BRPI1003620A2 - associação anestésica, composição anestésica, e, medicamento anestésico de uso veterinário - Google Patents
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Abstract
ASSOCIAçãO ANESTéSICA, COMPOSIçãO ANESTéSICA, E, MEDICAMENTO ANESTéSICO DE USO VETERINáRIO. A presente invenção se refere uma nova associação de ativos com função anestésica e pré- anestésica, formulados em uma composição contendo anestésicos e analgésico destinada a procedimentos cirúrgicos, pré-cirúrgicos e outros onde se requer sedação, tranquilização, contenção química e medicação pré-anestésica. Mais especificamente a presente invenção se refere a uma nova associação compreendendo os componentes ativos cetamina, preferencialmente, isómero cetamina-S(+), midazolam e tramadol, formulada em solução verdadeira para uso parenteral. A presente invenção contempla, ainda, um medicamento anestésico de uso veterinário para administração parenteral.
Description
Relatório Descritivo de Patente de Invenção
Associação Anestésica, Composição Anestésica, e, Medicamento Anestésico de Uso Veterinário
Campo de Invenção
A presente invenção se refere uma nova associação de ativos com função anestésica e pré-anestésica, formulados em uma composição contendo anestésicos e analgésicos especialmente adequada para uso em procedimentos cirúrgicos, pré-cirúrgicos e outros onde se requer sedação, tranquilização, contenção química e medicação pré-anestésica.
Mais especificamente a presente invenção se refere a uma nova associação compreendendo os componentes ativos cetamina, midazolam e tramadol, formulada em solução verdadeira para uso parenteral destinada à anestesia e analgesia veterinária. Mais preferencialmente, a cetamina é o isômero cetamina-S(+).
A presente invenção contempla, ainda, um medicamento anestésico de uso veterinário.
Diversos fármacos são utilizados como medicação pré- anestésica, tendo, como alguns de seus principais objetivos, a redução da dose do agente indutor e a produção de uma analgesia preventiva. Entre esses fármacos, estão os agentes dissociativos, benzodiazepínicos e opióides.
A cetamina é um derivado da fenciclidina que atua por mecanismos de inibição do sistema corticotalâmico e ativação concomitante do sistema límbico. Produz anestesia do tipo dissociativa de curta duração, caracterizada por ausência de respostas aos estímulos nociceptivos e manutenção dos reflexos protetores. A cetamina, por aumentar concomitantemente a freqüência cardíaca, o débito cardíaco, a pressão arterial, o trabalho do ventrículo esquerdo e o consumo de oxigênio pelo miocárdio, tem sido associada com sedativos ou tranqüilizantes que eliminam ou minimizam esses efeitos. Atualmente, a disponibilidade do isômero cetamina-S(+) despertou grande interesse, uma vez que apresenta potência duas vezes maior que a mistura racêmica, sendo que uma menor quantidade da droga é necessária para produzir os mesmos efeitos analgésicos, com menor incidência de efeitos adversos que a formulação racêmica, diminuindo a gravidade de lesões encefálicas isquêmicas por diversos mecanismos.
A cetamina, seus enântiomeros e seus sais e processos para sua preparação são referenciados e revelados na patente americana US 6,743,949, correspondente ao pedido de patente brasileiro Pl 0002693-0 ainda não examinado, os quais são aqui incorporados como referências.
Os benzodiazepínicos exibem efeitos ansiolíticos, tranqüilizantes, hipnóticos e miorrelaxantes, provocando amnésia e alterações psicomotoras e agindo fundamentalmente sobre o sistema límbico. Reduz a atividade funcional do hipotálamo e córtex, através da potenciação do ácido gama-aminobutírico (GABA), um neurotransmissor inibidor do sistema nervoso central. O diazepam e o midazolam são os dois agentes mais empregados nesse sentido, sendo o midazolam um fármaco de meia vida mais curta que o diazepam e com maior potência hipnótica.
O tramadol é um análogo sintético da codeína e possui analgesia comparada à produzida pela morfina quando administrado em doses eqüipotentes. Sua utilização em veterinária ainda é bastante restrita, mas pesquisas recentes demonstram sua eficácia e segurança no cão. Por exemplo, na dose de 2 mg/kg, pela via intravenosa (lenta), de maneira profilática, o tramadol demonstrou proporcionar analgesia semelhante àquela produzida pela morfina, após ovariosalpingohisterectomia em cadelas, reduzindo a concentração expirada de isoflurano e modulando a resposta neuroendócrina à dor, diminuindo os picos de catecolamina e cortisol.
A administração conjunta de cetamina e benzodiazepínicos representam uma das associações mais amplamente empregadas para anestesia e pré-medicação em pequenos animais, proporcionando segurança, mínimos efeitos depressores, além de rápida recuperação anestésica.
Porém, é de conhecimento geral da arte que em anestesiologia veterinária busca-se, continuamente, a contenção farmacológica para estabelecer tratamentos cruentos, ou não, permitindo manipulações seguras e duradouras, dispensando a anestesia geral sem alterar, sobremaneira, os parâmetros fisiológicos.
Sumário da Invenção
Mediante os conhecimentos acima e os diversos experimentos realizados pela Depositante, foi verificado que a utilização da cetamina em associação com o midazolam e o tramadol, segundo a presente invenção, permite obter-se uma sedação ou anestesia satisfatória, com maior praticidade e economia na escolha por um protocolo seguro e eficaz de sedação e analgesia para animais de companhia através da administração de um único produto, promovendo estabilidade cardiovascular e duradoura sedação e analgesia.
Particularmente, o isômero cetamina-S(+) é preferido por apresentar vantagens com relação às formulações de cetamina racêmica.
Além disso, a associação segundo a presente invenção proporciona maior estabilidade cardiovascular, bioquímica e hemogasométrica, o que se traduz, proporcionalmente, em uma maior segurança do animal tanto durante o procedimento anestésico quanto durante a recuperação da anestesia; aliada a uma melhor qualidade de sedação, relaxamento muscular e analgesia.
Descrição Detalhada da Invenção
A presente invenção tem, portanto, como objetivo, prover uma nova associação anestésica de uso veterinário compreendendo pelo menos os compostos ativos cetamina, particularmente o isômero cetamina-S(+) (Composto A), midazolam (Composto B) e tramadol (Composto C).
Segundo a presente invenção, a nova associação anestésica é formulada em solução verdadeira para uso parenteral e indicada para casos cirúrgicos como agente de medicação pré-anestésica, proporcionando sedação pré-cirúrgica em menores doses de anestésicos gerais, além de analgesia pré, trans e pós-operatória.
Preferencialmente, mas não limitativamente, a associação anestésica segundo a presente invenção compreende os ingredientes ativos cetamina, particularmente isômero cetamina-(S+), midazolam e tramadol, nas proporções de 10:1:2, respectivamente, os quais podem estar presentes nas associações em forma de base livre ou de um ou mais sais farmaceuticamente aceitáveis, tais como, por exemplo, maleatos e/ou cloridratos.
Ainda outro objetivo da presente invenção é prover uma nova composição anestésica compreendendo como ingredientes ativos pelo menos os compostos cetamina, particularmente isômero cetamina-(S+), midazolam e tramadol, veículos e adjuvantes farmaceuticamente aceitáveis para uso veterinário.
Os compostos ativos podem estar presentes na composição segundo a presente invenção na forma de base livre ou de um ou mais sais farmaceuticamente aceitáveis.
Assim, em uma realização da invenção, não limitativa, a composição inclui o ingrediente ativo cetamina, particularmente isômero cetamina-S(+) na forma de cloridrato, o ingrediente ativo midazolam na forma de maleato e/ou cloridrato e o ingrediente ativo tramadol na forma de cloridrato.
As composições anestésicas segundo a presente invenção compreendem pelo menos 3% p/v da associação dos ingredientes ativos cetamina, particularmente isômero cetamina-(S+), midazolam e tramadol e veículos e adjuvantes farmaceuticamente aceitáveis na medicina veterinária.
Preferencialmente, as composições anestésicas segundo a presente invenção compreendem o ingrediente ativo cetamina, particularmente isômero cetamina-(S+) em proporções variando de 2,5-20% p/v, o ingrediente ativo midazolam em proporções variando de 0,25-2% p/v, o ingrediente ativo tramadol em proporções variando de 0,25-4% p/v e veículos e adjuvantes farmaceuticamente aceitáveis na medicina veterinária. Os veículos e adjuvantes utilizados nas composições objeto da presente invenção podem ser qualquer um ou mais selecionados dentre aqueles farmaceuticamente aceitáveis em medicina veterinária. No entanto, de modo preferencial, podem ser utilizados um ou mais selecionados do grupo consistindo de:
- Agentes isotonizantes: sais inorgânicos de sódio (NaCl), potássio (KCl), açúcares tais como dextrose e lactose, polialcoois tais como glicerina, propilenoglicol e polietilenoglicol, os quais têm como função o acerto da osmolaridade da solução para evitar plasmólise.
Preservantes e/ou conservantes antimicrobianos: metilparabenos, propilparabeno, etilparabenos, álcool benzílico, cloreto benzetônio, cloreto de benzalcônio, fenóis, cresóis, clorobutanóis, timerosal, compostos fenilmercúricos.
- Antioxidantes e /ou redutores: bissulfitos, sulfitos, metabissulfitos, tiossulfatos, gaiato de propila, NDGA, EDTA, tiouréias, monotiossorbitol, ácido cítrico, ácido tartárico, BHT, BHA, ácido ascórbico e tocoferóis.
- Co-solventes: pirrolidonas e seus derivados, glicóis e poliglicóis, polietilenoglicóis, triacetina, éteres e ésteres de ácidos graxos, alcoóis, gliceróis e amidas.
Como dito, além desses acima citados, outros isotonizantes, preservantes, antioxidantes, co-solventes, assim como outros veículos e coadjuvantes podem igualmente ser formulados em conjunto com os ingredientes da associação anestésica objeto da presente invenção.
A Tabela 1 abaixo, que não deve ser entendida como Iimitativa para os propósitos da presente invenção, ilustra uma série de composições analgésicas formuladas conforme os ensinamentos acima.
TABELA1
<table>table see original document page 6</column></row><table> <table>table see original document page 7</column></row><table>
Composto à = cetamina, particularmente isômero cetamina-(S+)
Composto B = midazolam
Composto C = tramadol
A presente invenção trata, ainda, de um medicamento anestésico de administração parenteral, preferencialmente por via intramuscular, contendo quantidades suficientes de associação anestésica de modo a fornecer ao animal dosagens dos ingredientes ativos cetamina, particularmente isômero cetamina-(S+) (Composto A) variando de 5,0 a 50,0 mg/kg de peso corporal, midazolam (Composto B) variando de 0,5 a 5,0 mg/kg de peso corporal e tramadol (Composto c) variando de 1,0 a 10,0 mg/kg de peso corporal. Preferencialmente, as dosagens devem garantir o fornecimento de 10 mg/kg de peso corporal do Composto A, 1 mg/kg de peso corporal do Composto B e 2 mg/kg de peso corporal do Composto C.
Ainda, de acordo com um aspecto relevante da presente invenção, a administração pela via intramuscular de uma composição compreendendo como ingredientes ativos 100 mg/ml de cetamina, particularmente isômero de cetamina-S(+), 10 mg/ml de midazolam e 20 mg/ml de tramadol, seria indicado para animais nas seguintes situações:
a) como agente único da medicação pré anestésica no volume de 1 ml para cada 10 kg de peso vivo, pela via intramuscular, reduzindo-se desta maneira a dose do agente indutor e o requerimento de anestésicos gerais;
b) como sedativo para realização de exames diagnósticos (raios-X, ultrassonografia, biópsias, coleta de material);
c) como sedativo para realização de procedimentos minimamente invasivos tais como limpeza de feridas, troca de curativos, pequenas suturas de pele associada a anestésicos locais, colocação e remoção de bandagens e talas;
d) como analgesia pré-emptiva, reduzindo o requerimento de analgésicos trans e pós-operatórios; e) como sedativo de uso geral para realização de exames clínicos, diagnósticos ou laboratoriais em animais agitados e/ou agressivos;
f) associado à anestesia loco-regional para realização de pequenas intervenções cirúrgicas tais como orquiectomia, suturas de pele, debridamento de feridas, entre outras.
Testes Experimentais
Foram realizados vários estudos experimentais de avaliação farmacológica da associação anestésica segundo a presente invenção, comparativamente com um produto colocado no mercado cujo ingrediente ativo é uma associação de tiletamina e zolazepam.
Os estudos foram realizados com gatas após medicação pré - anestésica com o medicamento do estado da técnica tiletamina/zolazepam (GZTL) e com o medicamento da presente invenção cetamina/midazolam/tramadol (GMCT) e submetidas à infusão contínua de propofol em microemulsão a 1% para realização de ovariosalpingohisterectomia. Nesses estudos foram aferidos os valores médios e desvio padrão de freqüência cardíaca (FC)1 freqüência respiratória (FR), temperatura retal (TR)1 pressão arterial sistólica (PAS)1 média (PAM) e diastólica (PAD)1 glicose e hemogasometria (pressão arterial de CO2 - PaCO2, pressão arterial de O2 - PaO2, potencial de hidrogênio - pH, íons bicarbonato - HCO3-, concentração de CO2 ao final da expiração - EtCO2 e excesso de base - EB). Os resultados foram tabulados e representados nas Figuras 1 a 15 a seguir comentadas.
Os resultados dos momentos M2 e M3, presentes na metodologia do estudo, são os apresentados nos gráficos apenas em M3, pois nas avaliações os dois momentos acabaram sendo avaliados conjuntamente. Assim sendo, os referidos gráficos mostram que:
Figura 1:
A FC no Grupo Invenção não se alterou estatisticamente em relação aos valores basais durante o estudo. Entretanto, no Grupo Estado da Técnica a FC se elevou 15 minutos após a medicação pré-anestésica (M1), diferindo tanto dos valores basais como entre os grupos (maior estabilidade na FC no Grupo Invenção).
Figura 2:
Tanto no Grupo Invenção como no Grupo Estado da Técnica, houve diferença estatística para a FR a partir de M1 em relação ao basal, indicando diminuição ocasionada pela administração da Invenção e do Estado da Técnica respectivamente. Entre grupos, no mesmo momento experimental, não houve diferença estatística. Pela visualização do gráfico, o Grupo Invenção apresentou menor diminuição dos valores de FR, assim como maior estabilidade durante o período de avaliação.
Figura 3:
No Grupo Invenção houve aumento da PAS em relação ao basal em M1, indicando um aumento da PAS e, no Grupo Estado da Técnica, houve um aumento da PAS após M3 em relação ao basal, indicando um aumento de pressão ocasionado após a indução anestésica e não após a MPA. Na avaliação entre grupos, houve diferença em M1, com uma maior pressão no Grupo Invenção em relação ao Grupo Estado da Técnica (ocasionado pela administração da Invenção).
Figura 4:
No Grupo Invenção, a PAM foi maior a partir de M1 (em relação ao basal), indicando gue a administração da Invenção aumentou a PAM dos animais. Para o Grupo Estado da Técnica houve aumento da PAM a partir de M2, indicando um aumento da PAM causada após a indução anestésica. Não houve diferença entre os grupos, indicando um aumento de pressão similar entre eles. Figura 5:
No Grupo Invenção houve aumento da PAD após M1 em relação ao basal, indicando aumento da PAD após a administração da Invenção. Para o Grupo Estado da Técnica não houve diferença de PAD em relação ao basal. Não houve diferença de PAD entre os grupos. O grupo que recebeu a Invenção apresentou aumento das pressões arteriais a partir de M1, indicando um aumento dessa ocasionada pela administração da Invenção. Há evidências de que a cetamina possui efeito adrenérgico direto pela ligação direta com receptores α e β-adrenérgico. Essas observações sugerem que o efeito simpatomimético da cetamina é devido à combinação da estimulação do sistema nervoso simpático mediado centralmente, como possível efeito da cetamina no bloqueio da recaptação das catecolaminas, fazendo com que ocorra um aumento das pressões arteriais após sua administração.
Figura 6:
Para o Grupo Invenção não houve diferença da temperatura retal durante o procedimento. No Grupo Estado da Técnica houve diferença em relação ao basal a partir de M3 (momento da abertura da cavidade abdominal). Houve diferença entre grupos apenas em M3, qual seja, menor variação e menor diminuição de temperatura corporal dos animais que receberam a Invenção.
Figura 7:
Em ambos os grupos não houve diferença entre os tempos dentro do mesmo grupo. Entre grupos, no mesmo momento, a temperatura do ambiente foi estatisticamente menor no Grupo Invenção entre MO e M8, exceto em M5. Apesar da diferença de temperatura ambiental, os animais que receberam a Invenção apresentaram médias maiores de temperatura corporal durante o procedimento, ou seja, (maior estabilidade térmica.
Figura 8:
Em ambos os grupos houve diferença do pH >em relação ao basal a partir de M2, ocasionado pela indução anestésica ou pela suplementação de O2 realizada durante o procedimento. Houve diferença entre os grupos desde o basal até a última avaliação. Os grupos apresentaram variação de pH similar.
Figura 9:
No Grupo Invenção houve diferença na PaCO2 (aumento) a partir de M1, em relação ao basal, ocasionado após a administração da Invenção. No Grupo Estado da Técnica houve diferença a partir de M2 (aumento) em relação ao basal. Houve diferença entre os grupos em M7 onde o Grupo Invenção se manteve maior que o Grupo Estado da Técnica. Apesar da diferença entre grupos, os valores permaneceram dentro dos fisiológicos. Figura 10:
Em ambos os grupos houve diferença em relação ao basal a partir de M2, devido à suplementação de O2 após a indução anestésica. Houve diferença entre os grupos a partir do início da suplementação de O2 em M2, os animais que receberam a Invenção apresentaram maiores valores de pressão arterial de oxigênio durante o procedimento anestésico. Figura 11:
No Grupo Invenção houve diferença em M5 em relação ao basal (diminuição) e no Grupo Estado da Técnica houve diferença a partir de M2 em relação ao basal (aumento).
Figura 12:
Apesar da variação entre momentos verificada em ambos os grupos, ou seja, decréscimo seguido de acréscimo no Grupo Invenção e decréscimo no Grupo Estado da Técnica. Os animais que receberam a Invenção apresentaram maiores valores de excesso de base arterial quando comparados aos animais que receberam o Estado da Técnica, durante todo o estudo.
Figura 13:
Apesar da variação observada entre os tratamentos durante o estudo, os valores obtidos se mantiveram dentro dos estabelecidos como fisiológicos para a espécie, qual seja, acima de 95 %.
Figura 14:
Não houve diferença estatística entre os grupos no mesmo momento assim como entre momentos no mesmo grupo, indicando similaridade de resultados e estabilidade. Figura 15:
Não houve diferença estatística entre grupos no mesmo momento, assim como entre momentos no mesmo grupo, indicando similaridade de resultados e estabilidade. Dessa forma, os estudos demonstraram que o grau de sedação rio Grupo Invenção é considerado ótimo em 100% dos animais enquanto que no Grupo Estado da Técnica esse índice foi alcançado em apenas 66% dos animais.
Os animais que receberam a associação da Invenção como medicação pré-anestésica (MPA) apresentaram estabilidade cardiorespiratória e hemogasométrica, além de melhor grau de sedação quando comparados aos animais que receberam como MPA a associação do Estado da Técnica.
Claims (16)
1. Associação anestésica de uso veterinário, destinada ao uso em procedimentos cirúrgicos, pré-cirúrgicos e outros onde se requer sedação, tranquilização, contenção química e medicação pré-anestésica, caracterizada por compreender a associação de pelo menos os compostos ativos cetamina, midazolam e tramadol.
2. Associação de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que os compostos ativos, midazolam e tramadol estão presentes em forma de base livre ou de um sal farmaceuticamente aceitável.
3. Associação de acordo com a reivindicação 2, caracterizada pelo fato de que o sal farmaceuticamente aceitável é um maleato, um cloridrato ou suas misturas.
4. Associação de acordo com a qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizada pelo fato de que os compostos cetamina, midazolam e tramadol estão presentes em uma relação 10:1:2, respectivamente.
5. Associação de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizada pelo fato de que os compostos ativos cetamina, midazolam e tramadol são formulados em solução verdadeira para uso parenteral.
6. Associação de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizada pelo fato de que o composto ativo cetamina é o isômero cetamina-(S+).
7. Composição anestésica de uso veterinário, destinada ao uso em procedimentos cirúrgicos, pré-cirúrgicos e outros onde se requer a sedação, tranquilização, contenção química e medicação pré-anestésica, caracterizada por compreender como ingrediente ativos a associação dos compostos cetamina, midazolam e tramadol em uma quantidade de pelo menos 3% p/v e veículos e adjuvantes farmaceuticamente aceitáveis.
8. Composição de acordo com a reivindicação 7, caracterizada pelo fato èe que os ingredientes ativos cetamina, midazolam e tramadol estão presentes na composição na forma de base livre ou de um ou mais sais farmaceuticamente aceitáveis.
9. Composição de acordo com a reivindicação 8, caracterizada pelo fato de que ingrediente ativo cetamina está na forma de cloridrato, o ingrediente ativo midazolam está na forma de maleato e/ou cloridrato e o ingrediente ativo tramadol está na forma de cloridrato.
10. Composição de acordo com a reivindicação 7, caracterizada pelo fato de que compreende o ingrediente ativo cetamina em proporções variando de 2,5-20% p/v, o ingrediente ativo midazolam em proporções variando de 0,25-2% p/v e o ingrediente ativo tramadol em proporções variando de 0,5-4% p/v.
11. Composição de acordo com a qualquer uma das reivindicações 7 a 10, caracterizada pelo fato de que o composto ativo cetamina é o isômero cetamina-(S+).
12. Composição de acordo com a reivindicação 7, caracterizada pelo fato de que os veículos e adjuvantes são compostos isotonizantes, preservantes, antioxidantes e co-solventes.
13. Composição de acordo com a reivindicação 12, caracterizada pelo fato de que os veículos e adjuvantes são um ou mais dos compostos selecionados dos grupos consistindo de: - agentes isotonizantes: sais inorgânicos de sódio (NaCl), potássio (KCl), açúcares tais como dextrose e lactose, polialcoois tais como glicerina, propilenoglicol e polietilenoglicol, os quais têm como função o acerto da osmolaridade da solução para evitar plasmólise. - preservantes e/ou conservantes antimicrobianos: metilparabenos, propilparabeno, etilparabenos, álcool benzílico, cloreto benzetônio, cloreto de benzalcônio, fenóis, cresóis, clorobutanóis, timerosal, compostos fenilmercúricos. - antioxidantes e /ou redutores: bissulfitos, sulfitos, metabissulfitos - tiossulfatos, gaiato de propila, NDGA, EDTA1 tiouréias, monotiossorbitol, ácido cítrico, ácido tartárico, BHT1 BHA1 ácido ascórbico e tocoferóis. - co-solventes: pirrolidonas e seus derivados, glicóis e poliglicóis, polietilenoglicóis, triacetina, éteres e ésteres de ácidos graxos, alcoóis, gliceróis e amidas.
14. Medicamento anestésico de uso veterinário, destinado a procedimentos cirúrgicos, pré-cirúrgicos e outros onde se requer a sedação, tranquilização, contenção química e medicação pré-anestésica e de administração parenteral, caracterizado pelo fato de compreender quantidades suficientes para fornecer ao animal dosagens dos ingredientes ativos cetamina variando de 5,0 a 50,0 mg/kg de peso corporal, midazolam variando de 0,5 a 5,0 mg/kg de peso corporal e tramadol variando de 1,0 a 10,0 mg/kg de peso corporal.
15. Medicamento de acordo com a reivindicação 14, caracterizada pelo fato de as dosagens garantirem o fornecimento de 10 mg/kg de peso corporal de cetamina, 1 mg/kg de peso corporal de midazolam e 2 mg/kg de peso corporal de tramadol.
16. Medicamento de acordo com qualquer uma das reivindicações 14 ou 15, caracterizado pelo fato de que o composto ativo cetamina é o isômero cetamina-(S+).
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