BR112021008831A2 - método de transferência de radioisótopos - Google Patents

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Abstract

MÉTODO DE TRANSFERÊNCIA DE RADIOISÓTOPOS. A presente invenção refere-se a um método de transferência de radioisótopos fixados sobre uma primeira fase estacionária contida em primeira coluna cromatográfica para uma segunda fase estacionária contida em segunda coluna cromatográfica, para fixar o radioisótopo sobre a segunda fase estacionária, em que o radioisótopo é selecionado a partir dos isótopos radioativos de tório, rádio, chumbo, bismuto e urânio. O mencionado método compreende pelo menos as etapas a seguir: a. eluição do radioisótopo da primeira fase estacionária com uma solução aquosa A1 que compreende um agente formador de complexo do radiosótopo, a fim de obter uma solução aquosa A2 que compreende complexos do radioisótopo; b. dissociação dos complexos de radioisótopo presentes na solução aquosa A2 por meio de modificação do pH da solução aquosa A2, a fim de obter uma solução aquosa A3 que compreende o radioisótopo sem complexo; c. carregamento da segunda fase estacionária com a solução aquosa A3; e d. lavagem pelo menos da segunda fase estacionária com a solução aquosa A4.

Description

“MÉTODO DE TRANSFERÊNCIA DE RADIOISÓTOPOS” CAMPO DA INVENÇÃO
[001] A presente invenção refere-se ao campo de produção de isótopos radioativos, também conhecidos como radioisótopos.
[002] Mais especificamente, ela se refere a um método de transferência de radioisótopos fixados sobre uma primeira fase estacionária contida em primeira coluna cromatográfica para uma segunda fase estacionária contida em segunda coluna cromatográfica, a fim de fixar esse radioisótopo nessa segunda fase estacionária.
[003] Esse método pode ser particularmente utilizado para conduzir manutenção preventiva de geradores de radioisótopos e, particularmente, geradores de rádio-224, em que rádio-224 é produzido por meio do decaimento radioativo de tório-228.
[004] Ela é, portanto, propensa a encontrar aplicações na fabricação de radiofarmacêuticos com base em chumbo-212 ou bismuto-212, apropriados para uso em medicina nuclear e, particularmente, em radioterapia alfa dirigida ao tratamento de câncer.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
[005] Radioterapia alfa dirigida, também conhecida como alfaterapia dirigida, consiste na injeção de isótopos radioativos ligados a um vetor, tal como anticorpo, capaz de dirigir-se com muita precisão a locais específicos presentes na superfície de células cancerosas. A energia alfa emitida pelo decaimento radioativo natural do radioisótopo possibilita, portanto, destruir células de câncer, limitando ao mesmo tempo o dano às células saudáveis circunvizinhas.
[006] Alguns produtos do decaimento de tório-232 e, particularmente, chumbo-212 e bismuto-212, que é o radioisótopo derivado de chumbo-212, podem ser utilizados em alfaterapia dirigida, particularmente no tratamento de cânceres pancreáticos, outros cânceres intraperitoneais e melanomas, doenças para as quais a alfaterapia dirigida tem sido objeto de testes pré-clínicos, particularmente nos Estados Unidos.
[007] Conforme exibido na Figura 1 anexa que representa a cadeia de decaimento, também denominada desintegração, natural de tório- 232 que inclui chumbo-212 e bismuto-212: - chumbo-212 pode ser produzido por meio de decaimento radioativo de rádio-224; - rádio-224 pode ser produzido por meio de decaimento radioativo de tório-228; - tório-228 pode ser produzido por meio de decaimento radioativo de rádio-228; e - rádio-228 pode ser produzido por meio de decaimento radioativo de tório-232, que representa o principal componente de tório natural extraído de minérios tais como monazita ou torita.
[008] A produção de rádio-224 pode ser conduzida por meio do que é conhecido como “gerador” de rádio-224, ou seja, uma coluna cromatográfica que compreende tipicamente uma fase estacionária sólida sobre a qual tório-228 é fixado e que é lavada regularmente com uma fase líquida que possibilita a eluição seletiva do rádio-224 formado por meio do decaimento radioativo de tório-228.
[009] Um material de fase estacionária particularmente capaz de ser utilizado em um gerador de rádio-224 é, por exemplo, oferecido pelas companhias Triskem International e Eichrom, sob a designação “Resina DGA DN”, para separação por meio de cromatografia de actinídeos tri e tetravalentes, particularmente de amerício e actínio. Essa resina consiste de partículas de polimetacrilato funcionalizado por diglicolamida de cadeia linear, a saber, N,N,N’,N’-tetraoctildiglicolamida, mais conhecida com o nome TODGA.
[0010] Uma limitação da operação de geradores de rádio-224 que compreendem uma fase estacionária que consiste dessa resina refere-se ao fato de que a resina é progressivamente degradada por meio de radiólise, que afeta gradualmente sua capacidade de retenção de tório-228 e resulta, após um certo período de uso do gerador, na ocorrência de vazamentos de tório- 228, pois a resina perdeu muito da sua capacidade de retenção para poder reter completamente esse radioelemento.
[0011] Esse processo de degradação radiolítica da resina necessita, portanto, de manutenção regular do gerador na forma de eluições principalmente destinadas a remover da resina os produtos de decaimento de tório-228 que possuem vida curta e são responsáveis pela radiólise, particularmente devido à sua radiação alfa, e limita a atividade máxima de tório- 228 capaz de ser determinada por grama de resina (que, além de um certo limite, exigiria frequência de eluição impraticável).
[0012] Conclui-se, entretanto, que, mesmo se o gerador sofrer manutenção regular para evitar a ocorrência de vazamentos de tório-228, chega o momento em que a degradação da resina é tal que a ocorrência de vazamentos de tório-228 não pode ser mais evitada e, consequentemente, o gerador de rádio-224 necessita ser descartado. Como a meia vida de tório-228 é de 1,9 anos, entretanto, esse descarte ocorre bem antes da metade do tório- 228 presente no gerador ser desintegrada em rádio-224.
[0013] Os inventores tomaram para si o objetivo de encontrar uma solução para esse problema.
[0014] Dentro do escopo do seu trabalho, entretanto, os inventores observaram que é possível transferir tório-228, que é fixado sobre primeira fase estacionária, tal como a fase estacionária de um gerador de rádio-224 usado, para uma segunda fase estacionária opcionalmente com a mesma composição da primeira fase estacionária, mas livre de qualquer uso anterior, sem perda perceptível de tório-228 durante essa transferência. A segunda coluna de cromatografia na qual está localizada a segunda fase estacionária pode então servir, por sua vez, como gerador de rádio-224.
[0015] Eles também observaram que é possível transferir, da mesma forma e com a mesma eficácia, um radioisótopo diferente de tório-228 tal como um radioisótopo de rádio, chumbo, bismuto ou urânio, de primeira fase estacionária para segunda fase estacionária. Particularmente, o radioisótopo para o qual o método de acordo com a presente invenção também é aplicável pode ser selecionado a partir de rádio-228, rádio-224, chumbo-212, bismuto- 212 e bismuto-213.
[0016] A presente invenção baseia-se nessas observações.
DESCRIÇÃO RESUMIDA DA INVENÇÃO
[0017] A presente invenção propõe, portanto, um método que permite a transferência de radioisótopos fixados sobre uma primeira fase estacionária contida em primeira coluna cromatográfica para uma segunda fase estacionária contida em segunda coluna cromatográfica, a fim de fixar o radioisótopo sobre a segunda fase estacionária, em que o radioisótopo é selecionado a partir dos isótopos radioativos de tório, rádio, chumbo, bismuto e urânio e o método compreende pelo menos as etapas a seguir: a. eluição do radioisótopo da primeira fase estacionária com uma solução aquosa A1 que compreende um agente formador de complexo do radioisótopo, a fim de obter uma solução aquosa A2 que compreende complexos do radioisótopo; b. dissociação dos complexos de radioisótopo presentes na solução aquosa A2 por meio de modificação do pH da solução aquosa A2 e obtenção de solução aquosa A3 que compreende o radioisótopo sem complexo; c. carregamento da segunda fase estacionária com a solução aquosa A3; e d. pelo menos uma lavagem da segunda fase estacionária com a solução aquosa A4.
[0018] Segundo a presente invenção, portanto, o radioisótopo fixado sobre a primeira fase estacionária é transferido para a segunda fase estacionária durante a eluição desse radioisótopo da primeira fase estacionária por meio de uma solução aquosa que compreende um agente que causará a eluição do radioisótopo da primeira fase estacionária por formação de complexo ou quelação (em que os dois termos são considerados sinônimos no presente) e, após dissociação dos complexos de radioisótopo presentes no eluído obtido dessa forma, por meio de nova fixação do radioisótopo fora de complexo sobre a segunda fase estacionária.
[0019] Ao longo do presente, radioisótopos são considerados fixados sobre fase estacionária quando forem retidos por essa fase por meio de formação de complexo ou quelação, troca de íons, reconhecimento molecular ou qualquer outro mecanismo que não envolva a existência de ligações covalentes entre o radioisótopo e a fase estacionária.
[0020] Segundo a presente invenção, o agente formador de complexo (ou quelante) presente na solução aquosa A1 é, preferencialmente, ácido aminopolicarboxílico ou sal de ácido aminopolicarboxílico.
[0021] Ele pode particularmente consistir, portanto, de ácido nitrilotriacético (ou NTA), ácido etilenodiaminotetra-acético (ou EDTA), ácido dietilenotriaminopenta-acético (ou DTPA) ou um de seus sais, com preferência, entretanto, a EDTA e seus sais, tais como seus sais de sódio.
[0022] A solução aquosa A1 é, portanto, preferencialmente uma solução que compreende EDTA ou um de seus sais, convenientemente em concentração de 10 mmol/l a 100 mmol/l e, de maior preferência, igual a 25 mmol/l, em que o pH é de 4 a 8 e, de maior preferência, igual a 6 ± 0,5.
[0023] O eluído obtido dessa forma – ou solução aquosa A2 – compreende, portanto, o radioisótopo, mas em forma de complexo.
[0024] A etapa (b) destina-se, portanto, a dissociar os complexos de radioisótopo presentes no eluído, com vistas a poder, na etapa (c), carregar a segunda fase estacionária com solução aquosa que compreende o radioisótopo fora de complexo ou, em outras palavras, livre.
[0025] Segundo a presente invenção, essa dissociação é conduzida por meio de modificação do pH da solução aquosa A2, de forma a trazer esse pH para um valor no qual a capacidade do agente formador de complexo de formar complexo do radioisótopo é reduzida ou inexistente.
[0026] Caso o agente formador de complexo seja EDTA ou um de seus sais, por exemplo, a dissociação dos complexos do radioisótopo é, portanto, conduzida por meio de acidificação da solução aquosa A2 para trazer o pH dessa solução para um valor no qual EDTA é encontrado principalmente em forma catiônica, ou seja, no máximo igual a 1.
[0027] Essa acidificação pode ser conduzida por meio da simples adição de ácido, tal como ácido nítrico ou clorídrico, à solução aquosa A2.
[0028] Dentro do escopo da presente invenção, entretanto, a acidificação da solução aquosa A2 é preferencialmente conduzida por meio da realização de pelo menos uma lavagem da primeira fase estacionária com solução aquosa ácida, tal como ácido nítrico ou clorídrico, e por meio da adição, no todo ou em parte, da solução aquosa decorrente dessa lavagem à solução aquosa A2.
[0029] De maior preferência, para acidificar a solução aquosa A2, prefere-se lavar a primeira fase estacionária duas vezes: - primeira vez com solução aquosa ácida cuja concentração de ácidos é adequadamente selecionada de forma que a lavagem não favoreça a retenção pela primeira fase estacionária dos complexos de radioisótopo e eventuais traços do radioisótopo fora de complexo retidos no volume intersticial da primeira fase estacionária; e - segunda vez com solução aquosa ácida, tipicamente com acidez mais alta que a anterior.
[0030] De fato, é conveniente proceder dessa forma, pois isso possibilita não apenas acidificar a solução aquosa A2, mas também recuperar os complexos de radioisótopo e eventuais traços do radioisótopo fora de complexo retidos no volume intersticial da primeira fase estacionária.
[0031] Quando a acidificação da solução aquosa A2 for conduzida por meio da adição de uma ou mais soluções decorrentes da lavagem da primeira fase estacionária, o método pode compreender, entre as etapas (b) e (c), monitoramento do pH da solução aquosa A3 que é obtida após essa acidificação e, se necessário, ajuste desse pH em valor, no máximo, igual a 1 por meio da adição de ácido, tal como ácido nítrico ou clorídrico.
[0032] Na etapa (c), o carregamento da segunda fase estacionária com a solução aquosa A3 consiste convenientemente da simples circulação dessa solução na segunda coluna cromatográfica, mas conduzida preferencialmente sob baixa velocidade de fluxo, tal como de 0,1 ml/min a 5 ml/min, de forma a favorecer a retenção do radioisótopo no alto da coluna.
[0033] Conforme mencionado acima, na etapa (d), a segunda fase estacionária é submetida a pelo menos uma lavagem com solução aquosa A4 para, por um lado, remover o agente formador de complexo livre retido no volume intersticial da segunda fase estacionária e, por outro lado, condicionar a segunda fase estacionária com vistas ao uso subsequente da segunda coluna cromatográfica, tal como um gerador de radioisótopo(s).
[0034] A solução aquosa A4 é preferencialmente uma solução aquosa ácida, tal como de ácido nítrico ou clorídrico, cuja concentração é adequadamente selecionada para evitar a precipitação do agente formador de complexo retido no volume intersticial da segunda fase estacionária, mantendo ao mesmo tempo a retenção do radioisótopo por essa fase estacionária no nível ideal.
[0035] Caso o agente formador de complexo seja EDTA ou um dos seus sais, portanto, a concentração de ácido na solução aquosa A4 é convenientemente de 0,5 mol/l a 4 mol/l e, de maior preferência, igual a 0,5 mol/l se o ácido for ácido nítrico, enquanto é convenientemente de 2 mol/l a 4 mol/l e, de maior preferência, igual a 2 mol/l se o ácido for ácido clorídrico.
[0036] Segundo a presente invenção, o método pode compreender adicionalmente, antes da etapa (a), uma etapa de condicionamento da primeira fase estacionária, ou seja, uma etapa destinada a trazer a acidez que prevalece no volume intersticial dessa fase devido ao seu uso anterior até um valor apropriado para evitar, durante a etapa (a), qualquer risco de precipitação do agente formador de complexo presente na solução aquosa A1.
[0037] Tipicamente, esse condicionamento é conduzido por meio de lavagem da primeira fase estacionária com solução aquosa ácida, tal como de ácido nítrico ou clorídrico, cuja acidez é menor que a existente no volume intersticial da primeira fase estacionária.
[0038] Cada uma das primeira e segunda fases estacionárias consiste de um material de fase estacionária, que pode ser idêntico para as duas fases ou diferente entre as fases, de acordo com o propósito da transferência do radioisótopo.
[0039] Caso a transferência do radioisótopo seja, por exemplo, realizada dentro do escopo de manutenção preventiva de um gerador de rádio- 224, ou seja, para antecipar vazamentos de tório-228 desse gerador, portanto, as primeira e segunda fases estacionárias consistem do mesmo material de fase estacionária.
[0040] Por outro lado, se, por exemplo, a transferência do radioisótopo for realizada para obter diferentes perfis de eluição para os seus produtos de decaimento ou para deslocar esse radioisótopo para uma fase estacionária mais resistente à radiação que aquela na qual se encontra, as primeira e segunda fases estacionárias podem consistir de dois materiais de fase estacionária diferentes.
[0041] De forma intrinsecamente conhecida, o(s) material(is) de fase estacionária pode(m) compreender um substrato sólido mineral (tal como partículas de sílica ou alumina, ou sílica gel), orgânico (tal como polímero ou copolímero) ou inorgânico-orgânico que é funcionalizado, por exemplo, por meio de enxerto ou impregnação, por moléculas orgânicas capazes de reter, por meio de complexo, troca de íons, reconhecimento molecular ou qualquer outro mecanismo, os íons do elemento químico do qual o radioisótopo é um isótopo radioativo, tais como íons de tório se o radioisótopo for tório-228.
[0042] Em realização particularmente preferida da presente invenção, o radioisótopo é tório-228 e, neste caso, a primeira fase estacionária e/ou a segunda fase estacionária consiste(m) preferencialmente de partículas que compreendem um polímero funcionalizado por moléculas de um ligante de tório.
[0043] Convenientemente, o polímero é polimetacrilato ou póli(estireno-co-divinilbenzeno), enquanto o ligante de tório-228 é N,N,N’,N’- tetraoctildiglicolamida (ou TODGA), ácido di(2-etil-hexil)fosfórico (ou HDEHP), óxido de trioctilfosfina (ou TOPO) ou uma de suas misturas.
[0044] Materiais de fase estacionária deste tipo são particularmente disponíveis por meio das companhias Triskem International e Eichrom.
[0045] Segundo a presente invenção, o método pode ser convenientemente implementado para conduzir manutenção de diversos (pelo menos dois) geradores (ou seja, diversas primeiras colunas) dos quais são coletados diversos eluídos (etapa (a) do método) que, após o tratamento (etapa (b) do método), são carregados (etapa (c) do método) na mesma segunda coluna, que constitui, após a lavagem (etapa (d) do método), um novo gerador.
[0046] Características e vantagens adicionais do método de acordo com a presente invenção surgirão da leitura da descrição complementar a seguir, que se refere a um exemplo de realização desse método.
[0047] Obviamente, esta realização é fornecida apenas como forma de ilustração do objeto da presente invenção e não representa, de nenhuma forma, limitação desse objeto.
BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS
[0048] A Figura 1, descrita anteriormente, representa a cadeia de decaimento radioativo de tório-232.
[0049] A Figura 2 representa esquematicamente as diferentes etapas de um exemplo de realização do método de acordo com a presente invenção.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[0050] Faz-se referência à Figura 2, que representa esquematicamente as diferentes etapas de um exemplo de realização do método de acordo com a presente invenção de transferência de tório-228 de primeira resina DGA DN, indicada como 20, contida em primeira coluna de cromatografia, indicada como 10, para segunda resina DGA DN, indicada como 50, contida em segunda coluna cromatográfica 40.
[0051] A primeira coluna cromatográfica 10 é, por exemplo, um gerador de rádio-224 usado, enquanto a segunda coluna cromatográfica 40 destina-se a constituir um novo gerador de rádio-224.
[0052] Nesta realização, o método compreende as etapas a seguir:
1. condicionamento da resina 20 com uma solução aquosa de ácido nítrico ou clorídrico;
2. eluição do tório-228 fixado sobre a resina 20 com solução aquosa A1 que compreende EDTA e coleta em um recipiente, indicado como 30, tal como um beaker, frasco ou similar, do eluído – ou solução aquosa A2 – que compreende tório-228 na forma de complexos de EDTA-Th228.
3. dissociação dos complexos de EDTA-Th228 por meio de acidificação do eluído para trazer seu pH para um valor no máximo igual a1, a fim de obter uma solução aquosa A3 que compreende tório-228 fora de complexo;
4. carregamento da resina 50 com a solução aquosa A3 para fixação sobre essa resina do tório-228 fora de complexo presente nessa solução; e
5. lavagem da fase estacionária 50 com solução aquosa de ácido nítrico ou clorídrico A4.
[0053] Todas essas etapas, que são detalhadas a seguir, são realizadas à temperatura ambiente, ou seja, sob temperatura de 20 °C a 25 °C.
ETAPA 1
[0054] A coluna 10 compreende uma resina DN DGA (Triskem International/Eichrom) 20 carregada com tório-228.
[0055] Este tipo de resina, que é apresentado na forma de partículas, retém tório, independentemente do isótopo, mas não retém rádio, independentemente do isótopo.
[0056] A resina 20 foi submetida a diversos ciclos de produção de rádio-224, cada qual compreendendo um período durante o qual se permitiu a produção de rádio-224 por tório-228 por meio de decaimento radioativo, seguido por eluição do rádio-224 produzido dessa forma.
[0057] Essas eluições que foram conduzidas com soluções de 2 mol/l de ácido nítrico ou 3 mol/l de ácido clorídrico, a resina 20 é condicionada em primeiro lugar para reduzir a acidez predominante no volume intersticial dessa resina, de forma a evitar que o EDTA utilizado na etapa 2 a seguir precipite-se durante essa etapa.
[0058] Esse condicionamento é conduzido por meio de circulação na coluna 10 de diversos BVs, tais como 3 BVs, em velocidade de fluxo de 0,1 ml/min a 5 ml/min, de uma solução aquosa que compreende ácido nítrico ou ácido clorídrico – com preferência por ácido nítrico – em concentração substancialmente menor ou igual à exibida pelas soluções que foram utilizadas para as eluições de rádio-224.
[0059] Esta concentração é, por exemplo, de 0,5 mol/l para uma solução aquosa de ácido nítrico e 2 mol/l para uma solução aquosa de ácido clorídrico.
ETAPA 2
[0060] A eluição de tório-228 da resina 20 é conduzida por meio de circulação na coluna 10 de diversos BVs da solução aquosa A1, que compreende tipicamente 10 mmol/l a 100 mmol/l, preferencialmente 25 mmol/l de EDTA, e possui pH 4 a 8, preferencialmente igual a 6 ± 0,5.
[0061] Para eluição ideal, 10 BVs da solução aquosa A1 são utilizados em velocidade de fluxo que varia de 0,1 ml/min a 5 ml/min, preferencialmente igual a 1 ml/min, e os 10 BVs podem ser circulados de forma contínua (ou seja, de uma vez) ou descontínua, ou seja, em duas vezes separadas entre si por um intervalo de alguns minutos.
ETAPA 3
[0062] Conforme mencionado acima, esta etapa consiste de acidificação do eluído – ou solução aquosa A2 – coletado na etapa 2 do recipiente 30 para trazer o pH desse eluído para um valor, no máximo, igual a
1.
[0063] Essa acidificação possibilita não apenas obter dissociação dos complexos de EDTA-Th228 presentes no eluído porque o EDTA encontra-se em forma catiônica sob pH menor ou igual a 1, mas também para fornecer ao eluído pH favorável à retenção de tório-228 sobre uma resina DGA DN. Esses dois efeitos combinados possibilitam, portanto, a refixação de tório-228 sobre a resina 50 na etapa 4 a seguir.
[0064] A acidificação do eluído pode ser conduzida: - por meio da adição simples de ácido nítrico ou clorídrico – com preferência por ácido nítrico – ao eluído presente no recipiente 30; ou - conforme ilustrado na Figura 2, por meio de submissão da resina 20 a duas lavagens sucessivas, em que cada uma dessas lavagens é conduzida com uma solução aquosa ácida, e adição das soluções dessas lavagens ao eluído presente no recipiente 30.
[0065] A primeira lavagem é conduzida, por exemplo, por meio de circulação na coluna 10 de diversos BVs, tal como 3 BVs, de uma solução aquosa que compreende: - 0,01 mol/l a 0,1 mol/l, preferencialmente 0,1 mol/l, de ácido nítrico; e - 0,1 mol/l a 1 mol/l, preferencialmente 0,1 mol/l, de ácido clorídrico.
[0066] A segunda lavagem é conduzida, por exemplo, por meio de circulação na coluna 10 de diversos BVs, tal como 3 BVs, de uma solução aquosa que compreende: - 0,5 mol/l a 4 mol/l, preferencialmente 0,5 mol/l, de ácido nítrico; e - 2 mol/l a 4 mol/l, preferencialmente 2 mol/l, de ácido clorídrico.
[0067] Nos dois casos, dá-se novamente preferência a soluções aquosas de ácido nítrico.
[0068] As velocidades de circulação na coluna 10 das soluções aquosas utilizadas para as lavagens são convenientemente de 0,1 ml/min a 5 ml/min.
[0069] Conforme ilustrado na Figura 2, as soluções obtidas das lavagens podem ser coletadas diretamente, na saída da coluna 10, no recipiente 30 onde está localizado o eluído.
[0070] Alternativamente, elas podem ser coletadas em um recipiente diferente do recipiente 30 e ser adicionadas em seguida ao eluído presente no recipiente 30.
[0071] Dever-se-á observar que, durante a acidificação do eluído, EDTA pode precipitar-se e ser novamente dissolvido de forma virtualmente completa. Além disso, independentemente dos métodos selecionados para acidificar o eluído, é preferível que essa acidificação seja conduzida mediante agitação para garantir a homogeneidade do eluído acidificado – ou solução aquosa A3 – e, portanto, sua estabilidade, após a redissolução do EDTA.
[0072] Como medida preventiva, a solução aquosa A3 pode ser opcionalmente filtrada, por exemplo, por meio de um filtro com porosidade de 0,2 µm, antes de prosseguir com a etapa 4.
ETAPA 4
[0073] Preferencialmente, a coluna 40 é totalmente idêntica à coluna 10, com o mesmo volume de leito e a mesma quantidade de massa de resina DGA DN, exceto pelo fato de que essa resina é livre de qualquer uso anterior.
[0074] O carregamento da coluna 40 com a solução aquosa A3 é conduzido por meio de circulação dessa solução na coluna 40, preferencialmente sob baixa velocidade de fluxo, tal como de 0,1 ml/min a 5 ml/min, de forma a favorecer a retenção de tório-228 no alto da coluna.
ETAPA 5
[0075] A lavagem da resina 50 é conduzida por meio de circulação na coluna 40 de diversos BVs da solução aquosa A4, que compreende tipicamente: - 0,5 mol/l a 4 mol/l, preferencialmente 0,5 mol/l, de ácido nítrico; ou - 2 mol/l a 4 mol/l, preferencialmente 2 mol/l, de ácido clorídrico.
[0076] Novamente, dá-se preferência a ácido nítrico.
[0077] Para lavagem ideal, 20 BVs da solução aquosa A4 são utilizados em velocidade de fluxo que varia de 0,1 ml/min a 5 ml/min e, preferencialmente, igual a 2,5 ml/min.
[0078] A realização do método de acordo com a presente invenção utilizando uma coluna 10 e uma coluna 40, cada qual com BV de 7,2 ml contendo 3,3 g de resina DGA DN (granulometria: 50-100 µm), bem como os parâmetros operacionais a seguir: - etapa 1: condicionamento da resina 20 por meio de circulação na coluna 10 de 5 BVs de uma solução aquosa que compreende 0,5 mol/l de ácido nítrico em velocidade de fluxo de 0,5 ml/min; - etapa 2: eluição de tório-228 por meio de circulação na coluna 10 de 10 BVs de uma solução aquosa A1 que compreende 25 mmol/l de EDTA e pH igual a 6 ± 0,5, em velocidade de fluxo de 1 ml/min; - etapa 3: adição à solução aquosa A2 da etapa 2 de 2 BVs de uma solução de ácido nítrico que compreende cerca de 14 mol/l de HNO 3 (ou seja, 65% em massa); - etapa 4: carregamento da resina 50 por meio de circulação na coluna 40 dos 12 BVs obtidos na etapa 3, em velocidade de fluxo de 2,5 ml/min; e
- etapa 5: lavagem da resina 50 por meio de circulação na coluna 40 de 5 BVs de uma solução aquosa A4 que compreende 0,5 mol/l de ácido nítrico em velocidade de fluxo de 0,5 ml/min;
possibilitou a transferência de mais de 99% da atividade do tório-
228 retido pela resina contida na coluna 10 no momento t0 de implementação do método para a resina contida na coluna 40.

Claims (18)

REIVINDICAÇÕES
1. MÉTODO DE TRANSFERÊNCIA DE RADIOISÓTOPOS fixados sobre primeira fase estacionária (20) contida em primeira coluna cromatográfica (10) para segunda fase estacionária (50) contida em segunda coluna cromatográfica (40), para fixar o radioisótopo sobre a segunda fase estacionária, em que o radioisótopo é selecionado a partir dos isótopos radioativos de tório, rádio, chumbo, bismuto e urânio, caracterizado por compreender pelo menos as etapas a seguir: a. eluição do radioisótopo da primeira fase estacionária (20) com uma solução aquosa A1 que compreende um agente formador de complexo do radiosótopo, a fim de obter uma solução aquosa A2 que compreende complexos do radioisótopo; b. dissociação dos complexos de radioisótopo presentes na solução aquosa A2 por meio de modificação do pH da solução aquosa A2, a fim de obter uma solução aquosa A3 que compreende o radioisótopo sem complexo; c. carregamento da segunda fase estacionária (50) com a solução aquosa A3; e d. pelo menos uma lavagem da segunda fase estacionária (50) com a solução aquosa A4.
2. MÉTODO de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo agente formador de complexo do radioisótopo ser ácido aminopolicarboxílico ou sal de ácido aminopolicarboxílico.
3. MÉTODO de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo ácido aminopolicarboxílico ser ácido nitrilotriacético, ácido etilenodiaminotetra-acético ou ácido dietilenotriaminopenta-acético.
4. MÉTODO de acordo com a reivindicação 3, em que o ácido aminopolicarboxílico é ácido etilenodiaminotetra-acético.
5. MÉTODO de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 4, caracterizado pela solução aquosa A1 compreender 10 mmol/l a 100 mmol/l de ácido etilenodiaminotetra-acético ou um de seus sais e possuir pH 4 a 8.
6. MÉTODO de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pela solução aquosa A1 compreender 25 mmol/l de ácido etilenodiaminotetra- acético ou um de seus sais e possuir pH 6 ± 0,5.
7. MÉTODO de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 6, caracterizado pela modificação do pH da solução aquosa A2 ser acidificação para trazer o pH da solução aquosa A2 para um valor, no máximo, igual a 1.
8. MÉTODO de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pela acidificação da solução aquosa A2 compreender a adição de ácido à solução aquosa A2.
9. MÉTODO de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo ácido ser nítrico ou clorídrico.
10. MÉTODO de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pela acidificação da fase aquosa A2 compreender pelo menos uma lavagem da primeira fase estacionária (20) com solução aquosa ácida e adição, no todo ou em parte, da solução aquosa derivada da lavagem à solução aquosa A2.
11. MÉTODO de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pela solução aquosa ácida compreender 0,01 mol/l a 0,1 mol/l de ácido nítrico ou de 0,1 mol/l a 1 mol/l de ácido clorídrico.
12. MÉTODO de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 11, caracterizado pela solução aquosa A4 compreender 0,5 mol/l a 4 mol/l de ácido nítrico ou 2 mol/l a 4 mol/l de ácido clorídrico.
13. MÉTODO de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 12, caracterizado por compreender adicionalmente, antes da etapa (a), uma etapa de condicionamento da primeira fase estacionária.
14. MÉTODO de acordo com qualquer das reivindicações 1 a
13, caracterizado pela primeira fase estacionária consistir de primeiro material de fase estacionária, a segunda fase estacionária consistir de segundo material de fase estacionária e os primeiro e segundo materiais de fase estacionária serem idênticos.
15. MÉTODO de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 13, caracterizado pela primeira fase estacionária consistir de primeiro material de fase estacionária, a segunda fase estacionária consistir de segundo material de fase estacionária e os primeiro e segundo materiais de fase estacionária serem diferentes.
16. MÉTODO de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 15, caracterizado pelo radioisótopo ser tório-228.
17. MÉTODO de acordo com a reivindicação 16, caracterizado pela primeira fase estacionária e/ou a segunda fase estacionária consistir(em) de partículas que compreendem um polímero funcionalizado por moléculas de um ligante de tório.
18. MÉTODO de acordo com a reivindicação 17, caracterizado pelo polímero ser um polimetacrilato ou póli(estireno-co-divinilbenzeno) e o ligante de tório-228 ser N,N,N’,N’-tetraoctildiglicolamida, ácido di(2-etil- hexil)fosfórico, óxido de trioctilfosfina ou uma de suas misturas.
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