BRPI0714985A2 - inibidores de monoamina oxidase éteis para tratar distérbios da retina externa - Google Patents

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BRPI0714985A2
BRPI0714985A2 BRPI0714985-9A BRPI0714985A BRPI0714985A2 BR PI0714985 A2 BRPI0714985 A2 BR PI0714985A2 BR PI0714985 A BRPI0714985 A BR PI0714985A BR PI0714985 A2 BRPI0714985 A2 BR PI0714985A2
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monoamine oxidase
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BRPI0714985-9A
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Robert Collier Jr
Michael Kapin
John Yanni
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Abstract

Patente de Invenção:"INIBIDORES DE MONOAMINA OXIDASE éTEIS PARA TRATAR DISTéRBIOS DE RETINA EXTERNA". A presente invenção refere-se a composições e métodos para tratar disturbios da retina externa com compostos que inibem monoamina oxidase.

Description

Relatorio Descritivo da Patente de Invengao para "INIBIDORES DE MONOAMINA OXIDASE IJTEIS PARA TRATAR DISTLIRBIOS DA RE- TINA EXTERNA".
Fundamentos da Invenqao 1. Campo da Invencao
A presente invengao refere-se aos compostos que sao inibidores de monoamina oxidase e seu uso no tratamento de distCirbios da retina ex- terna que resultam de condigoes ou doengas degenerativas agudas ou cro- nicas do olho. 2. Descricao da Tecnica Relacionada
Degeneragao macular relacionada a idade (AMD) e a principal causa de cegueira na idade avangada, com uma incidencia de cerca de 20% em aduItos de 65 anos de idade aumentando para 37% em individuos de 75 anos ou mais velhos. AMD nao exsudativa e caracterizada por acumulo e atrofia de ganglios de fotorreceptores de bastonete e cone na retina externa, epitelio pigmentado retinico (RPE), membrana de Bruch e coriocapilar; en- quanto AMD exsudativa leva a neovascularizagao coroidal (Green e Enger, Ophthalmol, 100:1519-35, 1993; Green et al.’ Ophthalmol, 92:615-27, 1985; Green e Key, Trans Am Ophthalmol Soc1 75:180-254, 1977; Bressler et al., Retina, 14:130-42, 1994; Schneider et al., Retina, 18:242-50, 1998; Green e Kuchle (1997). Em: Yannuzzi, L.A., Flower, R.W., Slakter, J.S. (Eds.) Indoc- yanine green angiography. St. Louis: Mosby1 p. 151-6). Retinite pigmentosa (RP) representa um grupo de distrofias hereditarias caracterizadas por de- generagao de bastonete com atrofia secundaria de fotorreceptores de cone e epitelio pigmentado subjacente. (Pruett, Trans Am Ophthalmol Soc1 81:693- 735, 1983; Heckenlively, Trans Am Ophthalmol Soc1 85:438-470,1987; Pa- gon, Sur Ophthalmol, 33:137-177, 1988; Berson, Invest Ophthalmol Vis Sci1 34:1659-1676,1993; Nickells e Zack, Ophthalmic Genet, 17:145-65, 1996). A patogenese de doengas degenerativas retinicas, tais como AMD e RP, e complexa e pode ser provocada por fatores ambientais em individuos nor- mals ou naqueles que sao geneticamente predispostos. Ate agora mais do
que 100 genes foram mapeados ou clonados que podem estar associados com varios degenera?oes externas da retina.
A exposigao a Iuz e um fator ambiental que foi identificado como um fator contribuinte para a progressao de distCirbios degenerativos retinicos tais como AMD (Young, Sur Ophthal, 32:252-269,1988; Taylor, et al., Arch Ophthal, 110:99-104, 1992; Cruickshank, et al., Arch Ophthal, 111:514-518, 1993). Estresse foto-oxidativo Ievando a dano Ieve a celulas retinicas mos- trou ser um modelo Citil para estudar doengas degenerativas retinicas pelas seguintes razoes: dano e principalmente aos fotorreceptores e epitelio pig- meritado retinico (RPE) da retina externa, as mesmas celulas que sao afeta- das em doengas heredodegenerativas (Noell et al., Invest Ophthal Vis Sci, 5, 450-472,1966; Bressler et al., Sur Ophthal, 32, 375-413, 1988; Curcio et al., Invest Ophthal Vis Sci, 37, 1236-1249, 1996); apoptose e ο mecanismo de morte celular pelo qual ο fotorreceptor e celulas RPE sao perdidos em AMD e RP, assim como a seguir de uma Iesao celular induzida foto-oxidativa (Ge- Zhi et al., Trans AM Ophthal Soc, 94, 411-430, 1996; Abler et al., Res Com- mun Mol Pathol Pharmacol, 92, 177-189, 1996; Nickells e Zack, Ophthalmic Genet, 17:145-65, 1996); a Iuz foi implicada como um fator de risco ambien- tal para a progressao de AMD e RP (Taylor et al., Arch Ophthalmol, 110, 99- 104,1992; Naash et al., Invest Ophthal Vis Sci1 37, 775-782, 1996); e inter- vengoes terapeuticas que inibem a Iesao foto-oxidativa tambem mostraram ser eficazes em modelos animais de doenga retinica heredodegenerativa (LaVail et al., Proc Nat Acad Sci, 89,11249-11253, 1992; Fakforovich et al., Nature, 347, 83-86, 1990; Frasson et al., Nat. Med. 5, 1183-1187, 1990).
Varias classes de composto diferentes foram identificadas em varios modelos animals que minimizam a Iesao foto-oxidativa retinica. Elas incluem: antioxidantes tais como ascorbato (Orgariisciak et al., Invest Oph- thal Vis Sci, 26:1589-1598, 1985), dimetiltioureia (Organisciak et al., Invest Ophthal Vis Sci, 33:1599-1609, 1992; Lam et al., Arch Ophthal, 108: 1751- 1752, 1990),α-tocoferol (Kozaki et al., Nippon Ganka Gakkai Zasshi, 98: 948-954, 1994) e β-caroteno (Rapp et al., Cur Eye Res, 15:219-232, 1995); antagonistas de calcio tais como flunarizina (Li et al., Exp Eye Res, 56: 71-
78, 1993; Edward et al., Arch Ophthal, 109, 554-622, 1992; Collier et al., In- vest Ophthal Vis Sci, 36:S516); fatores de crescimento tais como fator de crescimento de fibroblasto basico, fator de nervo derivado do cerebro, fator neurotrofico ciliar, e interleucina-1-β (LaVaiI et a/., Proc Nat Acad Sci, 89, 11249-11253, 1992); glicocorticoides tais como metilprednisolona (Lam et a/·, Graefes Arch Clin Exp Ophthal, 231, 729-736,1993) e dexametasona (Fu et a/·, Exp Eye Res, 54, 583-594, 1992); quelantes de ferro tais como desferrioxamina (Li et a/., Cur Eye Res, 2,133-144, 1991); antagonistas de NMDA tais como eliprodil e MK-801 (Collier et a/., Invest Ophthal Vis Sci, 40:S159, 1999).
Inibidores de monoamina oxidase (MAO) mostraram inibir a in-
du^ao de apoptose. Esta inibigao e considerada resultar de expressao de gene alterada para as proteinas descontaminantes Cu/Zn superoxido dismu- tase (S0D1) e MN superoxido dismutase (S0D2) assim como os oncogenes Bcl-2, BcI-xl, oxido nitrico sintase, c-JUN e nicotinamida adenina dinucleoti- deo desidrogenase. Rasagilina (1 mg/kg), um inibidor de MAO-B, mostrou acelerar significativamente a recuperagao da fungao motora e memoria es- pacial em um modelo de camundongo com Iesao fechada da cabega. Adi- cionalmente, ο edema cerebral foi reduzido 40 a 50%. Alguns outros inibido- res de MAO foram descritos para outros distiirbios. Na retina, os inibidores de MAO selegilina e desmetilselegilina mostraram proteger as celulas do ganglio da excitotoxicidade induzida por NMDA (Takahata et a/·, Eur J Pharmacol, 458(1-2):81-9, 2003). Desprenila tambem mostrou proteger as celulas do ganglio a seguir do esmagamento do nervo optico (Buys et al., Cur Eye Res, 14(2):119-126, 1995) ou privagao serica (Ragaiey et al., J Ocul Pharmacol Ther, 13(5):479-88, 1997). O efeito da clorgilina, um inibidor de MAO-A, sobre ritmos de fotorreceptor de descamagao do disco e degrada- ςέίο autofagica foi relatado (Reme et al., Trans Ophthalmol Soc U K, 103 (Pt 4):405-10, 1983.)·
A Patente U.S. 5.263.957 descreve derivados de α-amino carbo- xamida substituidos por N-fenilalquila. Os compostos descritos sao ditos se- rem Citeis como agentes antiepilepticos, anti-Parkinson, neuroprotetivos, an-
tidepressivos, antiespasmodico, e/ou hipnoticos. A patente '957 nao mencio- na ο uso de tais compostos para tratar distiirbios da retina externa. De fato, indicagoes oftalmicas nao sao mencionadas de jeito nenhum.
A Patente U.S. N2 5.945.454 descreve 2-(4-substituido)-benzil- amino-2-metilpropanamidas e seu uso como agentes terapeuticos. Os com- postos sao descritos como sendo ativos no sistema nervoso central e sao sugeridos para ο uso em distiirbios do sistema nervoso central, incluindo dano ocular ou retinopatia. Significativamente, os compostos desta invengao nao sao abrangidos dentro dos compostos reivindicados para ο uso nos me- todos descritos.
A Patente U.S. Ne 5.242.950 descreve um metodo para tratar
degeneragao macular administrando-se L-desprenila ou um sal deste. L-des- prenila e um inibidor de MAO-B seletivo. O L-desprenila deve ser adminis- trado oral ou transdermicamente. A patente ‘950 nao sugere ο uso de outros tipos de inibidores de MAO, nem sugere os metodos de Iiberagao exceto oral ou transdermico. A Patente U.S. N- 5.981.598 descreve um metodo para tratar glaucoma administrando-se um composto de desprenila. Os compos- tos descritos para ο uso nos metodos da patente '598 ou da patente '950 diferem significativamente dos compostos desta invengao. De fato, "compos- to de desprenila" e definido na patente '598 como "compostos de desprenila que sao estruturalmente similares a desprenila," assim excluindo os compos- tos preferidos da invengao.
A WO 2005/039591 descreve derivados de benzazepina, que sao inibidores de MAO-B. Os compostos descritos nesta, novamente, dife- rem significativamente dos compostos desta inven9§o. Nenhuma das publicagoes descritas acima menciona ο uso dos
compostos desta invengao para inibir ou prevenir a degeneragao retinica que resulta da perda ou dano aos fotorreceptores e/ou celulas do epitelio pig- mentado retinico. O que sao necessarios sao compostos e metodos mais eficazes de tratamento para estes distiirbios ameagadores da visao, serios. Sumario da Invencao
A presente inven?ao e dirigida a inibidores de MAO-A/B e B que
foram descobertos serem uteis no tratamento de distiirbios da retina externa, particularmente: AMD; RP e outras formas de doenga retinica heredodege- nerativa; descolamento da retina e lagrimas; dobra macular; isquemia que afeta a retina externa; retinopatia diabetica; dano associado com terapia a laser (grade, focal, e panretinica) incluindo terapia fotodinamica (PDT); trau- ma; retinopatia iatrogenica ciriirgica (deslocamento retinico, cirurgia subreti- nica, ou vitrectomia) ou induzida por luz; e preservagao de transplantes de retina. Como usado aqui, a retina externa inclui ο RPE1 fotorreceptores, celu- Ias de Muller (a medida em que seus processos estendem na retina exter- na), e a camada plexiforme externa. Os compostos sao formulados para a Iiberagao ocular sistemica ou local. Breve Descricao dos Desenhos
Os seguintes desenhos formam parte do presente relatorio des- critivo e sao incluidos para demonstrar ainda certos aspectos da presente invengao. A invengao pode ser melhor entendida por referencia a estes de- senhos em combinagao com a descrigao detalhada de formas de concretiza- gao especificas apresentadas aqui.
A figura 1A e figura 1B mostram a preservagao da fungao de ERG em 5 dias (figura 1A) e 1 mes (figura 1B) em ratos dosados sistemica- mente com safiriamida e expostos a uma Iesao foto-oxidativa severa. A do- sagem de 15 a 60 mg/kg de safinamida forneceu protegao da funpao retinica significante e com ρ Ieta.
A figura 2 mostra a prevengao de Iesoes retinicas por tratamento com safinamida. Ratos dosados com 60 mg/kg de safinamida foram destitui- dos de Iesoes retinicas significantes. Descricao da Invenpao Parte quimica
O objetivo da presente invengao sao compostos da formula geral I em que:
R1 e cicloalquila C5-C7; fenila (nao-substituido) ou fenila substituido
independentemente com um ou mais halogenos ou CF3 R2 e H, alquilaC1-C3
R3 e H, alquila C1-C3 (nao-substituido) ou alquila C1-C3 substituido
com OR6
R41 R5 sao, independentemente H, alquila C1-C3 R6 e H, alquila C1-C2
Os compostos preferidos da formula I sao compostos em que: R1 e cicloalquila C5-C7; fenila (nao-substituido) ou fenila substituido
independentemente com um ou dois F, Cl ou CF3 R2 e H1 alquila C1-C2
R3 e H, alquila C1-C2 (nao-substituido) ou alquila C1-C2 substituido
com OR6
R41 R5 sao independentemente H, alquila C1-C2 R6 e H, alquila C1-C2
Compostos mais preferidos da formula I sao compostos em que: R1 e fenila (nao-substituido) ou fenila substituido independentemen-
te com um ou dois F, Cl R2 e H, CH3
R3 e H, alquila C1-C2 (nao-substituido) ou alquila C1-C2 substituido
com OR6
R41 R5 sao independentemente H, CH3 R6 e H, CH3
Os compostos mais preferidos da formula I sao os compostos
(S) e (R) em que: R1 e 3-flurofenila
R2 e H
R3 e CH3
R41 R5 sao H
e particularmente ο isomero (S) (safinamida).
Os compostos da formula I sao compostos conhecidos e sao preparados de acordo com os metodos descritos na Patente US N-
5.263.957.
Parte bioloqica
Doengas retinicas sao frequentemente disruptivas ao tecido e podem resultar em uma perda de fungao visual para milhoes de pacientes. Por exemplo, tecidos retinicos podem ser danificados por fatores ambientais, tais como exposigao a luz, que e conhecido contribuir para a progressao de distiirbios degenerativos retinicos tais como AMD (Young 1988; Taylor et al. 1992; Cruickshank et al. 1993). Ate agora, nenhum tratamento eficaz existe para distiirbios neurodegeneratives da retina. Estagios iniciais da degenera- 9§o macular sao tipicamente tratados por combinagoes de antioxidantes ou agentes anti-inflamatorios cuja eficacia nao foi demonstrada na clinica. Esta- gios avangados de degeneragao macular que Ievam a perda de visao severa sao tratados por remogao ciriirgica de membranas do espa^o subretinico, fo- tocoagulagao a laser, terapia fotodinamica, e ο mais recentemente com blo- queadores de VEGF em pacientes com AMD exsudativa. Nenhum tratamento aprovado esta disponivel para a forma avangada de AMD seca conhecida como Atrofia Geografica. Tratamento a laser tambem e usado no tratamento de retinopatia diabetica. E importante observar que tanto a fotocoagulagao a laser da retina quanto a excisao ciriirgica de membranas subretinicas ou membranas intravitreas resultam na destruigao de neuronios retinicos viaveis. A prevengao ou redugao do dano a retina externa por inibidores de MAO e um metodo terapeutico Cinico e novo para ο manejo de maculopatia e/ou de- generagao macular relacionadas a idade e outras retinopatias. Em paradigmas de dano Ieve usados pelos presentes invento-
res, antioxidantes foram ineficazes (α-tocoferol) ou marginalmente eficazes em altas doses (ascorbato, analogos de vitamina E). Similarmente, alguns antagonistas de calcio (flunarizina, nicardipina) foram moderadamente efica- zes enquanto outros (nifedipina, nimodipina, verapamil) nao tiveram nenhum efeito em prevenir mudangas funcionais ou morfologicas induzidas por luz. Inesperadamente, foi descoberto que os compostos desta invengao sao 50 a
100 vezes mais potentes do que antioxidantes neste paradigma de dano Ie- ve e portanto sao Citeis para tratar distiirbios da retina externa.
Monoamina oxidase (MAO) e uma proteina integral da membra- na mitocondrial externa e desempenha um papel principal na inativagao de aminas no sistema nervoso central (CNS) e sistema nervoso periferico (PNS). No CNS humano, a isoenxima MAO-A e responsavel pela desamina- gao de serotonina e noradrenalina, enquanto a isoenzima MAO-B e respon- savel pela desaminagao de dopamina. Depois do entusiasmo inicial’ ο uso de MAO-A e inibidores de MAO nao seletivos foi Iimitado pela ampla faixa de interagoes farmacosas induzidas por MAO e alimenticias induzidas por MAO que sao possiveis, particularmente com medicagoes simpatomimeticas ou alimentos contendo tiramina, resultando em reagoes hipertensas. Inibidores da isoenzima MAO-B demonstraram propriedades neuroprotetivas e de neu- rossalvamento em varios modelos, incluindo: modelo MPTP de macaco e camundongo, modelo de Iesao de cabega em camundongo; axotomia do nervo facial em ratos; e disfungao motora dopaminergica induzida por farma- co aguda em roedores. Inibidores de MAO-B de agao Ionga (desprenila, se- legilina) tambem foram associados com insonia, nausea, arritmias cardiacas benignas, vertigem e dor de cabega.
A invengao considera ο uso do inibidor de MAO da formula geral I ou qualquer derivado farmaceuticamente aceitavel, incluindo sais farmaceuti- camente aceitaveis, para tratar distiirbios da retina externa. A frase "farmaceu- ticamente aceitavel" significa que os compostos podem ser seguramente usa- dos para ο tratamento de doengas da retina externa. Como usado aqui, a retina externa inclui ο RPE1 fotorreceptores, celulas de Muller (a medida em que seus processos estendem na retina externa), e a camada plexiforme externa. Os compostos sao formulados para a Iiberagao ocular sistemica ou local.
Embora seja considerado que quaisquer inibidores de agao curta de MAO A/B e B serao Citeis nos metodos da presente invengao, inibidores de MAO preferidos sao inibidores de agao curta, potentes do receptor de MAO-B1 tais como aqueles compostos descritos especificamente aqui. Com- postos preferidos incluem 2-{[4-(3-cloro-benzil0xi)-benzil]-metilamino}-aceta-
mida, (S)-2-[4-(2-flLior-benzil0xi)-benzilamino]-propionamida, (S)-2-[4-(4-fluor- benzil0xi)-benzilamino]-propionamida, (S)-2-[4-(3-cloro-benzil0xi)-benzilamino]- propionamida, (R)-2-[4-(3-cloro-benzil0xi)-benzilamino]-3-hidr0xi-propionamida, (S)-2-(4-cicloexilmet0xi-benzilamino)-propionamida, (S)-2-[4-(3-fliior-benzil0xi)- benzilamino]-3-hidr0xi-propionamida, (S)-2-[4-(3-cloro-benzil0xi)-benzilamino]-3- hidroxi-propionamida, (S)-2-{[4-(3-Cloro-benzil0xi)-benzil]-metil-amino}-pr0prio- namida, (S)-2-[4-(3-flLior-benzil0xi)-benzilamino]-propionamida (safinamida), (S)-2-[4-(3-flLior-benzil0xi)-benzilamino]-propionamida (safinamida) ou qualquer derivado farmaceuticamente aceitavel ou analogo ou sal destes compostos. O composto mais preferido para ο uso nos metodos descritos aqui e safinami- da ou qualquer derivado farmaceuticamente aceitavel, analogo ou sal deste.
DistCirbios da retina externa abrangem condigoes degenerativas agudas e cronicas ambientalmente induzidas (trauma, isquemia, estresse fo- to-oxidativo) dos fotorreceptores e celulas RPE em individuos normais ou ge- neticamente predispostos. Tais disttirbios incluem, mas nao sao Iimitados a, degeneragao macular relacionada a idade (AMD); retinite pigmentosa (RP) e outras formas de doenga retinica heredodegenerativa; descolamento da reti- na; lagrimas; dobra macular; isquemia que afeta a retina externa; retinopatia diabetica; dano associado com terapia a laser (grade, focal e panretinica) in- cluindo terapia fotodinamica (PDT), terapia termica ou crioterapia; trauma; re- tinopatia iatrogenica cimrgica (deslocamento retinico, cirurgia subretinica ou vitrectomia) ou induzida por luz; e preservagao de transplantes de retina.
Os compostos desta invengao, que sao inibidores potentes e sele- tivos de MAO-B (IC50 na faixa submicromolar-nanomolar), in vitro e in vivo, no geral nao tem nenhum efeito relevante sobre MAO-A. Depois da administra- gao oral em camundongos, os compostos comportam-se como inibidores de MAO-B potentes, de agao curta com total recuperagao da atividade 8 a 16 horas depois da administragao de uma Cinica dose de substancia.
A atividade de inibigao de MAO de compostos Citeis para os me- todos da presente invengao pode ser determinada usando uma variedade de metodos conhecidos ao versado na tecnica. O Metodo 1 e Metodo 2, descri- tos abaixo sao exemplos de erisaios Citeis para determinar a atividade de
inibigao de MAO B. Método 1
Ensaio de atividades de enzima MAO-A e MAO-B in vitro
- Preparações de membrana (fração mitocondrial bruta)
Ratos Wistar machos (Harlan, Itália - 175 a 200 g) foram sacrifi- cados sob anestesia leve e os cérebros foram rapidamente removidos e ho- mogeneizados em 8 volumes de tampão de sacarose a 0,32 M gelado con- tendo EDTA a 0,1 M, pH 7,4. O homogenado bruto foi centrifugado a 2220 rpm durante 10 minutos a +4°C e o sobrenadante recuperado. O pélete foi homogeneizado e centrifugado novamente. Os dois sobrenadantes foram misturados e centrifugados a 9250 rpm durante 10 minutos. O pélete foi re- colocado em suspensão tampão fresco e centrifugado a 11250 rpm durante minutos a +4°C. O pélete resultante foi armazenado a -80°C.
- Ensaio de atividades de enzima in vitro
As atividades de enzima foram avaliadas com um ensaio radio- enzimático usando os substratos 14C-Serotonina (5-HT) e 14C-feniletilamina (PEA) para MAO-A e MAO-B, respectivamente.
O pélete mitocondrial (500 pg de proteína) foi recolocado em suspensão em tampão de fosfato a 0,1 M (pH 7,4). 500 μΙ da suspensão fo- ram adicionados a uma solução de 50 μΙ do composto de teste ou tampão, e incubada durante 30 min a 37°C (pré incubação) depois o substrato (50 μΙ) foi adicionado. A incubação foi realizada durante 30 minutos a 37°C (14C-5- HT, 0,5 μΜ) ou durante 10 minutos a 37°C (14C-PEA, 0,5 μΜ).
A reação foi parada adicionando-se 0,2 ml de HCI a 37% ou ácido perclórico. Depois da centrifugação, os metabólitos desaminados foram extra- idos com 3 ml de éter dietílico (5-HT) ou tolueno (PEA) e a fase orgânica ra- dioativa foi medida por espectrometria de cintilação líquida a 90% de eficiên- cia. A quantidade de metabólitos neutros e/ou ácidos formados como um re- sultado da atividade de MAO foi obtida medindo-se a radioatividade do eluato.
A atividade de MAO na amostra, correspondendo a uma porcen- tagem de radioatividade comparada com a atividade de controle na ausência do inibidor, foi expressada como nmoles de substrato transformado/mg de proteína/min. As curvas de inibição de fármaco foram obtidas de pelo menos oito pontos de concentração diferentes, cada um em duplicata (10~10 a 1CT5 M). Os valores de IC5o (a concentração de fármaco que inibe 50% da ativi- dade da enzima) foram calculados com intervalos de confiança determina- dos usando análise de regressão não linear (programa de computador auxi- liado por melhor ajuste).
O procedimento descrito no Método 1 foi usado para gerar os dados mostrados na Tabela 1. Método 2 Inibição de MAO-B ex vivo
Compostos de teste foram administrados oralmente a camun- dongos C57BL machos (Harlan, Itália, 25 a 27 g) na dose única de 20 mg/Kg. Em vários intervalos de tempo (1, 2, 4, 8 e 24 h), os animais foram sacrificados, os cérebros removidos, córtex dissecados e armazenados a -80°C. Homogenados brutos (0,5%) foram preparados em tampão de fosfato a 0,1 M (pH 7,4) e foram recentemente usados. A atividade de MAO-A e MAO-B foram avaliadas como descrito acima. Tabela 1.
Inibição de MAO-A e MAO-B in vitro de alguns compostos da invenção em mitocôndrias do cérebro de rato
COMPOSTO MAOA MAO B IC50, μΜ 2-{[4-(3-Cloro-benzilóxi)-benzil]-metil-amino}-acetamida 50 0,04 (S)-2-[4-(2-flúor-benzilóxi)-benzilamino]-propionamida 228 0,18 (S)-2-[4-(4-flúor-benzilóxi)-benzilamino]-propionamida 93 0,06 (S)-2-[4-(3-cloro-benzilóxi)-benzilamino]-propionamida 114 0,03 (R)-2-[4-(3-cloro-benzilóxi)-benzilamino]-3-hidróxi-propionamida >100 0,11 (S)-2-(4-cicloexilmetóxi-benzilamino)-propionamida 301 0,03 (S)-2-[4-(3-flúor-benzilóxi)-benzilamino]-3-hidróxi-propionamida 100 0,14 (S)-2-[4-(3-cloro-benzilóxi)-benzilamino]-3-hidróxi-propionamida 84 0,04 (S)-2-{[4-(3-cloro-benzilóxi)-benzil]-metil-amino}-propionamida 82 0,06 (S)-2-[4-(3-flúor-benzilóxi)-benzilamino]-propionamida (safinamida) 584 0,09 MÉTODO 3
Atividade neuroprotetiva de inibidores de MAO no modelo de retinopatia in- duzida foto-oxid ativo em rato
A retinopatia fótica resulta de excitação excessiva do RPE e neuroretina por absorção de radiação ultravioleta visível ou próxima. A seve- ridade da lesão é dependente do comprimento de onda, radiação, duração da exposição, espécie, pigmentação ocular, e idade. O dano pode resultar de peroxidação de membranas celulares, inativação de enzimas mitocondri- ais tais como citocromo oxidase, e/ou cálcio intracelular aumentado. Dano celular que resulta de estresse foto-oxid ativo leva à morte celular por apop- tose (Shahinfar, et al., 1991, Current Eye Research, Vol. 10:47-59; Abler, et al., 1994, Investigative Ophthalmology & Visual Science, Vol. 35(Suppl):1517). Apoptose induzida por estresse oxidativo foi implicada co- mo uma causa de muitas patologias oculares, incluindo, retinopatia iatrogê- nica, degeneração macular, RP e outras formas de doença heredodegenera- tiva, retinopatia isquêmica, lágrimas retínicas, descolamento da retina, glau- coma e neovascularização retínica (Chang, et al., 1995, Archives of Ophthalmology, Vol. 113:880-886; Portera-Cailliau, et al., 1994, Proceedings of National Academy of Science (U.S.A.), Vol. 91:974-978; Buchi, E. R., 1992, Experimental Eye Research, Vol. 55:605-613; Quigley, et al., 1995, In- vestigative Ophthalmology & Visual Science, Vol. 36:774-786). Dano retínico induzido fótico foi observado em camundongos (Zigman, et al., 1975, Investi- gative Ophthalmology & Visual Science, Vol. 14:710-713), ratos (Noell, et al., 1966, Investigative Ophthalmology and Visual Science, Vol. 5:450-473; Kuwa- bara, et al., 1968, Archives of Ophthalmology, Vol. 79:69-78; LaVaiI, M. M., 1976, Investigative Ophthalmology & Visual Science, Vol. 15:64-70), coelho (Lawwill, T., 1973, Investigative Ophthalmology & Visual Science, Vol. 12:45- 51), e esquilo (Collier, etal., 1989; Em LaVaiI etal., Inherited and Environmen- tally Induced Retinal Degenerations. Alan R. Liss, Inc., Nova Iorque; Collier, et al., 1989, Investigative Ophthalmology & Visual Science, Vol. 30:631-637), primatas não humanos (Tso, M. O. M., 1973, Investigative Ophthalmology & Visual Science, Vol. 12:17-34; Ham, et al., 1980, Vision Research, Vol. 20:1105-1111; Sperling, et al., 1980, Vision Research, Vol. 20:1117-1125; Sykes, et al., 1981, Irivestigative Ophthalmology & Visual Science, Vol. 20:425-434; Lawwill, T., 1982, Transactions of the American Ophthalmology Society, Vol. 80:517-577), e ser humano (Marshall, et al., 1975, British Jour- nal of Ophthalmology, Vol. 59:610-630; Green, et al., 1991, American Journal of Ophthalmology, Vol. 112:520-27). No ser humano, a exposição crônica à radiação ambiental também foi implicada como um fator de risco para ARMD (Young, R. W., 1988, Survey of Ophthalmology, Vol. 32:252-269; Taylor, et al., 1992, Archives of Ophthalmology, Vol. 110:99-104; Cruickshank, et al., 1993, Archives of Ophthalmology, Vol. 111:514-518)
Prevenção de lesão foto-oxidativa com safinamida: a eficácia de safinamida, um inibidor de MAO-B de ação curta, para proteger células retí- nicas contra a indução de lesões fotoquímicas por exposição à luz azul foi avaliada medindo-se mudanças induzidas por luz em funcionamento da reti- na (eletrorretinograma (ERG)) e avaliando-se mudanças na morfologia da retina. A proteção dependente de dose significante da função da retina foi medida em ratos expostos à luz depois de um período de recuperação de 5 dias em ratos dosados com safinamida (5 a 60 mg/kg). ERGs não foram sig- nificativamente diferentes do normal depois de um período de recuperação de 1 mês em ratos dosados com safinamida (15 a 60 mg/kg).
Pacientes. Ratos Sprague Dawley machos foram aleatoriamente designados a grupos experimentais de fármaco ou veículo. Os ratos que re- cebem veículo (N = 15) ou tratamento com fármaco (safinamida: 5 mg/kg, N = 10; 15 mg/kg, N = 10; 30 mg/kg, N = 10; e 60 mg/kg, N = 9) foram pré- dosados (IP) a 48, 24 e 0 horas antes de uma exposição à luz de 6 horas (luz azul espectralmente filtrada (~ 220 fc)) e 24 e 48 horas depois da expo- sição à luz. Ratos de controle foram alojados em suas gaiolas sob exposição à luz cíclica normal. Os ratos de controle não foram dosados com veículo ou fármaco.
Avaliação da função da retina. O ERG é uma medição clínica
não invasiva da resposta elétrica do olho a um sinal de luz. A onda a e onda b são dois componentes do ERG que são diagnósticos da função da retina. A onda a reflete a função da retina externa e é gerada por interações entre o fotorreceptor e RPE enquanto a onda b reflete a função da retina interna, particularmente células "on-bipolares". Embora a retina interna não seja sig- nificativamente danificada por esta exposição à luz, a onda b é deprimida devido à carência de entrada de fotorreceptor. Mudanças na amplitude ou latência da onda a são diagnósticos da patologia da retina externa. O ERG foi registrado depois de um período de recuperação de cinco dias a partir de ratos anestesiados adaptados à escuridão (cetamina-HCI, 75 mg/Kg; xilazi- na, 6 mg/Kg). A resposta elétrica do olho a um sinal de luz foi evocada visua- lizando-se um campo total. ERGs para uma série de sinais luminosos au- mentando em intensidade foram digitalizados para analisar as características temporais da forma de onda e relação entre intensidade de voltagem-log de resposta.
Avaliação microscópica óptica de Lesões da retina. Tecidos ocu- lares foram fixados em uma mistura de paraformaldeído e glutaraldeído, de- sidratados em uma série de etanol ascendente, embebidos em resina plásti- ca JB-4, e seções espessas de 1 a 1,5 mícron foram analisadas usando um sistema de análise de imagem computadorizada quantitativo ligado ao mi- croscópio. A espessura do epitélio pigmentado retínico (RPE), camada nu- clear externa (ONL) e camada nuclear interna (INL) assim como o compri- mento dos segmentos internos (IS), onde as mitocôndrias estão localizadas, e segmentos externos (OS), que contêm o fotopigmento sensível à luz, fo- ram medidos para avaliar a proteção da retina externa. Como a INL não é significativamente afetada por exposição à luz, esta camada serviu como uma medição de controle adicional.
Resultados. Exposição à luz azul para ratos dosados com veícu- lo resultou em uma redução significante na função da retina (ANOVA, ρ < 0,001), como medido pelo ERG, quando medida 5 dias depois da exposição à luz (figura 1A). Depois da exposição à luz azul, amplitudes máximas de resposta á onda a foram reduzidas em 69% e amplitudes máximas de res- posta à onda b foram reduzidas em 71% a partir de ratos dosados com veí- culo. A dosagem com safinamida resultou em proteção dependente de dose da função da retina (figura 1A). Em todas as doses avaliadas (5 a 60 mg/kg), a proteção de ERG significante foi medida comparado aos ratos dosados com veículo. Respostas de onda a de ERG máximo a partir de ratos dosa- dos com safinamida (5 mg/kg) foram 52% de normal e respostas registradas a partir de ratos dosados com 15 ou 30 mg/kg foram maiores do que 70% do normal. Respostas da retina de ratos dosados com safinamida (60 mg/kg) não foram significativamente diminuídas comparadas aos ratos de controle que foram mantidos sob luz normal, pouco clara, visível, cíclica.
A figura 1A mostra amplitudes de resposta de ERG medidas 5 dias depois de uma exposição à luz azul de 6 horas. A dosagem com safi- namida (5 a 60 mg/kg) forneceu proteção significante da função da retina.
Depois de um período de recuperação de 3 semanas adicionais, a avaliação da resposta retínica induzida por sinal (figura 1B) não demons- trou nenhuma recuperação significante de respostas de ERG a partir de ra- tos dosados com veículo. A avaliação da resposta de ERG em ratos dosa- dos com safinamida (15 a 60 mg/kg) demonstrou função de onda a e b de ERG normal. A avaliação microscópica óptica de retinas a partir de ratos dosados com veículo demonstrou espessamento significante (ANOVA, ρ < 0,001) do RPE assim como perda de células fotorreceptoras e encurtamento de seu comprimento de segmento interno + externo (figura 2). A redução dependente de dose em lesões da retina foram medidas em ratos dosados com safinamida. Retinas obtidas de ratos dosados com safinamida (15 e 60 mg/kg) demonstraram um RPE mais espesso comparado aos ratos dosados com veículo. A ONL foi significativamente mais espessa em ratos dosados com safinamida (15 e 60 mg/kg) e o comprimento do segmento do fotorre- ceptor foi significativamente mais longo (60 mg/kg) comparado aos ratos do- sados com veículo e não significativamente diferente de controles normais. Retinas de ratos dosados com safinamida (60 mg/kg) foram destituídas de quaisquer lesões retínicas significantes. No geral, para doenças degenerativas, os compostos desta in-
venção são administrados oralmente com dosagem diária destes compostos variando entre cerca de 0,001 e cerca de 500 miligramas. A dose diária total preferida varia entre cerca de 1 e cerca de 100 miligramas. A administração não-oral, tal como, intravítrea, tópica ocular, emplastro transdérmico, sub- dérmica, parenteral, intraocular, subconjuntival, ou retrobulbar ou injeção subtenoniana, transesclerótica (incluindo iontoforese), liberação justaescleró- tica posterior, ou polímeros biodegradáveis de liberação lenta ou Iipossomos podem requerer um ajuste da dose diária total necessária para fornecer uma quantidade terapeuticamente eficaz do composto. Os Compostos também podem ser liberados em soluções de irrigação ocular. Concentrações deve- riam variar de cerca de 0,001 μΜ a cerca de 100 μΜ, preferivelmente cerca de 0,01 μΜ a cerca de 5 μΜ.
Os compostos podem ser incorporados em vários tipos de for- mulações oftálmicas para liberação ao olho (por exemplo, tópica, intracâme- ra, justaescleroticamente, ou por intermédio de um implante). Eles podem ser combinados com conservantes oftalmologicamente aceitáveis, tensoati- vos, realçadores de viscosidade, agentes de gelação, realçadores de pene- tração, tampões, cloreto de sódio, e água para formar suspensões ou solu- ções oftálmicas aquosas, estéreis ou géis pré-formados ou géis formados in situ. Formulações de solução oftálmica podem ser preparadas dissolvendo- se o composto em um tampão aquoso isotônico fisiologicamente aceitável. Além disso, a solução oftálmica pode incluir um tensoativo oftalmologica- mente aceitável para auxiliar na dissolução do composto. As soluções oftál- micas podem conter um realçador de viscosidade, tal como, hidroximetilcelu- lose, hidroxietilcelulose, hidroxipropilmetilcelulose, metilcelulose, polivinil- pirrolidona, ou similares, para melhorar a retenção da formulação no saco conjuntival. De modo a preparar formulações de unguento oftálmicas esté- reis, o ingrediente ativo é combinado com um conservante em um veículo apropriado, tal como, óleo mineral, Ianolina líquida, ou petrolato branco. Formulações em gel oftálmicas estéreis podem ser preparadas colocando-se em suspensão o ingrediente ativo em uma base hidrofílica preparada da combinação de, por exemplo, carbopol-940, ou similares, de acordo com as formulações publicadas para preparações oftálmicas análogas; conservantes e agentes de tonicidade podem ser incorporados. Se dosados topicamente, os compostos são preferivelmente formulados como suspensões ou soluções oftálmicas tópicas, com um pH de cerca de 4 a 8. Os compostos normalmente estarão contidos nestas formu- lações em uma quantidade de 0,001% a 5% em peso, mas preferivelmente em uma quantidade de 0,01% a 2% em peso. Assim, para a apresentação tópica, 1 a 2 gotas destas formulações seriam liberadas à superfície do olho de 1 a 4 vezes por dia de acordo com a discrição de um versado na técnica.
Os exemplos seguintes são incluídos para demonstrar as formas de concretização preferidas da invenção. Deve ser avaliado por aqueles de habilidade na técnica que as técnicas descritas nos exemplos que seguem representam técnicas descobertas pelo inventor para funcionar bem na prá- tica da invenção, e assim podem ser consideradas constituir modos preferi- dos para sua prática. Entretanto, aqueles de habilidade na técnica, à luz da presente descrição, devem avaliar que muitas mudanças podem ser feitas nas formas de concretização específicas que são descritas e ainda obtêm um resultado similar sem divergir do espírito e escopo da invenção.
As formulações oftálmicas tópicas seguintes são úteis de acordo com a presente invenção administradas de 1 a 4 vezes por dia de acordo com a discrição de um versado na técnica.
Exemplo 1
Ingredientes Quantidade (% em peso) safinamida 0,01 a 2% Hidroxipropil metilcelulose 0,5% Fosfato de sódio dibásico (anidro) 0,2% Cloreto de sódio 0,5% EDTA dissódico (Edetato dissódico) 0,01% Polissorbato 80 0,05% Cloreto de benzalcônio 0,01% Hidróxido de sódio/Ácido clorídrico Para ajustar o pH para 7,3 a 7,4 Água purificada q.s. a 100% EXEMPLO 2 Ingredientes Quantidade (% em peso) safinamida 0,01 a 2% Metil celulose 4,0% Fosfato de sódio dibásico (anidro) 0,2% Cloreto de sódio 0,5% EDTA dissódico (Edetato dissódico) 0,01% Polissorbato 80 0,05% Cloreto de benzalcônio 0,01% Hidróxido de sódio/Ácido clorídrico Para ajustar o pH para 7,3 a 7,4 Água purificada q.s. a 100% EXEMPLO 3 Ingredientes Quantidade (% em peso) Composto 0,01 a 2% Goma guar 0,4 a 6,0% Fosfato de sódio dibásico (anidro) 0,2% Cloreto de sódio 0,5% EDTA dissódico (Edetato dissódico) 0,01% Polissorbato 80 0,05% Cloreto de benzalcônio 0,01% Hidróxido de sódio/Ácido clorídrico Para ajustar o pH para 7,3 a 7,4 Água purificada q.s. a 100%
EXEMPLO 4
Ingredientes Quantidade (% em peso) Composto 0,01 a 2% Petrolato branco e óleo mineral e Ianolina Consistência do unguento Fosfato de sódio dibásico (anidro) 0,2% Cloreto de sódio 0,5% EDTA dissódico (Edetato dissódico) 0,01% Polissorbato 80 0,05% Cloreto de benzalcônio 0,01% Hidróxido de sódio/Ácido clorídrico Para ajustar o pH para 7,3 a 7,4 EXEMPLO 5
mM de Solução IV em % em p/v safinamida 0,384% (cerca de 4%) Ácido L-Tartárico 2,31% Hidróxido de sódio pH 3,8 Ácido clorídrico pH 3,8 Água purificada q.s. 100%
EXEMPLO 6
Cápsulas de 5 mg Ingrediente mg/cápsula (Peso Total, 22a mg) safinamida 5 Lactose, anidra 55,7 Amido, Carbóxi-metil sódico 8 Celulose, microcristalina 30 Dióxido de silício coloidal ,5 Magnésio Sterage ,8
Todas as composições e/ou métodos descritos e reivindicados aqui
podem ser feitos e executados sem experimentação indevida à luz da presente descrição. Embora as composições e métodos desta invenção fossem descri- tos em termos das formas de concretização preferidas, estará evidente àqueles versados na técnica que variações podem ser aplicadas às composições e/ou métodos e nas etapas ou na seqüência das etapas do método descrito aqui sem divergir do conceito, espírito e escopo da invenção. Mais especificamente, estará evidente que certos agentes que são tanto química quanto estrutural- mente relacionados podem ser substituídos no lugar dos agentes descritos aqui para obter resultados similares. Todas as tais substituições e modificações evi- dentes àqueles versados na técnica são julgadas estarem dentro do espírito, escopo e conceito da invenção como definido pelas reivindicações anexas. As referências citadas aqui, à medida em que elas fornecem
procedimento exemplar ou outros detalhes adicionais àqueles apresentados aqui, são especificamente incorporadas aqui por referência.

Claims (19)

1. Método para tratar distúrbios da retina externa que compreen- de administrar uma composição compreendendo uma quantidade terapeuti- camente eficaz de um inibidor de monoamina oxidase, em que o dito inibidor de monoamina oxidase é um composto da fórmula I ou um derivado farma- ceuticamente aceitável ou análogo do mesmo <formula>formula see original document page 21</formula> em que: R1 é cicloalquila C5-C7; fenila (não-substituído) ou fenila indepen- dentemente substituído com um ou mais halógenos ou CF3 R2 é H1 alquila C1-C3 R3 é H, alquila C1-C3 (não-substituído) ou alquila C1-C3 substituído com OR6 R4, R5 são, independentemente H, alquila C1-C3 R6 é H, alquila C1-C2.
2. Método de acordo com a reivindicação 1, em que: R1 é cicloalquila C5-C7; fenila (não-substituído) ou fenila indepen- dentemente substituído com um ou dois F1 Cl ou CF3 R2 é H, alquila C1-C2 R3 é H, alquila C1-C2 (não-substituído) ou alquila C1-C2 substituído com OR6 R41 R5 são independentemente H, alquila C1-C2 R6 é H, alquila C1-C2.
3. Método de acordo com a reivindicação 1, em que: R1 é fenila (não-substituído) ou fenila independentemente substituí- do com um ou dois F, Cl R2 é H, CH3 R3 é H1 alquila C1-C2 (não-substituído) ou alquila C1-C2 substituído com OR6 R41 R5 são independentemente H, CH3 R6 é H1 CH3.
4. Método de acordo com a reivindicação 3, em que: R1 é 3-Fluorofenila R2 é H R3 é CH3 R4, R5 são H.
5. Método de acordo com a reivindicação 4, em que o composto é safinamida.
6. Método de acordo com a reivindicação 1, em que o distúrbio é selecionado do grupo consistindo em: AMD; RP e outras formas de doença retínica heredodegenerativa; descolamento da retina e lágrimas; dobra ma- cular; isquemia que afeta a retina externa; retinopatia diabética; dano asso- ciado com terapia a laser (grade, focai, e panretínica) incluindo terapia foto- dinâmica (PDT); trauma; retinopatia cirúrgica (deslocamento retínico, cirurgia subretínica, ou vitrectomia) ou induzida por luz iatrogênica; e preservação de transplantes de retina.
7. Método de acordo com a reivindicação 6, em que o distúrbio é selecionado do grupo consistindo em AMD, RP, e retinopatia diabética.
8. Método de acordo com a reivindicação 7, em que o distúrbio é AMD.
9. Método de acordo com a reivindicação 1, em que a quantida- de de inibidor de monoamina oxidase na composição é de cerca de 0,01 a cerca de 2%.
10. Método de acordo com a reivindicação 1, em que a adminis- tração é por intermédio de um método selecionado do grupo consistindo em administração ocular tópica, injeção intravítrea, administração oral, adminis- tração retrobulbar, administração subconjuntival, administração subtenonia- na, administração transdérmica, administração intravenosa, administração intraperitoneal, administração subcutânea, administração por intermédio de polímeros biodegradáveis de liberação lenta, lipossomos, e por intermédio de minibombas.
11. Método de acordo com a reivindicação 10, em que a admi- nistração é por intermédio de liberação local.
12. Método de tratar ou prevenir degeneração da retina, o dito método compreendendo administrar a um paciente uma composição que compreende uma quantidade terapeuticamente eficaz de um inibidor de mo- noamina oxidase, em que o dito inibidor de monoamina oxidase é um com- posto da fórmula 1, ou um derivado farmaceuticamente aceitável ou análogo do mesmo <formula>formula see original document page 23</formula> em que: R1 é cicloalquila C5-C7; fenila (não-substituído) ou fenila indepen- dentemente substituído com um ou mais halógenos ou CF3 R2 é H, alquila C1-C3 R3 é H, alquila C1-C3 (não-substituído) ou alquila C1-C3 substituído com OR6 R41 R5 são, independentemente H, alquila C1-C3 R6 é H, alquila C1-C2.
13. Método de acordo com a reivindicação 12, em que o inibidor de monoamina oxidase é safinamida.
14. Método de acordo com a reivindicação 12, em que o distúr- bio é selecionado do grupo consistindo em: AMD; RP e outras formas de doença retínica heredodegenerativa; descolamento da retina e lágrimas; do- bra macular; isquemia que afeta a retina externa; retinopatia diabética; dano associado com terapia a laser (grade, focai, e panretínica) incluindo terapia fotodinâmica (PDT); trauma; retinopatia iatrogênica cirúrgica (deslocamento retínico, cirurgia subretínica, ou vitrectomia) ou induzida por luz; e preserva- ção de transplantes de retina.
15. Método de acordo com a reivindicação 14, em que o distúr- bio é selecionado do grupo consistindo em AMD, RP, e retinopatia diabética.
16. Método de acordo com a reivindicação 15, em que o distúr- bio é AMD.
17. Método de acordo com a reivindicação 12, em que a quanti- dade de inibidor de monoamina oxidase na composição é de cerca de 0,01% a cerca de 2%.
18. Método de acordo com a reivindicação 12, em que a admi- nistração é por intermédio de um método selecionado do grupo consistindo em administração ocular tópica, injeção intravítrea, administração oral, ad- ministração retrobulbar, administração subconjuntival, administração subte- noniana, administração transdérmica, administração intravenosa, adminis- tração intraperitoneal, administração subcutânea, administração por inter- médio de polímeros biodegradáveis de liberação lenta, lipossomos, e por intermédio de minibombas.
19. Método de acordo com a reivindicação 18, em que a admi- nistração é por intermédio de liberação local.
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