma separação pneumática que faz com que as partículas não fibrosas mais grosseiras caiam para o lado de baixo e sejam escoadas, enquanto que as fibras minerais são depositadas sobre o equipamento de transporte. 0 grau de separação das partículas não fibrosas depende do diâmetro médio aerodinâmico dos flocos. Regra geral é possível separar a maior parte das partículas não fibrosas com um diâmetro e/ou com um comprimento superior a 0,25 mm, de modo que na massa de fibras minerais não restam não mais do que 30% de partículas não fibrosas com diâmetros mais pequenos. Deste modo são também separadas fibras minerais de maiores dimensões e aglomerações de fibras minerais e de pérolas correspondentemente mais pesadas.

Os flocos formados em voo sob o efeito do ar em circulação têm um comprimento nitidamente maior na direcção de fluxo do que perpendicularmente a essa direcção de fluxo. Também cada uma das fibras minerais está predominantemente orientada na direcção principal de fluxo, que é a que confere a forma às fibras. Esta forte tendência para se orientarem não se aplica na mesma medida aos flocos formados a partir de fibras minerais isentas de agente aglutinante. Estas aglomerações, que, devido ao seu menor peso e à sua forma em véu, se movem frequentemente com uma velocidade mais baixa na parte superior da corrente mássica de fibras minerais, são em virtude disso também depositadas de um modo preferido do lado de cima do tecido não urdido primário.

No tecido não urdido primário acabado de ser depositado a orientação original dos flocos é em larga medida mantida de forma inalterável. Isto vale também no caso de duas ou três máquinas de desfibração debitarem para uma só câmara colectora.

Para, apesar da aplicação de quantidades de água tão pequenas quanto possível, impedir uma solidificação prematura do agente aglutinante na câmara colectora ou devido ao calor residual das fibras minerais ou dos componentes não fibrosos e ainda para conseguir uma estrutura em larga medida uniforme do material isolante, os tecidos não urdidos primários são extraídos de acordo com o documento da WO 01/23314 Al com um peso tão reduzido quanto possível por unidade de superfície, que será de cerca de 100 a 750 g/m2, sendo frequentemente de 200 a 350 g/m2. O peso específico aparente deste tecido não urdido primário varia então entre cerca de 5 e cerca de 12 kg/m3. Em consequência das condições fluídicas instáveis no interior da câmara colectora estes tecidos não urdidos primários não formam frequentemente mantas contínuas à base de fibras minerais fechadas sob si próprias.

Para o fabrico de materiais isolantes com espessuras de material comuns do mercado o fino tecido não urdido primário é colocado em meandros sobre um transportador de marcha lenta disposto a jusante, perpendicularmente à direcção de transporte original, com o auxílio de um dispositivo de movimento pendular instalado a jusante da câmara colectora. Em virtude disso as camadas do tecido não urdido primário depositado ficam dispostas umas por cima das outras com desacerto, formando assim uma manta contínua à base de fibras minerais, que é designada por tecido não urdido secundário. Para obter um material isolante com uma espessura de não mais do que 100 mm e com um peso específico aparente de 20 kg/m3, torna-se desde já necessário colocar umas 9 por cima das outras cerca de seis camadas de tecido não urdido primário, cada uma com 350 g/m2.

Os rápidos movimentos pendulares dos dispositivos de movimento pendular e as mudanças de direcção requeridas conduzem a esforços de tracção no seio do tecido não urdido primário que, devido à orientação dos flocos ou das fibras minerais, tem uma resistência à tracção nitidamente maior na direcção de transporte do que perpendicularmente a essa direcção de transporte. Além disso o tecido não urdido primário é ligeiramente comprimido ao passar através do dispositivo de movimento pendular. Mais outro aumento do peso especifico aparente ocorre em virtude da sobreposição dos tecidos não urdidos primários no equipamento de transporte.

Numa vista lateral da manta continua de fibras minerais distinguem-se nitidamente as superfícies limite entre as mantas contínuas de tecido não urdido primário. É possível voltar a separar sem problemas essas mantas contínuas ao longo das ditas superfícies limite. Isso é facilitado, entre outras coisas, pelo facto de as fibras estarem comprimidas e deitadas de forma plana nas superfícies limite dos tecidos não urdidos primários, pelo facto de já não existir nenhum ou pouco agente aglutinante e de esse agente já não reagir. Especialmente as fibras não fixadas representam verdadeiras superfícies de separação.

Daí resultam no tecido não urdido primário zonas enfraquecidas com uma resistência transversal à tracção diminuída numa direcção perpendicular à das superfícies grandes da manta contínua à base de fibras minerais ou das matérias isolantes produzidas a partir dessas mantas contínuas. Estas zonas enfraquecidas têm efeitos igualmente negativos sobre a 10 capacidade de enrolamento de feltros isolantes compressíveis, uma vez que nestas zonas, que formam superfícies limite, ocorrem quase sempre rompimentos. A orientação das fibras minerais nas camadas de tecido não urdido primário dispostas umas por cima das outras, que formam o tecido não urdido secundário, conduz nos materiais isolantes fabricados a partir daqueles tecidos não urdidos a que a resistência à tracção na direcção perpendicular à de produção seja nitidamente maior do que a resistência à tracção na direcção de produção.

Feltros isolantes capazes de serem enrolados, feitos de lã de rocha, são fabricados em instalações de produção que comportam câmaras colectoras com larguras de produção nitidamente aumentadas, situadas na ordem de grandeza de cerca de 3 a cerca de 4 m. Em virtude disso estes tecidos não urdidos primários fabricados com o auxílio destas câmaras colectoras acabadas de ser referidas atingem já larguras que correspondem aos habituais comprimentos de fabrico destes feltros isolantes capazes de serem enrolados, de modo que se consegue diminuir a tendência para a formação de rompimentos nas zonas mais fortemente deflectidas e altamente compactadas de um feltro isolante enrolado. Tais câmaras colectoras são instaladas transversalmente à direcção principal de produção para poder conduzir o tecido não urdido primário directamente para dentro do dispositivo de movimento pendular.

Nas instalações de produção descritas e operadas no estado actual da técnica a unidade de fusão e a câmara colectora estão orientadas na direcção de produção. Devido a esta orientação torna-se necessário efectuar uma mudança de direcção de um tecido não urdido primário com uma largura de cerca de 2 a cerca de 2,5 m antes de o tecido não urdido primário poder ser 11 depositado perpendicularmente à direcção de produção sobre um equipamento de transporte. Durante esta mudança de direcção de 90° o tecido não urdido primário é de um dos lados estirado paralelamente ao seu eixo longitudinal e do outro lado comprimido. Esta compressão é na maioria dos casos compensada pela formação de pregas. O processo atrás descrito deu provas de ser vantajoso quando houver uma recolha directa das fibras minerais. Neste processo as fibras minerais são depositadas umas sobre as outras na câmara colectora. Para tal são necessárias quantidades de água de refrigeração substancialmente maiores para impedir uma solidificação prematura dos agentes aglutinantes. Em consequência destes quantitativos de água de refrigeração sobem as perdas de agente aglutinante. Torna-se necessário eliminar as quantidades residuais de água de refrigeração numa estufa instalada a jusante, o que requer a aplicação dos correspondentes quantitativos de energia. Além disso já não é possível corrigir a distribuição não uniforme das fibras minerais pela superfície e pela altura da manta contínua à base de fibras minerais, o que afecta de forma negativa a qualidade dos materiais isolantes produzidos.

Durante a produção de materiais isolantes à base de lã de vidro as fibras minerais impregnadas de agentes aglutinantes e hidrófugos são recolhidas por um equipamento de transporte directamente abaixo da máquina de desfibração ou então abaixo de um poço de queda instalado a seguir àquela máquina. Devido ao rendimento específico reduzido da máquina desfibradora a manta contínua à base de fibras minerais recolhida tem no entanto uma configuração com uma espessura bastante fina. Por esse motivo as quantidades de fibras minerais necessárias para um processo de 12 fabrico rentável obtêm-se colocando em série várias máquinas desfibradoras. Nestas condições cada manta continua à base de fibras minerais produzida é suficientemente bem arrefecida antes de a manta contínua à base de fibras minerais seguinte ser colocada em cima da anterior, formando mais uma camada.

Durante o fabrico de placas isolantes aligeiradas e de feltros isolantes a manta contínua de fibras minerais é no essencial comprimida até atingir a espessura de fornecimento pretendida e em complemento disso ainda comprimida na direcçâo de transporte. Uma compressão bastante mais intensa na direcçâo de transporte, bem como enfraquecida na direcçâo perpendicular à das superfícies grandes, é necessária durante o fabrico de placas isolantes que, apesar do seu reduzido peso específico aparente, devem apresentar uma determinada capacidade de suportar pressões.

As compressões da manta contínua de fibras minerais na direcçâo de transporte e na direcçâo perpendicular à das superfícies grandes efectuam-se por exemplo com o auxílio de cilindros com estabilidade de forma, de rolos, de cintas de borracha, de chapas de aço e de elementos similares que se encontram montados em dispositivos de compressão. A posição destes dispositivos de compressão em relação às superfícies da manta contínua à base de fibras minerais pode variar. Frequentemente a manta contínua à base de fibras minerais é transportada num equipamento com um alinhamento horizontal, enquanto que o dispositivo de compressão disposto acima daquele equipamento está montado com um correspondente ângulo de ataque. 0 dispositivo de compressão pode providenciar na área das duas superfícies grandes da manta contínua à base de fibras minerais uma redução uniforme da velocidade. Os dispositivos de 13 compressão podem também estar subdivididos em segmentos dispostos em série, segmentos esses que podem por exemplo ser operados com velocidades escalonadas.

Enquanto que no processo atrás descrito a manta continua à base de fibras minerais é comprimida em toda a sua largura, o documento da DE 198 60 04 0 AI descreve um dispositivo que permite efectuar compressões de valor distinto ao longo da largura da manta continua à base de fibras minerais, e isto com um desfasamento no tempo. O canal de compressão utilizado na prática para esse efeito apresenta uma altura inferior a 40 mm, nomeadamente inferior a 25 mm, para criar uma placa de material isolante com uma espessura não maior do que a de uma chapa de cartão, pelo que essa placa se encontra altamente compactada. Nas placas de material isolante com maiores espessuras de material as forças de cisalhamento que conseguem ser transmitidas não bastam para obter a estrutura pretendida ao longo de toda a espessura de material da manta continua à base de fibras minerais.

Placas de material isolante com uma elevada capacidade de carga, destinadas ao isolamento de superfícies de telhado com uma inclinação fraca, devem poder ser pisadas e resistir por exemplo à pressão inerente a camadas de saibro, a camadas de substrato ou de água e ainda às cargas provocadas pela acumulação de neve. Para obter as tensões iniciais de compressão para tal necessárias, que são da ordem de grandeza de 60 a cerca de 75 kPa, com uma compressão de 10%, o peso especifico aparente das placas de material isolante deve ser de aproximadamente 180 até cerca de 200 kg/m3, sendo também incrementados os teores de agente aglutinante. Esta possibilidade tem no entanto limites muito apertados, uma vez que teores demasiado elevados de 14 componentes orgânicos põem em perigo a classificação do material isolante como sendo incombustível.

Dado que a colocação destas placas de material isolante se efectua à mão, as placas de grandes dimensões que podem ser produzidas de maneira económica e tendo os pesos específicos aparentes acima indicados são de longe demasiado pesadas para poderem ser colocadas pelos operários sem os sobrecarregar. Para reduzir o peso próprio das placas de material isolante e simultaneamente melhorar também a rendibilidade, as fibras minerais da manta contínua à base de fibras minerais impregnadas são levadas por uma compressão na direcção longitudinal ou de transporte de cerca de 2:1 até cerca de 4:1 e por uma compressão perpendicular às superfícies grandes da manta contínua à base de fibras minerais de cerca de 1:1 até cerca de 2:1 a uma posição com uma inclinação íngreme em relação às superfícies grandes, o que faz com que se obtenham pregas intensamente entrançadas umas nas outras. Durante essa operação são configuradas pregas principais cujos flancos formam eles próprios pregas. 0 peso específico aparente das placas de material isolante cortadas a partir de uma tal manta contínua à base de fibras minerais com uma estrutura de pregas pode ser reduzido para um valor inferior a 150 kg/m3 e, à medida que a espessura cresce, até um valor de cerca de 130 kg/m3. Daí resultam, a par da redução do peso das placas de material isolante fabricadas a partir da manta contínua à base de fibras minerais, também consideráveis vantagens económicas, uma vez que as placas de material isolante podem ser fabricadas e processadas com formatos maiores. Em virtude disso as vantagens económicas não só são obtidas do lado do fabricante mas também especialmente do lado do instalador. 15 A formação de pregas na manta contínua à base de fibras minerais faz com que sejam configurados eixos de pregas que se estendem perpendicularmente à direcção de formação de pregas e de transporte e deste modo paralelamente à orientação principal de cada uma das fibras minerais. Estas placas de material isolante com uma forte formação de pregas apresentam portanto na direcção perpendicular à direcção de formação de pregas e de transporte uma resistência à flexão aproximadamente três vezes superior à que se verifica na direcção de formação de pregas ou de transporte. A par dos elementos de material isolante atrás referidos são conhecidas no estado actual da técnica as assim chamadas lamelas. Lamelas são secções de manta contínua à base de fibras minerais cujas superfícies de corte formam as superfícies grandes, de modo que nas lamelas as fibras minerais estão orientadas perpendicularmente às superfícies grandes. É possível dispor lado a lado várias lamelas e ligá-las entre si. As lamelas só comportam ligações transversais reduzidas. As ditas lamelas apresentam uma elevada resistência à tracção numa direcção perpendicular à das superfícies grandes.

Devido às fortes compressões e à formação e à deformação de pregas aliadas a esse processo, as camadas de tecido não urdido primário são comprimidas até espessuras de cerca de 1 a cerca de 3 mm, de um modo preferido até cerca de 2 mm, formando assim finas lamelas. Esta formação de lamelas é favorecida pela coesão interna relativamente elevada, que é devida às concentrações de agente aglutinante. Nas superfícies limite das lamelas restam fibras minerais pobres em agente aglutinante ou isentas de agente aglutinante. Devido aos fortes movimentos relativos das superfícies limite durante a formação de pregas e devido à 16 mudança de orientação inerente a essa operação de cada uma das fibras minerais muito curtas e com uma espessura de não mais de cerca de 6 a 8 μιη, que as torna paralelas às superfícies limite, só se estabelecem de qualquer dos modos poucas ou nenhumas ligações transversais entre as lamelas.

Devido à formação unidireccional de pregas formam-se na manta continua à base de fibras minerais, entre as dobras, zonas nas quais as fibras minerais são no essencial enroladas, ao que as mesmas ficam nitidamente menos comprimidas do que as lamelas com formação de pregas grosseiras e finas. Nas mantas contínuas à base de fibras minerais com espessuras brutas médias e baixas estes fenómenos são mais expressivos do que em mantas contínuas à base de fibras minerais de compactação mais elevada. Estas zonas contribuem pouco para a resistência mecânica de toda a estrutura. A pronunciada dependência direccional das propriedades mecânicas da manta contínua à base de fibras minerais e das mantas contínuas à base de matéria isolante e das placas de matéria isolante fabricadas a partir daquelas mantas contínuas é por exemplo aproveitada para fabricar placas de matéria isolante com resistências à tracção transversal especialmente elevadas numa direcção perpendicular à das superfícies grandes. Para tal formam-se por exemplo na manta continua à base de fibras minerais, por compressão, pregas na direcção de transporte, e isto numa gama situada entre cerca de 1,7:1 e cerca de 2,7:1, e em altura entre cerca de 1,7:1 e cerca de 2,2:1, de modo que as placas de material isolante já solidificadas apresentam pesos específicos aparentes de cerca de 75 a cerca de 110 kg/m3. 17

As lamelas são fabricadas a partir de mantas contínuas à base de fibras minerais que apresentam presentemente uma altura máxima de cerca de 200 mm, sendo a altura máxima limitada pela construção das estufas utilizadas para solidificar o agente aglutinante. A partir desta manta contínua à base de fibras minerais são cortadas na direcção da formação de pregas ou de transporte fatias com a espessura de material isolante pretendida. Estas lamelas têm um comprimento de 1 m ou de 1,2 m e uma largura de 0,2 m. Nestas lamelas os flocos do tecido não urdido primário e em virtude disso também predominantemente cada uma das fibras minerais que formam aqueles tecidos têm uma orientação predominantemente perpendicular ou então muito íngreme em relação às superfícies de corte, que representam as superfícies grandes das lamelas. Em virtude da orientação das fibras minerais as lamelas apresentam resistências à compressão muito elevadas e, quando comparado com as mesmas, resistências à tracção transversal ainda maiores, motivo pelo qual é possível diminuir o peso específico aparente da manta contínua à base de fibras minerais destinada ao fabrico das lamelas. Deste modo é possível manter de pé a condutibilidade térmica relativamente elevada das placas isolantes e simultaneamente baixar os custos de produção.

As lamelas são agrupadas para formar placas de lamelas e são por exemplo utilizadas como placas portadoras de reboco em sistemas compósitos de isolamento térmico ou coladas de ambos os lados a chapas metálicas para formar o núcleo portante e simultaneamente isolante dos assim chamados elementos estratificados destinados à construção de paredes e de telhados.

Uma observação mais aprofundada das superfícies de corte mostra que a estrutura das lamelas se caracteriza por fortes 18 faltas de homogeneidade, de modo que de cada vez só é possível utilizar uma parte de ambas as superfícies grandes para a transmissão de forças. É já conhecido um método para eliminar pelo menos até uma determinada profundidade a falta de homogeneidade, nomeadamente a das fibras minerais com fixação fraca ou sem nenhuma fixação, que é por escovagem ou por aspiração, para deste modo conseguir obter zonas exteriores das lamelas resistentes à tracção e à compressão. Deste modo consegue-se aumentar nitidamente a superfície de contacto entre uma substância adesiva ou o reboco e a lamela.

Partindo deste estado actual da técnica, a invenção tem o objectivo de criar um dispositivo para o fabrico de materiais isolantes à base de fibras minerais que se apresentam sob a forma de manta contínua ou de placas, fibras essas que de um modo preferido são feitas de lã de rocha fixada por agentes aglutinantes, mantas contínuas ou placas essas mediante as quais é possível fabricar materiais isolantes novamente em forma de manta contínua ou de placa, nas quais as fibras minerais enriquecidas com agentes aglutinantes se encontram mais distribuídas nas superfícies transmissoras de forças e nas quais se conseguem evitar alternâncias abruptas entre zonas mais firmes e zonas menos firmes.

Para atingir este objectivo um processo congénere prevê que a manta contínua à base de fibras minerais, antes de ser aduzida à estufa, seja submetida a um estiramento numa primeira estação de processamento, e isto na direcção longitudinal ou na direcção de transporte e/ou numa direcção divergente da direcção longitudinal ou da direcção de transporte, direcção essa que de 19 um modo preferido é perpendicular à direcção longitudinal ou à direcção de transporte. Num dispositivo de acordo com a invenção está previsto, para atingir este objectivo, que entre a máquina desfibradora e a estufa esteja instalada uma primeira estação de processamento na qual a manta continua à base de fibras minerais é estirada na direcção longitudinal ou na direcção de transporte e/ou numa direcção divergente da direcção longitudinal ou da direcção de transporte, sendo essa direcção de um modo preferido perpendicular à direcção longitudinal ou à direcção de transporte. A ideia essencial da invenção é portanto a de as fibras minerais serem recolhidas directamente para formar uma manta continua à base de fibras minerais, ao que essa manta contínua à base de fibras minerais eventualmente impregnada com agentes aglutinantes ou demais aditivos é estirada na direcção longitudinal de produção e em consequência disso na direcção longitudinal ou na direcção de transporte, antes de se proceder, numa estufa, a uma eventual moldagem ulterior e a uma subsequente fixação das estruturas dai resultantes. A manta continua à base de fibras minerais pode ter a configuração de uma camada de tecido não urdido primário ou comportar várias camadas de tecido não urdido primário colocadas umas por cima das outras.

Nas mantas contínuas à base de fibras minerais, que são compostas por uma ou várias camadas de tecido não urdido primário, que estão dispostas perpendicularmente à direcção de produção propriamente dita, os flocos orientados na direcção longitudinal do tecido não urdido primário, integrando fibras minerais dispostas umas junto das outras com um maior ou menor afastamento entre si e também fixadas de maneira mais ou menos 20 firme entre si, são distendidos por forças transversais. Em virtude disso torna-se mais reduzida a concentração de agente aglutinante, sendo o seu efeito de incremento da resistência distribuído por maiores unidades de volume no seio da manta contínua à base de fibras minerais. Isto por sua vez provoca um aumento dos valores da resistência mecânica. Durante esta moldagem dos flocos são também atingidas estruturas que se estendem em superfície e que são formadas por fibras minerais com uma fraca ligação ou sem nenhuma ligação, de modo que os efeitos de separação provocados por estas estruturas são nitidamente enfraquecidos.

Um estiramento suficientemente grande numa direcção perpendicular à direcção de transporte ou à direcção longitudinal faz com que também a orientação das fibras minerais se altere nitidamente no sentido de as alinhar na direcção de tracção, aumentando assim os valores de resistência da manta contínua à base de fibras minerais paralelamente à direcção de tracção nos materiais isolantes a fabricar a partir da manta contínua à base de fibras minerais, tratando-se por exemplo de mantas contínuas de material isolante ou de placas de material isolante ou de outras peças moldadas. Os valores de resistência mais elevados dos materiais isolantes têm efeitos sobre a resistência por exemplo de sistemas compósitos de isolamento térmico e permitem uma diminuição do emprego de material, o que se faz sentir sob a forma de uma diminuição do peso específico aparente dos materiais isolantes utilizados. Daí resultam vantagens económicas consideráveis por parte do fabricante de tais materiais isolantes e por parte dos instaladores de tais materiais isolantes. 21

Nas mantas contínuas à base de fibras minerais recolhidas directamente ou nas mantas contínuas à base de fibras minerais formadas por várias camadas recolhidas directamente de tecido não urdido primário o referido estiramento tem efeitos equivalentes aos anteriormente referidos.

Num aperfeiçoamento do processo de acordo com a invenção está previsto que a manta contínua à base de fibras minerais seja comprimida na direcção longitudinal ou na direcção de transporte numa segunda estação de processamento instalada a montante da primeira estação de processamento. Esta compressão faz com que o peso específico aparente da manta contínua à base de fibras minerais aumente e a ligação entre as fibras minerais melhore, de modo que durante o subsequente estiramento da manta contínua à base de fibras minerais diminui a tendência para a formação de rompimentos na manta contínua à base de fibras minerais.

De um modo preferido a compressão da manta contínua à base de fibras minerais efectua-se por acção de uma velocidade de transporte aumentada ou diminuída nas estações de processamento, quando comparado com a velocidade de transporte da manta contínua à base de fibras minerais. Tanto o estiramento como também a compressão podem ser realizados com instalações já existentes. Este aperfeiçoamento oferece no entanto a particular vantagem de tanto o estiramento como também a distensão poderem ser adaptados de maneira simples à manta contínua à base de fibras minerais em questão, para o que se fazem variar as velocidades de transporte em cada uma das secções da instalação de produção. 22

De acordo com mais uma característica da invenção está previsto que o estiramento e/ou a compressão da manta continua à base de fibras minerais sejam realizados imediatamente após passagem pelo equipamento de desfibração. Nesta zona o agente aglutinante ainda apresenta uma elevada capacidade de aderência, de modo que se torna possível obter, sem problemas, uma alteração das estruturas da manta contínua à base de fibras minerais, sem que as fibras minerais ou as aglomerações de fibras minerais já fixadas com uma maior ou menor quantidade de agente aglutinante solidificado tenham de ser separadas com risco da formação de rompimentos.

De um modo preferido a manta contínua à base de fibras minerais é aduzida no seguimento do equipamento de desfibração, sob a forma de tecido não urdido primário, a um equipamento de transporte de movimento pendular, no qual o tecido não urdido primário é estirado antes de esse tecido não urdido primário ser depositado em meandros, sob a forma de tecido não urdido secundário, sobre um equipamento de transporte instalado a jusante do equipamento de transporte de movimento pendular. Este aperfeiçoamento da invenção prevê a aplicação da ideia que preside à invenção no fabrico de materiais isolantes com base em fibras minerais, materiais esses que são formados por várias camadas de tecido não urdido primário.

De acordo com mais outra característica da invenção está previsto que a manta contínua à base de fibras minerais seja estirada em áreas parciais das suas superfícies grandes por intermédio da incidência de forças de tracção de valor distinto, para poder transmitir forças de tracção de valor distinto ao longo da largura da manta contínua à base de fibras minerais. Para esse efeito podem estar previstos equipamentos que 23 providenciam uma transmissão de força, tais como cintas transportadoras, cilindros, rolos ou rodízios, que só actuam sobre determinadas zonas distribuídas pela largura da manta contínua à base de fibras minerais e que estão por exemplo posicionados acima e/ou abaixo da parte central da manta contínua à base de fibras minerais ou então também desalinhados uns em relação aos outros.

Os equipamentos atrás referidos estão localizados na primeira estação de processamento, para dentro da qual a manta contínua à base de fibras minerais é puxada. A primeira estação de processamento é constituída no mínimo por pelo menos uma cinta superior e pelo menos uma cinta inferior, entre as quais a manta contínua à base de fibras minerais é apertada ao ponto de as cintas poderem transmitir forças de tracção suficientemente grandes sobre as superfícies grandes da manta contínua à base de fibras minerais. Em vez ou em complemento das cintas podem estar previstos cilindros lisos, nervurados ou denteados. As cintas e/ou os jogos de cilindros superiores e/ou inferiores podem estar dispostos obliquamente em relação ao plano horizontal ou em relação às superfícies grandes da manta contínua à base de fibras minerais, com referência à orientação dessa manta contínua à base de fibras minerais. A primeira estação de processamento apresenta de um modo preferido sensores de pressão, por forma a que a força de tracção necessária e transmitida para obter o estiramento da manta contínua à base de fibras minerais pode ser medida por intermédio destes sensores de pressão, para impedir pelo menos um rompimento indesejável da manta contínua à base de fibras minerais sempre que se pretenda obter grandes estiramentos. 24

Com o auxílio da primeira estação de processamento a manta contínua à base de fibras minerais é estirada continuamente, de acordo com mais outra característica da invenção, de cerca de 5 até cerca de 20%, de um modo preferido de 5 a 12%, referido ao seu comprimento inicial, sendo a manta contínua por exemplo transferida após a primeira estação de processamento para um segundo equipamento de transporte que se segue imediatamente a essa estação.

Sempre que a primeira estação de processamento estiver localizada imediatamente no seguimento de uma estação de deposição ou de um dispositivo de movimento pendular para a manta contínua à base de fibras minerais com a configuração de uma camada de tecido não urdido primário o peso da manta contínua à base de fibras minerais depositada pode ser demasiado pequeno para que se possa desenvolver uma tracção contrária suficientemente alta. Neste caso está previsto que a manta contínua à base de fibras minerais, nomeadamente o tecido não urdido primário, seja comprimida a jusante da primeira estação de processamento na direcção de incidência sobre as suas superfícies grandes. Para esse efeito o dispositivo pode comportar pelo menos um par de cilindros movidos, pelo menos um jogo de rolos superior e inferior, e/ou uma cinta transportadora superior e uma cinta transportadora inferior, que estão instalados a montante da primeira estação de processamento. Os cilindros, os jogos de rolos e/ou as cintas transportadoras podem por exemplo ser um componente integral da segunda estação de processamento, na qual a manta contínua à base de fibras minerais é comprimida na direcção longitudinal, ou seja, na direcção de transporte. 25

De acordo com uma forma de realização alternativa da invenção pode estar previsto que a manta continua à base de fibras minerais mude várias vezes de direcção antes ou depois de ser submetida a um estiramento, para deste modo estirar de maneira distinta as diferentes camadas de fibras minerais que compõem a manta continua à base de fibras minerais.

Caso se pretenda produzir materiais isolantes com pesos específicos aparentes de valor médio ou alto, materiais nos quais uma compressão prévia do tecido não urdido primário não provoca aumentos indesejáveis do peso específico aparente do material isolante, a invenção prevê que o tecido não urdido primário seja estirado. De acordo com a invenção aumenta-se para esse efeito a velocidade das duas cintas transportadoras de um dispositivo de movimento pendular em relação a um equipamento de transporte instalado a montante, que liga a câmara colectora com o dispositivo de movimento pendular. Em complemento o tecido não urdido primário pode ser comprimido a montante do dispositivo de movimento pendular. Para esse efeito pode estar previsto um cilindro suplementar ou uma cinta suplementar acima do equipamento de transporte, componentes aqueles que actuam no sentido de obter uma compressão sobre as superfícies grandes e livres do tecido não urdido primário.

Durante a produção de materiais isolantes com um peso específico aparente superior ou igual a 75 kg/m3 a manta contínua à base de fibras minerais pode ser comprimida antes de ser estirada na primeira estação de processamento de um valor que pode ir até 50% da sua espessura inicial de material e seguidamente ser estirada de acordo com a invenção. A manta contínua compacta à base de fibras minerais assim obtida apresenta uma resistência aumentada ao cisalhamento. 26

Imediatamente antes do estiramento a manta continua à base de fibras minerais é descomprimida e estirada sem estar apoiada, antes de a dita manta continua à base de fibras minerais ser novamente comprimida de maneira pronunciada na primeira estação de processamento.

Caso a manta continua à base de fibras minerais sirva para o fabrico de materiais isolantes com fibras minerais tanto quanto possível deitadas na horizontal e na medida do possível não orientadas, como por exemplo nos feltros isolantes de enrolar, ou para servir de material primário para o fabrico de peças moldadas, invólucros para tubos e elementos similares, a manta contínua à base de fibras minerais é mantida num estado estirado. Rompimentos eventualmente originados são fechados, juntando a manta contínua à base de fibras minerais, devendo evitar-se durante essa operação compressões da manta contínua à base de fibras minerais. Em consequência disso está previsto de acordo com mais outra característica da invenção que a manta contínua à base de fibras minerais estiradas seja juntada, empurrando-a, de um reduzido curso de contracção para tapar rompimentos ou outras aberturas, sendo o curso de contracção menor do que o curso de estiramento.

No processo de acordo com a invenção existe também a possibilidade de em complemento comprimir a manta contínua à base de fibras i minerais obtida segundo o estado actual da técnica na direcção longitudinal para dobrar a manta contínua à base de fibras minerais em forma de meandros. Em relação a este procedimento já conhecido o processo de acordo com a invenção, ou seja, o estiramento de acordo com a invenção da manta contínua à base de fibras minerais, apresenta a vantagem de um estiramento acentuado da manta contínua à base de fibras 27 minerais apoiar ou facilitar a dobragem em forma de meandros e um deslocamento das fibras minerais no seio da manta continua à base de fibras minerais para formar novas ligações entre as fibras minerais e os meandros da manta continua à base de fibras minerais.

De acordo com mais outra forma de configuração da invenção está previsto que as fibras minerais soltas, nomeadamente as fibras minerais isentas de agente aglutinante, sejam removidas, antes do estiramento, para fora de pelo menos uma das superfícies grandes da manta continua à base de fibras minerais, sendo nomeadamente aspiradas e/ou removidas por sopragem. A remoção de fibras minerais soltas e/ou isentas de agentes aglutinantes tem a vantagem de resultar melhorada a ligação entre zonas dispostas em meandros. A aspiração ou a remoção por sopragem das fibras minerais soltas ou fixadas de maneira insuficiente efectua-se de um modo preferido a montante do dispositivo de movimento pendular.

Além disso pode estar previsto que pelo menos uma das superfícies grandes da manta contínua à base de fibras minerais, ou seja, nomeadamente do tecido não urdido primário a depositar, seja humedecida com agentes aglutinantes adicionais e água, para obter uma melhor ligação das diferentes camadas de tecido não urdido primário dispostas em meandros num tecido não urdido secundário assim formado, e isto especialmente após ter sido levada a efeito uma forte formação de pregas. As subsequentes operações de compressão e os efeitos de fricção daí resultantes fazem com que o agente aglutinante seja premido por entre as fibras minerais e simultaneamente distribuído de maneira uniforme. 28

Caso esta ligação melhorada das fibras minerais, ou seja, das camadas de tecido não urdido primário no tecido não urdido secundário, não consiga ser configurada de maneira suficientemente boa devido ao tratamento hidrófugo das fibras minerais e da manta continua à base de fibras minerais formada à base daquelas fibras, está previsto de acordo com a invenção aspergir as superfícies grandes do tecido não urdido primário, antes de se formarem pregas no mesmo, com uma mistura de água e álcool. A capacidade de aderência dos agentes aglutinantes existentes na manta contínua à base de fibras minerais pode ser melhorada ou reposta pela aspersão de água contendo substâncias tensioactivas. Estas substâncias tensioactivas melhoram a capacidade de humectação das fibras minerais hidrófugas, só sendo aplicadas pontualmente e com acção temporária, uma vez que se torna necessário eliminá-las de novo na estufa por acção das elevadas temperaturas, para deste modo não afectar de maneira negativa as propriedades de utilização dos materiais isolantes produzidos a partir da manta contínua à base de fibras minerais.

Para a fixação das fibras minerais prestam-se, a par de agentes aglutinantes duroplásticos, nomeadamente também agentes aglutinantes termoplásticos, como por exemplo poliacrilatos dispersos em água, que podem ligar de maneira plástica lamelas, por sua vez ligadas por substâncias duroplásticas. Os agentes atrás referidos são de um modo preferido aspergidos por meio de bicos ejectores de alta pressão sobre a manta contínua à base de fibras minerais, de modo que os agentes são aplicados sob a forma de gotículas de tamanho reduzido, podendo ir até à produção de aerossóis que se apresentam sob a forma de neblina. 29

Os bicos ejectores de alta pressão estão por exemplo instalados à salda de um dispositivo de movimento pendular.

Para excluir que os agentes adicionados afectem a envolvente do processo, encontra-se instalado um dispositivo de aspiração abaixo de um ponto de deposição para o tecido não urdido primário, configurado nomeadamente à maneira de uma cinta transportadora e previsto no trajecto de transporte. 0 dispositivo de aspiração apresenta de um modo preferido chapas deflectoras acima do ponto de deposição. Devido ao efeito de filtração do tecido não urdido primário depositado sobre o ponto de deposição o ar aspirado não é carregado ou só pouco carregado de partículas arrastadas do agente aglutinante.

Para o fabrico de materiais isolantes de pouca elasticidade, tais como placas isolantes para telhados, placas isolantes portadoras de reboco ou materiais isolantes para isolamento de aparelhagem, de instalações ou de tubagens, podem ser aplicadas mantas continuas à base de fibras minerais produzidas segundo o processo de acordo com a invenção, nos quais estão de um modo preferido previstos, para servirem de agentes aglutinantes, compostos de álcool e silano, que solidificam na estufa mediante uma reacção sol-gel. Para servirem de agentes aglutinantes alternativos podem estar previstos sol silicico, silicatos de sódio ou polifosfatos, desde que sejam atingidas temperaturas suficientemente elevadas durante a solidificação.

Para criar uma tensão de tracção uniforme na manta continua à base de fibras minerais primária está previsto que a manta continua à base de fibras minerais seja sujeita em complemento, na área da primeira estação de processamento, a uma força que 30 actua na direcção da perpendicular à superfície grande, actuando essa força de um modo preferido de maneira liniforme perpendicularmente à direcção longitudinal ou de transporte. Para esse efeito pode estar por exemplo previsto que a manta contínua à base de fibras minerais seja deflectida, bem como reenviada por meio de um ou de vários rolos, que de um modo preferido serão movidos. A manta contínua à base de fibras minerais pode também ser conduzida entre pares de rolos movidos, dispostos uns por cima dos outros de maneira desalinhada, ou então por entre jogos de rolos, para obter a tensão de tracçâo necessária por acção do atrito ou do aumento do ângulo de abraçamento e eventualmente por meio de uma ligeira compressão exercida sobre a manta contínua à base de fibras minerais.

Este aperfeiçoamento do processo pode também ser realizado durante a produção de mantas contínuas à base de fibras minerais impregnadas, que foram recolhidas directamente, não se limitando portanto ao fabrico de tecidos não urdidos primários.

No que se refere ao aperfeiçoamento do processo de acordo com a invenção está portanto previsto que a força seja transmitida à superfície da manta contínua à base de fibras minerais por intermédio de pelo menos um rolo, que será nomeadamente accionado e que actua perpendicularmente à direcção longitudinal ou à direcção de transporte da manta contínua à base de fibras minerais, que será nomeadamente um tecido não urdido primário, ao que a manta contínua à base de fibras minerais é deflectida de uma posição estendida para uma posição em forma de laço.

Segundo uma característica alternativa do processo de acordo com a invenção está previsto que a força seja transmitida 31 à superfície da manta contínua à base de fibras minerais através de pelo menos um jogo de rolos, que terá nomeadamente um accionamento e que é formado por rolos situados frente a frente que formam um interstício entre si, rolos esses que se estendem perpendicularmente à direcção longitudinal ou à direcção de transporte da manta contínua à base de fibras minerais.

De um modo preferido a manta contínua à base de fibras minerais é comprimida entre os rolos do jogo de rolos.

De acordo com mais outra característica da invenção está previsto que a manta contínua à base de fibras minerais seja conduzida em forma de meandro na primeira estação de processamento, de modo a passar por vários rolos.

Mantas contínuas à base de fibras minerais que são enroladas, o que provoca a compressão das mesmas, são actualmente produzidas com uma espessura máxima de 240 mm.

Durante a operação de enrolar as zonas da manta contínua à base de fibras minerais que no enrolamento estão situadas do lado de fora são solicitadas à tracção e as zonas situadas do lado de dentro do enrolamento são solicitadas à pressão. Destas mantas contínuas à base de fibras minerais, que regra geral têm vários metros de comprimentos, são cortadas no local da obra, perpendicularmente à extensão longitudinal dessa manta contínua à base de fibras minerais, secções que serão por exemplo montadas com aperto entre as vigotas do telhado, os prumos de parede, as estruturas portantes de tectos e de base. Por esse motivo estas secções em forma de placa devem ter uma certa elasticidade que permite uma deformação elástica aliada a elevadas forças de reposição na forma original. 32

Para impedir um rompimento das zonas solicitadas à tracção durante o enrolamento da manta continua à base de fibras minerais será vantajoso que os flocos de fibras minerais ou as próprias fibras minerais estejam orientados na direcção da extensão longitudinal, enquanto que as fibras minerais nas zonas solicitadas à pressão estão orientadas da maneira habitual na direcção perpendicular à do veio de enrolamento. Um elemento de material isolante configurado desta maneira irá proporcionar uma elevada compressibilidade.

Habitualmente o tecido não urdido primário destinado ao fabrico de uma manta continua à base de fibras minerais é depositado sobre um segundo equipamento de transporte, perpendicularmente à direcção de transporte do tecido não urdido primário, estando as diversas camadas de tecido não urdido primário do tecido não urdido secundário dispostas umas em relação às outras com um ligeiro desalinhamento. Para o fabrico da manta continua à base de fibras minerais será vantajoso configurar a largura do tecido não urdido primário de modo a corresponder aproximadamente ao comprimento da manta contínua à base de fibras minerais. Utilizam-se por isso câmaras colectoras nas quais é possível fazer a recolha de tecidos não urdidos primários com larguras superiores a 4 m. Regra geral os tecidos não urdidos primários não são no entanto mais largos do que cerca de 2,5 m. Para configurar estes tecidos não urdidos primários com uma maior largura e orientar simultaneamente no tecido não urdido primário os flocos à base de fibras minerais perpendicularmente à direcção de transporte desse tecido não urdido primário, procede-se ao estiramento do tecido não urdido primário perpendicularmente à sua extensão longitudinal, para o que o tecido não urdido primário é aduzido a um dispositivo no qual a manta contínua à base de fibras minerais é no essencial 33 estirada, pelo menos em áreas parciais, perpendicularmente à sua extensão longitudinal ou à sua direcção de transporte.

Um aperfeiçoamento deste processo prevê que se faça passar a manta continua à base de fibras minerais por pelo menos um jogo de rolos, com pelo menos dois rolos dispostos frente a frente, que de um modo preferido definem um interstício ajustável e que estão providos de um determinado perfil nas suas superfícies laterais, estando os perfis dos rolos desacertados uns em relação aos outros na direcção longitudinal dos rolos.

De acordo com mais outra característica da invenção está além disso previsto que a manta contínua à base de fibras minerais seja estirada numa área parcial ao longo de pelo menos uma, de um modo preferido no entanto ao longo das duas arestas longitudinais, podendo considerar-se em complemento vantajoso que a manta contínua à base de fibras minerais seja comprimida de maneira liniforme e/ou por tiras pelo menos em áreas parciais de pelo menos uma superfície grande.

Além disso está previsto que a manta contínua à base de fibras minerais estirada perpendicularmente à direcção de transporte seja conduzida em torno de pelo menos um cilindro, de um modo preferido com uma configuração convexa na área da sua superfície lateral, cilindro esse mediante o qual podem ser eliminadas eventuais pregas existentes na manta contínua à base de fibras minerais. De um modo preferido o cilindro executa um movimento pendular para acelerar a eliminação de pregas e para de um modo geral melhorar essa eliminação.

Para a realização das etapas atrás referidas do processo o dispositivo de acordo com a invenção pode ser constituído por 34 pelo menos um rolo inferior perfilado e pelo menos um rolo superior desalinhado em relação ao anterior, mas nomeadamente no entanto por vários rolos que formam um jogo de rolos. 0 tecido não urdido primário já impregnado passa pelo rolo inferior que, regra geral, é accionado e é transportado com o auxilio do rolo superior, que regra geral é igualmente accionado, ao que aquele tecido não urdido é ligeiramente comprimido. Em vez do rolo inferior ou dos rolos de um jogo de rolos podem também estar previstas estreitas cintas transportadoras dispostas com afastamentos uniformes entre si e constituídas de um modo preferido por lamelas metálicas, mediante as quais o tecido não urdido primário é transportado de maneira mais uniforme.

Para obter elevadas velocidades de transporte e para impedir um rasgamento do tecido não urdido primário, que só dispõe de uma coesão interna muito reduzida, o tecido não urdido primário é premido gradualmente para o lado de baixo por meio de vários jogos de rolos consecutivos. 0 estiramento transversal do tecido não urdido primário que assim é possível obter depende no essencial das características do tecido não urdido primário e da altura dos rolos utilizados ou ainda da profundidade de penetração dos rolos.

Desde que se pretenda obter um estiramento transversal constante, podem também ser utilizados cilindros com um perfil ondulado. Tanto o comprimento das ondas como também a amplitude e a forma dessas ondas podem variar ao longo da largura de cada um dos cilindros. Do mesmo modo estas variações valem também para os afastamentos, as alturas e as formas dos rolos ou das cintas, tal como se referiu e descreveu anteriormente. 35

Para poder configurar linhas de resistência ao longo da largura do tecido não urdido primário, nomeadamente quando se trata de obter estiramentos transversais parciais, podem estar previstos acima dos rolos inferiores ou entre os rolos superiores rolos compressores que assentam nos rolos inferiores ou então que assentam em rolos intercalados adicionalmente ou ainda que engatam no perfilado dos mesmos. 0 tecido não urdido primário é comprimido até uma espessura não superior à da manta contínua à base de fibras minerais a produzir, sendo a compressão mantida in situ para se poder obter o peso específico aparente pretendido.

Para evitar uma compactação demasiado grande do tecido não urdido primário ou da manta contínua à base de fibras minerais por parte do dispositivo, pode estar prevista para a produção de determinadas mantas contínuas à base de fibras minerais uma compactação por tiras do tecido não urdido primário, tanto após o estiramento perpendicularmente à direcção longitudinal do tecido não urdido primário como também após o estiramento na direcção longitudinal. Mediante uma compactação unicamente por tiras do tecido não urdido primário, em ligação com zonas intermédias estiradas, o tecido não urdido primário continua a assumir uma forma que permite sujeitá-lo a um movimento pendular e que permite depositá-lo de maneira suficientemente satisfatória para formar o tecido não urdido secundário. 0 tecido não urdido primário que foi sujeito a um estiramento transversal passa seguidamente por um ou por vários cilindros cuja área de superfície será nomeadamente convexa, de um modo preferido no entanto abaulada, cilindro esse que, regra geral, é accionado e mediante o qual podem ser eliminadas as pregas anteriormente produzidas durante o estiramento 36 perpendicular à direcção longitudinal do tecido não urdido primário. 0 cilindro pode executar um movimento pendular para apoiar a eliminação de pregas por intermédio do movimento. Podem também prever-se vários cilindros com ângulos distintos em relação à direcção de transporte, cilindros esses que estão dispostos lado a lado ou uns após os outros. 0 estiramento do tecido não urdido primário pode efectuar-se por toda a largura do mesmo, por secções distribuídas pela largura, num só bordo ou também em ambos os bordos do tecido não urdido primário. Para esse efeito os rolos ou os cilindros devem ser ajustáveis individualmente para permitir também perpendicularmente à direcção de transporte uma transição suave da parte estirada para a parte não estirada.

Finalmente o processo de acordo com a invenção prevê segundo mais outra caracteristica da invenção que a manta continua à base de fibras minerais, antes de ser estirada na sua direcção longitudinal ou na direcção de transporte, seja ainda estirada numa direcção perpendicular, nomeadamente numa direcção aproximadamente perpendicular à direcção longitudinal ou à direcção de transporte. 0 processo de acordo com a invenção atrás descrito mais em pormenor será de maneira vantajosa realizado mediante um dispositivo de acordo com a invenção. Este dispositivo poderá ser configurado numa forma de realização preferida pela implementação das caracteristicas a seguir referidas e explicadas.

De um modo preferido encontra-se instalada a montante da primeira estação de processamento uma segunda estação de 37 processamento, na qual a manta contínua à base de fibras minerais é comprimida na direcção longitudinal, ou seja, na direcção de transporte. Esta segunda estação de processamento faz com que possa ser produzida com o dispositivo de acordo com a invenção uma multiplicidade de produtos. Para esse efeito está previsto que as duas estações de processamento possam ser utilizadas não só em conjunto mas também separadamente uma da outra, sendo a primeira estação de processamento operada para a realização do processo de acordo com a invenção.

Além disso está previsto que a primeira e/ou a segunda estações de processamento sejam constituídas por dois equipamentos de transporte, paralelos entre si e tendo um certo afastamento entre eles, que actuam sobre as superfícies grandes da manta contínua à base de fibras minerais, equipamentos de transporte esses que têm uma velocidade de transporte superior ou inferior à de transporte nas estações de processamento.

De um modo preferido os equipamentos de transporte têm a configuração de cintas transportadoras e/ou a de cilindros, nomeadamente a de jogos de cilindros que integram vários cilindros.

De acordo com mais outra caracteristica da invenção está previsto que a primeira estação de processamento tenha a configuração de um equipamento de transporte que executa um movimento pendular, equipamento esse que permite que uma manta contínua à base de fibras minerais, que se apresenta sob a forma de um tecido não urdido primário, possa ser depositada em forma de meandros, de maneira a constituir um tecido não urdido secundário, sobre um equipamento de transporte disposto a jusante. 38 A forma de realização atrás apresentada do dispositivo de acordo com a invenção pode ser aperfeiçoada de maneira vantajosa fazendo com que a montante do equipamento de transporte que executa um movimento pendular esteja instalado um equipamento de compressão que é constituído por um cilindro de reenvio e por um jogo de cilindros dispostos frente àquele outro cilindro. 0 equipamento de transporte instalado a jusante está orientado perpendicularmente ao equipamento de transporte anterior, de modo a estender-se a montante da primeira estação de processamento, de maneira que o tecido não urdido primário pode ser depositado em forma de meandros sob a forma de tecido não urdido secundário numa posição perpendicular à direcção de transporte do equipamento de transporte instalado a jusante.

Além disso pode estar previsto que os equipamentos de transporte estejam assentes em áreas parciais das superfícies grandes da manta contínua à base de fibras minerais.

De um modo preferido os equipamentos de transporte têm a configuração de cintas transportadoras nervuradas, lisas e/ou denteadas e/ou a configuração de cilindros transportadores.

De acordo com mais outra característica da invenção está previsto que a montante da primeira estação de processamento esteja instalada uma estação de aspiração e/ou de sopragem, mediante a qual as fibras minerais soltas podem ser removidas de pelo menos uma superfície grande da manta contínua à base de fibras minerais. 39

Finalmente um aperfeiçoamento do dispositivo de acordo com a invenção prevê que a primeira estação de processamento comporte um dispositivo de aspersão com pelo menos dois bicos ejectores de alta pressão, mediante os quais se torna possível aplicar um agente aglutinante em pelo menos uma das superfícies grandes da manta contínua à base de fibras minerais estirada.

No processo de acordo com a invenção o tecido não urdido primário estirado transversalmente e/ou longitudinalmente é depositado numa posição transversal, de uma maneira já em si bem conhecida, por meio de um equipamento de transporte de movimento pendular, sobre um segundo equipamento de transporte que, comparado com o primeiro equipamento de transporte, se desloca a uma velocidade nitidamente mais lenta. As mantas contínuas de tecido não urdido primário desta maneira sobrepostas de forma desacertada formam o tecido não urdido secundário, que é comprimido até se obterem a espessura e o peso específico aparente pretendidos e cuja estrutura é fixada pela solidificação do agente aglutinante numa estufa instalada a jusante.

Devido ao estiramento diferenciado do tecido não urdido primário na direcção perpendicular à sua direcção longitudinal é possível influenciar as estruturas da manta contínua à base de fibras minerais produzidas a partir daquele tecido não urdido. Os estiramentos do tecido não urdido primário perpendicularmente à sua direcção longitudinal, bem como também os estiramentos do tecido não urdido secundário depositado mediante o movimento pendular providenciam genericamente uma maior compressibilidade da manta contínua à base de fibras minerais formada a partir do tecido não urdido secundário, uma vez que as fibras minerais são esticadas por forma a ficarem mais lisas, o que faz com que 40 durante o subsequente estiramento da manta contínua à base de fibras minerais essas fibras estejam sujeitas a menos rompimentos. 0 processo de acordo com a invenção ou o dispositivo de acordo com a invenção permite por isso produzir elementos de material isolante que de um modo preferido têm a configuração de uma manta contínua à base de fibras minerais que pode ser enrolada na direcção longitudinal, só sendo o tecido não urdido primário estirado, para o seu fabrico, na zona de um bordo que se estende na direcção longitudinal do tecido não urdido primário numa direcção perpendicular à da sua extensão longitudinal. Pela reorientação das fibras minerais no sentido da direcção de transporte consegue-se aumentar nitidamente a resistência à tracção nas zonas exteriores altamente esforçadas da manta contínua à base de fibras minerais ou do rolo obtido a partir dessa manta contínua, de modo que se consegue impedir nestas zonas um rompimento das superfícies exteriores grandes. A orientação original dos flocos feitos de fibras minerais numa direcção transversal à direcção de enrolamento permite por outro lado obter a necessária compressão elevada das fibras minerais na direcção perpendicular à das superfícies grandes da manta contínua à base de fibras minerais, de modo que se consegue diminuir o volume de armazenagem e de transporte necessário, sem que tal seja acompanhado do inconveniente de a espessura de material original da manta contínua à base de fibras minerais, que é necessária e nomeadamente pretendida, já não ser suficiente para atingir a espessura de fornecimento.

Um elemento de material isolante produzido a partir de uma manta continua à base de fibras minerais atrás descrita pode ser 41 configurado com base num tecido não urdido primário que foi estirado transversalmente à direcção longitudinal a partir de ambos os bordos que se estendem na direcção longitudinal. Devido às orientações distintas da manta continua à base de fibras minerais é por exemplo possível adaptar entre si as resistências à tracção de flexão dos elementos de material isolante. Como é do conhecimento geral, a resistência à tracção de flexão na direcção longitudinal do tecido não urdido primário é nitidamente maior do que na direcção perpendicular à anterior. A adaptação permite obter elementos de material isolante mais rígidos em si, que podem também ser processados de maneira mais fácil, nomeadamente quando se trata de um elemento com uma configuração em forma de placa. A combinação de tiras compactadas em forma de linha na direcção de transporte com os estiramentos das zonas do tecido não urdido primário situadas entre aquelas tiras na direcção longitudinal e perpendicularmente à direcção longitudinal provoca, devido às forças de compressão e de cisalhamento que actuam a partir do exterior sobre as duas superfícies grandes do tecido não urdido primário, diferenças de estrutura no seio do tecido não urdido primário e em virtude disso uma alteração da capacidade de formação de pregas do tecido não urdido secundário. Mediante uma adequada harmonização da largura, do afastamento e da compactação das tiras com a espessura e o peso específico aparente pretendidos para o tecido não urdido secundário ou para uma manta contínua à base de fibras minerais formada a partir desse tecido não urdido secundário, torna-se possível obter, pela formação de pregas, uma estrutura na qual zonas pré-compactadas são colocadas numa posição com uma inclinação íngreme. Em consequência disso é por exemplo possível 42 aumentar a resistência à compressão dos elementos de material isolante.

Outras caracteristicas e vantagens da invenção resultam da descrição que se segue do respectivo desenho, no qual se encontram representadas formas de realização preferidas de um dispositivo de acordo com a invenção destinado à realização do processo de acordo com a invenção. No desenho mostra-se na:

Figura 1 uma parte de um dispositivo para o fabrico de uma manta continua à base de fibras minerais, numa vista lateral, representada de maneira esquemática; Figura 2 uma forma de configuração alternativa de uma parte de um dispositivo destinado ao fabrico de uma manta continua à base de fibras minerais, numa vista lateral, representada de maneira esquemática; Figura 3 mais outra forma de realização de uma parte de um dispositivo destinado ao fabrico de uma manta contínua à base de fibras minerais, numa vista lateral, representada de maneira esquemática; Figura 4 o dispositivo da figura 3 numa vista pelo lado de cima; Figura 5 mais outra forma de realização de uma parte de um dispositivo destinado ao fabrico de uma manta contínua à base de fibras minerais estirada perpendicularmente à direcção de transporte, numa vista lateral, representada de maneira esquemática; 43

Figura 6 um jogo de rolos com dois rolos, destinado ao dispositivo da figura 5, numa vista pelo lado da frente;

Figura 7 uma segunda forma de realização de um jogo de rolos com dois rolos, destinado ao dispositivo da figura 5, numa vista pelo lado da frente;

Figura 8 uma vista em corte de um elemento de material isolante com bordos laterais de configuração estirada;

Figura 9 um corte longitudinal de um elemento de matéria isolante, com áreas de superfície de configuração estirada; Figura 10 um corte longitudinal de um elemento de material isolante, com uma área de superfície estirada e uma área de superfície comprimida. A figura 1 mostra uma parte de um dispositivo 1 para o fabrico de uma manta contínua 2 à base de fibras minerais, numa vista lateral representada de maneira esquemática. Mostra-se um transportador 3 de rolos disposto na horizontal, que está equipado de uma multiplicidade de rolos 4 colocados lado a lado e com afastamentos uniformes entre si, rolos esses nos quais assenta um tecido não urdido primário 5, que é transportado na direcção da seta 6. 0 tecido não urdido primário 5 é constituído por fibras minerais ligadas entre si por agentes aglutinantes, fibras essas que são criadas num grupo desfibrador, não representado mais em pormenor, a partir de um material silicioso em fusão que foi 44 fundido num forno de cúpula. 0 material silicioso em fusão é constituído por pedras naturais ou artificiais que em conjunto com uma fonte de energia primária, que será por exemplo o coque, é transportado até um forno de cúpula e aquecido nesse forno de cúpula até ser atingida a temperatura de fusão. Durante o aquecimento é queimada a fonte de energia primária. 0 material em fusão sai do forno de cúpula para o grupo desfibrador, que é uma máquina desfibradora em cascata, na qual se encontram instalados quatro corpos ocos em forma de cilindro que giram a alta velocidade, incidindo o material em fusão sobre o corpo oco mais alto da máquina desfibradora em cascata, sendo transferido deste corpo para cada um dos corpos ocos seguintes, que são movidos em sentidos de rotação contrários. Devido às forças centrífugas em jogo, pelo menos dos três corpos ocos inferiores que actuam sobre o material em fusão, o material em fusão é desfibrado para formar fibras minerais que são seguidamente transferidas para uma câmara colectora, câmara colectora essa na qual as fibras minerais são aspergidas com agentes aglutinantes antes de as fibras minerais já aspergidas com agentes aglutinantes serem seguidamente depositadas num equipamento de transporte, que será um equipamento de transporte instalado a montante do transportador 3 de rolos, sob a forma de um tecido não urdido primário 5.

Acima do transportador 3 de rolos está montada uma estação 7 de aspiração na qual é criado um vácuo. Mediante este vácuo aspiram-se fibras minerais soltas ou ligadas ao tecido não urdido primário de maneira insuficiente a partir de uma grande superfície 8 do tecido não urdido primário 5, sendo essas fibras impelidas na direcção da seta 9. Estas fibras minerais aspiradas podem por exemplo ser aduzidas a um processo de reciclagem, em que as fibras minerais são prensadas em conjunto com outras 45 matérias primas secundárias para formar blocos moldados, que por sua vez podem ser aduzidos ao forno de cúpula para servirem de material primário para o fabrico de uma manta continua 2 à base de fibras minerais. 0 transportador 3 de rolos transporta o tecido não urdido primário 5 com uma velocidade de transporte VI constante. No fim do transportador 3 de rolos o tecido não urdido primário corre em torno de um rolo 10 de reenvio e de tracção que é accionado com uma velocidade periférica Ul na direcção da seta 11. A velocidade periférica Ul é maior do que a velocidade de transporte VI, de modo que o tecido não urdido primário 5 é estirado na direcção de transporte por acção do rolo de reenvio e de tracção, conforme se indica na figura 6.

Frente ao rolo 10 de reenvio e de tracção estão dispostos quatro cilindros 12 cujos eixos de accionamento estão orientados paralelamente ao eixo de accionamento do rolo 10 de reenvio e de tracção. É possível ajustar os cilindros 10 quanto ao seu afastamento em relação à superfície periférica do rolo 10 de reenvio e de tracção, de modo que se torna possível exercer, por intermédio dos cilindros 10 e em função da espessura de material do tecido não urdido primário 5, uma pressão sobre a superfície grande 8 do tecido não urdido primário 5, o que faz com que o tecido não urdido primário 5 seja comprimido entre o rolo 10 de reenvio e de tracção e os cilindros 12.

O rolo 10 de reenvio e de tracção faz mudar a orientação horizontal do tecido não urdido primário 5 assente no transportador 3 de rolos para uma orientação vertical. No seguimento do rolo 10 de reenvio e de tracção o tecido não urdido primário 5 entra num dispositivo de movimento pendular. O 46 dispositivo de movimento pendular é constituído por duas cintas transportadoras 14 e 15, cada uma das quais assenta numa superfície grande 8 ou 18. 0 dispositivo 13 de movimento pendular está fixado de modo a poder executar um movimento pendular na direcção da seta 16 em torno de um ponto fixo não representado mais em pormenor. Adicionalmente o tecido não urdido primário 5 pode ser comprimido entre as cintas transportadoras 14 e 15. 0 movimento pendular do dispositivo 13 de movimento pendular faz com que o tecido não urdido primário 5 seja depositado em forma de meandros sobre uma cinta transportadora 17, de modo que o tecido não urdido primário 5 forma sobre a cinta transportadora 17 um tecido não urdido secundário 19. A cinta transportadora 17 estende-se perpendicularmente à direcção do movimento pendular de acordo com a seta 6, sendo o tecido não urdido primário depositado em forma de meandros perpendicularmente à extensão longitudinal da cinta transportadora 17, ficando a constituir o tecido não urdido secundário 19.

Na figura 1 encontra-se finalmente representado por meio da seta 20 o sentido de rotação de um rolo de accionamento da cinta transportadora 17.

No dispositivo atrás descrito está previsto que o tecido não urdido primário contenha na área do transportador 3 de rolos uma elevada parcela de agente aglutinante húmido e não solidificado, bem como outros aditivos servindo de agentes de impregnação. O tecido não urdido secundário 19 depositado sobre a cinta transportadora 17 é seguidamente aduzido a outras estações de processamento, não representadas mais em pormenor, 47 nas quais por exemplo os bordos do tecido não urdido secundário 19 são orlados e o tecido não urdido secundário é comprimido no seu todo na direcção longitudinal, isto é, na sua direcção de transporte sobre a cinta transportadora 17, mas também na direcção da perpendicular à superfície grande formada no tecido não urdido secundário 19. Para finalizar o tecido não urdido secundário 19 é aduzido a uma estufa, não representada mais em pormenor, na qual o agente aglutinante solidifica.

No exemplo de realização de acordo com a figura 1 a transição entre o transportador 3 de rolos e o rolo 10 de reenvio e de tracção forma uma primeira estação 21 de processamento e a zona compreendida entre o rolo 10 de reenvio e de tracção e os cilindros 12 dispostos frente àquele rolo forma uma segunda estação 22 de processamento, sendo o tecido não urdido primário 5 estirado na primeira estação 21 de processamento e comprimido na segunda estação 22 de processamento. As estações 21, 22 de processamento estão localizadas entre o dispositivo de desfibração, não representado mais em pormenor, e a estufa.

Uma segunda forma de realização de um dispositivo 1 encontra-se representada em parte na figura 2. Nesta segunda forma de realização do dispositivo 1 de acordo com a figura 2 está previsto um transportador 3 de rolos com vários rolos 4, sobre os quais um tecido não urdido primário 5 é transportado com uma primeira velocidade de transporte Vi.

Ao transportador 3 de rolos segue-se uma estação 22 de processamento, na qual o tecido não urdido primário 5 é comprimido entre duas cintas transportadoras 23 e 24. Entre as cintas transportadores 23 e 24 o tecido não urdido primário 5 é 48 transportado com uma velocidade de transporte V2 que é menor do que a velocidade de transporte Vi, de modo que o tecido não urdido primário 5 é comprimido na sua direcção longitudinal e deste modo também na direcção de transporte por acção da diminuição da velocidade de transporte Vi para a velocidade de transporte V2. 0 afastamento entre o lado da saida das cintas transportadoras 23 e 24 é ajustável, de modo que se obtém do lado da saida das cintas transportadores 23, 24 um interstício de transporte cuja largura pode ser ajustada para a compressão pretendida para o tecido não urdido primário 5.

Com um certo afastamento em relação à estação 22 de processamento encontra-se instalada, visto na direcção de transporte, uma estação 21 de processamento, que é novamente constituída por duas cintas transportadores 25 e 26, assentando essas cintas transportadoras na superfície grandes 8, 18 do tecido não urdido primário 5 já comprimido, tendo aquelas cintas um efeito de transmissão de tracção sobre o tecido não urdido primário 5.

Para optimizar a transmissão da tracção as duas cintas transportadoras 25 e 26 da estação 21 de processamento têm um afastamento regulável. 0 tecido não urdido primário 5 é transportado na região da estação 21 de processamento com uma velocidade de transporte V3 que é maior do que a velocidade de transporte V2. Em consequência disso o tecido não urdido primário 5 é estirado na zona compreendida entre as estações 21 e 22 de processamento devido à 49 diferença de velocidades de transporte V3 e V2 nas estações 21 e 22 de processamento.

No seguimento da estação 21 de processamento o tecido não urdido primário 5 é transferido sob a forma de uma manta contínua 2 à base de fibras minerais para um dispositivo 27 de transporte, que por sua vez comporta uma multiplicidade de rolos 28 nos quais o tecido não urdido primário 5 ou a manta contínua 2 à base de fibras minerais assentam e são transportados. Na área compreendida entre as estações 21 e 22 de processamento o tecido não urdido primário 5 pode mover-se livremente, não sendo nomeadamente apoiado por um equipamento de transporte. Deste modo evitam-se as perdas por atrito de uma superfície grande 18 assente num equipamento de transporte, perdas essas que poderiam em certas condições provocar um estiramento não uniforme do tecido não urdido primário 5 em termos de espessura de material da manta contínua 2 à base de fibras minerais. A figura 3 mostra mais outra forma de realização de uma secção de um dispositivo 1 para o fabrico de uma manta contínua 2 à base de fibras minerais, numa vista lateral representada de maneira esquemática. Encontra-se representada a estação 21 de processamento, que é constituída por uma cinta transportadora 29 e por um transportador 3 de rolos que se segue na direcção de transporte de acordo com a seta 6, transportador esse que é constituído por rolos individuais 4. Entre a cinta transportadora 29 e o transportador 3 de rolos está disposta uma zona na qual o tecido não urdido primário 5 não é apoiado nem pela cinta transportadora 29 nem pelos rolos 4 do transportador 3 de rolos, pelo que fica livremente suspenso. Nesta zona o dispositivo 1 comporta um elemento 30 de pressão sob a forma de um rolo 31, rolo 31 esse que, de acordo com a seta 32, pode ser 50 movido perpendicularmente à superfície grande 8 do tecido não urdido primário 5. 0 rolo 31 é accionado e cria uma tensão de tracção uniforme no tecido não urdido primário 5.

Na forma de realização de acordo com a figura 3 o estiramento do tecido não urdido primário 5 pode efectuar-se por acção do rolo 31. Em complemento pode no entanto estar também previsto que a velocidade de transporte do transportador 4 de rolos seja aumentada em relação à velocidade de transporte da cinta transportadora 29.

Na figura 4 reconhece-se mediante o sombreado do tecido não urdido primário 5 que este tecido não urdido primário 5 se encontra estirado na sua direcção longitudinal na área do transportador 3 de rolos em relação à parte do tecido não urdido primário 5 que está assente na cinta transportadora 29. Além disso deverá chamar-se a atenção para o facto de a cinta transportadora 29 ter uma configuração que a torna permeável ao ar, para deste modo aplicar por exemplo um vácuo sobre a superfície da cinta transportadora 29 que suporta o tecido não urdido primário 5, de modo a aumentar a aderência por fricção em relação a esta cinta transportadora 29.

Nas figuras 5 a 7 encontra-se representado um dispositivo 1, mediante o qual uma manta contínua 2 à base de fibras minerais, tratando-se em particular de um tecido não urdido primário 5, é estirada perpendicularmente à sua direcção longitudinal. Partindo do transportador 3 de rolos, o tecido não urdido primário 5 é levado até uma primeira estação 21 de processamento que comporta três jogos 33 de rolos, cada um dos quais integra um rolo superior 34 e um cilindro inferior 35. 51

Tanto os rolos 34 como também os cilindros 35 são accionados, podendo o afastamento entre eles ser regulado. A forma de configuração dos rolos 34 e dos cilindros 35 depreende-se da figura 7, mostrando a figura 6 uma forma de configuração alternativa.

Cada rolo 34 é constituído por um eixo 36, sobre o qual se encontram fixados, com imobilização à rotação, vários discos 37. Os discos 37 estão distribuídos com afastamentos uniformes entre si ao longo do comprimento do eixo 36.

Frente ao rolo 34 está disposto o cilindro 35 que é constituído por um corpo 38 de cilindro que tem uma configuração perfilada na área da sua superfície lateral 39, perfil esse que comporta reentrâncias 40 que alternam com saliências 41. As reentrâncias 40 estão dispostas em áreas da superfície lateral 39 que ficam frente aos discos 37 do rolo 34. Em consequência disso os discos 37 podem entrar nas reentrâncias 40 do cilindro 35 e comprimir nestas áreas o tecido não urdido primário 5. A forma de configuração alternativa de um jogo 33 de rolos que se encontra representada na figura 6, é constituída por dois rolos 34 dispostos frente a frente, cuja configuração coincide com a configuração do rolo 34 da figura 7, de modo que é possível tomar como referência a descrição já anteriormente feita.

Os discos 37 dos rolos 34 dispostos frente a frente estão fixados de tal maneira que os discos 37 do rolo superior 34 entram na área compreendida entre cada dois discos 37 do rolo inferior 34, efectuando-se a dita entrada a meio entre cada dois 52 rolos. 0 mesmo se aplica evidentemente também no que se refere à entrada dos discos 37 do rolo inferior 34 por entre os discos 37 do rolo superior 34. Reconhece-se que os discos 37 do rolo inferior 34 têm uma configuração com uma espessura maior do que a dos discos 37 do rolo superior 34.

Na forma de realização do dispositivo 1 de acordo com a figura 5 reconhece-se que o engrenar dos rolos 34 ou dos cilindros 35 na direcção de transporte de acordo com a seta 6 se efectua gradualmente com uma profundidade de engrenagem cada vez maior.

Depois de abandonar o último jogo 33 de rolos, o tecido não urdido primário 5 é deflectido da sua direcção de transporte orientada na horizontal para uma direcção a prumo, entrando em contacto com um cilindro 42 que tem uma superfície lateral 43 convexa. 0 cilindro 42 executa um movimento pendular em relação à manta contínua 2 à base de fibras minerais ou em relação ao tecido não urdido primário 5 e serve para estirar as pregas produzidas no tecido não urdido primário na primeira estação 21 de processamento, de modo que o tecido não urdido primário 5 fica a apresentar uma largura maior quando comparado com a largura que tinha antes da primeira estação 21 de processamento. Seguidamente o tecido não urdido primário 5 é depositado sob a forma de uma manta contínua 2 à base de fibras minerais sobre um segundo transportador 44 de rolos que comporta mais rolos 45. A partir deste transportador 44 de rolos o tecido não urdido primário é transportado para um dispositivo de movimento pendular, não representado mais em pormenor. Um dispositivo de movimento pendular deste género encontra-se representado na figura 1 com o índice de referência 13. 53

Finalmente as figuras 1 a 10 mostram formas de configuração de elementos 46 de material isolante, apresentadas a titulo de exemplo. Na figura 8 encontra-se representado em corte transversal um tecido não urdido primário 5 que é constituído por fibras minerais ligadas entre si por agentes aglutinantes e que apresenta duas superfícies grandes 8 e 18 que estão orientadas paralelamente uma à outra e estão dispostas com um certo afastamento entre si. As duas superfícies grandes 8, 18 estão ligadas entre si através de superfícies laterais 47, que em relação às superfícies grandes 8, 18 estão dispostas de modo a formarem ângulos rectos com as mesmas, estendendo-se na direcção do eixo longitudinal do tecido não urdido primário 5. O tecido não urdido primário 5 apresenta duas zonas marginais 48 que, quando comparado com a área situada entre as zonas marginais 48, têm uma configuração estirada na direcção perpendicular à extensão longitudinal do tecido não urdido primário 5, de modo que as fibras minerais se encontram nesta zona alinhadas e desagregadas, no essencial numa direcção paralela à das superfícies grandes 8 ou 18.

Na figura 9 encontra-se representado um elemento 46 de material isolante que é fabricado a partir do tecido não urdido primário 5 de acordo com a figura 8. Este elemento 46 de material isolante apresenta uma zona 49 de núcleo à qual se seguem de ambos os lados zonas 50 de superfície que estão situadas imediatamente abaixo das superfície grandes 8, 18. Na zona 49 de núcleo o elemento 46 de material isolante apresenta fibras minerais dispostas perpendicularmente ou com inclinação em relação às superfícies grandes 8, 18, enquanto que nas zonas 50 de superfície as fibras minerais se encontram orientadas no essencial paralelamente às superfícies grandes 8, 18. As zonas 50 de superfície têm uma configuração estirada. 54

Finalmente a figura 10 mostra um elemento 46 de material isolante sob a forma de uma manta contínua 2 à base de fibras minerais capaz de ser enrolada e que comporta uma zona 4 9 de núcleo, bem como uma zona 50 de superfície, tendo a zona 50 de superfície a configuração de uma zona de tracção parcialmente estirada. Na zona 49 de núcleo as fibras minerais estendem-se no essencial paralelamente às superfícies grandes 8, 18, tendo as ditas fibras minerais uma disposição perpendicular à extensão longitudinal do elemento 46 de material isolante. Do lado de dentro do material enrolado forma-se uma zona 51 de pressão que possui fibras minerais que se estendem paralelamente às superfícies grandes 8, 18. A manta contínua 2 à base de fibras minerais representada na figura 10 distingue-se por ter uma grande capacidade para ser dobrada, podendo em virtude disso ser enrolada.

Lisboa, 04 de Setembro de 2007 55

Claims

REIVINDICAÇÕES 1. Processo para o fabrico de materiais isolantes em forma de manta continua ou de placas a partir de fibras minerais, de preferência a partir de lã de rocha fixada com agentes aglutinantes, processo no qual um material silicioso em fusão é produzido numa unidade de fusão e desfibrado numa instalação de desfibração para formar nomeadamente fibras minerais microscopicamente finas, sendo as fibras minerais, de um modo preferido, após ter sido adicionado um agente aglutinante e/ou de impregnação, depositadas num equipamento de transporte sob a forma de uma manta continua à base de fibras minerais, sendo a manta continua à base de fibras minerais seguidamente processada para lhe conferir uma determinada forma e sendo essa manta continua finalmente aduzida a uma estufa, caracterizado por a manta contínua (2) à base de fibras minerais, antes de ser aduzida à estufa, ser estirada numa primeira estação (21) de processamento na direcção longitudinal, ou seja, na direcção de transporte e/ou numa direcção divergente da direcção longitudinal ou da direcção de transporte, que de um modo preferido está orientada perpendicularmente à direcção longitudinal ou à direcção de transporte.
2. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a manta contínua (2) à base de fibras minerais ser comprimida na direcção longitudinal ou na direcção de transporte numa segunda estação (22) de processamento instalada a montante da primeira estação (21) de processamento. 1
3. Processo de acordo com as reivindicações 1 ou 2, caracterizado por o estiramento e/ou a compressão da manta continua (2) à base de fibras minerais ser obtido por acção de uma velocidade de transporte aumentada ou diminuida em relação à velocidade de transporte da manta continua (2) à base de fibras minerais nas estações (21, 22) de processamento.
4. Processo de acordo com as reivindicações 1 ou 2, caracterizado por o estiramento e/ou a compressão da manta contínua (2) à base de fibras minerais se efectuar imediatamente a seguir ao equipamento de desfibração.
5. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a manta contínua (2) à base de fibras minerais ser aduzida no seguimento da instalação de desfibração, sob a forma de tecido não urdido primário (5) , a um equipamento (13) de transporte de movimento pendular, no qual o tecido não urdido primário (5) é estirado antes de o tecido não urdido primário (5) ser depositado sob a forma de tecido não urdido secundário (19) sobre um equipamento (17) de transporte instalado a jusante do equipamento (13) de transporte de movimento pendular.
6. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a manta contínua (2) à base de fibras minerais ser estirada em zonas parciais das suas superfícies grandes (8, 18) por acção da transmissão de forças de tracção de valores distintos.
7. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a força de tracção necessária e transmitida para obter o 2 estiramento da manta contínua (2) à base de fibras minerais ser medida por intermédio de sensores de pressão.
8. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a manta contínua (2) à base de fibras minerais ser estirada continuamente de uma medida de cerca de 5 a 20%, nomeadamente de 5 a 12%, referido a uma unidade de comprimento.
9. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a manta contínua (2) à base de fibras minerais, nomeadamente o tecido não urdido primário (5), ser comprimido a montante da primeira estação (21) de processamento na direcção das suas superfícies grandes (8, 18).
10. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por, durante o estiramento, a manta contínua (2) à base de fibras minerais ser adicionalmente comprimida.
11. Processo de acordo com as reivindicações 9 ou 10, caracterizado por a manta contínua (2) à base de fibras minerais ser comprimida até uma medida de compressão que pode atingir os 50% da espessura de material primitiva.
12. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a manta contínua (2) à base de fibras minerais já estirada, para fechar rompimentos ou outras aberturas, ser juntada, empurrando-a de uma certa medida de curso, sendo a medida de curso menor do que a medida de estiramento.
13. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por, antes do estiramento, as fibras minerais soltas, nomeadamente as fibras minerais isentas de agente aglutinante, serem 3 eliminadas, nomeadamente aspiradas e/ou sopradas, para fora de pelo menos uma superfície grande (8, 18) da manta contínua (2) à base de fibras minerais.
14. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por pelo menos uma das superfícies grandes (8, 18) da manta contínua (2) à base de fibras minerais ser humedecida, nomeadamente antes de uma compressão na direcção de transporte, com um agente aglutinante e água, dado o caso sob a forma de uma mistura com álcool e/ou com substâncias tensioactivas.
15. Processo de acordo com as reivindicações 1 ou 14, caracterizado por se utilizarem para servir de agente aglutinante compostos de álcool e silano, sol silicico, silicatos de sódio, polifosfatos ou agentes aglutinantes termoplásticos, como por exemplo poliacrilatos dispersos em água.
16. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o agente aglutinante ser aplicado por pulverização mediante bicos ejectores de alta pressão, de um modo preferido sob a forma de aerossol, sobre a manta contínua (2) à base de fibras minerais.
17. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a manta continua (2) à base de fibras minerais ser em complemento submetida na região da primeira estação (21) de processamento a uma força perpendicular à direcção longitudinal ou à direcção de transporte, que de um modo preferido actua de maneira liniforme e que incide na direcção da perpendicular sobre uma das superfícies grandes (8, 18). 4
18. Processo de acordo com a reivindicação 17, caracterizado por a força ser transmitida à superfície (8) da manta contínua (2) à base de fibras minerais por intermédio de pelo menos um rolo (31), que será nomeadamente movido e que se estende perpendicularmente à direcção longitudinal ou à direcção de transporte da manta contínua (2) à base de fibras minerais, ao que a manta contínua (2) à base de fibras minerais passa de uma posição esticada para uma posição em forma de laço.
19. Processo de acordo com a reivindicação 17, caracterizado por a força ser transmitida à superfície (8) da manta contínua (2) à base de fibras minerais por intermédio de pelo menos um jogo de rolos, que será nomeadamente movido e que se estende perpendicularmente à direcção longitudinal ou à direcção de transporte da manta contínua (2) à base de fibras minerais, jogo esse que é formado por rolos (31) dispostos frente a frente, formando um interstício entre si.
20. Processo de acordo com a reivindicação 19, caracterizado por a manta contínua (2) à base de fibras minerais ser comprimida entre os rolos (31) de um jogo de rolos.
21. Processo de acordo com a reivindicação 17, caracterizado por a manta contínua (2) à base de fibras minerais passar, na zona da primeira estação (21) de processamento, formando meandros, por vários rolos (34).
22. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a manta contínua (2) à base de fibras minerais ser estirada pelo menos em certas zonas (48) numa direcção no essencial 5 perpendicular à sua direcção longitudinal ou à sua direcção de transporte.
23. Processo de acordo com a reivindicação 22, caracterizado por a manta continua (2) à base de fibras minerais passar por pelo menos um jogo (33) de rolos, comportando pelo menos dois rolos (34) situados frente a frente, que definem entre si um interstício, que de um modo preferido é ajustável, rolos esses cada um dos quais apresenta uma superfície lateral perfilada, estando os perfilados dos rolos (34) desacertados uns em relação aos outros na direcção longitudinal dos rolos (34) .
24. Processo de acordo com a reivindicação 22, caracterizado por a manta contínua (2) à base de fibras minerais ser estirada numa certa zona ao longo de pelo menos uma, de um modo preferido no entanto ao longo de ambas as arestas longitudinais.
25. Processo de acordo com a reivindicação 22, caracterizado por a manta contínua (2) à base de fibras minerais ser comprimida em forma de linha e/ou de tira em pelo menos algumas áreas de pelo menos uma superfície grande (8, 18).
26. Processo de acordo com a reivindicação 22, caracterizado por a manta contínua (2) à base de fibras minerais, estirada transversalmente em relação à direcção de transporte, passar em torno de pelo menos um cilindro (42), que de um modo preferido terá uma configuração convexa na área da sua superfície lateral (43), cilindro esse mediante o qual são eliminadas eventuais pregas existentes na manta contínua (2) à base de fibras minerais. 6
27. Processo de acordo com a reivindicação 26, caracterizado por o cilindro (42) ser movido de modo a executar um movimento pendular.
28. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a manta contínua (2) à base de fibras minerais, antes de ser estirada na sua direcção longitudinal ou na direcção de transporte, ser ainda estirada numa direcção transversal, que será nomeadamente uma direcção aproximadamente perpendicular à direcção longitudinal ou a direcção de transporte.
29. Dispositivo para o fabrico de materiais isolantes em forma de manta continua ou de placas a partir de fibras minerais, de preferência a partir de lã de rocha fixada com agentes aglutinantes, dispositivo com o qual um material silicioso em fusão é produzido num unidade de fusão e desfibrado numa instalação de desfibração para formar nomeadamente fibras minerais microscopicamente finas, sendo as fibras minerais, de um modo preferido, após ter sido adicionado um agente aglutinante e/ou de impregnação, depositadas num equipamento de transporte sob a forma de uma manta contínua à base de fibras minerais, sendo a manta contínua à base de fibras minerais seguidamente processada para lhe conferir uma determinada forma e sendo essa manta contínua finalmente aduzida a uma estufa, caracterizado por entre o equipamento de desfibração e a estufa estar instalada uma primeira estação (21) de processamento na qual a manta continua (2) à base de fibras minerais é estirada na direcção longitudinal ou na direcção de transporte e/ou numa direcção divergente da direcção longitudinal ou da direcção de transporte, direcção essa que 7 de um modo preferido será perpendicular à direcção longitudinal ou à direcção de transporte.
30. Dispositivo de acordo com a reivindicação 29, caracterizado por a montante da primeira estação (21) de processamento estar instalada uma segunda instalação (22) de processamento, na qual a manta continua (2) à base de fibras minerais é comprimida na direcção longitudinal, ou seja, na direcção de transporte.
31. Dispositivo de acordo com as reivindicações 29 ou 30, caracterizado por a primeira e/ou a segunda estações (22) de processamento serem constituídas por dois equipamentos de transporte paralelos e com um certo afastamento entre si, que assentam nas superfícies grandes da manta contínua (2) à base de fibras minerais, equipamentos de transporte esses que apresentam uma velocidade de transporte mais elevada ou mais baixa quando comparado com a velocidade do equipamento (3) de transporte.
32. Dispositivo de acordo com a reivindicação 31, caracterizado por os equipamentos de transporte terem a configuração de cintas transportadoras (23, 24) e/ou de cilindros (12), tratando-se nomeadamente de jogos de cilindros que comportam vários cilindros (12).
33. Dispositivo de acordo com a reivindicação 29, caracterizado por a primeira estação (21) de processamento ter a configuração de um equipamento (13) de transporte que executa um movimento pendular, equipamento esse mediante o qual uma manta continua (2) à base de fibras minerais com a configuração de um tecido não urdido primário (5) poder ser depositada em meandros, sob a forma de tecido não urdido secundário (19), sobre um equipamento (17) de transporte instalado a jusante.
34. Dispositivo de acordo com a reivindicação 33, caracterizado por a montante do equipamento (13) de transporte de movimento pendular estar instalado um equipamento de pressão que é constituído por um cilindro (10) de reenvio e por um jogo de cilindros dispostos frente àquele outro cilindro.
35. Dispositivo de acordo com a reivindicação 33, caracterizado por o equipamento (17) de transporte instalado a jusante estar orientado perpendicularmente ao equipamento (3) de transporte e se estender a montante da primeira estação (21) de processamento, de modo que o tecido não urdido primário (5) pode ser depositado em meandros, sob a forma de tecido não urdido secundário (19), numa posição perpendicular à direcção de transporte do equipamento (17) de transporte instalado a jusante.
36. Dispositivo de acordo com a reivindicação 29, caracterizado por os equipamentos de transporte assentarem em determinadas zonas das superfícies grandes (8, 18) da manta contínua (2) à base de fibras minerais.
37. Dispositivo de acordo com a reivindicação 29, caracterizado por os equipamentos de transporte terem a configuração de cintas transportadoras (25, 26) nervuradas, lisas e/ou denteadas e/ou a configuração de cilindros (12) de transporte. 9
38. Dispositivo de acordo com a reivindicação 29, caracterizado por se encontrarem instaladas a montante da primeira estação (21) de processamento uma estação de aspiração e/ou uma estação (7) de sopragem, mediante as quais é possível eliminar fibras minerais soltas para fora de pelo menos uma das superfícies grandes (8) da manta contínua (2) à base de fibras minerais.
39. Dispositivo de acordo com a reivindicação 29, caracterizado por a primeira estação (21) de processamento comportar um dispositivo de pulverização com pelo menos dois bicos ejectores de alta pressão, mediante os quais é possível aplicar agente aglutinante em pelo menos uma superfície grande (8) da manta continua (2) à base de fibras minerais esticada.
40. Dispositivo de acordo com a reivindicação 29, caracterizado por a primeira estação (21) de processamento comportar um elemento (30) de pressão que transmite à superfície grande (8, 18) da manta contínua (2) à base de fibras minerais uma força que de um modo preferido é liniforme e que é exercida transversalmente à direcção longitudinal ou à direcção de transporte.
41. Dispositivo de acordo com a reivindicação 40, caracterizado por o elemento (30) de pressão ter nomeadamente a configuração de um rolo (31), que de um modo preferido é movido, ou a configuração de um jogo de rolos com pelo menos dois rolos (31) situados frente a frente e formando um interstício entre si. 10
42. Dispositivo de acordo com a reivindicação 29, caracterizado por a montante da primeira estação (21) de processamento estar instalado um equipamento destinado a estirar a manta contínua (2) à base de fibras minerais na direcção transversal, nomeadamente numa direcção aproximadamente perpendicular à direcção longitudinal ou à direcção de transporte.
43. Dispositivo de acordo com a reivindicação 29, caracterizado por o equipamento comportar pelo menos um jogo (33) de rolos com pelo menos dois rolos (34, 35) dispostos frente a frente, rolos esses cujas superfícies laterais são perfiladas.
44. Dispositivo de acordo com a reivindicação 43, caracterizado por os perfilados dos rolos (34, 35) dos jogos (33) de rolos, que estão situados frente a frente, engrenarem uns nos outros.
45. Dispositivo de acordo com a reivindicação 43, caracterizado por o perfilado de pelo menos um rolo (35) ter uma configuração de forma ondulada.
46. Dispositivo de acordo com a reivindicação 42, caracterizado por a jusante do equipamento estar instalado pelo menos um cilindro (44), que de um modo preferido comporta uma superfície lateral (43) convexa, cilindro esse que está nomeadamente apoiado de modo a poder executar um movimento pendular em relação à manta continua (2) à base de fibras minerais.
47. Elemento de material isolante, tratando-se nomeadamente de uma manta contínua (2) à base de fibras minerais capaz de ser 11 enrolada, constituída por fibras minerais fixadas pelo menos com agentes aglutinantes, fibras essas que de um modo preferido são feitas de lã de rocha, elemento esse que integra uma zona (49) de núcleo que comporta superfícies grandes (8, 18) e integra duas zonas (50) de superfície que de ambos os lados se seguem na área das superfícies grandes (8, 18) à zona de núcleo (49), apresentando a zona (49) de núcleo fibras minerais que se estendem no essencial perpendicularmente e/ou com uma grande inclinação em relação às superfícies grandes (8, 18), enquanto que as zonas (50) de superfície apresentam fibras minerais que se estendem paralelamente às superfícies grandes (8, 18), e sendo as fibras minerais dispostas com um estiramento nítido numa direcção de tracção em pelo menos uma das zonas (50) de superfície.
48. Elemento de material isolante de acordo com a reivindicação 47, caracterizado por a zona (50) de superfície que é a zona (50) de superfície que no enrolamento está situada do lado de fora ser estirada e a segunda zona (50) de superfície que é a zona (50) de superfície que no enrolamento está situada do lado de dentro ter uma configuração comprimida.
49. Elemento de material isolante de acordo com a reivindicação 47, caracterizado por as zonas marginais (48) que se estendem na direcção longitudinal da manta continua (2) à base de fibras minerais terem uma configuração estirada.
50. Elemento de material isolante de acordo com a reivindicação 47, caracterizado por nas superfícies grandes (8, 18) estarem configuradas zonas em forma de linha ou de tira com um peso específico aparente aumentado, que se encontram dispostas de 12 modo a se estenderem na direcção longitudinal e/ou transversalmente à mesma.
51. Elemento de material isolante, tratando-se nomeadamente de um tecido não urdido primário (5) composto por fibras minerais fixadas pelo menos por agentes aglutinantes, elemento esse que de um modo preferido é feito de lã de rocha e que comporta duas superfícies grandes (8, 18) e superfícies laterais (47) com uma orientação perpendicular às anteriores, estendendo-se as fibras minerais no essencial paralelamente às superfícies grandes (8, 18), caracterizado por as fibras minerais serem nitidamente estiradas, paralelamente e/ou transversalmente à direcção longitudinal, e isto pelo menos numa zona marginal (48) que se estende na direcção longitudinal.
52. Elemento de material isolante de acordo com a reivindicação 51, caracterizado por nas superfícies grandes (8, 18) estarem configuradas zonas em forma de linha ou de tira com um peso específico aparente aumentado, que se encontram dispostas de modo a se estenderem na direcção longitudinal e/ou transversalmente à mesma. Lisboa, 04 de Setembro de 2007 13