BR112020020889A2 - componente de produto da indústria do tabaco, produto da indústria do tabaco, método de fabricação de um componente de produto da indústria do tabaco, método de fabriação de uma pluralidade de partículas e uso de uma pluralidade de partículas - Google Patents

Abstract

A presente invenção se refere a um componente de produto da indústria do tabaco que compreende uma parede que circunscreve uma cavidade. Uma pluralidade de cápsulas de aditivo e uma pluralidade de partículas estão dispostas na cavidade. As partículas são configuradas de modo que, em uso, as partículas promovam a quebra das cápsulas de aditivo mediante a aplicação de uma força externa à parede do componente de produto da indústria do tabaco por um usuário. As partículas podem compreender um material com uma densidade de partícula de pelo menos 1 g/cc. Também é fornecido um método de fabricação de um componente de produto da indústria do tabaco.

Description

“COMPONENTE DE PRODUTO DA INDÚSTRIA DO TABACO, PRODUTO DA INDÚSTRIA DO TABACO, MÉTODO DE FABRICAÇÃO DE UM COMPONENTE DE PRODUTO DA INDÚSTRIA DO TABACO, MÉTODO DE FABRIAÇÃO DE UMA

PLURALIDADE DE PARTÍCULAS E USO DE UMA PLURALIDADE DE PARTÍCULAS” Campo técnico

[0001] A presente divulgação se refere a um componente de produto da indústria do tabaco e a um produto da indústria do tabaco que compreende o mesmo. A presente divulgação também se refere a um método de fabricação de um componente de produto da indústria do tabaco.

Estado da arte

[0002] É conhecido na arte a provisão de um cigarro com uma cápsula contendo aromatizante. Durante o uso, o usuário pode quebrar a cápsula para liberar o aromatizante na fumaça que flui através do cigarro. Portanto, o usuário pode adicionar seletivamente aromatizante à fumaça.

Resumo

[0003] É fornecido um componente de produto da indústria do tabaco que compreende: uma parede que circunscreve uma cavidade; uma pluralidade de cápsulas de aditivo dispostas na cavidade; e, uma pluralidade de partículas dispostas na cavidade e configuradas de modo que, em uso, as partículas promovam a quebra das cápsulas de aditivo mediante a aplicação de uma força externa à parede do componente de produto da indústria do tabaco por um usuário, em que as partículas compreendem um material com uma densidade de partícula de pelo menos 1 g/cc.

[0004] As partículas podem compreender um plastificante. Em uma concretização, o plastificante compreende triacetina.

[0005] Em uma concretização, as partículas compreendem um material polimérico e, preferivelmente, plástico.

[0006] Em uma concretização, as partículas compreendem acetato de celulose. Em uma concretização, as partículas compreendem cavacos de acetato de celulose.

[0007] Em uma concretização, as partículas compreendem uma ou mais formações de superfície configuradas para promover a quebra das cápsulas de aditivo.

[0008] Em algumas concretizações, as partículas são opcionalmente formadas de um material com uma dureza Rockwell de pelo menos 25 na escala R medida de acordo com ASTM D785. Preferivelmente, as partículas são formadas a partir de um material com uma dureza Rockwell de pelo menos 30, pelo menos 40, pelo menos 50, pelo menos 60, pelo menos 70, pelo menos 80, pelo menos 90 ou pelo menos pelo menos 100 na escala R medido de acordo com ASTM D785.

[0009] Em uma concretização, as partículas têm uma área superficial média de menos do que 50 metros quadrados por grama e, preferivelmente, menos do que 30, 20, 10, 5 ou 3 metros quadrados por grama. A área superficial pode ser medida de acordo com ASTM D1993- 18 (Método de Teste Padrão Multiponto BET para Área Superficial de Sílica Precipitada por Adsorção de Nitrogênio, ASTM International, West Conshohocken, PA, 2018). A densidade das partículas pode referir-se a densidade do material das partículas incluindo os poros no material, mas excluindo os espaços vazios entre as partículas (o que seria a 'densidade aparente').

[0010] Tem sido verificado que quanto menor for a área superficial das partículas, mais robustas são as partículas, o que pode ser atribuído ao fato de as partículas serem menos porosas. As partículas sendo mais robustas ajudam a promover a quebra das cápsulas de aditivo mediante a aplicação da força externa na parede do componente do produto da indústria do tabaco. As partículas sendo mais robustas também ajudam a prevenir a quebra das cápsulas durante o trânsito. Além disso, verificou-se que uma área superficial menor significa que as partículas adsorvem menos do aditivo das cápsulas de aditivo após a ruptura, o que significa que mais do aditivo pode ser entregue ao usuário.

[0011] As partículas compreendem um material contendo uma densidade de partícula de pelo menos 1 g/cc, o que ajuda a tornar as partículas mais robustas para encorajar a quebra das cápsulas de aditivo durante o uso e para evitar a quebra das partículas durante o trânsito. Em algumas concretizações, as partículas compreendem um material que tem uma densidade de partícula de pelo menos 1,1 g/cc ou pelo menos 1,2 g/cc, em que o aumento da densidade de partícula das partículas ajuda a aumentar a robustez das partículas.

[0012] Em uma concretização, as partículas compreendem um material com uma densidade de partícula inferior a 5 g/cc e, preferivelmente, inferior a 2 g/cc ou inferior a 1,5 g/cc. Uma densidade de partícula mais baixa resulta em um componente do produto da indústria do tabaco mais leve que é, portanto, mais fácil de transportar.

[0013] Em algumas concretizações, a densidade de partículas das partículas está entre 1 e 2 g/cc, ou entre 1,1 e 2 g/cc ou entre 1,1 e 1,5 g/cc.

[0014] Em uma concretização, as cápsulas de aditivo têm um diâmetro entre 0,6 e 1,4 mm e, preferivelmente, um diâmetro de cerca de 1 mm.

[0015] Em uma concretização, as partículas têm um tamanho de partícula entre 1 e 2,4 mm e, preferivelmente, um tamanho de partícula entre 1,4 e 2 mm.

[0016] Em algumas concretizações, as partículas são geralmente de forma cilíndrica. As partículas podem ser extrudadas de uma haste de material e cortadas em partículas geralmente cilíndricas individuais.

[0017] Em algumas concretizações, as partículas têm uma dureza do tipo ball-pan maior que 95% e, preferivelmente, maior que 96%, 97%, 98% ou 99%. Em algumas concretizações, a dureza da esfera das partículas é maior que 99,5%, 99,6%, 99,7%, 99,8% ou 99,9%. A dureza ball-pan das partículas pode ser medida usando o teste de dureza ball-pan descrito em ASTM D3802-16 (Método de Teste Padrão para Dureza Ball-Pan de Carvão Ativado, ASTM International, West Conshohocken, PA, 2016). Este teste é descrito para testar a dureza do carvão ativado. No entanto, também é adequado para medir a dureza de outros materiais em partículas. Tem sido verificado que aumentar a dureza do recipiente esférico das partículas torna as partículas mais robustas e, portanto, mais eficazes na promoção da quebra das cápsulas de aditivo durante o uso e também que as partículas são menos propensas a quebra durante o trânsito.

[0018] O componente de produto da indústria do tabaco pode compreender entre 20 e 100 cápsulas de aditivo e, preferivelmente, entre 40 e 80 cápsulas de aditivo.

[0019] Em algumas concretizações, as cápsulas de aditivo têm uma resistência à ruptura média de entre 3 N e 5 N e, preferivelmente, entre 3,5 N e 4,5N. Em algumas concretizações, as cápsulas de aditivo têm uma resistência média à ruptura de cerca de 4 N. A resistência à ruptura (resistência ao esmagamento) é a força necessária para romper uma cápsula de aditivo individual.

[0020] Em uma concretização, a cavidade tem um comprimento entre 4 e 12 mm e, preferivelmente, tem um comprimento entre 6 e 10 mm.

[0021] Em uma concretização, o componente de produto da indústria do tabaco compreende um corpo de material de filtração que compreende a cavidade e, preferivelmente, o corpo compreende as primeira e segunda seções de material de filtração e a cavidade está disposta entre a primeira e a segunda seções.

[0022] O componente de produto da indústria do tabaco pode compreender também um envoltório de tampão que circunscreve a cavidade. O envoltório de tampão pode compreender um revestimento impermeável, por exemplo, um revestimento que é impermeável ao aditivo das cápsulas de aditivo. Em algumas concretizações, o envoltório do plugue tem um peso base de pelo menos 60 g/m². Em algumas concretizações, o envoltório de tampão tem uma espessura de pelo menos 35 micrômetros.

[0023] Em uma concretização, uma ou mais cápsulas de aditivos compreendem um casca externa e um núcleo interno. O núcleo interno pode ser um núcleo de fluido. O núcleo fluido pode ser um núcleo líquido. A casca externa pode ser uma casca externa sólida. O invólucro externo pode compreender alginato.

[0024] Em uma concretização, o componente de produto da indústria do tabaco compreende também uma superfície externa que compreende um indicador configurado para indicar ao usuário onde a força externa deve ser aplicada ao componente do produto da indústria do tabaco.

[0025] Em algumas concretizações, o componente de produto da indústria do tabaco compreende um componente de artigo de fumo, por exemplo, um filtro.

[0026] Também é provido um produto da indústria do tabaco que compreende um componente de produto da indústria do tabaco de acordo com a presente divulgação.

[0027] Em algumas concretizações, o produto da indústria do tabaco compreende um artigo de fumo.

[0028] Também é provido um componente de produto da indústria do tabaco que compreende: uma parede circunscrevendo uma cavidade; uma pluralidade de cápsulas de aditivo dispostas na cavidade; e uma pluralidade de partículas dispostas na cavidade e configuradas de modo que, em uso, as partículas promovam a quebra das cápsulas de aditivo mediante a aplicação de uma força externa à parede do componente de produto da indústria do tabaco por um usuário. Em algumas concretizações, as partículas são partículas de acetato de celulose. O componente de produto da indústria do tabaco pode ter qualquer uma das características descritas acima, incluindo, opcionalmente, que as partículas compreendem um material com uma densidade de partícula de pelo menos 1 g/cc, embora esta característica não seja essencial.

[0029] Também é provido um método de fabricação de um componente de produto da indústria do tabaco que compreende: provisão de uma pluralidade de partículas; provisão de uma pluralidade de cápsulas de aditivo; e, localização das partículas e cápsulas de aditivo em uma cavidade. O componente do produto da indústria do tabaco pode ter qualquer uma das características descritas acima. As partículas podem compreender um material com uma densidade de partícula de pelo menos 1 g/cc, embora esta característica não seja essencial.

Breve descrição dos desenhos

[0030] As concretizações da invenção serão descritas agora, a título de exemplo não limitativo apenas, com referência aos desenhos, nos quais: Fig. 1 é uma vista em perspectiva de uma concretização de um produto da indústria do tabaco; Fig. 2 é uma vista em perspectiva do produto da indústria do tabaco da Fig. 1, em que uma porção do papel de filtro e da embalagem do produto da indústria do tabaco é omitida para fins ilustrativos; Fig. 3 é uma vista lateral esquemática em corte transversal do produto da indústria do tabaco da Fig. 1; Fig. 4 é uma vista lateral em corte transversal de uma cápsula de aditivo do produto da indústria do tabaco da Fig. 1; Fig. 5 é uma vista em perspectiva de uma partícula de acetato de celulose do produto da indústria do tabaco da Fig. 1;

Fig. 6 é uma vista em perspectiva do envoltório de tampão do produto da indústria do tabaco da Fig. 1; e, Fig. 7 é um diagrama de blocos que mostra uma concretização de um método de fabricação de um componente de produto da indústria do tabaco.

Descrição detalhada

[0031] Com referência agora às Figs. 1 a 6, uma concretização de um produto da indústria do tabaco 1 é mostrada. Na presente concretização, o produto da indústria do tabaco 1 é um artigo de fumo 1. No entanto, em concretizações alternativas (não mostradas), o produto da indústria do tabaco é de um arranjo diferente de um artigo de fumo 1.

[0032] O artigo de fumo 1 compreende uma haste de tabaco 2 e um componente de produto da indústria do tabaco 3.

[0033] Um invólucro externo 4 circunscreve o componente do artigo de fumo 3 e uma porção da haste de tabaco 2. O invólucro externo 4 compreende um papel de filtro 4 que se liga a haste de tabaco 2 para o componente de artigo de fumo 3. A haste de tabaco 2 compreende uma coluna de material fumável 5, circunscrita por uma embalagem de haste 6.

[0034] Na presente concretização, o componente do produto da indústria do tabaco 3 compreende um componente do artigo de fumo 3 na forma de um filtro do artigo de fumo 3. O componente do artigo de fumo 3 compreende um corpo 7 de material de filtro e uma cavidade 8. O corpo 7 compreende as primeira e segunda seções 9, 10 de material de filtração. Na presente concretização, as primeira e segunda seções 9, 10 compreendem os primeiro e segundo tampões 9, 10 de material de filtração, por exemplo, acetato de celulose. Os primeiro e segundo tampões 9, 10 podem ser geralmente de forma cilíndrica, embora um habilitado na arte reconheça que outros formatos de tampão 9, 10 são possíveis.

[0035] Os primeiro e segundo tampões 9, 10 são espaçados na direção axial do artigo de fumo 1 de modo que a cavidade 8 seja provida entre o primeiro e o segundo tampão 9, 10. O segundo tampão 10 está localizado a jusante da haste de tabaco 2. O primeiro tampão 9 está localizado a jusante do segundo tampão 10, do outro lado da cavidade 8 para o segundo tampão 10.

[0036] A cavidade 8 tem um comprimento (representado pela seta 'X' na Fig. 3) entre 4 e 12 mm e, preferivelmente, tem um comprimento entre 6 e 10 mm. No entanto, em outras concretizações, a cavidade 8 tem um comprimento diferente.

[0037] A cavidade 8 do componente do artigo de fumo 3 contém uma pluralidade de cápsulas de aditivo 11 e uma pluralidade de partículas 12. Na presente concretização, as partículas 12 são partículas de acetato de celulose (AC) 12. Logo, o gás que flui através do corpo 7 passa através da cavidade 8 e entra em contato com as cápsulas de aditivo 11. As cápsulas de aditivo 11 são configuradas para arrastar seletivamente o aditivo no fluxo de gás, como é descrito com mais detalhes abaixo.

[0038] Uma vista lateral em corte transversal de uma pluralidade de cápsulas de aditivo 11 é mostrada na Fig. 4. Cada cápsula de aditivo 11 compreende um invólucro externo 13 e um núcleo interno 14.

[0039] A casca 13 de cada cápsula de aditivo 11 pode ser sólido à temperatura ambiente. A casca 13 pode compreender, consistir em, ou consistir essencialmente em alginato. No entanto, deve ser reconhecido que em concretizações alternativas, a casca 13 é feita de um material diferente. Por exemplo, a casca 13 pode, alternativamente, compreender, consistir em, ou consistir essencialmente em gelatina, carrageninas ou pectinas. A casca 13 pode compreender, consistir em, ou consistir essencialmente em um ou mais de alginato, gelatina, carrageninas ou pectinas.

[0040] O núcleo interno 14 de cada cápsula de aditivo 11 compreende, consiste em ou consiste essencialmente em um aditivo, por exemplo, um aromatizante configurado para conferir um sabor ao gás que flui através da cavidade 8 quando o aditivo é exposto ao gás. No entanto, deve ser reconhecido que em outras concretizações, o aditivo pode, alternativamente ou adicionalmente, compreender um tipo diferente de aditivo, como um umectante. Na presente concretização, o núcleo interno 14 é um líquido. No entanto, em outras concretizações (não mostradas), o núcleo interno 14 pode compreender um sólido, por exemplo, um pó.

[0041] A casca 13 de cada cápsula de aditivo 11 pode ser impermeável, ou substancialmente impermeável, ao aditivo do núcleo 14. Portanto, a casca 13 inicialmente evita que o aditivo do núcleo 14 escape da cápsula de aditivo 11 e seja arrastado no fluxo de gás através da cavidade 8. Quando o usuário deseja para arrastar o aditivo no gás de, por exemplo, para dar aroma ao gás em concretizações em que o aditivo é um aromatizante, a casca 13 das cápsulas de aditivos 11 são rompidas de modo a que o aditivo pode ser arrastado no gás.

[0042] Em algumas concretizações (não mostradas), a cápsula de aditivo 11 compreende também um material transportador. O material transportador pode compreender, por exemplo, gelatina.

[0043] As partículas de acetato de celulose 12 compreendem acetato de celulose que foi endurecido por um plastificante, por exemplo, triacetina. O plastificante ajuda a evitar que as partículas de acetato de celulose 12 se quebrem quando o usuário aplica uma força ao componente do artigo de fumo 3 para quebrar as cápsulas de aditivo 11. Além disso, o aumento da dureza das cápsulas de aditivo 11 devido ao plastificante ajuda a promover quebra das cápsulas de aditivo 11. Deve ser reconhecido que o acetato de celulose pode alternativamente ou adicionalmente ser endurecido por um plastificante diferente, por exemplo, diacetina, citrato de trietila ou PEG.

[0044] As partículas de acetato de celulose 12 podem compreender o plastificante na faixa de 15 a 40 % em peso da partícula de acetato de celulose 12 e, preferivelmente, na faixa de 20 a 35 % em peso da partícula de acetato de celulose 12. As partículas de acetato de celulose 12 podem compreender o plastificante de pelo menos 15% em peso da partícula de acetato de celulose 12 e, preferivelmente, de pelo menos 20%, em peso da partícula de acetato de celulose 12. As partículas de acetato de celulose 12 podem compreender o plastificante de menos do que 40% em peso da partícula de acetato de celulose 12 e, preferivelmente, menos do que 35%, em peso da partícula de acetato de celulose 12.

[0045] Em algumas concretizações, as partículas de acetato de celulose 12 podem ser fabricadas a partir de um material com uma dureza Rockwell de pelo menos 25 na escala R medida de acordo com o Procedimento A da norma ASTM D785. Preferivelmente, as partículas 12 podem ser fabricadas a partir de um material que tem uma dureza Rockwell maior do que 30, maior do que 40, maior do que 50, maior do que 6, 0, maior do que 7 0, maior do que 80, maior do que 9 0, ou maior que 100 na escala R. Tem sido verificado que uma dureza Rockwell maior das partículas 12 previne que as partículas 12 quebrem quando o usuário aplica uma força ao componente de artigo de fumo 3 para quebrar as cápsulas de aditivo 11 e também ajuda a promover a ruptura das cápsulas de aditivo 11.

[0046] Em uma concretização, as partículas têm uma área superficial média menor que 50 metros quadrados por grama e, preferivelmente, menor que 30, 20, 10, 5 ou 3 metros quadrados por grama. A área superficial pode ser medida de acordo com ASTM D1993 - 18 (Método de Teste Padrão Multiponto BET para Sílica Precipitada por Adsorção de Nitrogênio, ASTM International, West Conshohocken, PA, 2018). A densidade de partícula pode se referir à densidade do material das partículas, incluindo os poros no material, mas excluindo os espaços vazios entre as partículas (que seria a 'densidade aparente').

[0047] Tem sido verificado que quanto menor for a área superficial das partículas, mais robustas são as partículas, o que pode ser devido ao fato de as partículas serem menos porosas. As partículas sendo mais robustas ajudam a promover a quebra das cápsulas de aditivo mediante a aplicação da força externa na parede do componente de produto da indústria do tabaco. As partículas sendo mais robustas também ajudam a prevenir a quebra das cápsulas durante o trânsito. Além disso, tem sido verificado que uma área superficial inferior significa que as partículas adsorvem menos aditivo das cápsulas de aditivo após a ruptura, o que significa que mais do aditivo pode ser entregue ao usuário.

[0048] As partículas compreendem um material com uma densidade de partícula de pelo menos 1 g/cc, o que ajuda a tornar as partículas mais robustas para encorajar a quebra das cápsulas de aditivo durante o uso e para prevenir a quebra das partículas durante o trânsito. Em algumas concretizações, as partículas compreendem um material com uma densidade de partícula de pelo menos 1,1 g/cc ou pelo menos 1,2 g/cc, em que o aumento da densidade de partícula das partículas ajuda a aumentar a robustez das partículas.

[0049] Em uma concretização, as partículas compreendem um material com uma densidade de partícula menor que 5 g/cc e, preferivelmente, menor que 2 g/cc ou menor que 1,5 g/cc. Uma densidade de partícula mais baixa resulta em um componente de produto da indústria do tabaco mais leve que é, portanto, mais fácil de transportar.

[0050] Em algumas concretizações, a densidade de partículas das partículas está entre 1 e 2 g/cc, ou entre 1,1 e 2 g/cc ou entre 1,1 e 1,5 g/cc.

[0051] Em algumas concretizações, as partículas são geralmente de forma cilíndrica. As partículas podem ser extrudadas de uma haste de material e cortadas em partículas individuais geralmente cilíndricas.

[0052] Em algumas concretizações, as partículas têm uma dureza tipo ball-pan maior que 95% e, preferivelmente, maior que 96%, 97%, 98% ou 99%. Em algumas concretizações, a dureza da esfera das partículas é maior que 99,5%, 99,6%, 99,7%, 99,8% ou

99,9%. A dureza ball-pan das partículas pode ser medida usando o teste de dureza ball-pan descrito em ASTM D3802 - 16 (Método de Teste Padrão para Dureza Ball-Pan de Carvão Ativado, ASTM International, West Conshohocken, PA, 2016). Este teste é descrito para testar a dureza do carvão ativado. No entanto, também é adequado para medir a dureza de outros materiais em partículas. Tem sido verificado que aumentar a dureza ball-pan das partículas torna as partículas mais robustas e, portanto, mais eficazes na promoção da quebra das cápsulas de aditivo durante o uso e também que as partículas são menos propensas a quebrar durante o trânsito.

[0053] As partículas de acetato de celulose 12 podem compreender uma ou mais formações superficiais configuradas para promover a quebra das cápsulas de aditivo 11 quando o usuário aplica uma força ao componente do artigo de fumo 3. Por exemplo, as formações superficiais podem ajudar a cortar ou perfurar as cascas 13 das cápsulas de aditivo 11 ou triturar as cápsulas de aditivo 11. Na presente concretização, as partículas de acetato de celulose 12 compreendem cada, uma ou mais bordas 15A e/ou um ou mais cantos 15B. As bordas 15A e cantos 15B podem ser formados, por exemplo, cortando ou triturando porções de acetato de celulose para dar forma às partículas de acetato de celulose

12. As bordas 15A e cantos 15B ajudam a cortar e romper a casca 13 das cápsulas de aditivo 11. As bordas 15A podem ser bordas angulares. Em uma concretização alternativa (não mostrada), as partículas de acetato de celulose 12 que não compreendem quaisquer bordas 15A e/ou cantos e 15B, por exemplo, podem ser esféricas. Na presente concretização, as partículas de acetato de celulose 12 compreendem cavacos de acetato de celulose 12.

[0054] O componente do artigo de fumo 3 permite que o usuário controle a quantidade de aditivo que é introduzido no fluxo de gás que passa através do componente do artigo de fumo 3. Inicialmente, a casca 13 de cada partícula de aditivo 11 está intacta e, portanto, nenhum aditivo do núcleo 14 é introduzido no fluxo de gás. Quando o usuário deseja introduzir aditivo, ele ou ela aplica uma força externa ao componente do artigo de fumo 3 para romper as cascas 13 das cápsulas de aditivo 11. Em um exemplo, o usuário segura o componente do artigo de fumo 3 firmemente e enrola o componente do artigo de fumo 3 entre seus dedos. Isso faz com que as partículas de acetato de celulose 12 rompam as cascas 13 das partículas de aditivo 11 de modo que o aditivo do núcleo 14 seja liberado através das cascas 13 e entre no fluxo de gás. Vantajosamente, quanto mais o componente do artigo de fumo 3 for enrolado entre os dedos do usuário, maior será o número de cápsulas de aditivo 11 que se rompem e, portanto, mais aditivo é liberado no fluxo de gás. Portanto, o usuário é capaz de controlar a quantidade de aditivo que é adicionado ao fluxo de gás, controlando a quantidade de tempo que o componente do artigo de fumo 3 é enrolado entre os dedos. O acetato de celulose é um material prontamente disponível que já é utilizado em componentes fabricados pela indústria do tabaco, por exemplo, como material de filtração de filtros de cigarro. Assim, o material abrasivo do componente do artigo de fumo 3 que compreende partículas 12 de acetato de celulose simplifica a fabricação do componente 3 do artigo de fumo.

[0055] Em algumas concretizações, as partículas de acetato de celulose 12 podem ser fabricadas a partir de um material com um fluxo de fusão na faixa de 0,2 a 6 g/10 min de acordo com ASTM

D1238. Em algumas concretizações, as partículas de acetato de celulose 12 podem ser fabricadas a partir de um material com um fluxo de fusão na faixa de 0,25 a 5,5 g/10 min ou na faixa de 0,5 a 4 g/10 min. Em algumas concretizações, o fluxo de fusão é inferior a 5,5 g/10 min.

[0056] Em uma concretização exemplificativa, as partículas de acetato de celulose 12 compreendem 28% de triacetina e 72% de acetato de celulose e o material possui um fluxo de fusão de 414 mg/3 min (1,38 g/10 min). Em outra concretização exemplar, as partículas de acetato de celulose 12 compreendem 25% de triacetina e 75% de acetato de celulose e o material possui um fluxo de fusão de 266 mg/3 min (0,89 g/10 min).

[0057] O papel de filtro 4 compreende um ou mais indicadores 19 que fornecem uma indicação visual ao usuário de onde a força externa deve ser aplicada ao componente do artigo de fumo 3 para liberar o aditivo. Por exemplo, os indicadores 19 podem indicar onde o componente do artigo de fumo 3 deve ser segurado e rolado entre os dedos para liberar o aditivo. Os indicadores 19 podem, por exemplo, ser impresso no papel de filtro 4 ou podem compreender uma etiqueta que está aderida ao papel de filtro 4. Os indicadores 19 podem se sobrepor à cavidade 8.

[0058] O componente de artigo de fumo 3 compreende também um envoltório de tampão 16 que circunscreve a cavidade 8 e pelo menos uma porção do primeiro e/ou segundo tampões 9, 10. Na presente concretização, o envoltório de tampão 16 circunscreve todo o comprimento de ambos os primeiro e segundo tampões 9, 10.

[0059] A porção do envoltório de tampão 16 e do papel de filtro 4 que se sobrepõe à cavidade 8 forma uma parede do componente 3 do artigo de fumo. A parede circunscreve a cavidade

8. A parede retém as cápsulas de aditivo 11 e as partículas de acetato de celulose 12 dentro da cavidade 8. A parede é deformável de forma que, em uso, o usuário aplica uma força externa para deformar a parede radialmente para dentro para quebrar as cápsulas de aditivo 11. No exemplo descrito acima, o usuário agarra a parede e rola o componente do artigo de fumo 3 entre os dedos de modo que as partículas de acetato de celulose 12 rompam as cascas 13 das cápsulas de aditivo 11 para liberar o aditivo das mesmas. Em concretizações em que o envoltório de tampão 16 é omitido, a parede pode compreender o papel de filtro

4. Em concretizações em que o papel de filtro 4 é omitido, a parede pode compreender o envoltório de tampão 16. Em algumas concretizações, a parede compreende outra folha de material (não mostrado), além do papel de filtro 4 e/ou envoltório de tampão

16.

[0060] O envoltório de tampão 16 compreende uma camada de papel 17 e uma camada de vedação 18. A camada de vedação 18 é impermeável, ou substancialmente impermeável, ao aditivo das cápsulas de aditivo 11. Portanto, quando as cápsulas de aditivo 11 são quebradas para arrastar aditivo no fluxo de gás, a camada de vedação 18 evita que o aditivo vaze através do envoltório de tampão 16. Isto é vantajoso porque o artigo de fumo 1 é normalmente mantido entre os dedos do usuário na região do componente do artigo de fumo 3 e, assim, a camada de vedação 18 ajuda a prevenir que o aditivo entre em contato com os dedos do usuário.

[0061] Na presente concretização, a camada de vedação 18 está na forma de um revestimento 18 provido na camada de papel 17.

Por exemplo, o revestimento 18 pode compreender etil-celulose. Em uma concretização alternativa (não mostrada), a camada de vedação 18 compreende uma camada de material, por exemplo, folha de plástico ou folha, que é ligada à camada de papel 17 por um adesivo. Em algumas concretizações, a camada de vedação 18 é um repelente de óleo.

[0062] Em uma concretização, a camada de vedação 18 é provida na superfície interna da camada de papel 17 de modo que a camada de papel 17 seja disposta entre a camada de vedação 18 e o papel de filtro 4. Alternativamente, a camada de vedação 18 pode ser provida na superfície externa da camada de papel 17 de modo que a camada de vedação 18 esteja disposta entre a camada de papel 17 e o papel de filtro 4.

[0063] Em uma concretização, a camada de vedação 18 é provida sobre toda a superfície interna e/ou externa da camada de papel

17. No entanto, em uma concretização alternativa, a camada de vedação 18 é provida apenas sobre uma porção da superfície interna e/ou externa da camada de papel 17, por exemplo, apenas sobre a porção da camada de papel 17 que circunscreve a cavidade

8.

[0064] Quando o componente do artigo de fumo 3 é enrolado entre os dedos do usuário, a parede deforma-se radialmente para dentro, de modo que as cápsulas de aditivo 11 e as partículas de acetato de celulose 12 são trituradas juntas. O envoltório de tampão 16 é configurado para prover suporte estrutural ao componente do artigo de fumo 3 para ajudar a manter a integridade estrutural do componente do artigo de fumo 3 durante o enrolamento do componente do artigo de fumo 3 para liberar o aditivo. Em algumas concretizações, o envoltório de tampão 16 tem um peso base de pelo menos 60 gsm e, preferivelmente, pelo menos 80 gsm. Este peso base provê ao envoltório de tampão 16 maior rigidez, a fim de ajudar a manter a integridade estrutural do componente do artigo de fumo 3 durante o enrolamento do componente do artigo de fumo 3. Em algumas concretizações, o peso base do envoltório de tampão 16 está na faixa de 60-110 gsm e, preferivelmente, está na faixa de 80-110 gsm. O peso base do envoltório de tampão 16 pode estar na faixa de 60 a 100 gsm, ou na faixa de 80 a 100 gsm.

[0065] Em uma concretização, a rigidez do envoltório de tampão 16 é alcançada pela fabricação da camada de papel 17 a partir de papel contendo uma espessura de pelo menos 35 micrômetros, e preferivelmente, pelo menos 50, 60, 70, 80, 90 ou 100 micrômetros. Em algumas concretizações, a camada de papel 17 tem uma espessura na faixa de 35 a 137 micrômetros. A rigidez do envoltório de tampão 16 ajuda a parede a retornar à sua forma original, uma vez que o usuário tenha terminado de enrolar o componente do artigo de fumo 3 para liberar o aditivo.

[0066] Em algumas concretizações, as cápsulas de aditivo 11 tem um diâmetro de pelo menos 0,6 mm. Em algumas concretizações, as cápsulas de aditivo 11 tem um diâmetro de pelo menos 0,8 mm, e preferivelmente um diâmetro de cerca de 1 mm.

[0067] Em algumas concretizações, as cápsulas de aditivo 11 tem um diâmetro inferior a 1,4 mm. Preferivelmente, as cápsulas de aditivo 11 tem um diâmetro menor do que 1,2 mm, e preferivelmente um diâmetro de cerca de 1 mm.

[0068] Tem sido verificado que cápsulas de aditivo de menor diâmetro 11 resultam em uma quantidade menor de aditivo sendo introduzida no fluxo de gás quando cada cápsula de aditivo 11 é rompida, permitindo assim que o usuário controle com mais precisão a quantidade de aditivo que é adicionada ao fluxo de gás com base no período de tempo em que o componente do artigo de fumo 3 é enrolado entre os dedos.

[0069] Em algumas concretizações, as cápsulas de aditivo 11 têm um diâmetro na faixa de 0,6 mm a 1,4 mm, e preferivelmente, na faixa de 0,8 a 1,2 mm.

[0070] Em algumas concretizações, as cápsulas de aditivo 11 têm um tamanho de partícula de pelo menos 0,6 mm. O termo 'tamanho de partícula' refere-se ao tamanho de partícula quando medido por peneiramento. Preferivelmente, as cápsulas de aditivo 11 têm um tamanho de partícula de pelo menos 0,8 mm. Em algumas concretizações, as cápsulas de aditivo têm um tamanho de partícula menor que 1,4 mm e, preferivelmente, um tamanho de partícula menor que 1,2 mm. Em uma concretização, as cápsulas de aditivo 11 têm um tamanho de partícula na faixa de entre 0,6 mm a 1,4 mm e, preferivelmente, na faixa de 0,8 a 1,2 mm. Preferivelmente, as cápsulas de aditivo 11 têm um tamanho de partícula de cerca de 1 mm.

[0071] Em algumas concretizações, as partículas de acetato de celulose 12 possuem um tamanho de partícula de pelo menos 1 mm e, preferivelmente, pelo menos 1,4 mm. O termo 'tamanho de partícula' refere-se ao tamanho de partícula quando medido por peneiramento. As partículas de acetato de celulose 12 que tem um tamanho de partícula de pelo menos 1 mm, e preferivelmente 1,4 mm, têm sido verificadas por serem particularmente eficazes na promoção da ruptura das cápsulas de aditivo 11. Em algumas concretizações, as partículas de acetato de celulose 12 possuem um tamanho de partícula menor que 2,4 mm e, preferivelmente, menor que 2 mm. As partículas de acetato de celulose 12 que têm um tamanho de partícula menor que 2,4 mm, e preferivelmente menor que 2 mm, foram verificadas como sendo particularmente eficazes na promoção da ruptura das cápsulas de aditivo 11.

[0072] Em algumas concretizações, as partículas de acetato de celulose 12 têm um tamanho de partícula na faixa de 1 a 2,4 mm e, preferivelmente, um tamanho de partícula na faixa de 1,4 a 2 mm. Em uma destas concretizações, as cápsulas de aditivo 11 tem um diâmetro de tamanho/partícula na faixa de 0,6 mm a 1,4 mm, e preferivelmente, na faixa de 0,8 a 1,2 mm. Esta combinação de tamanho de cápsulas de aditivo 11 e tamanho de partículas de acetato de celulose 12 tem sido verificada para aumentar vantajosamente a eficácia das partículas de acetato de celulose 12 na ruptura das cápsulas de aditivo 11. Em uma tal concretização, o componente de artigo de fumo 3 compreende entre 20 a 100 e, preferivelmente, entre 40 a 80 partículas de acetato de celulose 12, ou de 50 a 70 partículas de acetato de celulose

12.

[0073] O componente do artigo de fumo 3 pode compreender um espaço vazio 20 na extremidade de boca do componente do artigo de fumo 3. Na concretização mostrada nas Figs. 1 a 6, o componente do artigo de fumo 3 é um filtro de tubo 3, em que uma porção anelar 21 é provida na extremidade de boca do componente do artigo de fumo 3, de modo que o espaço vazio 20 é provido no centro oco da porção anelar 21. A porção anelar 21 pode compreender material de filtração, por exemplo, acetato de celulose.

[0074] A porção anelar 21 é provida a jusante do primeiro tampão 9 e é fixada ao mesmo pelo papel de filtro 4 e/ou envoltório de tampão 16. Em outra concretização, o primeiro tampão 9 compreende a porção anelar de modo que o espaço vazio 20 seja provido no primeiro tampão 9. Em ainda outra concretização (não mostrada), o componente de artigo de fumo 3 é um filtro de cavidade 3. O papel de filtro 4, envoltório de tampão 16 ou um outro envoltório (não mostrado) pode se estender além da extremidade de boca do primeiro tampão 9 do material de filtro para formar um espaço que compreende o espaço vazio 20, a porção anelar 21 sendo omitida.

[0075] Em uma concretização, os primeiro e o segundo tampões 9, 10 compreendem cada um uma porção de material de filtração, por exemplo, acetato de celulose ou carvão ativado, e cada porção é embalada em seu próprio envoltório de tampão (não mostrado). Os primeiro e segundo tampões 9, 10 são, em seguida, enrolado no envoltório de tampão 16 que também delimita a cavidade 8. Contudo, nas concretizações alternativas (não mostradas), os envoltórios de tampão individuais dos primeiro e/ou segundo tampões 9, 10 são omitidos. Em algumas concretizações (não mostradas), o envoltório de tampão 16 não circunscreve o primeiro e/ou segundo plugue 9, 10 e, opcionalmente, circunscreve apenas a cavidade 8.

[0076] Em algumas concretizações alternativas (não mostradas), os primeiro e/ou segundo tampões 9 são omitidos. Por exemplo, o segundo tampão 10 pode ser omitido de modo que a cavidade 8 esteja localizada entre o primeiro tampão 9 e a haste de tabaco 2.

[0077] Na concretização descrita acima, cada cápsula de aditivo 11 compreende uma casca externa 13 e um núcleo interno

14. Contudo, em concretizações alternativas (não mostradas), a casca externa 13 é omitida. Em uma concretização (não mostrada), cada cápsula de aditivo 11 compreende um corpo de material que compreende o aditivo, em que nenhuma casca envolve o corpo. Em uma concretização (não mostrada), cada cápsula de aditivo 11 compreende um material sólido que se quebra, por exemplo, formando um pó, quando uma força externa é aplicada ao componente do artigo de fumo 3 para permitir que o aditivo seja arrastado no gás que flui através da cavidade 8. As partículas de acetato de celulose 12 ajudam a quebrar as cápsulas de aditivo 11 para formar o pó.

[0078] Em algumas concretizações, o componente de artigo de fumo 3 compreende entre 20 a 100 cápsulas de aditivo 11. Tem sido verificado que este número de cápsulas de aditivo 11 ajuda a maximizar a proporção de cápsulas de aditivo 11 que são rompidas quando o usuário aplica a força ao componente do artigo de fumo 3 e, portanto, maximiza a quantidade de aditivo que é liberada no fluxo de fumaça. Preferivelmente, o número de cápsulas de aditivo 11 está entre 40 a 80, o tem sido verificado para aumentar ainda mais a proporção de cápsulas de aditivo 11 que estão rompidas. Em uma concretização, o componente do artigo de fumo 3 compreende entre 50 a 70 cápsulas de aditivo e pode compreender cerca de 60 cápsulas de aditivo 11. No entanto, deve ser reconhecido que em outras concretizações o componente do artigo de fumo 3 pode compreender mais ou menos cápsulas de aditivo 11. Em algumas concretizações, o componente do artigo de fumo 3 compreende entre 20 a 100 e, preferivelmente, entre 40 a

80 ou 50 a 70, partículas de acetato de celulose 12. Em algumas concretizações, o componente do artigo de fumo 3 compreende entre 60 a 140 mg de acetato de celulose partículas 12 e, preferivelmente, entre 80 a 120 mg de partículas de acetato de celulose 12. Em uma concretização, o componente do artigo de fumo 3 compreende substancialmente 100 mg de partículas de acetato de celulose 12.

[0079] Um diagrama de blocos esquemático de um método de fabricação de um componente de artigo de fumo 3 de acordo com uma concretização é mostrado na Fig. 7.

[0080] O método compreende as etapas de provisão (etapa S1) de uma pluralidade de partículas de acetato de celulose 12; provisão (etapa S2) de uma pluralidade de cápsulas de aditivo 11; e, localização (etapa S3) das partículas de acetato de celulose 12 e cápsulas de aditivo 11 em uma cavidade 8.

[0081] O método também pode compreender a provisão dos primeiro e segundo tampões 9, 10 que estão espaçadas para além de tal modo que a cavidade 8 é formada entre as mesmas. O primeiro e o segundo tampões 9, 10 podem ser providos em um envoltório de tampão 16. A etapa (S1) de provisão das partículas de acetato de celulose 12 na cavidade 8 pode compreender localização das partículas de acetato de celulose 12 no envoltório de tampão 16 entre os tampões 9, 10. A etapa (S2) de provisão das cápsulas de aditivo 11 na cavidade 8 pode compreender a localização das cápsulas de aditivo 11 no envoltório de tampão 16 entre os tampões 9, 10. As cápsulas de aditivo 11 e as partículas de acetato de celulose 12 podem ser providas na cavidade 8 em qualquer ordem ou simultaneamente. Em uma concretização, os cavacos de acetato de celulose 12 e as cápsulas de aditivo 11 são misturados e, em seguida, despejados no envoltório de tampão 16 entre os tampões 9, 10.

[0082] O método pode compreender também o fechamento da cavidade 8 para reter as partículas de acetato de celulose 12 e cápsulas de aditivo 11 dentro da cavidade 8. A etapa de fechamento da cavidade 8 para reter os cavacos de acetato de celulose 12 e as cápsulas de aditivo 11 dentro da cavidade 8 pode compreender o envolvimento do envoltório de tampão 16 em torno dos tampões 9, 10 de modo que o envoltório de tampão 16 circunscreva a cavidade 8. O componente de artigo de fumo 3 pode então ser fixado a uma haste de tabaco 2 por um papel de filtro 4 para formar um artigo de fumo 1.

[0083] Em uma concretização alternativa, o envoltório de tampão 16 é enrolado em um dos primeiro e segundo tampões 9, 10, de modo que o envoltório de tampão 16 estenda o referido um dos primeiro e segundo tampões 9, 10 para formar a cavidade 8. Os cavacos de acetato de celulose 12 e as cápsulas de aditivo 11 são então derramados na cavidade 8 e, em seguida, o outro do primeiro e segundo tampões 9, 10 é inserido no envoltório de tampão 16 de modo que o referido outro do primeiro e segundo tampões 9, 10 seja circunscrito pelo envoltório de tampão 16 e envolva a cavidade 8.

[0084] Em algumas concretizações, as partículas de acetato de celulose 12 são formadas a partir de extrusão de acetato de celulose plastificado, e, em seguida, o corte ou a trituração do acetato de celulose extrudado e plastificado, para formar as partículas de acetato de celulose 12. No entanto, deve ser reconhecido que em concretizações alternativas as partículas de acetato de celulose 12 são formadas por um processo diferente,

por exemplo, por moldagem. Numa concretização, uma porção de acetato de celulose plastificado é fabricada que é maior do que as partículas de acetato de celulose 12 que estão a serem produzidas, e as partículas de acetato de celulose 12 são formadas por corte de cavacos a partir da porção de acetato de celulose plastificado.

[0085] O aditivo pode compreender um aromatizante. Conforme usado neste documento, os termos "aroma" e "aromatizante" referem-se a materiais que, onde os regulamentos locais permitirem, podem ser usados para criar um sabor ou aroma desejado em um produto para consumidores adultos. Eles podem incluir extratos (por exemplo, alcaçuz, hortênsia, folha de magnólia japonesa de casca branca, camomila, feno-grego, cravo, mentol, hortelã japonesa, anis, canela, erva, gaultéria, cereja, baga, pêssego, maçã, Drambuie, bourbon, whisky escocês, whisky, hortelã, hortelã-pimenta, lavanda, cardamomo, aipo, cascarilla, noz-moscada, sândalo, bergamota, gerânio, essência de mel, óleo de rosa, baunilha, óleo de limão, óleo de laranja, cássia, cominho, conhaque, jasmim, ylang-ylang, sálvia, erva-doce, pimentão, gengibre, erva-doce, coentro, café ou um óleo de hortelã de qualquer espécie do gênero Mentha), intensificadores de sabor, bloqueadores do sítio receptor do amargor, ativadores ou estimuladores do sítio receptor sensorial, açúcares e/ou substitutos do açúcar (por exemplo, sucralose, acessulfame de potássio, aspartame, sacarina, ciclamatos, lactose, sacarose, glicose, frutose, sorbitol ou manitol) e outros aditivos, como carvão, clorofila, minerais, botânicos ou agentes refrescantes de hálito. Eles podem ser ingredientes de imitação, sintéticos ou naturais ou misturas dos mesmos. Eles podem estar em qualquer forma adequada, por exemplo, óleo, líquido ou pó.

[0086] Em algumas concretizações, as partículas são partículas abrasivas.

[0087] Nas concretizações descritas acima, as partículas compreendem acetato de celulose. No entanto, deve-se reconhecer que em concretizações alternativas as partículas podem compreender um material diferente, por exemplo, polietileno (PE), cloreto de polivinila (PVC), polipropileno (PP), policarbonato (PC) ou acrílico (PMMA).

[0088] Na presente concretização, o componente do artigo de fumo 3 tem a forma de um filtro de artigo de fumo 3. No entanto, deve ser reconhecido que em concretizações alternativas (não mostradas) o componente do artigo de fumo 3 tem uma configuração diferente. Por exemplo, o componente do artigo de fumo 3 pode compreender parte de um dispositivo gerador de aerossol, como um cigarro eletrônico, que pode não compreender um filtro.

[0089] Tal como aqui utilizado, o termo "artigo de fumo" inclui produtos fumáveis, como cigarros, charutos e cigarrilhas, seja à base de tabaco, derivados do tabaco, tabaco expandido, tabaco reconstituído ou substitutos do tabaco e também produtos de aquecimento sem queima, dispositivos de aquecimento do tabaco e outro produto de entrega de nicotina, como dispositivos de geração de aerossol, incluindo cigarros eletrônicos. O artigo de fumo pode ser provido com um filtro para o fluxo gasoso aspirado pelo fumante.

[0090] A fim de resolver várias questões e avançar a técnica, a totalidade da presente memória descritiva mostra, a título de ilustração de várias concretizações em que as invenções reivindicadas podem ser praticadas e prover para uma rede compósita superior e método de fabricação de um componente elementar do artigo de fumo.

As vantagens e características da divulgação são apenas uma amostra representativa de concretizações e não são exaustivas e/ou exclusivas.

Elas são apresentadas apenas para ajudar a compreender e ensinar os recursos reivindicados.

Deve ser entendido que vantagens, concretizações, exemplos, funções, recursos, estruturas e/ou outros aspectos da divulgação não devem ser considerados limitações na divulgação conforme definido pelas reivindicações ou limitações em equivalentes às reivindicações, e que outras concretizações podem ser utilizadas e modificações podem ser feitas sem se afastar do escopo e/ou espírito da divulgação.

Várias concretizações podem compreender adequadamente, consistir em, ou consistir essencialmente em várias combinações dos elementos, componentes, recursos, peças, etapas, meios, etc. divulgados.

Além disso, a divulgação inclui outras invenções não reivindicadas atualmente, mas que podem ser reivindicadas no futuro.

Claims (30)

REIVINDICAÇÕES

1. Componente de produto da indústria do tabaco caracterizado pelo fato de que compreende: uma parede circunscrevendo uma cavidade; uma pluralidade de cápsulas de aditivo dispostas na cavidade; e, uma pluralidade de partículas dispostas na cavidade e configuradas de modo que, em uso, as partículas promovam a quebra das cápsulas de aditivo mediante a aplicação de uma força externa à parede do componente de produto da indústria do tabaco por um usuário, em que as partículas compreendem um material contendo uma densidade de partícula de pelo menos 1 g/cc.

2. Componente de produto da indústria do tabaco, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que as partículas compreendem um plastificante.

3. Componente de produto da indústria do tabaco, de acordo com a reivindicação 1 ou reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que as partículas compreendem um material polimérico e, preferencialmente, plástico.

4. Componente de produto da indústria do tabaco, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que as partículas compreendem acetato de celulose.

5. Componente de produto da indústria do tabaco, de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que as partículas compreendem cavacos de acetato de celulose.

6. Componente de produto da indústria do tabaco, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de que as partículas compreendem uma ou mais formações de superfície configuradas para promover a quebra das cápsulas de aditivo.

7. Componente de produto da indústria do tabaco, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de que as partículas têm uma área superficial média menor do que 50 metros quadrados por grama e, de preferência, menor do que 30, 20, 10, 5 ou 3 metros quadrados por grama.

8. Componente de produto da indústria do tabaco, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que as partículas são formadas a partir de um material com uma dureza Rockwell de pelo menos 25 na escala R e, preferencialmente, pelo menos 30, pelo menos 40, pelo menos 50, pelo menos 60, pelo menos 70, pelo menos 80, pelo menos 90 ou pelo menos 100 na escala R.

9. Componente de produto da indústria do tabaco, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de que as partículas têm uma dureza tipo ball-pan maior que 95% e, preferencialmente, maior que 96%, 97%, 98% ou 99%.

10. Componente de produto da indústria do tabaco, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado pelo fato de que as cápsulas de aditivo têm um diâmetro entre 0,6 e 1,4 mm e, preferencialmente, um diâmetro de cerca de 1 mm.

11. Componente de produto da indústria do tabaco, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado pelo fato de que as partículas têm um tamanho de partícula entre 1 e 2,4 mm e, de preferência, um tamanho de partícula entre 1,4 e 2 mm.

12. Componente de produto da indústria do tabaco, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizado pelo fato de que compreende entre 20 e 100 cápsulas de aditivo e, preferencialmente, entre 40 e 80 cápsulas de aditivo.

13. Produto da indústria do tabaco, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 12, caracterizado pelo fato de que as cápsulas de aditivo têm uma resistência à ruptura média entre 3 N e 5 N e, de preferência, entre 3,5 N e 4,5N.

14. Componente de produto da indústria do tabaco, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 13, caracterizado pelo fato de que a cavidade tem um comprimento entre 4 e 12 mm e, preferencialmente, tem um comprimento entre 6 e 10 mm.

15. Componente de produto da indústria do tabaco, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 14, caracterizado pelo fato de que compreende um corpo de material de filtração que compreende a cavidade e, preferencialmente, em que o corpo compreende primeira e segunda seções de material de filtração e a cavidade está disposta entre as primeira e segunda seções.

16. Componente de produto da indústria do tabaco, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 15, caracterizado pelo fato de que compreende também um envoltório de tampão que circunscreve a cavidade.

17. Componente de produto da indústria do tabaco, de acordo com a reivindicação 16, caracterizado pelo fato de que o envoltório de tampão compreende um revestimento impermeável.

18. Componente de produto da indústria do tabaco, de acordo com a reivindicação 16 ou reivindicação 17, caracterizado pelo fato de que o envoltório de tampão tem um peso base de pelo menos 60 gsm.

19. Componente de produto da indústria do tabaco, de acordo com qualquer uma das reivindicações 16 a 18, caracterizado pelo fato de que o envoltório de tampão tem uma espessura de pelo menos 35 micrômetros.

20. Componente de produto da indústria do tabaco, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 19, caracterizado pelo fato de que compreende ainda uma superfície externa que compreende um indicador configurado para indicar ao usuário onde a força externa deve ser aplicada ao componente de produto da indústria do tabaco.

21. Produto da indústria do tabaco caracterizado pelo fato de que compreende um componente de produto da indústria do tabaco, conforme definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 20.

22. Método de fabricação de um componente de produto da indústria do tabaco caracterizado pelo fato de que compreende: fornecer uma pluralidade de partículas compreendendo um material contendo uma densidade de partícula de pelo menos 1 g/cc; fornecer uma pluralidade de cápsulas de aditivo; e, localizar as partículas e cápsulas de aditivo em uma cavidade.

23. Método, de acordo com a reivindicação 22, caracterizado pelo fato de que as partículas têm um tamanho de partícula entre 1 a 2,4 mm e, preferencialmente, um tamanho de partícula entre 1,4 a 2 mm.

24. Método, de acordo com a reivindicação 22 ou reivindicação 23, caracterizado pelo fato de que as partículas compreendem acetato de celulose.

25. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 22 a 24, caracterizado pelo fato de que as partículas compreendem um plastificante.

26. Método de fabricação de uma pluralidade de partículas para um componente de produto da indústria do tabaco, o método caracterizado pelo fato de que compreende: fornecer um material e; formar o material em uma pluralidade de partículas, em que o material das partículas tem uma densidade de partícula de pelo menos 1 g/cc.

27. Método, de acordo com a reivindicação 26, caracterizado pelo fato de que formação do material em uma pluralidade de partículas inclui a extrusão do material.

28. Método, de acordo com a reivindicação 26 ou reivindicação 27, caracterizado pelo fato de que a formação do material em uma pluralidade de partículas inclui o corte ou trituração do material.

29. Método de fabricação de um componente de produto da indústria do tabaco, caracterizado pelo fato de que compreende a fabricação de uma pluralidade de partículas, de acordo com qualquer uma das reivindicações 26 a 28.

30. Uso de uma pluralidade de partículas compreendendo um material com uma densidade de partícula de pelo menos 1 g/cc caracterizado pelo fato de que é na fabricação de um componente de produto da indústria do tabaco.