BRPI1003738A2 - colheitadeira decotadeira pulverizadora - Google Patents
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Abstract
COLHEITADEIRA DECOTADEIRA PULVERIZADORA. Refere-se a presente invenção a um conjunto de sistemas mecânicos que formam um equipamento agrícola de múltipla função (Fig. O1), trazendo consigo uma inovação no segmento de equipamentos agrícolas destinados ao manejo da cafeicultura. Trata-se de um equipamento autopropelido constituído por um chassi bipartido articulado transversalmente (Fig.2 1), onde são montados o conjunto de colheita (Fig. 11), o conjunto de decote lateral (Fig. 12), o conjunto de poda superior (Fig. 17), o conjunto de pulverização (37), os conjuntos de rodagens direcionais de levante independente (Fig.20), um motor a combustão (43), o conjunto hidráulico formado por bombas (44) e motores (45), e uma cabine (46).
Description
Colheitadeira Decotadeira Pulverizadora.
Refere-se a presente invenção a um conjunto de sistemas mecânicos que formam um equipamento agrícola de múltipla função (Fig. 01) destinado num primeiro momento à colheita dos grãos de café in natura, em seguida a execução do decote lateral dos galhos do pé de café e poda superior, e por último a pulverização de produtos específicos para proteger o que restou do pé de café de ataques de pragas, fungos e outros elementos que possam agredir a planta, cuidando do aspecto fitossanitário deste processo de manejo de cultura.
Para que a lavoura de café possa expressar seu potencial produtivo e ter facilidades de manejo é preciso que seja definido o sistema de condução das plantas tanto na fase de formação como na fase de produção.
Este sistema de condução do cafezal envolve a definição de espaçamento desde os mais abertos até os mais adensados, escolha pela maior ou menor densidade de plantio, realização de controle ou não do crescimento das plantas, determinação da conformação ou arquitetura da planta e aplicação do manejo manual ou mecanizado.
Qualquer que seja esta condução, de maneira geral se determina a forma de realização ou não das práticas de desbrota e de poda as quais direcionam, corrigem e mantém a estrutura vegetativa adequada do cafeeiro.
Os tipos de podas são:
* Decote - é uma poda alta e menos drástica aplicada em plantas que ainda possuem saia, mas que apresentam esgotamento ou deformações na parte superior ou, ainda, altura excessiva. * Desponte - consiste em cortar na lateral da planta no sentido de cima para baixo as extremidades dos ramos plagiotrópicos, reduzindo seu comprimento médio de 0,60 a 1,20 m, para estimular nos mesmos um número maior de ramificação com aumento do seu potencial produtivo.
* Esqueletamento - consiste também em cortar na lateral da planta, porém no sentido de baixo para cima as extremidades dos ramos plagiotrópicos próximo ao tronco do cafeeiro, deixando com comprimento médio de 20 a 30 cm, com o objetivo de promover a abertura da lavoura e renovar suas hastes produtivas.
* Recepa - é uma poda baixa e mais drástica aplicada em plantas que perderam os ramos produtivos inferiores que formam a saia da planta ou em plantas totalmente depauperadas ou deformadas. Pode ser uma recepa com pulmão ou recepa alta com o corte da planta a uma altura média de 60 a 80 cm do solo ou uma recepa sem pulmão ou recepa baixa com o corte de 30 a 40 cm do solo.
A época mais adequada para execução das podas é após a colheita. E após a realização das podas deve-se atentar para a defesa e o fortalecimento das novas brotações, fazendo a desbrota, capinas, adubações, proteção dos ventos e controle fitossanitário, para não comprometer o revigoramento da planta.
A execução da Poda visa os seguintes objetivos:
* Renovar pela indução de ramos produtivos plantas depauperadas pela idade ou manejo;
* Recuperar cafeeiros que sofreram lesões na copa causadas por fenômenos climáticos; * Promover maior luminosidade e arejamento dos cafeeiros em lavouras com fechamento;
* Melhorar a arquitetura das plantas renovando e ajustando a estrutura de sua copa;
* Reduzir a altura e partes laterais das plantas para facilitar os tratos culturais e a colheita;
* Inibir a incidência de pragas e doenças no cafezal, bem como facilitar seu controle;
* Promover a condução e produção de cafeeiros em sistema de lavouras adensadas;
* Aumentar a vida útil de produção do cafeeiro com plantas de melhor vigor e maior rendimento.
Atualmente o manejo do cafezal descrito acima é realizado em momentos distintos, onde primeiramente é realizada a colheita dos grãos, depois a poda do cafeeiro, sendo que o produto da poda precisa ser enleirado no centro da rua de café através de trabalho manual para ser triturado, e por último a aplicação de produtos para o controle fitossanitário do cafezal podado. Cada etapa deste manejo possui equipamentos próprios e específicos para a execução das operações, mas as etapas do manejo por serem realizadas separadamente, demandam altos custos na execução com combustíveis e mão-de-obra, além da necessidade de aquisição de pelo menos quatro diferentes equipamentos, acarretando, além de custos financeiros, uma maior compactação do solo e um prejuízo físico para a planta, pois a cada etapa existe um lapso de tempo entre as suas execuções e com isto os resultados demoram a aparecer, ou seja, as plantas demoram a responder ao manejo praticado.
No estado da técnica existem equipamentos que executam a colheita (Figs. 03 e 04), equipamentos que fazem os vários tipos de poda (Figs. 07 e 08), equipamentos que trituram o produto da poda (Fig. 09) - ressaltando a necessidade de mão-de-obra para preparar o produto a ser triturado - e por fim equipamentos que executam a pulverização (Fig. 10).
As colheitadeiras presentes no estado da técnica são equipamentos que podem ser tracionados ou autopropelidos. Apresentam - se com um chassi robusto (1), em formato de "U" de cabeça para baixo, onde são montados dois conjuntos de eixos derriçadores (2), dispostos paralelamente em uma mesma linha de centro no sentido transversal, ou seja, são simétricos (Fig. 05). Na parte inferior possuem dois conjuntos de esteiras transportadoras (3) que levam os grãos de café derriçados até os elevadores (4) dispostos no seu final, que por sua vez descarregam os grãos ou em uma esteira lateral (5) que os transporta até uma carreta de armazenamento, conduzida por um trator ou em um depósito na própria máquina ou sacos "big bag". O formato do chassi em "U" de cabeça para baixo, se deve ao fato de que o equipamento envolve todo o pé de café. Ao adentrar ao equipamento o pé de café entra em contato com os eixos derriçadores (2), que derrubam os grãos de café nas esteiras transportadoras (3). Como os eixos derriçadores estão dispostos de forma paralela e na mesma linha de centro transversal (Fig.05), estes ao entrar em contato com o pé de café, o agridem ao mesmo tempo, acarretando séria agressão e consequentemente grande dano ao cafeeiro, principalmente quando se tem mais de um pé de café numa mesma cova, pois não tem por onde se esquivar de tamanha agressão, e assim passam de forma forçada pelas varetas vibratórias presentes nos eixos derriçadores sendo atacado em toda a sua estrutura, desde o galho mais longínquo até o seu tronco. Tendo em vista que para se alcançar o pleno sucesso na colheita as varetas vibratórias
(6) dos eixos derriçadores (2) precisam se cruzar entre si, para que sejam atingidos até os grãos mais próximos ao tronco e os galhos presentes entre os pés de café no sentido longitudinal, com isto ao entrarem em contato com o tronco estas varetas se entrelaçam ao mesmo, havendo uma série de colisões, formando-se alavancas e a conseqüente quebra de tais varetas, e para se evitar tais conseqüências negativas, as máquinas existentes no estado da técnica possui um recurso que possibilita o afastamento dos eixos derriçadores, fazendo com que eles não cruzem, abrindo um espaço por onde passam os troncos das plantas do cafeeiro, e consequentemente não atingem e nem colhem os grãos presentes nos galhos dispostos longitudinalmente na parte frontal e traseira das plantas.
Outra questão a ser abordada sobre as colheitadeiras existentes no estado da técnica, diz respeito ao fato delas possuírem um sistema de nivelamento (Fig.06), que permite corrigir uma declividade do solo entre dez e quinze porcento de inclinação, conforme os fabricantes. Para tanto o conjunto de rodagem destas máquinas possui um braço suporte do motor
(7) que por sua vez recebe a montagem da roda (8) e do pneu (9). Este conjunto de rodagem é montado sob um pé direito (10) localizado nas extremidades do chassi, onde se localizam os pistões (11) que acionam o levante do equipamento e proporcionam o nivelamento da máquina, sendo que em todos os pés direitos existe uma haste interna (12) que trabalha num sistema telescópico. A direção do equipamento é hidráulica, sendo que o volante aciona um pistão direcional (13), e nos conjuntos de rodagem dianteiros existe um sistema de barra de direção (14) que assegura o movimento simultâneo de ambas as rodas num mesmo sentido. Entretanto para se alcançar o funcionamento do sistema telescópico do levante e ao mesmo tempo assegurar o funcionamento da barra de direção existe um aparato mecânico complexo, com eixos deslizantes, alavancas da barra com alojamentos de fixação que possibilitam o movimento rotacional, porém sem se deslocar verticalmente acompanhando o eixo deslizante, possuindo um travamento por chaveta que assegura a posição da alavanca em relação ao referido eixo.
Os equipamentos destinados a realizar a poda do cafeeiro, que existem no estado da técnica, se apresentam em dois modelos: um para o decote lateral dos galhos, e outro para a poda superior. Ambos acoplam-se em tratores, nas barras do hidráulico e terceiro ponto, e se utilizam de serras circulares (Fig.07 e 08). O modelo que efetua o decote lateral, somente o faz de um lado de cada vez do cafeeiro, sendo necessário passar o equipamento duas vezes numa mesma rua para realizar o serviço.
Após a poda, os restos da cultura são dispostos manualmente no centro da rua do cafeeiro, para que os trituradores possam desintegrá-los. Ditos trituradores se apresentam no estado da técnica para serem acoplados em tratores, constituídos por uma carcaça (15), um conjunto de transmissão (16), que acionado pela tomada de força do trator, aciona, por intermédio de polias (17), o eixo rotor (18), dotados de martelos (19), que efetua a trituração dos objetos, e um rolo de apoio e regulagem de altura (20).
Com relação aos pulverizadores, no estado da técnica, não existe um equipamento destinado especificamente a este tipo de manejo, sendo que existe um modelo de pulverizador de adubação foliar que pode, supletivamente ser utilizado após a poda. Estes equipamentos são dotados de um chassi (21), um tanque (22), uma bomba (23), e um conjunto de bicos pulverizadores aliado a uma turbina que produz ar comprimido(24), sendo tracionados por tratores e acionados pela tomada de força do mesmo. A invenção colheitadeira decotadeira pulverizadora constitui-se numa inovação no segmento de equipamentos agrícolas destinados ao manejo da cafeicultura, e dentro do caráter exemplificativo e não limitativo, a descrição a seguir associada às figuras farão compreender melhor esta invenção.
A fig.01 apresenta a colheitadeira decotadeira pulverizadora em perspectiva frontal.
A fig.02 apresenta a colheitadeira decotadeira pulverizadora em perspectiva traseira.
A fig. 03 representa duas vistas das colheitadeiras de arraste por trator existentes no estado da técnica.
A fig. 04 representa uma vista de uma das colheitadeiras autopropelidas existentes no estado da técnica.
A fig. 05 apresenta o detalhe da disposição paralela e simétrica dos eixos derriçadores das colheitadeiras presentes no estado da técnica.
A fig. 06 mostra os detalhes da correção do nivelamento das colheitadeiras existentes no estado da técnica.
A fig. 07 apresenta o equipamento de decote lateral através de serras circulares existente no estado da técnica.
A fig. 08 apresenta o equipamento de poda superior existente no estado da técnica.
A fig. 09 apresenta o equipamento triturador de restos de culturas existente no estado da técnica.
A fig. 10 apresenta o equipamento de pulverização existente no estado da técnica.
A fig. 11 evidencia o conjunto de colheita do café da colheitadeira decotadeira pulverizadora. A flg. 12 evidencia o conjunto de decote lateral da colheitadeira decotadeira pulverizadora..
A fig. 13 mostra o detalhe do levante independente que ocorre nos conjuntos de rodagem da colheitadeira decotadeira pulverizadora..
A fig. 14 apresenta uma vista lateral do conjunto de decote lateral da colheitadeira decotadeira pulverizadora..
A fig. 15 apresenta uma vista superior da colheitadeira decotadeira pulverizadora.
A fig. 16 apresenta o conjunto de decote lateral em perspectiva da colheitadeira decotadeira pulverizadora..
A fig. 17 evidencia o conjunto de poda superior da colheitadeira decotadeira pulverizadora.
A fig. 18 mostra os detalhes do conjunto de poda superior da colheitadeira decotadeira pulverizadora..
A fig. 19 evidencia o chassi bipartido articulado transversalmente da colheitadeira decotadeira pulverizadora.
A fig. 20 evidencia os conjuntos de rodagens direcionais de levante independente da colheitadeira decotadeira pulverizadora.
A fig. 21 apresenta os detalhes do chassi bipartido articulado transversalmente da colheitadeira decotadeira pulverizadora..
A fig. 22 apresenta o desenho da contrafaca do conjunto do decote lateral.
A fig. 23 apresenta o desenho explodido do conjunto de recolhimento e arraste dos ramos plagiotrópicos da colheitadeira decotadeira pulverizadora..
A fig. 24 apresenta uma vista superior do conjunto de recolhimento e arraste dos ramos plagiotrópicos da colheitadeira decotadeira pulverizadora. A fig. 25 apresenta o desenho explodido do triturador vertical dos ramos plagiotrópicos da colheitadeira decotadeirapulverizadora..
A fig. 26 apresenta os detalhes dos eixos derriçadores assimétricos da colheitadeira decotadeira pulverizadora..
A fig. 27 apresenta uma vista frontal da colheitadeira decotadeira pulverizadora.
A fig. 28 apresenta o mecanismo do nivelamento e correção da declividade do solo da colheitadeira decotadeira pulverizadora.
A fig. 29 apresenta os detalhes do conjunto de rodagem direcional com levante independente da colheitadeira decotadeira pulverizadora..
A fig. 30 apresenta uma vista isométrica do eixo flangeado e seu mancai de fixação.
A presente invenção tem por objetivo criar condições para que o manejo do cafezal, estabelecido para aumentar o potencial produtivo através de decotes e podas que direcionam, corrigem e mantém a estrutura vegetativa adequada do cafeeiro, possa ser realizado no momento oportuno e simultaneamente, ou seja, a presente invenção tem por objeto um equipamento que efetua a colheita dos grãos, o decote e a poda do pé de café, com a devida trituração dos elementos decotados e podados, e pulveriza os mesmos para protegê-los, cuidando do aspecto fitossanitário da operação. Com a realização do manejo em uma só operação a planta do cafeeiro tem mais tempo para responder ao processo submetido, com menor estresse, e com um custo operacional baixo.
A invenção colheitadeira decotadeira pulverizadora é um equipamento autopropelido, multifuncional que adentra à rua do cafezal, de forma que o cafeeiro entre na parte interna do equipamento, onde primeiramente faz-se a colheita dos grãos de café in natura , derriçando-os, fazendo-os cair nas esteiras transportadoras inferiores (25) que os levam até os conjuntos de elevação (26), que por sua vez eleva-os até descarregá-los na esteira de transporte transversal (27), executando, antes, uma pré- limpeza através de exaustores (28) existentes na cúpula de tais elevadores.
A esteira de transporte transversal (27) transporta os grãos de café até a esteira de transporte lateral articulada de descarga (29), que por sua vez leva os grãos até uma carreta de armazenamento que acompanha a colheitadeira do outro lado da rua do cafeeiro. Realizada a colheita dos grãos o pé de café passa para o segundo processo de funcionamento do equipamento que é o decote lateral e a poda superior. Para tanto os conjuntos de decote lateral (51 e 52), através de seu corte linear vertical efetuado por facas (31), cortam os galhos do pé de café na largura desejada, que pode ser de 400mm até 1200mm, que ao serem cortados são recolhidos e arrastados pelo conjunto de recolhimento e arraste (32) até a boca de entrada do conjunto triturador vertical (33), que por sua vez tritura todo o material cortado, devolvendo-o para o centro da rua do cafezal. Feito isto o pé de café é podado em sua altura, ficando com uma estatura entre l,5m e 2,20m, por meio do conjunto de poda superior (34), onde as serras circulares (35) cortam a copa do cafeeiro, direcionando o produto do corte para a boca de entrada do triturador de martelos (36), que tritura todos os galhos devolvendo-os para o centro da rua. Com a realização do decote lateral e da poda superior, os galhos remanescentes e o tronco ficam expostos a agentes nocivos ao seu desenvolvimento, se fazendo necessário a aplicação de produtos que possam protegê-los e a aplicação também de produtos que contribuam para a sua rápida recuperação e desenvolvimento produtivo, aplicações estas realizadas através dos bicos pulverizadores (37) dispostos .na lateral externa da carcaça dos elevadores, na parte traseira do equipamento, de forma que o produto a ser pulverizado não atinja os grãos de café recolhidos, que neste local já estarão acondicionados e blindados da ação destes produtos. Ressaltando que todas estas operações são realizadas simultaneamente.
A invenção colheitadeira decotadeira pulverizadora possui um sistema de nivelamento (Fig.28) que possibilita a correção da declividade do solo, sendo que 50 por cento desta correção é alcançado através da articulação transversal do chassi bipartido obtido por meio do movimento dos braços pantográficos (38), e os outros 50 por cento são alcançados pelo levante independente (Fig.13) que ocorre nos conjuntos de rodagens direcionais (39) de forma independente do chassi, através dos pistões de levante (40), promovendo o nivelamento sem afetar quaisquer mecanismo do chassi, principalmente as barras de direção (41) das rodagens, já que os conjuntos de rodagens traseiras e os de rodagens dianteiras possuem respectivamente e de forma independente uma barra de direção (41), ou seja, cada qual com a sua, que assegura o movimento de direção simultâneo e recíproco, sendo que as rodas dianteiras se movimentam na mesma direção simultaneamente, ocorrendo o mesmo com as rodas traseiras, ressaltando que as rodas dianteiras possuem a sua direção e as rodas traseiras a sua . Dita direção das rodas é hidráulica acionada por pistões (54). Ressalte-se que apesar da correção da declividade do solo ser dividida entre dois conjuntos, esta não ocorre de forma independente, ou seja, um de cada vez, sendo que os dois conjuntos fazem a correção simultânea e proporcionalmente, se for necessária uma correção de 4 por cento de declividade, 2 por cento serão pelo movimento dos braços pantográficos e 2 por cento serão através das rodagens direcionais de levante independente.
A invenção colheitadeira decotadeira pulverizadora (Figs. 01 e 02) é constituída por um chassi bipartido articulado transversalmente (Fig.21), onde são montados o conjunto de colheita (Fig.ll), o conjunto de decote lateral (Fig.12), o conjunto de poda superior (Fig.17), o conjunto de pulverização (37), os conjuntos de rodagens direcionais de levante independente (Fig.20), um motor a combustão (43), o conjunto hidráulico formado por bombas (44) e motores (45), e uma cabine (46).
O chassi bipartido articulado transversalmente (Fig.21) é constituído por dois chassis laterais (47 e 48), cada qual com suas bases de fixação onde são montados os conjuntos da colheita dotados de eixos derriçadores assimétricos (49), ou seja, montados de forma desencontrada (Fig.26), os conjuntos de rodagem direcionais de levante independentes (39), o conjunto de decote lateral (Fig.12), sendo que o chassi do lado direito alberga o motor a combustão (43) e o chassi do lado esquerdo alberga a cabine (46) e o conjunto da esteira transportadora lateral articulada de descarga (29), sendo estes dois chassis unidos por quatro conjuntos de braços pantográficos (38), responsáveis pela articulação transversal do chassi, mediante o acionamento dos pistões (50), que propiciam o nivelamento da máquina.
No conjunto de colheita existem dois eixos derriçadores montados de forma assimétrica (49), um em cada chassi, se apresentado de forma desencontrada para que cada um possa passar pelo pé de café, para derriçar os grãos do mesmo, em momentos diferentes e nunca de forma simultânea. Com isto através de uma vista frontal do equipamento (Fig.27) tem-se que há o cruzamento das varetas, por serem mais longas, mas por causa da posição desencontrada dos eixos derriçadores (Fig.26), as varetas dos dois eixos não entrelaçarão e alcançarão de forma mais eficaz do que as colheitadeiras existentes no estado da técnica, os grãos de café no sentido longitudinal dianteiro e traseiro do cafeeiro. E o pé de café ou os pés de cafés presentes em uma mesma cova entrarão em contato com um eixo derriçador de cada vez, sofrendo o ataque, porém com a possibilidade de se esquivar para o lado contrário do ataque sem ser atingido pelo outro eixo derriçador, minimizando,assim, o ataque e a lesão à planta do cafeeiro.
Os conjuntos de decote lateral possuem os mesmos mecanismos de funcionamento, apenas são montados de forma direita (51) e esquerda (52) para que possam, ao serem montados no chassi através de seus braços de sustentação pantográficos (53), propiciar a regulagem da largura de decote que varia entre 400mm e 1200mm. O conjunto de decote lateral em si é formado um chassi onde são montados um conjunto de recolhimento e arraste (32), um conjunto de corte linear vertical (55), e um conjunto triturador disposto verticalmente (33). O conjunto de corte linear vertical é constituído por um mecanismo de biela (56) acionado por motor hidráulico
(57), que propicia o movimento de corte para cima e para baixo da barra
(58) onde estão montadas as facas de dois gumes (31), que em comunhão com o modelo das contrafacas (Fig. 22) efetuam o corte tanto na descida quanto na subida, sendo que esta contrafaca possui duas faces de corte, uma superior (60) e uma inferior (61), um guia (62) e um degrau (63) onde as facas e a sua barra de fixação se movimentam, possuindo ainda um dorso de forma semi-circular (64) que propicia a manutenção de uma distância mínima de corte entre a faca e tronco do cafeeiro; sendo importante ressaltar que este corte linear vertical pode em uma variante construtiva ser composta por serras circulares em substituição às facas de dois gumes. O conjunto de recolhimento e arraste (32) é formado por um tambor rotativo (65) acionado por motor hidráulico (66) e transmissão por engrenagens (67), montado sob mancais nas extremidades (68 e 69), dotado de olhais esféricos (70) que alojam em seus centros as hastes retráteis (71), possuindo cada uma um mancai (72) montado em um eixo disposto (73) internamente ao tambor rotativo de forma descentralizada (Fig.24), permitindo que a cada volta do tambor rotativo, as hastes possam adentrar e sair do mesmo, propiciando que as hastes ao sair do tambor recolham e arrastem os galhos cortados, soltando-os ao recuar para dentro do tambor, descarregando-os na boca de entrada (75) do triturador (33). O triturador vertical (33) é constituído por uma carcaça (76) e um eixo rotor com facas (77), montado naquela por meio de mancais oscilantes (78 e 79), sendo este eixo acionado por motor hidráulico (80).
O conjunto de poda superior (34) está instalado no último braço pantográfico do chassi, sendo formado por uma carcaça única (81), com um eixo rotor com martelos trituradores (36), montado por meio de mancais (82 e 83), acionado por um motor hidráulico (84), e dois conjuntos de serras circulares (35) montadas em mancais (85) na carcaça única e acionados por motores hidráulicos (86), sendo que esta carcaça possui também um sistema telescópico (87) que propicia a regulagem de altura da poda que se estende de l,5m a 2,20m.
Os conjuntos de rodagens direcionais de levante independente
(39) são constituídos por um suporte giratório (88), dois pistões de levante
(40), um suporte (89) do moto-redutor de tração (90), onde são fixos uma roda (91) e um pneu (92). Estes conjuntos de rodagens são fixos no eixo flangeado de giro (93) montado nos mancais (94) presos nas bases do chassi, através de parafusos (95).
Claims (6)
1. Colheitadeira decotadeira pulverizadora caracterizada por se constituir de um chassi bipartido articulado transversalmente (Fig.21), onde são montados o conjunto de colheita (Fig.ll), o conjunto de decote lateral (Fig.12), o conjunto de poda superior (Fig.17), o conjunto de pulverização (37), os conjuntos de rodagens direcionais de levante independente (Fig.20), um motor a combustão (43), o conjunto hidráulico formado por bombas (44) e motores (45), e uma cabine (46).
2. Chassi bipartido articulado transversalmente de acordo com a reivindicação 1 - as colheitadeiras presentes no estado da técnica possuem um chassi robusto (1), em formato de "U" de cabeça para baixo, onde são montados dois conjuntos de eixos derriçadores (2), dispostos paralelamente em uma mesma linha de centro no sentido transversal, ou seja, são simétricos - caracterizado por se constituir por dois chassis laterais (47 e 48), cada qual com suas bases de fixação onde são montados os conjuntos da colheita dotados de eixos derriçadores assimétricos (49), ou seja, montados de forma desencontrada (Fig.22), os conjuntos de rodagem direcionais de levante independentes (39), o conjunto de decote lateral (Fig.12), sendo que o chassi do lado direito alberga o motor a combustão (43) e o chassi do lado esquerdo alberga a cabine (46) e o conjunto da esteira transportadora lateral articulada de descarga (29), sendo que estes dois chassis são unidos por quatro conjuntos de braços pantográficos (38), que são responsáveis pela articulação transversal do chassi, mediante o acionamento dos pistões (50).
3. Conjunto de decote lateral de acordo com a reivindicação 1 caracterizado por ser formado por um chassi onde são montados um conjunto de recolhimento e arraste (32), um conjunto de corte linear vertical (55), e um conjunto triturador disposto verticalmente (33), sendo que o conjunto de corte linear vertical é constituído por um mecanismo de biela (56) acionado por motor hidráulico (57), uma barra (58) onde estão montadas as facas de dois gumes (31), e uma série de contrafacas (Fig. 22), sendo importante ressaltar que este corte linear vertical pode em uma variante construtiva ser composta por serras circulares em substituição às facas de dois gumes; o conjunto de recolhimento e arraste (32) é formado por um tambor rotativo (65) acionado por motor hidráulico (66) e transmissão por engrenagens (67), montado sob mancais nas extremidades (68 e 69), dotado de olhais esféricos (70) que alojam em seus centros as hastes retráteis (71), possuindo cada uma um mancai (72) montado em um eixo disposto (73) internamente ao tambor rotativo de forma descentralizada (Fig.24); O triturador vertical (33) é constituído por uma carcaça (76) e um eixo rotor com facas (77), montado naquela por meio de mancais oscilantes (78 e 79), sendo este eixo acionado por motor hidráulico (80).
4.) Contrafaca de acordo com a reivindicação 3 caracterizada por possui duas faces de corte, uma superior (60) e uma inferior (61), um guia (62) e um degrau (63) onde as facas e a sua barra de fixação se movimentam, possuindo ainda um dorso de forma semi-circular (64).
5.) Conjunto de poda superior de acordo com a reivindicação 1 caracterizado por se constituir de uma carcaça única (81), com um eixo rotor com martelos trituradores (36), montado por meio de mancais (82 e -83), acionado por um motor hidráulico (84), e dois conjuntos de serras circulares (35) montadas em mancais (85) na carcaça única e acionados por motores hidráulicos (86), sendo que esta carcaça possui também um sistema telescópico (87) que propicia a regulagem de altura da poda.
6.) Os conjuntos de rodagens direcionais de levante independente de acordo com a reivindicação 1 caracterizado por se constituírem por um suporte giratório (88), dois pistões de levante (40), um suporte (89) do moto-redutor de tração (90), onde são fixos uma roda (91) e um pneu (92), sendo que estes conjuntos de rodagens são fixos no eixo flangeado de giro (93) montado nos mancais (94) presos nas bases do chassi, através de parafusos (95).
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2010
- 2010-05-13 BR BRPI1003738-1A patent/BRPI1003738B1/pt not_active IP Right Cessation
Cited By (1)
Publication number | Priority date | Publication date | Assignee | Title |
---|---|---|---|---|
CN104919979A (zh) * | 2015-05-18 | 2015-09-23 | 广西大学 | 一种蓝莓采摘机 |
Also Published As
Publication number | Publication date |
---|---|
BRPI1003738B1 (pt) | 2018-03-13 |
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Legal Events
Date | Code | Title | Description |
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B03A | Publication of an application: publication of a patent application or of a certificate of addition of invention | ||
B11A | Dismissal acc. art.33 of ipl - examination not requested within 36 months of filing | ||
B06A | Notification to applicant to reply to the report for non-patentability or inadequacy of the application according art. 36 industrial patent law | ||
B11N | Dismissal: publication cancelled | ||
B09A | Decision: intention to grant | ||
B16A | Patent or certificate of addition of invention granted | ||
B24B | Patent annual fee: requirement for complementing annual fee |
Free format text: COMPLEMENTAR A RETRIBUICAO DA(S) 9A. ANUIDADE(S), DE ACORDO COM TABELA VIGENTE, REFERENTE A(S) GUIA(S) DE RECOLHIMENTO 29409161901126713. |
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B21F | Lapse acc. art. 78, item iv - on non-payment of the annual fees in time |
Free format text: REFERENTE AO DESPACHO 24.2, RPI 2520 DE 25-04-2019. |
|
B24J | Lapse because of non-payment of annual fees (definitively: art 78 iv lpi, resolution 113/2013 art. 12) |
Free format text: EM VIRTUDE DA EXTINCAO PUBLICADA NA RPI 2531 DE 09-07-2019 E CONSIDERANDO AUSENCIA DE MANIFESTACAO DENTRO DOS PRAZOS LEGAIS, INFORMO QUE CABE SER MANTIDA A EXTINCAO DA PATENTE E SEUS CERTIFICADOS, CONFORME O DISPOSTO NO ARTIGO 12, DA RESOLUCAO 113/2013. |