BR112021026174B1 - Dispositivo de aerossolização de tabaco aquecido-não-queimado - Google Patents

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Abstract

COMPOSIÇÕES DE PRODUTO DE TABACO E SISTEMA DE LIBERAÇÃO. A presente invenção refere-se a um dispositivo de aerossolização de tabaco aquecido aerossoliza um produto de tabaco úmido de alta viscosidade em uma temperatura muito baixa e reduz as emissões de carcinógenos prejudiciais e potencialmente prejudiciais (HPHC) em seis vezes ou mais em relação aos produtos convencionais de tabaco aquecido ao mesmo tempo em que fornece sabor e experiência do usuário substancialmente aprimorados. As modalidades exemplificadas neste documento fornecem um substituto atraente e mais saudável para o tabagismo que evita as emissões de HPHC de produtos convencionais de tabaco aquecido, evitando também o aumento do risco de vício e de efeitos em curto prazo na saúde relatados em conexão com dispositivos de vaporização convencionais.

Description

PEDIDOS RELACIONADOS
[001] Este pedido reivindica prioridade para o Pedido de Patente Provisório U.S. No. 63/022.160, depositado em 8 de maio de 2020, 62/867.409, depositado em 27 de Junho de 2019, e 62/867.416, depositado em 27 de Junho de 2019, cada um dos quais é incorporado neste documento por referência em sua totalidade.
INCORPORAÇÃO POR REFERÊNCIA
[002] Cada documento citado neste documento é incorporado por referência em sua totalidade para todos os propósitos.
ANTECEDENTES
[003] A utilização de cigarros eletrônicos ou mecanismos de va porização ganhou popularidade nos últimos anos como um modo alternativo de proporcionar nicotina para os usuários finais. Os cigarros eletrônicos ou produtos relacionados atualmente no mercado normalmente compreendem um invólucro ou cápsula com um elemento de aquecimento conectado a um condutor de metal utilizado para vaporizar ou criar um aerossol de uma mistura de suco de nicotina para os usuários inalarem. O vapor ou aerossol resultante é usualmente o subproduto da nicotina ou da mistura de suco de nicotina, aromatizan- te e solventes. Os métodos do cigarro eletrônico e do dispositivo de vaporização tendem a proporcionar uma "experiência de fumar" sem o verdadeiro gosto e sabor do tabaco. Assim, embora seja um pouco mais seguro do que fumar produtos de tabaco tradicionais, a experiência é muito menos satisfatória do que seria experimentada com um produto tradicional do tipo cigarro.
[004] Um valor do tabaco produzido tradicionalmente que está ausente nos dispositivos de vaporização atuais é o sabor complexo conferido pelo tabaco curado e preparado. Ao longo de centenas de anos, a indústria do tabaco desenvolveu protocolos para a produção de sabores desejáveis e complexos por meio da criação de plantas de tabaco, métodos específicos de cultivo de tabaco, métodos de colheita e vários processos de cura de tabaco, para produtos de consumo que proporcionam ao usuário um sabor específico após inalação. Esses produtos incluem, por exemplo, cigarros, charutos, rapé, fumo de mascar, tabaco úmido, tabaco para cachimbo e outros produtos. Essa complexidade dos sabores durante a experiência de inalação muitas vezes está ausente ou mascarada por aromatizantes em cigarros eletrônicos e em dispositivos de inalação modernos.
[005] Como alternativa aos cigarros tradicionais, os dispositivos de narguilé utilizam calor (tal como calor do carvão) para criar vapor de tabaco que passa através de um recipiente de água antes da inalação. Normalmente, o produto do tabaco utilizado nesses dispositivos é denominado "shisha". Esses dispositivos de narguilé ou de shisha podem incluir uma saída de mangueira ou várias saídas de mangueiras para que vários consumidores possam utilizar o dispositivo ao mesmo tempo. O tabaco utilizado em dispositivos de shisha pode ser misturado com outros ingredientes, para alterar as características de produção de sabor ou da fumaça do dispositivo.
[006] Nos últimos anos, uma nova categoria de produto de taba co surgiu: "tabaco aquecido" (“heat-not-burn”). Já em 1994, a R.J. Reynolds Tobacco introduziu a linha Eclipse de produtos para cigarros de tabaco aquecido e, desde meados da década de 1990, sistemas adicionais de tabaco aquecido foram comercializados e promovidos para fumantes. Os produtos de tabaco aquecido aquecem o tabaco o suficiente para esquentá-lo, mas não para queimá-lo, usualmente utilizando um sistema de aquecimento alimentado por bateria. À medida que o sistema de aquecimento começa a aquecer o tabaco, ele gera um aerossol que contém nicotina e outros produtos químicos que são inalados. Gases, partículas líquidas e sólidas e alcatrão são usualmente encontrados nas emissões de produtos convencionais de tabaco aquecido. Os produtos de tabaco aquecido usualmente contêm aditivos não encontrados no tabaco e são frequentemente aromatizados. Produtos de tabaco aquecido normalmente aquecem as folhas de tabaco a uma temperatura mais baixa do que os cigarros tradicionais, normalmente cerca de 250 a 400°C ao invés de 500°C ou mais, quando ocorre a combustão do tabaco.
[007] Em contraste com os produtos de tabaco aquecido, os pro dutos de vaporização normalmente operam por fornecer um líquido contendo nicotina em um reservatório que inclui um sistema de drenagem para puxar o líquido para uma passagem de ar. Conforme apresentado na Patente U.S. No 10.653.180 atribuída a Juul Labs, uma porção da qual foi reproduzida como a Fig. 5, o cartucho 14 inclui dois compartimentos 114, 214 os quais contêm enchimento embebido em líquido 6, 7. Um pavio de sílica 9 puxa o líquido contendo nicotina para a passagem de ar 26 e para contato com um elemento de aquecimento 31. O elemento de aquecimento aerossoliza o fluido contendo nicotina, o qual produz uma forma de aerossol inalável.
[008] As temperaturas típicas do elemento de aquecimento em dispositivos de vaporização convencionais são de cerca de 150 a 230°C. Tais temperaturas de aerossolização são mais baixas do que os dispositivos de tabaco aquecido convencionais e, por esta razão, os dispositivos de vaporização normalmente produzem poucos e menos concentrados constituintes nocivos e potencialmente nocivos (HPHCs). Baseado em dados publicados por uma empresa líder em tabaco, uma redução da temperatura de aerossolização de 300°C para 200°C reduz os HPHCs por um fator de dois, enquanto a redução da temperatura de aerossolização de 300°C para 100°C reduz os HPHCs por um fator de quatro, cinco ou seis.
[009] Uma desvantagem substancial dos produtos de vaporiza ção é que eles contêm uma concentração aumentada de nicotina e aromatizantes em relação aos cigarros. Um cartucho Juul, chamado de cápsula, possui aproximadamente a quantidade equivalente de nicotina de um maço de cigarros. Essa concentração aumentada de nicotina acarreta um possível aumento do risco de dependência. A Vaporização também foi relatada como possuindo efeitos adversos à saúde de curto prazo, como rápida deterioração da função vascular, aumento da frequência cardíaca, e pressão arterial diastólica elevada.
[0010] Voltando aos dispositivos convencionais de tabaco aqueci do, eles incluem sistemas de entrega projetados para aquecer uma mistura de suco de nicotina, aromatizante e outros aditivos, de modo a convertê-los em vapor/fumaça para inalação por um usuário final. Os dispositivos de tabaco aquecido atualmente disponíveis no mercado são limitados, pois não podem ser utilizados com folha de tabaco real inalterada. Tais dispositivos frequentemente utilizam restos e partículas finas de uma planta de tabaco que é formada em uma folha de tabaco reconstituída ou homogeneizada, tal como aquela apresentada nas Figuras 1A e 1B, a qual não retém um alto teor de tabaco da folha de tabaco após o processamento e ser alterada quimicamente.
[0011] Um dispositivo de tabaco aquecido particularmente popular é o IQOS, comercializado pela Philip Morris International sob as marcas Marlboro e Parliament e descrito no Pedido de Patente Publicado U.S. n° 2015/0150302A1. O produto IQOS consiste em um carregador do tamanho de um telefone celular e uma piteira que se parece com uma caneta. O bastão de tabaco descartável, denominado HeatStick, é descrito como um mini cigarro. Os bastões contêm tabaco reconstituído processado a seco que foi embebido em propilenoglicol e seco até um nível de umidade desejado. O mini cigarro é inserido na piteira que então aquece o produto em folhas de tabaco seco enroladas a temperaturas de até 350 a 400°C.
[0012] A interface do mini cigarro IQOS e piteira são ilustradas na Fig. 2. A piteira 201 inclui uma lâmina de aquecimento 202 para aquecer uma haste de produto de tabaco seco 203 que foi embebida em propilenoglicol e formada por folha de tabaco enrolada como apresentado nas Figs. 1A a 1B. Um usuário aspira a boquilha 204 do mini cigarro e o tabaco é aquecido a uma temperatura de cerca de 375°C. Nessa temperatura, compostos voláteis são desenvolvidos a partir de duas folhas diferentes de tabaco de folha fundida da haste 203. Esses compostos condensam para formar um aerossol. O aerossol é aspirado através do filtro (também indicado pelo número de referência 204) e para a boca do usuário.
[0013] A combinação de calor relativamente alto (350 a 400°C) e propilenoglicol em aerossol produz um vapor relativamente espesso e um sabor mais robusto do que certos produtos de vaporização. Entretanto, o aumento do calor também aumenta a concentração de HPHCs. O IQOS atinge somente cerca de 80% de redução de HPHCs (cancerígenos conhecidos) em relação ao tabagismo. Em temperaturas mais baixas, reduções de HPHC substancialmente maiores de 90% ou mais poderiam ser alcançadas.
[0014] Além disso, o propilenoglicol como um portador de umidade para a folha reconstituída é sintético e pode apresentar alguns fatores de risco em comparação com uma glicerina natural. A glicerina é um fluido não tóxico feito de óleos vegetais em sua forma natural. O propi- lenoglicol, em contraste, é um fluido sintético derivado a partir do óxido de propileno. Embora seja reconhecido como um produto químico usualmente seguro para utilização humana na forma líquida, devido ao seu comportamento mais tóxico do que a glicerina, a quantidade de propilenoglicol em um produto é normalmente pequena. Vestígios de propilenoglicol podem ser encontrados em muitos produtos, pois ele não reage sozinho e não afeta outros ingredientes. Entretanto, quando o propilenoglicol é aquecido, ele pode alterar a composição química e produzir óxido de propileno, o qual é conhecido como cancerígeno. Consequentemente, o produto IQOS pode produzir óxido de propileno em níveis prejudiciais à saúde devido à maneira única como ele aquece tabaco seco contendo propilenoglicol a uma temperatura relativamente alta de 350°C ou mais.
[0015] O produto IQOS inclui vários ingredientes sintéticos que são adicionados na tentativa de fornecer um sabor aceitável. De acordo com o site da Philip Morris, seus produtos de tabaco aquecido, tal como os IQOS Heatsticks, incluem vários aditivos, listados na Tabela 1 abaixo, adicionados ao tabaco na versão vendida no Reino Unido. A informação de aditivos para a versão do IQOS Heatstick vendida nos Estados Unidos não é fornecida. Tabela 1
[0016] Embora alguns desses aromatizantes possam ser conside rados seguros quando consumidos à temperatura ambiente, a combi-nação de aldeídos dos aromatizantes e do propilenoglicol (PG) leva à formação de acetais que podem possuir propriedades toxicológicas. Em um estudo, vários aldeídos de sabor foram misturados com PG de concentração variável. (Bai, Flavorants and Propylene Glycol from e-Cigarettes Form Harmful Irritants When Combine, American Journal of Managed Care, 2 de novembro de 2018). Em todos os aldeídos de aromatizantes testados, incluindo vanilina, etilvanilina, benzaldeído, cinamaldeído, acetais foram produzidos. Os investigadores também observaram um aumento na produção de acetal quando a concentração de PG foi aumentada.
[0017] De acordo com St.Helen G, Jacob III P, Nardone N, et al, "IQOS: examination of Philip Morris International’s claim of reduzed exposure", Tobacco Control, 27. Fonte 1 (2018): s30-s36, o aerossol gerado pelo IQOS inclui níveis substancialmente mais altos de muitas emissões em comparação com um cigarro de referência. Conforme apresentado na Tabela 2 abaixo, vinte e dois constituintes de toxicidade desconhecida foram pelo menos 200% maiores, enquanto sete foram pelo menos 1000% maiores nas emissões de IQOS em comparação com um cigarro 3R4F tradicional. Tabela 2
[0018] Embora não querendo ser limitado a qualquer teoria em particular, o requerente atualmente acredita que o aquecimento e a aerossolização de um número substancial de aromatizantes e de aditivos sintéticos, especialmente na presença de PG, gera muitas dessas emissões de toxicidade desconhecida na utilização a longo prazo por adultos. Os acetais, em particular, são potencialmente produzidos pelo aquecimento de aromatizantes na presença de PG.
[0019] Outro produto de tabaco aquecido é GLO vendido pela Bri tish American Tobacco e descrito em no Pedido de Patente Publicado U.S. n° 2018/0049469A1. Conforme ilustrado na Fig. 3, o aparelho GLO 1 possui uma câmara de aquecimento 4 que, em utilização, contém o material fumável a ser aquecido e volatilizado. O material fumá- vel é um cilindro 5 formado de produto de tabaco seco que, como o produto de tabaco da IQOS, foi embebido em propilenoglicol e depois seco. Uma extremidade do artigo de material fumável 5 projeta-se para fora do aparelho 1 através da extremidade aberta 3 do invólucro 2. O artigo 5 inclui tipicamente, como IQOS Heatstick, um elemento de filtro em sua extremidade mais externa. A câmara de aquecimento 4 inclui elementos de aquecimento 10 fabricados de um material cerâmico.
[0020] Em utilização, os elementos de aquecimento 10 aerossoli- zam o produto de tabaco seco dentro do cilindro 5 de uma maneira similar à descrita acima em relação ao IQOS. O usuário inala o aerossol através da extremidade proximal do cilindro 5. A operação do produto GLO é semelhante ao IQOS em que um aquecedor aerossoliza o produto de tabaco seco e o usuário inala o aerossol.
[0021] Embora os ingredientes adicionados ao produto de tabaco em GLO não sejam conhecidos, acredita-se que o número, variação e tipo de aditivos são similares aos utilizados em IQOS. Consequente-mente, acredita-se que o GLO gera um aerossol incluindo muitos dos mesmos constituintes do IQOS.
[0022] Outro produto popular de tabaco aquecido é Ploom vendido pela Japan Tobacco Industries e descrito no Pedido de Patente Publicado U.S. 2015/0208729. Conforme apresentado na Fig. 4, o aquecedor Ploom 305 aerossoliza um o produto de tabaco contendo umectan- te 306 quando o ar é puxado através da entrada 321. O vapor emitido a partir do produto de tabaco condensa na câmara de condensação 303. Os vapores de umectante em fase gasosa começam a resfriar e condensar em gotículas. Desta forma, um aerossol é formado e inalado pelo usuário. Em algumas variantes do Ploom, o calor é fornecido pelo gás butano, os produtos de combustão dos quais também são inalados pelo usuário. O produto Ploom também sofre das mesmas desvantagens descritas acima em relação ao IQOS e GLO.
[0023] No produto Ploom Tech/Tech + lançado mais recentemen te, o líquido em um reservatório é vaporizado por um aquecedor e esse vapor é passado através de um produto de tabaco seco que foi tratado com uma mistura de propilenoglicol e glicerina (30 : 70 por peso). O vapor se resfria e se condensa em gotículas que captam a nicotina e o sabor do tabaco do produto seco do tabaco. De acordo com o pedido de patente referenciado acima, o propilenoglicol produziu um "aerossol muito mais denso e espesso compreendo mais partículas do que teria sido produzido de outra forma" com glicerina natural.
[0024] Embora o produto Ploom Tech/Tech + opere a uma tempe ratura mais baixa do que outros produtos de tabaco aquecido descritos acima e, portanto, produz menos HPHCs, o vapor produzido por este produto tem capacidade limitada de extrair sabor e nicotina do produto de tabaco seco através do qual o vapor passa. A experiência do usuário resultante é correspondentemente diminuída.
[0025] Cada um destes produtos convencionais de tabaco aqueci do produz um sabor e uma experiência do usuário que os consumidores usualmente consideram carentes. O sabor fornecido pelos aerossóis de produtos convencionais de tabaco aquecido não é tão rico e satisfatório quanto os produtos de tabaco tradicionais e, como consequência, os produtos convencionais de tabaco aquecido não atingiram o objetivo declarado de reduzir o fumo de cigarros tradicionais. Por causa do gosto inferior e da experiência do usuário, a adoção pelo usuário de produtos de tabaco aquecido tem sido lenta em muitos países e o uso de cigarros tradicionais não diminuiu substancialmente.
[0026] Os produtos convencionais de tabaco aquecido sofrem as sim de uma ou mais das seguintes desvantagens. Primeiro, numerosos ingredientes sintéticos e potencialmente tóxicos são adicionados em um esforço para alcançar um sabor aceitável. Em segundo lugar, o sabor resultante e a experiência do usuário ficaram muito aquém do necessário para encorajar a migração generalizada do tabagismo tra-dicional. Terceiro, os produtos convencionais incluem propilenoglicol, cuja aerossolização pode gerar efluentes nocivos, especialmente quando aquecido na presença de aromatizantes comuns. Quarto, os produtos do tabaco utilizados nos produtos convencionais não são orgânicos. A utilização de produtos de tabaco não orgânicos limita ainda mais os benefícios potenciais para a saúde fornecidos por estes produtos de tabaco aquecido, pois podem conter vários fertilizantes agrícolas, pesticidas e herbicidas. Quinto, os produtos de tabaco convencionais geram vários carcinógenos não naturalmente presentes no tabaco. Esses carcinógenos adicionais têm propósitos cruzados com o objetivo declarado de dispositivos de tabaco aquecido, para fornecer uma alternativa mais segura e saudável para o fumo de cigarros tradicionais.
[0027] Adicionalmente, os dispositivos convencionais de entrega de tabaco aquecido são relativamente caros de fabricar. Muitos incluem sensores de inalação ou sistemas de "detecção de sopro" que controlam automaticamente o aquecimento. Alguns incluem mecanismos de aquecimento alimentados por gás ou unidades de carregamento e/ou aquecimento portáteis que são grandes, caras e relativamente volumosas. Outros ainda incluem sistemas de aquecimento indutivo que são complexos e caros. Alguns produtos utilizam reservatórios de fluido e suprimentos separados de material de tabaco reconstituído seco ou parcialmente umedecido. O resultado, até agora, tem sido uma série de dispositivos de tabaco aquecido que são relativamente caros e complexos de fabricar, tanto em relação à unidade de base, carregador e/ou aquecedor quanto em relação ao líquido consumível e/ou produto de tabaco.
[0028] Algumas modalidades descritas neste documento tratam de um ou mais dos problemas anteriores. Algumas modalidades que são exemplificadas neste documento resolvem a maioria ou todos esses problemas. Entretanto, o escopo da invenção é definido pelas concre-tizações e pela discussão anterior sobre as deficiências dos produtos convencionais de tabaco aquecido não deve ser interpretada como limitando as concretizações por implicação ou de outra forma. Várias modalidades descritas neste documento e dentro do escopo das con-cretizações podem não resolver alguns, ou qualquer um dos problemas particulares abordados acima. Novamente, entretanto, as modalidades que são atualmente mais preferidas resolvem muitos, a maioria ou todos esses problemas.
SUMÁRIO DE MODALIDADES ILUSTRATIVAS
[0029] Os dispositivos de tabaco aquecido convencionais discuti dos acima utilizam produto de tabaco seco de modo a promover o aquecimento e a aerossolização do produto de tabaco. A aerossoliza- ção do produto de tabaco requer ar e, portanto, cada um dos produtos convencionais de tabaco aquecido inclui produto de tabaco seco através do qual o ar pode fluir, como em um cigarro tradicional. Mesmo em dispositivos de vaporização convencionais, os pavios são utilizados para puxar o líquido contendo nicotina para uma corrente de ar, a qual garante que o processo de aerossolização não seja privado de ar.
[0030] O requerente descobriu que, surpreendentemente, pelo projeto cuidadoso do produto de tabaco e do dispositivo de entrega, é possível aerossolizar o produto de tabaco úmido, mesmo quando o elemento de aquecimento está substancialmente envolvido pelo produto de tabaco úmido. Tal processo de aerossolização mantém as tem-peraturas muito baixas (na ordem de 100°C), o que reduz os HPHCs em até 4, 5 ou 6 vezes ou mais em relação aos produtos convencionais de tabaco aquecido. Em contraste com os produtos de vaporiza- ção convencionais, entretanto, o produto aerossolizado é tabaco de folha real e não contém nicotina ou aromatizantes adicionados. Isso, por sua vez, evita o aumento do risco de vício e de efeitos na saúde em curto prazo relatados em conexão com dispositivos de vaporização modernos.
[0031] Além disso, ao contrário dos produtos convencionais de ta baco aquecido ou de vaporização, as modalidades exemplificadas neste documento fornecem um sabor e experiência do usuário aprimorados que são mais propensos a substituir o fumo de cigarros tradicionais, proporcionando assim um benefício de saúde substancial para o público. Os dispositivos convencionais de vaporização não são normalmente considerados substitutos do fumo, já que os usuários muitas vezes continuam fumando cigarros enquanto vaporizam e, muitas vezes, tornam-se viciados em vaporizar durante o processo. O resultado é que os usuários às vezes se tornam usuários de dois produtos, ao invés de usuários de um produto. Acredita-se que a ausência do sabor intenso e da experiência do tabaco natural contribui para essas desvantagens. As modalidades preferidas da presente invenção superam essas desvantagens por proporcionar um sabor aprimorado e uma experiência do usuário adulto que provavelmente substituirá os cigarros tradicionais sem a adição de nicotina, risco de vício associado e efeitos de saúde de curto prazo de vaporização e sem os níveis elevados de HPHC associados a dispositivos convencionais de tabaco aquecido e aromatizantes.
[0032] Em um teste de fumo envolvendo vinte e um participantes que experimentaram o IQOS Heatstick (atualmente o produto de tabaco aquecido mais popular para venda internacional) e uma modalidade da invenção exemplificada neste documento, o produto da invenção foi considerado como fornecendo um sabor bem melhor e fácil de utilizar. Quanto ao sabor, numa escala de 1 a 5 (5 sendo o melhor) o IQOS recebeu uma classificação de 1,29 (1 sendo o pior) e o produto do Exemplo 4 foi atribuído uma classificação de 4,57 (5 sendo o melhor). Para a facilidade de utilização, o IQOS recebeu uma classificação de 1,05 em comparação com 4,95 para a modalidade preferida da invenção exemplificada neste documento. Nenhum dos vinte e um participantes do teste de fumo estava ciente de qualquer afiliação entre o administrador do estudo e qualquer um dos produtos.
[0033] O requerente também descobriu que, de modo a alcançar a aerossolização do produto de tabaco úmido, é vantajoso controlar cui-dadosamente a viscosidade da composição do material e a maneira na qual ela contata o elemento de aquecimento. Embora os produtos convencionais de tabaco aquecido e de vaporização utilizem produtos de tabaco seco ou pavios para garantir que um amplo fluxo de ar seja fornecido ao produto de tabaco aquecido ou líquido contendo nicotina, imergir o elemento de aquecimento em um produto de tabaco úmido não foi considerado anteriormente viável porque era esperado que o produto de tabaco úmido abafasse o elemento de aquecimento e impedisse ou eliminasse a aerossolização efetiva. De fato, o requerente descobriu que em muitas modalidades potenciais o elemento de aquecimento está de facto totalmente sufocado e, consequentemente, possui um desempenho inferior e consome energia rapidamente da bateria, impedindo ainda mais o desempenho.
[0034] Como apresentado no Exemplo Comparativo 1, se o produ to de tabaco estiver muito úmido ou muito dele envolver o elemento de aquecimento, um ou mais dos seguintes problemas são encontrados. Em primeiro lugar, como observado acima, o elemento de aquecimento pode ser abafado, evitando a aerossolização eficaz. Em segundo lugar, somente uma pequena porção do produto de tabaco disponível total pode ser consumida em relação à quantidade total contida na cápsula ou reservatório. Terceiro, a aerossolização pode ocorrer para um número insuficiente de baforadas, tal como 1 a 30 baforadas onde 200 ou mais baforadas nas modalidades exemplificadas são necessárias para exaurir substancialmente o suprimento de produto de tabaco na cápsula ou reservatório. Em quarto lugar, o elemento de aquecimento pode precisar ser elevado a uma temperatura elevada, tal como se aproximando ou excedendo 300 graus Celsius, para que ocorra a aerossolização. Em tais temperaturas, níveis elevados de HPHCs são normalmente produzidos.
[0035] O requerente descobriu que em algumas viscosidades de tabaco úmido é possível encerrar o produto de tabaco com uma cápsula deformável ou dobrável que aumenta substancialmente a aeros- solização do produto de tabaco. Por exemplo, uma cápsula feita de silicone com uma espessura de parede da ordem de cerca de 1 mm pode ser utilizada. Embora não desejando estar vinculado a uma teoria particular, acredita-se que durante a inalação a parede da cápsula co- lapsa parcialmente ou altera de formato e se deforma devido à pressão negativa aplicada por inalação, puxando assim o produto de tabaco úmido em contato íntimo com o elemento de aquecimento. Após a aspiração por inalação ser removida, a cápsula se expande para seu formato original, o que vantajosamente puxa o ar para os interstícios do produto de tabaco úmido, mas de viscosidade relativamente alta. As propriedades físicas da cápsula - feita de silicone com uma espessura de parede de aproximadamente cerca de 1 mm - conferem um equilíbrio de serem flexíveis o suficiente para serem deformadas pela pressão negativa da inalação, mas também rígidas o suficiente para retornarem a seu formato original e com vantagem aspirar ar para o produto de tabaco entre as baforadas. Durante a próxima baforada, à medida que o elemento é aquecido, o produto de tabaco é mais uma vez colocado em contato íntimo com o elemento de aquecimento. Deste modo, a parede da cápsula desempenha uma função similar a um fole, arejando e agitando o produto de tabaco, aumentando assim a aerossolização durante a próxima baforada ou inalação.
[0036] Este é uma divergência fundamental dos produtos conven cionais de tabaco aquecido e vaporização, todos os quais utilizam uma pilha de tabaco seco estático, ou um núcleo envolto umedecido estático de produto de tabaco reconstituído através do qual o ar flui naturalmente ou um sistema de drenagem para trazer o líquido contendo nicotina para uma corrente de ar de alto fluxo onde é aquecido e ae- rossolizado.
[0037] Os sistemas e os métodos descritos neste documento se beneficiam de um equilíbrio cuidadoso da composição e do projeto do dispositivo de entrega. Por meio da seleção adequada da composição e do dispositivo de entrega, em modalidades preferidas, uma cápsula contendo apenas 1,3 g de produto de tabaco fornece 150 baforadas, em comparação com 12 a 14 baforadas fornecidas por um cigarro típico ou um Heatstick IQOS.
[0038] Como observado acima, as modalidades da invenção exemplificadas neste documento reduziriam os HPHCs em relação ao IQOS por um fator de quatro, cinco ou seis, mesmo se o primeiro usasse um produto de tabaco contendo o mesmo arranjo de ingredientes sintéticos adicionados ao IQOS Heatstick. Entretanto, as modalidades exemplificadas utilizam uma receita orgânica simples compreendendo (ou alternativamente, consistindo essencialmente em) três ingredientes: cerca de 65 a 75% de glicerina natural ou orgânica, cerca de 5 a 15% de água destilada, da torneira ou purificada e cerca de 20% de tabaco em folha inteira orgânica ou tabaco em folha/lâmina. As modalidades exemplificadas, portanto, são susceptíveis a produzir menos de um sexto dos HPHCs de IQOS, por exemplo, um sétimo, oitavo, nono ou décimo dos HPHCs de IQOS. Além disso, ao contrário de IQOS e outros produtos convencionais tabaco aquecido, os produ- tos exemplificados não geram carcinógenos selecionados não natu-ralmente presentes no tabaco.
[0039] As unidades consumíveis exemplificadas também são substancialmente menos complicadas e caras de fabricar. Em particular, a fabricação de um IQOS Heatstick envolve um processo complexo para a produção de folhas de tabaco que são pós-processadas e enroladas em bastões que incluem filtros e outros elementos. Como a fabricação de um cigarro tradicional, a produção do Heatstick é um processo de várias etapas que envolve uma instalação de manufatura cara e relativamente grande. Em contraste, o processo de preparar a composição das modalidades exemplificadas envolve somente o aquecimento de alta pressão do produto de tabaco seguido de secar, moer e combinar o produto de tabaco moído em cerca de 1 : 1 em peso com glicerina, após o que o produto de tabaco é adicionado à cápsula.
[0040] Em outro aspecto, o sistema de tabaco aquecido divulgado neste documento é o primeiro a atingir aerossolização aceitável sem propilenoglicol ou uma fonte auxiliar de vapor d’água ou vapor. Como discutido acima, os produtos convencionais tabaco aquecido utilizam tabaco real ou tabaco reconstituído, mas contam com propilenoglicol ou uma fonte adicional de vapor de água para fornecer um sabor e ex-periência aprimorados para o usuário. As modalidades exemplificadas descritas neste documento não utilizam nenhum, o que evita os efeitos adversos do propilenoglicol, tal como a formação de acetais na presença de aromatizantes comuns e a complexidade e custo de fornecer uma fonte auxiliar de vapor de água.
[0041] Outra vantagem das modalidades exemplificadas neste do cumento é que o produto de tabaco contido na unidade de cápsula ou copo descartável não precisa ser consumido em uma única sessão de fumo. Produtos convencionais de tabaco aquecido, tais como IQOS e GLO, fornecem mini cigarros ou cápsulas que devem ser utilizados em uma sessão ou sessão de fumar, uma vez que o produto de tabaco seco é carbonizado após aquecer e, posteriormente, não é adequado para reaquecimento em outra sessão de fumo. Ao invés disso, o mini cigarro ou cápsula deve ser substituído. Em contraste, as modalidades exemplificadas neste documento fornecem cerca de dez vezes mais baforadas por cápsula (cerca de 150 a 250 contra cerca de 10 a 15) e não precisa ser consumida toda em uma sessão de fumo. Embora não desejando estar limitado a uma teoria em particular, o requerente acredita que isso se deve à composição única do produto de tabaco úmido e ao mecanismo de ação único que evita a carbonização do produto de tabaco úmido. Um usuário de uma das modalidades exemplificadas, portanto, pode utilizar uma única cápsula ao longo de cerca de dez sessões de fumo espaçadas ao longo de muitas horas ou mesmo dias.
[0042] Consequentemente, em uma modalidade, um dispositivo de aerossolização de tabaco aquecido é fornecido, possuindo uma unidade de boquilha descartável possuindo um copo com paredes que podem ser configuradas para se deformar internamente sob pressão de inalação negativa aplicada por um usuário, o copo contendo um produto de tabaco úmido possuindo pelo menos cerca de 65% de glicerina em peso, pelo menos cerca de 5% de água em peso, e pelo menos cerca de 15% de tabaco em peso, o copo contendo ainda, pelo menos parcialmente, um elemento de aquecimento que está substancialmente rodeado e em contato com o produto de tabaco úmido e uma unidade base incluindo um controlador configurado para fornecer uma corrente ao elemento de aquecimento. O dispositivo pode ser configurado para, durante um ciclo de aquecimento com duração de cerca de um a cinco segundos (ou valores entre eles), aerossolizar o produto de tabaco úmido em uma temperatura não superior a cerca de 150°C con- forme medido no produto de tabaco úmido a 1 mm do elemento de aquecimento e aerossolizar uma porção líquida do produto de tabaco úmido por ferver a porção líquida em contato com o elemento de aquecimento.
[0043] O dispositivo pode ser configurado, por exemplo, para ae- rossolizar o produto de tabaco úmido para gerar um inalante aerossoli- zado que pode ser inalado por um usuário através da boquilha. O ina- lante aerossolizado pode ter, por exemplo, pelo menos quatro vezes menos, ou pelo menos seis vezes menos, HPHCs do que a fumaça inalada de um cigarro tradicional 3R4F. O dispositivo pode ser configu-rado para, por exemplo, durante um ciclo de aquecimento que dura cerca de um a cinco segundos (ou valores entre eles), aerossolizar o produto de tabaco úmido em uma temperatura não superior a cerca de 100oC, 120°C ou 140°C, conforme medido no tabaco úmido a 1 mm a partir do elemento de aquecimento. O produto de tabaco úmido no dispositivo pode possuir uma viscosidade, por exemplo, de cerca de 10.000 a 50.000 cp, ou de cerca de 20.000 a 40.000 cp. O produto de tabaco úmido pode consistir em, ou consistir essencialmente em, por exemplo, tabaco, glicerina e água. Em um aspecto, o produto de tabaco úmido não contém propilenoglicol.
[0044] A unidade de boquilha pode, por exemplo, envolver o copo e pode incluir uma superfície que veda substancialmente uma extremi-dade aberta do copo e inclui uma abertura que deixa o produto de tabaco úmido parcialmente exposto. Em um aspecto, o produto de tabaco úmido não compreende nicotina adicional não presente nas folhas de tabaco utilizadas para fazer o produto de tabaco úmido. O produto do tabaco úmido pode, por exemplo, ter folhas de tabaco processadas e o inalante em aerossol pode não incluir carcinógeno que não esteja naturalmente presente em um aerossol produzido por aerossol somente as folhas de tabaco processadas na mesma temperatura.
[0045] Em outro aspecto, um dispositivo de aerossolização de ta baco de tabaco aquecido é fornecido, possuindo uma unidade de boquilha descartável possuindo um copo que contém um produto de tabaco úmido com uma viscosidade de cerca de 10.000 a 50.000 cp e possuindo pelo menos cerca de 65% de glicerina em peso, pelo menos cerca de 5% de água em peso e pelo menos cerca de 15% de tabaco em peso. O copo pode conter, pelo menos parcialmente, um elemento de aquecimento que está substancialmente rodeado e em contato com o produto de tabaco úmido e uma unidade de base configurada para fornecer uma corrente ao elemento de aquecimento. O dispositivo pode, durante um ciclo de aquecimento com duração de um a cinco segundos (ou valores entre eles), aerossolizar o produto de tabaco úmido a uma temperatura não superior a cerca de 150°C, conforme medido no produto de tabaco úmido a 1 mm do elemento de aquecimento, onde o dispositivo pode aerossolizar o produto de tabaco úmido para gerar um inalante aerossolizado para inalação por um usuário através da boquilha, onde o inalante aerossolizado possui pelo menos quatro vezes menos HPHCs do que a fumaça inalada de um cigarro tradicional 3R4F.
[0046] Em um aspecto, o copo pode possuir paredes que se de formam para o interior sob pressão de inalação negativa aplicada por um usuário. O dispositivo pode ser configurado para aerossolizar uma porção líquida do produto de tabaco úmido por ferver a porção líquida em contato com o elemento de aquecimento. O inalante em aerossol pode ter, por exemplo, pelo menos seis vezes menos HPHCs do que a fumaça inalada de um cigarro tradicional 3R4F. O dispositivo pode ser configurado para, durante um ciclo de aquecimento com duração inferior a cinco segundos, aerossolizar o produto de tabaco úmido em uma temperatura inferior a cerca de 100°C, 120°C ou 140°C conforme medido no tabaco úmido a 1 mm do elemento de aquecimento. O produto de tabaco úmido no dispositivo pode ter, por exemplo, uma viscosidade de cerca de 20,000 a 40,000 cp. O produto de tabaco úmido no dispositivo pode consistir em ou consistir essencialmente em, por exemplo, tabaco, glicerina e água. Em outro aspecto, o produto de tabaco úmido não contém propilenoglicol. A boquilha pode envolver o copo e pode incluir uma superfície que veda substancialmente uma extremidade aberta do copo e inclui uma abertura que deixa o produto de tabaco úmido parcialmente exposto. Em um aspecto, o produto de tabaco úmido no dispositivo não compreende nicotina adicional além da que está presente nas folhas de tabaco utilizadas para fabricar o produto de tabaco úmido.
[0047] Em ainda outro aspecto, o produto de tabaco úmido inseri do no dispositivo de aerossolização e de inalação pode conter folhas de tabaco processadas e o inalante aerossolizado não inclui carcinó- geno que não esteja naturalmente presente em um aerossol produzido por aerossolizar somente as folhas de tabaco processadas na mesma temperatura.
[0048] Em um aspecto adicional, o produto de tabaco pode ser úmido e pode ser preparado por separar primeiro uma folha de tabaco seca em trituras ou tiras ou pedaços possuindo uma dimensão maior de 50 a 2.000 mícrons, ou mais preferencialmente de 100 a 1.000 mí- crons. Em algumas modalidades, o tamanho das partículas, pedaços, tiras ou as moeduras de produto de tabaco possui uma dimensão ou diâmetro médio maior de cerca de 50 a 100, 100 a 200, 200 a 300, 300 a 400, 400 a 500, 500 a 600, 600 a 700, 700 a 800, 800 a 900, 900 a 1.000, 1.000 a 1.100, 1.100 a 1.200, 1.200 a 1.300, 1.300 a 1.400, 1.400 a 1.500, 1.500 a 1.600, 1.600 a 1.700, 1.700 a 1.800, 1.800 a 1.900 ou 1.900 a 2.000 mícrons.
[0049] Em outro aspecto, o tabaco cortado/moído pode ser mistu rado com um solvente ou "agente de suspensão", tal como gliercina ou, menos preferencialmente, propilenoglicol (PG), polietilenoglicol, polissorbato 80 e suas misturas. A proporção de tabaco para agente de suspensão (p/p) pode ser de cerca de 3 : 1, 2 : 1, 1,5 : 1, 1,2 : 1, 1 : 1, 1 : 1 : 1,2, 1 : 1,5, 1 : 2 ou 1 : 3 ou valores entre eles.
[0050] Em um aspecto, após o tabaco ter sido combinado com o agente de suspensão, água é opcionalmente adicionada à mistura. Por exemplo, em uma modalidade, a partir de cerca de 1%, 5%, 7%, 10%, 15%, 20%, 25%, 30%, 40%, 50% ou 60% de água (p/p) pode ser adi-cionada à mistura.
[0051] Em ainda outro aspecto, o produto de tabaco úmido resul tante que é inserido no dispositivo tabaco aquecido é orgânico e é uma mistura de três componentes: água, glicerina e tabaco. O produto de tabaco pode incluir cerca de 20 a 25, 25 a 30, 30 a 35, 35 a 40, 40 a 55, 50 a 55, 55 a 60, 60 a 65, 60 a 65, 65 a 70, 70 a 75, ou 75 a 80% de glicerina em peso. O produto do tabaco pode incluir cerca de 1 a 5, 5 a 10, 10 a 15, 15 a 20, 20 a 25, 25 a 30, 30 a 35, 35 a 40 ou 40 a 50% de água em peso ou valores entre eles. O produto de tabaco pode incluir cerca de 1 a 5, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25 a 30, 30 a 35, 35 a 40, ou 40 a 50% de tabaco em peso ou valores entre eles. Em uma modalidade atualmente preferida, o produto consiste em cerca de 65 a 75% de glicerina, 5 a 15% de água e 20% de tabaco em peso ou valores entre eles.
[0052] Em outro aspecto, a composição do produto de tabaco pos sui uma consistência similar à geleia fluida e relativamente espessa. A viscosidade do produto de tabaco pode estar entre cerca de 5.000 e 80.000 cp. Em várias modalidades, a viscosidade é de cerca de 5.000-10.000, 10.000 a 20.000, 20.000 a 30.000, 30.000 a 40.000, 40.000 a 50.000, 50.000 a 60.000, 60.000 a 70.000 ou 70.000 a 80.000 cp. Na modalidade que é atualmente mais preferida, a viscosidade está entre cerca de 20.000 e 50.000 cp.
[0053] A descrição geral anterior das implementações ilustrativas e a seguinte descrição detalhada das mesmas são aspectos meramente ilustrativos dos ensinamentos desta divulgação e não são restritivos. Como observado acima, algumas modalidades dentro do escopo desta divulgação e das concretizações podem não fornecer as vantagens particulares estabelecidas acima. Dito isso, as modalidades mais pre-feridas fornecem muitas, a maioria ou todas as vantagens anteriores em relação aos dispositivos convencionais de tabaco aquecido e vapo-rização.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[0054] Os desenhos acompanhantes, os quais são incorporados e constituem uma parte do relatório descritivo, ilustram uma ou mais modalidades e, juntamente com a descrição, explicam essas modali-dades. Os desenhos que acompanham não foram necessariamente desenhados em escala. Quaisquer valores ou dimensões ilustrados nos gráficos e figuras acompanhantes são apenas para propósitos ilustrativos e podem ou não representar valores ou dimensões reais ou preferenciais. Onde aplicável, algumas ou todas as características po-dem não ser ilustradas para auxiliar na descrição dos recursos subja-centes. Nos desenhos:
[0055] A FIG. 1A e FIG.1B são fotos de um produto de tabaco convencional utilizado em um dispositivo de tabaco aquecido de sistema eletrônico de entrega de nicotina (ENDS);
[0056] A FIG. 2 é uma ilustração do dispositivo de tabaco aquecido IQOS Heatstick convencional;
[0057] A FIG. 3 é uma ilustração do dispositivo de tabaco aquecido GLO convencional;
[0058] A FIG. 4 é uma ilustração do dispositivo de tabaco aquecido convencional PLOOM;
[0059] A FIG. 5 é uma ilustração do dispositivo de vaporização JUUL convencional;
[0060] A FIG. 6 um diagrama de fluxo ilustrando um método ilus trativo para preparar uma suspensão de tabaco e/ou de outro material vegetal;
[0061] A FIG. 7A é um diagrama de fluxo ilustrando um método ilustrativo para preparar uma suspensão de tabaco;
[0062] A FIG. 7B é um diagrama de fluxo ilustrando um método ilustrativo para preparar unidades de entrega de tabaco descartáveis cheias com uma suspensão de tabaco;
[0063] As FIGs. 8A a 8C ilustram um dispositivo eletrônico de en trega de tabaco para receber e aquecer uma suspensão de tabaco;
[0064] A FIG. 8D ilustra uma unidade de entrega ilustrativa para utilização com uma unidade eletrônica de um dispositivo eletrônico de entrega de tabaco, tal como o dispositivo da FIG. 8A;
[0065] A FIG. 9A e FIG. 9B ilustram um primeiro exemplo de proje to externo de um dispositivo eletrônico de entrega de tabaco;
[0066] A FIG. 9C e FIG. 9D ilustra um segundo projeto externo ilustrativo de um dispositivo eletrônico de entrega de tabaco;
[0067] As FIGs. 10A a 10E ilustram vistas explodidas dos compo nentes de dispositivos eletrônicos de entrega de tabaco ilustrativos;
[0068] As FIG. 11A e FIG.11B ilustram projetos de copo e de tam pa ilustrativos de um dispositivo eletrônico de entrega de tabaco para receber e manter uma suspensão de tabaco;
[0069] A FIG. 12 ilustra uma vista explodida dos componentes de outro dispositivo eletrônico de entrega de tabaco ilustrativo;
[0070] A FIG. 13 ilustra uma vista explodida dos componentes de ainda outro dispositivo eletrônico de entrega de tabaco ilustrativo; e
[0071] A FIG. 14 ilustra uma vista explodida de elementos de co bertura para utilização com um dispositivo eletrônico de entrega de tabaco ilustrativo.
DESCRIÇÃO DETALHADA DE MODALIDADES ILUSTRATIVAS
[0072] A descrição exposta abaixo em conexão com os desenhos anexos é pretendida para ser uma descrição de várias modalidades ilustrativas do assunto divulgado. Características e funcionalidades específicas são descritas em conexão com cada modalidade ilustrativa; entretanto, será evidente para aqueles versados na técnica que as modalidades divulgadas podem ser praticadas sem cada uma dessas características e funcionalidades específicas.
[0073] A Referência ao longo do relatório descritivo a "a uma mo dalidade" ou "uma modalidade" significa que um recurso, estrutura ou característica particular descrito em conexão com uma modalidade é incluído em pelo menos uma modalidade do assunto divulgado. Assim, o aparecimento das frases "na uma modalidade" ou "em uma modalidade" em vários lugares ao longo do relatório descritivo não se refere necessariamente à mesma modalidade. Além disso, os recursos, es-truturas ou características particulares podem ser combinados de qualquer maneira adequada em uma ou mais modalidades. Além disso, é pretendido que as modalidades do assunto divulgado cubram as modificações e variações das mesmas.
[0074] Todas as patentes, pedidos, os pedidos publicados e outras publicações referidas neste documento são incorporados por referência para o material referenciado e em sua totalidade.
[0075] Deve-se notar que, conforme utilizado no relatório descritivo e nas concretizações anexas, as formas singulares "um", "uma" e "o" incluem referentes plurais, a menos que o contexto dite expressamente o contrário. Ou seja, a menos que expressamente especificado de outra forma, conforme utilizado neste documento, as palavras "um", "uma", "o" e similares carregam o significado de "um ou mais". Além disso, deve ser entendido que termos como "esquerda", "direita", "cima", "baixo", "frontal", "traseira", "lateral", "altura", "comprimento", "lar- gura", "superior", "inferior", "interior", "exterior", "interno", "externo" e similares que podem ser utilizados neste documento, meramente des-crevem pontos de referência e não necessariamente limitam modalidades da presente divulgação a qualquer orientação ou configuração particular. Além disso, termos tais como "primeiro", "segundo", "terceiro", etc., apenas identificam um dentre uma série de porções, componentes, etapas, operações, funções, e/ou pontos de referência, conforme divulgado neste documento, e da mesma forma não necessariamente limitam modalidades da presente divulgação a qualquer configuração ou orientação particular.
[0076] Além disso, os termos "aproximadamente", "cerca de", "próximo", "variação menor" e termos similares usualmente se referem a intervalos que incluem o valor identificado dentro de uma margem de 20%, 10% ou de preferência 5% em algumas modalidades e quaisquer valores entre as mesmas.
[0077] O termo "cura do tabaco" refere-se à secagem parcial das folhas de tabaco depois de colhidas. Os conteúdos celulares, tais como carotenóides, clorofila, e outros componentes da folha degradam- se parcialmente para se tornarem uma forma mais palatável do que estaria presente no tabaco fresco. O processo pode ocorrer, por exemplo, por cura ao ar, cura à combustão, cura ao sol, cura ao fogo e cura por fermentação (tal como perique). O processo leva de alguns dias a várias semanas, e meses no caso de cura por fermentação, dependendo do método utilizado.
[0078] O termo "orgânico" ou "cultivado organicamente" refere-se a folhas de tabaco que são cultivadas sob padrões orgânicos, como permitindo a utilização de substâncias de ocorrência natural para au-mentar o crescimento ou diminuir pragas, enquanto proibindo ou limi-tando estritamente as substâncias sintéticas que são colocadas na planta ou no solo em que é cultivada.
[0079] O termo "livre de pesticidas" refere-se a folhas de tabaco que não foram tratadas com um pesticida durante sua estação de crescimento.
[0080] O termo "glicerina" (também denominado glicerol ou propa- no-1,2,3-triol) é um composto de três carbonos com três grupos de ál-cool. É um líquido de sabor adocicado, viscoso, não tóxico e substan-cialmente incolor.
[0081] O termo "propilenoglicol" (também denominado propano-1, 2-diol) refere-se a um composto de três carbonos com dois grupos de álcool. É um líquido viscoso e substancialmente incolor.
[0082] Todas as funcionalidades descritas em conexão com uma modalidade são pretendidas para serem aplicáveis às modalidades adicionais descritas abaixo, exceto onde expressamente declarado ou onde o recurso ou função é incompatível com as modalidades adicionais. Por exemplo, onde um dado recurso ou função é expressamente descrito em conexão com uma modalidade, mas não expressamente mencionado em conexão com uma modalidade alternativa, deve ser entendido que o inventor pretende que esse recurso ou função possa ser usado, utilizado ou implementado em conexão com a modalidade alternativa, a menos que o recurso ou função seja incompatível com a modalidade alternativa.
[0083] Um processo ilustrativo 100 para preparar o produto de ta baco exemplificado é apresentado na FIG. 6. Voltando à FIG. 6, em algumas modalidades, o processo 100 começa com curar e/ou secar o tabaco e/ou outro material vegetal 102. Se dois ou mais materiais ve-getais forem utilizados, tal como ambos o tabaco e uma erva, cada material vegetal pode ser curado ou seco separadamente para atingir o estado desejado.
[0084] Em algumas modalidades, o material de tabaco em folha inteiro, ou somente a seção da lâmina da folha de tabaco, é cortada ou moída 104. Processos ilustrativo para cortar, moer ou picar tabaco e/ou outros materiais vegetais são fornecidos abaixo. Se dois ou mais materiais vegetais forem utilizados, tais como ambas uma folha inteira ou somente a lâmina tabaco e uma folha inteira ou somente a lâmina de erva, cada material vegetal pode ser cortado ou triturado separadamente para atingir um tamanho e/ou forma desejados.
[0085] Em algumas modalidades, o componente de suspensão é medido 106. As medições podem ser implementadas, por exemplo, baseadas em peso por peso. Em um exemplo, o componente da sus-pensão é glicerina e é medido como 1 g de glicerina para 1 g de tabaco. De modo a estarem adequadas para preparações em pequena e grande escala, essas quantidades são usualmente apresentadas neste documento como uma razão entre o peso do tabaco e o peso do com-ponente de suspensão. Exemplos de componentes de suspensão que podem ser utilizados são apresentados abaixo. Em várias modalidades, a proporção do tabaco e/ou de outro material vegetal para o componente (s) de suspensão pode ser de 1 :10, 1 : 5, 1 : 2, 2 : 3, 3 : 2, 2 : 1, 5 : 1 ou 10 : 1 por peso ou valores entre eles.
[0086] O componente de suspensão, em algumas implementa ções, é adicionado 108 ao tabaco cortado/moído/e à ou outro material vegetal. Em algumas modalidades, a preparação contém somente o componente de suspensão e o tabaco/e ou outro material vegetal, sem a presença de outros ingredientes adicionados. Em algumas modalidades, isso pode ser preferido pelo usuário como uma preparação mais "pura" ou "natural". Em implementações preferidas, o tabaco e/ou erva e a mistura de produto de tabaco resultante são orgânicos.
[0087] Alternativamente, em algumas modalidades, ingredientes adicionais são incluídos 110. Deve-se ter cuidado quando utilizando PG como um componente de suspensão em combinação com aroma- tizantes adicionados. Como discutido acima, o aquecimento destes dois componentes na presença um do outro é conhecido por produzir acetais.
[0088] Em algumas modalidades, o tabaco e/ou outro material ve getal são então misturados para formar uma mistura de suspensão 114. A etapa de mistura pode ocorrer em várias velocidades de mistura, em várias temperaturas e em vários tipos de aparelhos de processamento. A mistura pode ocorrer de forma intermitente e os ingredientes podem ser adicionados de uma só vez ou passo a passo. Em algumas implementações, alguns ingredientes são pré-misturados e então misturados na mistura de suspensão.
[0089] Em uma modalidade que pode ser utilizada para preparar o produto de tabaco exemplificado neste documento, o produto de tabaco é o produto de tabaco e/ou de erva que é aquecido em uma pressão de 506,625 kPa a 2025,5 kPa (5 a 20 atmosferas) na presença de água destilada, purificada ou de torneira em uma temperatura de 85 a 100°C por um período de 5 a 60 minutos opcionalmente com mistura de baixa velocidade (10 a 100 rpm). Posteriormente, o produto do tabaco é então removido do banho-maria e seco, opcionalmente sob calor radiante por uma hora. O produto é então cortado ou triturado em tiras ou pedaços possuindo uma dimensão maior de 50 a 2.000 mí- crons, ou mais preferencialmente de 100 a 1.000 mícrons. Depois disso, o produto de tabaco e/ou de ervas cortados ou moídos são combinados com a água na qual o produto de tabaco e/ou de ervas foi misturado com produto de tabaco moído cerca de 1 : 1 em peso com glicerina e deixado em repouso por uma hora.
[0090] Em algumas modalidades, a mistura em suspensão é então dividida em porções na embalagem 116 para utilização com um dispo-sitivo eletrônico de entrega. Este processo de divisão em porções pode ocorrer, por exemplo, por meio de uma máquina automatizada, ou manualmente, ou por outro dispositivo de entrega.
[0091] Embora descrito como uma série de operações particula res, em outras modalidades, mais ou menos etapas podem estar en-volvidas, ou as etapas podem ser conduzidas em uma ordem diferente. Por exemplo, em algumas modalidades, um material vegetal pode ser cortado 104 antes da secagem 102. Em outras modalidades, um ou mais dos ingredientes adicionais 110, tal como um conservante ou sabor, podem ser adicionados ao material vegetal antes ou após o corte e a trituração 104 e antes de adicionar o material vegetal à suspensão 108. Ao invés de adicionar uma medida de tabaco aos componentes da suspensão 108, em modalidades alternativas, uma medida de componentes da suspensão pode ser adicionada ao material vegetal. Outras modificações do processo 100 são possíveis, enquanto perma-necendo dentro do escopo e da intenção do processo 100.
[0092] As FIG. 7A e FIG. 7B são fluxogramas apresentando outros processos 200 e 220 ilustrativos para preparar os materiais e dividir em porções em um recipiente embalado. Voltando agora para a FIG. 7A, em algumas implementações, o processo 200 começa com curar e/ou secar o tabaco 202 para ter uma redução na umidade de pelo menos 20% em comparação com as folhas colhidas recentemente. Vários tipos de processos de cura e/ou secagem de tabaco podem ser utilizados. Em adição a folhas de tabaco inteiras ou as seções de lâmina de uma folha de tabaco, outras porções da planta do tabaco, tal como caules, flores, talos e raízes também podem ser utilizados. Ingredientes podem ser adicionados ao tabaco para aprimorar o sabor durante o processo de cura.
[0093] Em algumas modalidades, o tabaco é cortado ou moído em pedaços de menos de dois milímetros 204. O tabaco também pode ser moído a um pó áspero ou fino. Também podem ser utilizadas misturas de pedaços de tabaco de diferentes tamanhos. Por exemplo, pode ser utilizada uma mistura tanto pó de tabaco moído como pedaços de fo- lhas possuindo um tamanho médio de cerca de 1 mm.
[0094] Em algumas modalidades, um componente de suspensão é medido 206, e o tabaco é adicionado de modo que a proporção de tabaco para componentes de suspensão seja de cerca de 1 : 2 a 2 : 1 208. A medição pode ser feita baseada em peso por peso. Alternativamente, uma medição de volume pode ser utilizada. Em uma modalidade, o tabaco é misturado em uma proporção de 1: 1 (p/p) com glicerina como o componente de suspensão.
[0095] Em algumas modalidades, os ingredientes são misturados para formar uma mistura de suspensão 214. A mistura pode ocorrer em várias temperaturas. A mistura pode ocorrer, por exemplo, em várias velocidades de mistura. Os ingredientes podem ser adicionados todos de uma vez ou um por um. Em uma modalidade, os ingredientes são incorporados em uma velocidade lenta, então a velocidade é aumentada quando a mistura inicial ocorre. A mistura pode ser executada, por exemplo, manualmente, por meio de uma máquina, por meio de um sistema automatizado ou uma combinação destes.
[0096] As várias etapas ou preparação da mistura de suspensão de tabaco podem ocorrer em momentos diferentes ou em combinações diferentes. Por exemplo, a etapa de cortar/pulverizar o tabaco pode ocorrer durante o processo de misturar, se desejado (tal como por utilizar um aparelho do tipo misturador para processamento). As proporções dos componentes podem ser ajustadas conforme necessário. A viscosidade pode ser modificada conforme necessário, por exemplo, para facilidade de empacotamento ou para entrega ideal da mistura para o usuário.
[0097] Voltando à FIG. 7B 220, em algumas modalidades, a mistu ra de suspensão é dividida em porções para empacotar em uma unidade de entrega descartável de um sistema eletrônico de entrega de tabaco 222. O processo de divisão em porções pode ser executado manualmente, ou com auxílio de máquina, ou por meios automatizados. O processo de divisão em porções pode ocorrer à temperatura ambiente ou em outras várias temperaturas.
[0098] Em algumas modalidades, a porção é envolvida 224 em um material, por enrolar ou envolvendo a mistura de suspensão em um material incinerável (ou dissolvível) não tóxico 226.
[0099] Em algumas modalidades, a porção da mistura de suspen são é depositada em um copo de uma unidade de entrega descartável que está próxima a um elemento de aquecimento 228. Copos ilustrativos, em particular, são ilustrados nas FIGs. 11A e 11B. As porções individuais também podem ser empacotadas em várias porções, por exemplo, utilizando uma "embalagem de dose unitária" ou uma "embalagem blister" para auxiliar a manter as porções individuais estáveis e úmidas antes de utilizar.
[00100] Em algumas modalidades, a mistura de suspensão é contida por tampar o copo com uma seção de boquilha da unidade de entrega descartável 230. Conforme ilustrado nas FIGs. 8B e 8C, por exemplo, um copo 312 (ilustrado em uma vista aberta na FIG. 8B) pode ser fornecido para a inserção da mistura de suspensão. O copo 312 pode então ser tampado por uma seção 310, resultando na mistura de suspensão sendo mantida dentro do copo 312 abaixo de uma seção de tampa 316, conforme descrito em mais detalhes abaixo. Exemplos adicionais são ilustrados e descritos em relação às FIGs. 10A a 10D.
[00101] Em algumas modalidades, as unidades de entrega descartável são fornecidas para venda com uma unidade eletrônica correspondente configurada para engatar de forma liberável com a unidade de entrega descartável como um sistema eletrônico de entrega de tabaco 232. Dispositivos de entrega ilustrativos são fornecidos nas FIGs. 8 a 13, descritos em mais detalhes abaixo. A unidade eletrônica, por exemplo, pode ser vendida com uma ou mais unidades de entrega descartáveis. Além disso, as unidades de entrega descartáveis podem ser vendidas individualmente ou em pacotes para utilização interope- rável com a porção eletrônica. Diferentes suspensões podem ser ven-didas individualmente ou em embalagens múltiplas para que os usuários experimentem diferentes cepas de tabaco, tipos de cura, sabores, composições de suspensão (por exemplo, orgânica, aromatizada, per-fumada, infusão de ervas, etc.) com o sistema eletrônico de entrega de tabaco. Unidades descartáveis possuindo dois ou mais projetos de bo-quilha, tais como os desenhos ilustrados nas FIGs. 8 a 13 podem ser disponíveis para utilização interoperável com a mesma unidade eletrô-nica. As unidades eletrônicas podem ser vendidas em diferentes cores, materiais e/ou desenhos para atender aos gostos individuais. Em implementações adicionais, um cabo de carregamento e/ou unidade de encaixe podem ser vendidos com o sistema eletrônico de entrega de tabaco para recarregar uma bateria com a unidade base.
[00102] Várias cepas de tabaco ou suas misturas podem ser utilizadas para preparar o tabaco processado, incluindo tabaco curado em fumaça, invólucro de charuto, tabaco burley, Maryland, tabaco oriental, Pensilvânia, Camarões, cubano, Maduro, Negra, tabaco escuro curado ao ar, curado ao fogo, reconstituído e hastes de tabaco processadas ou outras porções de toda a planta de tabaco.
[00103] Assim, em uma modalidade, o tabaco é de Nicotiana taba- cum, Nicotiana rustica ou uma combinação dos mesmos. Várias outras espécies de Nicotiana podem ser utilizadas, sozinhas ou em combinação com outras espécies. Estas outras espécies incluem, mas não estão limitadas a Nicotiana acaulis, Nicotiana acuminata, Nicotiana alata, Nicotiana ameghinoi, Nicotiana arentsii, Nicotiana attenuata, Nicotiana azambujae, Nicotiana benavidesii, Nicotiana bonariensis, Nicotiana clevelandii, Nicotiana cordifolia, Nicotiana excelsior, Nicotiana forgetia- na, Nicotiana glauca, Nicotiana glutinosa, Nicotiana knightiana, Nicoti- ana langsdorfii, Nicotiana linearis, Nicotiana longibracteata, Nicotiana longiflora, Nicotiana miersii, Nicotiana mutabilis, Nicotiana langsdorfii, Nicotiana linearis, Nicotiana longibracteata, Nicotiana longiflora, Nicoti- ana miersii, Nicotiana mutabilis, Nicotiana noctiflora, Nicotiana obtusi- folia, Nicotiflora otophora, Nicotiana palmeri, Nicotiana paniculata, Ni- cotiana pauciflora, Nicotiana petunioides, Nicotiana plumbaginifolia, Nicotiana raimondii, Nicotiana repanda, Nicotiana rosulata, Nicotiana setchellii, Nicotiana solanifolia, Nicotiana sylvestris, Nicotiana thyrsiflo- ra, Nicotiana tomentosa, Nicotiana trigonophylla, Ninicotina undulata e Nicotiana wigandioides, ou outras plantas contendo nicotina da família Solanaceae, incluindo, mas não se limitando à árvore Hopwoodii e outras plantas indígenas da Australásia e da América do Sul.
[00104] Em uma modalidade atualmente preferida, o tabaco orgânico é utilizado para preparar o produto de tabaco úmido. Em uma modalidade, o processo pode utilizar tabaco orgânico (não alterado quimicamente) para garantir um produto idealmente mais saudável para o usuário final.
[00105] O teor de nicotina natural do material do tabaco pode depender das condições agronômicas sob as quais a planta do tabaco é cultivada, bem como da genética da variedade do tabaco. O conteúdo de nicotina no material da folha de tabaco é tipicamente cerca de 1% a 1,5% (10 a 15 mg de nicotina por grama de tabaco). Entretanto, variedades de tabaco, tais como aquelas projetadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) como Tipo 35, Tipo 36 ou Tipo 37, possuem um alto teor de nicotina. A espécie de tabaco Nicotiana rustica frequentemente também possui conteúdo de nicotina natural na faixa de cerca de 6% a 10%. Ainda, as linhas comerciais de tabaco curado em fumeiro, projetadas pelo USDA como Tipos 11 a 34, e tabaco Burley, projetado pelo USDA como Tipo 31, possuem naturalmente alto teor de nicotina, particularmente nas folhas do talo superior.
[00106] Em uma modalidade, o material de tabaco possui um teor de nicotina de cerca de 0,1% a 1%, 1% a 2%, 2% a 3%, 3% a 4%, 4% a 5%, 5% a 6 %, 6% a 7%, 7% a 8%, 8% a 9%, 9% a 10%, 10% a 11%, 11% a 12%, 12% a 13%, 13% a 14%, 14% a 15%, 15% a 16%, 17% a 18%, 18% a 19% ou 19% a 20%. Em ainda outra modalidade, menos de 0,1% ou nenhuma nicotina está presente no tabaco.
[00107] Outros tipos de plantas podem ser utilizados, em adição ou no lugar do tabaco. Os exemplos incluem, mas não estão limitados a folhas de chá, folhas de hortelã, sálvia, yerba mansa (Anemopsis cali- fornica), yerba manta, marshmallow, pétalas de rosa, verbasco, catnip, trevo, Cannabis sp., cravo e outras plantas herbais adequadas. As plantas, por exemplo, podem ser selecionadas para um valor holístico ou medicinal particular. Em outro exemplo, as plantas podem ser selecionadas para propósitos de sabor ou aroma. Em outro exemplo, as plantas podem ser selecionadas por valores tradicionais, religiosos ou étnicos, tal como plantas nativas utilizadas em compostos cerimoniais para fumo por grupos indígenas, tal como as espécies Hopwoodii da Australásia e da Amazônia.
[00108] O material do tabaco (folhas, lâminas, caules, veios, flores, raízes e/ou nervuras centrais) pode ser seco, parcialmente seco ou curado utilizando vários meios, ou combinações dos mesmos, tais como secagem ao ar, secagem a vácuo, energia de microondas, energia solar, um forno, secadores de leito fluido, secadores de bandeja, secadores de correia, secadores de bandeja a vácuo, secadores de spray e secadores rotativos.
[00109] Em algumas modalidades, o processo de secagem da folha de tabaco pode ser um processo de cura. Entre os tipos ilustrativos de tabaco curado estão o tabaco curado em fumeiro, tabaco escuro curado ao ar, tabaco curado ao fogo, tabaco reconstituído e hastes de tabaco processadas.
[00110] A etapa de secagem pode reduzir a umidade nas folhas em cerca de 10%, 15%, 20%, 25%, 30%, 35%, 40%, 45%, 50%, 55%, 60%, 65%, 70%, 75%, 80%, 85%, 90%, 95% ou mais.
[00111] A etapa de secagem ou de cura pode ocorrer com a mistura constante, a mistura intermitente ou sem a mistura do material de partida de tabaco. Em algumas modalidades, a etapa de secagem ocorre de forma relativamente lenta, ao longo de vários dias, para permitir o desenvolvimento de sabores naturais. Por exemplo, a etapa de secagem pode levar cerca de 2 horas, 8 horas, 12 horas, 16 horas, 14 horas, 36 horas, 48 horas, 2 semanas, 3 semanas ou 4 semanas ou mais. A etapa de secagem pode ocorrer em uma temperatura de cerca de 4°C, 6°C, 8°C, 10°C, 12°C, 20°C, 50°C, 70°C ou mais. Em outra modalidade, as folhas são liofilizadas para secar o material rapidamente sem o desenvolvimento de sabor adicional.
[00112] Em uma modalidade, a temperatura na qual a etapa de secagem é conduzida é igual ou inferior à temperatura ambiente. Em algumas modalidades, o processo de secagem inclui o aquecimento da planta ou de suas porções em temperatura elevada. A temperatura pode variar de cerca da temperatura ambiente a cerca de 200°C. Em outra modalidade, o tabaco pode ser seco utilizando uma etapa de secagem por congelamento.
[00113] Embora descritos em relação ao material de tabaco, em algumas modalidades, vários meios de processamento podem ser utilizados para processar outros tipos de plantas, por exemplo, plantas identificadas acima.
[00114] O tabaco utilizado neste processo pode ser cortado em vários tamanhos, utilizando vários tipos de meios de corte. Também, a ação de moer/cortar aplicada às folhas de tabaco brutas pode ser executada manualmente ou via meios mecânicos.
[00115] Os meios de cortar ilustrativos incluem, mas não estão limi- tados a misturar, moer, pulverizar, ralar, triturar, fresar, pulverizar e cortar. Os pedaços de tabaco podem ser cortados em vários tamanhos. Por exemplo, as peças podem possuir um diâmetro médio de cerca de 0,1 mm, 0,25 mm, 0,5 mm, 0,75 mm, 1,0 mm, 1,2 mm, 1,5 mm, 2 mm, 3 mm, 4 mm e cerca de 5 mm. Em algumas modalidades, o tabaco também pode ser moído na forma de um pó. Uma combinação de meios de cortar, moer ou pulverizar também pode ser utilizada. Em outra modalidade, o tabaco pode ser uma combinação de pequenos pedaços e tabaco finamente moído.
[00116] O produto de tabaco seco pode ser cortado ou moído em tiras ou pedaços possuindo uma dimensão maior de 50 a 2.000 mí- crons, ou mais preferencialmente 100 a 1.000 mícrons. Em algumas modalidades, o tamanho das partículas, pedaços, tiras ou moagem do produto de tabaco possui uma dimensão ou diâmetro médio maior de cerca de 50 a 100, 100 a 200, 200 a 300, 300 a 400, 400 a 500, 500 a 600, 600 a 700, 700 a 800, 800 a 900, 900 a 1.000, 1.000 a 1.100, 1.100 a 1.200, 1.200 a 1.300, 1.300 a 1.400, 1.400 a 1.500, 1.500 a 1.600, 1.600 a 1.700, 1.700 a 1.800, 1.800 a 1.900 ou 1.900 a 2000 mícrons.
[00117] Embora descrito em relação ao tabaco, em algumas moda-lidades, os meios de corte podem ser utilizados para cortar outros tipos de plantas, conforme listado nos exemplos fornecidos acima.
[00118] Para preparar o produto de tabaco, o tabaco cortado/moído discutido acima é misturado com um solvente ou "agente de suspensão". O solvente ou agente de suspensão, por exemplo, pode estar na forma de um líquido ou gel. Em outro exemplo, o solvente ou agente de suspensão pode ser uma emulsão estável. Solventes ou agentes de suspensão ilustrativos incluem, mas não estão limitadas a água, propilenoglicol (PG), polietilenoglicol, óleo vegetal, glicerina e polissor- bato 80 e suas misturas. Em uma modalidade atualmente preferida, o solvente ou agente de suspensão é glicerina pura.
[00119] A proporção de tabaco para agente de suspensão (p/p) pode ser de cerca de 3 : 1, 2 : 1, 1,5 : 1, 1,2 : 1, 1 : 1, 1 : 1 : 1,2, 1 : 1,5, 1 : 2 ou 1 : 3 ou valores entre os mesmos. Em uma modalidade atualmente preferida, a proporção é de cerca de 1 : 1.
[00120] Em uma modalidade, após o tabaco ter sido combinado com o agente de suspensão, água é opcionalmente adicionada à mistura. Por exemplo, em uma modalidade, de cerca de 1%, 5%, 7%, 10%, 15%, 20%, 25%, 30%, 40%, 50% ou 60% de água (p/p) pode ser adicionada para a mistura.
[00121] Em uma modalidade atualmente preferida, o produto de tabaco resultante final que é inserido no dispositivo tabaco aquecido é orgânico e é uma mistura de três componentes: água, glicerina e tabaco. O produto de tabaco pode incluir cerca de 20% a 25%, 25% a 30%, 30% a 35%, 35% a 40%, 40% a 55%, 50% a 55%, 55% a 60%, 60% a 65%, 60% a 65%, 65% a 70%, 70% a 75% ou 75% a 80% de glicerina em peso. O produto de tabaco pode incluir cerca de 1% a 5%, 5% a 10%, 10% a 15%, 15% a 20%, 20% a 25%, 25% a 30%, 30% a 35%, 35% a 40%, ou 40% a 50% de água em peso ou valores entre eles. O produto de tabaco pode incluir cerca de 1% a 5%, 5% a 10%, 11%, 12%, 13%, 14%, 15%, 16%, 17%, 18%, 19%, 20%, 21%, 22%, 23%, 24%, 25% a 30%, 30% a 35%, 35% a 40% ou 40% a 50% de tabaco em peso ou valores entre eles. Em uma modalidade atualmente preferida, o produto consiste em cerca de 65% a 75% de glicerina, 5% a 15% de água e 20% de tabaco em peso ou valores entre eles.
[00122] Em uma modalidade atualmente preferida, a composição é de uma consistência similar a geleia fluida, relativamente espessa. A viscosidade do produto de tabaco pode estar entre cerca de 5.000 e 80.000 cp. Em várias modalidades, a viscosidade é de cerca de 5.000 a 10.000, 10.000 a 20.000, 20.000 a 30.000, 30.000 a 40,000, 40.000 a 50.000, 50.000 a 60.000, 60.000 a 70.000 ou 70.000 a 80.000 cp. Na modalidade que é atualmente mais preferida, a viscosidade está entre cerca de 20.000 a 50.000 cp.
[00123] A quantidade de produto de tabaco inserida no copo de cada dispositivo de entrega pode ser cerca de 0,1 a 0,25, 0,25 a 0,5, 0,5 a 0,75, 1, 1 a 1,25, 1,25 a 1,5, 1,5 a 1,75, 1,75 a 2, 2 a 2,25, 2,25 a 2,5, 2,5 a 2,75, 2,75 a 3, 3 a 3,25, 3,25 a 3,5, 3,5 a 3,75, 3,75 a 4, 4 a 4,25 ou 4,25 a 4,5 gramas. As modalidades atualmente preferidas utilizam cerca de 1 a 2,5 mg de produto de tabaco em cada copo de um dispositivo de entrega.
[00124] Em contraste com os dispositivos convencionais de tabaco aquecido, as modalidades mais preferidas exemplificadas neste do-cumento contêm cerca de 20% de material de tabaco em peso acabado. O IQOS e outros dispositivos de tabaco aquecido contêm cerca de 25 a 35% de tabaco em peso. Mesmo os produtos de tabaco úmidos, tal como rapé e narguilé, utilizam conteúdos de tabaco substancialmente diferentes. O rapé úmido normalmente contém cerca de 24% a 35% de tabaco em peso e o tabaco para narguilé contém tipicamente cerca de 10 a 15% de tabaco em peso. Enquanto o tabaco para nar- guilé úmido é tipicamente cortado em tiras, as modalidades exemplificadas neste documento utilizam um produto de tabaco úmido formado a partir de folhas de tabaco moídas.
[00125] Em contraste com as modalidades exemplificadas, os dis-positivos convencionais de tabaco aquecido utilizam o produto de tabaco seco de modo a promover o aquecimento e aerossolização do produto de tabaco. A aerossolização do produto de tabaco requer ar e, portanto, cada um dos produtos convencionais fornece produto de tabaco seco através do qual o ar pode fluir com relativa liberdade, como em um cigarro tradicional. Em dispositivos de vaporização convencionais, pavios são utilizados para puxar o líquido contendo nicotina para um fluxo de ar, o que garante que o líquido seja totalmente aerado du-rante o processo de aerossolização.
[00126] Imergir o elemento de aquecimento em uma mistura úmida de tabaco e do agente(s) de suspensão não foi considerada anteriormente viável porque o produto de tabaco úmido deveria asfixiar o elemento de aquecimento e impedir ou prevenir a aerossolização efetiva. De fato, o requerente descobriu que, em muitas modalidades potenciais, o elemento de aquecimento é, de facto, asfixiado.
[00127] Como apresentado abaixo no Exemplo Comparativo 1, se o produto de tabaco está muito úmido ou muito dele envolve o elemento de aquecimento, um ou mais dos seguintes problemas são encontrados. Em primeiro lugar, como observado acima, o elemento de aquecimento pode ser asfixiado, prevenindo a aerossolização eficaz. Na ausência de oxigênio, a pirólise causa decomposição do produto de tabaco próximo ao elemento de aquecimento, o que impede ou impede substancialmente a aerossolização desejada do produto de tabaco. Uma camada de produto de tabaco decomposto ou carbonizado pode cobrir o elemento de aquecimento, essencialmente terminando o processo de aerossolização desejado.
[00128] Em segundo lugar, somente uma pequena porção da mistura úmida de tabaco e do agente(s) de suspensão (daqui em diante al-ternativamente chamado de "o produto do tabaco") pode ser consumida em relação à quantidade total contida no copo, cápsula ou reservatório. Mesmo que ocorra alguma aerossolização, muito ou a maior porção do produto do tabaco pode ser desperdiçado.
[00129] Em terceiro lugar, a aerossolização pode ocorrer para um número insuficiente de baforadas antes que os mecanismos anteriores interrompam o processo de aerossolização desejado. Por exemplo, a utilização de uma mistura de tabaco e do agente(s) de suspensão que é muito úmido ou muito seco pode produzir um resultado em que o usuário pode atingir somente 1 a 5, 1 a 10 ou 1 a 20 baforadas por copo, cápsula ou dose, o que é tipicamente 1 a 3 gramas de produto de tabaco, conforme discutido acima. Embora isso possa ser equivalente a um cigarro e o dispositivo IQOS, ainda deixa muito do produto do tabaco sem utilização e, portanto, é menos desejável. Por controlar a viscosidade do produto de tabaco, conforme ensinado neste documento, o produto e o dispositivo de tabaco divulgados neste documento podem fornecer 10, 20, 30, 40, 50, 60, 70, 80, 90, 100, 110 ou 120 baforadas por grama de produto de tabaco ou valores entre elas. Nas modalidades mais preferidas, produzem-se 120 baforadas por grama de produto de tabaco. Isso excede as baforadas por grama alcançadas por dispositivos de tabaco aquecido convencionais em pelo menos um fator de três.
[00130] Em quarto lugar, o elemento de aquecimento pode precisar ser elevado a uma temperatura elevada, tal como se aproximando ou ultrapassando 300 graus Celsius, de modo que aerossolização ocorra. Em tais temperaturas, níveis elevados de HPHCs são normalmente produzidos. De acordo com uma pesquisa publicada por um grande fabricante de tabaco, em relação ao tabagismo, os HPHCs são reduzidos em dispositivos de tabaco aquecido em 99% se o produto do tabaco for aquecido a somente 150°C, em 95% se o produto de tabaco for aquecido a somente 200°C, em 93% se o produto de tabaco for aquecido a somente 220°C e em 90% se o produto de tabaco for aquecido a 300°C. Pode-se projetar a partir de dados publicados que, em relação ao tabagismo, os HPHCs são reduzidos em cerca de 80% se o produto do tabaco for aquecido a cerca de 400°C.
[00131] É importante observar que essas reduções de HPHC declaradas são apenas em relação a HPHCs conhecidos e não levam em consideração compostos de toxicidade desconhecida. Como discutido acima, a adição de numerosos aromatizantes é suspeita de gerar ace tais e muitos outros compostos de toxicidade desconhecida em dispo-sitivos conhecidos de tabaco aquecido.
[00132] Para reafirmar as reduções de HPHC criadas pela utilização de temperaturas mais baixas em dispositivos tabaco aquecido, o aquecimento do produto de tabaco a 200°C reduz a produção de HPHC por um fator de dois em relação ao aquecimento do produto de tabaco a 300°C e um fator de quatro em relação ao aquecimento do produto de tabaco a cerca de 400°C. O aquecimento do produto de tabaco a 100°C reduz a produção de HPHC por um fator de três em relação ao aquecimento do produto de tabaco a 300°C e por um fator de seis em relação ao aquecimento do produto de tabaco a cerca de 400°C.
[00133] Novamente, a redução real é provavelmente muito maior quando se considera o fato de que o aquecimento em temperatura mais baixa também reduz a produção de muitos compostos de toxicidade desconhecida. Por exemplo, acetais produzidos por aquecimento de PG na presença de aromatizantes comuns como no produto IQOS são considerados cancerígenos.
[00134] O requerente descobriu que, surpreendentemente, é possível aerossolizar o produto de tabaco úmido mesmo quando o elemento de aquecimento está substancialmente rodeado pelo produto de tabaco úmido. O requerente também descobriu que, de modo a obter ae- rossolização do produto de tabaco úmido, é vantajoso controlar cuida-dosamente a viscosidade da composição e a maneira como ela contata o elemento de aquecimento e controlar simultaneamente a construção e o mecanismo de operação da cápsula contida no dispositivo de inalação.
[00135] O requerente descobriu que em algumas viscosidades de tabaco úmido é possível encerrar o produto de tabaco com uma cápsula deformável ou dobrável que aumenta substancialmente a aeros- solização do produto de tabaco. Por exemplo, uma cápsula com um copo de silicone com uma espessura de parede de cerca de 1 mm pode ser utilizada. Alternativamente, as espessuras de parede podem ser de cerca de 0,1, 0,2, 0,3, 0,4, 0,5, 0,6, 0,7, 0,8, 0,9, 1,0, 1,1, 1,2, 1,3, 1,4, 1,5, 1,6, 1,7, 1,8, 1,9 ou 2 mm ou valores entre elas.
[00136] Embora não desejando estar limitado a uma teoria particular, acredita-se que, durante a inalação, a parede da cápsula colapsa parcialmente ou muda de formato, levando assim o produto de tabaco úmido a um contato íntimo com o elemento de aquecimento. As paredes flexíveis da cápsula são puxadas para o interior pela sucção fornecida pela inalação. As paredes são preferencialmente projetadas para se deformarem a uma pressão negativa de cerca de 0,1 a 2 kPa (1 a 20 milibar (mb)). Em várias modalidades, as paredes da cápsula se deformam a uma pressão de cerca de 100, 200, 300, 400, 500, 600, 700, 800, 900, 1000, 1200, 1400, 1500, 1800, 2000, 2500, 3000, 3500, 4000, 4500 ou 5000 Pa (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 12, 14, 15, 18, 20, 25, 30, 35, 40, 45 ou 50 MB) ou valores entre as mesmas.
[00137] Após a sucção ser removida, a cápsula expande-se para o seu formato original, o que vantajosamente puxa o ar para os interstícios do produto de tabaco de alta viscosidade. A viscosidade do produto de tabaco é controlada com vantagem em cerca de 10.000 a 50.000 cp para facilitar este mecanismo de ação. Esse processo areja o produto do tabaco em uma ação recíproca similar à executada por um fole, exceto que a área de interesse está, por analogia, dentro da bexiga do fole.
[00138] Durante a próxima inalação, o usuário pressiona o botão no dispositivo e o elemento é aquecido. A deformação da parede da cápsula faz com que o produto do tabaco volte a entrar em contato íntimo com o elemento de aquecimento. O produto de tabaco aerado está então pronto para outra etapa de aerossolização, a qual normalmente dura vários segundos enquanto o usuário inala enquanto pressiona o botão para ativar o elemento de aquecimento.
[00139] Desta forma, a parede da cápsula pode aprimorar substan-cialmente a aeração e aerossolização do produto de tabaco. Foi apre-sentando que o controle cuidadoso desses parâmetros gera três vezes um aprimoramento na aerossolização/utilização de produtos de tabaco o que, por sua vez, cria um vapor mais satisfatório e um sabor melhor. Isso, por sua vez, proporciona um grau de satisfação do usuário que é suficiente para deslocar ou substituir o fumo de cigarros tradicionais. Dispositivos convencionais de tabaco aquecido não têm tido sucesso a este respeito, em parte substancial devido à sua aerossolização inferior e ao aumento da produção de HPHC.
[00140] Os dispositivos descritos neste documento estão nas moda-lidades mais preferidas capazes de atingir a aerossolização em tempe-raturas muito baixas, de cerca de 100°C, o que reduz os HPHCs tanto quanto 4, 5 ou 6 vezes ou mais em relação aos produtos de tabaco aquecido convencionais, tal como IQOS. A redução geral de carcinó- genos reais (ou seja, HPHCs conhecidos e compostos de toxicidade desconhecida que são de fato carcinogênicos) é provavelmente muito maior, na ordem de 7, 8, 9 ou 10 vezes ou mais.
[00141] Em modalidades preferidas, o usuário pressiona o botão do aquecedor por cerca de um a cinco segundos (ou valores entre eles), enquanto inalando, o que produz uma "baforada" de cerca de um a três segundos de duração porque o processo de aerossolização começa quase imediatamente após a aplicação de calor, quando o produto de tabaco atinge uma temperatura de cerca de 75 a 85°C, o que ocorre em cerca de 0,5 segundos no processo. Uma baforada ou ciclo de aquecimento (o período durante o qual o usuário pressiona o botão de aquecimento e inala) pode durar cerca de 0,5, 1, 1,5, 2, 2,5, 3, 3,5, 4,5, 5, 6, 7, 8, 9 ou 10 segundos ou valores entre eles. Em uma moda- lidade adicional preferida, uma baforada ou ciclo de aquecimento pode durar cerca de cinco segundos ou menos.
[00142] Ao longo do processo de aquecimento, a temperatura do produto de tabaco a cerca de um milímetro a partir do elemento de aquecimento é elevada a uma temperatura de cerca de 125°C. Em algumas modalidades, ao longo do processo de aquecimento, a temperatura do produto de tabaco de cerca de um milímetro a partir do elemento de aquecimento é elevada a uma temperatura de cerca de 100°C, 110°C, 120°C, 130°C, 140°C, 150°C , 160°C, 170°C, 180°C, 190°C, 200°C, 210°C, 220°C, 230°C, 240°C ou 250°C ou valores entre os mesmos. Em algumas modalidades, ao longo do processo de aquecimento, a temperatura do produto de tabaco de cerca de dois milímetros a partir do elemento de aquecimento é elevada a uma temperatura de cerca de 100°C, 110°C, 120°C, 130°C, 140°C, 150°C, 160°C, 170°C, 180°C, 190°C, 200°C, 210°C, 220°C, 230°C, 240°C ou 250°C ou valores entre os mesmos. Em algumas modalidades, ao longo do processo de aquecimento, a temperatura a partir do produto de tabaco dentro de 0,5 mm do elemento de aquecimento é elevada a uma temperatura de cerca de 100°C, 110°C, 120°C, 130°C, 140°C, 150°C, 160°C, 170°C, 180°C, 190°C, 200°C, 210°C, 220°C, 230°C, 240°C ou 250°C ou valores entre eles.
[00143] Conforme observado acima, o aumento das temperaturas pode resultar no aumento das emissões de produtos nocivos. Assim, em algumas modalidades, o controlador de aquecimento pode ser con-figurado para fornecer calor somente por um dado período de tempo após o botão ser pressionado, por exemplo, cerca de 0,5, 1, 1,25, 1,5, 1,75 ou 2 segundos ou valores entre os mesmos, para limitar o aquecimento do produto de tabaco em uma faixa de temperaturas desejada de cerca de 100°C a 125°C. Alternativamente, a corrente para o elemento de aquecimento pode ser ligada e desligada durante o pressio- namento de um único botão para permitir que o calor se distribua mais uniformemente por todo o produto de tabaco. O produto de tabaco úmido aumenta a transferência de calor lateralmente em todo o produto de tabaco, o que permite um aquecimento mais uniforme do produto de tabaco. Isso, por sua vez, permite que o produto de tabaco seja ae- rossolizado preferencialmente em uma temperatura relativamente baixa e controlada em comparação com dispositivos tabaco aquecido co-nhecidos.
[00144] Embora não desejando estar limitado a uma teoria particular, acredita-se que existem dois mecanismos de ação nas modalidades atualmente preferidas. Primeiro, o produto de tabaco moído sólido (o qual contém glicerina e água) é aquecido e aerossolizado. Segundo, na interface do elemento de aquecimento e do agente de suspensão líquido (o qual é uma mistura de glicerina, água e componentes naturais dissolvidos do tabaco moído) ferve. Isso pode ocorrer em temperaturas de 101°C a 170°C, dependendo das concentrações relativas de glicerina, água e de outros solutos. Em algumas modalidades, esta ebulição ocorre em cerca de 110°C a 120°C, 120°C a 130°C, 130°C a 140°C, 140°C a 150°C, 150°C a 160°C ou 160°C a 170°C ou valores entre eles. Nesta modalidade, este efeito de ebulição pode ser altamente localizado no elemento de aquecimento, dependendo da viscosidade e composição combinadas com o nível de agitação do material do tabaco no líquido causado por sucção e entrega na inalação, contribuindo assim para o processo geral de aerossolização sem aumentar substancialmente a emissão de HPHC causada por aquecimento ou pirólise excessivo do produto de tabaco como nos dispositivos convencionais tabaco aquecido.
[00145] Este mecanismo duplo de ação (aerossolização de ambos os produtos de tabaco sólido e o líquido contendo água, extrato de tabaco natural e glicerina) é único para as modalidades descritas neste documento e é distinto dos produtos tabaco aquecido existentes. Como discutido acima, produtos de tabaco aquecido convencionais fornecem o produto de tabaco em uma forma seca que permite o fluxo ativo de ar ou de uma mistura de ar e vapor de água através de um produto de tabaco seco aquecido durante a inalação.
[00146] As modalidades exemplificadas também são uma divergência fundamental a partir de produtos de vaporização conhecidos, os quais utilizam um sistema de capilaridade para levar o líquido contendo nicotina para uma corrente de ar onde é aquecido. Além disso, em contraste com os produtos de vaporização convencionais, o produto aerossolizado é tabaco real e não contém nicotina adicionada. Isso evita o aumento do risco de vício e efeitos de saúde de curto prazo relatados em conexão com dispositivos modernos de vaporização.
[00147] Além disso, diferente dos produtos convencionais de tabaco aquecido ou de vaporização, as modalidades atualmente preferidas descritas neste documento fornecem um sabor aprimorado e experiência do usuário que são mais propensos a substituir o fumo de cigarros tradicionais, que é o objetivo declarado dos dispositivos de tabaco aquecido. As modalidades preferidas da presente invenção fornecem um sabor aprimorado e experiência do usuário que é provável de substituir os cigarros tradicionais sem a adição de nicotina, risco de dependência associado e efeitos de vaporização de curto prazo na saúde e sem os níveis elevados de HPHC associados aos dispositivos convencionais de tabaco aquecido.
[00148] Conforme detalhado na seção ilustrativa abaixo, em um teste de fumo envolvendo vinte e um participantes que amostraram o IQOS Heatstick e uma modalidade da invenção exemplificada neste documento, o produto da invenção foi considerado como fornecendo um sabor bem melhor e fácil de utilizar. Quanto ao sabor, em uma escala de 1 a 5 (sendo 5 o melhor) o IQOS recebeu uma classificação de 1,27 (sendo 1 o pior) e a modalidade da invenção exemplificada neste documento recebeu uma classificação de 4,55 (sendo 5 o melhor). Para a facilidade de utilização, o IQOS recebeu uma classificação de 1,05 (1 sendo o pior) em comparação com 4,95 (5 sendo o melhor) para a modalidade preferida da invenção exemplificada neste documento. Nenhum dos vinte um participantes do teste de fumo estava ciente de qualquer afiliação entre o administrador do estudo e qualquer um dos produtos.
[00149] A utilização de um processo de pasteurização para o tabaco preserva vantajosamente o produto do tabaco sem a adição de um agente conservante. Conforme discutido detalhadamente acima, aquecer misturas de compostos em temperaturas acima de 100°C pode produzir compostos carcinogênicos e compostos de toxicidade desconhecida. Assim, é mais preferido que um tabaco pasteurizado orgânico seja utilizado para preparar o produto de tabaco.
[00150] Em algumas modalidades, o produto de tabaco embalado é utilizado como parte de um sistema eletrônico de entrega de tabaco (ETDS), incluindo um dispositivo eletrônico de entrega de tabaco para aquecer e converter o produto de tabaco empacotado em um estado de fumaça ou vapor. Voltando à FIG. 8A, em algumas modalidades, um dispositivo eletrônico de entrega de tabaco 300 inclui uma porção de entrega descartável 302 para receber e aquecer uma suspensão de tabaco e um corpo ou porção de peças eletrônicas não descartável 304 alojando uma fonte de energia e componentes eletrônicos para ativar um mecanismo de aquecimento do dispositivo eletrônico de entrega de tabaco 300 para entregar fumaça ou vapor para o usuário final através de uma seção de boquilha 306 do dispositivo eletrônico de entrega de tabaco 300. Conforme ilustrado, a porção de entrega 302 é separada da porção de componentes eletrônicos 304. Em algumas implementações, a porção de entrega 302 pode ser ejetável da porção de componentes eletrônicos 304 para adicionar o produto de tabaco ao dispositivo eletrônico de entrega de tabaco 300. Por exemplo, a porção de entrega 302 pode ser ejetável para encher um copo de produto com mais produto de tabaco. Em algumas, mas não em todas as implementações, a porção de entrega 302 é descartável. Por exemplo, a porção de entrega 302 pode ser pré-preenchida com produto de tabaco como a embalagem do produto de tabaco e vendida como uma "cápsula" ou dose. Além do exemplo, após a utilização, a porção de entrega 302 pode ser descartada e substituída por uma nova porção de entrega 302.
[00151] Voltando à FIG. 8B, uma vista em sessão transversal da porção de entrega 302 ilustra uma seção de tampa 310 abaixo da seção de boquilha 306. A seção de tampa 310, conforme ilustrada, é projetada para se aninhar com uma seção de copo de produto 312. O produto de tabaco úmido descrito em detalhes acima é adicionado ao copo 312 de modo que o produto de tabaco encha o copo 312 até a borda de cima do copo e deixe a porção superior do elemento de aquecimento 324 exposta.
[00152] A cápsula é dimensionada para conter uma quantidade desejada de produto de tabaco e fornecer o grau e uniformidade desejados ou a ciclicidade de aquecimento para o produto de tabaco. A largura total do copo 312 pode ser 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29 ou 30 mm ou valores entre os mesmos. A largura do copo (medido ao longo do eixo geométrico z, dentro e fora da página na figura 8C) pode ser 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19 ou 20 mm ou valores entre eles. A parede do copo 312 pode ser formada de silicone e possuir uma espessura de parede de cerca de 0,1, 0,2, 0,3, 0,4, 0,5, 0,6, 0,7, 0,8, 0,9, 1, 1,1, 1,2, 1,3, 1,4, 1,5, 1,6, 1,7, 1,8, 1,9 ou 2 mm ou valores entre eles.
[00153] As doses do produto de tabaco contido no copo podem ser cerca de 0,1 a 0,25, 0,25 a 0,5, 0,5 a 0,75, 1, 1 a 1,25, 1,25 a 1,5, 1,5 a 1,75, 1,75 a 2, 2 a 2,25, 2,25 a 2,5, 2,5 a 2,75, 2,75 a 3,0, 3 a 3,25, 3,25 a 3,5, 3,5 a 3,75, 3,75 a 4, 4,25 ou 4,50 gramas ou valores entre os mesmos. As modalidades atualmente preferidas utilizam cerca de 1 a 2,5 mg por cápsula ou dose.
[00154] O volume do copo 312 pode ser de 100 a 15.000 mm3. Em modalidades preferidas, o volume do copo 312 pode ser cerca de 1.000, 1.500, 2.000, 2.500, 3.000, 3.500, 4.000, 4.500, 5.000, 5.500, 6.500, 7.000, 7.500, 8.000, 8.500, 9.500 ou 10.000 mm3 ou valores entre eles.
[00155] O elemento de aquecimento 324 pode ser um elemento re- sistivo de 0,5, 1, 1,5, 2,2,5 ou 3 ohm (ou valores entre eles) que recebe fornecimento de 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19 ou 20 watts (ou valores entre eles) a partir de uma bateria alojada no corpo 304. Nas modalidades exemplificadas neste documento, o elemento de aquecimento é uma liga de níquel-cromo 1,5 alimentada por um suprimento de 14W de eletricidade a partir de uma bateria de 1200 mAh.
[00156] A FIG. 8C ilustra a seção de copo de produto 312 aninhada na seção de tampa 310. A seção de tampa 310 inclui uma saída 314 em uma tampa 316. A saída 314 está alinhada com uma saída de boquilha 328 para entregar fumaça ou vapor ao usuário. Quando aninhada (como na FIG.8C), a tampa 316 pode cobrir a região do copo 312, exceto por uma abertura da saída 314. A saída 314, por exemplo, pode ser redonda ou oval. A saída 314 pode estar localizada substancialmente centralmente, como apresentado, dentro da seção de tampa 310. Para evitar derramamento de produto de tabaco ao inclinar o dispositivo eletrônico de entrega de tabaco 300, em algumas implementações, o produto de tabaco é produzido de uma maneira que atinge as viscosidades discutidas acima. A tampa 316 pode ser flexível ou deformável para pressionar contra uma ou mais superfícies da seção da boquilha e/ou do copo 312 para criar uma vedação. A tampa 316, por exemplo, pode ser formada a partir de um elastômero de grau alimentício de alta temperatura, tal como um silicone resistente ao calor, borracha de monômero de etileno propileno dieno (EPDM), borracha de nitrila (NBR) ou fluoroelastômero (FKM, FPM). Por outro lado, em algumas modalidades, uma parede interna 318 da seção de tampa 310 (por exemplo, dentro da qual o copo 312 aninha) é formada de um material rígido, tal como um plástico ou metal. Conforme ilustrado na FIG. 8C, o elemento de aquecimento 324 está disposto parcialmente na saída da tampa 314.
[00157] Voltando à FIG. 8B, em algumas modalidades, o copo 312 é deformável de modo que possa se expandir para ser embalado com produto de tabaco e, em seguida, retrair enquanto o produto de tabaco está sendo aerossolizado. O copo deformável 312, por exemplo, pode impelir o produto de tabaco em direção a um elemento de aquecimento 324 (por exemplo, uma bobina de aquecimento) enquanto o dispositivo eletrônico de entrega de tabaco 308 está em utilização e pressão negativa é aplicada ao interior do copo 312. O copo 312, por exemplo, pode ser formado a partir de um elastômero de grau alimentício de alta temperatura, tais como um silicone resistente ao calor, borracha de monômero de etileno propileno dieno (EPDM), borracha de nitrila (NBR) ou fluoroelastômero (FKM, FPM).
[00158] Em modalidades selecionadas, o copo 312 pode ser pré- formado para possuir um formato que não corresponde à abertura 318 em que as paredes são curvadas para o interior em direção ao elemento de aquecimento em um ou mais lugares quando em um estado de repouso ou vazio. Nesta modalidade, quando o copo é cheio com produto de tabaco e o copo está instalado na boquilha como apresentado na FIG. 8C, a natureza elástica das paredes proporcionará uma força de propensão para o interior no produto de tabaco que o impele em direção ao elemento de aquecimento. A quantidade de força de propensão para dentro será uma função da configuração de repouso das paredes do copo e da extensão em que elas devem ser empurradas para o exterior de modo a acomodar o produto de tabaco. Esta abordagem de "parede projetada para o interior" pode ser utilizada para aumentar o efeito de fole descrito acima e em mais detalhes abaixo.
[00159] Conforme ilustrado, a bobina de aquecimento 324 está posicionada horizontalmente. Em outras modalidades, a bobina de aquecimento pode ser alinhada verticalmente, tal como uma bobina de aquecimento 344 apresentada na FIG. 8D.
[00160] Com referência às FIGs. 8A e 8C, em utilização, o usuário pressiona o botão 308 enquanto inspira. A inalação puxa o ar através da abertura 330, conforme indicado pela seta que a atravessa. O ar é puxado através do topo do elemento de aquecimento 324, que está de preferência pelo menos parcialmente exposto. O produto de tabaco é aerossolizado, de preferência de acordo com o método duplo de ação descrito acima. Durante a inalação, a parede do copo 312 opcionalmente se curva para dentro e leva o produto de tabaco ao contato com o elemento de aquecimento 324. Esta ação torna-se cada vez mais importante em algumas viscosidades do tabaco conforme o produto de tabaco é consumido e o copo está somente parcialmente cheio com produto de tabaco. Em muitas implementações, o produto de tabaco próximo ao elemento de aquecimento 324 é consumido primeiro. A ação do tipo fole do copo 312 ajuda a colocar o produto de tabaco que pode estar agarrado às paredes do copo 312 em contato íntimo com o elemento de aquecimento. Além disso, o volume do copo é reduzido, o que tenderá a causar que o líquido da solução de glicerina/água suba mais em torno do elemento de aquecimento, o que pode aumentar o mecanismo de ação de ebulição discutido acima. Os componentes ae- rossolizados do produto de tabaco são transportados para fora da abertura 328 e inalados pelo usuário.
[00161] Quando a inalação cessa, as paredes do copo 312 voltam à sua forma normal (elas não estão mais curvadas para o interior, a menos que o copo seja projetado com uma parede projetada para o interior), o que aumenta o volume do copo e puxa o ar para a área do copo. Esta ação similar a um fole areja o produto do tabaco em preparação para a próxima tragada ou baforada.
[00162] Voltando à FIG. 8D, em algumas implementações, um copo 342 inclui um piso móvel 346 propenso por um ou mais elementos de propensão, tal como uma mola helicoidal 348. Em outras modalidades, o elemento(s) de propensão pode incluir duas ou mais molas helicoidais, uma ou mais molas de lâmina, ou outro material compressível com memória de formato, tal como uma espuma. O copo 342 pode ser deformável, conforme descrito em relação à FIG. 8B ou pode ser formado de um material mais rígido, tal como um silicone rígido resistente ao calor, metal ou outro elastômero de grau alimentício de alta temperatura. Quando inicialmente preenchido com produto de tabaco, a mola 348 está em um estado totalmente comprimido. À medida que o produto do tabaco é consumido, o peso contra o piso móvel 346 é diminuído e o piso móvel 346 levanta o produto de tabaco restante em direção a uma bobina de aquecimento 344. Em outras modalidades, ao invés de utilizar um membro de propensão, o piso móvel 346 pode ser levantado manualmente por um usuário, por exemplo, através de um mecanismo de atuação disposto externamente (por exemplo, roda de polegar, mecanismo deslizante com saliências, etc.). Desta forma, a construção alternativa da FIG. 8D auxilia a promover a aerossolização, o consumo completo do produto do tabaco e o mecanismo duplo de ação descrito acima.
[00163] Voltando à FIG. 8B, uma região de baixo do copo 312, em algumas modalidades, aloja um conjunto de eletrodos 320 a, b. Os ele-trodos 320a, b, por exemplo, podem fornecer eletricidade para o elemento de aquecimento 324 a partir de uma fonte de alimentação incluída na porção de componentes eletrônicos 304. Por exemplo, os eletrodos 320 a, b podem estar em conexão elétrica com uma ou mais baterias descartáveis, tais como pilhas AAA ou AA, alojadas na porção de componentes eletrônicos 304. Alternativamente, os eletrodos 320a, b podem estar em conexão com uma ou mais baterias recarregáveis alojadas na porção de componentes eletrônicos 304, tal como uma bateria de íon de lítio 18650, uma bateria de íon de lítio 26650 ou uma bateria de íon de lítio 20700. Uma porta de carregamento (não ilustrada) pode ser incluída na porção de componentes eletrônicos 304 para recarregar a bateria do tipo recarregável.
[00164] Em algumas modalidades, a região de baixo do copo 312 abriga um ou mais ímãs 322a, b. Os ímãs 322a, b, por exemplo, podem ser utilizados para engatar de forma ejetável a porção de entrega 302 com a porção de componentes eletrônicos 304 por magnetização para ímãs correspondentes (não ilustrados) na porção de componentes eletrônicos 304. Os ímãs 322a, b, em algumas implementações, são dois ímãs discretos. Em outras implementações, os ímãs 322a, b são porções de um ímã em formato de anel em torno dos eletrodos 322a, b. Em modalidades alternativas, um mecanismo de travamento, tal como uma trava ou saliência de mola, para garantir o alinhamento adequado da porção de entrega 302 com a porção de componentes eletrônicos 304. Por exemplo, isso pode alinhar os eletrodos adequadamente com os conectores de energia correspondentes na porção de componentes eletrônicos 304 (não ilustrada).
[00165] Voltando à FIG. 8A em utilização, um usuário pode pressionar um botão de ativação 308 para direcionar energia para a bobina de aquecimento 324 das FIGs. 8B e 8C. O botão de ativação 308, em al- gumas modalidades, é mantido pressionado durante a utilização do dispositivo eletrônico de entrega de tabaco 300. A entrega de corrente para o elemento de aquecimento enquanto o botão é pressionado pode ser controlada como discutido acima.
[00166] O copo 312 pode ser fornecido com uma sonda de temperatura para facilitar este controle. A sonda pode ser montada diretamente em uma superfície externa dos eletrodos 320 a, b ou pode se projetar para o corpo do interior do copo de modo a medir a temperatura do produto de tabaco em uma localização desejada consistente com os ensinamentos anteriores relativos às temperaturas de aerossoliza- ção.
[00167] Em algumas implementações, uma entrada 330 no lado da região da boquilha 306 puxa o ar externo para o dispositivo eletrônico de entrega de tabaco 300 para arejar a porção de entrega 302. A entrada 330 pode incluir um filtro (não ilustrado) ou tela para impedir a entrada de contaminantes. Em outras modalidades, a entrada 330 pode ser projetada como uma coleção de pequenas entradas ou aberturas, por exemplo, dispostas em um padrão decorativo, para permitir o movimento do ar dentro da porção de entrega 302, enquanto reduzindo a probabilidade de vazamento do produto e/ou a introdução de con- taminantes externos, tal como pelos de animal de estimação.
[00168] Em algumas implementações, a saída da boquilha 328 inclui um filtro 330 para filtrar a fumaça ou vapor produzido pela bobina de aquecimento 324 e/ou para bloquear o vazamento da suspensão de tabaco do copo 312. O filtro 330, em algumas modalidades, inclui uma fibra natural ou artificial tal como algodão. Em algumas modalidades, o filtro inclui um ou mais minerais, tal como carvão ou carbono. Em outras modalidades, o filtro inclui acetato de celulose (CA), celulose nanocristalina (NCC) ou um tubo de acetato oco (HAT). Em outras modalidades, o filtro 330 é um filtro eletrostático ou eletrolítico. Embora ilustrado como dois componentes separados, em outras modalidades, a bobina de aquecimento 324 pode ser combinada com o filtro 314 para aquecer e filtrar a fumaça ou vapor antes da inalação pelo usuário.
[00169] As FIGs. 9A a 9D ilustram modalidades alternativas de uma entrega eletrônica de tabaco similar ao dispositivo 300 das FIGs. 8A a 8D. Voltando à FIG. 9A, um primeiro exemplo de dispositivo eletrônico de entrega de tabaco 400 inclui uma porção de entrega 402 e uma porção de componentes eletrônicos 404. Similarmente, na FIG. 9C, um segundo dispositivo eletrônico de entrega de tabaco 450 inclui uma porção de entrega 452 e uma porção de componentes eletrônicos 454. A boca de um usuário é formada em torno de uma região de boquilha 418 (468 na FIG.9C) da porção de entrega 402, 452 do dispositivo 400 (450), como apresentado nas vistas laterais 422a, b (472a, b) e na vista traseira 424 (474), para utilizar o dispositivo 400 (450). Conforme apresentado em uma vista frontal 420 (470), um controle 408 (458) é fornecido para ativar um elemento de aquecimento interno para fornecer uma fumaça ou vapor para o usuário final via uma saída 406 (456) da região da boquilha 418 (haste do tubo 458), conforme ilustrado em uma vista de cima 426 e na vista traseira 424 (474). Quando inalando, uma entrada 410 (460), apresentada em uma primeira vista lateral 422a (472a), permite a introdução de ar no dispositivo 400 (450).
[00170] O dispositivo 400 (450), em algumas implementações, inclui uma bateria recarregável para alimentar o elemento de aquecimento. Por exemplo, conforme ilustrado em uma vista de baixo 428 (478), uma porta de carregamento 412 (462) é fornecida para recarregar uma bateria recarregável interna.
[00171] Voltando à FIG.9B a 9D, a porção de entrega 402 (452) é separada da porção de componentes eletrônicos 404 (454). A porção de entrega 402 (452), como apresentada em uma vista de baixo 438 (488), inclui um conjunto de ímãs 414a, b (464a, b) para engatar de forma ejetável a porção de componentes eletrônicos 404 (454) do dis-positivo 400 (450) bem como um conjunto de contatos elétricos 416a, b (466a, b) para receber corrente elétrica da porção de componentes eletrônicos 404 (454) do dispositivo 400 (450). Os contatos elétricos 416a, b (466a, b), por exemplo, podem estar conectados a um elemento de aquecimento, tal como a bobina de aquecimento 324 das FIGs. 8B e 8C ou a bobina de aquecimento 344 da FIG. 8D. Em algumas modalidades, a porção de entrega 402 (452) inclui uma ou mais sali-ências ou protuberâncias, tais como saliências ou protuberâncias 440 (490) ilustradas em cada uma dentre uma vista frontal 430 (480), vistas laterais 432a, b, (482a, b) e uma vista traseira 434 (484) da FIG. 9B (FIG. 9D). As saliências ou protuberâncias 440 (490), por exemplo, podem encaixar com saliências ou protuberâncias correspondentes em uma superfície interna da porção de componentes eletrônicos 404 (454) do dispositivo 400 (450).
[00172] As FIGs. 10A a 10E ilustram vistas explodidas de componentes ilustrativos para a construção de um dispositivo eletrônico de entrega de tabaco, tal como o dispositivo 300 das FIGs. 8A a 8D, o dispositivo 400 das FIGs. 4A e 4B, ou o dispositivo 450 das FIGs. 4C e 4D. Muitos componentes são idênticos nas figuras e, portanto, são identificados de forma idêntica. Tendo descrito completamente a FIG. 8A, somente diferenças entre a FIG. 8A e a figura subsequente serão discutidas a seguir.
[00173] Voltando à FIG. 10A, um dispositivo eletrônico de entrega de tabaco 500, em algumas implementações, inclui uma boquilha 502, uma tampa de copo 504, uma bobina de aquecimento 506, um copo 508, uma base de copo 510, um conjunto de ímãs 512, um conjunto de eletrodos 514, um anel em formato de O 516, um suporte da bateria 518, uma bateria 520 conectada aos componentes eletrônicos 536 (por exemplo, uma placa de circuito impresso (PCB)) e um corpo ex- terno da porção de componentes eletrônicos 522. Os componentes 502, 504, 506, 508, 510, 512a a d, e 514a, b, por exemplo, podem ser considerados parte da porção de entrega do dispositivo 500, enquanto os componentes 518, 520 e 522 podem ser considerados parte da porção de componentes eletrônicos do dispositivo 500. O anel em formato de O 516 pode auxiliar na vedação contra qualquer vazamento de produto (por exemplo, tabaco em suspensão líquida) entrando na porção de componentes eletrônicos do dispositivo 500.
[00174] Voltando à porção da boquilha, em algumas implementações, a boquilha 502 é formada a partir de um material usualmente rígido, tal como um polímero (por exemplo, plástico). A tampa do copo 504 é projetada para aninhar em uma porção de baixo da boquilha 502, com uma saída 548 da tampa do copo 504 alinhada com uma abertura da boquilha (não ilustrada). A tampa do copo 504 pode ser formada de um material flexível ou deformável, tal como silicone.
[00175] Em algumas implementações, a tampa do copo 504 recebe parcialmente uma porção superior da bobina de aquecimento 506 a qual é projetada para encaixar dentro do copo 508. Assim, a tampa do copo 504 e o copo 508 podem ser formados de um material resistente ao calor similar ou igual, tal como silicone. A tampa do copo 504 pode ser retida por fricção no copo 508, de modo que a tampa do copo 504 possa ser removida e recolocada quando enchendo o copo 508 com produto de tabaco.
[00176] O copo 508, em algumas implementações, é projetado para se conectar com a base do copo 510. Em outras implementações, o copo 508 e a base do copo 510 são formados a partir de uma peça unitária de material. A base do copo 510, como ilustrado, inclui um conjunto de aberturas externas 532a, b para receber os ímãs 512a, b, bem como um conjunto de aberturas internas 534a, b para receber os eletrodos 514a, b. A base do copo 510 pode ser formada de um mate rial rígido, como plástico. Conforme ilustrado, o copo 508 e a base do copo 510 incluem componentes correspondentes (por exemplo, protu-berâncias e saliências) para conectar a base do copo 510 ao copo 508.
[00177] Voltando-se para a porção de componentes eletrônicos, em algumas implementações, os ímãs 512c e 512d são inseridos em aberturas ou depressões (não ilustradas) no suporte da bateria 518. Para coincidir com os ímãs 512a, b da porção de entrega após a montagem do dispositivo 500. O suporte da bateria 518 inclui uma abertura 540 para receber a bateria 520. Em algumas implementações, os contatos elétricos 546a, 546b se estendem a partir dos componentes eletrônicos 536 conectados à bateria 520 para realizar interface fisicamente com os eletrodos 514a, 514b da porção de entrega mediante a montagem do dispositivo 500.
[00178] Em algumas implementações, um conector de carregamento 538 conectado à bateria 520 é projetado para inserção através de uma abertura de conector de carregamento 544 no suporte da bateria 518. O conector de carregamento 538, por exemplo, pode ser um conector de carregamento estilo barramento serial universal (USB), como um conector mini-USB, micro-USB ou USB-C para realizar interface com uma porta de carregamento USB correspondente.
[00179] Em algumas implementações, depois de inserir a bateria 520 no suporte de montagem da bateria 518, um controle de ativação 542 dos componentes eletrônicos 536 é disposto abaixo de uma abertura 530a do suporte de montagem da bateria 518. O controle de ativação 542 pode ser ativado através da atuação de um botão situado sobre o controle de ativação 542. Conforme ilustrado, um botão 524, ilha do botão 526 e o guia de botão 528 podem ser instalados dentro da abertura 530a acima do controle de ativação 542. Cada um dentre o botão 524, a ilha do botão 526 e o guia de botão 528 pode ser com- posto por um polímero, tal como um plástico. Para ativar o dispositivo 500, o usuário pode pressionar e segurar o botão 524.
[00180] O suporte de montagem da bateria 518, em algumas im-plementações, é coberto por um corpo externo da porção de componente eletrônicos 522. O corpo externo 522 inclui uma abertura correspondente 530b à abertura 530a no suporte de montagem da bateria 518 para fornecer acesso externo ao botão 524. O corpo externo 522, em algumas modalidades, é composto de um material polimérico, tal como plástico. Em outras modalidades, o corpo externo 522 é composto de um metal, tal como alumínio. Em outras modalidades, o corpo externo 522 é composto de material natural, tal como madeira ou bambu. O corpo externo 522 pode incluir um desenho decorativo.
[00181] Voltando à FIG. 10B, em um segundo dispositivo ilustrativo 550, em algumas implementações, um piso móvel 552 e a mola de avanço 554 são posicionados entre a tampa do copo 504 e a base do copo 510 para impelir o produto de tabaco em direção ao elemento de aquecimento 506 enquanto o produto de tabaco é evaporado e/ou queimado durante a utilização. Inicialmente, por exemplo, a mola de avanço 554 pode ser totalmente comprimida, com o piso móvel 552 posicionado o mais próximo possível da base do copo 510. Além deste exemplo, o produto de tabaco pode encher o copo 508 a partir do piso móvel 552 até a tampa do copo 504, pelo menos parcialmente cobrindo as bobinas do elemento de aquecimento 506. Conforme o dispositivo 550 é utilizado e o produto de tabaco reduz, a força da mola 554 excede a força do peso do produto de tabaco ou de outra forma impele o produto de tabaco em direção ao "teto" do invólucro do copo (316 na FIG. 8B). O piso móvel 552 é empurrado para cima em direção às bobinas do elemento de aquecimento 506, movendo o produto de tabaco para mais próximo das bobinas do elemento de aquecimento 506 e, assim, encorajando o aquecimento consistente do produto de tabaco dentro do copo 508 e um consumo mais completo do produto de tabaco (que pode de outra forma aderir às paredes do copo 508).
[00182] Em algumas modalidades, o piso móvel 552 é composto de um material rígido, tal como um plástico. O piso móvel 552 pode ser composto de um silicone rígido, por exemplo, para aprimorar a resis-tência ao calor. Em outras modalidades, o piso móvel 552 é composto por um material condutor de calor para aprimorar o aquecimento do produto de tabaco a partir de uma região inferior do copo 508. Por exemplo, o piso móvel 552 pode ser composto de um metal tal como o alumínio.
[00183] O piso móvel 552 inclui uma borda deformável ou anel em formato de O, em algumas modalidades, para resistir ao vazamento do produto de tabaco. Além disso, as aberturas 556a, 556b do piso móvel 552 podem incluir uma borda deformável ou anel em formato de O para resistir ao vazamento ao longo das extremidades do elemento de aquecimento 506.
[00184] Para montar o dispositivo 550, em algumas implementações, as extremidades do elemento de aquecimento 506 são inseridas através das aberturas 556a, 556b no piso móvel 552 e nas hastes dos eletrodos 514a, 514b. Em outras implementações, voltando-se para a FIG. 10C, ao invés do elemento de aquecimento 506 se estender através das aberturas 556a, 556b do piso móvel 552 para se conectar com os eletrodos 514a, b, um elemento de aquecimento envolvente 562 pode ser fornecido para se estender em torno das bordas de um piso móvel 564 e se conectar com um conjunto de hastes em formato de L dos eletrodos 566a, 566b
[00185] Em algumas implementações, ao invés de uma bobina de aquecimento posicionada horizontalmente, a bobina de aquecimento pode ser orientada verticalmente. Voltando à FIG. 10D, por exemplo, um dispositivo eletrônico de entrega de tabaco 570 ilustrativo inclui uma bobina de aquecimento vertical 572 fornecida entre a tampa do copo 504 e a base do copo 510. As extremidades da bobina de aquecimento 572, como ilustrado, são projetadas para serem montadas através das aberturas 556a, 556b do piso móvel 552 e nos eletrodos 514a, b. Em outras modalidades (não ilustradas), o piso móvel 552 e o elemento de mola 554 podem ser removidos. A bobina de aquecimento vertical 572, por exemplo, pode ser posicionada para aquecer uma área de superfície maior da mistura de suspensão no copo 508 sem a necessidade de impelir a mistura de suspensão em direção à bobina de aquecimento 572. Na ilustração, a bobina de aquecimento vertical 572 pode substituir a bobina de aquecimento 506 no dispositivo eletrônico de entrega de tabaco 500 da FIG. 10A.
[00186] Em algumas implementações, ao invés de um piso móvel aplicando pressão com mola para mover o produto de tabaco para mais próximo das bobinas do elemento de aquecimento, conforme ilustrado na FIG. 10B, paredes móveis ou placas de empurrar com mola podem ser utilizadas para aplicar pressão lateral ao produto de tabaco ou de outra forma impelir o produto de tabaco em direção ao elemento de aquecimento. Tendo descrito completamente a FIG. 10B, somente diferenças entre a FIG. 10B e FIG. 10E serão discutidas a seguir. Voltando à Figura 10E, por exemplo, as placas de empurrar laterais 550 estão posicionadas dentro do copo 508 ao longo das paredes do copo que incluem as aberturas 554. As molas 552 estão posicionadas dentro das aberturas 554 e, quando a unidade base 510 e o copo 508 são instalados dentro da boquilha 502, as molas são comprimidas entre a parede da boquilha 502 e as placas de empurrar 550. As molas 552 impelem cada placa de empurrar 550 em direção ao elemento de aquecimento 506. Depois de serem carregadas com produto de tabaco, por exemplo, as molas de avanço 552 podem estar em uma posição totalmente comprimida e as placas de empurrar 550 po- dem estar em contato com as paredes internas do copo, cobrindo e fechando efetivamente as aberturas 554. Conforme o dispositivo 580 é utilizado e o produto de tabaco é consumido, a força das molas 552 aplica pressão às placas de empurrar e impele o produto de tabaco remanescente a entrar em contato com o elemento de aquecimento. Em algumas implementações, as placas de empurrar 550 são formadas de um material usualmente rígido, tal como um polímero ou metal resistente ao calor.
[00187] As FIGs.11A e 11B ilustram projetos de copo ilustrativos e projetos de tampa correspondentes para manter uma mistura de sus-pensão incluindo tabaco ou outra substância vegetal misturada com um líquido em suspensão. Os projetos de copo e de tampa, por exemplo, podem ser utilizados em um dispositivo eletrônico de entrega de tabaco, tais como o dispositivo 300 da FIG. 8A, o dispositivo 400 da FIG. 9A ou o dispositivo 450 da FIG. 9C. Voltando à FIG. 11A, um copo 600 é ilustrado com a tampa 610 correspondente. O copo 600, por exemplo, pode corresponder ao copo 508 das FIGs. 10A a 10E, enquanto a tampa 610 pode corresponder à tampa do copo 504 das FIGs. 10A a 10D. O copo 600, por exemplo, pode ser projetado para acoplar de forma correspondente com uma base de copo que inclui conexões de eletrodo para fornecer corrente elétrica a um elemento de aquecimento, tal como a base de copo 510 das FIGs. 10A a 10E. O copo 600, por exemplo, inclui entalhes 602 para encaixar de forma correspondente com os entalhes correspondentes em uma base do copo. O copo 600 é moldado para ser mais largo em uma região central e mais estreito ao longo das bordas, por exemplo, para fornecer maior volume da mistura de suspensão em torno do elemento de aquecimento (não ilustrado) localizado centralmente dentro de um interior 606 do copo 600.
[00188] O copo 600, em algumas implementações, inclui um ou mais membros elevados 604 (por exemplo, ressaltos) circundando o exterior do copo 600. Os membros elevados 604 podem fornecer uma vedação entre a parede do copo e a superfície adjacente da unidade de boquilha descartável 302, 402, 502. Os copos descritos neste documento são preferencialmente fornecidos com uma superfície de baixo ou piso de modo que os copos sejam capazes de conter o líquido segregado do produto de tabaco sem depender de uma vedação que é formada entre a parede e a base do copo. Em tais modalidades, pequenas aberturas são fornecidas no piso do copo para permitir que os fios do elemento de aquecimento se estendam através do mesmo de um modo impermeável.
[00189] Em algumas implementações, o aro superior do copo 600 encaixa de forma correspondente com a tampa 610 para reter a mistura de suspensão dentro do interior 606 do copo 600. A tampa 610 inclui uma saída 612 (por exemplo, tal como a saída 548 da tampa do copo 504 das FIGs. 10A a C) para direcionar fumaça ou vapor do aquecimento da mistura de suspensão para uma boquilha do dispositivo eletrônico de entrega de tabaco. A saída 612, em algumas modalidades, inclui uma superfície elevada 616 que pode encaixar com uma saída da boquilha (não ilustrado) do dispositivo eletrônico de entrega de tabaco. Além disso, em algumas modalidades, a tampa 610 inclui uma entrada 614 para direcionar o fluxo de ar para o interior do copo 606.
[00190] Voltando à FIG. 11B, um copo 620 é ilustrado com a tampa 630 correspondente. O copo 620 pode ser projetado para encaixar com uma base de copo incluindo conexões de eletrodo para fornecer corrente elétrica a um elemento de aquecimento, tal como a base do copo 510 das FIGs. 10A a 10E. O copo 620, por exemplo, pode incluir entalhes, tal como um entalhe 622 para encaixar com os entalhes correspondentes em uma base do copo.
[00191] O copo 620, em algumas implementações, inclui um ou mais membros elevados 624 (por exemplo, saliências) circundando o exterior do copo 620. Os membros elevados 624, por exemplo, podem fornecer uma vedação contra a superfície adjacente do invólucro da boquilha 302, 402, 502.
[00192] Em algumas implementações, o copo 620 encaixar de forma correspondente com a tampa 630 para reter a mistura de suspensão dentro do interior 626 do copo 620. A tampa 630 inclui uma saída 632 (por exemplo, como a saída 548 da tampa do copo 504 das FIGs. 10A a 10C) para direcionar fumaça ou vapor do aquecimento da mistura de suspensão para uma boquilha do dispositivo eletrônico de entrega de tabaco. A saída 632, em algumas modalidades, inclui uma superfície elevada 636 que pode encaixar de forma correspondente com uma saída da boquilha (não ilustrada) do dispositivo eletrônico de entrega de tabaco. Além disso, em algumas modalidades, a tampa 630 inclui uma entrada 634 para direcionar o fluxo de ar para o interior do copo 626.
[00193] A FIG.12 ilustra uma vista explodida de componentes ilustrativos de um dispositivo eletrônico de entrega de tabaco 700 com uma bateria 712. O dispositivo eletrônico de entrega de tabaco 700, em algumas implementações, inclui uma boquilha 702, uma tampa de copo 704, uma bobina de aquecimento 706, um alojamento 708, uma base de alojamento 710, uma bateria 712 conectável a elementos condutores ou fiação elétrica 714, uma base 716, um alojamento 718, um chip 728 e uma ponta externa 720. O dispositivo eletrônico de entrega de tabaco 700, por exemplo, pode ser descartado após a utilização e pode ser fechado com um compartimento externo ou cobertura de modo que o dispositivo 700 tenha uma aparência geral similar a um cigarro. Nesta implementação, todo o dispositivo 700 é descartável.
[00194] Em outras implementações, uma porção do dispositivo de entrega de tabaco 700 pode servir como uma porção de corpo recar- regável e reutilizável. Por exemplo, a porção do dispositivo de entrega de tabaco 700 que compreende os elementos 720, 718, 716, 712, 726a, 726b, 714,e 728 pode compreender uma unidade base reutilizável similar em princípio à porção de corpo 304 descrita acima e os componentes restantes podem combinar-se para formar uma unidade de boquilha descartável similar em princípio à unidade de entrega 302 descrita acima. Em tais modalidades, a unidade de base reutilizável e a boquilha descartável ou unidade de entrega podem ser conectáveis e destacáveis por um usuário via os meios discutidos acima incluindo, por exemplo, meios magnéticos. A unidade de base reutilizável do dispositivo de entrega de tabaco 700 pode ser recarregada pelo usuário por conectar-se a, por exemplo, um conector de carregamento estilo barramento serial universal (USB), tal como um conector mini-USB, micro-USB ou USB-C para realizar interface com uma porta de carregamento USB correspondente. Alternativamente, o dispositivo 700 pode ser configurado com um elemento de tampa removível (não apresentado) para permitir a remoção e reinstalação de uma bateria tradicional, tal como uma bateria AAA.
[00195] A unidade de boquilha descartável do dispositivo de entrega de tabaco 700 pode compreender os elementos 710, 706, 708, 704, 702, 722 e 724. A unidade de boquilha descartável pode ser fixada aos componentes eletrônicos reutilizáveis ou à unidade de base via um acoplamento magnético que coopera com os elementos de colar de acoplamento nas duas unidades que garantem que as unidades sejam mantidas juntas de forma segura o suficiente para permanecer intactas durante o uso normal.
[00196] A estrutura e a operação do dispositivo 700 serão agora descritas em mais detalhes. A boquilha 702 é formada de um material usualmente rígido, tal como um polímero. A tampa do copo 704 é con- figurada para inserção em uma porção de baixo da boquilha 702, com uma saída 724 da tampa do copo 704 alinhada com uma abertura da boquilha 722. A corrente é fornecida ao elemento de aquecimento 706 pela bateria 712 através dos contatos 726a, b. A aplicação de corrente da bateria ao elemento de aquecimento é controlada pelo chip 728 através da fiação do conector 714. Em algumas implementações, pode haver um vazio ou espaço que é ocupado pelo ar na extremidade distal do dispositivo 700, próximo da ponta 720. O alojamento cilíndrico 718 está conectado com a base 710 na extremidade proximal do alojamento 718, opcionalmente de uma maneira liberável descrita acima.
[00197] Em algumas implementações, existem aberturas ou ranhuras na ponta 720 através das quais o ar é puxado por inalação pelo usuário. Puxado por pressão negativa aplicada à boquilha 702, este ar passa através das aberturas 734 no elemento 716 e então ao longo de uma lacuna entre as paredes internas do alojamento cilíndrico 718 e da bateria 712. O ar flui através das ranhuras na porção de baixo da base 710 e para o lado proximal da unidade de base através das aberturas ou ranhuras (não apresentadas). O ar então flui ao longo de quatro canais 736, cada um formado pelo alojamento 708, pela superfície externa do copo deformável 730 e pelos membros de nervura 732 do copo deformável 730. O ar então flui através das ranhuras no fundo da tampa 704 e através da porção de cima do elemento de aquecimento 706. A aerossolização do produto de tabaco carregado no copo 730 ocorre substancialmente da mesma maneira descrita em detalhes acima. O ar e o produto de tabaco em aerossol passam através das aberturas 724 e 722 e para a boca do usuário.
[00198] Opcionalmente, a base 716 pode ser equipada com um LED que acende quando acionado por um sensor de pressão (não apresentado) disposto dentro do copo 708 ou da boquilha 702. Opcionalmente, o corpo 718 pode estar equipado com um LED que acende quando a inalação pelo usuário gera pressão negativa dentro do dis-positivo. O sensor de pressão pode estar convenientemente localizado no elemento 716, próximo ao elemento de circuito de controle 783. Em algumas implementações, a luz de um LED dentro da base 716 é transmitida através do corpo cilíndrico 718 para uma tampa opcional-mente transparente ou translúcida 720. Desta forma, durante a inalação, a tampa de extremidade 720 pode brilhar em vermelho com a luz emitida pelo LED para simular um cigarro tradicional.
[00199] A FIG. 13 ilustra ainda outra unidade de boquilha descartável para utilização em um dispositivo eletrônico portátil de entrega de tabaco. A Unidade de boquilha descartável 800, em algumas implementações, compreende o elemento de copo flexível 802, os elementos de filtro porosos 803, o elemento de aquecimento 804, o canal de fluxo 805, a abertura 806 e a abertura 807. A montagem inferior representada compreendendo os elementos 803, 804 e 805 é inserida na montagem superior compreendendo os elementos 802, 806 e 807 de modo que o invólucro em torno do filtro 803 veda contra as nervuras projetando-se para o interior do copo 802. O elemento de copo flexível 802 pode ser preenchido com produto de tabaco, por exemplo, uma mistura de suspensão incluindo tabaco ou outra substância vegetal misturada com um líquido em suspensão, como descrito acima.
[00200] Após a aplicação de pressão negativa para a abertura 807 por inalação pelo usuário, o ar é puxado para o dispositivo 800 através da abertura 806, passando pelo canal 805. Simultaneamente à inalação pelo usuário, a eletricidade é fornecida para o elemento de aquecimento 804, conforme descrito acima. A pressão negativa dentro do dispositivo gerada pela inalação pelo usuário puxa o líquido do produto de tabaco contido dentro elemento de copo flexível 802 e para o elemento de filtro poroso 803 e em contato íntimo com o elemento de aquecimento 804. O líquido contém compostos voláteis derivados a partir do produto de ta- baco, que podem ser aerossolizados quando aquecidos por contato com o elemento de aquecimento 804 e transportados através do canal 805 e da abertura 807 para a boca do usuário.
[00201] Nesta modalidade, o produto sólido de tabaco não é posto em contato com o elemento de aquecimento, mas somente o componente líquido da mistura do produto de tabaco. Este componente líquido satura o elemento de filtro 803 e envolve o elemento de aquecimento. Conforme descrito abaixo, em algumas experiências, esta concepção asfixiou o elemento de aquecimento e evitou a aerossolização eficaz da porção líquida do produto de tabaco.
[00202] A FIG.14 representa um dispositivo de entrega de tabaco 900 substancialmente como apresentado e descrito acima em conexão com as FIGs. 8A a 8D. O dispositivo de entrega 900 inclui uma unidade de boquilha descartável 901, uma unidade de corpo reutilizável 802, uma tampa de cima 904 e uma tampa de baixo 903. A tampa 904 pode ser construída de um material polimérico flexível e incluir um elemento de tampão que está configurado para vedar a abertura de inalação 328 na boquilha 904. Isso pode impedir que uma porção líquida do produto de tabaco saia através dessa abertura quando, por exemplo, o dispositivo 900 é transportado em um bolso em uma orientação invertida. A tampa 903 pode proteger os componentes de carregamento elétrico na extremidade distal da porção do corpo 902. Cada uma das unidades de boquilha descartáveis 901 pode ser equipada com uma tampa 904 no momento da fabricação para evitar vazamento da porção líquida do produto de tabaco durante envio e armazenamento. A tampa 904 também pode vantajosamente cobrir, e opcionalmente fornecer um tampão (não apresentado) para a entrada 330. A provisão deste tampão tem o benefício adicional de manter a tampa 904 no lugar e impedi-la de deslizar para fora da boquilha 901 de uma maneira não intencional.
[00203] Alguns ensinamentos neste documento podem ser adaptáveis para outras substâncias que não o tabaco, que possuem propriedades similares, tal como serem à base de plantas, possuindo folhas capazes de serem processadas da maneira descrita neste documento e utilizadas em combinação com um sistema eletrônico portátil de entrega.
[00204] Como várias alterações podem ser feitas no assunto descrito acima sem divergir a partir do escopo e do espírito da invenção, é pretendido que todo o assunto contido na descrição acima, ou apre-sentado nos desenhos acompanhantes, será interpretado como descritivo e ilustrativo, e não em um sentido limitante.
EXEMPLOS Exemplo Comparativo 1
[00205] Folhas de tabaco pasteurizadas orgânicas foram aquecidas a uma pressão de 506,625 a 2026,5 kPa (5 a 20 atmosferas) na presença de água destilada, purificada ou de torneira em uma temperatura de 85°C a 100°C por um período de 5 a 60 minutos opcionalmente com baixa velocidade mistura (10 a 100 rpm). Depois disso, o produto de tabaco foi removido do banho de água e seco, opcionalmente sob calor radiante por uma hora. O produto foi então cortado ou triturado em tiras ou pedaços possuindo uma maior dimensão de 50 a 2.000 mícrons, ou mais preferencialmente de 100 a 1.000 mícrons. O tabaco cortado ou moído e/ou produto à base de plantas foi combinado com a água na qual o tabaco e/ou produto à base de ervas foi misturado com o produto de tabaco moído em cerca de 1 : 1 em peso com glicerina e deixado em repouso por uma hora. A viscosidade do produto de tabaco resultante era de aproximadamente 20.000 a 40.000 cp.
[00206] De 2 a 2,5 g de produto de tabaco úmido foram colocados no copo 802 do dispositivo 800 da Fig. 13. Um filtro 803 foi posicionado entre o produto de tabaco e o elemento de aquecimento 804. O ar foi aspirado através da entrada 806 e através do elemento de filtro através do canal 805. O ar foi exaurido e inalado pela porta 807. Caso contrário, o dispositivo operou de maneira similar à descrita acima.
[00207] O dispositivo produziu 0 a 5 baforadas, após as quais o dispositivo deixou de produzir baforadas adicionais a partir da dose do produto de tabaco.
Exemplo 2
[00208] Folhas de tabaco pasteurizadas orgânicas foram aquecidas a uma pressão de 606,625 a 2026,5 kPa (5 a 20 atmosferas) na presença de água destilada, purificada ou da torneira em uma temperatura de 85 a 100°C por uma duração de 5 a 60 minutos, opcionalmente com mistura de baixa velocidade (0 a 10 rpm). Em seguida, o produto de tabaco foi removido do banho-maria e seco, opcionalmente sob calor radiante durante uma hora. O produto foi então cortado ou triturado em tiras ou pedaços com uma maior dimensão de 50 a 2,000 mícrons, ou mais preferencialmente 100 a 1.000 mícrons. O tabaco cortado ou triturado e/ou produto à base de plantas foi combinado com a água na qual o tabaco e/ou produto à base de ervas foi misturado com o produto de tabaco moído em cerca de 1 : 1 em peso com glicerina e deixado em repouso por uma hora. A viscosidade do produto de tabaco resultante era de aproximadamente 20.000 a 40,000 cp.
[00209] De 2 a 2,5 g de produto de tabaco úmido foram colocados no copo 312 do dispositivo 300 das FIGs. 8A a 8D. O dispositivo foi operado da maneira descrita acima em relação a essa modalidade.
[00210] O dispositivo produziu 20 a 30 baforadas de vapor rico ae- rossolizado que simulou o sabor e a experiência do usuário associados ao fumo de um produto de tabaco tradicional.
Exemplo 3
[00211] Folhas de tabaco pasteurizadas orgânicas foram aquecidas a uma pressão de 606,625 a 2026,5 kPa (5 a 20 atmosferas) na pre- sença de água destilada, purificada ou de torneira a uma temperatura de 85 a 100°C por um período de 5 a 60 minutos opcionalmente com mistura de baixa velocidade (10 a 100 rpm). Em seguida, o produto de tabaco foi removido do banho-maria e seco, opcionalmente sob calor radiante durante uma hora. O produto foi então cortado ou triturado em tiras ou pedaços com uma maior dimensão de 50 a 2.000 mícrons, ou mais preferencialmente de 100 a 1.000 mícrons. O tabaco cortado ou triturado e/ou produto à base de plantas foi combinado com a água na qual o tabaco e/ou produto à base de ervas foi misturado com o produto de tabaco triturado em cerca de 1 : 1 em peso com glicerina e deixado em repouso por uma hora. A viscosidade do produto de tabaco resultante era de aproximadamente 20.000 a 40.000 cp.
[00212] 2,3 g de produto de tabaco úmido foram colocados no copo do dispositivo 400 das FIGs. 9A a 9D. O dispositivo foi operado da maneira descrita acima em relação a essa modalidade.
[00213] O dispositivo produziu 235 baforadas de vapor rico aeros- solizado que simulou o sabor e a experiência do usuário associados com o fumo de um produto de tabaco tradicional. Isso é maior do que uma ordem de magnitude a mais de baforadas por cápsula ou dose do que o fornecido pelo IQOS ou por um cigarro normal (10 a 14 baforadas).
[00214] Este sistema gerou cerca de 100 baforadas por grama de produto de tabaco, substancialmente superior ao IQOS, que produz cerca de 30 a 47 baforadas por grama de produto de tabaco (10 a 14 baforadas por 0,3 gramas de produto de tabaco por Heatstick).
Exemplo 4
[00215] As Folhas de tabaco pasteurizadas orgânicas são aquecidas a uma pressão de 606,625 a 2026,5 kPa (5 a 20 atmosferas) na presença de água destilada, purificada ou de torneira em uma temperatura de 85 a 100°C por um período de 5 a 60 minutos opcionalmente com mistura de baixa velocidade (10 a 100 rpm). Em seguida, o produto de tabaco é removido do banho-maria e seco, opcionalmente sob calor radiante durante uma hora. O produto é então cortado ou triturado em tiras ou pedaços com uma maior dimensão de 50 a 2.000 mí- crons, ou mais preferencialmente de 100 a 1.000 mícrons. O tabaco cortado ou triturado e/ou produto à base de ervas é combinado com a água na qual o tabaco e/ou produto à base de ervas foi misturado com o produto de tabaco triturado em cerca de 1 : 1 em peso com glicerina e deixado em repouso por uma hora. A viscosidade do produto de tabaco resultante é de aproximadamente 20.000 a 40.000 cp.
[00216] 1.3 g de produto de tabaco úmido foram colocados no copo do dispositivo 500 das FIGs. 10A a 10E. O dispositivo foi operado da maneira descrita acima em relação a essa modalidade.
[00217] O dispositivo produziu 155 baforadas de vapor rico aeros- solizado que simulou o sabor e a experiência do usuário associados com o fumo de um produto de tabaco tradicional. Isso é cerca de, em uma ordem de magnitude, mais baforadas por dose do que o fornecido por IQOS ou um cigarro normal (10 a 14 baforadas).
[00218] Este sistema gerou cerca de 120 baforadas por grama de produto de tabaco, substancialmente superior ao IQOS, que produz cerca de 30 a 47 baforadas por grama de produto de tabaco (10 a 14 baforadas para 0,3 gramas de produto de tabaco por Heatstick).
Exemplo 5
[00219] Um teste de fumaça foi executado com vinte e um participantes, nenhum dos quais estava ciente de qualquer afiliação entre o administrador do teste e qualquer dispositivo. Os participantes foram solicitados a utilizar o dispositivo IQOS e o dispositivo do Exemplo 4. Cada participante baforou os dispositivos por pelo menos 10 a 14 ba-foradas cada, que no caso do produto IQOS consumia todo o Heatstick. Os participantes foram solicitados a avaliar cada produto em uma escala de 1 a 5, sendo 1 o pior ou o mais negativo e 5 o melhor ou o mais positivo. Os resultados são apresentados abaixo e são consistentes com aqueles observados em cada um dos vários testes de fumaça anteriores conduzidos por terceiros independentes. Tabela 3
[00220] Os dados mostram que o produto do Exemplo 4 foi considerado como fornecendo um sabor mais aprimorado e facilidade de utilização. Quanto ao sabor, em uma escala de 1 a 5 (5 sendo o melhor) o IQOS recebeu uma classificação de 1,29 (1 sendo o pior) e o produto do Exemplo 4 foi atribuído uma classificação de 4,57 (5 sendo o melhor). Para facilidade de uso, o IQOS recebeu uma classificação de 1,05 em comparação com 4.95 para a modalidade do Exemplo 4.
[00221] O produto de tabaco do Exemplo 4 é aerossolizado em uma temperatura comparativamente baixa, em cerca de 75 a 125°C, o que reduz os HPHCs quatro a seis vezes ou mais em relação aos produtos convencionais tabaco aquecido, tal como o IQOS. Uma redução de 4, 5 ou 6 vezes seria alcançada mesmo se o produto do Exemplo 4 utilizasse um produto de tabaco contendo a mesma série de ingredientes sintéticos adicionados ao IQOS Heatstick. Entretanto, o produto do Exemplo 4 utiliza uma receita simples e orgânica que consiste em somente três ingredientes: cerca de 65 a 75% de glicerina, cerca de 5 a 15% de água e cerca de 20% de tabaco orgânico. O produto do Exemplo 4, portanto, produz menos produtos de toxicidade desconhecida em comparação com o IQOS. Esses produtos rendem acetais que são normalmente produzidos quando os aromatizantes e o propileno- glicol, ambos presentes nos IQOS Heatsticks, são aquecidos na mesma mistura. A redução geral de efluentes prejudiciais é reduzida 7, 8, 9 ou 10 vezes em relação ao IQOS.
[00222] O produto do Exemplo 4 também é substancialmente menos complicado e caro de se fabricar do que o IQOS e outros produtos convencionais de tabaco aquecido. Fabricar um IQOS Heatstick é um processo de várias etapas que envolve uma instalação de manufatura cara e relativamente grande. Em contraste, o processo de preparação da composição das modalidades exemplificadas envolve meramente o aquecimento de alta pressão do produto de tabaco seguido por secagem, trituração e combinação do produto de tabaco triturado em cerca de 1 : 1 em peso com glicerina, após a qual o produto de tabaco é adicionado à cápsula.
[00223] Em outro aspecto, acredita-se que os produtos exemplificados neste documento sejam os primeiros a obter aerossolização e sabor aceitáveis sem propilenoglicol ou uma fonte auxiliar de água úmida ou vapor. Como discutido acima, produtos convencionais de tabaco aquecido que utilizam tabaco real dependem de propilenoglicol ou de uma fonte adicional de vapor de água para fornecer um sabor e experiência aprimorados ao usuário. O produto do Exemplo 4, por exemplo, evita os efeitos adversos do propilenoglicol, tal como a formação de acetais na presença de aromatizantes comuns e a complexidade e gastos de fornecer uma fonte auxiliar de vapor de água.
[00224] Ainda outra vantagem de algumas das modalidades exem-plificadas neste documento é que o produto de tabaco contido na unidade de boquilha descartável pode ser aerossolizado ou "consumido" ao longo de uma série de sessões de fumo separadas por horas ou mesmo dias. Como observado acima, os produtos de tabaco convencionais de tabaco aquecido que fornecem mini cigarros tais como IQOS e GLO, devem ser utilizados em uma sessão de fumo ou de uma vez só, potencialmente porque o produto seco do tabaco é carbonizado após o aquecimento e, posteriormente, não é adequado para reaquecimento em outra sessão de fumo. As modalidades exemplificadas neste documento vantajosamente não precisam ser consumidas todas em uma sessão de fumo, potencialmente porque a composição do produto de tabaco úmido e o mecanismo duplo de ação evitam substancialmente a carbonização do produto de tabaco úmido. Em várias modalidades, um usuário pode consumir uma única unidade ou cápsula descartável em 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, ou 20 sessões de fumo, cada uma separada por pelo menos 10, 20, 30, 60, 90, 180, 360 ou 720 minutos ou valores entre os mesmos. Um usuário das modalidades exemplificadas, portanto, pode utilizar uma única unidade descartável ao longo de, por exemplo, cerca de dez sessões de fumar espaçadas ao longo de muitas horas ou mesmo dias.
[00225] Ainda em outro aspecto, em contraste com os produtos de vaporização convencionais, o produto aerossolizado é tabaco real e não contém nicotina adicionada. Isso evita o aumento do risco de vício e efeitos de curto prazo na saúde relatados em conexão com os dis-positivos modernos de vaporização.
[00226] A descrição geral precedente das implementações ilustrativas e a seguinte descrição detalhada das mesmas são aspectos meramente ilustrativos dos ensinamentos desta divulgação e não são restritivos. Como observado acima, algumas modalidades dentro do escopo desta divulgação e das concretizações podem não fornecer as vantagens particulares expostas acima. Dito isso, as modalidades mais preferidas fornecem muitas, a maioria ou todas as vantagens anteriores em relação aos dispositivos convencionais de tabaco aquecido e de vaporização.
[00227] Embora algumas modalidades tenham sido descritas, essas modalidades foram apresentadas somente a título de ilustração e não são pretendidas para limitar o escopo das presentes divulgações. Na verdade, os novos métodos, aparelhos e sistemas descritos neste do-cumento podem ser incorporados em uma variedade de outras formas; além disso, várias omissões, substituições e alterações na forma dos métodos, dos aparelhos e dos sistemas descritos neste documento podem ser feitas sem divergir a partir do espírito das presentes divul-gações. As concretizações acompanhantes e seus equivalentes são pretendidos para cobrir tais formas ou modificações que cairiam dentro do escopo e do espírito das presentes divulgações.

Claims (18)

1. Dispositivo (300) de aerossolização de tabaco aquecido- não-queimado, compreendendo: uma unidade de entrega de tabaco descartável (302) com-preendendo um copo (312) tendo paredes que são configuradas para deformar para dentro sob pressão de inalação negativa aplicada por um usuário, o copo (312) contendo um produto de tabaco úmido com-preendendo pelo menos 65% de glicerina em peso, pelo menos 5% de água em peso, e pelo menos 15% de tabaco em peso, o copo (312) ainda pelo menos parcialmente contendo um elemento de aquecimento (324), o elemento de aquecimento (324) sendo rodeado por e em contato com o produto de tabaco úmido; e uma unidade de base (304) adaptada para receber a unidade de entrega (302) e incluindo um controlador (308) configurado para fornecer uma corrente ao elemento de aquecimento (324); em que o dispositivo (300) é configurado para aerossolizar o produto de tabaco úmido e aerossolizar uma porção líquida discreta do produto de tabaco úmido ao ferver a porção líquida em contato com o elemento de aquecimento (324), caracterizado pelo fato de que o dispositivo (300) aeros- soliza o produto de tabaco úmido em uma temperatura não excedendo 150°C conforme medida no tabaco úmido a 1 mm do elemento de aquecimento (324).
2. Dispositivo (300), de acordo com a reivindicação 1, ca-racterizado pelo fato de que o produto de tabaco úmido é aerossoli- zado em uma temperatura não excedendo 120°C conforme medida no tabaco úmido a 1 mm do elemento de aquecimento (324).
3. Dispositivo (300), de acordo com a reivindicação 2, ca-racterizado pelo fato de que o produto de tabaco úmido é aerossoli- zado durante um ciclo de aquecimento durando menos do que cinco segundos.
4. Dispositivo (300), de acordo com a reivindicação 1, ca-racterizado pelo fato de que o produto de tabaco úmido é aerossoli- zado em uma temperatura não excedendo 140°C conforme medida no tabaco úmido a 1 mm do elemento de aquecimento (324).
5. Dispositivo (300), de acordo com a reivindicação 4, ca-racterizado pelo fato de que o produto de tabaco úmido é aerossoli- zado durante um ciclo de aquecimento durando menos do que cinco segundos.
6. Dispositivo (300), de acordo com a reivindicação 1, ca-racterizado pelo fato de que o produto de tabaco úmido é aerossoli- zado durante um ciclo de aquecimento durando menos do que cinco segundos.
7. Dispositivo (300), de acordo com a reivindicação 1, ca-racterizado pelo fato de que o produto de tabaco úmido tem uma viscosidade de 10000 a 50000 cp.
8. Dispositivo (300), de acordo com a reivindicação 7, ca-racterizado pelo fato de que o produto de tabaco úmido tem uma viscosidade de 20000 a 40000 cp.
9. Dispositivo (300), de acordo com a reivindicação 1, ca-racterizado pelo fato de que o dispositivo (300) é configurado para aerossolizar o produto de tabaco húmido a uma eficiência de 60 a 120 baforadas por grama do produto de tabaco húmido.
10. Dispositivo (300), de acordo com a reivindicação 1, ca-racterizado pelo fato de que o produto de tabaco úmido consiste es-sencialmente em tabaco, glicerina e água.
11. Dispositivo (300), de acordo com a reivindicação 1, ca-racterizado pelo fato de que o produto de tabaco úmido não compre-ende propilenoglicol.
12. Dispositivo (300), de acordo com a reivindicação 1, ca- racterizado pelo fato de que o dispositivo (300) gera um inalante aerossolizado tendo pelo menos quadro vezes menos HPHCs do que fumaça inalada de um cigarro tradicional 3R4F.
13. Dispositivo (300), de acordo com a reivindicação 1, ca-racterizado pelo fato de que o dispositivo (300) gera um inalante ae-rossolizado tendo pelo menos seis vezes menos HPHCs do que fumaça inalada de um cigarro tradicional 3R4F.
14. Dispositivo (300), de acordo com a reivindicação 1, ca-racterizado pelo fato de que a unidade de entrega de tabaco descar-tável (302) é configurada para engatar de modo liberável com a unidade de base (304) através de um mecanismo de liberação para fornecer para desconexão da unidade de entrega de tabaco descartável (302) do copo (312).
15. Dispositivo (300), de acordo com a reivindicação 1, ca-racterizado pelo fato de que o produto de tabaco húmido inclui ambas uma porção de tabaco sólida e uma porção líquida discreta com-preendendo água, extrato de tabaco natural e glicerina quando aquecido a temperaturas acima de 100°C.
16. Dispositivo (300), de acordo com a reivindicação 1, ca-racterizado pelo fato de que a unidade de entrega (302) é configurada para aerossolizar ambas a porção de tabaco sólida e a porção líquida discreta a temperaturas acima de 100°C.
17. Dispositivo (300), de acordo com a reivindicação 1, ca-racterizado pelo fato de que ainda compreende uma entrada de ar acoplada a um canal de fluxo de ar que intersecta uma região que inclui pelo menos uma porção exposta do elemento de aquecimento (324) se estendendo para fora do produto de tabaco húmido, por meio da qual a unidade de entrega (302) é adaptada para direcionar um fluxo de ar através e em contato com ambos o produto de tabaco húmido e a porção exporta do elemento de aquecimento (324).
18. Dispositivo (300), de acordo com a reivindicação 1, ca-racterizado pelo fato de que é configurado para aerossolizar o produto de tabaco úmido para gerar um inalante aerossolizado adaptado para ser inalado por um usuário através da boquilha (302, 402, 502).
BR112021026174-5A 2019-06-27 2020-06-26 Dispositivo de aerossolização de tabaco aquecido-não-queimado BR112021026174B1 (pt)

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