PT103215B - Sistema de fixação em osteossinteses - Google Patents

Abstract

A PRESENTE INVENÇÃO REFERE-SE A UM SISTEMA DE FIXAÇÃO DE OSTEOSSÍNTESES CONSTITUÍDA POR: A) PLACAS ORTOPÉDICAS DE FIXAÇÃO POSSUIDORAS EM CADA EXTREMIDADE, DE DUAS RANHURAS EM BAIXO RELEVO (1,2,3,4) A TODA A LARGURA DAS REFERIDAS PLACAS BEM COMO UM PEQUENO ORIFÍCIO (9,10) E B) CINTAS DE COMPRESSÃO (5,6,7,8) QUE, UMA VEZ APERTADAS E CERRADAS, ASSENTAM NAS RANHURAS DAS PLACAS, MANTENDO A IMOBILIDADE DO SISTEMA. ESTE SISTEMA DE FIXAÇÃO DE OSTEOSSÍNTESES É UTILIZADO EM ORTOPEDIA NA RESOLUÇÃO DE FRACTURAS DE OSSOS TUBULARES OBLONGOS. A PRESENTE INVENÇÃO É APLICADA POR EXEMPLO, EM FRACTURAS DIAFISÁRIAS, SIMPLES OU COMINUTIVAS, DE OSSOS COMO O FÉMUR, PORÇÃO DISTAL DA TÍBIA, RÁDIO, CÚBITO, ÚMERO E OUTROS.

Description

"SISTEMA Dl FIXAÇÃO !M OSTIQSSÍÍSTSSIS*4

Bovhaio tactíico da invenção a precuuttu irur&ncxo ;iir: respeito a ao stEterta de fixação em osteossínceseD que é utilizado em cirurgia ortopédica e visa. a estabilização e f fracturas di,a.f i.sãruas de osso a tubulares oblongos como o fémur, porção distai da tíbia., rádio, cúhitcç úmero a ostros. Técnica Anterior piares ort fracturas atravessam perfuradas A técnica mata usada ba.3eis.--se na iitíliraçf.3 cie ;opédJ. ήχο perfuradas que fixam e estabilizam as mediante o uso de parafusos que passam em furos e o osso a todo o seu diâmetro. Por serem assim estas placas apresentam menos resistência física podendo deste modo quebrar-se.

Descrição das figaras A Figura 1 é uma representação da placa ortopédica de acordo cora. a invenção. Nas suas extremidades possui duas ranhuras (1,2,3,4) em baixo relevo a toda a largura das ditas placas e ainda, também em cada extremidade, um pequeno orifício (9,10) a toda a sua espessura. 2 A Figura 2 ê uma representação de uma cinta de compressão que possui a mesma largura das ranhuras da placa e que tem, na face superior de uma da.s extremidades, várias fiadas de espículas (11) em alto relevo e na outra extremidade uma fenda (12) por onde se introduz a primeira extremidade permitindo assim o cerramento da cinta. A Figura 3 é uma representação em perspectiva e simplificada de uma peça óssea (13) onde se identifica uma linha de fractura (14) a qual foi reduzida e fixada mediante a utilização de duas placas ortopédicas (15,16) as quais apresentam em cada uma de cujas extremidades duas ranhuras em baixo relevo (1,2,3,4) bem como dois pequenos orifícios (9,10). Encaixadas nas referidas ranhuras estão encontram-se as cintas de compressão (5,6,7,8) as quais possuem numa das extremidades várias fiadas de espículas e na outra uma fenda por onde se introduz a primeira extremidade.

Descrição Pormenorizada da Invenção A presente invenção diz respeito a um sistema de fixação em osteossínteses constituído por placas ortopédicas e cintas de compressão para a resolução de fracturas ósseas. Estas placas e cintas são construídas em aço inox apropriado para utilização em ortopedia e com as seguintes características técnicas: 3 ISO 5832 1 DIN 1744 3 ASTMF 138 139

Após a redução da fractura, o que se consegue com as técnicas e equipamentos mais apropriados para cada caso, são apostas em posição diametralmente oposta, sobre a zona da fractura, duas placas de acordo com a invenção. As referidas placas possuem em cada uma das extremidades duas ranhuras em baixo relevo, em toda a sua largura, bem como um pequeno orifício a toda a espessura. Assim posicionadas fazem-se passar as cintas de compressão as quais uma vez ajustadas assentam perfeitamente no fundo das ranhuras já que têm uma largura idêntica à das ranhuras. Estas cintas estão dotadas numa das suas extremidades de várias fiadas de espículas que ao passarem por uma fenda existente na outra das extremidades permitem a compressão desejada bem como um cerramento definitivo. 0 último passo do processo consiste em fazer passar, através dos orifícios existentes nas extremidades das placas, uni fio de Kírshner ou um parafuso cortical que visa garantir a imobilização de todo o sistema nos sentidos longitudinal e axial da peça óssea.

Normalmente são utilizadas quatro cintas, embora um número adicional possa ser utilizado, de acordo com as necessidades específicas de cada fractura.

Este sistema de fixação em osteossínteses é aplicado por exemplo, em fracturas diafisárias, simples ou 4 cominutivas, de ossos como o fémur, porção distai da tíbia, rádio, cúbito, úrr.ero e outros.

Constitui assim objecto da presente invenção um sistema de fixação de osteossínteses, constituído por: a) placas ortopédicas de dimensões adequadas ao tamanho da peça óssea em que vão ser utilizadas e ao tipo de fractura que visam estabilizar, possuindo em cada uma das extremidades, ranhuras em baixo relevo e a toda a largura da placa (1,2,3,4} e ainda nas referidas extremidades um pequeno orifício (9,10) onde passa um fio de Kirsimer ou um parafuso cortical impedindo assim a mobilidade de todo o sistema no sentido do eixo longitudinal da peça óssea fracturada; e b) cintas de compressão (5,6,7,8) caracterizadas por possuírem a mesma largura das ranhuras existentes nas extremidades das placas acima referidas.

No referido sistema de fixação de osteossínteses, as referidas cintas são apertadas e cerradas de modo a assentarem no fundo das ranhuras garantindo assim a imobilização do sistema.

As referidas cintas possuem numa extremidade várias fiadas de espículas (11) em alto relevo e na outra extremidade uma fenda (12) por onde se introduz a primeira extremidade permitindo assim o cerramento da cinta. 5

Num modelo de realização preferido do sistema dei fixação de osteossínteses, as placas ortopédicas contêm quatro ranhuras, duas em cada extremidade, onde assentam quatro cintas de compressão.

Parte Experimental

Materiais e Métodos

Realizou-se várias experiências utilizando cadáveres de cães e gatos. Foram feitas as dissecações necessárias simulando as diferentes abordagens cirúrgicas necessárias à resolução dos diferentes tipos de fractura mais comuns. O sistema foi utilizado no rádio, cúbito, úmero, fémur e porção distai da tíbia. Em cada uma destas peças ósseas foram feitas secções com uma serra ortopédica oscilante simulando a fractura. As peças ósseas assim seccionadas foram repostas na posição anatomicamente correcta e sobre a zona de secção e em posição diametralmente opostas, anterior e posterior, foram apostas as placas e em seguida mantidas na posição correcta mediante o uso de cintas metálicas de compressão. O aperto destas cintas foi feito de modo progressivo e cauteloso de modo a evitar o esmagamento da peça óssea cuja fractura se pretendia reparar. A última operação consistiu em introduzir um parafuso cortical ou um fio de Kirshner em cada um dos pequenos orifícios existentes nas extremidades da placa superior, relativamente ao operador. Pretendeu-se com isto 6 conferir uma fixação adicional do sistema â peça Óssea e evitar desta forma migrações daquele no sentido longitudinal do osso. Todo o material de aço ínox usado possui as características regulamentadas na União Europeia, isto é: ISSO 5832 1 DIN 1744 3 ASTMF 238 139

Resultados

Em todas as fracturas em que o sistema foi testado foram usadas quatro cintas de compressão, dois parafusos corticais ou dois fí os de Kirshner. Após a redução perfeita da fractura e uma vez apertadas as cintas de compressão, apostas sobre as placas e por fim introduzidos os parafusos ou fios de Kirshner, conseguiu-se uma fixação perfeita. As peças ósseas em que as experiências foram feitas foram sujeitas a forças de rotação, compressão e distensão e pode observar-se que o sistema confere uma fixação de alta qualidade não se tendo observado qualquer deiscência.

Conclusão O sistema de fixação de osteossínteses para resolução de fracturas aqui apresentado, baseado na utilização de placas metálicas não perfuradas e de cintas de compressão, utilizado em ossos oblongos e de tipo tubular, revelou 7 atingir excelentes resultados de fixação, Fulcral ê a escolha do tipo de material a usar em cada caso clínico. As principais características a respeitar são o comprimento., a largura e a espessura das placas bem como o comprimento e espessura das cintas. Estas peças devem estar dimensionadas de acordo com as características bíodinâmicas das peças ósseas que sei pretende fixar, É fundamental considerar o peso do animal bera como as forças musculares a que o sistema ficará sujeito.

Lisboa, 4 de Julho de 2005

Claims (4)

1 REIVINDICAÇÕES 1, Sistema de fixação cie osteossínteses, carácter izado por ser constituído por: a) placas ortopédicas de dimensões adequadas ao tamanho da peça óssea em que vão ser utilizadas e ao tipo de fractura que visam estabilizar, possuindo em cada uma das extremidades, ra nhuras em baixe > relevo e a coda a largura dei placa : [1,2,3,4) e ai rida nas referidas extremidades um pequeno orifício (S 5,10) onde passa um fio de Kirshner ou um parafuso cortical impedindo assim a mobí1idade de todo o síst :ema no sentido do eixo longitudinal da peça óssea fra< aturada; e b) cintas de compressão (5,6,7,8) caracterizadas por possuírem a mesma largura das ranhuras existentes nas extremidades das placas acima referidas.

2. Sistema de fixação de osteossínteses de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por as referidas cintas serem apertadas e cerradas de modo a assentarem no fundo das ranhuras garantindo assim a imobilização do sistema.

3. Sistema de fixação de osteossínteses de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado por as referidas cintas possuírem numa extremidade várias fiadas 2 de espículas (11) em alto relevo e na outra extremidade uma fenda (12) por onde se introduz a primeira extremidade permitindo assim o cerramento da cinta.

4, Sistema de fixação de osteossínteses de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 2, carácter ízado por as placas ortopédicas conterem cada uma quatro ranhuras, duas em cada extremidade, onde assentam quatro cintas de compressão. Lisboa, 4 de Julho de 2005