BR202019020665U2 - Perfis de união estrutural para mobiliário - Google Patents

Abstract

perfis de união estrutural para mobiliário. trata-se de um conjunto de perfis de união estrutural para utilizar na fase de construção/montagem de mobiliário. todos os ditos perfis apresentam uma configuração aproximada em u na zona central, linhas retas e orientação perpendicular entre os seus componentes, e um serrilhado nas zonas interiores. quer o perfil estrutural do lado direito (3), quer o perfil estrutural do lado esquerdo (4) apresentam uma configuração em u na parte central, sendo que de um dos lados partem duas abas paralelas, que com aquela formam uma configuração em c, para a área exterior. quer o perfil estrutural central simples (1), quer o perfil estrutural central duplo (2) possuem uma configuração em u na zona central, sendo que desta partem, em simetria, para lados opostos e para a área exterior, duas abas paralelas, que com aquela formam uma configuração em c. todos os perfis são dotados de serrilhado nas áreas interiores. acoplados os módulos do móvel (5) na fase de montagem, os perfis de união proporcionam uma fixação mais robusta e duradoura, substituindo, com vantagem, os procedimentos atuais de colagem e pregagem na indústria de mobiliário.

Description

PERFIS DE UNIÃO ESTRUTURAL PARA MOBILIÁRIO DOMÍNIO TÉCNICO

[001] Trata‐se de um conjunto de perfis de união estrutural para utilizar na fase de construção/montagem de mobiliário.

[002] O invento surgiu da necessidade e agilizar o processo de montagem de móveis modulares. Mas depressa revelaram‐se mais valias, além da rapidez de montagem.

[003] Na indústria de mobiliário é utilizada cola para fazer a união ilhargas/tampos, ilhargas/plataformas e, de um modo geral, para efetuar a junção entre placas de madeira maciça ou de contraplacado.

[004] De fato, de um modo geral, a junção das várias peças que constituem um móvel na fase de construção/montagem, implica esquadrias sucessivas de 90 graus. Isso acontece na construção de uma simples gaveta, numa prateleira ou num móvel que implique juntar e fixar uma ilharga a um tampo, uma ilharga a uma plataforma ou colocar simples placas de reforço estrutural ao longo das unidades de mobiliário.

[005] Uma das dificuldades – dir‐se‐ia limitação – dos procedimentos atuais é o fato de se recorrer à cola para efetuar as respetivas junções: a ilharga, ou outro componente, é colocada em ângulo adequado – normalmente, em 90 graus ‐ com o componente adjacente e as zonas de contato são barradas com cola. Mantendo‐se a pressão durante um determinado período – nomeadamente, aplicando um grampo de pressão sobre as peças – a cola seca e atinge‐se um estado de colagem, firmeza e estanqueidade significativo.

[006] O problema surge – quando não, na própria montagem da peça de mobiliário pelo cliente final – quando se pretende efetuar uma desmontagem seguida de uma remontagem. Pensemos, essencialmente, quando é necessário efetuar uma mudança de instalações.

[007] Já todos nós nos deparamos com um problema recorrente: sempre que efetuamos mudanças, a colagem inicial do mobiliário fica comprometida, e a remontagem indicia fragilidades decorrentes da limitada firmeza dos componentes: parece que o mobiliário foi fabricado para se montar uma única vez.

[008] De fato, unidas unicamente em resultado de colagem (mesmo que reforçada com pregos) e aplicação de pressão sobre os componentes nas suas uniões (nos seus extremos – cantos ‐ mais comummente) as situações posteriores de remontagem/recolagem não voltam a atingir o mesmo nível de robustez e garantia de perenidade.

[009] O problema atinge maior dimensão na nova corrente de mobiliário modular que, comercializado às peças, incumbe o cliente da respetiva montagem. Efetuada, a montagem não mostra índices de robustez adequada. E, sobretudo, afiança que uma segunda montagem resulta em absoluta falta de estabilidade e rigidez da peça de mobiliário.

[010] O invento revela mais‐valias substanciais, essencialmente em dois domínios relevantes: a rapidez de montagem e a intensidade e durabilidade da união. De fato, no processo de fabrico/montagem, basta que as áreas próximas das extremidades das peças/módulos a unir sejam dotadas de um pequeno desbaste na superfície, com uma profundidade indicativa inferior a um milímetro, para acomodar os perfis objeto do invento.

ESTADO DA TÉCNICA

[011] Atualmente, a indústria de mobiliário recorre, para unir e fixar os diversos componentes de uma peça de mobiliário – ilhargas, tampos, subtampos, painéis interiores, costas, plataformas, e outros, – essencialmente, à cola. Tratando‐se de componentes que se unem, na generalidade das vezes, através de um ângulo de 90 graus, a cola adequada e o recurso a um grampo de aperto temporário, traduzem em soluções que garantem alguma estabilidade ao móvel, no seu todo.

[012] O recurso a agrafos e a pequenos pregos são soluções igualmente utilizadas, em complemento da cola.

[013] Através destas soluções, os vários componentes ficam fixados, asseguram alguma rigidez estrutural e garantem que os nossos móveis se mantenham na sua posição e forma durante largos períodos de tempo. Até pretendermos desmontá‐los e remontá‐los. Aí surgem os problemas: a cola inicial é retirada, aos eventuais pregos ou grampos arrancados e jamais o móvel retorna à sua original rigidez estrutural.

[014] No estado atual da técnica no fabrico de mobiliário, não existe nenhuma solução que, como os perfis de união estrutural objeto do presente invento, garantam tão elevada união hermética, rígida e permanente entre dois componentes de uma estrutura.

[015] Contrariamente às soluções já utilizadas, o invento proporciona uma união permanente, rígida e robusta entre dois componentes de uma peça de mobiliário com uma orientação de 90 graus entre eles: qualquer ilharga fica rígida e tendencialmente de forma permanentemente unida a um tampo, plataforma ou costas de uma móvel; qualquer módulo interior se acopla a uma ilharga, plataforma, tampo ou costas de forma muito mais rígida, firme e duradoura.

[016] Diferentemente de todas as outras soluções – cola, pregos ou grampos – os perfis objeto do invento são construídos e possuem uma configuração não só, adequados a manterem a união e esquadria entre componentes. São concebidos para não saírem do seu lugar e assegurarem um alinhamento e união tendencialmente permanentes.

[017] De outra perspectiva, o invento não encontra rival no domínio da rapidez de montagem: já não se torna necessário aplicar cola, pressionar, deixar secar e, do mesmo modo, deixa de ser necessário pregar ou aplicar grampos em complemento da colagem.

DESCRIÇÃO DAS FIGURAS

[018] A Figura 1 representa um perfil estrutural central simples (1), em corte e em perspectiva, sendo visível o serrilhado (1‐a) em todas as superfícies interiores;

[019] A Figura 2 representa um perfil estrutural central duplo (2), em corte e em perspectiva, sendo visível o serrilhado (2‐a) em todas as superfícies interiores;

[020] A Figura 3 representa um perfil estrutural direito (3), em corte e em perspectiva, sendo visível o serrilhado (3‐a) em todas as superfícies interiores;

[021] A Figura 4 representa um perfil estrutural esquerdo (4), em corte e em perspectiva, sendo visível o serrilhado (4‐a) em todas as superfícies interiores;

[022] A Figura 5 representa, em corte, o processo de montagem dos perfis de união estrutural nos respetivos módulos do móvel (5), identificando‐se o perfil estrutural central simples (1), o perfil estrutural direito (3) e o perfil estrutural esquerdo;

[023] A Figura 6 representa, em corte, o processo de montagem dos perfis de união estrutural nos respetivos módulos do móvel (5), identificando‐se o perfil estrutural central simples (1), o perfil estrutural direito (3) e o perfil estrutural esquerdo (4);

[024] A Figura 7 representa, em perspectiva, o processo de montagem dos perfis de união estrutural nos respetivos módulos do móvel (5), identificando‐se o perfil estrutural central simples (1), o perfil estrutural direito (3) e o perfil estrutural esquerdo (4);

[025] A Figura 8 representa, em perspectiva, o processo de montagem dos perfis de união estrutural nos respetivos módulos do móvel (5), identificando‐se o perfil estrutural central duplo (2), o perfil estrutural direito (3) e o perfil estrutural esquerdo (4);

[026] A Figura 9 mostra, em perspectiva, o conjunto de perfis objeto do invento: o perfil estrutural central simples (1), o perfil estrutural central duplo (2), o perfil estrutural direito (3) e o perfil estrutural esquerdo (4);

[027] A Figura 10 representa uma possibilidade de aplicação dos perfis estruturais objeto do invento, evidenciando‐se o perfil estrutural central duplo (2), o perfil estrutural direito (3) o perfil estrutural esquerdo (4) e os módulos do móvel (5).

DESCRIÇÃO DO MELHOR MODO DE REALIZAÇÃO DO INVENTO

[028] Tendo em atenção à configuração típica das peças de mobiliário – designadamente armários, roupeiros, estantes, cômodas e estruturas afins – que são construídas e montadas numa disposição perpendicular dos seus elementos constitutivos (ilhargas, plataformas, tampos, divisórias e outros elementos), com um correspondente ângulo de 90 graus, o invento contempla um conjunto de perfis de configuração aproximada, mas destinados a cada uma das junções, quer nos extremos/cantos, quer nas zonas intermédias, de divisão ou de reforço.

[029] Assim, o invento contempla perfis estruturais de fixação diferindo entre si em apenas questões de pormenor, que têm que ver com a posição em que são colocados, só fazendo sentido uma utilização conjunta e complementar. Em função do lado (direito ou esquerdo) dos módulos do móvel (5), ou da colocação central em função de junta ou reforço, assim se colocam os perfis laterais e os perfis centrais.

[030] Assim, o invento disponibiliza um conjunto de perfis estruturais genericamente representados na Fig. 9 e individualmente representados nas Fig. 1 a 4).

[031] Todos os ditos perfis apresentam uma configuração aproximada em “U” na zona central, linhas retas e orientação perpendicular entre os seus componentes e um serrilhado nas zonas interiores.

[032] Quer o perfil estrutural direito (3), quer o perfil estrutural esquerdo (4) apresentam uma configuração em “U” na parte central, sendo que de um dos lados partem duas abas paralelas, que com aquela formam uma configuração em “C”, para a área exterior (designadamente, Fig. 3, Fig. 4 e Fig. 9).

[033] Quer o perfil estrutural central simples (1), quer o perfil estrutural central duplo (2) possuem uma configuração em “U” na zona central, sendo que desta partem, em simetria, para lados opostos e para a área exterior, duas abas paralelas, que com aquela formam uma configuração em “C” (designadamente, Fig. 1, Fig. 2 e Fig. 9).

[034] Toda a estrutura dos ditos perfis é constituída por componentes em orientação perpendicular, necessária à esquadria dos componentes da maior parte dos móveis comummente utilizados.

[035] O perfil estrutural central duplo (2) apresenta uma área central entre ilhargas que possui, indicativamente, o dobro da largura da mesma área do perfil estrutural simples (1).

[036] A diferença da dita área central nos dois ditos perfis serve o móbil de alojar uma ou duas peças (tábuas de madeira ou equivalente) perpendicularmente, nas zonas centrais interiores dos móveis ou na junção de dois móveis modulares (designadamente, Fig. 5 a Fig. 8).

[037] Os ditos perfis estruturais, além da sua particular forma/função geral, possuem uma caraterística que os torna particularmente eficazes: são dotados de serrilhado (1‐ a, 2‐a, 3‐a e 4‐a) em quase todas as faces interiores, ou seja, naquelas superfícies que entrarão em contacto com os módulos do móvel (5), agarrando‐os e prendendo‐os nas suas posições.

[038] Com efeito, o serrilhado (1‐a, 2‐a, 3‐a e 4‐a) dos perfis está orientado para o seu interior, o que torna particularmente difícil que os módulos do móvel (5) que constituem as peças de mobiliário se soltem depois de montados.

[039] No processo normal de montagem dos perfis estruturais de fixação, eles são colocados nos topos/junções entre dois módulos em posição perpendicular (Fig. 5, Fig. 7 e Fig. 8).

[040] No melhor modo de aplicação do invento, na fase de montagem, depois de efetuadas incisões e desbaste superficial nos topos dos módulos dos móveis (5), é aplicada cola nas zonas de junção e, seguidamente, são aí colocados os perfis estruturais de fixação. Tais incisões e desbaste terão, indicativamente, profundidade inferior a um milímetro (que corresponde à espessura máxima indicativa dos perfis em toda a sua superfície).

[041] Em função de se tratar de topos ou de juntas intermédias dos módulos dos móveis, assim se vai utilizando perfis laterais (Fig.3 e Fig. 4) ou centrais (Fig. 1 e Fig.2).

[042] Em resultado da configuração dos perfis – prontos a serem encaixados hermeticamente nas suas posições – e sendo de serrilhado (1‐a, 2‐a, 3‐a e 4‐a) orientado para o interior, promovem o aperto e fixação entre os ditos módulos do móvel (5), garantindo uma união hermética e duradoura.

[043] No melhor modo de realização do invento, os perfis estruturais de fixação para mobiliário são indicativamente construídos em polímero duro. Podem sê‐lo, também, em metal.

Claims (5)

1. “PERFIS DE UNIÃO ESTRUTURAL PARA MOBILIÁRIO”, caraterizado por:

   • ‐ quer o perfil estrutural central simples (1), quer o perfil estrutural central duplo (2) possuírem uma configuração em “U” na zona central, sendo que desta partem, em simetria, para lados opostos e para a respetiva área exterior, duas abas paralelas, que com aquela formam uma configuração em “C”; e
   • ‐ quer o perfil estrutural direito (3), quer o perfil estrutural esquerdo (4) possuírem uma configuração em “U” na parte central, sendo que de um dos lados partem duas abas paralelas, que com aquela formam uma configuração em “C”, para a respetiva área exterior.
2. “PERFIS DE UNIÃO ESTRUTURAL PARA MOBILIÁRIO”, de acordo com a reivindicação anterior, caraterizado por toda a estrutura dos ditos perfis serem constituída por componentes em orientação perpendicular.
3. “PERFIS DE UNIÃO ESTRUTURAL PARA MOBILIÁRIO”, de acordo com as reivindicações anteriores, caraterizado por perfis possuírem serrilhado (1‐a, 2‐a, 3‐a e 4‐a) em praticamente todas as faces interiores de contato com os módulos do móvel (5).
4. “PERFIS DE UNIÃO ESTRUTURAL PARA MOBILIÁRIO”, de acordo com as reivindicações anteriores, caraterizado por serrilhado (1‐a, 2‐a, 3‐a e 4‐a) ter orientação no sentido do interior dos ditos perfis.
5. “PERFIS DE UNIÃO ESTRUTURAL PARA MOBILIÁRIO”, de acordo com a reivindicação 1, caraterizado por perfil central duplo (2) ter na parte central, com configuração em “U”, o dobro da dimensão do perfil central simples (1).

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