BR112020022445B1 - Cortina elétrica acionada por potencial com resistência de bobina melhorada, métodos de fabricação da dita cortina e método para operação da mesma - Google Patents

Cortina elétrica acionada por potencial com resistência de bobina melhorada, métodos de fabricação da dita cortina e método para operação da mesma Download PDF

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Abstract

Certas modalidades exemplificadoras se referem a cortinas elétricas acionadas por potencial que podem ser usadas com unidades de vidro isolante (IG - "insulating glass"), sendo que as unidades de IG incluem tais cortinas, e/ou se referem a métodos associados. Em tal unidade, uma cortina dinâmica está situada entre os substratos que definem a unidade de IG, e é móvel entre as posições retraída e estendida. A cortina dinâmica inclui camadas sobre vidro que incluem um condutor transparente e um isolante ou filme dielétrico, bem como uma veneziana. A veneziana inclui um polímero resiliente, um condutor e, opcionalmente, tinta. Orifícios, invisíveis a olho nu, podem ser formados no polímero. Esses orifícios podem ser dimensionados, conformados e dispostos de modo a favorecer a energia solar no verão e a transmissão da energia solar no inverno. O condutor pode ser transparente ou opaco. Quando o condutor é reflexivo, podem ser fornecidas camadas de revestimento para ajudar a reduzir a reflexão interna. O polímero pode ser capaz de sobreviver em ambientes de altas temperaturas e pode ser colorido em alguns casos.

Description

CAMPO TÉCNICO
[0001] Certas modalidades exemplificadoras desta invenção se referem a cortinas que podem ser usadas com unidades de vidro isolante (unidades IG ou IGU, de "insulating glass units"), sendo que as unidades de IG incluem tais cortinas, e/ou se referem a métodos para produzir as ditas cortinas. Mais particularmente, certas modalidades exemplificadoras desta invenção se referem a cortinas elétricas acionadas por potencial que podem ser usadas com unidades de IG, sendo que as unidades de IG incluem tais cortinas, e/ou se referem a métodos para produzir as ditas cortinas.
ANTECEDENTES E SUMÁRIO
[0002] O setor de construção é conhecido por seu alto consumo de energia que, conforme demonstrado, representa de 30 a 40% do principal gasto de energia e todo o mundo. Custos operacionais, como aquecimento, resfriamento, ventilação e iluminação são responsáveis pela maior parte desse consumo, especialmente em estruturas mais antigas construídas sob normas menos rigorosas de construção energeticamente eficiente.
[0003] Janelas, por exemplo, fornecem luz natural, ar fresco, acesso e conexão com o mundo externo. Entretanto, elas frequentemente representam também uma fonte significativa de energia desperdiçada. Com a crescente tendência de usar janelas arquitetônicas, equilibrar o conflito de interesses de eficiência energética e conforto humano está se tornando cada vez mais importante. Além disso, preocupações com o aquecimento global e pegadas de carbono somam-se ao movimento em busca por sistemas inovadores de estruturas envidraçadas energeticamente eficientes.
[0004] Nesse sentido, devido ao fato de que as janelas são, em geral, o "elo fraco" no isolamento de uma construção, e considerando-se os modernos designs arquitetônicos que frequentemente incluem fachadas inteiras de vidro, torna-se evidente que dispor de janelas isolantes melhores seria vantajoso em termos controle e redução do desperdício de energia. Existem, portanto, vantagens significativas tanto ambiental como economicamente no desenvolvimento de janelas altamente isolantes.
[0005] Unidades de vidro isolante (unidades de IG ou IGUs) vêm sendo desenvolvidas há algum tempo e fornecem isolamento melhorado a edifícios e outras estruturas, como a unidade de IG exemplificadora mostrada na Figura 1 em uma vista esquemática em seção transversal. Na unidade de IG exemplificadora da Figura 1, um primeiro e um segundo substratos 102 e 104 são substancialmente paralelos e espaçados um do outro. É fornecido um sistema espaçador 106 na periferia do primeiro e do segundo substratos 102 e 104, que ajuda a mantê-los substancialmente paralelos e espaçados um do outro e ajuda a definir um vão ou espaço 108 entre eles. O vão 108 pode ser ao menos parcialmente preenchido com um gás inerte (como, por exemplo, ar, criptônio (Kr), xenônio (Xe) e/ou similares) em alguns casos, por exemplo para melhorar as propriedades isolantes da unidade de IG total. Em alguns casos, podem ser fornecidas vedações externas opcionais além do sistema espaçador 106.
[0006] Janelas são elementos únicos na maioria dos edifícios no sentido de que elas têm a capacidade de "fornecer" energia para o edifício sob a forma de ganho solar no inverno e luz natural o ano todo. A atual tecnologia de janelas, entretanto, frequentemente leva a custos excessivos de aquecimento no inverno, resfriamento excessivo no verão, e com frequência deixa de aproveitar os benefícios da luz do sol, permitindo que as luzes fossem diminuídas ou até desligadas em grande parte do estoque comercial da nação.
[0007] A tecnologia de filme fino é uma maneira promissora de melhorar o desempenho das janelas. Filmes finos podem, por exemplo, ser aplicados diretamente sobre vidro durante a produção, sobre uma manta de polímero que pode ser readaptada a uma janela preexistente a um custo correspondentemente mais baixo, etc. E avanços vêm sendo feitos ao longo das últimas duas décadas, principalmente na redução do valor U das janelas mediante o uso de revestimentos de baixa emissividade ("baixa E") estáticos ou "passivos", e redução do coeficiente de ganho de calor solar (SHGC - "solar heat gain coefficient") pelo uso de revestimentos "baixa E" espectralmente seletivos. Os revestimentos "baixa E" podem, por exemplo, ser usados em conexão com as unidades de IG como, por exemplo, aquelas mostradas e descritas com referência à Figura 1. Contudo, melhorias adicionais podem ainda ser possíveis.
[0008] Por exemplo, será reconhecido que seria desejável fornecer uma opção de unidade de IG mais dinâmica que permita fornecer isolamento melhorado a edifícios e similares, que aproveite a capacidade do sol de "fornecer" energia ao interior do edifício, e que além disso forneça privacidade de um modo mais "sob demanda". Será reconhecido que seria desejável também que tais produtos tenham uma aparência estética agradável.
[0009] Certas modalidades exemplificadoras abordam estas e/ou outras preocupações. Por exemplo, certas modalidades exemplificadoras desta invenção se referem a cortinas elétricas acionadas por potencial que podem ser usadas com unidades de IG, sendo que as unidades de IG incluem tais cortinas, e/ou se referem a métodos para produzir as ditas cortinas.
[0010] Em certas modalidades exemplificadoras, é fornecida uma unidade de vidro isolante (IG). O primeiro e o segundo substratos têm, cada um, superfícies principais interna e externa, com a superfície principal interna do primeiro substrato voltada para a superfície principal interna do segundo substrato. Um sistema espaçador ajuda a manter o primeiro e o segundo substratos substancialmente paralelos e espaçados um do outro e a definir um vão entre os mesmos. Uma cortina dinamicamente controlável é interposta entre o primeiro e o segundo substratos, sendo que a cortina inclui: um primeiro filme condutivo fornecido, direta ou indiretamente, sobre a superfície principal interna do primeiro substrato; um filme dielétrico ou isolante fornecido, direta ou indiretamente, sobre o primeiro filme condutivo; e uma veneziana que inclui um substrato de polímero que apoia um segundo revestimento condutivo, sendo que o substrato de polímero é extensível para servir como uma posição fechada de veneziana e retrátil para servir uma posição aberta de veneziana. Uma primeira e uma segunda barras de barramento eletricamente condutivas estão situadas em uma primeira e uma segunda bordas opostas do primeiro substrato, cada uma das barras de barramento tendo uma primeira e uma segunda extremidades, sendo que a primeira e a segunda barras de barramento são fornecidas, direta ou indiretamente, sobre o filme dielétrico ou isolante. Um primeiro e um segundo padrões de frita condutiva são aplicados, direta ou indiretamente, ao primeiro substrato, sendo a frita interposta entre o primeiro substrato e o primeiro revestimento condutivo, o primeiro padrão de frita sendo eletricamente conectado ao primeiro revestimento condutivo, o primeiro e o segundo padrões estendendo-se ao longo de uma terceira e uma quarta bordas opostas do primeiro substrato, sendo que as primeira à quarta bordas são diferentes umas das outras, o primeiro padrão estendendo-se em uma direção a partir da primeira extremidade da primeira barra de barramento em direção à primeira extremidade da segunda barra de barramento, o segundo padrão estendendo-se em uma direção a partir da segunda extremidade da primeira barra de barramento em direção à segunda extremidade da segunda barra de barramento. O primeiro e o segundo revestimentos condutivos são eletricamente conectáveis a uma fonte de energia que é controlável para seletivamente estabelecer uma diferença de potencial elétrico usando a primeira e a segunda barras de barramento para adequadamente acionar o substrato de polímero entre as posições aberta e fechada da veneziana.
[0011] Em certas modalidades exemplificadoras, é fornecido um método para fabricação de uma unidade de vidro isolante (IG). O método compreende fornecer um primeiro e um segundo substratos, cada um tendo superfícies principais interna e externa; formar um primeiro revestimento condutivo, direta ou indiretamente, sobre a superfície principal interna do primeiro substrato; fornecer um filme dielétrico ou isolante, direta ou indiretamente, sobre o primeiro revestimento condutivo; colocar, em posição adjacente ao filme dielétrico ou isolante, uma veneziana que inclui um substrato de polímero que apoia um segundo revestimento condutivo, sendo que o substrato de polímero é extensível para servir como uma posição fechada de veneziana e retrátil para servir uma posição aberta de veneziana; fornecer uma primeira e uma segunda barras de barramento eletricamente condutivas em uma primeira e uma segunda bordas opostas do primeiro substrato, cada uma das barras de barramento tendo uma primeira e uma segunda extremidades, sendo que a primeira e a segunda barras de barramento são fornecidas, direta ou indiretamente, sobre o filme dielétrico ou isolante; aplicar um primeiro e um segundo padrões de frita condutiva, direta ou indiretamente, ao primeiro substrato, sendo a frita interposta entre o primeiro substrato e o primeiro revestimento condutivo, o primeiro padrão de frita sendo eletricamente conectado ao primeiro revestimento condutivo, o primeiro e o segundo padrões estendendo-se ao longo de uma terceira e uma quarta bordas opostas do primeiro substrato, sendo que as primeira à quarta bordas são diferentes umas das outras, o primeiro padrão estendendo-se em uma direção a partir da primeira extremidade da primeira barra de barramento em direção à primeira extremidade da segunda barra de barramento, o segundo padrão estendendo-se em uma direção a partir da segunda extremidade da primeira barra de barramento em direção à segunda extremidade da segunda barra de barramento; conectar eletricamente o primeiro e o segundo revestimentos condutivos a uma fonte de energia, sendo que o primeiro revestimento condutivo, o filme dielétrico ou isolante e a veneziana formam ao menos parcialmente uma cortina dinâmica que é controlável em conexão com a fonte de energia, e usar a primeira e a segunda barras de barramento para seletivamente estabelecer uma diferença de potencial elétrico e adequadamente acionar o substrato de polímero entre as posições aberta e fechada da veneziana; e conectar juntos o primeiro e o segundo substratos substancialmente paralelos e espaçados um do outro em conexão com um sistema espaçador de modo que as superfícies internas do primeiro e do segundo substratos fiquem voltadas uma para a outra na formação da unidade de IG, um vão sendo definido entre os substratos, e a cortina dinâmica sendo interposta entre o primeiro e o segundo substratos no vão.
[0012] Em certas modalidades exemplificadoras, é fornecido um método para operação de uma cortina dinâmica em uma unidade de vidro isolante (IG). O método compreende ter uma unidade de IG produzida de acordo com as técnicas aqui reveladas; e ativar seletivamente a fonte de energia para mover o substrato de polímero entre as posições aberta e fechada da veneziana.
[0013] Os recursos, aspectos, vantagens e modalidades exemplificadoras aqui descritos podem ser combinados para materializar ainda outras modalidades.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[0014] Estas e outras características e vantagens podem ser melhor e mais completamente compreendidas por referência à seguinte descrição detalhada de modalidades ilustrativas exemplificadoras em conjunto com os desenhos, nos quais:
[0015] A Figura 1 é uma vista esquemática em seção transversal de uma unidade de vidro isolante (unidade de IG ou IGU) exemplificadora;
[0016] a Figura 2 é uma vista esquemática em seção transversal de uma IGU exemplificadora que incorpora cortinas elétricas acionadas por potencial que podem ser usadas em conexão com certas modalidades exemplificadoras;
[0017] a Figura 3 é uma vista em seção transversal mostrando componentes "sobre vidro" exemplificadores da IGU exemplificadora mostrada na Figura 2 que possibilitam ação de veneziana, de acordo com certas modalidades exemplificadoras;
[0018] a Figura 4 é uma vista em seção transversal de uma veneziana exemplificadora da IGU exemplificadora mostrada na Figura 2, de acordo com certas modalidades exemplificadoras;
[0019] a Figura 5 é uma vista esquemática em seção transversal de uma IGU exemplificadora incluindo uma cortina elétrica acionada por potencial que incorpora perfurações, que pode ser usada em conexão com certas modalidades exemplificadoras;
[0020] as Figuras 6a e 6b demonstram como a radiação solar pode ser seletivamente refletida em conexão com a IGU exemplificadora mostrada na Figura 5, em certas instâncias exemplificadoras;
[0021] a Figura 7 é uma vista em seção transversal mostrando uma geometria alternativa para as perfurações formadas na cortina exemplificadora mostrada na Figura 5, de acordo com certas modalidades exemplificadoras;
[0022] as Figuras 8a a 8c são vistas em seção transversal de venezianas similares ao exemplo da Figura 3, com a diferença de que são incluídos revestimentos externos para melhorar a aparência estética da cortina total, de acordo com certas modalidades exemplificadoras;
[0023] as Figuras 9 a 11 são gráficos que plotam a porcentagem de reflectância em função do comprimento de onda para certos exemplos de materiais de revestimento externo que podem ser usados em conexão com as pilhas de camadas mostradas nas Figuras 8a e 8b, em certas modalidades exemplificadoras;
[0024] a Figura 12 é um gráfico demonstrando o efeito da temperatura sobre o módulo de Young;
[0025] a Figura 13 mostra típicas curvas de curvas de relaxamento de estresse para um filme de PET sob diferentes temperaturas;
[0026] a Figura 14 resume as restrições básicas da função da cortina que podem surgir em certas modalidades exemplificadoras;
[0027] a Figura 15 é uma tabela que inclui propriedades relacionadas à resistência de bobina para vários materiais, que podem ser relevantes em certas modalidades exemplificadoras;
[0028] a Figura 16 é uma vista esquemática de uma veneziana que incorpora uma célula solar de CIGS (cobre-índio-gálio-seleneto) que pode ser usada em conexão com certas modalidades exemplificadoras;
[0029] as Figuras 17 a 19 mostram como a cortina pode ser conectada a uma janela de vidro e energizada, de acordo com certas modalidades exemplificadoras;
[0030] a Figura 20 é um diagrama esquemático mostrando uma abordagem alternativa de como a cortina pode ser conectada à janela de vidro e energizada, de acordo com certas modalidades exemplificadoras; e
[0031] a Figura 21 é um diagrama esquemático mostrando outra abordagem alternativa de como a cortina pode ser conectada à janela de vidro e energizada, de acordo com certas modalidades exemplificadoras.
DESCRIÇÃO DETALHADA
[0032] Certas modalidades exemplificadoras desta invenção se referem a cortinas elétricas acionadas por potencial que podem ser usadas com unidades de IG, sendo que as unidades de IG incluem tais cortinas, e/ou se referem a métodos para produzir as ditas cortinas. Agora com referência mais particular aos desenhos, a Figura 2 é uma vista esquemática em seção transversal de uma unidade de vidro isolante (unidade de IG ou IGU) exemplificadora que incorpora cortinas elétricas acionadas por potencial que podem ser usadas em conexão com certas modalidades exemplificadoras. Mais especificamente, a Figura 2 é similar à Figura 1 no sentido de que o primeiro e o segundo substratos substancialmente paralelos e separados um do outro 102 e 104 são separados um do outro com o uso de um sistema espaçador 106, e que um vão 108 é definido entre os mesmos. Uma primeira e uma segunda cortinas elétricas acionadas por potencial 202a e 202b são fornecidas no vão 108, adjacentes a superfícies principais internas do primeiro e do segundo substratos 102 e 104, respectivamente. Como ficará evidente a partir da descrição a seguir, as cortinas 202a e 202b são controladas pela criação de uma diferença de potencial elétrico entre as cortinas 202a e 202b, e revestimentos condutivos formados sobre as superfícies internas dos substratos 102 e 104. Como também ficará claro a partir da descrição a seguir, cada uma das cortinas 202a e 202b pode ser criada com o uso de um filme polimérico revestido com um revestimento condutivo (por exemplo, um revestimento compreendendo uma camada que inclui Al, Cr, ITO (óxido de índio-estanho) e/ou similares). Uma cortina revestida com alumínio pode fornecer reflexão progressiva, de parcial a completa, de luz visível, e quantidades significativas de energia solar total.
[0033] As cortinas 202a e 202b são normalmente retraídas (por exemplo, enroladas), mas podem rapidamente se estender (por exemplo, desenrolar) quando é aplicada uma tensão elétrica, para cobrir ao menos uma porção dos substratos 102 e 104 de forma muito similar, por exemplo, a uma cortina de janela "tradicional". A cortina enrolada pode ter um diâmetro muito pequeno, e tipicamente será muito menor que a largura do vão 108 entre o primeiro e o segundo substratos 102 e 104, de modo que ela possa funcionar entre eles e ficar essencialmente oculta quando enrolada. As cortinas desenroladas 202a e 202b aderem fortemente aos substratos adjacentes 102 e 104.
[0034] As cortinas 202a e 202b estendem-se ao longo de todo ou de uma porção de um comprimento vertical da área visível ou "enquadrada" dos substratos 102 e 104 a partir de uma configuração retraída para uma configuração estendida. Na configuração retraída, as cortinas 202a e 202b têm uma primeira área de superfície que substancialmente permite a transmissão de radiação através da área enquadrada. Na configuração estendida, as cortinas 202a e 202b têm uma segunda área de superfície que substancialmente controla a transmissão de radiação através da área enquadrada. Em certas modalidades exemplificadoras, as cortinas 202a e 202b podem ter uma largura que se estende por toda ou uma porção da largura horizontal da área enquadrada dos substratos 102 e 104 aos quais elas estão fixadas.
[0035] Cada uma das cortinas 202a e 202b é disposta entre o primeiro e o segundo substratos 102 e 104, e cada uma é, de preferência, fixada, em uma extremidade, a uma superfície interna dos mesmos (ou um dielétrico ou outra camada disposta sobre os mesmos), próximo à parte superior dos mesmos. Uma camada adesiva pode ser usada para isso. As cortinas 202 e 204 são mostradas parcialmente desenroladas (parcialmente estendidas) na Figura 2. Em certas modalidades exemplificadoras, as cortinas 202a e 202b e qualquer camada adesiva ou outra estrutura de montagem ficam, de preferência, ocultas de modo que as cortinas 202a e 202b sejam vistas apenas quando ao menos parcialmente desenroladas.
[0036] O diâmetro de uma cortina completamente enrolada é, de preferência, de cerca de 1 a 5 mm, mas pode ser maior que 5 mm em certas modalidades exemplificadoras. De preferência, o diâmetro de uma cortina enrolada é no máximo igual à largura do vão 108, que é tipicamente de cerca de 10 a 15 mm, para ajudar a facilitar operações rápidas e repetidas de desenrolamento e enrolamento. Embora duas cortinas 202a e 202b sejam mostradas no exemplo da Figura 2, será reconhecido que apenas uma cortina pode ser fornecida em certas modalidades exemplificadoras, e também que essa uma cortina pode ser fornecida sobre uma superfície interna do substrato interno ou do substrato externo 102 ou 104. Em modalidades exemplificadoras com duas cortinas, o diâmetro combinado das mesmas é, de preferência, no máximo igual à largura do vão 108, por exemplo, para facilitar as operações de desenrolamento e enrolamento de ambas as cortinas.
[0037] Um controlador eletrônico pode ser fornecido para ajudar a acionar as cortinas 202a e 202b. O controlador eletrônico pode ser eletricamente conectado às cortinas 202a e 202b, bem como aos substratos 102 e 104, por exemplo, por meio de fios adequados ou similares. Os fios podem ficar ocultos pela unidade de IG montada. O controlador eletrônico é configurado para fornecer uma tensão elétrica de saída para as cortinas 202a e 202b. Uma tensão elétrica de saída na faixa de cerca de 100 a 500 VDC pode ser usada para acionar as cortinas 202a e 202b em certas modalidades exemplificadoras. Uma fonte de energia de corrente alternada (AC) ou contínua (CC), uma bateria de CC e/ou similares podem ser usadas para isso. Será reconhecido que uma tensão elétrica de saída mais alta ou mais baixa poderá ser fornecida, por exemplo, dependendo dos parâmetros de fabricação e dos materiais que compreendem as cortinas 202a e 202b, das camadas sobre os substratos 102 e 104, etc.
[0038] O controlador pode ser acoplado a uma chave manual, um controle remoto (por exemplo, sem fio), ou outro dispositivo de entrada, por exemplo, para indicar se as cortinas 202a e 202b devem ser retraídas ou estendidas. Em certas modalidades exemplificadoras, o controlador eletrônico pode incluir um processador operacionalmente acoplado a uma memória que armazena instruções para receber e decodificar sinais de controle que, por sua vez, fazem com que uma tensão elétrica seja seletivamente aplicada para controlar a extensão e/ou a retração das cortinas 202a e 202b. Podem ser fornecidas instruções adicionais para que outra funcionalidade seja realizada. Por exemplo, pode ser fornecido um temporizador para que as cortinas 202a e 202b possam ser programadas para se estender e retrair em horários especificados pelo usuário ou em outros horários, pode ser fornecido um sensor de temperatura para que as cortinas 202a e 202b sejam programadas para se estender ou retrair caso sejam atingidas as temperaturas interna e/ou externa especificadas pelo usuário, podem ser fornecidos sensores de luz para que as cortinas 202a e 202b sejam programadas para se estender e retrair com base na quantidade de luz fora da estrutura, etc.
[0039] Embora a Figura 2 mostre duas cortinas 202a e 202b, conforme observado acima, certas modalidades exemplificadoras podem incorporar apenas uma cortina. Além disso, conforme observado acima, essas cortinas podem ser projetadas para se estender verticalmente e horizontalmente ao longo e através de substancialmente toda a unidade de IG, e modalidades exemplificadoras diferentes podem envolver cortinas que cobrem apenas porções das unidades de IG nas quais são dispostas. Nesses casos, podem ser fornecidas múltiplas cortinas para se alcançar uma cobertura mais selecionável, para levar em conta estruturas internas ou externas como perfis de montagem, para simular venezianas fixas, etc.
[0040] Em certas modalidades exemplificadoras, um batente de travamento pode ser disposto na base da IGU, por exemplo, ao longo de sua largura, para ajudar a evitar que as cortinas se desenrolem completamente. O batente de travamento pode ser produzido a partir de um material condutivo, como um metal ou similar. O batente de travamento pode também ser revestido com um polímero com baixo fator de dissipação como, por exemplo, polipropileno, propileno etileno fluorado (FEP), poli(tetrafluoroetileno) (PTFE) e/ou similares.
[0041] Serão descritos a seguir exemplos de detalhes da operação das cortinas 202a e 202b com referência às Figuras 3 e 4. Mais particularmente, a Figura 3 é uma vista em seção transversal mostrando exemplos de componentes "sobre vidro" da IGU exemplificadora mostrada na Figura 2 que possibilitam ação de veneziana, de acordo com certas modalidades exemplificadoras; e a Figura 4 é uma vista em seção transversal de uma veneziana exemplificadora da IGU exemplificadora mostrada na Figura 2, de acordo com certas modalidades exemplificadoras. A Figura 3 mostra um substrato vítreo 302, que pode ser usado para um ou ambos os substratos 102 e 104 da Figura 2. O substrato vítreo 302 suporta os componentes sobre vidro 304, bem como a veneziana 312. Em certas modalidades exemplificadoras, quando desenrolado, o condutor 404 pode ficar mais próximo ao substrato 302 do que a camada de tinta 406. Em outras modalidades exemplificadoras, essa disposição pode ser invertida de modo que, por exemplo, quando desenrolado, o condutor 404 pode ficar mais afastado do substrato 302 do que a camada de tinta 406.
[0042] Os componentes sobre vidro 304 incluem um condutor transparente 306, juntamente com um material dielétrico 308, que pode ser aderido ao substrato 302 por meio de um adesivo transparente de baixa opacidade 310 ou similares. Esses materiais são, de preferência, substancialmente transparentes. Em certas modalidades exemplificadoras, o condutor transparente 306 é eletricamente conectado através de um terminal a um fio do controlador. Em certas modalidades exemplificadoras, o condutor transparente 306 serve como um eletrodo fixo de um capacitor, e o material dielétrico 308 serve como o dielétrico desse capacitor.
[0043] O condutor transparente 306 pode ser formado a partir de qualquer material adequado como, por exemplo, ITO, óxido de estanho (por exemplo, SnO2 ou outra estequiometria adequada), etc. O condutor transparente 306 pode ter uma espessura de 10 a 500 nm em certas modalidades exemplificadoras. O material dielétrico 308 pode ser um polímero de fator de baixa dissipação em certas modalidades exemplificadoras. Materiais adequados incluem, por exemplo, polipropileno, FEP, PTFE, politereftalato de etileno (PET), poli-imida (PI) e poli(etileno naftalato) (PEN), etc. O material dielétrico 308 pode ter uma espessura de 4 a 25 mícrons em certas modalidades exemplificadoras. A espessura do material dielétrico 308 pode ser selecionada de modo a equilibrar a confiabilidade da cortina com a quantidade de tensão elétrica (por exemplo, uma vez que camadas dielétricas mais delgadas tipicamente reduzem a confiabilidade, enquanto camadas dielétricas mais espessas tipicamente exigem a aplicação de uma alta tensão elétrica para fins operacionais).
[0044] Como é sabido, muitos revestimentos de baixa emissividade ("baixa E") são condutivos. Dessa forma, em certas modalidades exemplificadoras, um revestimento "baixa E" pode ser usado no lugar do condutor transparente 306 em certas modalidades exemplificadoras. O revestimento "baixa E" pode ser um revestimento "baixa E"à base de prata, por exemplo, onde uma, duas, três ou mais camadas compreendendo Ag podem ser dispostas entre as camadas dielétricas. Em tais casos, a necessidade pelo adesivo 310 pode ser reduzida ou completamente eliminada.
[0045] A veneziana 312 pode incluir uma camada resiliente 402. Em certas modalidades exemplificadoras, um condutor 404 pode ser usado em um lado da camada resiliente 402, e uma tinta decorativa 406 pode ser opcionalmente aplicada ao outro lado. Em certas modalidades exemplificadoras, o condutor 404 pode ser transparente e, conforme indicado, a tinta decorativa 406 é opcional. Em certas modalidades exemplificadoras, o condutor 404 e/ou a tinta decorativa 406 podem ser translúcidos ou, de outro modo, conferir coloração ou características estéticas para a veneziana 312. Em certas modalidades exemplificadoras, a camada resiliente 402 pode ser formada a partir de um polímero encolhível como, por exemplo, PEN, PET, poli(sulfeto de p-fenileno) (PPS), poli(éter-éter-cetona) (PEEK), etc. A camada resiliente 402 pode ter uma espessura de 1 a 25 mícrons em certas modalidades exemplificadoras. O condutor 404 pode ser formado a partir do mesmo material ou um material diferente daquele usado para o condutor 306, em diferentes modalidades exemplificadoras. Podem ser utilizados materiais metálicos ou de óxido metálico, por exemplo. Em certas modalidades exemplificadoras, pode ser usado um material de 10 a 50 nm de espessura que inclui uma camada compreendendo, por exemplo, ITO, Al, Ni, NiCr, óxido de estanho e/ou similares. Em certas modalidades exemplificadoras, a resistência do condutor 404 pode estar na faixa de 40 a 200 ohms/quadrado.
[0046] A tinta decorativa 406 pode incluir pigmentos, partículas e/ou outros materiais que seletivamente refletem e/ou absorvem certas cores visíveis desejadas e/ou radiação infravermelha.
[0047] Como mostra a Figura 2, as cortinas 202a e 202b são comumente enroladas como rolos espirais ("bobinas"), com uma extremidade externa da espiral afixada por um adesivo aos substratos 102 e 104 (por exemplo, ou ao dielétrico no mesmo). O condutor 404 pode ser eletricamente conectado através de um terminal a um fio ou similar e pode servir como um eletrodo variável de um capacitor que tem o condutor 306 como seu eletrodo fixo e o dielétrico 308 como seu dielétrico.
[0048] Quando um acionamento elétrico é fornecido entre o eletrodo variável e o eletrodo fixo, por exemplo, quando um acionamento elétrico de tensão ou corrente elétrica é aplicado entre o condutor 404 da veneziana 312 e o condutor 306 no substrato 302, a veneziana 312 é puxada em direção ao substrato 302 por meio de uma força eletrostática criada pela diferença de potencial entre os dois eletrodos. O recuo do eletrodo variável faz com que a cortina enrolada se desenrole. A força eletrostática sobre o eletrodo variável faz com que a veneziana 312 fique firmemente presa contra o eletrodo fixo do substrato 302. Como resultado, a camada de revestimento de tinta 406 da cortina seletivamente reflete ou absorve certas cores visíveis e/ou radiação infravermelha. Desse modo, a cortina desenrolada ajuda a controlar a transmissão de radiação seletivamente bloqueando e/ou refletindo certas frequências de luz ou outra radiação impedindo-as de atravessar a unidade de IG, e, assim, altera a função geral da unidade de IG entre ser transmissiva para ser parcial ou seletivamente transmissiva, ou mesmo opaca em alguns casos.
[0049] Quando o acionamento elétrico entre o eletrodo variável e o eletrodo fixo é removido, a força eletrostática sobre o eletrodo variável é, da mesma forma, removida. A constante elástica presente na camada resiliente 402 e no condutor 404 faz com que a cortina enrole de volta à sua posição original, firmemente enrolada. Como o movimento da cortina é controlado por um circuito basicamente capacitivo, a corrente essencialmente flui apenas enquanto a cortina está sendo desenrolada ou enrolada. Como resultado, o consumo médio de energia da cortina é extremamente baixo. Dessa maneira, várias baterias AA padrão podem ser usadas para operar a cortina por anos, pelo menos em alguns casos.
[0050] Em um exemplo, o substrato 302 pode ser vidro transparente de 3 mm espessura comercialmente disponível junto ao cessionário. Um adesivo à base de acrílico que tem baixa opacidade pode ser usado como a camada adesiva 310. ITO aspergido com uma resistência de 100 a 300 ohms/quadrado pode ser usado para o condutor 306. O filme polimérico pode ser um material PET de baixa opacidade (por exemplo, opacidade < 1%) com 12 mícrons de espessura. Uma tinta à base de PVC disponível junto à Sun Chemical Inc. aplicada a uma espessura de 3 a 8 mícrons pode ser usada como a tinta decorativa 406. Um material PEN disponível comercialmente junto à DuPont com 6, 12 ou 25 mícrons de espessura pode ser usado como a camada resiliente 402. Para um condutor opaco 406, pode ser utilizado Al evaporado com uma espessura nominal de 375 nm. Para uma opção transparente, pode ser utilizado ITO aspergido. Em ambos os casos, a resistência pode ser de 100 a 400 ohms/quadrado. ITO ou outros materiais condutivos podem ser aspergidos sobre, ou de outro modo formados sobre, suas respectivas camadas de suporte de polímero em certas modalidades exemplificadoras. Obviamente, esses exemplos de materiais, espessuras, propriedades elétricas, e suas várias combinações e subcombinações, etc., não devem ser interpretados como limitadores a menos que especificamente declarado.
[0051] Além da fabricação, a operação e/ou outros detalhes e alternativas podem ser implementados. Vide, por exemplo, as patentes US n°s 8.982.441; 8.736.938; 8.134.112; 8.035.075; 7.705.826; e 7.645.977; as quais estão aqui incorporadas, a título de referência, em sua totalidade.
[0052] Certas modalidades exemplificadoras podem incluir perfurações microscópicas ou orifícios passantes que permitem que a luz passe através da cortina e forneça quantidades progressivas de transmitância solar com base no ângulo do sol. Essas perfurações ou orifícios podem ajudar a bloquear a luz direta do sol progressivamente. Os efeitos de sombreamento dos orifícios microscópicos podem ser comparados aos de persianas externas, com a diferença de que os orifícios permanecem invisíveis, uma vez que são formados para serem muito pequenos para serem vistos a olho nu, em certas modalidades exemplificadoras. O tamanho, a distribuição e o ângulo dos orifícios podem ser projetados para controlar a quantidade de energia solar permitida no edifício durante diferentes períodos do ano. Por exemplo, no verão, quando o sol está alto no céu, o tamanho dos orifícios, sua distribuição e ângulo podem ajudar a assegurar que a transmitância solar da luz do sol seja reduzida, mas ainda permitir a entrada de alguma luz no edifício. Em contraste, os orifícios podem ser projetados de modo que a cortina permita a transmitância solar durante o inverno, o que reduz a necessidade de aquecimento nessa época fria. Por exemplo, através do design dos orifícios, pode ser possível reduzir a quantidade de energia fornecida pela luz solar que passa pela unidade de IG em até cerca de 90% no verão (e às vezes até mais), e ao mesmo tempo permitir que cerca de 35% da transmitância solar no inverno (às vezes até mais). As perfurações podem, dessa forma, ser usadas para fornecer uma abordagem passiva ao controle da luz solar em conexão com o uso mais ativo e dinâmico da cortina acionada eletrostaticamente. Em certas modalidades exemplificadoras, o design dos orifícios pode possibilitar a redução da quantidade de energia da luz solar que passa pela unidade de IG no verão de pelo menos 50%, com mais preferência pelo menos 60%, com mais preferência ainda pelo menos 75%, e algumas vezes de 80 a 90% ou mais. Além disso, ou alternativamente, em certas modalidades exemplificadoras, o design dos orifícios pode possibilitar a transmissão de energia da luz solar que passa pela unidade de IG no inverno de pelo menos 20%, com mais preferência pelo menos 25%, e algumas vezes de 30 a 35% ou mais. Em certas modalidades exemplificadoras, um design de orifício simples pode fornecer uma diferença na transmissão da energia da luz solar que passa pela unidade de IG entre o verão e o inverno de pelo menos cerca de 30%, com mais preferência pelo menos cerca de 40%, e com mais preferência ainda de pelo menos cerca de 50 a 55% e em alguns casos até mais.
[0053] Será reconhecido que o tamanho, o formato e/ou a disposição dos orifícios podem ser baseados, por exemplo, na latitude aproximada na qual a IGU será instalada, na orientação da IGU no local de instalação (por exemplo, se a IGU ficará na vertical como uma porta ou uma janela, plana ou em ângulo como uma claraboia, etc.), etc. Ângulos diferentes para todos os orifícios podem, por exemplo, ser ajustados nesses e/ou em outros sentidos, por exemplo, para disponibilizar melhorados coeficientes de sombreamento, valores da razão luz/ganho solar, etc.
[0054] Além disso, em relação ao tamanho do orifício, seu diâmetro, ângulo, etc., será reconhecido que a espessura (T) da cortina dinâmica pode estar entre 10 e 32 µm em certas modalidades exemplificadoras. O tamanho do diâmetro do orifício ou distância principal (D) pode depender dessa espessura em alguns casos. Por exemplo, o diâmetro do orifício ou distância principal em certas modalidades exemplificadoras pode estar entre 0,5T e 5T. Será reconhecido que 0,5T equivale ao caso em que luz solar direta não passa através do filme em um ângulo maior que 26,5 graus em relação ao horizonte. Isso pressupõe que o ângulo do orifício é perpendicular à face voltada para fora da cortina dinâmica. A quantidade de luz depende do diâmetro do orifício, da espessura da cortina dinâmica, do ângulo dos orifícios e do número de orifícios. Inclinar o ângulo para baixo possibilita capacidades de bloqueio à luz similares, mas então o orifício pode ser maior em tamanho, permitindo assim a penetração de mais luz indireta. É possível inclinar o ângulo dos orifícios de modo que nenhuma luz direta atravesse a cortina. No caso em que D = T, os orifícios devem ser deslocados em 45 graus (para cima ou para baixo) em relação à perpendicular. Esse ângulo aumenta se D>T.
[0055] A Figura 5 é uma vista esquemática em seção transversal de uma IGU exemplificadora incorporando uma cortina elétrica acionada por potencial que inclui perfurações, que pode ser usada em conexão com certas modalidades exemplificadoras. Conforme mostrado na Figura 5, os orifícios são formados na porção de veneziana 312 da cortina. Ou seja, os orifícios 502 se estendem através da tinta decorativa 406, do polímero resiliente 402 e do condutor transparente 404 sobre o mesmo. Os orifícios 502 não precisam, entretanto, se estender através da porção sobre vidro inferior 304 da cortina em certas modalidades exemplificadoras. Isso pode ser vantajoso do ponto de vista da fabricação, uma vez que a porção sobre vidro 304 pode ser formada separadamente a partir da porção de veneziana 312, em alguns casos. Além disso, em certas modalidades exemplificadoras, a porção sobre vidro 304 pode usar processos de revestimento por cobertura como bombardeamento iônico ou similares, enquanto a porção de veneziana 312 pode incluir etapas adicionais após o polímero resiliente 402 ser revestido com o condutor transparente 404 e/ou a tinta 406.
[0056] Em certas modalidades exemplificadoras, os orifícios 502 na porção de veneziana 312 podem ser formados usando-se qualquer técnica adequada. Por exemplo, micro-orifícios podem ser formados por corte a laser, estampagem, puncionamento, uma técnica de fotolitografia, uma técnica de perfuração (como, por exemplo, perfuração física, perfuração por feixe de elétrons, etc.) e/ou similares. Os orifícios podem ser formados para ter uma seção transversal substancialmente circular, retangular, etc. Em certas modalidades exemplificadoras, o diâmetro do orifício ou distância principal será aproximadamente igual à espessura de toda a cortina e, portanto, de aproximadamente 10 a 30 mícrons. Em certas modalidades exemplificadoras, de 30 a 70% da porção de veneziana 312 podem ser removidos como resultado da formação dos orifícios, com mais preferência de 40 a 60% da porção de veneziana 312 podem ser removidos como resultado da formação dos orifícios, e em alguns casos cerca de 50% da porção de veneziana 312 podem ser removidos como resultado da formação dos orifícios. Em certas modalidades exemplificadoras, no máximo 50% da porção de veneziana 312 são removidos como resultado da formação de um ou mais orifícios. Em certas modalidades exemplificadoras, os orifícios modificam o valor do índice de reprodução cromática (CRI - "color rendering index") da cortina total de preferência em não mais que 10, com mais preferência em não mais que 5, com mais preferência ainda em não mais que 2 a 3, e algumas vezes em não mais que 1 (por exemplo, em não mais que 0,5).
[0057] Embora certas modalidades exemplificadoras tenham sido descritas como envolvendo orifícios passantes, diferentes modalidades podem envolver orifícios que se estendem apenas parcialmente através da veneziana 312. Em certas modalidades exemplificadoras, os orifícios podem ser formados fornecendo- se múltiplas lamelas empilhadas umas sobre as outras. Nesses casos, os orifícios em camadas lamelares adjacentes podem ou não se sobrepor parcial ou completamente umas às outras. Por exemplo, múltiplas camadas lamelares podem se sobrepor completamente umas às outras para, essencialmente, formar um orifício passante, em um exemplo, enquanto outro pode envolver camadas lamelares adjacentes que podem se sobrepor apenas parcialmente umas às outras para, essencialmente, formar um orifício passante em ângulo. Em um outro exemplo, múltiplas camadas lamelares podem não se sobrepor umas às outras. Em certas modalidades exemplificadoras, múltiplas lamelas podem ser empilhadas para formar (ou essencialmente tomar o lugar de uma outra) veneziana 312.
[0058] As Figuras 6a e 6b demonstram como a radiação solar pode ser seletivamente refletida em conexão com a IGU exemplificadora mostrada na Figura 5, em certas instâncias exemplificadoras. Conforme mostrado na Figura 6a, por exemplo, quando o sol 600 está alto (por exemplo, nos meses de verão), é mais provável que a radiação solar 602a atinja uma porção não removida da veneziana 312 da cortina na posição estendida, em comparação com os orifícios 502 nela formados. Dessa forma, uma quantidade substancial de radiação solar é refletida 602b (e/ou absorvida, dependendo da modalidade exemplificadora). Em contraste, conforme mostrado na Figura 6b, quando o sol 600 está mais baixo no céu (por exemplo, nos meses de inverno), é mais provável que a radiação solar 602c passe através dos orifícios 502 formados na porção de veneziana 312 da cortina.
[0059] A Figura 7 é uma vista em seção transversal mostrando uma geometria alternativa para as perfurações formadas na cortina exemplificadora mostrada na Figura 5, de acordo com certas modalidades exemplificadoras. Em certas modalidades exemplificadoras, os orifícios formados na porção de veneziana 312 da cortina podem ser inclinados em ângulo. A Figura 7, por exemplo, mostra os orifícios 502’ formados na veneziana 312 em ângulo. Isso pode auxiliar na transmissão seletiva através da cortina em certas modalidades exemplificadoras.
[0060] Conforme será entendido a partir da descrição acima, o mecanismo de cortina dinâmica usa um polímero enrolado em espiral com uma camada condutiva. Em certas modalidades exemplificadoras, o condutor 402 pode ser formado para ser integral com o polímero 402, ou pode ser um revestimento extrínseco que é aplicado, depositado ou de outro modo formado sobre o polímero 402. Também conforme mencionado acima, a tinta decorativa 406 pode ser usada juntamente com um material condutor transparente (por exemplo, à base de ITO) e/ou uma camada condutiva opaca ou apenas parcialmente transparente. Uma camada condutiva opaca ou apenas parcialmente transparente pode evitar a necessidade de tinta em certas modalidades exemplificadoras. Nesse sentido, um metal ou um material substancialmente metálico pode ser usado em certas modalidades exemplificadoras. Alumínio é um exemplo de material que pode ser usado com ou sem uma tinta decorativa.
[0061] O uso de alumínio pode ser visto como vantajoso em alguns casos porque fornece uma excelente condutividade (baixa resistividade) e altos níveis de refletividade no que se refere à luz incidente do sol, tanto no espectro visível como no invisível. Um outro problema com o uso de uma camada metálica ou substancialmente metálica (como uma camada que compreende ou consiste essencialmente em alumínio) é que a reflexão interna (e particularmente a reflexão especular) da dita camada pode ser esteticamente desagradável. Adicionalmente, mesmo quando a reflexão não é um problema, a inclusão da camada pode resultar em uma coloração desagradável para pessoas no lado voltado para o interior da IGU.
[0062] Técnicas de antirreflexo (AR) são conhecidas e usadas em conexão com certos artigos revestidos. Tipicamente, uma camada ou série de camadas pode ser depositada sobre a superfície cuja reflexão deve ser reduzida. Essas técnicas frequentemente usam um modelo de interferência óptica, por exemplo, onde materiais com altos e baixos índices de refração são fornecidos sobre a superfície cuja reflexão deve ser reduzida, tipicamente de maneira alternada. Infelizmente, no entanto, reduzir a reflexão de um metal "muito brilhante" como um que resulta de uma superfície revestida com alumínio, cromo, molibdênio, ou outro metal apresenta desafios técnicos mais complexos. Reduzir a reflexão da superfície de vidro não revestido de cerca de 10% a cerca de 1%, por exemplo, pode ser complicado, mas pode, não obstante, ser feito usando-se a técnica de interferência óptica descrita acima. E reduzir a reflexão de uma superfície revestida com alumínio, que pode ter uma reflexão de cerca de 90%, para um valor tão pequeno quanto possível é ainda mais complicado, e técnicas padrão (incluindo materiais padrão) podem não funcionar como pretendido e até diferentemente do esperado, com base na experiência com artigos revestidos típicos. Manter a consistência da coloração e/ou consistência das mudanças de coloração em todos os comprimentos de onda visíveis também pode ser um grande desafio quando se trabalha com, e se tenta reduzir a reflexão de, um material altamente reflexivo como alumínio. De fato, existem boas razões de o alumínio ser frequentemente utilizado no revestimento de espelhos.
[0063] Certas modalidades exemplificadoras ajudam a resolver essas questões fornecendo uma ou mais camadas de revestimento externo sobre o condutor para ajudar a reduzir a reflexão da luz visível e/ou mudar a cor da cortina para fornecer um produto mais esteticamente agradável, e/ou "dividindo" o condutor de modo que surja uma camada de deslocamento de fase entre as partes do mesmo. Nesse sentido, as Figuras 8a a 8c são vistas em seção transversal de venezianas similares ao exemplo da Figura 3, com a diferença de que são incluídos revestimentos externos para melhorar a aparência estética da cortina total, de acordo com certas modalidades exemplificadoras. A veneziana 312’ da Figura 8a inclui um revestimento externo redutor de reflexão 802, enquanto a veneziana 312” da Figura 8b inclui um revestimento externo de espelho dielétrico 804. Conforme mostrado nas Figuras 8a e 8b, o revestimento externo redutor de reflexão 802 e o revestimento externo de espelho dielétrico 804 são fornecidos sobre um condutor 404 e sobre uma superfície principal do polímero da cortina 402 que compreende (por exemplo) PEN no lado oposta da tinta decorativa 406. Será reconhecido, entretanto, que a tinta 406 não precisa ser fornecida, por exemplo, se o condutor 404 não for transparente. Revestimentos de espelhos como, por exemplo, Al, podem evitar a necessidade de tinta decorativa 406. Será reconhecido também que o revestimento externo redutor de reflexão 802 e o revestimento externo de espelho dielétrico 804 podem ser aplicados nas superfícies principais do polímero da cortina 402 compreendendo (por exemplo) PEN no lado oposto do condutor 404 em certas modalidades exemplificadoras.
[0064] Uma variedade de materiais pode ser utilizada para o revestimento externo redutor de reflexão 802 e o revestimento externo de espelho dielétrico 804. As camadas únicas que podem ser usadas para o revestimento externo redutor de reflexão 802 podem incluir, por exemplo, camadas que compreendem ou consistem essencialmente em Ni, Cr, NiCr, NiCrOx, Inconel, sílica amorfa (a-Si), arco carbono, carbono amorfo tetraédrico (Ta-C), Sb, Ti, NiTi, NiTiOx e/ou similares. Em geral, tais camadas podem ser formadas com uma espessura de 5 a 100 nm, com mais preferência de 5 a 60 nm, com mais preferência ainda de 10 a 60 nm, e algumas vezes de 20 a 50 nm ou de 30 a 50 nm. Exemplos mais específicos serão fornecidos mais adiante.
[0065] Os mesmos materiais ou materiais similares podem ser usados em conexão com o revestimento externo de espelho dielétrico 804. Por exemplo, em certas modalidades exemplificadoras, uma pilha de camadas compreendendo uma camada de Al disposta entre as camadas que compreendem um óxido de Ni, Ti e/ou Cr (por exemplo, camadas que compreendem NiCrOx) pode ser usada em certas modalidades exemplificadoras.
[0066] A Figura 8c mostra uma veneziana similar à da Figura 3, com a diferença de que uma camada de deslocamento de fase 806 basicamente "divide" a camada condutiva, de acordo com certas modalidades exemplificadoras. Em outras palavras, conforme pode ser visto na Figura 8c, uma primeira e uma segunda camadas condutivas 404a e 404b envolvem uma camada de deslocamento de fase 806 na formação da veneziana 312’’’. Os mesmos materiais ou materiais similares e/ou materiais com as mesmas espessuras que aquelas acima mencionadas em conexão com os exemplos das Figuras 8a e 8b podem ser usados em conexão com o exemplo da Figura 8c. Por exemplo, a primeira e a segunda camadas condutivas 404a e 404b podem compreender ou consistir essencialmente em um metal, como Al ou Ni, NiCr, óxido de estanho, ITO e/ou similares. A camada de deslocamento de fase 806 pode compreender ou consistir essencialmente em Ni, Cr e/ou Ti, ou um óxido dos mesmos. Nitreto de titânio e oxinitreto de titânio também podem ser usados em conexão com a camada de deslocamento de fase 806. A camada de deslocamento de fase 806 funciona em conexão com a primeira e a segunda camadas condutivas 404a e 404b do condutor e podem ser consideradas como uma camada redutora de reflexão. Mais particularmente, dispor uma camada de deslocamento de fase entre uma camada completamente reflexiva e uma camada parcialmente reflexiva cria vantajosamente duas intensidades idênticas da luz e simplesmente muda a fase das mesmas para fornecer um efeito de cancelamento pelo menos parcial. Será reconhecido que a camada condutiva inferior 404a pode ser condutiva em certas modalidades exemplificadoras. Em certas modalidades exemplificadoras, a pilha que inclui a camada de deslocador de fase 806 e as camadas condutivas 404a e 404b pode ser condutiva. Conforme indicado acima, diferentes níveis de refletividade podem ser fornecidos para a primeira e a segunda camadas condutivas 404a e 404b, embora esse não precise ser necessariamente o caso em todas as modalidades exemplificadoras. Em certas modalidades exemplificadoras, o nível de refletividade pode ser ajustado com base na espessura dos revestimentos (por exemplo, revestimentos mais espessos tendem a ser mais reflexivos). Em certas modalidades exemplificadoras, a primeira camada condutiva 404a pode ser mais delgada e/ou menos reflexiva que a segunda camada condutiva 404b, por exemplo, de modo a permitir que a luz seja absorvida pela tinta decorativa 406. Essa disposição pode ser invertida em certas modalidades exemplificadoras.
[0067] De modo geral, a reflexão espectral também pode ser ajustada reduzindo-se a reflexão total e/ou movendo-se a camada de um material reflexivo especular para um material reflexivo difuso. As técnicas a seguir podem ser usadas para isso, e podem ser usadas em qualquer combinação adequada, subcombinação, ou combinação de subcombinações entre si e com as abordagens das Figuras 8a a 8c. A primeira técnica envolve tornar áspera a superfície superior da camada condutiva (muitas vezes, metálica) com o uso de areia, microesferas, grãos ou outra forma de jateamento, através de ablação a laser, impressão por estampagem ou similares, etc. Isso pode ajudar a aumentar a aspereza de superfície da camada condutiva e criar um efeito reflexivo difuso desejado. Em certas modalidades exemplificadoras, a aspereza de superfície (Ra) é menor que 3,2 µm.
[0068] Uma outra abordagem que pode ser usada envolve ataque químico (por exemplo, com ácido) da camada condutiva que adiciona cavidades (cavitação) e, portanto, aumentando a aspereza da superfície. Ainda outra abordagem envolve estampar o substrato de polímero com vários padrões, antes de revestir o material com o revestimento condutivo. Isso pode ajudar a aumentar a aspereza da superfície do substrato de polímero e, com um processo de formação de filme fino, em geral conformal, como bombardeamento iônico ou similares, a textura do substrato de polímero pode, de fato, ser transferida para o revestimento condutivo. Isso pode ser feito durante um processo de calandragem, por exemplo, onde os cilindros através dos quais o filme polimérico deve passar são dotados de um padrão que é transferido para o substrato de polímero. Quando se usa uma abordagem de texturização física como essa, a primeira e/ou a segunda superfícies principais do substrato de polímero podem ser dotadas de um padrão para ter sua textura em um padrão predefinido, por exemplo, com um padrão sendo definido, ao menos em parte, em termos de características texturais a serem conferidas ao material polimérico. Nesse sentido, uma profundidade das características pode ser predefinida. Além disso, em certas modalidades exemplificadoras, o padrão predefinido pode ser definido ao menos em parte relativamente à área que se estende pelo substrato de polímero. Em certas modalidades exemplificadoras, um padrão fractal pode ser utilizado. Será reconhecido que podem ser usadas técnicas como estampagem, perfuração e/ou similares em adição a ou no lugar da calandragem.
[0069] Quando uma camada metálica como alumínio é usada, a mesma pode ser anodizada. A anodização da camada metálica pode ajudar a tornar áspera a superfície e adicionar cor, o que também pode ser vantajoso em certas modalidades exemplificadoras.
[0070] Ainda outra abordagem envolve a aplicação de uma tinta, direta ou indiretamente, sobre a superfície da camada condutiva. A tinta pode ser contínua ou não. Atualmente, aplica-se uma tinta à base de PVC ao substrato de polímero no lado oposto à camada condutiva. No entanto, aplicar uma tinta sobre a camada condutiva ajudaria a reduzir a reflexão e criar outra via para adicionar cores, imagens diferentes e/ou similares à veneziana. Essa tinta pode ser usada no lugar de, ou juntamente com, a tinta no lado oposto do substrato de polímero.
[0071] Em resumo, além de ou no lugar de usar técnicas de interferência óptica para reduzir a reflexão, é possível também adicionar uma superfície texturizada ao polímero básico, modificar química ou fisicamente a camada condutiva e/ou adicionar uma camada de tinta, por exemplo, para se obter os mesmos objetivos ou outros similares, reduções adicionais em termos de reflexão indesejada, etc.
[0072] As Figuras 9 a 11 são gráficos que plotam a porcentagem de reflectância em função do comprimento de onda para certos exemplos de materiais de revestimento externo que podem ser usados em conexão com as pilhas de camadas mostradas nas Figuras 8a e 8b, em certas modalidades exemplificadoras. Os dados mostrados nesses gráficos são modelados. Cada uma das Figuras 9 a 11 mostra a reflexão de alumínio nu (não revestido) em uma folha de PET de 12 mícrons de espessura, como uma função do comprimento de onda. O alumínio pode ser depositado usando-se uma técnica de evaporação, deposição eletroquímica e/ou similares. Esses gráficos mostram também a reflexão de uma pilha de camadas incluindo a mesma camada de alumínio revestida externamente com um revestimento de camada única de vários materiais (exceto a pilha de camadas revestidas externamente com NiCrOx/Al/NiCrOx).
[0073] A espessura dessas camadas foi selecionada para se ter o mínimo possível de reflexão, e ao mesmo tempo minimizar a mudança de cor refletida. Conforme se pode compreender a partir desses gráficos, baixa refletividade e pancromatismo são difíceis de se obter simultaneamente. A melhor curva é obtida com arco carbono, um material que não é aspergido, mas que pode ser formado pela aplicação de um arco fazendo passar correntes elétricas elevadas através de um bastão de carbono puro pressionado contra uma placa de carbono. Embora esse material seja desejável em termos de refletividade e cromatismo, ele pode não ser viável para produção em larga escala. Contudo, o Ta-C tem desempenho similar ao do arco carbono, e o Ta-C pode ser aspergido com o uso, por exemplo, de um alvo de grafite. Portanto, uma camada compreendendo Ta-C pode ser desejável em certas modalidades exemplificadoras. Descobertas adicionais referentes a materiais de revestimento externo são apresentadas abaixo.
[0074] Uma camada de revestimento externo compreendendo NiCrOx foi formada sobre uma camada compreendendo Al, com redução de reflexão, conforme mostrado nas Figuras 9 e 11. As espessuras da camada de revestimento externo compreendendo NiCrOx variaram, em geral, de 20 a 60 nm, com exemplos específicos incluindo 20 nm, 30 nm, 40 nm, 45 nm, 47 nm, 49 nm, 50 nm e 57 nm. Em certas modalidades exemplificadoras, um alvo de 80Ni-20Cr pode ser usado, e esse alvo foi considerado para os propósitos das simulações mostradas nas Figuras 9 e 11. O teor de oxigênio pode ser modificado para produzir uma gama de cores variadas, e ainda ser condutivo. Uma amostra de filme de 50 a 60 nm de espessura foi formada sobre uma camada compreendendo Al, e sua cor é azul- púrpura, que mostra uma boa concordância com os modelos. Nesse caso é usado. Uma estequiometria alternativa de NiCr pode produzir resultados diferentes em diferentes modalidades exemplificadoras.
[0075] Para reduzir ainda mais a reflexão da luz visível na cortina, camadas adicionais de NiCrOx e Al podem ser aplicadas na cortina. Em outras palavras, uma camada compreendendo Al foi disposta entre as camadas compreendendo NiCrOx, e essa pilha de três camadas foi aplicada sobre a camada condutiva compreendendo Al. O processo foi concluído com uma modelagem para otimizar as camadas e produzir uma superfície superior revestida com baixa reflectância. Os resultados do modelo podem ser vistos na Figura 9. A reflectância total foi menor que 15%. Nesse caso, foi usada uma liga de 80Ni-20Cr, embora uma estequiometria alternativa para NiCr possa produzir resultados diferentes. Conforme descrito acima, o teor de oxigênio pode ser modificado para produzir uma matriz de cores variadas, e ao mesmo tempo ser condutivo. Em certas modalidades exemplificadoras, uma pilha de camadas compreendendo NiCrOx/Al/NiCrOx pode ter uma espessura total de 3 a 60 nm, com mais preferência de 3 a 30 nm, e com mais preferência ainda de 3 a 15 nm. Em certas modalidades exemplificadoras, monocamadas compreendendo NiCrOx, Al, ou similares podem ter de 3 a 15 nm de espessura.
[0076] Outro método para reduzir significativamente a reflectância total da luz visível na camada de alumínio envolve a adição de um revestimento externo à base de carbono. A aplicação de carbono por deposição a arco catódico foi modelada para determinar e redução de reflexão da luz visível e isso pode ser visto nas Figuras 9 e 11. O modelo otimizado prevê uma reflectância total menor que 10%. Exemplos de espessuras situam-se na faixa de 30 a 60 nm, com exemplos específicos de 45 nm e 50 nm.
[0077] Uma camada compreendendo NiCr metálico também pode ser depositada sobre a camada condutiva que compreende Al para reduzir a reflexão total da luz visível. A Figura 10 mostra o desempenho modelado das camadas com espessuras de 10 nm, 20 nm, 30 nm e 40 nm. A Figura 11 mostra um exemplo com espessura de 43 nm, e amostras com espessuras de 45 nm e 47 nm também são especificamente contempladas.
[0078] Conforme observado acima, outros materiais que podem ser usados em revestimentos externos de camada única ou outros revestimentos externos incluem: a-Si (por exemplo, 20 a 30 nm de espessura e, por exemplo, 21 nm e 23 nm de espessura, conforme mostrado na Figura 11, e 25 nm de espessura); Inconel como, por exemplo, Inconel 600 (por exemplo, de 40 a 60 nm de espessura e, por exemplo, de 47 nm de espessura, 50 nm de espessura, conforme mostrado na Figura 11, e de 53 nm de espessura); e Ta-C (por exemplo, 20 a 60 nm de espessura, com exemplos específicos com 39 nm de espessura, 41 nm de espessura, 43 nm de espessura, 45 nm de espessura, conforme mostrado na Figura 11, 47 nm de espessura e 49 nm de espessura). Camadas compreendendo Sb e/ou Ti também podem ser usadas com as espessuras gerais descritas acima e podem ser úteis em se obter baixa reflexão e boa coloração. Tal como é conhecido, Inconel é uma família de superligas austeníticas à base de níquel-cromo que são materiais resistente à oxidação e à corrosão. O Inconel 600 inclui (em massa) 72,0% de Ni, 14,0 a 17,0% de Cr, 6,0 a 10,0% de Fe, 1,0% de Mn, 0,5% de Cu, 0,5% de Si, 0,15% de C e 0,015% de S.
[0079] Em certas modalidades exemplificadoras, mediante o uso de revestimentos externos dos tipos aqui descritos e/ou outros revestimentos externos, a reflexão interna é, de preferência, reduzida para menos de 60% em toda ou substancialmente toda a faixa de comprimentos de onda de 400 a 700 nm, com mais preferência para menos de 50% em toda ou substancialmente toda a faixa de comprimentos de onda de 400 a 700 nm, e com mais preferência ainda para menos de 30-40% em toda ou substancialmente toda a faixa de comprimentos de onda de 400 a 700 nm. Em alguns casos, a reflexão interna é reduzida para menos de 20% em toda ou substancialmente toda a faixa de comprimentos de onda de 400 a 700 nm (por exemplo, conforme pode ser o caso com um revestimento externo à base de carbono). De preferência, a quantidade de reflexão varia no máximo 30% pontos em toda ou substancialmente toda a faixa de comprimentos de onda de 400 a 700 nm, com mais preferência no máximo 20% pontos em toda ou substancialmente toda a faixa de comprimentos de onda de 400 a 700 nm, e algumas vezes no máximo 10-15% pontos em toda ou substancialmente toda a faixa de comprimentos de onda de 400 a 700 nm.
[0080] Um plasma de oxigênio e/ou outro processo de limpeza podem ser usados sobre o polímero 402, por exemplo, antes da formação da camada condutiva 404, em certas modalidades exemplificadoras.
[0081] Dado que o filme fino e/ou outros materiais compreendendo a veneziana devem sobreviver a várias operações de enrolamento e desenrolamento de acordo com o funcionamento da cortina total, será reconhecido que os materiais podem ser selecionados e a pilha total de camadas formada tenham propriedades mecânicas e/ou outras propriedades que facilitem as ditas operações. Por exemplo, um excesso de estresse em uma pilha de camadas de filme fino é tipicamente visto como uma desvantagem. No entanto, em certas modalidades exemplificadoras, o excesso de estresse pode causar craqueamento, delaminação/remoção e/ou outros danos ao condutor 404 e/ou a uma ou mais camadas de revestimento externo nele formadas. Assim, em certas modalidades exemplificadoras, um baixo estresse (e, em particular, uma baixa resistência à tração) pode ser particularmente desejável para as camadas formadas sobre as bases poliméricas das venezianas.
[0082] Nesse sentido, a adesão de filmes finos aspergidos depende, entre outras coisas, do estresse no filme de deposição. Uma maneira de ajustar o estresse é com a pressão de deposição. O gráfico do estresse em função da pressão de pulverização não segue uma curva monotônica, mas flexiona a uma pressão de transição que, em essência, é única para cada material e é uma função da razão entre a temperatura de fusão do material e a temperatura do substrato. A engenharia de estresse pode ser alcançada através de otimizações de pressão de gás, tendo-se essas diretrizes em mente.
[0083] Outras propriedades físicas e mecânicas da cortina que podem ser consideradas incluem o módulo elástico do polímero e das camadas formadas sobre ele, a razão de densidade das camadas (que pode ter um efeito sobre o estresse/esforço), etc. Essas propriedades podem ser equilibradas com seus efeitos sobre reflexão interna, condutividade e/ou similares.
[0084] Tal como é conhecido, as temperaturas internas de uma unidade de IG podem se tornar bem elevadas. Por exemplo, observou-se que uma unidade de IG de acordo com o exemplo da Figura 2 e que inclui um pigmento negro pode chegar a uma temperatura de 87 °C, por exemplo, se a porção preta da cortina estiver voltada para o sol em condições de temperatura elevada, climas de alta radiação solar (como, por exemplo, em áreas no sudoeste dos Estados Unidos, como Arizona). O uso de um material PEN para o polímero enrolável/desenrolável pode ser vantajoso, uma vez que o PEN tem uma temperatura de transição vítrea mais alta (~120 °C), em comparação com outros polímeros comuns como PET (Tg = 67 a 81 °C), polipropileno ou PP (Tg = ~ 32 °C). Mesmo que o PEN seja exposto a temperaturas que se aproximam da temperatura de transição vítrea, o desempenho das propriedades mecânicas de outro modo vantajosas do material (incluindo seu módulo elástico, limite elástico, resistência à tração, módulo de relaxamento de estresse, etc.) pode degradar ao longo do tempo, especialmente com a exposição a temperaturas elevadas. Se essas propriedades mecânicas degradarem significativamente, a cortina poderá deixar de funcionar (por exemplo, não irá retrair).
[0085] As Figuras 12 e 13 ajudam a demonstrar esses pontos. Mais particularmente, a Figura 12 demonstra o efeito da temperatura sobre o módulo de Young na forma de um gráfico que plota o módulo de Young em função das temperaturas para materiais poliméricos diferentes, e a Figura 13 mostra típicas curvas de relaxamento de estresse para um filme de PET em diferentes temperaturas. Na Figura 12, o filme A é PEN, o filme B é PET e o filme C é PI. Em geral, materiais poliméricos com temperaturas de transição vítrea mais altas têm propriedades mecânicas melhoradas sob temperaturas elevadas.
[0086] Para ajudar a cortina a suportar melhor ambientes com temperaturas elevadas, a substituição de PEN por polímeros com melhor resistência a temperaturas elevadas pode ser vantajosa. Dois polímeros potenciais incluem PEEK e poli-imida (PI ou Kapton). O PEEK tem uma Tg de ~142 °C e Kapton HN tem uma Tg de ~380 °C. Esses dois materiais têm melhores propriedades mecânicas em ambientes com temperaturas elevadas, em comparação com o PEN. Isso é particularmente verdadeiro a uma temperatura acima de 100 °C. O gráfico a seguir demonstra isso, com referência às propriedades mecânicas do PEN (Teonex), do PEEK e do PI (Kapton HN). No gráfico, UTS ("Ultimate Tensile Strength") representa a resistência máxima à tração.
[0087] Será reconhecido que a modificação do material de base da cortina do atual material (PEN) para um polímero alternativo (por exemplo, PEEK ou PI/Kapton) que aumentou as propriedades mecânicas sob temperaturas elevadas pode ser vantajosa em certas modalidades exemplificadoras no sentido de possibilitar que a cortina suporte melhor as temperaturas internas da IG, especialmente se a cortina for instalada em climas com temperaturas mais altas. Será reconhecido que o uso de um polímero alternativo pode ser feito em conexão com a veneziana e/ou a camada sobre vidro em certas modalidades exemplificadoras.
[0088] Adicional ou alternativamente, certas modalidades exemplificadoras podem usar um material polimérico tingido. Por exemplo, um PEN, PEEK, PI/Kapton ou outro polímero tingido pode ser usado para criar cortinas com uma variedade de cores e/ou características estéticas. Por exemplo, polímeros tingidos podem ser vantajosos em modalidades de aplicações transparentes e/ou translúcidas, por exemplo, nas quais a cortina camada condutiva é um revestimento condutivo transparente (TCC - "transparent conductive coating") ou similares.
[0089] Embora o PI/Kapton seja um polímero conhecido que tem sido utilizado em uma variedade de aplicações, ele é às vezes visto como inaceitável em aplicações onde características ópticas e estéticas são importantes. Isso inclui muitas aplicações de janelas. Uma razão para a adoção limitada de PI/Kapton está relacionada ao pensamento convencional de que o material tem uma coloração genérica amarelo- laranja. Essa coloração é tipicamente observada como esteticamente desagradável. Dada a infinidade de polímeros alternativos disponíveis, pode-se evitar facilmente o uso de PI/Kapton. No entanto, seria desejável utilizar PI/Kapton (e/ou PEN) para a cortina em certas modalidades exemplificadoras, uma vez que esse material pode suportar altas temperaturas e exibe boas propriedades mecânicas, mesmo em temperaturas altas, por exemplo, conforme descrito acima. O PI/Kapton (e/ou PEN) tem também boas características de encolhimento (por exemplo, taxas altas e controláveis de encolhimento, capacidade de formar fortes bobinas, etc.), fornecendo assim boa característica de mola para a veneziana. Dadas as típicas limitações ópticas e as preferências dos versados na técnica, entretanto, seria contraintuitivo usar PI/Kapton para a veneziana. Os inventores reconheceram, entretanto, que em modalidades exemplificadoras em que a veneziana é opaca ou substancialmente opaca, a coloração do PI/Kapton deixa de ser importante. Ou seja, quando PI/Kapton é usado em conexão com uma veneziana opaca ou parcialmente transparente, sua coloração amarelo- laranja não é facilmente perceptível a olho nu. As propriedades vantajosas do PI/Kapton em relação à capacidade de sobrevivência sob altas temperaturas, ação de mola, etc., podem, portanto, ser realizadas, mesmo em uma aplicação de janela onde de outro modo não seria intuitivo usar esse material. Em certas modalidades exemplificadoras, o PI/Kapton pode ser aplicado como um líquido (por exemplo, sobre o ITO ou outro revestimento condutivo) e curado, possibilitando, assim, uma fabricação rápida, de baixo custo e de alto volume em áreas potencialmente grandes, adequadas para janelas. De modo geral, o PI/Kapton tem melhores módulo sob alta temperatura e limite elástico sob alta temperatura, melhor resistência ao relaxamento de estresse sob temperaturas elevadas, temperatura de transição vítrea mais alta, etc., em comparação com materiais alternativos para venezianas. Além disso, o PI/Kapton pode ser fornecido em diferentes cores (por exemplo, referente ao tingimento) como, por exemplo, preto.
[0090] Nesse sentido, será reconhecido que uma cortina transparente ou translúcida pode ser desejável para algumas aplicações. As cortinas desses tipos podem ser criadas com o uso do polímero básico (por exemplo, PEN) juntamente com uma camada condutiva de um revestimento condutivo transparente como ITO ou um revestimento "E baixa" que cria uma mudança de cor. Para fornecer uma cortina translúcida ou transparente cortina com uma variedade de cores, certas modalidades exemplificadoras podem usar um polímero básico tingido (por exemplo, PEN, PEEK, PI/Kapton) e/ou outro material. O tingimento pode ser feito por impregnação de corantes, absorvedores de UV e/ou similares em toda a matriz do substrato do filme. Esse processo pode criar filmes com propriedades como, por exemplo, transmissão de luz de 1% a 85% de VLT5 (transmissão de 5% da luz visível) e pode ser menor em alguns comprimentos de onda; densidade óptica de 0,10 a 1,3; proteção UV até 97% de absorção; qualquer cor (ou cores); etc.
[0091] Com base na descrição acima, será reconhecido que o condutor na veneziana atende a vários propósitos, incluindo, por exemplo, receber tensão elétrica para fazer a cortina subir e descer. Em certas modalidades exemplificadoras, o condutor na veneziana pode ser altamente reflexivo nas faixas de IR e/ou UV. O condutor transparente também aumenta a força de mola da cortina, por exemplo, como resultado de suas propriedades mecânicas (incluindo módulo da elasticidade e limite elástico). A força de mola é aumentada também através do condutor transparente como resultado da diferença de expansão térmica entre o condutor material e o substrato de polímero durante o processo de tratamento térmico usado para fabricar uma bobina. O substrato de polímero (por exemplo, PI, PEN, ou similares) quando aquecido além de sua temperatura de transição vítrea (Tg) encolhe irreversivelmente. Quando ambos os materiais são aquecidos acima da Tg e então resfriados até a temperatura ambiente, o encolhimento irreversível do polímero cria uma disparidade de estresse residual entre o substrato de polímero e a camada condutiva que cria uma mola comprimida. Em geral, a diferença de CET é boa para a força de mola, mas ruim para craqueamento, fendilhamento ("crazing"), delaminação, etc. Essa é uma das razões pelas quais uma camada metálica condutiva ou um revestimento condutivo que compreende uma camada metálica condutiva, conforme descrito aqui, pode ter um desempenho melhor do que a camada de ITO. Ou seja, o ITO é intrinsecamente quebradiço e sofre extenso craqueamento sob altos estresses, resultando na perda da capacidade de suportar o estresse necessário para o desenvolvimento de uma força de mola.
[0092] Será, portanto, reconhecido que a resistência da mola comprimida depende do material sendo utilizado como a camada condutiva, bem como da espessura da camada condutiva. Conforme indicado acima, a camada condutiva encontrada no polímero pode compreender Al, uma combinação de Al e Cr, ITO e/ou similares. Camadas condutivas que incluem Al podem ser benéficas em aplicações opacas, enquanto camadas condutivas que incluem ITO podem ser mais adequadas para aplicações transparentes/translúcidas. Com um exemplo de espessura de Al de cerca de ~375 nm e dado o baixo módulo da elasticidade do Al, uma bobina com essa composição pode ser limitada em seu grau de funcionalidade (por exemplo, a altura da unidade de IG ou o comprimento da cortina podem ser limitados).
[0093] As demais condições sendo inalteradas, uma bobina mais longa terá mais massa e, se a força de mola não for maior que o peso da bobina na condição estendida, a cortina não irá retrair (enrolar). Existe uma faixa de forças de mola que uma bobina deve ter para ser uma cortina funcional. Por exemplo, se a força de mola da bobina for menor que o peso da bobina, então a bobina não irá retrair (e a cortina será mantida sempre na posição fechada). De modo similar, se a força de mola for maior que a soma do peso de uma bobina e da força eletrostática máxima que pode ser aplicada (sendo a força eletrostática uma função da tensão elétrica aplicada e da espessura da camada dielétrica e de sua constante dielétrica), a bobina não irá se estender (abrir). A Figura 14 resume as restrições básicas da função da cortina que podem surgir em certas modalidades exemplificadoras.
[0094] Certas modalidades exemplificadoras se referem a materiais condutivos alternativos que modificam de forma benéfica a força de mola da cortina enrolada para torná-la utilizável para vários comprimentos. Nesse sentido, os inventores reconhecem que as propriedades da camada condutiva que aumenta a resistência de uma bobina incluem um aumento no módulo elástico, um aumento na diferença de coeficientes de expansão térmica (CET) entre o substrato de polímero e a camada condutiva, e um aumento na razão entre módulo elástico e densidade. Alguns metais puros que podem ser usados para aumentar a resistência de bobina em comparação com Al ou Cr incluem Ni, W, Mo, Ti e Ta. O módulo elástico das camadas metálicas estudadas variou de 70 GPa para o Al a 330 GPa para o Mo. O CET das camadas metálicas estudadas variou de 23,5 x 10-6/k para o Al até 4,8 x 10-6/k para o Mo. Em geral, quanto mais alto o módulo elástico, maior a diferença de CET entre o PEN ou outro polímero e o metal, menor a densidade, etc., e melhor a seleção de material em termos de formação da bobina. Descobriu-se que que incorporar camadas condutivas à base de Mo e Ti em cortinas resultou em uma força de mola da bobina que significativamente maior daquela alcançada com Al. A tabela na Figura 15 inclui propriedades relacionadas à resistência de bobina para vários materiais, que podem ser relevantes em certas modalidades exemplificadoras. Certas modalidades exemplificadoras incluem vantajosamente um substrato de polímero à base de PEN, PEEK, PI, ou similares, que suporta (afastando- se do substrato) uma camada compreendendo Al seguido de uma camada compreendendo Mo. Certas modalidades exemplificadoras incluem vantajosamente uma ou mais camadas de filme fino em um revestimento condutivo e/ou um revestimento condutivo com um módulo maior e um CET menor que os do Al.
[0095] Alguns dos materiais aqui identificados podem não ser tão resistentes à corrosão quanto desejável. Dessa forma, certas modalidades exemplificadoras podem incorporar uma fina camada de revestimento externo compreendendo Al, Ti, aço inoxidável, ou similares, por exemplo, para aumentar a resistência à corrosão. A formação de um óxido de proteção (por exemplo, óxido de alumínio, óxido de titânio, ou óxido de cromo para SS) em geral ajuda a aumentar a resistência à corrosão. Em geral, o óxido será formado com uma espessura de cerca de 2 a 7 nm. Pelo menos 5 nm do metal de base são necessários para fornecer proteção, e certas modalidades exemplificadoras podem incluir cerca de 50 nm ou mais do material de base, uma vez que a espessura adicional pode ajudar a aumentar a resistência de bobina. Deve-se também notar que, embora a resistência de mola e a firmeza da bobina possam ser melhoradas em comparação com uma camada condutiva à base de Al, a diferença de estresse entre a camada de polímero e esses materiais condutivos alternativos pode ser problemática. Por exemplo, fissuras, craqueamento, delaminação e/ou outros problemas foram observadas em relação ao Mo e Ti em camadas condutivas com base nesses materiais. Acredita-se que esses problemas estejam relacionados ao estresse residual restante nas camadas condutivas. A introdução de uma camada fina compreendendo Al entre o substrato de polímero e a camada condutiva pode, entretanto, mitigar parte desses problemas, por exemplo, facilitando a criação de um regime de estresse que seja menos quebradiço e/ou menos propenso a encrespar, delaminar, etc. Por exemplo, em certas modalidades exemplificadoras, a camada fina compreendendo Al pode ser usada para mudar o regime de estresse da pilha de camadas suportada pelo substrato de polímero de um regime de resistências à tração líquida para um regime de estresse compressivo líquido. Deve-se notar, entretanto, que existe um equilíbrio quando se passa de um regime que poderia promover o craqueamento para um regime que, se excessivamente aplicado, pode produzir encrespamento. Dessa forma, será reconhecido que certas modalidades exemplificadoras podem melhorar o desempenho de mola mediante o uso de materiais alternativos, com ou sem camadas subjacentes (substratos) que melhoram o estresse. A espessura da camada redutora de estresse pode variar dependendo de quanto estresse deve ser mitigado, e outros materiais podem ser usados em diferentes modalidades exemplificadoras. Além disso, como uma camada fina compreendendo Al é usada para a camada subjacente redutora de estresse e/ou o revestimento externo redutor de corrosão, a refletividade pode não ser tão alta como de outro modo seria, e/ou a coloração pode não ser alterada excessivamente em uma faixa desvantajosa, mesmo em aplicações transparentes. Em certas modalidades exemplificadoras, a espessura da camada subjacente e/ou do revestimento externo redutor de corrosão, individual ou coletivamente, pode ser menor que 375 nm. Será reconhecido que uma ou mais camadas de filme fino no segundo revestimento condutivo podem ser selecionadas e formadas para fazer com que a veneziana se mova entre as posições aberta e fechada com uma força de mola maior que a de uma veneziana que tem um segundo revestimento condutivo que inclui apenas uma camada compreendendo Al.
[0096] Assim, em certas modalidades exemplificadoras, um PEN, PI ou outro substrato de polímero usado como uma veneziana pode suportar uma camada fina compreendendo Al para fins de engenharia de estresse, com uma camada condutiva compreendendo Mo, Ti, ou similares aplicado direta ou indiretamente sobre a mesma. A camada condutiva pode suportar uma camada resistente à corrosão que compreende Al, Ti, aço inoxidável ou similares. O lado do substrato oposto a essas camadas pode, opcionalmente, suportar uma tinta decorativa ou similar.
[0097] A tecnologia fotovoltaica integrada em edifícios (BIPV - "building- integrated photovoltaic") continua a ganhar impulso em uma variedade de instalações domésticas e comerciais. Certas modalidades exemplificadoras podem incorporar células solares no design da unidade de IG e, assim, se referir à tecnologia BIPV. Por exemplo, certas modalidades exemplificadoras incorporam células solares na veneziana. Dessa maneira, a energia solar não é "desperdiçada". Existe uma variedade de tecnologias de células solares disponível. Contudo, certas modalidades exemplificadoras tiram vantagem células solares de cobre-índio-gálio- seleneto (CIGS), uma vez que são, tipicamente, o tipo mais flexível de células solares disponível. Uma célula solar de CIGS é uma célula solar de filme fino usada para converter luz solar em energia elétrica. Uma célula solar de CIGS pode ser produzida mediante deposição de uma camada fina de cobre, índio, gálio e seleneto sobre um suporte de vidro ou plástico, com eletrodos nas partes frontal e traseira para coletar corrente. Como o material tem um alto coeficiente de absorção e absorve intensamente a luz solar, é preciso um filme muito mais fino do que o de outros materiais semicondutores. Isso, por sua vez, fornece o potencial para alta flexibilidade mencionada anteriormente. Certas modalidades exemplificadoras usam a camada condutiva (por exemplo, metálica) sobre a bobina como a camada condutiva de base do módulo de CIGS. Uma fina camada tampão tipo n é adicionada sobre o absorvedor. A camada tampão sobre a camada condutiva é, tipicamente, sulfeto de cádmio (CdS) depositado por deposição de banho químico ou similares. O tampão é sobreposto com uma fila camada de óxido de zinco intrínseca (i-ZnO), que é terminada por uma camada mais espessa de óxido de zinco dopado com alumínio (ZnO:Al ou AZO). A camada de i-ZnO é usada para proteger o CdS e a camada absorvedora contra danos de bombardeamento iônico durante a deposição da camada de ZnO:Al, uma vez que esta última é em geral depositada por bombardeamento iônico de CC, que é um processo conhecido por danificar materiais sensíveis. O processo de salinização é conhecido também por usar altas temperaturas. Dessa forma, o uso de PI, PEN e similares são boas opções para a veneziana, por exemplo, por serem capazes de lidar com as temperaturas mais altas, conforme discutido anteriormente. A camada de AZO serve como um óxido condutivo transparente para coletar e mover elétrons para fora da célula e ao mesmo tempo absorver o mínimo possível de luz. Detalhes adicionais sobre a tecnologia CIGS, incluindo técnicas para criar células solares de CIGS, materiais e espessuras de materiais que podem ser usados, etc., podem ser encontrados nas patentes US n°s 9.691.917; 9.419.151; 9.312.417; 9.246.025; 8.809.674; e 8.415.194, as quais estão aqui incorporadas, a título de referência, em sua totalidade.
[0098] Conforme será entendido a partir da descrição acima, uma tensão elétrica é aplicada à camada condutiva para mover a cortina para cima e para baixo. Quando uma tensão elétrica não é aplicada à camada condutiva, e este é o caso quando a veneziana está na posição estendida, a cortina poderia agir como um módulo fotovoltaico de CIGS. A energia gerada pela cortina de CIGS poderia ser usada para alimentar baterias recarregáveis usadas na função da cortina ou ser conectada à casa/escritório. Isso pode ser particularmente vantajoso em aplicações de readequação, por exemplo, onde pode ser difícil ou impossível conectar a cortina a uma fonte de energia externa. Independentemente de a unidade de IG ser usada em uma aplicação de readequação ou uma nova instalação, a unidade de certas modalidades exemplificadoras pode ser autossuficiente em termos de energia em virtude da inclusão da célula solar de CIGS.
[0099] A Figura 16 é uma vista esquemática de uma veneziana que incorpora uma célula solar de CIGS (cobre-índio-gálio-seleneto) que pode ser usada em conexão com certas modalidades exemplificadoras. Conforme mostrado na Figura 16, a cortina substrato de polímero 406 suporta uma camada condutiva 404 sobre uma superfície principal, e uma tinta decorativa opcional sobre a superfície principal oposta. Outras camadas envolvidas na funcionalidade da célula solar de CIGS são formadas sobre a camada condutiva 404 e incluem, por exemplo, a camada absorvedora de CIGS 404, outra camada condutiva 1604 (por exemplo, de ou incluindo ZnO). Um revestimento antirreflexo opcional 1606 é formado sobre a camada condutiva superior 1604. Esse revestimento antirreflexo 1606 pode ajudar a aumentar a quantidade de luz visível que chega à camada absorvedora de CIGS 404 em certas modalidades exemplificadoras. O revestimento de AR 1606 pode de uma única camada AR de banda larga em certas modalidades exemplificadoras. Em outras modalidades exemplificadoras, o revestimento AR 1606 pode incluir múltiplas camadas que agem com base no princípio de interferência óptica mencionado anteriormente e, assim, pode incluir camadas material dielétrico alternativos com altos e baixos índices de refração. O revestimento AR 1606 pode auxiliar também na coloração da veneziana, conforme discutido acima. Um contato frontal 1608 é fornecido também. A camada condutiva 404 em certas modalidades exemplificadoras pode ser um revestimento de múltiplas camadas. Nesses casos, o revestimento condutivo pode incluir uma ou mais camadas compreendendo Mo, Al, Cr, Ni, Y e/ou similares. Por exemplo, em certas modalidades exemplificadoras, uma camada fina que compreende Al pode suportar uma camada que compreende Mo. Essa disposição pode ser vantajosa no sentido de que a inclusão da camada incluindo Mo pode servir como um eficiente contato posterior para a camada absorvedora de CIGS 1602, enquanto melhora a operação da mola associada à veneziana, ao passo que a inclusão da camada incluindo Al pode auxiliar a manter a condutividade do contato posterior de Mo e ao mesmo tempo impactar vantajosamente o regime de estresse nas camadas de CIGS sobrepostas (incluindo a camada compreendendo Mo). Dessa forma, os já flexíveis materiais à base de CIGS podem ser fabricados para serem ainda mais adequados para aplicações relacionadas a venezianas, em certas modalidades exemplificadoras. A seguir são mostrados exemplos de espessuras que podem ser usadas em conexão com certas modalidades exemplificadoras: uma camada compreendendo Mo com 0,5 a 5 µm de espessura, uma camada incluindo CIGS com 1 a 7 µm de espessura, uma camada incluindo CdS com 0,01 a 0,1 µm de espessura, uma camada compreendendo ZnO com 0,1 a 1 µm de espessura, e um revestimento AR com 0,05 a 0,15 µm de espessura.
[0100] Uma célula solar de CIGS ou outro mecanismo de autoalimentação não precisa ser fornecido em todas as modalidades. Dessa forma, podem ser fornecidas técnicas alternativas para conectar eletricamente a cortina a uma fonte de energia externa e/ou a um controlador. Nesse sentido, as Figuras 17 a 19 mostram como a cortina pode ser conectada a uma janela de vidro e energizada, de acordo com certas modalidades exemplificadoras. Conforme mostrado nessas figuras, os componentes em vidro da cortina 1702 são fixados a um batente de ancoragem oco 1704 ou a uma barra de barramento e ao substrato 1706 por meio de uma pasta de prata 1708 e epóxi 1710 ou similares. Os fios são soldados ao batente de âncora 1704 e, então, se deslocam ao redor do perímetro até o fundo da unidade de IG, em que o batente de âncora de fundo (de retenção de travamento) está localizado.
[0101] É criada uma conexão elétrica entre o ITO ou outro revestimento condutivo 306 no substrato 302 e fitas condutivas 1802 e 1804 (como, por exemplo, fita de cobre) com o uso de um epóxi condutivo, filme condutivo anisotrópico (FCA), ou similares 1806. Os fios são soldados à fita condutiva 1802 e 1804 e estendidos ao longo do perímetro da unidade de IG até um canto inferior onde dois fios (fio do substrato de ITO e fio do batente de ancoragem) se projetam através do espaçador da IG para fora da unidade de IG, por exemplo, para conexão elétrica com uma fonte de energia externa ou similares. Em certas modalidades exemplificadoras, de modo geral, existe uma conexão do ITO ao epóxi condutivo até a fita de cobre ou frita de Ag sobre o vidro.
[0102] A Figura 20 é um diagrama esquemático mostrando uma abordagem alternativa de como a cortina pode ser conectada à janela de vidro e energizada, de acordo com certas modalidades exemplificadoras. Esse design alternativo exemplificador inclui impressão ou outro modo de aplicação de frita de prata 2002a e 2002b sobre o substrato vítreo 2000, por exemplo, em torna de suas bordas periféricas. Os componentes sobre vidro 304 (por exemplo, incluindo o PET ou outro filme polimérico 308 e o TCC 306 compreendendo ITO ou similares) são laminados sobre a frita de Ag 2002a e 2002b. Uma primeira porção da frita de Ag 2002a sobre o vidro 2002 é ligada ou de outro modo eletricamente conectada ao TCC 306 compreendendo ITO ou similares com o uso de um epóxi condutivo, FCA, ou similares, formando assim uma conexão entre a frita de Ag e a camada de ITO 2012. A cortina (mostrada na Figura 20 em uma configuração parcialmente estendida 2016 para facilitar a explicação), a barra de barramento superior 2004 e a barra de barramento inferior 2006 são presas na parte superior dos componentes sobre vidro 304 com epóxi ou similares. Os fios 2008a e 2008b são soldados das barras de barramento superior e inferior 2004 e 2006 a uma segunda porção da frita de Ag 2002b, conforme mostrado na Figura 20, e da barra de barramento inferior 2006 à primeira porção da frita de Ag 2002a. Os fios 2014a e 2014b entre a primeira porção da frita de Ag 2002a e a barra de barramento inferior 2006 se projetam através do espaçador da IG para o lado externo da IG. Esses fios que se projetam podem ser conectados a uma fonte de energia e/ou a um controlador. Uma ou mais vedações podem ser fornecidas para ajudar a restringir o escape de gases da cavidade da unidade de IG, a entrada de umidade na cavidade da unidade de IG, etc.
[0103] A Figura 21 é um diagrama esquemático mostrando uma abordagem alternativa de como a cortina pode ser conectada à janela de vidro e energizada, de acordo com certas modalidades exemplificadoras. Esse design alternativo exemplificador inclui o uso de frita de Ag, mas não tem fios, ao menos internamente ao espaçador. Como no exemplo da Figura 20, os componentes sobre vidro 304 são laminados sobre a frita de Ag 2002a e 2002b. Também conforme descrito acima, uma primeira porção da frita 2002a é ligada ou, de outro modo, conectada eletricamente ao TCC 306 compreendendo ITO, ou similares, com o uso de um epóxi condutivo, ACF, ou similares. A cortina, a barra de barramento superior 2004 e a barra de barramento inferior 2006 são presas sobre o vidro 2000’ com epóxi ou similares e à frita de Ag por meio de brasagem, soldagem e/ou similares. Essa configuração é, portanto, similar à do exemplo da Figura 20. Entretanto, técnicas de brasagem, soldagem, epóxi condutivo, FCA e/ou similares são usadas para formar conexões de barra de barramento à frita de Ag 2100a e 2100b mostradas na Figura 21. Essas conexões de barra de barramento à frita de Ag 2100a e 2100b são fornecidas para a segunda porção da frita de Ag 2002b e substituem os fios 2008a e 2008b. As conexões elétricas com a borda do vidro ocorrem através da frita de Ag 2102 que passa sob o espaçador. Essa frita de Ag 2102 se estende a partir da barra de barramento inferior 2006 e de uma extremidade da primeira porção da frita de Ag 2002a que está mais perto da barra de barramento inferior 2006, tomando assim o lugar dos fios 2014a e 2014b na modalidade da Figura 20, e potencialmente evitando a necessidade de um ou mais orifícios através do espaçador. Novamente, técnicas de brasagem, soldagem, epóxi condutivo, FCA e/ou similares podem ser usadas para formar essas conexões elétricas. Conectores de fios elétricos podem ser soldados à frita de Ag no lado externo da IG, ou ao menos externamente ao espaçador.
[0104] Será reconhecido que dispor o Ag sobre o vidro 2000’ e passando sob o espaçador (em vez de formar um orifício no espaçador) pode ser vantajoso em certas modalidades exemplificadoras. Por exemplo, a ausência de um orifício pode reduzir a probabilidade, ou retardar o progresso, de vazamentos de gás, entrada de umidade na cavidade da unidade de IG, etc. Esses problemas poderiam de outro modo reduzir a vida útil da unidade de IG, por exemplo, diminuindo a probabilidade de ocorrência de umidade interna. A presença de umidade interna cria uma condição de condensação indesejada e até mesmo uma umidade relativa de 5 a 8% pode causar carga indesejada e falha precoce da cortina.
[0105] Embora a frita de Ag seja mencionada, será reconhecido que outros tipos de frita podem ser usados em diferentes modalidades exemplificadoras. Será reconhecido também que a aplicação de um revestimento "baixa E", ITO, ou outro material condutivo diretamente sobre o vidro (por exemplo, sem uma camada de laminação) pode ser usada para servir aos mesmos propósitos ou propósitos similares que a frita de Ag.
[0106] Dessa forma será reconhecido a partir das Figuras 20 e 21 que a primeira e a segunda barras de barramento eletricamente condutivas podem estar localizadas nas primeira e segunda bordas opostas do primeiro substrato, em que cada uma das barras de barramento tem primeira e segunda extremidades, e em que a primeira e a segunda barras de barramento são fornecidas, direta ou indiretamente, no filme dielétrico ou isolante. Um primeiro e um segundo padrões de frita condutiva podem ser aplicados, direta ou indiretamente, ao primeiro substrato, sendo a frita interposta entre o primeiro substrato e o primeiro revestimento condutivo, com o primeiro padrão de frita sendo eletricamente conectado ao primeiro revestimento condutivo, com o primeiro e o segundo padrões estendendo-se ao longo de uma terceira e uma quarta bordas opostas do primeiro substrato, sendo que as primeira à quarta bordas são diferentes umas das outras, e com o primeiro padrão estendendo-se em uma direção a partir da primeira extremidade da primeira barra de barramento em direção à primeira extremidade da segunda barra de barramento, o segundo padrão estendendo-se em uma direção a partir da segunda extremidade da primeira barra de barramento em direção à segunda extremidade da segunda barra de barramento. Um epóxi condutivo, um filme condutivo anisotrópico (FCA) ou similares podem conectar eletricamente o primeiro padrão de frita com o primeiro revestimento condutivo.
[0107] Em certas modalidades exemplificadoras, um primeiro conjunto de fios pode conectar eletricamente a primeira e a segunda barras de barramento ao segundo padrão de frita adjacente às segundas extremidades das barras; e um segundo conjunto de fios pode se conectar eletricamente à primeira extremidade da segunda barra de barramento e a uma extremidade do primeiro padrão de frita adjacente à primeira extremidade da segunda barra de barramento. Nesses casos, o segundo conjunto de fios pode se projetar através de um orifício no sistema espaçador para conexão elétrica com a fonte de energia.
[0108] Em certas modalidades exemplificadoras, um terceiro e um quarto padrões de frita condutiva podem conectar eletricamente a primeira e a segunda barras de barramento ao segundo padrão de frita adjacente às segundas extremidades da primeira e da segunda barras de barramento; e um quinto e um sexto padrões de frita condutiva podem se conectar eletricamente à primeira extremidade da segunda barra de barramento e a uma extremidade do primeiro padrão de frita adjacente à primeira extremidade da segunda barra de barramento. Em tais casos, o quinto e o sexto padrões de frita podem se estender em direção às bordas externas do primeiro substrato sob o sistema espaçador para conexão elétrica com a fonte de energia, por exemplo, de modo que o quinto e o sexto padrões de frita sejam fornecidos entre o sistema espaçador e o primeiro substrato. Em certas modalidades exemplificadoras, as conexões elétricas entre a fonte de energia e o primeiro e o segundo revestimentos condutivos podem dispensar o uso de fios internos ao sistema espaçador.
[0109] As unidades de IG aqui descritas podem incorporar revestimentos "baixa E" em qualquer uma dentre as uma ou mais superfícies 1, 2, 3 e 4. Conforme observado acima, por exemplo, tais revestimentos "baixa E" podem servir como as camadas condutivas para cortinas. Em outras modalidades exemplificadoras, além de servir como camadas condutivas para cortinas, um revestimento "baixa E" pode ser fornecido em uma outra superfície interna. Por exemplo, um revestimento "baixa E" pode ser fornecido na superfície 2, e uma cortina pode ser fornecida na superfície 3. Em um outro exemplo, as localizações da cortina e do revestimento "baixa E" podem ser invertidas. Em qualquer caso, um revestimento "baixa E" separado pode ou não ser usado para ajudar a operar a cortina fornecida na superfície 3. Em certas modalidades exemplificadoras, os revestimentos "baixa E" fornecidos nas superfícies 2 e 3 podem ser revestimentos "baixa E"à base de prata. Exemplos de revestimentos "baixa E"são apresentados nas patentes US n°s 9.802.860; 8.557.391; 7.998.320; 7.771.830; 7.198.851; 7.189.458; 7.056.588; e 6.887.575; as quais estão aqui incorporadas, a título de referência, em sua totalidade. Revestimentos "baixa E"à base de ITO e/ou similares podem ser usados para superfícies interiores e/ou superfícies exteriores. Vide, por exemplo, patentes US n°s 9.695.085 e 9.670.092; as quais estão aqui incorporadas, a título de referência, em sua totalidade. Esses revestimentos "baixa E" podem ser usados em conexão com certas modalidades exemplificadoras.
[0110] Revestimentos antirreflexivos podem ser fornecidos também nas superfícies principais da unidade de IG. Em certas modalidades exemplificadoras, um revestimento AR pode ser fornecido em cada superfície principal na qual um revestimento "baixa E" e uma cortina não são fornecidos. Exemplos de revestimentos AR são descritos, por exemplo, nas patentes US n°s 9.796.619 e 8.668.990 e também na publicação de patente US n° 2014/0272314; as quais estão aqui incorporadas, a título de referência, em sua totalidade. Vide também o documento 9.556.066, a qual está aqui incorporada, a título de referência, em sua totalidade. Esses revestimentos AR podem ser usados em conexão com certas modalidades exemplificadoras.
[0111] As modalidades exemplificadoras aqui descritas podem ser incorporadas em uma ampla variedade de aplicações incluindo, por exemplo, janelas internas e externas para aplicações comerciais e/ou residenciais, claraboias, portas, produtos como refrigeradores/congeladores (por exemplo, para as portas e/ou "paredes" dos mesmos), aplicações veiculares, etc.
[0112] Embora certas modalidades exemplificadoras tenham sido descritas em conexão com unidades de IG que incluem dois substratos, será reconhecido que as técnicas aqui descritas podem ser aplicadas às assim chamadas unidades de IG triplas. Em tais unidades, um primeiro, um segundo e um terceiro substratos substancialmente paralelos e espaçados são separados por um primeiro e um segundo sistemas espaçadores, e podem ser fornecidas cortinas adjacentes a qualquer uma ou mais dentre as superfícies internas dos substratos mais internos e mais externos, e/ou a uma ou ambas as superfícies do substrato intermediário.
[0113] Embora certas modalidades exemplificadoras tenham sido descritas como incorporando substrato vítreos (por exemplo, para o uso de painéis internos e externos das unidades de IG aqui descritas), será reconhecido que outras modalidades exemplificadoras podem incorporar um substrato não vítreo para um ou ambos tais painéis. Plásticos, materiais compósitos e/ou similares podem ser usados, por exemplo. Quando substratos vítreos são utilizados, tais substratos podem ser termicamente tratados (por exemplo, reforçados por calor e/ou termicamente temperados), quimicamente temperados, deixados no estado recozido, etc. Em certas modalidades exemplificadoras, o substrato interno ou o substrato externo pode ser laminado em outro substrato do mesmo material ou de um material diferente.
[0114] Para uso na presente invenção, os termos "sobre", "suportado por" e similares não devem ser interpretados para significar que dois elementos são diretamente adjacentes um ou outro a menos que assim explicitamente declarado. Em outras palavras, pode-se dizer que uma primeira camada está "sobre" ou é "suportada por" uma segunda camada, mesmo que haja uma ou mais camadas entre as mesmas.
[0115] Em certas modalidades exemplificadoras, é fornecida uma unidade de vidro isolante (IG). O primeiro e o segundo substratos têm, cada um, superfícies principais interna e externa, com a superfície principal interna do primeiro substrato voltada para a superfície principal interna do segundo substrato. Um sistema espaçador ajuda a manter o primeiro e o segundo substratos substancialmente paralelos e espaçados um do outro e a definir um vão entre os mesmos. Uma cortina dinamicamente controlável é interposta entre o primeiro e o segundo substratos, sendo que a cortina inclui: um primeiro filme condutivo fornecido, direta ou indiretamente, sobre a superfície principal interna do primeiro substrato; um filme dielétrico ou isolante fornecido, direta ou indiretamente, sobre o primeiro filme condutivo; e uma veneziana que inclui um substrato de polímero que apoia um segundo revestimento condutivo, sendo que o substrato de polímero é extensível para servir como uma posição fechada de veneziana e retrátil para servir uma posição aberta de veneziana. Uma primeira e uma segunda barras de barramento eletricamente condutivas estão situadas em uma primeira e uma segunda bordas opostas do primeiro substrato, cada uma das barras de barramento tendo uma primeira e uma segunda extremidades, sendo que a primeira e a segunda barras de barramento são fornecidas, direta ou indiretamente, sobre o filme dielétrico ou isolante. Um primeiro e um segundo padrões de frita condutiva são aplicados, direta ou indiretamente, ao primeiro substrato, sendo a frita interposta entre o primeiro substrato e o primeiro revestimento condutivo, o primeiro padrão de frita sendo eletricamente conectado ao primeiro revestimento condutivo, o primeiro e o segundo padrões estendendo-se ao longo de uma terceira e uma quarta bordas opostas do primeiro substrato, sendo que as primeira à quarta bordas são diferentes umas das outras, o primeiro padrão estendendo-se em uma direção a partir da primeira extremidade da primeira barra de barramento em direção à primeira extremidade da segunda barra de barramento, o segundo padrão estendendo-se em uma direção a partir da segunda extremidade da primeira barra de barramento em direção à segunda extremidade da segunda barra de barramento. O primeiro e o segundo revestimentos condutivos são eletricamente conectáveis a uma fonte de energia que é controlável para seletivamente estabelecer uma diferença de potencial elétrico usando a primeira e a segunda barras de barramento para adequadamente acionar o substrato de polímero entre as posições aberta e fechada da veneziana.
[0116] Além das características do parágrafo anterior, em certas modalidades exemplificadoras, pode haver um epóxi condutivo ou filme condutivo anisotrópico (ACF) conectando eletricamente o primeiro padrão de frita com o primeiro revestimento condutivo.
[0117] Além das características do parágrafo anterior, em certas modalidades exemplificadoras, pode haver um primeiro conjunto de fios conectando eletricamente a primeira e a segunda barras de barramento ao segundo padrão de frita adjacente às segundas extremidades das barras; e um segundo conjunto de fios eletricamente conectados à primeira extremidade da segunda barra de barramento e a uma extremidade do primeiro padrão de frita adjacente à primeira extremidade da segunda barra de barramento.
[0118] Além das características do parágrafo anterior, em certas modalidades exemplificadoras, o segundo conjunto de fios pode se projetar através de um orifício no sistema espaçador para conexão elétrica com a fonte de energia.
[0119] Além das características de qualquer um dos três parágrafos anteriores, em certas modalidades exemplificadoras, pode haver um terceiro e um quarto padrões de frita condutiva conectando eletricamente a primeira e a segunda barras de barramento ao segundo padrão de frita adjacente às segundas extremidades da primeira e da segunda barras de barramento; e um quinto e um sexto padrões de frita condutiva eletricamente conectados à primeira extremidade da segunda barra de barramento e a uma extremidade do primeiro padrão de frita adjacente à primeira extremidade da segunda barra de barramento.
[0120] Além das características do parágrafo anterior, em certas modalidades exemplificadoras, o quinto e o sexto padrões de frita podem se estender em direção às bordas externas do primeiro substrato sob o sistema espaçador para conexão elétrica com a fonte de energia, de modo que o quinto e o sexto padrões de frita sejam fornecidos entre o sistema espaçador e o primeiro substrato.
[0121] Além das características de qualquer um dos dois parágrafos anteriores, em certas modalidades exemplificadoras, as conexões elétricas entre a fonte de energia e o primeiro e o segundo revestimentos condutivos podem dispensar o uso de fios internos ao sistema espaçador.
[0122] Além das características de qualquer um dos sete parágrafos anteriores, em certas modalidades exemplificadoras, pode haver um primeiro conjunto de fios conectando eletricamente a primeira e a segunda barras de barramento ao segundo padrão de frita adjacente às segundas extremidades das barras; e um segundo conjunto de fios eletricamente conectados à primeira extremidade da segunda barra de barramento e a uma extremidade do primeiro padrão de frita adjacente à primeira extremidade da segunda barra de barramento.
[0123] Além das características de qualquer um dos oito parágrafos anteriores, em certas modalidades exemplificadoras, pode haver um terceiro e um quarto padrões de frita condutiva conectando eletricamente a primeira e a segunda barras de barramento ao segundo padrão de frita adjacente às segundas extremidades da primeira e da segunda barras de barramento; e um quinto e um sexto padrões de frita condutiva eletricamente conectados à primeira extremidade da segunda barra de barramento e a uma extremidade do primeiro padrão de frita adjacente à primeira extremidade da segunda barra de barramento.
[0124] Além das características de qualquer um dos nove parágrafos anteriores, em certas modalidades exemplificadoras, a cortina e a primeira e a segunda barras de barramento podem ser presas ao filme dielétrico ou isolante com o uso de epóxi.
[0125] Além das características de qualquer um dos 10 parágrafos anteriores, em certas modalidades exemplificadoras, a frita pode compreender prata.
[0126] Em certas modalidades exemplificadoras, é fornecido um método para fabricação de uma unidade de vidro isolante (IG). O método compreende fornecer um primeiro e um segundo substratos, cada um tendo superfícies principais interna e externa; formar um primeiro revestimento condutivo, direta ou indiretamente, sobre a superfície principal interna do primeiro substrato; fornecer um filme dielétrico ou isolante, direta ou indiretamente, sobre o primeiro revestimento condutivo; colocar, em posição adjacente ao filme dielétrico ou isolante, uma veneziana que inclui um substrato de polímero que apoia um segundo revestimento condutivo, sendo que o substrato de polímero é extensível para servir como uma posição fechada de veneziana e retrátil para servir uma posição aberta de veneziana; fornecer uma primeira e uma segunda barras de barramento eletricamente condutivas em uma primeira e uma segunda bordas opostas do primeiro substrato, cada uma das barras de barramento tendo uma primeira e uma segunda extremidades, sendo que a primeira e a segunda barras de barramento são fornecidas, direta ou indiretamente, sobre o filme dielétrico ou isolante; aplicar um primeiro e um segundo padrões de frita condutiva, direta ou indiretamente, ao primeiro substrato, sendo a frita interposta entre o primeiro substrato e o primeiro revestimento condutivo, o primeiro padrão de frita sendo eletricamente conectado ao primeiro revestimento condutivo, o primeiro e o segundo padrões estendendo-se ao longo de uma terceira e uma quarta bordas opostas do primeiro substrato, sendo que as primeira à quarta bordas são diferentes umas das outras, o primeiro padrão estendendo-se em uma direção a partir da primeira extremidade da primeira barra de barramento em direção à primeira extremidade da segunda barra de barramento, o segundo padrão estendendo-se em uma direção a partir da segunda extremidade da primeira barra de barramento em direção à segunda extremidade da segunda barra de barramento; conectar eletricamente o primeiro e o segundo revestimentos condutivos a uma fonte de energia, sendo que o primeiro revestimento condutivo, o filme dielétrico ou isolante e a veneziana formam ao menos parcialmente uma cortina dinâmica que é controlável em conexão com a fonte de energia, e usar a primeira e a segunda barras de barramento para seletivamente estabelecer uma diferença de potencial elétrico e adequadamente acionar o substrato de polímero entre as posições aberta e fechada da veneziana; e conectar juntos o primeiro e o segundo substratos substancialmente paralelos e espaçados um do outro em conexão com um sistema espaçador de modo que as superfícies internas do primeiro e do segundo substratos fiquem voltadas uma para a outra na formação da unidade de IG, um vão sendo definido entre os substratos, e a cortina dinâmica sendo interposta entre o primeiro e o segundo substratos no vão.
[0127] Além das características do parágrafo anterior, em certas modalidades exemplificadoras, o método pode incluir adicionalmente conectar eletricamente o primeiro padrão de frita ao primeiro revestimento condutivo com o uso de um epóxi condutivo ou filme condutivo anisotrópico (ACF).
[0128] Além das características do parágrafo anterior, em certas modalidades exemplificadoras, o método pode incluir adicionalmente conectar eletricamente a primeira e a segunda barras de barramento ao segundo padrão de frita adjacente às segundas extremidades das barras por meio de um primeiro conjunto de fios; e conectar eletricamente a primeira extremidade da segunda barra de barramento e uma extremidade do primeiro padrão de frita adjacente à primeira extremidade da segunda barra de barramento a um segundo conjunto de fios.
[0129] Além das características do parágrafo anterior, em certas modalidades exemplificadoras, o segundo conjunto de fios pode se projetar através de um orifício no sistema espaçador para conexão elétrica com a fonte de energia.
[0130] Além das características de qualquer um dos quatro parágrafos anteriores, em certas modalidades exemplificadoras, o método pode incluir adicionalmente conectar eletricamente a primeira e a segunda barras de barramento ao segundo padrão de frita adjacente às segundas extremidades da primeira e da segunda barras de barramento por meio de um terceiro e um quarto padrões de frita condutiva; e conectar eletricamente a primeira extremidade da segunda barra de barramento e uma extremidade do primeiro padrão de frita adjacente à primeira extremidade da segunda barra de barramento a um quinto e um sexto padrões de frita condutiva.
[0131] Além das características do parágrafo anterior, em certas modalidades exemplificadoras, o quinto e o sexto padrões de frita podem se estender em direção às bordas externas do primeiro substrato sob o sistema espaçador para conexão elétrica com a fonte de energia, de modo que o quinto e o sexto padrões de frita sejam fornecidos entre o sistema espaçador e o primeiro substrato.
[0132] Além das características de qualquer um dos dois parágrafos anteriores, em certas modalidades exemplificadoras, as conexões elétricas entre a fonte de energia e o primeiro e o segundo revestimentos condutivos podem dispensar o uso de fios internos ao sistema espaçador.
[0133] Além das características de qualquer um dos sete parágrafos anteriores, em certas modalidades exemplificadoras, a cortina e a primeira e a segunda barras de barramento podem ser presas ao filme dielétrico ou isolante com o uso de epóxi.
[0134] Além das características de qualquer um dos oito parágrafos anteriores, em certas modalidades exemplificadoras, a frita pode compreender prata.
[0135] Em certas modalidades exemplificadoras, é fornecido um método para operação de uma cortina dinâmica em uma unidade de vidro isolante (IG). O método compreende ter uma unidade de IG produzida de acordo com as técnicas aqui reveladas (por exemplo, de acordo com as características de qualquer um dos 20 parágrafos anteriores); e ativar seletivamente a fonte de energia para mover o substrato de polímero entre as posições aberta e fechada da veneziana.
[0136] Embora a invenção tenha sido descrita em conexão com o que é considerado atualmente como a modalidade mais prática e preferencial, deve-se entender que a invenção não deve ser limitada à modalidade e/ou às técnicas de deposição reveladas, mas, ao contrário, tem por objetivo cobrir várias modificações e disposições equivalentes incluídas no espírito e no escopo das reivindicações anexas.

Claims (21)

1. Unidade de vidro isolante (IG), caracterizadapor compreender: um primeiro (102) e um segundo (104) substratos, cada um tendo superfícies principais internas e externas, sendo a superfície principal interna do primeiro substrato (102) voltada para a superfície principal interna do segundo substrato (104); um sistema espaçador (106) para ajudar a manter o primeiro (102) e o segundo (104) substratos substancialmente paralelos e espaçados um do outro e a definir um vão (108) entre os mesmos; uma cortina dinamicamente controlável (202a, 202b) interposta entre o primeiro (102) e o segundo (104) substratos, sendo que a cortina (202a, 202b) inclui: um primeiro revestimento condutivo (306) fornecido, direta ou indiretamente, sobre a superfície principal interna do primeiro substrato (102); um filme dielétrico ou isolante (308) fornecido, direta ou indiretamente, sobre o primeiro revestimento condutivo (306); e uma veneziana (312) que inclui um substrato de polímero (402) que apoia um segundo revestimento condutivo (404), sendo que o substrato de polímero (402) é extensível para servir como uma posição fechada de veneziana e retrátil para servir uma posição aberta de veneziana; uma primeira (2004) e uma segunda (2006) barras de barramento eletricamente condutivas situadas em uma primeira e uma segunda bordas opostas do primeiro substrato (102), cada uma das barras de barramento (2004; 2006) tendo uma primeira e uma segunda extremidades, sendo que a primeira (2004) e a segunda (2006) barras de barramento são fornecidas, direta ou indiretamente, sobre o filme dielétrico ou isolante (308); e um primeiro (2002a) e um segundo (2002b) padrões de frita condutiva aplicados, direta ou indiretamente, ao primeiro substrato (102), sendo a frita interposta entre pelo menos o primeiro substrato (102) e o primeiro revestimento condutivo (306), o primeiro padrão de frita (2002a) sendo eletricamente conectado ao primeiro revestimento condutivo (306), o primeiro e o segundo padrões estendendo-se ao longo de uma terceira e uma quarta bordas opostas do primeiro substrato (102), sendo que as primeira à quarta bordas são diferentes umas das outras, o primeiro padrão (2002a) estendendo-se em uma direção a partir da primeira extremidade da primeira barra de barramento (2004) em direção à primeira extremidade da segunda barra de barramento (2006), e o segundo padrão (2002b) estendendo-se em uma direção a partir da segunda extremidade da primeira barra de barramento (2004) em direção à segunda extremidade da segunda barra de barramento (2006), sendo que o primeiro (306) e o segundo (404) revestimentos condutivos são configurados para serem eletricamente conectáveis a uma fonte de energia que é controlável para seletivamente estabelecer uma diferença de potencial elétrico usando a primeira (2004) e a segunda (2006) barras de barramento para adequadamente acionar o substrato de polímero (402) entre as posições aberta e fechada da veneziana.
2. Unidade de IG, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por compreender adicionalmente um epóxi condutivo ou filme condutivo anisotrópico (ACF) conectando eletricamente o primeiro padrão de frita (2002a) com o primeiro revestimento condutivo (306).
3. Unidade de IG, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizada por compreender adicionalmente: um primeiro conjunto de fios conectando eletricamente a primeira (2004) e a segunda (2006) barras de barramento ao segundo padrão de frita (2002b) adjacente às segundas extremidades das barras; e um segundo conjunto de fios eletricamente conectados à primeira extremidade da segunda barra de barramento (2006) e a uma extremidade do primeiro padrão de frita (2002a) adjacente à primeira extremidade da segunda barra de barramento (2006).
4. Unidade de IG, de acordo com a reivindicação 3, caracterizada por o segundo conjunto de fios se projetar através de um orifício no sistema espaçador (106) para conexão elétrica com a fonte de energia.
5. Unidade de IG, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizada por compreender adicionalmente: um terceiro e um quarto padrões de frita condutiva conectarem eletricamente a primeira (2004) e a segunda (2006) barras de barramento ao segundo padrão de frita (2002b) adjacente às segundas extremidades da primeira (2004) e da segunda (2006) barras de barramento; e um quinto e um sexto padrões de frita condutiva serem eletricamente conectados à primeira extremidade da segunda barra de barramento (2006) e a uma extremidade do primeiro padrão de frita (2002a) adjacente à primeira extremidade da segunda barra de barramento (2006).
6. Unidade de IG, de acordo com a reivindicação 5, caracterizada por o quinto e o sexto padrões de frita se estenderem em direção às bordas externas do primeiro substrato (102) sob o sistema espaçador (106) para conexão elétrica com a fonte de energia, de modo que o quinto e o sexto padrões de frita sejam fornecidos entre o sistema espaçador (106) e o primeiro substrato (102).
7. Unidade de IG, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizada por as conexões elétricas entre a fonte de energia e o primeiro (306) e o segundo (404) revestimentos condutivos dispensarem o uso de fios internos ao sistema espaçador (106).
8. Unidade de IG, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizada por compreender adicionalmente: um primeiro conjunto de fios conectando eletricamente a primeira (2004) e a segunda (2006) barras de barramento ao segundo padrão de frita (2002b) adjacente às segundas extremidades das barras; e um segundo conjunto de fios eletricamente conectados à primeira extremidade da segunda barra de barramento (2006) e a uma extremidade do primeiro padrão de frita (2002a) adjacente à primeira extremidade da segunda barra de barramento (2006).
9. Unidade de IG, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizada por compreender adicionalmente: um terceiro e um quarto padrões de frita condutiva conectando eletricamente a primeira (2004) e a segunda (2006) barras de barramento ao segundo padrão de frita (2002b) adjacente às segundas extremidades da primeira (2004) e da segunda (2006) barras de barramento; e um quinto e um sexto padrões de frita condutiva serem eletricamente conectados à primeira extremidade da segunda barra de barramento (2006) e a uma extremidade do primeiro padrão de frita (2002a) adjacente à primeira extremidade da segunda barra de barramento (2006).
10. Unidade de IG, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizada por a cortina (202a, 202b) e a primeira (2004) e a segunda (2006) barras de barramento serem presas ao filme dielétrico ou isolante (308) com o uso de epóxi.
11. Unidade de IG, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizada por a frita compreender prata.
12. Método para fabricação de uma unidade de vidro isolante (IG), sendo o método caracterizado por compreender: fornecer um primeiro (102) e um segundo (104) substratos, cada um tendo superfícies principais internas e externas; formar um primeiro revestimento condutivo (306), direta ou indiretamente, sobre a superfície principal interna do primeiro substrato (102); fornecer um filme dielétrico ou isolante (308), direta ou indiretamente, sobre o primeiro revestimento condutivo (306); colocar, em posição adjacente ao filme dielétrico ou isolante (308), uma veneziana (312) que inclui um substrato de polímero (402) que apoia um segundo revestimento condutivo (404), sendo que o substrato de polímero (402) é extensível para servir como uma posição fechada de veneziana e retrátil para servir uma posição aberta de veneziana; fornecer uma primeira (2004) e uma segunda (2006) barras de barramento eletricamente condutivas em uma primeira e uma segunda bordas opostas do primeiro substrato (102), cada uma das barras de barramento (2004; 2006) tendo uma primeira e uma segunda extremidades, sendo que a primeira (2004) e a segunda (2006) barras de barramento são fornecidas, direta ou indiretamente, sobre o filme dielétrico ou isolante (308); aplicar um primeiro (2002a) e um segundo (2002b) padrões de frita condutiva, direta ou indiretamente, ao primeiro substrato (102), sendo a frita interposta entre o primeiro substrato (102) e o primeiro revestimento condutivo (306), o primeiro padrão de frita (2002a) sendo eletricamente conectado ao primeiro revestimento condutivo (306), o primeiro (2002a) e o segundo (2002b) padrões estendendo-se ao longo de uma terceira e uma quarta bordas opostas do primeiro substrato (102), sendo que as primeira à quarta bordas são diferentes umas das outras, o primeiro padrão estendendo-se em uma direção a partir da primeira extremidade da primeira barra de barramento (2004) em direção à primeira extremidade da segunda barra de barramento (2006), o segundo padrão estendendo-se em uma direção a partir da segunda extremidade da primeira barra de barramento (2004) em direção à segunda extremidade da segunda barra de barramento (2006); conectar eletricamente o primeiro (306) e o segundo (404) revestimentos condutivos a uma fonte de energia, sendo que o primeiro revestimento condutivo (306), o filme dielétrico ou isolante (308) e a veneziana (312) formam ao menos parcialmente uma cortina dinâmica (202a, 202b) que é controlável em conexão com a fonte de energia, e usar a primeira (2004) e a segunda (2006) barras de barramento para seletivamente estabelecer uma diferença de potencial elétrico e adequadamente acionar o substrato de polímero (402) entre as posições aberta e fechada da veneziana; e conectar juntos o primeiro (102) e o segundo (104) substratos substancialmente paralelos e espaçados um do outro em conexão com um sistema espaçador (106) de modo que as superfícies internas do primeiro (102) e do segundo (104) substratos fiquem voltadas uma para a outra na formação da unidade de IG, um vão (108) sendo definido entre os substratos, e a cortina dinâmica (202a, 202b) sendo interposta entre o primeiro (102) e o segundo (104) substratos no vão (108).
13. Método, de acordo com a reivindicação 12, caracterizado por compreender adicionalmente conectar eletricamente o primeiro padrão de frita (2002a) ao primeiro revestimento condutivo (306) com o uso de um epóxi condutivo ou filme condutivo anisotrópico (ACF).
14. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 12 e 13, caracterizado por compreender adicionalmente: conectar eletricamente a primeira (2004) e a segunda (2006) barras de barramento ao segundo padrão de frita (2002b) adjacente às segundas extremidades das barras por meio de um primeiro conjunto de fios; e conectar eletricamente a primeira extremidade da segunda barra de barramento (2006) e uma extremidade do primeiro padrão de frita (2002a) adjacente à primeira extremidade da segunda barra de barramento (2006) a um segundo conjunto de fios.
15. Método, de acordo com a reivindicação 14, caracterizado por o segundo conjunto de fios se projetar através de um orifício no sistema espaçador (106) para conexão elétrica com a fonte de energia.
16. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 12 a 15, caracterizado por compreender adicionalmente: conectar eletricamente a primeira (2004) e a segunda (2006) barras de barramento ao segundo padrão de frita (2002b) adjacente às segundas extremidades da primeira (2004) e da segunda (2006) barras de barramento por meio de um terceiro e um quarto padrões de frita condutiva; e conectar eletricamente a primeira extremidade da segunda barra de barramento (2006) e uma extremidade do primeiro padrão de frita (2002a) adjacente à primeira extremidade da segunda barra de barramento (2006) a um quinto e um sexto padrões de frita condutiva.
17. Método, de acordo com a reivindicação 16, caracterizado por o quinto e o sexto padrões de frita se estenderem em direção às bordas externas do primeiro substrato (102) sob o sistema espaçador (106) para conexão elétrica com a fonte de energia, de modo que o quinto e o sexto padrões de frita sejam fornecidos entre o sistema espaçador (106) e o primeiro substrato (102).
18. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 12 a 17, caracterizado por as conexões elétricas entre a fonte de energia e o primeiro (306) e o segundo (404) revestimentos condutivos dispensarem o uso de fios internos ao sistema espaçador (106).
19. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 12 a 18, caracterizado por a cortina (202a, 202b) e a primeira (2004) e a segunda (2006) barras de barramento serem presas ao filme dielétrico ou isolante (308) com o uso de epóxi.
20. Unidade de IG, de acordo com qualquer uma das reivindicações 12 a 19, caracterizada por a frita compreender prata.
21. Método para operação de uma cortina dinâmica (202a, 202b) em uma unidade de vidro isolante (IG), sendo o método caracterizado por compreender: ter uma unidade de IG produzida de acordo com o método conforme definido em qualquer uma das reivindicações 12 a 20; e ativar seletivamente a fonte de energia para mover o substrato de polímero (402) entre as posições aberta e fechada da veneziana.
BR112020022445-6A 2018-07-06 2019-07-05 Cortina elétrica acionada por potencial com resistência de bobina melhorada, métodos de fabricação da dita cortina e método para operação da mesma BR112020022445B1 (pt)

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