REDE HUMANIZADA ADAPTADA PARA RECÉM-NASCIDOS E
LACTENTES 1. Os reccm-nascidos (RNs) que se encontram hospitalizados na unidade neonatal, em especial os prematuros, são manuseados exaustivamente e geralmente submetidos a diversos procedimentos dolorosos. A humanização nas unidades neonatais visa um maior conforto c melhor qualidade de vida, minimizando os efeitos deletérios da hospitalização a esses bebês. O uso da rede humanizada é uma excelente ferramenta, uma vez que reproduz algumas condições do útero materno. 2. Os prematuros com até 35 semanas de idade corrigida podem apresentar alguns sintomas como movimentação grosseira, clônus, tremores e reflexos autonômicos exaltados devido à imaturidade do sistema nervoso central e pela perda prematura da contenção uterina. 3. Devido à hipotonia muscular, comum principalmente no prematuro, esses bebês assumem posturas “largadas" (padrão em extensão dos membros) culminando em desajustes biomecânicos, desta forma, interferindo prejudicialmente no futuro desenvolvimento neuropsicomotor da criança. 4. Este modelo de utilidade refere-se à rede humanizada que foi adaptada para o uso nas incubadoras neonatais visando um maior conforto do recém-nascido (RN), em especial os prematuros. Proporciona posições semelhantes as adotadas no ventre materno trazendo com isso, diversos benefícios fisiológicos ao RN como: manutenção do tônus flexor fisiológico, maior simetria, organização postural, estímulos proprioceptivos, além de prevenirfuturas disfunções do desenvolvimento ncuropsicomotor.A sensação de acolhimento,aconchego c contenção que o tecido desta rede proporciona, assemelha-se a parede do útero, consequentemente, há maior sensação de conforto e segurançafavoreccndo assim a autoconsolabilidade e Ο l ítArfO ί/'Ο /Ίλ Dke/irtfo-Cü Λιιο λΙλ ^η»*τνιθ τν»οιη forvinA a moír uuiviiv^wiuyiuaviunvu uw t/v k/v. wi/^νι *u üv vjuv wiv UV/· * * ‘V pvzi »uui J IVII1|/V V* IHUIO profundamente ajudando assim, no ganho de peso e no seu desenvolvimento e recuperação geral. 5. Alguns estudos sobre a utilização da rede vem sendo desenvolvidos desde a década de 80. Defendem que a rede nas unidades de terapia intensiva neonatal (UTIN) beneficiam os RN quanto ao bem-estar, onde dormem melhor e demonstram ficar mais tranquilos e também relatam que este posicionamento mantem a estabilidade clínica (Bottos e col em 1985, Gesteira, Andrade e Nascimento em 2004, Keller e cols em 2003, Fernandes em 2011), assim como alguns estudos também referem maior maturação neuromuscular e desenvolvimento neuromotor (Keller e cols em 2003, Fernandes em 2011). Porém, Zanardo e cols cm 1995 estudaram o uso da rede em RN com diversos problemas respiratórios e instáveis clinicamentc c concluíram que não deve-se usar a rede com pacientes em oxigenioterapia e instabilidade clínica. No entanto, este estudo apresenta falhas metodológicas e não descreve bem como era a rede utilizada nem seu protocolo de estudo. 6. Esta técnica é preferencialmente utilizada em bebês que estejam com estabilidade clínica e é contra-indicada nos casos de: - História de refluxo gastro-esofágico grave (se contra-indicado pelo neonatologista); - Fototerapia, pois a rede atrapalhará a exposição à luz. - Apnéias frequentes; - Instabilidade clínica 7- Atualmente, o uso da rede é feito de forma indiscriminada e improvisada nas unidades de terapias intensivas neonatais (UTINs). Não existe um modelo adequado c seguro para este fim. Os profissionais tentam fazê-la, muitas vezes improvisando com lençóis ou as confeccionam cm miniaturas das redes convencionais utilizadas em domicílio para adultos. No entanto, faz-se necessário que haja um modelo específico para ser usado na UTIN, local que exige equipamentos que forneçam segurança a estes pacientes tão frágeis e vulneráveis, como os prematuros. 8- A Rede Humanizada foi projetada para uso dentro da incubadora e berço com grade, para recém- nascidos (RN) e lactentes. Possui dispositivos inovadores indispensáveis à segurança do bebêe que proporcionam maior conforto e acomodação para este público que requer tanto cuidado e atenção. Π 1Γ /-···/% Λ «·/% % » Λ» /J Λ /«·* A /J Λ Λ .. I L ~ -J Λ - mipv/iuuit^ 4UV a iv.uw luuia um ajjmpí iauvj cm mama uc 100%algodão, que seja hipoalergênico e proporcione maior conforto tátil ao bebê, e com um pouco de flexibilidade para promover pequena resistência e estímulo proprioceptivo durante a movimentação contra o tecido, semelhante a condição intraútero cm que o feto empurra a parede uterina. 10- Os punhos tradicionais de uma rede comum podem gerar instabilidade e desequilíbrio.Foi utilizado na rede humanizada (fíg.l) tecido de algodão reforçado em formato triangular (fig.l, fig.2 c fig.4 item 6) em cada lado da rede, ligado a alças de“corda de algodão chata” (fig.l, fig.2 c fig.4 item 7) que passam pelas “portinholas” (fíg.2- Λ) das extremidades das incubadoras (fig.2- B) e servirão para fixar a rede por meio de fita de tecido adesivo ou fivela (fig.l, fig.2 e fig.4 item 8) que possibilita a fixação e regulagem da altura da mesma; 11- Possui na face superior um tecido especial “rendilhado” de algodão (fig.l, fig.2 e fig.5 item 2) que permite a ventilação e visualização do bebê mesmo com a rede fechada evitando assim o sufocamento e reinalação de gás carbônico. Desta forma pode-se perceber se a posição do corpo c membros está adequada. Isto permite a completa visualização da face e tórax do RN para que, desta forma, sejam evitados problemas quanto a percepção de qualquer alteração como coloração da pele, apneia (parada respiratória), regurgitação c outras intercorrências. 12- Dispositivos que podem ser: fita de tecido adesivo, colchete, botão (fig.l, fig.2 e fig.5 item 4) na altura da pelve e das pernas deixando a rede fechada proporcionando maior segurança e favorecendo a sensação de acolhimento, contenção e simetria tão importantes nesta fase e evitando que o bebê possa vir a cair da rede. 13- Dispositivos que podem ser: fita de tecido adesivo, colchete, botão (fig.l e fig.2ítem 5) dispostos externamente para abri-la e manter a visualização da cabeça e tórax do bebê por medida de segurança quando necessário, garantindo que toda equipe de saúde consiga avaliar suas condições clínicas; 14- Possui uma prega interna (fig.3ítem 3) “fêmea” central e bilateral que proporciona profundidade e estabilidade do bebe dentro da rede evitando mal posicionamento e risco de queda. 15- Para a garantia do posicionamento seguro do RN na rede de incubadora será disponibilizado um pequeno rolomacio e confortável de tecido de algodão (fig.6 e fig.7 • * Π\ /«(·/% 4 »/% ΛΛ·· Λ/sl ΛΛ /% *■% « Λ..ΛΛ Λ AIIMAM· AM 4 Λ Λ A ΑΜΑ Μ* «1 A A / *· — · ■ · *% 1 iiwui /) uwvc ovi v-wiuv-auv; uiuv. \j pvowuyu v a puiyau dupv>iιυι uaa y<i mvti da sétima vértebra cervical), que irá favorecer leve extensão do pescoço e postura neutra da cabeça visando evitar a excessiva flexão do pescoço do RN. pois, tal posição poderá causar o colabamento de vias aéreas superiores e consequente apnéia por obstrução. 16- A rede deve ser utilizada, passando-se as alças da mesma, por duas portas ou orifícios contralaterais(fig.2ítem A) da incubadora (fig.2ítem B). As alças devem ser unidas então, acima da incubadora, pela fivela que fica na extremidade de uma delas, regulando a altura desejada. Já para utilizá-la no lactente que esteja no berço a fixação da rede se dá da mesma forma como mencionada acima na incubadora, ou seja, deve-se passar as alças em cada lado de grades opostas. A rede fica com a parte rendilhada voltada para cima, mantendo-se bem esticada. O rolinho de segurança (acessório) deve ser então posicionado de forma a manter a cabeça e pescoço do bebê em posição neutra, evitando o sufocamento por manter as vias aéreas pérvias e proporcionando maior conforto. Após o bebê ser posicionado, deve-se fechar a rede utilizando-se as fitas de material adesivo fixadas no tecido rendilhado. Opcionalmcnte, se houver a intenção de manter a cabeça do bebe descoberta, pode-se utilizar as fitas de material adesivo externas, fixadas também no tecido rendilhado.
REIVINDICAÇÃO