BRPI0814307B1 - lente para correção de presbiopia, série de lentes, seu processo de provimento, e processo para projetar pelo menos uma primeira lente - Google Patents

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BRPI0814307B1 BRPI0814307A BRPI0814307A BRPI0814307B1 BR PI0814307 B1 BRPI0814307 B1 BR PI0814307B1 BR PI0814307 A BRPI0814307 A BR PI0814307A BR PI0814307 A BRPI0814307 A BR PI0814307A BR PI0814307 B1 BRPI0814307 B1 BR PI0814307B1
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Ramana Sastry Shyamant
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Description

(54) Título: LENTE PARA CORREÇÃO DE PRESBIOPIA, SÉRIE DE LENTES, SEU PROCESSO DE PROVIMENTO, E PROCESSO PARA PROJETAR PELO MENOS UMA PRIMEIRA LENTE (73) Titular: NOVARTIS AG, Sociedade Suíça. Endereço: Lichtstrasse 35, CH-4056 Basel, SUIÇA(CH), Suíça (72) Inventor: JOSEPH MICHAEL LINDACHER; SHYAMANT RAMANA SASTRY.
Prazo de Validade: 10 (dez) anos contados a partir de 04/12/2018, observadas as condições legais
Expedida em: 04/12/2018
Assinado digitalmente por:
Liane Elizabeth Caldeira Lage
Diretora de Patentes, Programas de Computador e Topografias de Circuitos Integrados
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Relatório Descritivo da Patente de Invenção para LENTE PARA CORREÇÃO DE PRESBIOPIA, SÉRIE DE LENTES, SEU PROCESSO DE PROVIMENTO, E PROCESSO PARA PROJETAR PELO MENOS UMA PRIMEIRA LENTE.
Campo Técnico da Invenção [001] A presente invenção se refere a um sistema para correção de presbiopia. Mais particularmente, a invenção se refere a uma lente e uma série de lentes que podem ser usadas por uma pessoa para corrigir, ou tratar, sintomas de presbiopia.
Antecedentes da Invenção [002] Presbiopia é uma perda gradual de acomodação do sistema visual do olho humano. Isto é devido a um aumento no módulo de elasticidade e crescimento da lente cristalina do olho que está localizada justo atrás da íris e a pupila. Músculos finos no olho chamados músculos ciliares puxam e empurram a lente cristalina, pelo que fazendo com que a curvatura da lente cristalina se ajuste. Este ajuste da curvatura da lente cristalina resulta em um ajuste do poder focal do olho para colocar objetos em foco. Na medida em que os indivíduos envelhecem, a lente cristalina do olho se torna menos flexível e elástica, e, em uma menor extensão, os músculos ciliares tornam-se menos poderosos. Estas mudanças resultam em inadequado ajuste da lente do olho (isto é, perda de acomodação) para várias distâncias, o que faz com que objetos que estão perto do olho pareçam borrados.
[003] Na maioria das pessoas, os sintomas de presbiopia começam a se tornar visíveis sob condições de visão normal ao redor da idade de 40, ou logo a seguir. Entretanto, presbiopia realmente começa a ocorrer antes dos sintomas tornarem-se visíveis e aumenta por toda a vida da pessoa. Em geral, uma pessoa é julgada sintomática quando a acomodação visual é menos que aquela requerida para alguém ler. Típica distância de leitura requer um uma acomodação ADD
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2/19 de 2,0 a 3,0 dioptrias. Eventual mente, a acomodação residual é reduzida para o ponto no qual o indivíduo se torna um presbiópico após idade de 50. Sintomas de presbiopia resultam na inabilidade de focar objetos ao alcance das mãos. Quando a lente endurece, ela é incapaz de focar os raios de luz que provêm de objetos próximos. Pessoas que são sintomáticas tipicamente têm dificuldades de leitura de impressão pequena, tal como aquela de telas dos monitores de computador, em listas telefônicas e avisos de jornais, e podem precisar segurar os materiais de leitura em comprimento do braço.
[004] Existe uma variedade de sistemas não-cirúrgicos que são atualmente usados para correção de presbiopia, incluindo óculos bifocais, óculos progressivos (bifocal não-linha), óculos de leitura, lentes de contato bifocais, e lentes de contato monovisão. Sistemas cirúrgicos incluem, por exemplo, lentes intraoculares multifocais (lOLs) e lOLs de acomodação inseridas no olho e sistemas de visão alterados através de técnicas de ablação de córnea. Cada um destes sistemas apresenta certas vantagens e desvantagens uns em relação aos outros. Com óculos bifocais, a porção superior da lente serve como a lente de distância enquanto a porção inferior serve como a lente de visão próxima. Lentes de contato bifocais geralmente funcionam bem para pacientes que têm um bom filme de lágrimas (isto é, olhos úmidos), boa visão binocular (isto é, habilidade para focar ambos os olhos juntos), boa acuidade visual (isto é, agudeza) em cada olho, e nenhuma anormalidade ou doença nas pálpebras. O usuário de lente de contato bifocal deve investir o tempo requerido para manter lentes de contato, e geralmente não estar envolvido em ocupações que impõem altas demandas visuais sobre a pessoa. Além disso, lentes de contato bifocais podem limitar visão binocular. Em adição, lentes de contato bifocais são relativamente caras, em parte devido ao tempo que o paciente leva para ser precisamente adaptado.
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3/19 [005] Uma alternativa para óculos e lentes de contato bifocais são lentes de contato monovisão. Com lentes de contato monovisão, uma lente do par corrige visão próxima e a outra corrige visão distante. Para um indivíduo emetrópico, isto é, um indivíduo que não requer correção de visão distante, somente uma lente de contato simples é usada em um olho para corrigir visão próxima. Com indivíduos emetrópicos, uma das lentes de contato monovisão fixa o foco de um olho, tipicamente o olho dominado, em distância e a outra lente adiciona um viés de energia positiva para o outro olho. A magnitude do viés de energia positiva depende da acomodação residual do indivíduo e os requisitos de visão próxima. Indivíduos com baixos requisitos ADD tipicamente se adaptam muito bem a lentes de contato monovisão. São vantagens de monovisão, aceitabilidade de paciente, conveniência, e menor custo. Desvantagens incluem dores de cabeça e fadiga experimentados pelo usuário durante o período de ajuste de diminuições em acuidade visual, que algumas pessoas acham inaceitável. Quando a diferença ADD é aumentada, uma perda de percepção de profundidade, visão noturna e visão intermediária limitam a eficácia de sistemas de monovisão.
[006] Lentes de contato multifocais de visão simultânea também são usadas para tratar presbiopia. Tipos de lentes de contato multifocais incluem, mas não são limitadas a, desenhos de energia de distância de centro, desenhos de energia próxima de centro, desenhos de energia anular, desenhos de energia difratante e similares. Desenhos de energia próxima de centro são lentes de contato multifocais, ou progressivas, usadas para tratar presbiopia. Estas lentes têm uma zona de visão próxima no centro da lente que se estende para fora uma distância afastando-se do centro da lente e uma zona de visão à distância que está na periferia da lente e é concêntrica com, e circunda a zona de visão próxima. Com lentes de contato multifocais mais moPetição 870180139520, de 09/10/2018, pág. 6/32
4/19 dernas, conhecidas como lentes de contato progressivas, a transição entre as regiões de visão próxima e distante é mais gradual que em desenhos anteriores. A potência ADD é mais alta na região de visão próxima da lente e menor ou zero na região de visão distante da lente. Na região de transição, a energia diminui continuamente a partir de potência ADD de visão próxima para potência ADD de visão à distância (ou nenhuma potência ADD) quando a lente apresenta transição da zona de visão próxima para a zona de visão à distância.
[007] Embora lentes multifocais sejam geralmente efetivas no tratamento de sintomas de presbiopia, existem muitas desvantagens associadas com lentes multifocais. Lentes multifocais desenhadas para tratar sintomas de presbiopia normalmente têm energias ADD relativamente altas na zona de visão próxima da lente para prover a correção necessária para visão próxima. A alta potência ADD na zona de visão próxima pode resultar em artefatos visuais, ou imagens fantasmas, que afetam a visão intermediária do usuário e podem resultar em outros problemas que comprometem a visão à distância do usuário. [008] Uma outra desvantagem de atuais sistemas de tratamento prebiópico é que a maioria é ineficaz no tratamento de pré-presbiopia, ou presbiopia emergente. Mesmo antes dos sintomas de prépresbiopia tornarem-se facilmente visíveis para uma pessoa, aquela pessoa pode estar experimentando sintomas de presbiopia, como inabilidade do sistema de visão do olho acomodar-se em condições de escuridão ou baixa iluminação. Lentes multifocais progressivas com energias ADD de visão próxima muito altas não são apropriadas para uso no tratamento de pré-presbiopia. CooperVision, Inc., uma companhia sediada em Fairport, New York, recentemente começou a testar uma lente de contato que ela reivindica ser eficaz no tratamento de pré-presbiopia, mas informação insuficiente é atualmente disponível sobre este produto para verificar que a lente é realmente eficaz no traPetição 870180139520, de 09/10/2018, pág. 7/32
5/19 tamento de pré-presbiopia.
[009] Da mesma maneira, existe uma necessidade de um sistema para correção de presbiopia e pré-presbiopia que seja eficaz e que não comprometa a visão intermediária ou distante através de estágios de presbiopia.
Sumário da Invenção [0010] A invenção provê uma lente e uma série de lentes para correção de presbiopia e pré-presbiopia. Cada lente compreende uma zona óptica central, uma zona óptica periférica e uma zona de transição. A zona óptica central apresenta um perfil de energia que proporciona uma potência ADD variando de uma potência ADD máxima de entre cerca de 0 dioptria e cerca de 2,4 dioptrias e uma potência ADD mínima de entre cerca de 0 dioptria e 0,2 dioptria. A zona óptica periférica apresenta um perfil de energia que provê uma quantidade de aberração esférica negativa entre um semidiâmetro de cerca de 2 mm e um semidiâmetro de cerca de 3 mm. A diferença entre a quantidade de aberração esférica negativa provida no semidiâmetro interior da zona óptica periférica e a quantidade de aberração esférica negativa provida no semidiâmetro exterior da zona óptica periférica varia de um valor absoluto mínimo de cerca de 0,65 dioptria a um valor máximo absoluto de cerca de 1,25 dioptria. A zona de transição da lente está interposta entre, e conectada à zona óptica central e a zona óptica periférica e provê uma transição entre a zona óptica central e a zona óptica periférica. A zona de transição apresenta um perfil de energia que é contínuo.
[0011] A invenção provê um processo para desenho de uma série de lentes para correção de presbiopia em que cada lente das séries apresenta um perfil de energia que provê a zona óptica central com uma quantidade selecionada de potência ADD e que provê a zona óptica periférica com uma quantidade selecionada de aberração esférica
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6/19 negativa. Uma zona de transição está interposta entre e conectada à zona óptica central e a zona óptica periférica, e provê uma transição entre a zona óptica central e a zona óptica periférica. Os perfis de energia para cada lente são definidos pela mesma função matemática, exceto que os termos viés dc na função para cada lente das séries são diferentes.
[0012] De acordo com uma outra modalidade, a invenção provê um processo para desenho de uma lente para correção de presbiopia compreendendo seleção de um perfil de energia para uma zona óptica central da lente, seleção de um perfil de energia para uma zona óptica periférica da lente, e seleção de um perfil de energia para uma zona de transição da lente. O perfil de energia da zona óptica central é selecionado para prover uma potência ADD variando de uma potência ADD máxima de entre cerca de 0 dioptria e cerca de 2,4 dioptrias e uma potência ADD mínima de entre cerca de 0 dioptria e 0,2 dioptria. A zona óptica periférica apresenta um perfil de energia que provê uma quantidade de aberração esférica negativa entre um semidiâmetro de cerca de 2 mm e um semidiâmetro de cerca de 3 mm. A diferença entre a quantidade de aberração esférica negativa provida no semidiâmetro interno da zona óptica periférica e a quantidade de aberração esférica negativa provida no semidiâmetro exterior da zona óptica periférica varia de um valor absoluto mínimo de cerca de 0,65 dioptria e um valor absoluto máximo de cerca de 1,25 dioptria. A zona de transição está interposta entre e conectada à zona óptica central e a zona óptica periférica e provê uma transição entre a zona óptica central e a zona óptica periférica. O perfil de energia selecionado para a zona de transição é contínuo.
[0013] Estas e outras características e vantagens da invenção tornar-se-ão aparentes a partir da seguinte descrição, desenhos e reivindicações.
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Breve Descrição dos Desenhos [0014] A Figura 1 ilustra uma vista plana de uma lente de contato de acordo com uma modalidade ilustrativa da invenção.
[0015] A Figura 2 ilustra um gráfico de três diferentes perfis de energia que representam exemplos de perfis de energia que são apropriados para a lente mostrada na Figura 1.
[0016] A Figura 3 ilustra um gráfico de três curvas diferentes que representam as taxas de mudança dos três perfis mostrados na Figura 2 em dioptrias/mm através de zona óptica central.
[0017] A Figura 4 ilustra um gráfico de uma porção do perfil de energia na zona óptica periférica mostrada na Figura 1 estendendo-se a partir de cerca de 2,0 mm a cerca de 3,0 mm a partir do centro da lente.
[0018] A Figura 5 ilustra um gráfico de uma curva 81 que representa a taxa de alteração do perfil mostrado na Figura 4 em dioptrias/mm através da zona óptica periférica.
[0019] A Figura 6 ilustra dois perfis de energia de duas lentes da mesma série que têm diferentes termos de viés dc de acordo com uma modalidade da invenção.
[0020] A Figura 7 ilustra um fluxograma que representa o processo da invenção de acordo com uma modalidade ilustrativa para provimento de uma série de lentes para correção de presbiopia.
Descrição Detalhada de Modalidades Ilustrativas [0021] A invenção se refere a um sistema de tratamento para correção de presbiopia e pré-presbiopia que não compromete a visão intermediária ou distante de usuário. Para facilidade de discussão, os termos presbiopia e pré-presbiopia serão referidos daqui por diante como simplesmente presbiopia. A invenção é direcionada a uma série de lentes compreendendo lentes que são talhadas para provimento de uma quantidade de potência ADD positiva na zona óptica central
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8/19 que sintonizada à acomodação residual e as dinâmicas do sistema visual do indivíduo e para prover uma quantidade de aberração esférica negativa na zona óptica periférica. Quando um olho se acomoda para uma vergência próxima, a pupila restringe (miose) e a aberração esférica do sistema óptico torna-se mais negativa. Estes fatores oculares dinâmicos agem de modo a aumentar a profundidade do foco de sistema visual do indivídio. Em essência, estes fatores oculares dinâmicos trabalham em conjunção com a potência ADD positiva provida pela zona óptica central da lente e com ADD efetiva ganha da aberração esférica negativa provida pela zona óptica periférica da lente para induzir uma quantidade minimamente discernível de borrão. A combinação de todos estes fatores resulta em uma quantidade minimamente discernível de borrão que é regulada para maximizar a profundidade de foco do indivíduo. A maneira na qual essas metas são alcançadas será agora descrita com referência a umas poucas modalidades ilustrativas da invenção.
[0022] As lentes da invenção são aqui descritas em termos de perfis de energia dioptrica. Uma série de lentes é aqui definida como a faixa de energias ADD para um dado parâmetro ADD. Por exemplo, uma típica série de lentes esféricas apresenta energias ADD que variam de -10 dioptrias a +6 dioptrias em etapas de 0,25 dioptria. Um parâmetro ADD é a aberração ou perturbação de energia dioptrica na zona óptica necessária para aumentar a profundidade de foco por uma magnitude alvo. A magnitude e forma funcional da perturbação de um dado parâmetro ADD são alvejadas para uma dada magnitude de acomodação residual. Assim, um particular parâmetro ADD é associado com todas as lentes em uma particular série de lentes. Parâmetros ADD múltiplos são possíveis, e cada parâmetro ADD alveja um particular estágio de presbiopia. Todos os perfis de energia de uma dada série são definidos pela mesma equação, exceto que o termo dc da
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9/19 equação é diferente para cada lente da série de lentes. Por isso, uma particular equação, apresentando particulares coeficientes e operadores matemáticos, corresponde ao parâmetro ADD, enquanto o termo dc nesta equação corresponde à potência ADD.
[0023] A Figura 1 ilustra uma vista plana de uma lente de contato 1 de acordo com uma modalidade ilustrativa da invenção. Para propósitos de descrição de princípios e conceitos da invenção, será assumido que uma lente de contato de acordo com a invenção apresenta pelo menos uma zona óptica central 10, uma zona óptica periférica 20, e uma zona de transição 30 que liga a zona óptica central 10 à zona óptica periférica 20. Para estes propósitos, a zona óptica inteira de uma lente de contato de acordo com a invenção será assumida para compreender a zona óptica central 10, a zona de transição 30 e a zona óptica periférica 20, embora qualquer uma destas zonas possa ser constituída por múltiplas zonas.
[0024] Para uma lente de contato típica, a zona óptica inteira é de cerca de 7,0 a 8,0 milímetros (mm) em diâmetro. Para os propósitos de descrição de princípios e conceitos da invenção, será assumido que a zona óptica central varia em diâmetro de cerca de 2,0 a cerca de 4,0 mm, e preferivelmente é cerca de 3,0 mm em diâmetro. A zona óptica periférica 20 é um anel envolvendo a zona óptica central 10. Fora da zona óptica periférica 20 está uma região periférica exterior 25 que não serve para qualquer propósito óptico, mas serve ao propósito de adaptação de superfície anterior da lente 1 à superfície do olho. A inteira lente 1, incluindo sua região periférica exterior 25 é tipicamente cerca de 13,8 mm a cerca de 14,60 mm em diâmetro.
[0025] A Figura 2 ilustra um gráfico de três diferentes perfis de energia 40, 50 e 60 que representam exemplos de perfis de energia que são apropriados para a lente 1 mostrada na Figura 1. O eixo vertical no gráfico representa energia óptica em dioptrias e o eixo horizonPetição 870180139520, de 09/10/2018, pág. 12/32
10/19 tal representa raio a partir do centro da lente para fora em milímetros. Como estabelecido acima, de acordo com a invenção, foi determinado que presbiopia pode ser efetivamente tratada através do uso de uma lente que provê uma quantidade de potência ADD positiva na zona óptica central que é levemente menor que aquela que é normalmente requerida para acomodação de visão próxima se uma selecionada magnitude de aberração esférica negativa é provida pela zona óptica periférica. A razão pela qual uma lente apresentando este tipo de perfil é efetiva no correção de presbiopia é que a magnitude selecionada de aberração esférica negativa provida pela zona óptica periférica trabalha em conjunção com a acomodação residual do olho do indivíduo para estender a profundidade de foco do olho, pelo que aperfeiçoando visão próxima com borrão minimamente discernível para visão intermediária ou visão distante. Mais especificamente, os fatores oculares dinâmicos do olho trabalham em conjunção com a potência ADD positiva provida pela zona óptica central da lente e com efetiva ADD ganha da aberração esférica negativa provida pela zona óptica periférica da lente para induzir uma quantidade minimamente discernível de borrão que é sintonizada para maximizar a profundidade de foco do indivíduo. [0026] Os perfis de energia 40, 50 e 60 têm cada uma potência ADD máxima na zona óptica central, isto é, nas interseções das curvas sobre o eixo vertical, e provêm aberração esférica negativa na zona óptica periférica da lente. No exemplo representado pela Figura 2, a potência ADD máxima na zona óptica central para perfil 40 é cerca de 0,3 dioptria, a potência ADD máxima na zona óptica central para perfil 50 é cerca de 0,9 dioptria, e a potência ADD máxima na zona óptica central 60 é cerca de 1,6 dioptria. A invenção não é limitada a estas energias ADD. A potência ADD máxima tipicamente varia de cerca de 0 dioptria a cerca de 2,4 dioptrias no centro da zona óptica central 10. A potência ADD mínima tipicamente varia de cerca de 0 dioptria a cerPetição 870180139520, de 09/10/2018, pág. 13/32
11/19 ca de 0,2 dioptria no centro da zona óptica central 10. As amplitudes (isto é, o componente de viés dc) e as formas funcionais dos parâmetros ADD que definem os perfis são projetadas para funcionarem com acomodação residual de indivíduo para provimento de um nível de acuidade visual constante, uniforme, através de vergência.
[0027] Como indicado acima, o perfil de energia que é selecionado para o usuário depende de fatores oculares dinâmicos no olho do usuário. Um perfil apresentando uma maior amplitude ADD na zona óptica central trará o ponto próximo mais perto, mas resultará em ambas, redução em visão intermediária e mais compromisso visual através de vergência. Por isso, a potência ADD máxima da zona óptica central é selecionada baseada nos fatores oculares dinâmicos do olho de modo que a potência ADD selecionada e a ADD efetiva ganha da aberração esférica negativa provida pela zona óptica periférica da lente induzam uma quantidade minimamente discernível de borrão regulada para maximizar a profundidade de foco do indivíduo.
[0028] A potência ADD mínima na zona óptica central 10 ocorre no limite da zona óptica central 10 e a zona de transição 30. A distância a partir do centro da lente em que a zona óptica central 10 termina e a zona de transição 30 começa variará dependendo do desenho de lente. Como indicado acima com referência à Figura 1, a zona óptica central 10 tipicamente apresenta um diâmetro que varia de cerca de 2,0 a cerca de 4,0 mm e preferivelmente é cerca de 3,0 mm. Isto corresponde a uma distância radial a partir do centro de lente, isto é, um semidiâmetro, de cerca de 1,0 mm a cerca de 2,0 mm. A potência ADD mínima da zona óptica central é selecionada baseado nos fatores oculares dinâmicos do olho de modo que a potência ADD mínima selecionada e a ADD efetiva ganha da aberração esférica negativa provida pela zona óptica periférica da lente induzam uma quantidade minimamente discernível de borrão regulada para maximizar a profundidade
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12/19 de foco do indivíduo. Aberração esférica negativa, como este termo é aqui usado, significa que raios de luz recebidos através de região periférica da pupila são focados atrás da retina enquanto raios de luz recebidos através de centro da pupila são focados sobre a retina.
[0029] Uma lente apresentando o perfil 40 é geralmente pretendida para uma pessoa experimentando sintomas de pré-presbiopia, frequentemente referida como presbiópicos emergentes. Na zona óptica central 10, o perfil 40 apresenta energias ADD menores que as energias ADD de perfis 50 e 60. Para um presbiópico intermediário, isto é, uma pessoa que começou a experimentar sintomas de presbiopia, o que tipicamente acontece ao redor da idade de 40, a acomodação residual do olho é tipicamente somente levemente menos que aquela requerida para focalizar claramente objetos que estão próximos ao olho. Para estes indivíduos, uma lente apresentando o perfil 50 pode ser apropriada porque a potência ADD é levemente maior que aquela provida por perfil 40 na zona de visão central, mas ainda menos que aquela que pode tradicionalmente ser usada para estes indivíduos. Para indivíduos presbiópicos mais avançados, uma lente apresentando um perfil 60 provê uma maior potência ADD através da inteira zona óptica central que aquela provida por perfis 40 e 50, mas ainda menos potência ADD que aquela tradicionalmente usada para lentes desenhadas para estes indivíduos.
[0030] A Figura 3 ilustra um gráfico de três curvas diferentes 41, 51 e 61 que representam as taxas de mudança de energia dos perfis 40, 50 e 60, respectivamente, mostrados na Figura 2 em dioptrias/mm através da zona óptica central 10. As curvas 41, 51 e 61 são obtidas tomando-se a primeira derivada de perfis 40, 50 e 60 de r = 0 mm a r = 1,5 mm. A taxa de mudança de energia na zona óptica central deve ser apropriada para a acomodação residual dos olhos. Para ótima visão, a taxa de mudança de energia sobre a zona óptica central deve
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13/19 ser uma função variando uniformemente. A taxa de mudança de energia na zona óptica central tipicamente apresenta um valor absoluto mínimo de cerca de 0,15 dioptria e um valor absoluto máximo de cerca de 0,8 dioptria em um semidiâmetro de cerca de 0,5 mm a partir do centro da lente. Em um semidiâmetro de cerca de 1,0 mm a partir do centro da lente , a taxa de mudança de energia na zona óptica central tipicamente apresenta um valor absoluto mínimo de cerca de 0,3 dioptria e um valor absoluto máximo de cerca de 2,0 dioptrias.
[0031] Pode ser visto que para perfil 40, a correspondente taxa de mudança 41 é constante (isto é, linear) através da zona óptica central
10. Pode ser visto que para perfil 50, a correspondente taxa de mudança 51 aumenta em magnitude a partir do centro da lente para fora em um raio de cerca de 1,0 mm, mas então é geralmente constante a partir de um raio de cerca de 1,0 mm a um raio de cerca de 1,45 mm. Pode ser visto que para perfil 60, a correspondente taxa de mudança 61 aumenta a partir do centro da lente para fora para um raio de cerca de 1,0 mm, e então diminui a partir de um raio de cerca de 1,0 mm para fora para um raio de cerca de 1,45 mm.
[0032] A invenção não é limitada aos perfis mostrados na Figura 2. Diferentes funções matemáticas e/ou diferentes energias ADD daquelas representadas por perfis 40, 50 e 60 podem ser usadas para definirem perfis que alcançam as metas da invenção. As funções matemáticas que são usadas para definirem os perfis de energia não são limitadas a qualquer tipo ou classe particular de função matemática. Cada perfil pode ser definido por uma função matemática simples, tal como uma função polinomial, ou pode ser definido por uma função com relação a-peça constituída por múltiplas funções matemáticas. Os perfis também podem ser definidos por outras funções, tais como, por exemplo, funções lineares, funções spline (por exemplo, splines cúbicas e splines bicúbicas), funções Seidel, funções Zernike, funções cônicas e
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14/19 funções bicônicas.
[0033] Por exemplo, as curvas 51 e 61 mostradas na Figura 3 são descontínuas em um raio de cerca de 1,45 mm a partir do centro da zona óptica central 10. Entretanto, devido às funções que representam os perfis 50 e 60 mostrados na Figura 2 serem contínuas e por isso diferenciáveis na primeira derivada, os perfis 40, 50 e 60 são apropriados para desenhos de lentes para correção de presbiopia. Devido os perfis não precisarem ser diferenciáveis na segunda derivada, uma variedade mais ampla de funções matemáticas pode ser usada para definir os perfis, incluindo funções com relação a-peça e splines.
[0034] A invenção não é limitada com relação ao comportamento dos perfis de energia na zona de transição 30 (Figura 1). Preferivelmente, o perfil é contínuo sobre a zona de transição 30 para prevenir que visão seja afetada por artefatos, também comumente referido como formação de fantasma. Um outro modo de estabelecer que o perfil é contínuo sobre a zona de transição 30 é estabelecer que o perfil é diferenciável em pelo menos primeira derivada sobre a zona de transição 30. Para os maiores perfis de potência ADD 50 e 60 mostrados na Figura 2, as mudanças contínuas nas curvas de taxas 51 e 61 mostradas na Figura 3 a partir do centro da zona óptica central 10 quase para a zona de transição 30 (1,5 mm a partir do centro) asseguram que visão não é degradada por artefatos visuais ou imagens fantasmas. [0035] A Figura 4 ilustra um gráfico de uma porção do perfil de energia 80 na zona óptica periférica 20 estendendo-se a partir de cerca de 2,0 mm a cerca de 4,0 mm a partir do centro da lente 1 (Figura 1). Como indicado acima, o perfil de energia na zona óptica periférica 20 provê uma quantidade de aberração esférica negativa. A quantidade de aberração esférica negativa tipicamente variará de cerca de -0,1 a cerca de -0,7 dioptria no limite da zona óptica periférica 20 e a zona de transição 30 para cerca de -2,0 dioptrias a cerca de -2,7 dioptrias
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15/19 no limite da zona óptica periférica 20 e a região periférica exterior 25. Como indicado acima, o efeito desta aberração esférica é que ela provê uma quantidade de ADD efetiva que trabalha em conjunção com a ADD positiva provida pela zona óptica central 10 e as dinâmicas oculares do olho para induzir uma quantidade minimamente discernível de borrão regulada para maximizar a profundidade de foco do indivíduo. [0036] A Figura 5 ilustra um gráfico de uma curva 81 que representa a taxa de mudança de energia dos perfis 40, 50 e 60 em dioptrias/mm através da zona óptica periférica 20. A curva 81 é obtida tomando-se a primeira derivada de qualquer um dos perfis 40, 50 e 60 de r = 2,0 mm a r = 3,0 mm, isto é, tomando a primeira derivada do perfil 80 mostrado em Figura 4. As linhas tracejadas 82 e 83 representam funções de ligação que representam as típicas faixas de energia através de zona óptica periférica 20. Pode ser visto a partir da Figura 5 que a taxa de mudança através de zona óptica periférica 20 aumenta em magnitude na direção afastando-se do centro da lente e apresenta uma magnitude de cerca de -0,67 dioptria/mm em um raio de cerca de 2 mm e uma magnitude de cerca de -1,00 dioptria/mm em um raio de cerca de 3 mm. Embora não possa ser visto na Figura 5 devido ao eixo x sendo interrompido em um raio de 3 mm, a taxa de mudança apresenta uma magnitude de cerca de -1,33 dioptria/mm em um raio de cerca de 4 mm. Olhando nas funções de ligação 82 e 83, a taxa de mudança de energia através da zona óptica periférica 20 varia em magnitude de uma magnitude de cerca de -0,5 dioptria/mm em um raio de cerca de 2 mm a uma magnitude de cerca de -1,5 dioptria/mm em um raio de cerca de 3 mm no limite da zona óptica periférica 20 e a zona de transição 30 a um valor absoluto máximo de cerca de 1,5 dioptria no limite da zona óptica periférica 20 e a região periférica exterior 25.
[0037] Uma vez que a aberração esférica do olho é essencialmenPetição 870180139520, de 09/10/2018, pág. 18/32
16/19 te independente de erro refrativo, a aberração esférica negativa para uma série de lentes preferivelmente será geralmente igual para todas as lentes da série ou variará somente por pequena quantidade sobre a zona óptica periférica para diferentes lentes da série. Provimento de própria faixa de magnitude de aberração esférica negativa na zona óptica periférica 20 aumenta profundidade de foco através de provimento de uma quantidade visualmente tolerável de borrão de imagem para estender profundidade de foco enquanto levando em conta as dinâmicas de pupila do sistema visual em vergência (miose). Como estabelecido acima, aberração esférica negativa, como este termo é aqui usado, significa que raios de luz recebidos através de região periférica da pupila são focados atrás da retina enquanto raios de luz recebidos através de centro de pupila são focados sobre a retina. Estabelecido da mesma maneira, a periferia da pupila apresenta menos energia que o centro da pupila.
[0038] Definindo a aberração esférica (SA) como o valor absoluto da diferença em aberração esférica negativa entre uma zona de semidiâmetro de 2 mm e uma zona de semidiâmetro de 3 mm, como mostrado na Figura 5, então as faixas preferidas de valores SA são:
SA (min.) = 0,65 dioptria SA (max.) = 1,25 dioptria SA (nominal) = 0,85 dioptria [0039] Preferivelmente, para todos os parâmetros ADD, aberração esférica na zona óptica periférica será igual. Para lentes multifocais tóricas, as faixas acima são válidas ao longo dos meridianos de esfera. A zona óptica periférica 20 pode ser descrita por polinômios Zernike, termos asféricos, ou equivalentes. O perfil de energia na zona óptica periférica 20 pode ser descrito por uma função de energia quadrática perturbada ou quadrática.
[0040] Como estabelecido acima, para uma dada série de lentes,
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17/19 preferivelmente cada lente terá um perfil de energia definido pelo mesmo parâmetro ADD, mas o termo de viés dc será diferente para cada lente da série. A Figura 6 ilustra dois perfis de energia 90 e 91 de duas lentes da mesma série que têm diferentes termos de viés dc de acordo com uma modalidade da invenção. Assim, as funções matemáticas que definem os perfis 90 e 91 são idênticos exceto para os termos de viés dc. O termo de viés dc corresponde à localização na qual o perfil intercepta o eixo y. Este valor é obtido através de fixação de todos os termos de eixo x da função iguais a zero de modo que o valor da função corresponda ao termo viés dc, isto é, a constante na equação.
[0041] De acordo com uma outra modalidade da invenção, foi determinado que over-plusing o olho próximo por uma pequena magnitude algumas vezes resultará em um aperfeiçoamento no correção de presbiopia. Em casos em que o olho distante é o olho dominante ou apresenta a menor quantidade de astigmatismo, over-plusing de olho próximo por uma pequena quantidade aumenta profundidade de foco. O termo over-plusing como aqui usado, significa adaptação de um olho com uma lente apresentando um perfil definido pelo mesmo parâmetro ADD como uma outra lente da série usada para o outro olho, mas que também apresenta um maior viés dc que as outras lentes da série. Por exemplo, com referência à Figura 6, o olho próximo pode ser adaptado com uma lente apresentando perfil 91 enquanto o olho distante pode ser adaptado com uma lente apresentando o perfil 90.
[0042] Embora a invenção tenha sido descrita acima com referência a lentes de contato, a invenção igualmente se aplica a lentes phakic ou aphakic, assim como a perfis de energia óptica criados através de modalidade de ablação de córnea. Em adição, embora a invenção tenha sido descrita com referência às simultâneas lentes de visão mostradas na Figura 1, lentes de acordo com a invenção também poPetição 870180139520, de 09/10/2018, pág. 20/32
18/19 dem ser usadas para monovisão modificada uma vez que os perfis de energia aqui descritos reduzem a disparidade entre distância e energias próximas.
[0043] A Figura 7 ilustra um fluxograma que representa o processo da invenção de acordo com uma modalidade ilustrativa para provimento de uma série de lentes para correção de presbiopia. Uma série de lentes é provida de modo que cada lente da série tenha um perfil de energia que provê potência ADD na zona óptica central e aberração esférica negativa na zona óptica periférica, como indicado por bloco 101. A potência ADD máxima preferivelmente ocorre no centro da zona óptica central 10 (Figura 1) e a potência ADD mínima preferivelmente ocorre no limite entre a zona óptica central 10 e a zona de transição 30. Para cada lente da série de lentes, o respectivo perfil de energia é provido com diferente termo viés dc, como indicado por bloco 102. Cada lente da série apresenta um perfil de energia na região de transição que é preferivelmente contínuo, como indicado por bloco 103, o que significa que o perfil na região de transição é diferenciável em pelo menos a primeira derivada, mas não necessariamente na segunda ou maiores derivadas.
[0044] Deve ser notado que a invenção foi descrita com referência a umas poucas modalidades preferidas e ilustrativas e que a invenção não é limitada a estas modalidades. Aqueles versados na técnica entenderão que modificações podem ser feitas para as modalidades aqui descritas e que todas tais modificações estão dentro do escopo da invenção. Por exemplo, aqueles versados na técnica entenderão, em vista da descrição aqui provida, que a invenção não é limitada a uma lente apresentando um dos perfis de energia descritos acima com referência à Figura 2. Como indicado acima uma variedade de funções matemáticas e parâmetros ADD podem ser usados para descrição de perfis de energia que satisfazem os objetivos da invenção de correção
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19/19 de presbiopia sem sacrifício de visão intermediária e/ou distante. Também, embora o processo descrito acima com referência à Figura 6 indique processos separados para seleção de perfis de energia para a zona óptica central, a zona óptica periférica e a zona de transição, isto pode ser realizado em um processo simples durante o qual um perfil de energia simples é selecionado que satisfaz todos os requisitos para cada uma destas zonas.
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Claims (17)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1. Lente para correção de presbiopia, que compreende: uma zona óptica central apresentando um perfil de energia, que é contínuo e que varia em diâmetro de 2,0 a 4,0 mm, correspondendo a um semidiâmetro de 1,0 mm a 2,0 mm, e que apresenta um perfil de energia, que provê uma potência ADD variando de uma potência ADD máxima de 0 dioptria a 2,4 dioptrias, no centro da zona óptica central, e uma potência ADD mínima de 0 dioptria a 0,2 dioptria;
    uma zona óptica periférica apresentando um semidiâmetro interno de 2 milímetros (mm) e um semidiâmetro externo de 3 mm, a referida lente sendo caracterizada pelo fato de que: a dita zona óptica periférica apresentando um perfil de energia que provê uma quantidade de aberração esférica negativa, uma diferença entre a quantidade de aberração esférica negativa provida pelo perfil de energia no semidiâmetro interno e a quantidade de aberração esférica negativa provida pelo perfil de energia no semidiâmetro exterior variando de um valor absoluto mínimo de 0,65 dioptria e um valor absoluto máximo de 1,25 dioptria, e sendo que a taxa de mudança de energia na zona óptica periférica é continua; e uma zona de transição interposta entre e conectada à zona óptica central e a zona óptica periférica, a zona de transição provendo uma transição entre a zona óptica central e a zona óptica periférica, a zona de transição apresentando um perfil de energia que é contínuo, a potência ADD mínima na zona óptica central ocorre no limite da zona óptica central e da zona de transição; e sendo que a taxa de mudança de energia na zona óptica central é descontínua na interconexão da zona óptica central e da zona de transição.
  2. 2. Lente, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a dita diferença entre a quantidade de aberração esféPetição 870180139520, de 09/10/2018, pág. 23/32
    2/5 rica negativa provida pelo perfil de energia no diâmetro semi-interno e a quantidade de aberração esférica negativa provida pelo perfil de energia no semidiâmetro externo apresenta um valor absoluto de 0,85 dioptria.
  3. 3. Lente, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que o perfil de energia da zona óptica periférica é contínuo.
  4. 4. Lente, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a potência ADD máxima provida pelo perfil de energia da zona óptica central é de 1,6 dioptria.
  5. 5. Lente, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a potência ADD máxima provida pelo perfil de energia da zona óptica central é de 0,9 dioptria.
  6. 6. Lente, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a potência ADD máxima provida pelo perfil de energia da zona óptica central é de 0,3 dioptria.
  7. 7. Lente, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a taxa de mudança na zona óptica central é constante.
  8. 8. Lente, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a lente é uma lente multifocal tórica.
  9. 9. Série de lentes para correção de presbiopia, como definidas em qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizada pelo fato de que cada lente da série compreende:
    uma zona óptica central apresentando um perfil de energia que provê uma quantidade selecionada de potência ADD;
    uma zona óptica periférica apresentando um perfil de energia que provê uma quantidade selecionada de aberração esférica negativa;
    uma zona de transição interposta entre e conectada à zona
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    3/5 óptica central e a zona óptica periférica, a zona de transição provendo uma transição entre a zona óptica central e a zona óptica periférica; e sendo que cada lente da série apresenta um perfil de energia que é definido por uma função matemática, cada uma das funções matemáticas sendo idênticas exceto que os termos de viés dc para cada lente da série são diferentes.
  10. 10. Série de lentes, de acordo com a reivindicação 9, caracterizada pelo fato de que o perfil de energia apresenta uma taxa de mudança de energia na zona óptica periférica que apresenta um valor absoluto que varia de 0,50 dioptria a 1,00 dioptria em uma distância de 2,0 milímetros (mm) a partir de um centro da lente e apresenta um valor absoluto que varia de 0,75 dioptria a 1,50 dioptria em uma distância de 3,0 mm a partir do centro da lente.
  11. 11. Série de lentes, de acordo com a reivindicação 10, caracterizada pelo fato de que o perfil de energia apresenta uma taxa de mudança de energia na zona óptica periférica que apresenta um valor absoluto de 0,65 dioptria em uma distância de a partir do centro da lente e apresenta um valor absoluto de 1,00 dioptria em uma distância de 3,0 mm a partir do centro da lente.
  12. 12. Série de lentes, de acordo com a reivindicação 9, caracterizada pelo fato de que o perfil de energia apresenta uma taxa de mudança de energia na zona óptica central que apresenta um valor absoluto que varia de 0,15 dioptria a 0,8 dioptria em uma distância de 0,5 milímetros (mm) a partir do centro da lente e apresenta um valor absoluto que varia de 0,3 dioptria a 2,0 dioptrias em uma distância de 1,0 mm a partir do centro da lente.
  13. 13. Série de lentes, de acordo com a reivindicação 9, caracterizada pelo fato de que a zona de transição apresenta um perfil de energia que é contínuo.
  14. 14. Processo para provimento de uma série de lentes para
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    4/5 correção de presbiopia, como definida em qualquer uma das reivindicações 9 a 13, caracterizado pelo fato de que compreende:
    seleção de um perfil de energia para uma série de lentes que provê potência ADD na zona óptica central e aberração esférica negativa na zona óptica periférica; e para cada lente da série de lentes, prover o selecionado perfil de energia com um diferente termo de viés dc de modo que todas as lentes tenham o mesmo perfil de energia exceto que o termo de viés dc do perfil é diferente para cada lente da série.
  15. 15. Processo, de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelo fato de que compreende ainda:
    adaptação de um primeiro olho do usuário com uma primeira lente da série; e adaptação de segundo olho do usuário como uma segunda lente da série.
  16. 16. Processo para projetar pelo menos uma primeira lente para correção de presbiopia, que compreende:
    selecionar um perfil de energia para uma zona óptica central da lente, que apresenta um perfil de energia, que é contínuo, e que varia em diâmetro de 2,0 a 4,0 mm, correspondendo a um semidiâmetro de 1,0 mm a 2,0 mm, e que provê uma potência ADD variando de uma potência ADD máxima de 0 dioptria a 2,4 dioptrias, no centro da zona óptica central, e uma potência ADD mínima de 0 dioptria a 0,2 dioptria;
    o referido processo sendo caracterizado pelo fato de que compreende:
    selecionar um perfil de energia para uma zona óptica periférica da lente que provê uma quantidade de aberração esférica negativa entre um semidiâmetro de 2 milímetros (mm) a partir de um centro da lente e um semidiâmetro de 3 mm a partir do centro da lente, uma
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    5/5 diferença entre a quantidade de aberração esférica negativa provida pelo perfil de energia no semidiâmetro interno e a quantidade de aberração esférica negativa provida pelo perfil de energia no semidiâmetro externo variando de um valor absoluto mínimo de 0,65 dioptria e um valor absoluto máximo de 1,25 dioptria, e sendo que a taxa de mudança de energia na zona óptica periférica é continua; e selecionar um perfil de energia para uma zona de transição interposta entre e conectada à zona óptica central e a zona óptica periférica, a zona de transição provendo uma transição entre a zona óptica central e a zona óptica periférica, sendo que o perfil de energia, que é selecionado para a zona de transição é contínuo, e a potência ADD mínima ocorre no limite da zona óptica central e da zona de transição; e sendo que a taxa de mudança de energia na zona óptica central é descontínua na interconexão da zona óptica central e da zona de transição.
  17. 17. Processo, de acordo com a reivindicação 16, caracterizado pelo fato de que a dita diferença entre a quantidade de aberração esférica negativa provida pelo perfil de energia no semidiâmetro interno e a quantidade de aberração esférica negativa provida pelo perfil de energia no semidiâmetro externo apresenta um valor absoluto de 0,85 dioptria.
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