PT103470B - Processo de tratamento e valorização dos resíduos e efluentes das unidades de produção de azeite através da utilização e valorização de resíduos da indústria corticeira - Google Patents

Processo de tratamento e valorização dos resíduos e efluentes das unidades de produção de azeite através da utilização e valorização de resíduos da indústria corticeira Download PDF

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Abstract

A PRESENTE INVENÇÃO REFERE-SE A UM PROCESSO DE TRATAMENTO E VALORIZAÇÃO DOS RESÍDUOS E EFLUENTES DAS UNIDADES DE PRODUÇÃO DE AZEITE ATRAVÉS DA ADIÇÃO E VALORIZAÇÃO DE RESÍDUOS DA INDÚSTRIA CORTICEIRA. ESTE PROCESSO VISA O TRATAMENTO E VALORIZAÇÃO DOS RESÍDUOS E EFLUENTES DAS UNIDADES DE PRODUÇÃO DE AZEITE, USUALMENTE CONHECIDOS POR ÁGUAS RUSSAS E/OU BAGAÇO, ATRAVÉS DA UTILIZAÇÃO DE UM RESÍDUO DO SECTOR DA CORTIÇA (COMO POR EXEMPLO, PÓ DE CORTIÇA), CONTRIBUINDO PARA A RESOLUÇÃO DOS PROBLEMAS AMBIENTAIS RESULTANTES DA DESCARGA DAQUELES EFLUENTES E CRIANDO UMA ALTERNATIVA VIÁVEL E RENTÁVEL AOARMAZENAMENTO E/OU A DEPOSIÇÃO EM ATERRO, QUER PARA OS RESÍDUOS E EFLUENTES DAS UNIDADES DE PRODUÇÃO DE AZEITE, QUER PARA OS RESÍDUOS DA INDÚSTRIA CORTICEIRA. O PROCESSO CONSISTE NA MISTURA MECÂNICA DOS RESÍDUOS DO SECTOR DA CORTIÇA, NOMEADAMENTE PÓ DE CORTIÇA, COM OS RESÍDUOS E EFLUENTES DAS UNIDADES DE PRODUÇÃO DE AZEITE, DANDO ORIGEM A UMA LAMA OU PASTA QUE PODE SER UTILIZADA COMO FERTILIZANTE OU DE UM MODO ALTERNATIVO, APÓS SECAGEM, SER ALVO DE VALORIZAÇÃO ENERGÉTICA.

Description

&T&&VÈB BA UTILIZAÇÃO Ε VALORIZAÇÃO BE RESÍDUOS DA lífDíàSTRIA CORTICEIRA»*
CAMPO DA INVENÇÃO A presente invenção refere-se a um processo de tratamento e valorização dos residuos e efluentes das unidades de produção de azeite através da utilização e valorização de residuos da indústria corticeira aplicando-se por isso, ao tratamento de efluentes.
SCMÁB10 DA IHVEMÇÃO A invenção consiste num processo que utiliza os resíduos do sector da cortiça, nomeadamente pó de cortiça (partículas de cortiça com dimensões inferiores a 0,2 mm) e partículas de dimensão inferior a 2 mm provenientes da superfície exterior das pranchas de cortiça (designadas no sector por "PS", "0,5-1,0 fraco" e "terras"), misturados de forma mecânica ou manual com os efluentes e/ou resíduos das unidades de produção de azeite dando origem a uma lama ou pasta que pode ser utilizada como fertilizante e que, alternativamente, após secagem, pode ser alvo de valorização energética.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO O azeite pode ser obtido por três processos, tendo todos eles em comum as fases de pesagem, lavagem da azeitona, armazenamento e moenda (ou moagem). A produção pode utilizar o método tradicional, o qual é constituído por uma fase de prensagem das azeitonas seguida de uma decantação/centrifugação, sendo o resultado deste processo produtivo, além do azeite, o bagaço e as águas russas.
Os métodos mais modernos, por sua vez, incluem em vez da prensagem um processo de "batedura" seguido de uma "extracção" em centrifugadoras horizontais. Nestas duas últimas etapas existe a adição de água para facilitar a separação do azeite.
Estes métodos mais modernos podem ser constituídos por: - 3 fases: neste caso os efluentes são iguais aos do método clássico (bagaço e águas russas, em separado) ou; - 2 fases: resultando deste processo um efluente único, correspondendo ao que no sector se chama o "bagaço húmido" ou "papa" (que é o resultado do bagaço misturado com as águas russas). A maioria do azeite produzido actualmente utiliza estes dois últimos processos produtivos.
Existem ainda unidades de produção, conhecidas como "unidades de extracção de óleo de bagaço", que fazem a extracção de algum azeite remanescente no "bagaço" ou "bagaço húmido".
De qualquer forma e independentemente do método utilizado, todas as unidades dão origem a resíduos e efluentes nocivos ao ambiente.
Existem actualmente alguns sistemas de tratamento e/ou valorização dos efluentes das unidades de produção de azeite, os quais se descrevem seguidamente:
Irrigação de Solos Agrícolas - é o método mais antigo de eliminação controlada das águas russas e consiste em dispersá-las sobre terrenos. Este sistema baseia-se na interacção fisica, química e microbiológica entre os componentes e os microrganismos do solo e do efluente. Este é o processo referido no documento ES2051242.
Lagunagem - consiste na recolha em lagoas de evaporação das águas russas que sofrem um processo de evaporação natural. Trata-se de um processo utilizado actualmente, pois é tecnicamente acessível e económico.
Concentração por Evaporação - consiste num sistema de evaporação forçada para dar resposta aos elevados volumes de águas residuais. Este método apresenta uma vantagem relativamente a lagunagem, pois necessita de menores áreas disponíveis, de um menor tempo de evaporação e permite recuperar a água evaporada, desde que sejam instalados adicionalmente condensadores. São, no entanto, sistemas dispendiosos, pelo equipamento que necessitam e pela energia consumida no processo.
Processos Físico-Químicos - são muito importantes no tratamento destes resíduos e consistem, entre outros, na utilização de floculantes e coagulantes no efluente, embora produzam lamas que se torna necessário eliminar. 0 tratamento com cal (óxido de cálcio - CaO(s)) é o processo mais comum.
Processos Térmicos - secagem parcial ou evaporação sob efeito de calor, utilizando como princípio básico alguns processos de complexidade variável que utilizam técnicas experimentadas na indústria química. Consistem na eliminação de parte da água utilizando evaporadores ou concentradores de efeito múltiplo, secadores horizontais ou secadores verticais.
Processos Biológicos - têm como base a utilização de microrganismos, nomeadamente, leveduras e fungos filamentosos, que se desenvolvem no seio da água russa degradando os seus constituintes.
Ainda no âmbito do tratamento dos efluentes das unidades de produção de azeite, nomeadamente dos lagares de azeite, salienta-se o Projecto de Valorização Ambiental e Energética, uma parceria entre o Instituto Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial (INETI) e a Câmara Municipal de Abrantes, que consiste no tratamento dos efluentes dos lagares de azeite na ETAR Municipal. Trata-se de um processo de tratamento de resíduos por digestão anaeróbia com baixo consumo de energia, transformando a matéria orgânica em biogás e originando um resíduo estabilizado que pode ser convenientemente aproveitado na agricultura como fertilizante. 0 biogás pode ser usado para produzir electricidade e/ou energia térmica, tendo algum valor económico.
Outros projectos e estudos abordam os processos de tratamento das águas russas, dos quais destacamos: • "Obtenção de águas russas limpas, por via microbiana" (CETAV, 2004) ; • "Estudo das enzimas envolvidas na descoloração de águas russas" (Dissertação de doutoramento "Estudo das enzimas envolvidas na descoloração de águas russas". José Albino. 2004.); • "Degradação de ácidos fenólicos por processos de oxidação avançados e pré-tratamento de águas ruças pelo reagente de Fenton" (Dissertação de doutoramento "Degradação de ácidos fenólicos por processos de oxidação avançados e pré-tratamento de águas ruças pelo reagente de Fenton". José Alcides Peres. 2001.) • "Efeito da rega com águas russas tratadas em algumas caracterí sticas químicas de um solo e em folhas de oliveira" (Hermínia Domingues*, Cidália Peres*, Odete Romero Monteiro*, Filipe Pedra**, Luis Catulo*, Maria Teresa Vilar*, José Casimiro Martins*, Fausto Leitão*. *Estação Agronómica Nacional; **Laboratório Quimico Agricola Rebelo da Silva.
Uma outra solução já existente para o tratamento do bagaço da azeitona é aquela que vem descrita no documento ES2020640. Este documento descreve um processo para tratar 0 bagaço da azeitona que consiste em efectuar uma mistura do bagaço com aparas de madeira, ou tiras de madeira, obtendo-se um produto aglomerado o qual após secagem e prensagem origina um material sólido vulgarmente designado por briquete. No entanto, este processo apresenta algumas limitações, principalmente o facto de apenas tratar os resíduos, nomeadamente o bagaço, não podendo ser aplicado ao tratamento dos efluentes, nomeadamente as "águas russas".
Por outro lado, no que diz respeito aos residuos do sector da cortiça (pó de cortiça, "P3"; "terras" e "0,5-1,0 fraco"), considerados resíduos industriais (código LER 03 01 99) , verificam-se essencialmente problemas relacionados com o seu escoamento e armazenamento, bem como com os efeitos nocivos no meio ambiente por si provocados. De salientar neste caso, o estudo da Associação Industrial do distrito de Aveiro ("Estudo Multi-Sectorial na Área do ambiente", 2000.)/ onde se refere explicitamente, na página 61, que " A produção de pó de cortiça é, inclusive, responsável por algumas alterações fisiográficas verificadas no Concelho de Santa Maria da Feira (pequenos vales que desaparecem devido ao despejo continuo do pó de cortiça nos mesmos)". Porém, segundo se refere no estudo do Prof. Luís Cabral e Gil: " Cortiça Tecnologia de Processamento e Constituição Química", INETI, " O pó de cortiça tem tido uma utilização principal como combustível para a produção de energia (queima em caldeiras), sendo uma pequena fracção do restante utilizado para colmatação de rolhas de pior qualidade, no fabrico de linóleos, no controlo de solos, etc."
Verifica-se pois que nenhum dos processos já conhecidos representa uma solução única e universal para o tratamento e valorização eficaz dos resíduos e efluentes das unidades de produção de azeite e, ao mesmo tempo, uma solução para o escoamento e valorização eficaz de residuos do sector corticeiro.
Com efeito, as tecnologias conhecidas apenas contribuem para a resolução parcial do problema e algumas implicam custos elevados de implementação.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
Actualmente a estratégia das empresas passa, cada vez mais, pela introdução de factores de melhoria de produtividade que se revelem "amigos do ambiente". A valorização dos resíduos e subprodutos encontra-se assim no topo das preocupações empresariais uma vez que têm elevado impacto ao nível da realização daquele objectivo.
As unidades de produção de azeite e de transformação da cortiça, até pela importância estratégica que os sectores representam para Portugal e para os restantes países produtores, não devem negligenciar esta nova atitude.
Neste sentido, a presente invenção constitui uma plataforma tecnológica interna de grande importância para aquelas indústrias, lançando-as num enquadramento estratégico caracterizado por um aumento da produtividade, por uma produção mais limpa e amiga do ambiente e por contribuir para a sustentabilidade dos sectores oleícola e da cortiça. A presente invenção refere-se a um processo de tratamento e valorização dos resíduos e efluentes das unidades de produção de azeite através da utilização e valorização de resíduos da indústria corticeira. 0 processo de tratamento dos efluentes e resíduos das unidades de produção de azeite através da utilização e valorização de resíduos da indústria corticeira objecto da presente invenção pode ser aplicado ao tratamento dos efluentes e resíduos das unidades de produção de azeite nas seguintes situações: • Através do tratamento, em separado, do resíduo e efluente (bagaço e águas russas, respectivamente); Através do tratamento conjunto do resíduo e efluente (bagaço húmido).
Neste sentido, o processo de tratamento dos efluentes e resíduos das unidades de produção de azeite através da utilização e valorização de resíduos da indústria corticeira objecto da presente invenção pode ser aplicado em qualquer tipo de instalação de produção de azeite, quer a mesma funcione no sistema tradicional de produção, quer nos sistemas modernos de produção de duas ou três fases. Assim, o processo objecto da presente invenção constitui uma solução completa e universal para o tratamento eficiente daqueles resíduos e efluentes.
No âmbito desta proposta são assim utilizados como produtos naturais os resíduos industriais do sector da cortiça, nomeadamente o pó de cortiça (partículas de cortiça com dimensões inferiores a 0,2 mm) e partículas de dimensão inferior a 2 mm provenientes da superfície exterior das pranchas de cortiça (normalmente designadas no sector por "P3", "0,5-1,0 fraco" e "terras"), sendo os efluentes e resíduos a tratar/recolher os efluentes e resíduos das unidades de produção de azeite, normalmente designados por águas russas, bagaço e bagaço húmido. A presente invenção consiste pois em promover a mistura dos efluentes e residuos das unidades de produção de azeite com resíduos da indústria corticeira, como por exemplo os normalmente conhecidos por pó de cortiça, "P3", "0,5-1,0 fraco" e "terras", estando a quantidade de pó de cortiça utilizada neste processo dependente da percentagem de humidade ou água no efluente e/ou resíduos. Porém, em média, utiliza-se um volume de pó de cortiça igual ao volume de efluente e/ou residuos a tratar. 0 processo de tratamento de efluentes e residuos das unidades de produção de azeite e sua valorização através da adição de resíduos da indústria corticeira resulta de uma mistura mecânica grosseira entre o pó de cortiça com os resíduos e/ou efluentes das unidades de produção de azeite, o que torna a sua implementação viável independentemente da dimensão dessas unidades. 0 produto obtido após o tratamento dos efluentes e resíduos das unidades de produção de azeite através da utilização de resíduos da indústria corticeira, pode ser:
Valorizado energeticamente devido a sua capacidade de gerar energia calorífica através da queima em caldeira ou outras estruturas de aquecimento; * Utilizado como fertilizante e ainda na correcção das características dos solos (por exemplo, solos alcalinos, devido ao seu pH ácido).
No caso de se pretender utilizar o produto obtido para valorização energética, podem obter-se porções do produto através da sua secagem ao ar, sendo feita a recolha sucessiva das camadas superiores mais secas, as quais demonstraram possuir uma humidade inferior a 40%. As porções retiradas (idênticas a pedaços de carvão) podem ser embaladas ou vendidas a granel. Se a secagem for executada em moldes obtêm-se tacos ou cilindros idênticos a briquetes.
Numa outra forma de valorização do produto do processo de tratamento de resíduos e efluentes das unidades de produção de azeite e sua valorização através da adição de resíduos da indústria corticeira, este pode ser utilizado em pó ou semi-desidratado para a produção de turfa, ou ainda como fertilizante ou componente de fertilizantes e como rectificador de características do solo.
Saliente—se, por outro lado, que numa forma alternativa de realização da presente invenção pode, ao novo produto apresentado, ser adicionando um efluente ou resíduo com elevada carga orgânica, isto é com um CQO superior a 500 mg/L 02 e um CB05 superior a 250 mg/L 02 como por exemplo os efluentes e/ou resíduos provenientes de suiniculturas e aviculturas, viabilizando a utilização desta nova mistura como fertilizante composto fresco ou, após compostagem, como fertilizante estabilizado. O produto obtido pelo processo de tratamento dos resíduos e efluentes das unidades de produção de azeite através de resíduos da indústria corticeira, pode assim apresentar-se nas seguintes formas: a granel; em cilindros compactos, no caso de produção em contínuo, como por exemplo numa mistura com recurso a um parafuso sem-fim; colocado em moldes, obtendo-se por exemplo briquetes ou tacos. O produto obtido pode pois ser valorizado energeticamente ou como fertilizante.
Do ponto de vista da implementação da presente invenção a escala industrial, cada unidade de produção de azeite terá que construir um tanque com uma capacidade adequada ao volume de efluentes e resíduos produzidos por campanha (é de notar, no entanto, que muitas destas unidades já utilizam um tanque para a recolha total dos seus efluentes e resíduos).
Assim, o pó de cortiça pode ser depositado directamente no tanque de recolha dos efluentes residuais ou armazenado em silo junto ao mesmo.
No primeiro caso, durante a campanha de produção de azeite, conforme se vão produzindo efluentes e/ou residuos, estes são encaminhados para o tanque de recolha e é promovida a sua mistura com o pó de cortiça. Esta mistura pode ser executada de forma manual, com recurso a varas de dimensão e formas apropriadas, ou de forma mecânica, com a utilização de pás ou grelhas rotativas ou de sistemas de "vaivém".
Se a exploração optar pelo armazenamento do pó em silo, pode utilizar um sistema de mistura que consiste basicamente numa admissão simultânea de efluentes e/ou resíduos com pó de cortiça promovendo em contínuo a sua mistura, como por exemplo com recurso a uma tubagem com veio de parafusos sem-fim. 0 produto desta mistura pode ser encaminhado para um sector de secagem em estufa ou ao ar segundo um processo contínuo, ou faseado, em linha de produção ou em tanque, seguido de armazenamento e/ou embalagem.
No caso em que a mistura é executada em tanque, a recolha do sólido (produto já seco) , pode ser efectuada de forma manual (com recurso a pá e enxada), através de báscula mecânica ou braço de escavadora, dando origem a porções do sólido com forma idêntica a pedaços de carvão que podem ser embalados ou ensacados para venda ou, no caso da sua utilização em caldeiras, pode optar-se pela venda a granel tal como se procede com a lenha.
Desta forma, o processo de tratamento dos efluentes e resíduos das unidades de produção de azeite através da utilização e valorização de resíduos da indústria corticeira objecto da presente invenção revela-se numa solução única e universal para o tratamento eficaz e valorização dos efluentes e residuos das unidades de produção de azeite permitindo, simultaneamente, a valorização dos residuos do sector da cortiça. A presente invenção oferece ainda uma solução completa, uma vez que todos os residuos e/ou efluentes das unidades de produção de azeite são tratados e o destino do produto obtido não se transforma num novo problema ambiental. 0 produto obtido após o processo de tratamento dos efluentes e residuos das unidades de produção de azeite através da adição de residuos da indústria corticeira, apresenta entre outras, as seguintes caracteristicas:
Inicialmente apresenta-se com aspecto de lama ou pasta e um teor de humidade entre [500,00 ;850,00]g kg-1, uma relação C/N entre [62,1 ;109,1], e um valor de pH entre aproximadamente [4,5; 5,0];
Após secagem, o produto obtido apresenta-se sobre a forma de aglomerado e com um poder calorífico entre [18,0; 22,2] Mj/kg (pelo método ASTM D 1989) ;
Assim, o escoamento do produto seco, por exemplo, para queima em caldeira terá grande viabilidade uma vez que origina um produto (biomassa) com um poder calorífico entre [18,0; 22,2] Mj/kg pelo método ASTM D 1989).
Por sua vez, a sua utilização como fertilizante ou como componente de fertilizantes também revelou, pelas análises executadas, grande potencial. É também importante salientar que os custos associados a implementação do processo são muito baixos porque o processo de mistura pode ser feito de forma manual (viável para as pequenas e médias unidades) ou através de sistemas mecânicos simples (viável para as médias e grandes unidades). A invenção traduz-se também na resolução de um problema ambiental que, por sua vez, está devidamente identificado e regulamentado por normas europeias e leis nacionais, que estabelecem as normas de utilização das águas russas para rega de solos agrícolas.
Considera-se ainda que uma outra vantagem da invenção descrita reside não apenas na sua extrema simplicidade, mas também na facilidade de implementação (mesmo nas pequenas unidades) e no facto de utilizar um produto natural (pó de cortiça) que é um resíduo industrial, causador de problemas ambientais, para a resolução de um outro problema ambiental (poluição por águas russas).
Desta forma ultrapassam-se as dificuldades e desvantagens das técnicas já existentes, nomeadamente no que se refere aos elevados custos de implementação/execução e ao facto de não se traduzirem numa solução global, contribuindo apenas para soluções parciais e/ou pontuais do problema.
Adicionalmente a todos os benefícios ambientais, o processo permite obter um produto com valor comercial que pode constituir uma contrapartida financeira interessante para as unidades de produção de azeite e para as unidades de transformação de cortiça.
Resumindo, a valorização industrial dos resíduos e efluentes das unidades de produção de azeite traduz-se na: • Resolução de um problema ambiental, pois resolve o escoamento das águas russas e do bagaço; • Valorização dos efluentes e resíduos das unidades de produção de azeite; • Redução do impacto ambiental negativo resultante da produção de azeite.
Por seu lado, a valorização industrial dos resíduos da cortiça permite uma alternativa válida a simples utilização como combustível para queima, permitindo a sua venda a indústria de azeite e diminuindo a possibilidade de ser despejado em aterros.
EXEMPLOS
Apresentam-se, seguidamente, alguns exemplos não restritivos do processo de tratamento e valorização dos resíduos e efluentes das unidades de produção de azeite através da utilização e valorização de resíduos da indústria corticeira.
Exemplo 1:
Processo de tratamento e valorização de efluentes das unidades de produção de azeite (águas russas) e valorização dos resíduos da industria corticeira, através da utilização de pó de cortiça (partículas com dimensões inferiores a 0,2 mm) que compreende os seguintes passos:
Misturar grosseiramente, se necessário com ajuda de um agitador mecânico, volumes iguais de águas russas e pó de cortiça (partículas com dimensões inferiores a 0,2 mm) até se obter uma lama que apresenta um teor de humidade de 845,4 g kg-1, uma relação C/N de 109,1, um valor de pH de 4,84 e um teor de matéria orgânica (referido a matéria seca) de 609,3 g f g' '. Esta mistura origina um volume de lama um pouco superior ao volume inicial de águas russas, por exemplo, a mistura de 250 mL de águas russas com um volume de 250 mL de pó de cortiça, originam um volume de 300 mL de lama; • Secar o produto resultante, a lama, em estufa, a uma temperatura de aproximadamente ou ao ar em tabuleiro ou moldes adequados até obter um produto sólido (percentagem de humidade inferior a 40% m/m) . Ao fim de 3 dias, em estufa a 45 i?0,( o produto obtido apresenta-se sobre a forma de aglomerado sólido com um poder calorífico entre [14,00; 18,001 Mj/kg; • Recolher o produto do tabuleiro ou desenformar os moldes para obter porções a granel, cilindros ou tiras finas (briquetes ou "pellets") para valorização energética. 2;:
Processo de tratamento e valorização energética de efluentes e resíduos das unidades de produção de azeite (bagaço húmido) com resíduos da industria corticeira, através da utilização de pó de cortiça (partículas com dimensões inferiores a 0,2 mm) que compreende os seguintes passos:
Misturar grosseiramente, se necessário com ajuda de um agitador mecânico, 16% (m/m) de pó de cortiça com bagaço húmido;
Secar o produto resultante em estufa, a uma temperatura de aproximadamente tf £< Gj ou ao ar em tabuleiros ou moldes adequados até obter um produto sólido (percentagem de humidade inferior a 40% m/m).
Ao fim de 2 dias, em estufa a 45 °C, o produto obtido apresenta-se sobre a forma de aglomerado sólido e com um poder calorífico Superior (PCSbs) de 22,2 Mj/kg (pelo método ASTM D 1989).
Exemplo 3:
Processo de tratamento e valorização como fertilizante de efluentes e resíduos das unidades de produção de azeite (bagaço húmido) com resíduos da industria corticeira, através da utilização de pó de cortiça (partículas com dimensões inferiores a 0,2 mm) que compreende os seguintes passos: * Misturar grosseiramente, se necessário com ajuda de um agitador mecânico, 16% (m/m) de pó de cortiça com bagaço húmido até se obter uma pasta ou turfa que apresenta um teor de humidade de 5 93, 9 g Kg"'*, uma relação C/N de 62,1, um valor de pH de 4,76 e um teor de matéria orgânica (referido a matéria seca) de 870,4 g kg"1; « Recolher o produto em embalagem adequada para a utilização "em fresco" ou para colocar em compostagem.
Lisboa, 28 de Abril de 2006

Claims (10)

1. Processo de tratamento e valorização dos resíduos e efluentes das unidades de produção de azeite, e valorização dos resíduos da indústria corticeira caracterizado por se proceder a mistura dos efluentes e resíduos das unidades de produção de azeite com o pó de cortiça e/ou partículas provenientes da superfície exterior de pranchas de cortiça de modo a se obter uma pasta ou lama.
2. Processo de tratamento e valorização dos resíduos e efluentes das unidades de produção de azeite, e valorização dos resíduos da indústria corticeira, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por se proceder a secagem da pasta ou lama de modo a obter um produto sólido.
3. Processo de tratamento e valorização dos resíduos e efluentes das unidades de produção de azeite, e valorização dos resíduos da indústria corticeira, de acordo com as reivindicações anteriores, caracterizado por se proceder a secagem da pasta ou lama, em estufa ou ao ar, de modo a obter um produto sólido gue ao ser desenformado permite obter porções a granel.
4. Processo de tratamento e valorização dos resíduos e efluentes das unidades de produção de azeite, e valorização dos resíduos da indústria corticeira, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por se adicionar a pasta ou lama um efluente ou resíduo com elevada carga orgânica.
5. Processo de tratamento e valorização dos resíduos e efluentes das unidades de produção de azeite, e valorização dos resíduos da indústria corticeira, de acordo com as reivindicações 1 e 4, caracterizado por a mistura obtida ser colocada em compostagem.
6. Utilização das pastas ou lamas obtidas a partir do processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por se aplicar como fertilizante ou como fonte energética.
7. Utilização das pastas ou lamas obtidas a partir do processo de acordo com as reivindicações 1 a 3, caracterizada por se aplicarem como fonte energética.
8. Utilização das pastas ou lamas obtidas a partir do processo de acordo com as reivindicações 1, 4 e 5, caracterizada por se aplicarem como fertilizante.
9. Utilização das pastas ou lamas obtidas a partir do processo de acordo com as reivindicações 1, 4 e 5, caracterizada por se aplicarem como componente de fertilizantes.
10. Utilização das pastas ou lamas obtidas a partir do processo de acordo com as reivindicações 1, 4 e 5, caracterizada por se aplicarem como rectificador de caracteristicas dos solos. Lisboa, 28 de Abril de 2006
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