BR112020016870A2 - Acessórios tridimensionais - Google Patents

Acessórios tridimensionais Download PDF

Info

Publication number
BR112020016870A2
BR112020016870A2 BR112020016870-0A BR112020016870A BR112020016870A2 BR 112020016870 A2 BR112020016870 A2 BR 112020016870A2 BR 112020016870 A BR112020016870 A BR 112020016870A BR 112020016870 A2 BR112020016870 A2 BR 112020016870A2
Authority
BR
Brazil
Prior art keywords
accessory
fabric
stapling
contact surface
struts
Prior art date
Application number
BR112020016870-0A
Other languages
English (en)
Inventor
Jason L. Harris
Michael J. Vendely
Mark S. Zeiner
Frederick E. Shelton Iv
Chester O. Baxter Iii
Original Assignee
Ethicon Llc
Priority date (The priority date is an assumption and is not a legal conclusion. Google has not performed a legal analysis and makes no representation as to the accuracy of the date listed.)
Filing date
Publication date
Priority claimed from US15/901,731 external-priority patent/US11006950B2/en
Application filed by Ethicon Llc filed Critical Ethicon Llc
Publication of BR112020016870A2 publication Critical patent/BR112020016870A2/pt

Links

Abstract

a presente invenção se refere a conjuntos de grampeamento para uso com um grampeador cirúrgico e a métodos para a fabricação dos mesmos. são fornecidos também acessórios tridimensionais para uso com um conjunto de grampeamento cirúrgico e métodos para a fabricação dos mesmos.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "ACESSÓ- RIOS TRIDIMENSIONAIS".
CAMPO
[0001] A presente invenção refere-se a acessórios tridimensionais e a métodos de fabricação dos mesmos.
ANTECEDENTES
[0002] Grampeadores cirúrgicos são usados em procedimentos cirúr- gicos para fechar aberturas em tecidos, vasos sanguíneos, dutos, "shunts" (anastomoses) ou outros objetos ou partes do corpo envolvidas no proce- dimento específico. As aberturas podem ser de ocorrência natural, como passagens em vasos sanguíneos ou um órgão interno como o estômago, ou podem ser formadas pelo cirurgião durante um procedimento cirúrgico, como mediante uma perfuração em um tecido ou vasos sanguíneos para formar um desvio ou uma anastomose, ou mediante o corte de um tecido durante um procedimento de grampeamento.
[0003] Para alguns grampeadores cirúrgicos, o cirurgião precisa selecionar os grampos adequados e com a altura apropriada para o tecido que está sendo grampeado. Por exemplo, um cirurgião poderia selecionar grampos altos para uso com um tecido espesso e grampos curtos para uso com um tecido delgado. Em alguns casos, entretanto, o tecido que é grampeado não tem uma espessura consistente e, dessa forma, os grampos não podem alcançar a configuração de dis- paro desejada em cada local de grampeamento. Como resultado, não é possível formar uma vedação desejável em ou próximo a todos os locais de grampeamento, permitindo, assim, que sangue, ar, fluidos gastrointestinais e outros fluidos se infiltrem nos locais não vedados.
[0004] Além disso, grampos, bem como outros objetos e materiais que podem ser implantados em conjunto com procedimentos como grampeamento, em geral são desprovidos de algumas características do tecido no qual são implantados. Por exemplo, grampos e outros ob- jetos e materiais podem não ter a flexibilidade natural do tecido no qual são implantados e, portanto, não são capazes de suportar as pressões intratecido variáveis no local de sua implantação. Isso pode levar a ras- gos indesejáveis do tecido e, consequentemente, a vazamentos em ou próximo ao local de grampeamento.
[0005] Portanto, existe uma necessidade de instrumentos e métodos aprimorados que resolvam os problemas atuais com grampeadores cirúr- gicos.
SUMÁRIO
[0006] São apresentados conjuntos de grampeamento para uso com um grampeador cirúrgico.
[0007] Em uma modalidade exemplificadora, é fornecido um conjunto de grampeamento que pode incluir um corpo que tem uma pluralidade de grampos dispostos no mesmo. A pluralidade de grampos pode ser confi- gurada para ser implantada em tecido. O corpo pode ter uma primeira ex- tremidade, uma segunda extremidade e um eixo geométrico longitudinal que se estende entre as mesmas. O conjunto de grampeamento pode in- cluir também um acessório tridimensional compressível que é formado a partir de uma matriz que inclui pelo menos um polímero bioabsorvível fun- dido. O acessório pode ser configurado para ser retido de maneira liberável sobre o corpo de modo que o acessório possa ser fixado ao tecido pela pluralidade de grampos no corpo. O acessório pode ter uma superfície de contato com o tecido, uma superfície de contato com o corpo que é oposta à superfície de contato com o tecido e uma estrutura interna que se es- tende entre essas superfícies. Espaços vazios podem estar presentes na superfície de contato com o tecido e na estrutura interna para permitir que uma porção do tecido penetre através da superfície de contato com o te- cido e para dentro da estrutura interna quando o acessório é fixado ao tecido pela pluralidade de grampos.
[0008] Em um aspecto, o acessório pode ser configurado para apli- car uma tensão de pelo menos cerca de 3 g/mm2 ao tecido grampeado ao acessório durante pelo menos 3 dias quando o acessório estiver em um estado implantado no tecido.
[0009] Os espaços vazios podem ter uma variedade de configura- ções. Por exemplo, os espaços vazios podem ser de tamanhos varia- dos. Em uma modalidade, pelo menos uma porção dos espaços vazios pode ter, cada um, um diâmetro de cerca de 70% a 170% de um diâ- metro de uma perna de grampo de cada grampo da pluralidade de grampos. Em uma outra modalidade, os espaços vazios dentro da es- trutura interna podem ter, cada um, um diâmetro na faixa de cerca de 200 µm a 610 µm. Em ainda outra modalidade, os espaços vazios den- tro da superfície de contato com o tecido podem ter, cada um, um diâ- metro que é de pelo menos cerca de 14 µm.
[0010] Em alguns aspectos, a estrutura interna pode incluir espa- ços vazios que se estendem verticalmente entre a superfície de con- tato com o tecido e a superfície de contato com o corpo. Os espaços vazios podem ser configurados para melhorar o avanço das pernas de grampo através da estrutura interna.
[0011] Em determinados aspectos, a estrutura interna pode incluir uma pluralidade de escoras interconectadas que definem os espaços vazios na mesma. Em uma modalidade, a pluralidade de escoras in- terconectadas pode incluir zonas de flexão que podem ser configura- das para se flexionar para permitir que o acessório comprima. Em uma outra modalidade, pelo menos uma porção da pluralidade de escoras interconectadas pode ter, cada escora, uma seção transversal variável.
[0012] Em alguns aspectos, os espaços vazios formam uma rede substancialmente contínua de aberturas ao longo de todo o acessório. Em outros aspectos, os espaços vazios podem ser configurados para restringir o movimento do tecido ao longo da superfície de contato com o tecido em uma direção substancialmente paralela ao eixo geométrico longitudinal do corpo.
[0013] Em um aspecto, os espaços vazios podem estar presentes na superfície de contato com o corpo, sendo que cada espaço vazio pode ter uma dimensão que se estende ao menos parcialmente atra- vés da superfície de contato com o corpo.
[0014] Em uma outra modalidade exemplificadora, pode ser forne- cido um conjunto de grampeamento que inclui um corpo que tem uma pluralidade de grampos dispostos no mesmo. A pluralidade de gram- pos pode ser configurada para ser implantada em tecido. O conjunto de grampeamento pode incluir também um acessório tridimensional compressível que é formado a partir de uma matriz que inclui pelo me- nos um polímero bioabsorvível fundido. O acessório pode ser configu- rado para ser retido de maneira liberável sobre o corpo de modo que o acessório possa ser fixado ao tecido pela pluralidade de grampos no corpo. O acessório pode incluir uma estrutura de retícula que tem uma superfície de contato com o tecido e uma superfície de contato com o corpo. Aberturas com tamanhos variados podem estar presentes den- tro da estrutura de retícula interna para formar uma rede substancial- mente contínua de canais para promover o crescimento de tecido.
[0015] Em um aspecto, pelo menos uma porção das aberturas pode se estender através da superfície de contato com corpo. Em um outro as- pecto, a estrutura de retícula pode incluir zonas de flexão configuradas para se flexionar para permitir que o acessório se comprima.
[0016] Em determinados aspectos, o acessório pode ser configurado para aplicar uma tensão de pelo menos cerca de 3 g/mm2 ao tecido gram- peado ao acessório durante pelo menos 3 dias quando o acessório estiver em um estado implantado no tecido.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[0017] Esta invenção será compreendida mais completamente a partir da descrição detalhada a seguir em conjunto com os desenhos anexos, nos quais:
[0018] a Figura 1 é uma vista em perspectiva de uma modalidade exemplificadora de um instrumento de grampeamento e corte cirúrgico convencional;
[0019] a Figura 2 é uma vista em perspectiva de um deslizador em cunha de um cartucho de grampos do instrumento de grampeamento e corte cirúrgico da Figura 1;
[0020] a Figura 3 é uma vista em perspectiva de uma faca e uma barra de disparo ("haste com perfil em E") do instrumento de grampeamento e corte cirúrgico da Figura 1;
[0021] a Figura 4 é uma vista em seção transversal longitudinal de um cartucho cirúrgico que pode ser disposto dentro do instrumento de grampeamento e corte cirúrgico da Figura 1;
[0022] a Figura 5 é uma vista de topo de um grampo em uma configu- ração não disparada (pré-posicionado) que pode ser disposto dentro do cartucho de grampos do conjunto de cartucho cirúrgico da Figura 4;
[0023] a Figura 6 é uma vista em seção transversal longitudinal de uma modalidade exemplificadora de um conjunto de cartucho cirúrgico que tem um acessório fixado a uma plataforma do cartucho;
[0024] a Figura 7 é uma ilustração esquemática do acessório da Fi- gura 6 em um estado implantado no tecido;
[0025] a Figura 8A é uma vista em perspectiva de uma modalidade exemplificadora de um acessório que tem uma pluralidade de unidades de repetição de escoras interconectadas;
[0026] a Figura 8B é uma vista ampliada de uma unidade de repetição do acessório mostrado na Figura 8A tomada em 8B;
[0027] a Figura 9A é uma ilustração esquemática da unidade de re- petição da Figura 8B em um estado pré-comprimido;
[0028] a Figura 9B é uma ilustração esquemática da unidade de re- petição da Figura 8B em um primeiro estado comprimido;
[0029] a Figura 9C é uma ilustração esquemática da unidade de re- petição mostrada na Figura 8B em um segundo estado comprimido;
[0030] a Figura 10 é uma ilustração gráfica da relação entre rigidez e compressão de um acessório;
[0031] a Figura 11A é uma vista em perspectiva de uma modalidade exemplificadora de um acessório que tem uma pluralidade de escoras in- terconectadas e recursos de conectividade interna;
[0032] a Figura 11B é uma vista em seção transversal do acessório mostrado na Figura 11A tomada em 11B;
[0033] a Figura 12A é uma vista em perspectiva de outra modalidade exemplificadora de um acessório que tem uma pluralidade de escoras in- terconectadas e membros de ligação;
[0034] a Figura 12B é uma vista ampliada de uma unidade de repeti- ção do acessório mostrado na Figura 12A tomada em 12B;
[0035] a Figura 13A é uma vista em perspectiva de outra modali- dade exemplificadora de um acessório que tem uma pluralidade de es- coras de um primeiro material que são interconectadas em articulações ou nós de um segundo material;
[0036] a Figura 13B é uma vista ampliada de uma unidade de repeti- ção do acessório mostrado na Figura 13A tomada em 13B;
[0037] a Figura 14 é uma vista em perspectiva de ainda outra modali- dade exemplificadora de uma unidade de repetição de escoras interconec- tadas com formatos de extremidade;
[0038] a Figura 15 é uma vista em perspectiva de um acessório de acordo com outra modalidade que tem uma pluralidade de escoras e pelo menos um elemento de bloqueio;
[0039] a Figura 16 é uma vista em perspectiva de uma modalidade exemplificadora de um acessório que tem uma pluralidade de escoras que têm formato substancialmente espiral;
[0040] a Figura 17 é uma vista em perspectiva de outra modalidade exemplificadora de um acessório que inclui uma pluralidade de escoras sob a forma de colunas verticais com comprimentos diferentes;
[0041] a Figura 18A é uma ilustração esquemática do acessório mostrado na Figura 17 em uma altura pré-comprimida;
[0042] a Figura 18B é uma ilustração esquemática do acessório mostrado na Figura 17 em uma primeira altura comprimida;
[0043] a Figura 18C é uma ilustração esquemática do acessório mostrado na Figura 17 em uma segunda altura comprimida;
[0044] a Figura 19 é uma vista lateral de uma modalidade exemplifi- cadora de um acessório que inclui uma pluralidade de escoras sob a forma de colunas verticais e colunas curvas;
[0045] a Figura 20 é uma representação gráfica do comportamento mecânico do acessório mostrado na Figura 19 ao longo de uma faixa de compressões;
[0046] a Figura 21A é uma vista em perspectiva de outra modali- dade exemplificadora de um acessório que tem um canal configurado para receber um elemento de corte e dotado de abas para fixar o aces- sório a um cartucho de grampos;
[0047] a Figura 21B é uma modalidade exemplificadora de um con- junto de cartucho de grampos que tem o acessório mostrado na Figura 21A fixado ao corpo do cartucho; e
[0048] a Figura 22 é uma modalidade exemplificadora de um acessó- rio que tem membros de ligação.
DESCRIÇÃO DETALHADA
[0049] Certas modalidades exemplificadoras serão agora descritas para fornecer um entendimento geral dos princípios da estrutura, da função, da fabricação e do uso dos instrumentos e métodos aqui reve- lados. Um ou mais exemplos dessas modalidades são ilustrados nos desenhos em anexo. Os versados na técnica entenderão que os ins- trumentos, sistemas e métodos especificamente aqui descritos e ilus- trados nos desenhos em anexo são modalidades exemplificadoras não limitadoras e que o escopo da presente invenção é definido exclusiva- mente pelas reivindicações. Os recursos ilustrados ou descritos em re- lação a uma modalidade exemplificadora podem ser combinados com os recursos de outras modalidades. Tais modificações e variações destinam-se a estar incluídas no escopo da presente invenção.
[0050] Adicionalmente, na presente revelação, componentes com nomes iguais nas modalidades têm, em geral, recursos similares e, dessa forma, em uma modalidade particular, nem todos os recursos de cada componente com os mesmos nomes são necessariamente des- critos em detalhes. Adicionalmente, na medida em que dimensões li- neares ou circulares são usadas na descrição dos instrumentos, siste- mas e métodos aqui revelados, tais dimensões não se destinam a limi- tar os tipos de formatos que podem ser usados em combinação com tais instrumentos, sistemas e métodos. Um versado na técnica reco- nhecerá que um equivalente a tais dimensões lineares e circulares pode facilmente ser determinado para qualquer formato geométrico. Os tamanhos e formatos dos sistemas e instrumentos, bem como de seus componentes, podem depender ao menos da anatomia do indiví- duo no qual os sistemas e instrumentos serão usados, do tamanho e do formato dos componentes com os quais os sistemas e instrumentos serão usados, e dos métodos e procedimentos nos quais os dispositi- vos serão usados.
[0051] Será reconhecido que os termos "proximal" e "distal" são usa- dos aqui com referência a um usuário, por exemplo um médico, que se- gura a empunhadura de um instrumento. Outros termos espaciais como "frontal" e "traseiro" correspondem de modo similar a distal e proximal, res-
pectivamente. Será entendido ainda que, para conveniência e clareza, ter- mos espaciais como "vertical" e "horizontal" são usados na presente in- venção em relação aos desenhos. Entretanto, os instrumentos cirúrgicos são usados em muitas orientações e posições, e tais termos espaciais não se destinam a serem limitadores e absolutos.
[0052] Valores ou faixas podem ser aqui expressos como "cerca de" e/ou a partir de/de "cerca de" um valor específico até um outro valor específico. Quando tais valores ou faixas são expressos, outras moda- lidades reveladas incluem o valor específico mencionado e/ou a partir do/do valor específico até um outro valor específico. De modo similar, quando os valores são expressos como aproximações, pelo uso do an- tecedente "cerca de", deve-se compreender que aqui são apresenta- dos vários valores e que o valor específico constitui uma outra modali- dade. Será adicionalmente entendido que vários valores são apresen- tados em seu interior, e que cada valor também é revelado na presente invenção como "cerca de" aquele valor específico além do próprio va- lor. Em modalidades, "cerca de" pode ser usado para significar, por exemplo, dentro de 10% do valor mencionado, dentro de 5% do valor mencionado ou dentro de 2% do valor mencionado.
[0053] Para os propósitos de descrever e definir os presentes en- sinamentos, nota-se que, exceto quando indicado em contrário, o termo "substancialmente" é usado na presente invenção para repre- sentar o grau inerente de incerteza que pode ser atribuído a qualquer comparação quantitativa, valor, medida ou outra representação. O termo "substancialmente" é também usado na presente invenção para representar o grau no qual uma representação quantitativa pode variar a partir de uma referência estabelecida sem resultar em uma mudança na função básica da matéria em questão.
[0054] Os conjuntos de grampeamento cirúrgico e métodos de fa- bricação dos mesmos e para grampeamento de tecido são fornecidos.
De modo geral, a presente invenção fornece um conjunto de grampea- mento que tem um corpo (por exemplo, um corpo de cartucho de gram- pos ou de atuador de extremidade) com uma pluralidade de grampos disposta em seu interior. O conjunto de grampeamento inclui também um acessório tridimensional compressível que é formado a partir de uma matriz que inclui pelo menos um polímero bioabsorvível fundido e é con- figurado para ser retido de maneira liberável sobre o corpo. O acessório pode ser retido de maneira liberável ao corpo de modo que quando um grampo é disparado a partir do corpo e implantado no tecido, pelo me- nos uma porção do acessório pode se fixar ao tecido capturado pelo grampo. Conforme aqui discutido, o acessório pode ser configurado para compensar as variações nas propriedades do tecido, como varia- ções na espessura do tecido, e/ou promover crescimento interno do te- cido quando o acessório está grampeado ao tecido. Por exemplo, o acessório pode ser configurado para aplicar uma tensão de pelo menos cerca de 3 g/mm2 ao tecido durante pelo menos 3 dias quando em um estado implantado no tecido (por exemplo, quando o acessório está grampeado ao tecido in vivo).
[0055] Um conjunto de grampeamento exemplificador pode incluir uma variedade de recursos para facilitar a aplicação de um grampo cirúrgico, conforme descrito aqui e ilustrado nos desenhos. Entretanto, um elemento versado na técnica reconhecerá que o conjunto de gram- peamento pode incluir apenas alguns desses recursos e/ou pode in- cluir uma variedade de outros recursos conhecidos na técnica. Os con- juntos de grampeamento aqui descritos destinam-se a representar apenas algumas modalidades exemplificadoras. Além disso, embora os acessórios sejam descritos em conexão com conjuntos de cartucho de grampos cirúrgicos, e não precisam ser substituíveis, os acessórios podem ser usados em conexão com recargas de grampos que não se baseiam em cartuchos ou qualquer tipo de instrumento cirúrgico.
[0056] A Figura 1 ilustra um instrumento de grampeamento e corte cirúrgico 100 exemplificador adequado para uso com um acessório im- plantável. O instrumento de grampeamento e corte cirúrgico 100 ilus- trado inclui um conjunto de aplicação de grampos 106 ou um atuador de extremidade que tem uma bigorna 102 acoplada de modo articulado a um canal de grampos alongado 104. O conjunto de aplicação de grampos 106 pode ser fixado em sua extremidade proximal a um eixo de acionamento alongado 108 formando uma porção de implementa- ção 110. Quando o conjunto de aplicação de grampos 106 está fe- chado, ou pelo menos substancialmente fechado, a porção de imple- mentação 110 pode apresentar uma seção transversal suficientemente pequena adequada para inserir o conjunto de aplicação de grampos 106 através de um trocarte. Embora o instrumento 100 seja configu- rado para grampear e cortar tecido, instrumentos cirúrgicos configura- dos para grampear mas não cortar o tecido também são contemplados pela presente invenção.
[0057] Em vários casos, o conjunto de aplicação de grampos 106 pode ser manipulado por meio de uma empunhadura 112 conectada ao eixo de acionamento alongado 108. A empunhadura 112 pode in- cluir controles de usuário, como um botão giratório 114 que gira o eixo de acionamento alongado 108 e o conjunto de aplicação de grampos 106 em torno de um eixo geométrico longitudinal do eixo de aciona- mento alongado 108, e um gatilho de fechamento 116 que pode ser articulado na frente de uma empunhadura da pistola 118 para fechar o conjunto de aplicação de grampos 106. O botão de liberação de fecha- mento 120 pode ficar voltado para fora na empunhadura 112 quando o gatilho de fechamento 116 está acionado, e, desse modo, o botão de liberação de fechamento 120 pode ser pressionado para liberar o gati- lho de fechamento 116 e abrir o conjunto de aplicação de grampos 106, por exemplo.
[0058] Um gatilho de disparo 122, que pode ser articulado na frente do gatilho de fechamento 116, pode fazer com que o conjunto de apli- cação de grampos 106 corte e grampeie simultaneamente o tecido preso em seu interior. Em vários casos, múltiplos cursos de disparo podem ser empregados com o uso do gatilho de disparo 122 para re- duzir a quantidade de força necessária a ser aplicada pela mão do ci- rurgião a cada curso. Em certas modalidades, a empunhadura 112 pode incluir um ou mais botões indicadores giratórios como, por exem- plo, o botão indicador giratório 124 que pode indicar o progresso de um disparo. Uma alavanca de liberação de disparo manual 126 pode permitir que o sistema de disparo seja retraído antes que o percurso de disparo total tenha sido completado, se for desejado, e, além disso, a alavanca de liberação de disparo 126 pode permitir que um cirurgião, ou outro médico, retraia o sistema de disparo caso o sistema de dis- paro trave e/ou falhe.
[0059] Detalhes adicionais sobre o instrumento de grampeamento e corte cirúrgico 100 e outros instrumentos de grampeamento e corte cirúr- gico adequados para uso com a presente revelação são fornecidos, por exemplo, na patente US n° 9.332.984 e na publicação de pedido de pa- tente US n° 2009/0090763, cujas revelações estão aqui incorporadas, por referência, em suas totalidades. Adicionalmente, o instrumento de gram- peamento e corte cirúrgico não precisa incluir uma empunhadura, mas, em vez disso, um gabinete, que é configurado para se acoplar a um robô ci- rúrgico, por exemplo, conforme descrito no pedido US n° 15/689.198, de- positado em 29 de agosto de 2017 para Frederick E. Shelton et al., cuja revelação está aqui incorporada, por referência, em sua totalidade.
[0060] Com referência às Figuras 2 e 3, um conjunto de disparo como, por exemplo, o conjunto de disparo 228, pode ser usado com um instrumento de grampeamento e corte cirúrgico, como o instrumento 100 mostrado na Figura 1. O conjunto de disparo 228 pode ser configurado para avançar um deslizador em cunha 230 dotado de uma pluralidade de cunhas 232 configuradas para implantar grampos a partir de um conjunto de aplicação de grampos, como o conjunto de aplicação de grampos 106 mostrado na Figura 1, para dentro do tecido capturado entre uma bigorna, como a bigorna 102 mostrada na Figura 1, e um canal de grampos alon- gado, como o canal 104 mostrado na Figura 1. Além disso, uma haste com perfil em E 233 em uma porção distal do conjunto de disparo 228 pode disparar os grampos a partir do conjunto de aplicação de grampos, bem como posicionar a bigorna em relação ao canal de grampos alon- gado durante o disparo. A haste com perfil em E 233 ilustrada inclui um par de pinos superiores 234, um par de pinos intermediários 236 que po- dem seguir a porção 238 do deslizador em cunha 230 e um pino inferior ou base 240. A haste com perfil em E 233 pode incluir também um gume cortante afiado 242 configurado para cortar o tecido capturado conforme o conjunto de disparo 228 é avançado distalmente. Além disso, um guia superior 244 e um guia intermediário 246, integralmente formados e que se projetam proximalmente e sustentam cada extremidade vertical do gume cortante 242, podem definir adicionalmente uma área de prepara- ção do tecido 248 para auxiliar a guiar o tecido até o gume cortante afiado 242 antes de ser cortado. O guia intermediário 246 pode servir também para engatar e disparar o conjunto de aplicação de grampos colocando em posição contígua um membro central em degrau 250 do deslizador em cunha 230 que promove a formação de grampos pelo conjunto de aplicação de grampos.
[0061] Com referência à Figura 4, um cartucho de grampos 400 pode ser utilizado com um instrumento de grampeamento e corte cirúr- gico, como o instrumento de grampeamento e corte cirúrgico 100 mos- trado na Figura 1, e pode incluir um corpo do cartucho 402 e uma plura- lidade de cavidades de grampo 404 dentro do corpo do cartucho 402.
Um grampo 406 pode ser posicionado de modo removível em cada ca- vidade de grampo 404. O grampo 406 em uma configuração não dispa- rada (pré-posicionada, não formada) é mostrado em mais detalhe na Figura 5. O cartucho de grampos 400 pode incluir também um canal longitudinal que pode ser configurado para receber um membro de dis- paro e/ou de corte, por exemplo, uma haste com perfil em E, como a haste com perfil em E 233 mostrada na Figura 3.
[0062] Cada grampo 406 pode incluir uma coroa (base) 406 C e uma ou mais pernas 406L que se estendem a partir da coroa 406 C. Antes de os grampos 406 serem implantados, as coroas 406 C dos grampos 406 podem ser sustentadas por acionadores de grampo 408 posicionados dentro do cartucho de grampos 400 e, simultaneamente, as pernas 406L dos grampos 406 podem ser ao menos parcialmente contidas dentro das cavidades de grampo 404. Adicionalmente, as pernas de grampo 406L dos grampos 406 podem se estender além da superfície de contato com o tecido 410 do cartucho de grampos 400 quando os grampos 406 estão em sua posição não disparada. Em certos casos, conforme mostrado na Figura 5, as pontas das pernas de grampo 406L podem ser agudas para fazer uma incisão e penetrar no tecido.
[0063] Em algumas implementações, os grampos podem incluir um ou mais revestimentos externos, por exemplo, um lubrificante à base de estearato de sódio e/ou um ou mais agentes antimicrobianos. O um ou mais agentes antimicrobianos podem ser aplicados aos grampos como seu próprio revestimento ou podem ser incorporados em outro revesti- mento na forma de um lubrificante. Exemplos não limitadores de agentes antimicrobianos adequados incluem 5-cloro-2-(2,4-diclorofenóxi)fenol, clo- rexidina, formulações de prata (como prata nanocristalina), éster etílico de arginato láurico (LAE), octenidina, poli-hexametileno biguanida (PHMB), taurolidina, ácido lático, ácido cítrico, ácido acético, e seus sais.
[0064] Os grampos 406 podem ser deformados ao passar de uma po- sição não disparada para uma posição disparada quando as pernas 406L se movem através das cavidades de grampo 404, penetram no tecido po- sicionado entre uma bigorna, como a bigorna 102 mostrada na Figura 1, e o cartucho de grampos 400, e entram em contato com a bigorna. Conforme as pernas 406L são deformadas em resultado do contato com a bigorna, as pernas 406L de cada grampo 406 podem capturar uma porção de tecido dentro de cada grampo 406 e aplicar uma força de compressão ao tecido. Adicionalmente, as pernas 406L de cada grampo 406 podem ser deforma- das para baixo em direção à coroa 406C do grampo 406 para formar uma área de aprisionamento de grampo dentro da qual o tecido pode ser cap- turado. Em vários casos, a área de aprisionamento de grampo pode ser definida entre as superfícies internas das pernas deformadas e a superfície interna da coroa do grampo. O tamanho da área de aprisionamento de um grampo pode depender de vários fatores como o comprimento das pernas, o diâmetro das pernas, a largura da coroa e/ou do grau de deformação das pernas, por exemplo.
[0065] Em uso, uma bigorna, como a bigorna 102 mostrada na Fi- gura 1, pode ser movida para uma posição fechada pressionando-se um gatilho de fechamento, como o gatilho de fechamento 116 mos- trado na Figura 1, para avançar uma haste com perfil em E, como a haste com perfil em E 233 mostrada na Figura 3. A bigorna pode posi- cionar o tecido contra uma superfície de contato com o tecido 410 do cartucho de grampos 400. Quando a bigorna estiver posicionada ade- quadamente, os grampos 406 podem ser implantados.
[0066] Para implantar os grampos 406, conforme discutido acima, um deslizador disparador de grampo, como o deslizador 230 mostrado na Figura 2, pode ser movido de uma extremidade proximal 400p para uma extremidade distal 400d do cartucho de grampos 400. Conforme um conjunto de disparo, como o conjunto de disparo 228 mostrado na Figura
3, é avançado, o deslizador pode entrar em contato com os acionadores de grampo 408 e levantar os acionadores de grampo 408 para cima den- tro das cavidades de grampo 404. Em pelo menos um exemplo, o desli- zador e os acionadores de grampo 408 podem, cada um, incluir uma ou mais rampas, ou superfícies inclinadas, que podem operar em conjunto para mover os acionadores de grampo 408 para cima a partir de suas posições não disparadas. Conforme os acionadores de grampo 408 são levantados para cima dentro de suas respectivas cavidades de grampo 404, os grampos 406 são avançados para cima, emergindo de suas ca- vidades de grampo 404 e penetrando no tecido. Em vários casos, o des- lizador pode mover vários grampos para cima ao mesmo tempo como parte de uma sequência de disparo.
[0067] Um versado na técnica reconhecerá que, embora os aces- sórios sejam mostrados e descritos conforme apresentado abaixo, os acessórios aqui revelados podem ser usados com outros instrumentos cirúrgicos e não precisam ser acoplados a um cartucho de grampos conforme descrito. Adicionalmente, um elemento versado na técnica reconhecerá também que os cartuchos de grampos não precisam ser substituíveis.
[0068] Conforme discutido acima, com alguns tipos de grampeado- res cirúrgicos, um cirurgião deve, com frequência, selecionar os grampos adequados com a altura de grampo apropriada para o tecido a ser gram- peado. Por exemplo, um cirurgião poderia selecionar grampos altos para uso com um tecido espesso e grampos curtos para uso com um tecido delgado. Em alguns casos, entretanto, o tecido que é grampeado não tem uma espessura consistente e, dessa forma, os grampos não podem alcançar a configuração de disparo desejada para cada seção do tecido grampeado (por exemplo, seções de tecido espesso e de tecido del- gado). A espessura inconsistente do tecido também pode causar vaza- mentos e/ou rasgos indesejáveis do tecido no local de grampeamento quando são usados grampos com a mesma ou substancialmente a mesma altura, particularmente quando o local de grampeamento é ex- posto a pressões intratecido no local de grampeamento e/ou ao longo da linha de grampos.
[0069] Consequentemente, são apresentadas aqui várias modali- dades de acessórios tridimensionalmente impressos que podem ser configurados para compensar a espessura variável do tecido que é capturado dentro de grampos disparados (implantados) para evitar a necessidade de se levar em conta a altura do grampo para o grampe- amento do tecido durante uma cirurgia. Ou seja, os acessórios aqui descritos podem permitir o uso de um conjunto de grampos de mesma altura ou de alturas similares para grampear um tecido de espessura variável (isto é, desde tecidos delgados até tecidos espessos), e ao mesmo tempo, em combinação com o acessório, possibilitar uma com- pressão de tecido adequada dentro e entre grampos disparados. Dessa forma, os acessórios aqui descritos podem manter uma com- pressão adequada contra um tecido delgado ou um tecido espesso grampeado aos mesmos para, assim, minimizar vazamentos e/ou ras- gos do tecido nos locais de grampeamento.
[0070] Alternativa ou adicionalmente, os acessórios tridimensional- mente impressos podem ser configurados para promover o crescimento interno do tecido. Em vários casos, é desejável promover o crescimento interno do tecido para dentro do acessório implantável, para promover a cura do tecido tratado (por exemplo, tecido grampeado e/ou cortado) e/ou para acelerar a recuperação do paciente. Mais especificamente, o crescimento interno do tecido para dentro de um acessório implantável pode reduzir a incidência, a extensão e/ou a duração de inflamação no sítio cirúrgico. O crescimento interno do tecido para dentro e/ou ao redor do acessório implantável pode controlar o espalhamento de infecções no sítio cirúrgico, por exemplo. O crescimento interno de vasos sanguí- neos, especialmente de células brancas do sangue, por exemplo, para dentro e/ou ao redor do acessório implantável pode combater infecções em e/ou ao redor do acessório implantável e do tecido adjacente. O crescimento interno do tecido pode também estimular a aceitação de matéria estranha (por exemplo, o acessório implantável e os grampos) pelo corpo do paciente e pode reduzir a probabilidade de o corpo do paciente rejeitar a matéria estranha. A rejeição de matéria estranha pode causar infecção e/ou inflamação no sítio cirúrgico.
[0071] Ao contrário dos acessórios convencionais (por exemplo, acessórios que não são tridimensionalmente impressos, como acessó- rios tecidos), os acessórios tridimensionalmente impressos da presente invenção podem ser formados com microestruturas (unidades) que são consistentes e reproduzíveis. Ou seja, ao contrário de outros métodos de fabricação, a impressão tridimensional (3D) melhora significativa- mente o controle sobre recursos microestruturais como, por exemplo, disposição e conexão de elementos. Como resultado, a variabilidade tanto em microestrutura(s) como em propriedades associadas do aces- sório é reduzida em comparação com a de acessórios tecidos conven- cionais. Por exemplo, esses acessórios tridimensionalmente impressos podem ser estruturados para comprimir uma quantidade predetermi- nada de modo substancialmente uniforme. O controle preciso sobre a microestrutura pode também permitir que a porosidade do acessório seja adaptada para melhorar o crescimento interno do tecido. Adicional- mente, os acessórios tridimensionalmente impressos aqui revelados po- dem ser adaptados para uso com uma variedade de grampos e tipos de tecido.
[0072] Em geral, os acessórios aqui fornecidos são projetados e po- sicionados sobre um corpo, como o corpo do cartucho 402 mostrado na Figura 4. Quando disparados (implantados) a partir do corpo, os grampos penetram através do acessório e para o interior do tecido. Conforme as pernas do grampo são deformadas contra a bigorna que é oposta ao con- junto de cartucho de grampos, as pernas deformadas capturam uma por- ção do acessório e uma porção do tecido dentro de cada grampo. Ou seja, quando os grampos são disparados para dentro do tecido, pelo me- nos uma porção do acessório fica posicionada entre o tecido e o grampo disparado. Embora os acessórios aqui descritos possam ser configura- dos para serem fixados a um corpo do cartucho de um conjunto de car- tucho de grampos, a presenta revelação contempla ainda que os aces- sórios podem ser configurados para encaixar em outros componentes do instrumento, como a garra de um grampeador cirúrgico. Um elemento versado na técnica reconhecerá que os acessórios aqui fornecidos po- dem ser usados com cartuchos substituíveis ou recargas de grampos que não se baseiam em cartuchos.
[0073] A Figura 6 ilustra uma modalidade exemplificadora de um con- junto de cartucho de grampos 600 que inclui um cartucho de grampos 602 e um acessório 604. Além das diferenças detalhadas abaixo, o cartucho de grampos 602 pode ser similar ao cartucho de grampos 400 (Figura 4) e não será, portanto, descrito em detalhes. Conforme mostrado, o acessó- rio 604 é posicionado contra o cartucho de grampos 602. O cartucho de grampos pode incluir um corpo do cartucho 606 e uma pluralidade de grampos 608 dispostos em seu interior, como os grampos 406 mostrados nas Figuras 4 e 5. Os grampos 608 podem ter qualquer altura adequada não formada (pré-posicionada). Por exemplo, os grampos 608 podem ter uma altura não formada entre cerca de 2 mm e 4,8 mm. Antes da implan- tação, as coroas dos grampos 608 podem ser sustentadas por acionado- res de grampo 610.
[0074] Na modalidade ilustrada, o acessório 604 pode ser aco- plado a uma superfície externa 612, por exemplo, a superfície de con- tato com o tecido, do corpo do cartucho 606. Em algumas modalidades,
a superfície externa 612 do corpo do cartucho 606 pode incluir um ou mais recursos de fixação. O um ou mais recursos de fixação podem ser configurados para engatar o acessório 604 e evitar, assim, movi- mentos indesejáveis do acessório 604 em relação ao corpo do cartu- cho 606 e/ou a liberação prematura do acessório 604 do corpo do car- tucho 606. Recursos de fixação exemplificadores podem ser encontra- dos na publicação de patente US n° 2016/0106427, que está aqui in- corporada em sua totalidade, a título de referência.
[0075] O acessório 604 é compressível para que possa ser compri- mido em várias alturas para, desse modo, compensar a espessura variável do tecido capturado dentro de um grampo implantado. O acessório 604 tem uma altura não comprimida (não deformada), ou pré-implantada, e é configurado para deformar em uma dentre uma pluralidade de alturas com- primidas (deformadas), ou implantadas. Por exemplo, o acessório 604 pode ter uma altura não comprimida que é maior que a altura disparada dos grampos 608 (por exemplo, a altura (H) do grampo disparado 608a mostrado na Figura 7). Ou seja, o acessório 604 pode ter um estado não deformado no qual uma altura máxima do acessório 604 é maior que uma altura máxima de um grampo disparado 608a (isto é, um grampo que está em uma configuração formada). Em uma modalidade, a altura não com- primida do acessório 604 pode ser cerca de 10% mais alta, cerca de 20% mais alta, cerca de 30% mais alta, cerca de 40% mais alta, cerca de 50% mais alta, cerca de 60% mais alta, cerca de 70% mais alta, cerca de 80% mais alta, cerca de 90% mais alta, ou cerca de 100% mais alta que a altura disparada dos grampos 608. Em certas modalidades, a altura não compri- mida do acessório 604 pode ser mais de 100% mais alta que a altura dis- parada dos grampos 608, por exemplo.
[0076] O acessório 604 pode ser acoplado de modo liberável à su- perfície externa 612 do corpo do cartucho 606. Conforme mostrado na
Figura 7, quando os grampos são disparados, o tecido (T) e uma por- ção do acessório 604 são capturados pelos grampos disparados (for- mados) 608a. Os grampos disparados 608a definem, cada um, a área de aprisionamento em seu interior, conforme discutido acima, para acomodar o acessório 604 e o tecido (T) capturados. A área de aprisi- onamento definida por um grampo disparado 608a é limitada, ao me- nos em parte, pela altura (H) do grampo disparado 608a. Por exemplo, a altura de um grampo disparado 608a pode ser de cerca de 0,160 polegada ou menos. Em algumas modalidades, a altura de um primeiro grampo 608a pode ser de cerca de 0,130 polegada ou menos. Em uma modalidade, a altura de um grampo disparado 608a pode ser de cerca de 0,020 polegada a 0,130 polegada. Em outra modalidade, a altura de um grampo disparado 608a pode ser de cerca de 0,060 polegada a 0,160 polegada.
[0077] Conforme descrito acima, o acessório 604 pode ser compri- mido dentro de uma pluralidade de grampos disparados, seja a espessura do tecido capturado dentro dos grampos igual ou diferente dentro de cada grampo disparado. Em pelo menos uma modalidade exemplificadora, os grampos em uma linha, ou fileira, de grampos podem ser deformados de modo que a altura disparada dos grampos é de cerca de 2,75 mm, por exemplo, onde o tecido (T) e o acessório 604 podem ser comprimidos den- tro dessa altura. Em certos casos, o tecido (T) pode ter uma altura compri- mida de cerca de 1,00 mm e o acessório 604 pode ter uma altura compri- mida de cerca de 1,75 mm. Em certos casos, o tecido (T) pode ter uma altura comprimida de cerca de 1,50 mm e o acessório 604 pode ter uma altura comprimida de cerca de 1,25 mm. Em certos casos, o tecido (T) pode ter uma altura comprimida de cerca de 1,75 mm e o acessório 604 pode ter uma altura comprimida de cerca de 1,00 mm. Em certos casos, o tecido (T) pode ter uma altura comprimida de cerca de 2,00 mm e o aces- sório 604 pode ter uma altura comprimida de cerca de 0,75 mm. Em certos casos, o tecido (T) pode ter uma altura comprimida de cerca de 2,25 mm e o acessório 604 pode ter uma altura comprimida de cerca de 0,50 mm. Consequentemente, a soma das alturas comprimidas do tecido capturado (T) e do acessório 604 pode ser igual, ou pelo menos substancialmente igual, à altura (H) do grampo disparado 608a.
[0078] Conforme discutido em mais detalhes abaixo, a estrutura do acessório pode ser configurada de modo que quando o acessório e o tecido são ambos capturados dentro do grampo disparado, o acessório pode aplicar uma tensão que pode suportar a pressão do sangue que circula através do tecido. Uma pressão sanguínea alta é, tipicamente, considerada como sendo de 210 mmHg, e, portanto, seria desejável que o acessório aplicasse uma tensão ao tecido que fosse igual a ou maior que 210 mmHg (por exemplo, 3 g/mm2) durante um período de tempo predeterminado (por exemplo, 3 dias). Dessa forma, em determinadas modalidades, o acessório pode ser configurado para aplicar uma tensão de pelo menos cerca de 3 g/mm2 ao tecido capturado durante pelo menos 3 dias. O acessório está em um estado implantado no tecido quando o acessório está grampeado ao tecido in vivo. Em uma modalidade, a ten- são aplicada pode ser de cerca de 3 g/mm2. Em outra modalidade, a ten- são aplicada pode ser maior que 3 g/mm2. Em ainda outra modalidade, a tensão pode ser de pelo menos cerca de 3 g/mm2 e aplicada ao tecido capturado por mais de 3 dias. Por exemplo, em uma modalidade, a ten- são pode ser de pelo menos cerca de 3 g/mm2 e aplicada ao tecido cap- turado durante cerca de 3 a 5 dias.
[0079] Para projetar um acessório que é configurado para aplicar uma tensão de pelo menos cerca de 3 g/mm2 ao tecido capturado por um tempo predeterminado, podem ser utilizados os princípios da lei de Hooke (F = kD). Por exemplo, quando a força (tensão) a ser aplicada ao tecido captu- rado é conhecida, pode-se projetar um acessório com uma certa rigidez (k). A rigidez pode ser definida ajustando-se a geometria do acessório (por exemplo, o diâmetro e/ou a interconectividade das escoras, por exemplo, os ângulos e o espaço entre as escoras). Adicionalmente, pode-se projetar o acessório para que tenha uma quantidade máxima de deslocamento de compressão para uma espessura mínima de tecido, por exemplo, 1 mm, e, portanto, o comprimento do deslocamento D pode ser a combinação de uma espessura mínima de tecido, por exemplo, 1 mm, mais uma espes- sura do acessório quando grampeado ao tecido para uma dada altura má- xima de grampo, por exemplo, 2,75 mm. A título de exemplo, em uma mo- dalidade, um acessório pode ser estruturado para ter uma altura que é maior que uma altura máxima de grampo formado de 2,75 mm e para com- primir até uma altura de 1,75 mm quando grampeado a um tecido com uma espessura mínima de 1 mm. Dessa forma, o acessório pode variar em compressibilidade para manter um comprimento constante do deslo- camento D, de modo que a rigidez (k) e a espessura total (D) do tecido capturado e do acessório possam aplicar uma tensão de 3 g/mm2 ao tecido capturado. Deve-se notar que um elemento versado na técnica reconhe- cerá que a fórmula supracitada pode ser modificada para levar em conta variações de temperatura, por exemplo, quando o acessório passa da tem- peratura ambiente para uma temperatura corporal após a implantação.
[0080] Além disso, o acessório pode ser adicionalmente desenvol- vido para aplicar uma tensão substancialmente contínua ao tecido captu- rado (por exemplo, 3 g/mm2) durante um tempo predeterminado (por exemplo, 3 dias). Para isso, seria preciso levar em conta a taxa de de- gradação dos materiais do acessório e a taxa de crescimento interno do tecido dentro do acessório durante o projeto do acessório. Desse modo, pode-se projetar um acessório de modo que a rigidez do acessório e/ou a espessura total do tecido capturado e do acessório não variem de uma maneira que seja possível aplicar uma tensão menor que 3 g/mm2.
[0081] Um acessório é grampeado ao tecido sob várias condições de grampeamento (por exemplo, espessura do tecido, altura do grampo for- mado, pressão intratecido). Dependendo da condição de grampeamento, pode-se determinar uma quantidade eficaz de tensão que o acessório precisa ser capaz de aplicar ao tecido para evitar vazamentos e rasgos do tecido. Por exemplo, em uma modalidade, uma quantidade eficaz de tensão é de pelo menos cerca de 3 g/mm2. Para que o acessório forneça uma quantidade eficaz de tensão ao tecido, o acessório pode ser proje- tado para compensar eficazmente as várias condições de grampea- mento. Dessa forma, a geometria do acessório pode ser adaptada para assumir diferentes alturas comprimidas quando grampeado ao tecido. Como existe uma faixa finita de pressões intratecido, espessuras de te- cido e alturas de grampos formados, podem ser determinadas estruturas geométricas adequadas para o acessório que podem ser eficazes na apli- cação de uma tensão ao tecido desejada substancialmente contínua (por exemplo, de 3 g/mm2) quando grampeado ao mesmo por um dado perí- odo de tempo (por exemplo, pelo menos 3 dias) ao longo de uma faixa de condições de grampeamento. Ou seja, conforme descrito em mais de- talhes abaixo, os acessórios da presente invenção são formados a partir de materiais compressíveis e geometricamente configurados para permi- tir que o acessório seja comprimido em várias alturas em planos prede- terminados quando grampeado ao tecido. Além disso, essa resposta va- riada fornecida pelo acessório pode permitir também que o acessório mantenha sua aplicação de uma tensão contínua desejada ao tecido quando exposto a flutuações da pressão intratecido que podem ocorrer quando o acessório está grampeado ao tecido (por exemplo, um pico de pressão sanguínea).
[0082] Os acessórios podem ser fabricados por processos de fabrica- ção aditiva, também conhecida como impressão tridimensional ou impres- são 3D. A impressão 3D é uma tecnologia de fabricação aditiva de alta velocidade que pode depositar vários tipos de materiais de maneira similar a uma impressão. Ou seja, a impressão 3D é realizada mediante a depo- sição de camadas sucessivas de material para criar formatos. Para impri- mir, a impressora lê o design do modelo em um arquivo digital e dispõe camadas sucessivas de material para criar uma série de seções transver- sais. Essas camadas, conforme decidido pelo modelo, são unidas ou fun- didas automaticamente para criar o formato final. Essa técnica possibilita criar vários formatos ou recursos geométricos com controle e precisão. Exemplos não limitadores de processos adequados de impressão 3D, também conhecida como fabricação aditiva, segundo classificação pelo ASTM Committee 42, incluem fotopolimerização em cuba (por exemplo, estereolitografia) na qual um fotopolímero líquido em uma cuba é seletiva- mente curado por polimerização ativada por luz; jateamento de material no qual gotículas de material de construção são depositadas seletivamente; jateamento de aglutinante no qual um agente de ligação líquido é seletiva- mente depositado para unir materiais em pó; fusão em leito de pó (por exemplo, sinterização seletiva a laser) na qual energia térmica funde sele- tivamente regiões de um leito de pó; deposição por energia direcionada na qual é usada energia térmica focalizada para fundir materiais fundindo-os à medida que são depositados; deposição por energia direcionada na qual é usada energia térmica focalizada para fundir materiais fundindo-os à me- dida que são depositados; extrusão de materiais (por exemplo, modela- gem por deposição de material fundido) na qual o material é seletivamente dispensado através de um bocal ou orifício; e laminação de folhas na qual folhas de material são ligadas para formar um objeto.
[0083] Por exemplo, em algumas modalidades, o método pode in- cluir fazer uma varredura com um feixe para fundir uma pluralidade de camadas de pó a fim de formar um acessório compressível bioabsor- vível com um corpo alongado com uma superfície de contato com o tecido, uma superfície de contato com o cartucho que é oposta à su- perfície de contato com o tecido, e uma pluralidade de escoras que formam unidades geométricas de repetição que se estendem entre as superfícies de contato com o tecido e de contato com o cartucho. Em uma modalidade, o método pode incluir também revestir o acessório com um ou mais agentes antimicrobianos.
[0084] O acessório pode ser formado de uma ou mais matrizes. Em certas modalidades, a uma ou mais matrizes podem estar sob a forma de uma matriz de particulados. Em tais casos, cada matriz de particulados pode ser formada de partículas fundidas (por exemplo, partículas de polí- mero bioabsorvível fundido).
[0085] Em geral, cada matriz pode ser formada de pelo menos um polímero fundido. O pelo menos um polímero fundido pode ser selecio- nado para conferir uma compressibilidade desejada ao acessório. Por exemplo, em uma modalidade, a matriz inclui um polímero fundido, ao passo que em outras modalidades, a matriz pode incluir dois ou mais po- límeros fundidos diferentes. Alternativa ou adicionalmente, em casos nos quais o acessório inclui duas ou mais matrizes, cada matriz pode ser for- mada do mesmo polímero fundido ou de polímeros fundidos que são di- ferentes. Por exemplo, uma primeira matriz pode incluir um primeiro po- límero fundido e uma segunda matriz pode incluir um segundo polímero fundido que é mais ou menos flexível que o primeiro polímero fundido. Desse modo, os polímeros fundidos podem conferir ao acessório uma flexibilidade variável. Adicionalmente, os polímeros fundidos podem ter taxas de degradação diferentes, de modo que a compressibilidade do acessório possa ser adaptada para variar ao longo do tempo como fun- ção das taxas de degradação.
[0086] Embora vários tipos de materiais possam ser usados, em al- gumas modalidades, o pelo menos um polímero fundido é um polímero bioabsorvível. Exemplos não limitadores de polímeros bioabsorvíveis adequados incluem poliuretano bioabsorvível termoplástico, poliuretano bioabsorvível curável em luz ultravioleta, poli(ácido lático) (PLA), polica- prolactona (PCL), poliglicolídeo, polidioxanona (PDS), poli(ácido lático- co-glicólico) (PLGA), poli(ácido glicólico), carbonato de trimetileno, glico- lídeo, dioxanona, poliéster, quaisquer copolímeros dos mesmos e combi- nações dos mesmos. Exemplos não limitadores adicionais de polímeros bioabsorvíveis adequados incluem macrômeros com PCL ou poli(DL-lac- tídeo) terminado por hidroxila de três ramificações modificado por grupo terminal de acrilato ou metacrilato, PLA-PEG ou poli(carbonato de trime- tileno), acrilato ou metacrilato de dimetila ou trimetila de PEG, fumarato de polipropileno, copolímeros de L-lactídeo/caprolactona, polímeros de PLGA infiltrados com colágeno, fosfato tricálcico de PCL (TCP), copolí- meros de PLGA-TCP revestidos com ácido hialurônico, PCL-PLGA-TCP, copolímeros de PLGA-PCL, polímeros e copolímeros de PDS, polímero de PCL e ácido hialurônico, PCL e beta-fosfato tricálcico com revesti- mento de colágeno, álcool polivinílico, fosfato de cálcio/poli(hidroxibuti- rato-co-valerato) e hidroxiapatita de cálcio/poli-L-lactídeo.
[0087] Por exemplo, em algumas modalidades, o acessório pode ser formado de vários componentes, cada um sendo formado de uma matriz que inclui pelo menos um polímero bioabsorvível fundido. Em algumas modalidades, o acessório pode ter um primeiro componente formado a partir de uma primeira matriz de pelo menos um polímero bioabsorvível fundido (por exemplo, poliglactina ou polidioxanona) e um segundo com- ponente formado a partir de uma segunda matriz que inclui pelo menos um polímero bioabsorvível fundido (por exemplo, um copolímero de poli- caprolactona). O pelo menos um polímero bioabsorvível fundido para cada matriz pode incluir pelo menos dois polímeros bioabsorvíveis diferentes. Em uma modalidade, o primeiro componente pode ter uma primeira cor e o segundo componente pode ter uma segunda cor que é diferente da pri- meira cor.
[0088] Em algumas modalidades, o acessório pode ser um eluidor de fármaco. Por exemplo, um ou mais componentes do acessório po- dem incluir uma composição que tem um agente farmaceuticamente ativo. A composição pode liberar uma quantidade terapeuticamente efi- caz do agente farmaceuticamente ativo. Em várias modalidades, o agente farmaceuticamente ativo pode ser liberado à medida que o aces- sório é dessorvido/absorvido. Em várias modalidades, o agente farma- ceuticamente ativo pode ser liberado em um fluido, como, por exemplo, sangue, que circula sobre ou através do acessório. Exemplos não limi- tadores de agentes farmaceuticamente ativos incluem agentes hemos- táticos e fármacos, como, por exemplo, fibrina, trombina e celulose re- generada oxidada (ORC); medicamentos anti-inflamatórios, por exem- plo diclofenaco, aspirina, naproxeno, sulindaco e hidrocortisona; fárma- cos ou agentes antibióticos e antimicrobianos, como, por exemplo, tri- closan, prata iônica, ampicilina, gentamicina, polimixina B e cloranfeni- col; e agentes anticâncer, como, por exemplo, cisplatina, mitomicina e adriamicina.
[0089] O acessório pode incluir também um revestimento externo. O revestimento pode ser parte do processo de impressão 3D ou aplicado secundariamente ao acessório. Por exemplo, em algumas implementa- ções, o acessório pode ser parcial ou completamente revestido com agen- tes antimicrobianos. Exemplos não limitadores de agentes antimicrobianos adequados incluem triclosan, clorexidina, formulações de prata (como prata nanocristalina), éster etílico de arginato láurico (LAE), octenidina, poli-hexametileno biguanida (PHMB), taurolidina; ácido láctico, ácido cí- trico, ácido acético, e seus sais.
[0090] O acessório, ou qualquer componente do mesmo, pode ser ao menos parcialmente revestido com um polímero bioabsorvível que é diferente do pelo menos um polímero bioabsorvível fundido do acessó- rio. Dessa maneira, uma ou mais propriedades do acessório podem ser variadas a partir das propriedades de seu(s) material(is) de base (por exemplo, polímero(s) bioabsorvível(is) fundido(s)). Por exemplo, o aces- sório pode ser revestido com um ou mais polímeros bioabsorvíveis que melhoram a estabilidade estrutural. Alternativamente, ou adicional- mente, o acessório pode ser revestido com um polímero bioabsorvível que tem uma taxa de degradação mais lenta em comparação com a taxa de degradação do pelo menos um polímero bioabsorvível fundido do acessório. Desse modo, a longevidade do acessório pode ser au- mentada sem sacrificar a compressibilidade desejada do acessório for- necida ao menos em parte pelo ao menos um polímero bioabsorvível fundido.
[0091] Os acessórios podem ter uma variedade de configurações. Em geral, os acessórios podem incluir uma superfície de contato com o tecido, uma superfície de contato com o corpo oposta (por exemplo, uma camada de contato com o cartucho) e um corpo alongado posici- onado entre essas superfícies (camada estrutural). As superfícies de contato com o tecido e de contato com o cartucho podem, em certas modalidades, ter uma estrutura que é diferente da camada estrutural, para formar camadas de contato com o tecido e com o cartucho. Em algumas modalidades, o corpo alongado é formado de múltiplas esco- ras. As escoras podem ter várias configurações e, em determinadas modalidades exemplificadoras, as escoras podem formar unidades ge- ométricas de repetição interconectadas.
[0092] Em algumas modalidades, a camada de contato com o te- cido pode incluir uma pluralidade de recursos de superfície que são configurados para engatar no tecido localizado entre o acessório e a bigorna, evitando, assim, substancialmente o movimento deslizante do tecido em relação ao acessório durante o grampeamento. Esses recur- sos de superfície podem ser também configurados para minimizar o movimento deslizante do acessório em relação ao tecido quando o acessório está grampeado ao tecido. Tais recursos de superfície po- dem ter uma variedade de configurações. Por exemplo, os recursos de superfície podem se estender da superfície de contato com o tecido a uma distância de cerca de 0,007 polegada a 0,015 polegada.
[0093] Adicionalmente, em algumas modalidades, esses recursos de superfície podem se estender em uma direção que é substancialmente la- teral a um eixo geométrico longitudinal (L) de um corpo, como o corpo do cartucho 606 mostrado na Figura 6. Em outra modalidade, pelo menos uma porção dos recursos de superfície pode incluir uma pluralidade de cristas e uma pluralidade de sulcos definidos entre as cristas. Em ainda outra modalidade, esses recursos de superfície podem incluir uma plurali- dade de degraus que se estendem em uma direção que segue pelo menos para cima a partir de um corpo, para dentro em direção a um sulco central e distalmente em direção a uma segunda extremidade do corpo. Outros detalhes sobre elementos antideslizantes sob a forma de cristas e sulcos ou sob a forma de degraus podem ser encontrados na publicação US n° 2015/0034696, que está aqui incorporada em sua totalidade, a título de referência.
[0094] Em algumas modalidades, a pluralidade de recursos de su- perfície pode ser configurada para puxar o tecido em direções opostas, e, desse modo, fornecer uma resistência contrária (por exemplo, incli- nação lateral) para evitar que o tecido deslize durante o grampea- mento. Por exemplo, a camada de contato com o tecido pode incluir uma primeira pluralidade de recursos de superfície que pode se esten- der em uma primeira direção e uma segunda pluralidade de recursos de superfície que pode se estender em uma segunda direção que é diferente da primeira direção. Como resultado, a primeira e a segunda pluralidades de recursos de superfície podem criar uma tensão entre os recursos de superfície que evita ativamente o movimento do tecido em pelo menos uma direção. Em uma modalidade, a primeira plurali- dade de recursos de superfície pode se estender em uma primeira di- reção e a segunda pluralidade de recursos de superfície pode se es- tender em uma segunda direção oposta. Em tais casos, esses recursos de superfície podem ser configurados para puxar o tecido em direções opostas simultaneamente.
[0095] Uma resistência contrária pode ser também criada por cur- vatura de superfície. Por exemplo, a camada de contato com o tecido, ou alternativamente, por exemplo, todo o acessório, pode ser projetada para ter um formato convexo resiliente, e os recursos de superfície po- dem se estender radialmente para fora a partir da camada de contato com o tecido. Em uso, à medida que a bigorna do grampeador cirúrgico se move de uma posição aberta para uma posição fechada, conforme discutido acima, a camada de contato com o tecido pode deformar (por exemplo, ser comprimida até uma configuração substancialmente reta), e os recursos de superfície, agora se estendendo em uma direção subs- tancialmente vertical e para fora da camada de contato com o tecido, engatam no tecido. Quando a bigorna retorna à sua posição aberta, a camada de contato com o tecido retorna ao seu formato convexo cri- ando uma tensão superficial entre os recursos de superfície, fazendo com que o tecido engatado seja puxado em direções opostas simulta- neamente.
[0096] Por outro lado, em determinadas modalidades, pode ser dese- jável que o tecido deslize em um plano predefinido durante o grampea- mento. Dessa forma, em algumas modalidades, a camada de contato com o tecido pode incluir recursos de superfície que podem ser projetados para promover o deslizamento (por exemplo, um movimento deslizante) do te- cido em relação ao acessório em uma primeira direção predeterminada e limitar o movimento em uma segunda direção que é diferente da primeira direção. Alternativa ou adicionalmente, a camada de contato com o tecido pode ser revestida com um material para aumentar a lubricidade (por exemplo, estearato de sódio ou éster etílico de arginato láurico).
[0097] Conforme discutido acima, o acessório é posicionado sobre um corpo, como o corpo do cartucho 606 (Figura 6). Antes e durante o gram- peamento, a fixação do acessório ao corpo pode ser melhorada. Por exemplo, a camada de contato com o corpo (por exemplo, uma camada de contato com o cartucho) pode incluir recursos de superfície que são configurados para engatar no corpo e evitar, assim, substancialmente que o acessório deslize em relação ao corpo. Tais recursos de superfície po- dem ter uma variedade de configurações. Por exemplo, em modalidades em que o corpo inclui recursos de fixação, a camada de contato com o corpo pode ter recursos de superfície em forma de reentrâncias que são configurados para receber esses recursos de fixação. Outros recursos de fixação serão discutidos em mais detalhes abaixo.
[0098] Como indicado acima, o corpo alongado pode ser formado de uma pluralidade de escoras. Essas escoras podem formar unidades geo- métricas de repetição interconectadas umas às outras. Conforme discutido em mais detalhes abaixo, a pluralidade de escoras e/ou a matriz de unida- des de repetição podem ser estruturalmente configuradas para conferir uma compressibilidade variável ao acessório, e, dessa forma, o acessório pode ter um perfil de rigidez variável. Por exemplo, o acessório pode ter uma primeira rigidez quando comprimido em uma primeira quantidade e uma segunda rigidez quando comprimido em uma segunda quantidade. A segunda quantidade pode ser maior que a primeira quantidade, ou vice- versa. Dessa forma, a rigidez do acessório pode variar como função da compressão. Conforme discutido em mais detalhes abaixo, quanto maior a quantidade de compressão, maior a rigidez do acessório. Consequente- mente, um único acessório pode ser adaptado para fornecer uma resposta variada que assegura que uma quantidade mínima de tensão seja apli- cada ao tecido (por exemplo, 3 g/mm2) durante pelo menos um período de tempo predeterminado (por exemplo, 3 dias) sob várias condições de grampeamento (por exemplo, espessura do tecido, altura do grampo for- mado, pressão intratecido). Adicionalmente, essa resposta variada forne- cida pelo acessório pode também, desejavelmente, manter a quantidade mínima de tensão aplicada (por exemplo, 3 g/mm2) quando o acessório está grampeado ao tecido e é exposto a flutuações da pressão intratecido.
[0099] Essas escoras podem ser projetadas em várias configura- ções. Por exemplo, essas escoras podem produzir estruturas de retí- culas ou estruturas semelhantes a treliças, conforme mostrado nas Fi- guras 8A a 9C e nas Figuras 11A a 15, estruturas em formato de espi- ral, conforme mostrado na Figura 16, ou colunas, conforme mostrado nas Figuras 17 a 19.
[0100] A geometria das escoras, bem como a geometria das unida- des de repetição formadas sobre as escoras, pode controlar o movi- mento do acessório em vários planos. Por exemplo, a interconectividade das escoras pode criar unidades geométricas que podem ser configura- das para permitir que o acessório se comprima em uma primeira direção predeterminada e para limitar o movimento em uma segunda direção que é diferente da primeira direção. Conforme discutido em mais deta- lhes abaixo, em algumas modalidades, a segunda direção pode ser transversal à primeira direção predeterminada. Alternativamente, ou adicionalmente, as unidades geométricas podem ser configuradas para limitar o movimento giratório do acessório em torno de um eixo geomé- trico que é perpendicular à primeira direção predeterminada.
[0101] Em algumas modalidades, uma escora pode ter uma seção transversal substancialmente uniforme, enquanto em outras modalidades, a escora pode ter uma seção transversal variável. Adicionalmente, o ma- terial da escora também pode ter um papel na definição do movimento do acessório em planos predeterminados.
[0102] As Figuras 8A a 9C e 11A a 19 ilustram vários exemplos de acessórios que incluem uma superfície de contato com o tecido, uma su- perfície de contato com o cartucho que é oposta à superfície de contato com o tecido e um corpo alongado formado de escoras posicionadas en- tre essas superfícies. Cada acessório exemplificador é ilustrado de forma parcial (por exemplo, não em seu comprimento total), e, portanto, um ele- mento versado na técnica reconhecerá que o acessório pode ser mais longo em comprimento, isto é, ao longo de seu eixo geométrico longitu- dinal L, conforme identificado em cada modalidade. O comprimento pode variar com base no comprimento do cartucho de grampos. Adicional- mente, cada acessório exemplificador é configurado para ser posicionado sobre o corpo do cartucho de modo que o eixo geométrico longitudinal L de cada acessório fique alinhado com e se estenda ao longo do eixo ge- ométrico longitudinal (LC) do corpo do cartucho. Cada um desses aces- sórios pode ser formado de uma ou mais matrizes que incluem pelo me- nos um polímero bioabsorvível fundido. Esses acessórios são estrutura- dos para se comprimirem quando expostos a forças de compressão (por exemplo, tensão ou carga). Conforme discutido adicionalmente em deta- lhes abaixo, esses acessórios são projetados também para promover o crescimento interno em tecido e em células.
[0103] As Figuras 8A e 8B ilustram uma modalidade exemplifica- dora de um acessório 800 que tem uma superfície de contato com o tecido 802, uma superfície de contato com o cartucho oposta 804 e um corpo alongado 806. Embora seja contemplado que a superfície de con- tato com o tecido 802, a superfície de contato com o cartucho 804 e o corpo alongado 806 possam, cada um, ser formados de materiais dife- rentes, nesta modalidade ilustrada, eles são formados do mesmo polí- mero bioabsorvível fundido. Ou seja, o acessório 800 é formado de uma matriz do mesmo polímero bioabsorvível fundido.
[0104] Conforme mostrado na Figura 8A, o corpo alongado 806 in- clui uma matriz plana 808 de unidades de repetição 810 interconectadas umas às outras nas articulações ou nos nós 814. As unidades de repe- tição 810 são, cada uma, formadas de uma pluralidade de escoras in- terconectadas 816 que têm, cada uma, uma primeira porção 818 e uma segunda porção 820. Algumas das escoras 816 podem incluir também uma terceira porção 821 que se estende a partir de sua respectiva se- gunda porção e que se interconectam para formar as articulações ou os nós 814. Conforme discutido em mais detalhes abaixo, o acessório 800 pode exibir uma rigidez e um movimento variáveis com base na quanti- dade e na direção da tensão aplicada ao mesmo durante o uso. Dessa forma, o acessório tem um perfil de rigidez variável tal que, quando o acessório é grampeado ao tecido, o acessório pode ser configurado para aplicar uma tensão igual ou maior que um limite mínimo de tensão durante um tempo predeterminado (por exemplo, uma tensão de 3 g/mm2 durante 3 dias).
[0105] Adicionalmente, conforme mostrado, o corpo alongado 806 inclui uma primeira matriz plana 808 de escoras e matrizes planas 808 N adicionais posicionadas paralelamente entre si e à matriz plana 808 (por exemplo, estendendo-se na direção x). Em cada matriz 808, 808 N, as escoras 816 são substancialmente planas e se estendem de modo coplanar umas em relação às outras em um respectivo plano. Adicio- nalmente, embora cada matriz 808, 808N possa ter uma variedade de configurações, nesta modalidade ilustrada, cada matriz 808, 808N é substancialmente simétrica em torno de um plano intermediário. Ou seja, cada matriz 808, 808 N tem duas fileiras 824a, 824b substancial- mente idênticas de unidades de repetição 810.
[0106] Embora as escoras 816 possam ter uma variedade de confi- gurações, nesta modalidade ilustrada, cada escora 816 tem uma confi- guração plana genericamente alongada, com a primeira porção 818 de cada escora 816 tendo uma largura mais estreita que uma seção de largura da segunda porção 820. Como resultado, as escoras 816 são mais largas na região central, de preferência ao longo da maior parte do comprimento, e mais estreitas nas extremidades. Alternativamente, a primeira porção 818 pode ter uma seção transversal que é igual a ou maior que a seção transversal da segunda porção 820. Adicionalmente, conforme mostrado na Figura 8B, a segunda porção 820 de cada escora 816 pode ter um formato em seção transversal substancialmente retan- gular. Deve-se notar que outros formatos em seção transversal das es- coras, e porções das mesmas, também são contemplados pela presente invenção. Os formatos em seção transversal das escoras podem ser usados para limitar o movimento do acessório em certas direções.
[0107] Na Figura 8A, as escoras 816 são interconectadas umas às outras em uma extremidade de sua primeira porção 818 para formar arti- culações ou nós 822. Na modalidade ilustrada, as escoras 816 e as articu- lações ou os nós 822 podem ser formados do mesmo material. Dessa forma, para melhorar a compressão do acessório 800 sob tensão, a seção transversal da primeira porção 818, também chamada de região de estrei- tamento, pode flexionar, conforme descrito em mais detalhes abaixo. Além disso, a terceira porção 821 das respectivas escoras 816 é estruturada de modo similar à primeira porção 818 das escoras 816, e, portanto, essa terceira porção 821, também chamada de região de estreitamento, tam- bém pode flexionar, conforme descrito em mais detalhes abaixo.
[0108] O material das articulações ou dos nós 822 em relação às escoras 816 (por exemplo, mais ou menos flexível) pode controlar, em parte, a quantidade e/ou direção na qual o acessório 800 se move sob tensão durante o uso. De modo semelhante, o material das articulações ou dos nós 814 pode controlar, em parte, a quantidade e/ou a direção na qual o acessório 800 se move sob tensão durante o uso. As articula- ções ou os nós 814, 822 podem ter qualquer formato adequado. Por exemplo, em determinadas modalidades, as articulações ou os nós 814,
822 podem estar sob a forma de um elemento esférico. Em outras mo- dalidades, as articulações ou os nós 814, 822 podem assumir a forma de outros formatos geométricos.
[0109] As escoras 816 podem ser interconectadas umas às outras em vários ângulos. Por exemplo, nesta modalidade ilustrada, as esco- ras 816 se cruzam em ângulos de cerca de 90 graus em relação às escoras adjacentes 816. Em outras modalidades, as escoras 816 po- dem se cruzar em ângulos em uma faixa de cerca de 40 graus a 130 graus. Em outra modalidade, as escoras 816 podem se cruzar em ân- gulos em uma faixa de cerca de 10 graus a 90 graus. Os ângulos nos quais as escoras 816 se conectam umas às outras podem controlar, ao menos em parte, a maneira e a quantidade na qual o acessório 800 responde sob tensão. Ou seja, o movimento e a rigidez do acessório 800 podem ser, ao menos em parte, uma função desses ângulos.
[0110] Conforme mencionado acima, a primeira porção 818 (e a terceira porção 821 onde presente) de cada escora 816 pode agir como uma região flexível para o acessório (por exemplo, um ponto de defle- xão). A primeira porção 818 de cada escora fornece a cada unidade de repetição 812 uma ou mais zonas de flexão, conforme ilustrado nas Figuras 9A a 9C. Ou seja, essas regiões de estreitamento permitem que as escoras 816 flexionem ao redor de ou em posição adjacente às articulações ou aos nós 822 quando o acessório 800 está sob tensão, e, portanto, as unidades de repetição 810 podem se achatar parcial ou completamente sobre si mesmas. De modo similar, as regiões de es- treitamento que formam a terceira porção 821 permitem que as unida- des de repetição flexionem ao redor de ou em posição adjacente às articulações ou aos nós 814 quando o acessório está sob tensão. A compressibilidade do acessório 800 pode, portanto, variar com base em quantidades diferentes e direções diferentes de tensão aplicada. Essa variação na compressibilidade pode ser desejável, por exemplo,
quando o acessório está grampeado ao tecido e é exposto a flutuações da pressão intratecido.
[0111] As Figuras 9A a 9C ilustram o comportamento de compressão de uma unidade de repetição 810 do acessório 800 aqui descrito sob di- ferentes tensões. Em particular, a unidade de repetição 810 é mostrada em um estado pré-comprimido (não deformado) na Figura 9A, em um primeiro estado comprimido sob uma primeira tensão (S1) na Figura 9B e em um segundo estado comprimido (C) sob uma segunda tensão (S2) na Figura 9C. Dessa forma, a unidade de repetição 810, e, portanto, o aces- sório 800, tem um perfil de rigidez variável sob tensões diferentes. Um elemento versado na técnica reconhecerá que o acessório pode ter uma variedade de alturas implantadas ao longo de seu uso, e que as alturas implantadas são uma função, ao menos em parte, das tensões específi- cas que são aplicadas ao acessório ao longo de seu uso.
[0112] Conforme mostrado nas Figuras 9A e 9B, quando a unidade de repetição 810, e, portanto, o acessório 800 na Figura 8A, está sob uma primeira tensão S1, a primeira porção 818 (por exemplo, a região de estrei- tamento) de cada escora 816 pode flexionar ao redor da junta ou do nó
822. Isso permite que a unidade de repetição 810 se comprima a partir de um estado pré-comprimido (Figura 9A) para um primeiro estado compri- mido (Figura 9B), e, assim, o acessório 800 passe de uma altura pré-com- primida para uma primeira altura implantada. Adicionalmente, dependendo da quantidade de tensão aplicada ao acessório, as segundas porções 820 de escoras adjacentes 816 podem entrar em contato umas com as outras. Isso é ilustrado na Figura 9B. Em tais casos, a primeira porção 818 de cada escora 816 alcança, assim, um ponto de deflexão máxima, criando uma resistência de rigidez maior dentro da unidade de repetição 810. Isso se deve ao fato de que a rigidez da unidade de repetição 810, e, portanto, do acessório 800, aumenta conforme o acessório 800 se comprime. A Fi- gura 10 é uma representação gráfica exemplificadora da relação entre compressão e rigidez de um acessório. Dessa forma, qualquer compres- são adicional da unidade de repetição 810, e, portanto, do acessório 800, exigiria a aplicação de uma tensão adicional.
[0113] Em circunstâncias nas quais uma tensão maior (por exemplo, uma segunda tensão, S2) é aplicada à unidade de repetição 810, e, por- tanto, ao acessório 800 na Figura 8A, o aumento na resistência de rigidez pode ser superado. Para isso, as escoras 816 podem ser configuradas de modo que quando uma tensão adicional é aplicada, as escoras 816 podem flexionar ainda mais ao redor da junta ou do nó 822. Conforme mostrado na Figura 9C, essa flexão adicional pode fazer com que as escoras 816 expandam ainda mais para fora em uma direção lateral (L) em relação à direção da tensão aplicada, fazendo, assim, com que as segundas por- ções 820 de escoras adjacentes 816 entrem ainda mais em contato umas com as outras. Como resultado, isso permite que a unidade de repetição 810 seja comprimida para um segundo estado comprimido (Figura 9C), e, dessa forma, o acessório 800 passe para uma segunda altura implantada.
[0114] Em algumas modalidades, o acessório pode incluir componen- tes adicionais que podem evitar o movimento do tecido que está grampe- ado ao acessório. Por exemplo, as Figuras 11A e 11B ilustram um aces- sório 1100 exemplificador que inclui uma pluralidade de recursos de su- perfície 1128 definidos dentro da camada de contato com o tecido 1102. Conforme descrito em mais detalhes abaixo, os recursos de superfície 1128 podem evitar o movimento deslizante do acessório em relação ao tecido grampeado ao acessório. Em uma modalidade, pelo menos uma porção dos recursos de superfície 1128 pode evitar o deslizamento lateral do acessório 1100 em relação ao tecido. Alternativamente, ou adicional- mente, pelo menos uma porção dos recursos de superfície 1128 pode evi- tar o deslizamento longitudinal do acessório 1100 em relação ao tecido.
[0115] O acessório 1100 ilustrado exemplificador inclui uma ca- mada de contato com o tecido 1102 e uma camada de contato com o cartucho 1104 oposta. O acessório 1100 inclui também um corpo alon- gado 1106 com uma pluralidade de escoras 1116 que se estendem en- tre a camada de contato com o tecido 1102 e a camada de contato com o cartucho 1104. Conforme mostrado, a camada de contato com o te- cido 1102 inclui uma pluralidade de recursos de superfície 1128a, 1128b nela definidos. Esses recursos de superfície 1128 têm um padrão se- melhante a grade com uma primeira série 1128a que se estende longi- tudinalmente (por exemplo, paralelamente ao eixo geométrico longitudi- nal do acessório) e uma segunda série 1128b que se estende lateral- mente (por exemplo, transversalmente ao eixo geométrico longitudinal do acessório). Cada recurso de superfície 1128a, 1128b pode ter um perfil triangular ou pelo menos duas superfícies que são dispostas em ângulo uma em relação à outra e que se unem para formar uma borda a fim de penetrar e engatar no tecido. Essas bordas podem definir cole- tivamente a superfície mais externa da camada de contato com o tecido
1102. Esses recursos de superfície 1128a, 1128b podem engatar no tecido quando este é comprimido para dentro da camada de contato com o tecido 1102 em resultado de o acessório ser grampeado ao te- cido. A orientação das bordas da primeira série 1128a pode evitar o deslizamento lateral do acessório em relação ao tecido, e a orientação das bordas da segunda série 1128b pode evitar o deslizamento longitu- dinal do acessório 1100 em relação ao tecido. Adicionalmente, a ca- mada de contato com o tecido 1102 inclui uma pluralidade de aberturas 1144 que são formadas entre esses recursos de superfície 1128. Desse modo, a pluralidade de aberturas 1144 pode receber o tecido em seu interior quando o acessório está grampeado ao tecido para permitir que os recursos de superfície 1128 engatem no tecido.
[0116] Embora a pluralidade de escoras 1116 possa ser interconec- tada para formar uma variedade de configurações, nesta modalidade ilus- trada, a pluralidade de escoras 1116 forma padrões em X repetitivos. Em particular, a pluralidade de escoras 1116 forma unidades cúbicas de repe- tição. Cada unidade cúbica inclui uma superfície de topo 1130 e uma su- perfície de fundo oposta 1132. Nesta modalidade ilustrada, as superfícies de topo e de fundo 1130, 1132 são substancialmente idênticas. A unidade cúbica inclui também quatro superfícies laterais 1134 que se estendem entre e se conectam às superfícies de topo e de fundo 1130, 1132. Nesta modalidade ilustrada, as superfícies laterais 1134 são substancialmente idênticas. Para fins de clareza, nem todas as superfícies de cada unidade cúbica ilustrada estão identificadas nas Figuras 11A e 11B. As superfícies laterais 1134 podem ter uma variedade de formatos, por exemplo, con- forme mostrado, cada superfície lateral 1134 tem um formato em X que se estende a partir da superfície de topo 1130 para a superfície de fundo
1132. Dessa forma, a primeira extremidade de cada escora 1116, 1116a termina na camada de contato com o tecido 1102 e a segunda extremi- dade de cada escora 1116, 1116a termina na camada de contato com o cartucho 1104. Cada X pode ser formado por duas escoras alongadas e genericamente planas que se cruzam em uma porção intermediária. Adi- cionalmente, cada unidade cúbica de repetição pode incluir também uma escora interna que se estende entre duas superfícies laterais 1134 opostas da unidade cúbica para formar um recurso de conectividade interna 1138. Conforme mostrado, o recurso de conectividade interna 1138 pode se es- tender do topo 1134a de uma superfície lateral 1134 até o fundo 1134b de uma superfície lateral oposta 1134. Conforme mostrado adicionalmente, os recursos de conectividade interna 1138 podem se estender em direções alternadas entre unidades cúbicas adjacentes. Por exemplo, conforme mostrado na Figura 11B, um primeiro recurso de conectividade interna 1138 pode ter uma extremidade superior 1138a que se estende do topo 1134a de uma superfície lateral 1134 até uma extremidade inferior 1138b no fundo 1134b da superfície lateral oposta 1134, e a unidade cúbica ad- jacente pode ter um segundo recurso de conectividade interna 1138 com uma extremidade inferior 1138c que se estende do mesmo fundo 1134b da superfície lateral 1134 até uma extremidade superior 1138d no topo 1134c de uma superfície lateral oposta 1134. Os recursos de conectivi- dade interna 1138 podem fornecer ao acessório 1100 uma geometria que pode promover um movimento direcional predeterminado do acessório 1100 sob a tensão aplicada. Por exemplo, em uma modalidade, os recur- sos de conectividade interna 1138 podem evitar substancialmente a rup- tura do acessório 1100 sob a tensão aplicada.
[0117] Embora cada escora e os recursos de interconectividade 1138 possam ter uma variedade de configurações, nesta modalidade ilustrada, as escoras 1116, 1116a e os recursos de interconectividade 1138 estão, cada um, sob a forma de uma viga ou coluna com uma largura (W) que é maior que uma profundidade (D), de modo que cada escora/recurso de interconectividade é limitado em se flexionar em uma direção predetermi- nada, isto é, para dentro e para fora do plano que se estende ao longo da largura (W). Adicionalmente, as escoras 1116, 1116a e os recursos de in- terconectividade 1138 podem incluir, cada um, pelo menos uma abertura 1140 que se estende através dos mesmos para facilitar a flexão em uma direção predeterminada. Para fins de clareza, nem todas as aberturas 1140 que se estendem através de cada escora 1116 e dos recursos de interconectividade 1138 são identificadas nas Figuras 11A e 11B. Essas aberturas 1140 podem ter uma variedade de formatos, por exemplo, con- forme mostrado, as aberturas 1140 têm formato de losango. A invenção contempla também que o formato das aberturas 1140 pode variar entre as escoras. As aberturas 1140 podem também ser alinhadas ao longo de todo o acessório. Por exemplo, as aberturas que se estendem através de pare- des laterais opostas espaçadas longitudinalmente ao longo do compri- mento do acessório em unidades cúbicas adjacentes podem ser alinhadas longitudinalmente, e, de modo similar, as aberturas que se estendem atra-
vés de paredes laterais opostas espaçadas lateralmente ao longo da lar- gura do acessório em unidades cúbicas adjacentes podem ser alinhadas lateralmente.
[0118] Alternativa ou adicionalmente, o acessório pode incluir membros de ligação que conectam pelo menos uma porção das arti- culações ou dos nós entre si para, desse modo, aumentar a rigidez do acessório. Ou seja, os membros de ligação podem ser incorporados no acessório para evitar o movimento (por exemplo, alargamento) do acessório nos planos nos quais os membros de ligação se estendem.
[0119] Por exemplo, as Figuras 12A e 12B ilustram uma modalidade exemplificadora de um acessório 1200 que tem membros de ligação
1246. Em particular, o acessório 1200 inclui um corpo alongado 1206 formado de uma pluralidade de escoras 1216 que são interconectadas em articulações ou nós 1222. O corpo alongado 1206 tem uma superfí- cie de contato com o tecido 1202 e uma superfície de contato com o cartucho oposta 1204. Conforme mostrado, pelo menos uma porção dessas articulações ou nós 1222 são interconectadas umas às outras pelos membros de ligação 1246. Nesta modalidade ilustrada, os mem- bros de ligação 1230 se estendem em uma primeira direção (por exem- plo, a direção y, conforme mostrado na Figura 12) e as escoras 1216 se estendem em uma segunda direção que é diferente da primeira direção (por exemplo, uma direção transversal, como de cerca de 45 graus em relação à direção y, conforme mostrado na Figura 12). Dessa forma, a posição dos membros de ligação 1246 em relação às escoras 1216 pode fornecer ao acessório 1200 uma geometria que pode ser configu- rada para evitar o movimento do acessório 1200 em pelo menos uma direção (por exemplo, uma direção paralela à direção na qual os mem- bros de ligação 1246 se estendem).
[0120] Em algumas modalidades, as articulações ou os nós podem ser formados de um material que é diferente do material das escoras.
Por exemplo, o material das articulações ou dos nós pode ser mais flexível que o material das escoras, aumentando, assim, a compressi- bilidade do acessório. Adicionalmente, as articulações ou os nós mais flexíveis podem permitir ainda que o acessório se comprima sem subs- tancialmente se romper. Isso se deve ao fato de que as articulações ou os nós mais flexíveis fornecem zonas de flexão preferenciais para o acessório, diminuindo, desse modo, a rigidez do acessório. Em uma modalidade, as articulações ou os nós podem ser formados de um co- polímero de policaprolactona e as escoras podem ser formadas de po- liglactina ou polidioxanona.
[0121] As Figuras 13A e 13B ilustram outra modalidade exemplifica- dora de um acessório 1300 que inclui unidades de repetição 1310 interco- nectadas umas às outras nas articulações ou nos nós 1314. As unidades de repetição 1310 são, cada uma, formadas de uma pluralidade de esco- ras 1316, por exemplo, quatro escoras, que se interconectam nas articula- ções ou nos nós 1322. Além das diferenças detalhadas abaixo, o acessó- rio 1300 pode ser similar ao acessório 800 (Figura 8A) e não será, portanto, descrito em detalhes. Nesta modalidade ilustrada, as articulações ou os nós 1314, 1322 são formados de um material diferente do material das escoras 1316. O material das articulações ou dos nós 1314, 1322 pode ser mais flexível que o material das escoras 1316. Conforme mostrado, cada junta ou nó 1314, 1322 pode estar sob a forma de uma haste 1348 que se estende através de todas as matrizes 1308, 1308N em uma direção que é genericamente perpendicular ao plano no qual as escoras se esten- dem (por exemplo, as hastes podem se estender na direção x, conforme mostrado nas Figuras 13A e 13B). Ou seja, quando o acessório 1300 está fixado a um corpo de cartucho, as hastes 1348 podem se estender lateral- mente em relação ao eixo geométrico longitudinal do corpo do cartucho, como o corpo do cartucho 606 mostrado na Figura 6.
[0122] Em algumas modalidades, conforme mostrado nas Figuras
13A e 13B, as extremidades das primeiras porções 1318 das escoras 1316 podem também ser diretamente conectadas umas às outras den- tro das articulações ou dos nós 1322. Alternativa ou adicionalmente, as extremidades das terceiras porções 1321 das escoras 816 podem tam- bém ser diretamente conectadas umas às outras dentro das articula- ções ou dos nós 1314. Essa conexão direta pode ajudar a evitar que as escoras 1316 saiam das articulações ou dos nós 1322 conforme as es- coras 1316 flexionarem quando o acessório 1300 estiver sob tensão. Como resultado dessa conexão direta, a flexão de uma escora pode influenciar também a flexão de uma outra. Adicionalmente, em compa- ração com as articulações ou os nós 822 na Figura 8A, essas articula- ções ou esses nós 1322 podem ser mais flexíveis, portanto, mais ma- leáveis, e o acessório 1300 pode, então, se comprimir mais facilmente em comparação com o acessório 800. Dessa forma, sob uma mesma dada tensão, o acessório 1300 alcançará um deslocamento maior (isto é, comprimirá a uma altura implantada menor) em comparação com o acessório 800 mostrado na Figura 8A.
[0123] Alternativamente, as escoras podem ser não conectadas umas às outras dentro das articulações ou dos nós, por exemplo, con- forme mostrado na Figura 14. Por uma questão de simplicidade, a Fi- gura 14 ilustra uma única unidade de repetição 1400. Nesta modalidade ilustrada, as escoras 1416 não se conectam diretamente umas às outras dentro da junta ou do nó 1422. Como resultado, a flexão de uma escora pode ocorrer independentemente da flexão de uma outra escora. Para evitar que as escoras 1416 escapem da junta ou do nó 1422 quando as mesmas flexionarem em torno da junta ou do nó, cada escora 1416 pode ter um formato de extremidade 1450 configurado para manter sua conexão com a junta ou ao nó 1422. Adicionalmente, em comparação com as articulações ou os nós 1322 nas Figuras 13A e 13B, esta junta ou este nó 1422 pode ser mais flexível, e, portanto, mais maleável, per- mitindo, assim, que um acessório formado de várias unidades de repe- tição 1400 possa se comprimir mais facilmente sob uma dada tensão. Ou seja, sob uma mesma dada tensão, um acessório com esta escora ilustrada e configuração de junta ou nó pode alcançar um deslocamento maior (isto é, se comprimir em uma altura menor) em comparação com o acessório 800 nas Figuras 13 e 13A.
[0124] Em algumas modalidades, o acessório pode incluir também pelo menos um elemento de bloqueio que é configurado para limitar a quantidade de compressão do acessório. A Figura 15 ilustra uma mo- dalidade exemplificadora de um acessório 1500 que tem pelo menos um elemento de bloqueio 1552. Além das diferenças detalhadas abaixo, o acessório 1500 pode ser similar ao acessório 1300 (Figuras 13A e 13B) e não será, portanto, descrito em detalhes.
[0125] Na Figura 15, cada escora 1516 pode ter um elemento de blo- queio 1552 que se estende a partir de ou que é posicionado adjacente a uma superfície de sua segunda porção 1520. Conforme o acessório 1500 é comprimido, as escoras 1516 podem flexionar ao redor das articulações ou dos nós 1514, 1522 até que os elementos de bloqueio 1552 entrem em contato uns com os outros. Quando esses elementos de bloqueio 1552 estiverem em em contiguidade entre si, qualquer flexão adicional das escoras 1516 será inibida. Ou seja, esses elementos de bloqueio 1552 agem como bloqueios de deflexão que permitem que o acessório 1500 se comprima sob uma dada tensão até uma primeira altura implan- tada a uma primeira rigidez. Depois de atingir a primeira altura compri- mida, os elementos de bloqueio 1552 atingem o limite de achatamento e inibem a deflexão adicional das escoras 1516, e, portanto, a compressão adicional do acessório 1500. Quando os elementos de bloqueio 1552 atingem o limite de achatamento, é necessário que uma quantidade maior de tensão seja aplicada para exercer a flexão adicional das escoras
1516 ao redor das articulações ou dos nós 1514, 1522 e, assim, compri- mir adicionalmente o acessório 1500.
[0126] Deve-se notar que embora vários elementos de bloqueio 1552 sejam mostrados na Figura 15, a presente invenção contempla também que menos ou mais elementos de bloqueio possam ser inclu- ídos ao longo de todo o acessório 1500. Adicionalmente, o formato, o tamanho e a localização dos elementos de bloqueio 1552 não são li- mitados por essa modalidade ilustrada, e podem, portanto, variar para controlar a quantidade desejada de compressão.
[0127] Conforme mencionado acima, o corpo alongado pode incluir uma pluralidade de escoras que podem ter uma variedade de formatos. Por exemplo, a Figura 16 ilustra um acessório exemplificador 1600 que tem um corpo alongado 1606 que inclui uma pluralidade de escoras 1616 com formato substancialmente espiral. Dessa forma, cada uni- dade geométrica de repetição tem a forma de uma espiral. Nessa mo- dalidade, o corpo alongado 1606 é posicionado entre uma camada de contato com o tecido 1602 e uma camada de contato com o cartucho
1604. Conforme mostrado, as camadas 1602, 1604 são, cada uma, camadas sólidas genericamente planas com aberturas 1626. Ao me- nos uma porção dessas aberturas 1626 está alinhada com as abertu- ras 1615 definidas por cada escora 1116. A espessura de cada ca- mada pode variar. As escoras 1616 são configuradas para ter alturas comprimidas predeterminadas para limitar uma quantidade de com- pressão do acessório. Adicionalmente, dado o seu formato, essas es- coras 1616 podem ser configuradas para funcionar como uma mola. Assim, de modo similar a uma constante elástica, uma rigidez especí- fica pode ser conferida a cada escora 1616 com base em seu formato. Com isso, a compressibilidade do acessório 1600 pode depender tam- bém da rigidez específica de cada escora 1616, a qual depende tanto do material como do formato da escora 1616.
[0128] Conforme mostrado nas Figuras 8A, 11A a 13B e 15 a 16, cada acessório 800, 1100, 1200, 1300, 1500, 1600 pode incluir aberturas 826, 1140, 1144, 1226, 1326, 1526, 1626. Essas aberturas podem ser configuradas para promover o crescimento interno de células dentro de cada acessório. As aberturas podem definir um conteúdo de espaço va- zio do acessório. Em algumas modalidades, o conteúdo de espaço vazio pode ser de cerca de 15% a 95%, enquanto em outras modalidades, o conteúdo de espaço vazio pode ser de cerca de 75% a 90%. Para uso na presente revelação, o termo "aberturas" é sinônimo de "espaços va- zios". Adicionalmente, o acessório pode ter uma razão entre área de su- perfície e volume de cerca de 1:100 a 1:5. Em algumas modalidades, o acessório pode ter uma razão entre área de superfície e volume de cerca de 1:10.
[0129] As aberturas podem estar adicionalmente situadas dentro de vários componentes dos acessórios. Cada abertura pode ter uma dimen- são que se estende ao menos parcialmente através do componente. Em certas modalidades, conforme mostrado nas Figuras 8A, 11A a 13B e 15 a 16, as aberturas 826, 1140, 1444, 1226, 1326, 1526, 1615, 1626 podem estar presentes dentro da superfície ou camada de contato com o tecido, da superfície ou camada de contato com o cartucho e/ou do corpo alon- gado. Nessas modalidades ilustradas, cada uma dessas aberturas se es- tende completamente através de seu respectivo componente. Dentro do corpo alongado, essas aberturas podem ser definidas pelas escoras inter- conectadas. Adicionalmente, essas aberturas podem ser também interco- nectadas ao longo de todo o acessório para, desse modo, formar uma rede substancialmente contínua de aberturas ou canais. Adicionalmente, con- forme mostrado nas Figuras 11A a 11B, as aberturas 1126 podem estar adicionalmente presentes dentro dos recursos de conectividade interna
1138.
[0130] As aberturas podem ter tamanhos e/ou formatos variáveis. Por exemplo, aberturas maiores podem permitir que o tecido (e as células) pe- netre(m) no acessório, enquanto aberturas menores podem aprisionar as células dentro do acessório para promover o crescimento interno de célu- las. Desse modo, os tamanhos variáveis das aberturas em todos os aces- sórios podem promover a remodelagem extracelular. Ou seja, os tama- nhos variáveis das aberturas podem facilitar a revascularização, bem como a mobilidade das células dentro do acessório quando o acessório está implantado, estimulando, assim, o crescimento interno tanto do tecido como das células. Adicionalmente, os tamanhos variáveis das aberturas podem facilitar também a extração de subprodutos e resíduos celulares do acessório implantado, e, portanto, do sítio de implantação. Em algumas modalidades, as aberturas têm formato substancialmente circular.
[0131] Em modalidades em que as aberturas se situam dentro da superfície ou camada de contato com o tecido e do corpo alongado, como as aberturas mostradas nas Figuras 8A, 11A a 13B e 15 a 16, as abertu- ras podem ter, cada uma, um diâmetro que é cerca de 70% a 170% de um diâmetro de uma perna de grampo de um grampo, como o grampo 406 mostrado nas Figuras 4 e 5. As aberturas dentro da superfície de contato com o tecido e dentro do corpo alongado pode ter uma variedade de tamanhos. Por exemplo, em algumas modalidades, as aberturas na superfície de contato com o tecido podem ter, cada uma, um diâmetro na faixa de cerca de 100 µm a 1.000 µm. Em uma modalidade, as aberturas na superfície de contato com o tecido podem ter, cada uma, um diâmetro que é de pelo menos cerca de 14 µm. As aberturas no corpo alongado podem ter, cada uma, um diâmetro na faixa de cerca de 200 µm a 610 µm ou de cerca de 400 µm a 1.000 µm. Para uso na presente revelação, o "diâmetro" de uma abertura é a maior distância entre qualquer par de vértices da abertura.
[0132] Adicionalmente, em algumas modalidades, as aberturas den-
tro da superfície ou camada de contato com o tecido podem ser configu- radas para permitir que uma ou mais porções de tecido penetrem ou se comprimam para dentro da superfície ou camada de contato com o tecido (por exemplo, as aberturas 1144, 1226, 1626). Desse modo, conforme dis- cutido acima, quando o acessório é grampeado ao tecido e o tecido é com- primido para dentro da abertura, o movimento deslizante do acessório em relação ao tecido pode ser substancialmente evitado.
[0133] Em outras modalidades, o acessório pode ser configurado para melhorar o avanço das pernas de grampo através do acessório. Por exemplo, o acessório pode ter aberturas que estão alinhadas com a direção de avanço das pernas de grampo para dentro e parcialmente através do acessório. As aberturas podem se estender parcial ou com- pletamente através do acessório. Dessa forma, conforme as pernas de grampo avançam através do acessório, as aberturas podem agir como um guia para minimizar danos ao grampo, bem como ao acessório, à medida que o grampo atravessa o acessório.
[0134] Em algumas modalidades, conforme mostrado nas Figuras 17 a 19, o acessório pode incluir uma pluralidade de escoras que têm o formato de colunas. Por exemplo, na Figura 17, as colunas podem ser substancialmente verticais e ter alturas variáveis. Adicionalmente, em outras modalidades, conforme mostrado na Figura 19, um primeiro conjunto de colunas pode ser substancialmente vertical e um segundo conjunto de colunas pode ser curvo. As escoras podem ser formadas do mesmo material ou de um material diferente. Em algumas modali- dades, o acessório pode incluir uma primeira pluralidade de escoras que são formadas de um primeiro material e uma segunda pluralidade de escoras que são formadas de um segundo material.
[0135] Na Figura 17, o acessório 1700 inclui uma pluralidade de es- coras 1716 que têm um formato de colunas substancialmente verticais.
Em particular, essas escoras 1716 se estendem de uma camada de con- tato com o cartucho 1704 em direção a, e em alguns casos até, a camada de contato com o tecido oposta 1702. A pluralidade de escoras 1716 inclui uma primeira pluralidade de escoras verticais 1716a com uma primeira al- tura (Y), uma segunda pluralidade de escoras 1716b com uma segunda altura (Y1) que é menor que a primeira altura (Y) e uma terceira pluralidade de escoras 1716c com uma terceira altura (Y3) que é menor que a segunda altura (Y2). Por uma questão de simplicidade, apenas uma porção da plu- ralidade de escoras 1716 é mostrada na Figura 17. Embora não mostrado, um elemento versado na técnica reconhecerá que as camadas de contato com o tecido e/ou com o cartucho 1702, 1704 podem incluir aberturas con- forme discutido aqui.
[0136] As alturas variáveis dessa pluralidade de escoras 1716 podem fornecer ao acessório compressibilidade variável. As Figuras 18A a 18C ilustram o comportamento de compressão do acessório 1700 sob diferen- tes tensões. Em particular, o acessório 1700 é mostrado a uma altura pré- comprimida na Figura 18A, uma primeira altura comprimida (H1) sob uma primeira tensão (S1) na Figura 18B e a uma segunda altura comprimida (H2) sob uma segunda tensão (S2) na Figura 18C. Conforme mostrado, a primeira altura comprimida (H1) é maior que a segunda altura comprimida (H2), e, portanto, a primeira tensão (S1) é menor que a segunda tensão (S2). Um elemento versado na técnica reconhecerá que o acessório pode ter uma variedade de alturas comprimidas ao longo de seu uso, e que as alturas comprimidas são uma função, ao menos em parte, das tensões específicas que são aplicadas ao acessório ao longo de seu uso.
[0137] Conforme mostrado nas Figuras 18A a 18C, à medida que a compressão do acessório 1700 aumenta, a quantidade de tensão neces- sária para alcançar tais compressões também aumenta. Isso se deve ao fato de que escoras adicionais são engatadas conforme o acessório 1700 se comprime, aumentando, assim, a resistência da rigidez do acessório
1700. Por exemplo, conforme mostrado na Figura 18B, em uma primeira tensão S1 aplicada ao acessório 1700, a primeira e a segunda pluralida- des de escoras 1716a, 1716b são engatadas. Em comparação, quando o acessório 1700 está sob uma segunda tensão S2, a primeira, a segunda e a terceira pluralidades de escoras 1716a, 1716b, 1716c são engatadas, criando, assim, uma resistência de rigidez maior.
[0138] A Figura 19 ilustra outra modalidade exemplificadora de um acessório 1900 que tem uma pluralidade de escoras 1916 sob a forma de colunas substancialmente verticais 1916a ou colunas curvas 1916b. As colunas substancialmente verticais 1916a podem ser configuradas para suportar a tensão inicial aplicada ao acessório 1900 e então de- fletir ou deformar (por exemplo, no ponto de deflexão D na Figura 20) conforme o acessório se comprime. As colunas curvas 1916b podem ser configuradas para fornecer uma rigidez aproximadamente cons- tante (isto é, essencialmente o deslocamento de toda a curva mostrada na Figura 20 a partir do eixo geométrico zero). Esse comportamento mecânico das escoras 1916, e, portanto, do acessório 1900, é repre- sentado graficamente na Figura 20.
[0139] Em outras modalidades, o acessório pode incluir recursos adi- cionais. As figuras a seguir ilustram recursos que podem ser incluídos em quaisquer dos acessórios aqui revelados, e, portanto, a configuração es- pecífica do acessório, isto é, a configuração das unidades de repetição, não será mostrada. A Figura 21A ilustra uma modalidade de um acessório 2100 que tem um canal 2108 formado em seu interior que é configurado para receber um elemento de corte, como uma faca.
[0140] Conforme mostrado na Figura 21A, o acessório 2100 inclui uma primeira porção 2104 e uma segunda porção 2106, cada uma tendo bordas externas e internas. As bordas internas 2104a, 2106a definem um canal 2108 que se estende entre a primeira e a segunda porções e ao longo do eixo geométrico longitudinal (L) do acessório
2100. O canal 2108 é configurado para receber um membro de corte, como uma faca. Conforme mostrado na Figura 21B, o canal 21 não se estende completamente através da altura do acessório 2100. Em par- ticular, o canal 2108 não se estende através da superfície de contato com o cartucho 2110. Desse modo, o acessório 2100 é configurado para ter integridade estrutural suficiente para ser, assim, eficazmente manipulado e fixado ao corpo do cartucho, como o corpo do cartucho 2214 mostrado na Figura 21B. Em uso, quando o membro de corte é inicialmente disparado e se desloca ao longo do acessório, o membro de corte realiza o corte através do canal, separando, dessa forma, a primeira e a segunda porções, e dividindo o acessório 2100 em duas partes distintas.
[0141] Adicionalmente, conforme mostrado na Figura 21A, o aces- sório 2100 inclui flanges 2112 que são configurados para encaixar com o corpo do cartucho 2214 na Figura 21B, conforme descrito abaixo em mais detalhes. Embora a Figura 21A ilustre o acessório 2100 com flan- ges 2112 em um lado do acessório 2100, flanges adicionais 2112 po- dem estar presentes no lado oposto do acessório 2100. Um elemento versado na técnica reconhecerá que o número e a disposição de flan- ges 2112 não se limitam ao que é mostrado na Figura 21A. Embora os flanges 2112 possam ser produzidos a partir de uma variedade de ma- teriais, em algumas implementações, como mostrado na Figura 21A, os flanges 2112 podem ser uma extensão da superfície de contato com o cartucho 2110. Um elemento versado na técnica reconhecerá que os flanges podem ser formados em linha com o acessório (por exemplo, como parte do processo de impressão 3D), ou, alternativamente, po- dem ser formados fora de linha e, então, ser aplicados ao acessório secundariamente.
[0142] A Figura 21B ilustra uma modalidade de um conjunto de car-
tucho de grampos 2200. Além das diferenças detalhadas abaixo, o con- junto de cartucho de grampos 2200 pode ser similar ao conjunto de car- tucho de grampos 600 (Figura 6) e não será, portanto, descrito em de- talhes. Adicionalmente, por uma questão de simplicidade, certos com- ponentes do conjunto de cartucho de grampos 2200 não estão ilustra- dos na Figura 21B.
[0143] O conjunto de cartucho de grampos 2200 inclui o acessório 2100 na Figura 21A fixado a um corpo do cartucho 2214. O acessório 2100 pode ser fixado ao corpo do cartucho 2214 com o uso de quais- quer métodos adequados, conforme descrito em mais detalhes abaixo. Nessa modalidade, o corpo do cartucho 2214 inclui canais rebaixados 2216 que são configurados para receber os flanges 2112 sobre o aces- sório de modo que os flanges 2112 possam engatar no(s) lado(s) do corpo do cartucho 2214. Dessa forma, o acessório 2100 pode ser fi- xado mais firmemente ao corpo do cartucho, evitando, assim, movi- mentos indesejados do acessório 2100 durante o uso.
[0144] Em outra modalidade, conforme mostrado na Figura 22, o acessório 3000 pode ter um canal 3008 com uma ou mais aberturas 3010 que se estendem através do mesmo (por exemplo, perfurado), cri- ando, assim, pelo menos um membro de ligação 3012. Dessa forma, a primeira e a segunda porções 3014, 3016 do acessório 3000 são sele- tivamente conectadas pelo pelo menos um membro de ligação 3012. Em uso, quando o membro de corte é inicialmente disparado e se des- loca ao longo do acessório 3000, o membro de corte realiza o corte atra- vés do pelo menos um membro de ligação 3012, separando, dessa forma, a primeira e a segunda porções 3014, 3016, e dividindo, assim, o acessório 3000 em duas partes distintas.
[0145] Em algumas modalidades, o corpo do cartucho, como o corpo do cartucho 2214 mostrado na Figura 21B, e o acessório, como o acessório 3000 mostrado na Figura 22, podem incluir recursos de reforço complementares que podem ser configurados para evitar o rasgo do acessório fora do canal quando o elemento de corte se move através do acessório 3000. Por exemplo, os recursos de reforço do corpo do cartucho podem ser aberturas cilíndricas rebaixadas posicio- nadas próximas à fenda no interior do corpo do cartucho, e os recursos de reforço do acessório podem ser protuberâncias cilíndricas posicio- nadas dentro da primeira e da segunda porções do acessório adja- cente ao pelo menos um membro de ligação. Desse modo, quando o acessório é colocado sobre o corpo do cartucho, essas protuberâncias cilíndricas do acessório se estendem para dentro dessas aberturas re- baixadas do corpo do cartucho. A presente invenção contempla ainda que essas protuberâncias e aberturas rebaixadas podem ter vários ou- tros formatos.
[0146] As armações podem ser aplicadas a um corpo do cartucho para formar um conjunto de cartucho de grampos com o uso de qualquer método adequado. Por exemplo, em algumas modalidades, o método pode incluir a fixação de um acessório compressível bioabsorvível a um corpo do cartucho de um grampeador cirúrgico. Em uma modalidade, conforme discutido acima, a fixação do acessório ao corpo do cartucho pode incluir a colocação de uma superfície de contato com o cartucho do acessório contra uma superfície do corpo do cartucho para inserir os flan- ges do acessório dentro dos canais rebaixados do corpo do cartucho. Em outra modalidade, o método pode incluir também revestir uma superfície do corpo do cartucho com um adesivo antes de o acessório ser fixado à mesma.
[0147] Os dispositivos aqui revelados podem ser projetados para se- rem descartados após um único uso, ou podem ser projetados para serem usados múltiplas vezes. Em qualquer caso, entretanto, o dispositivo pode ser recondicionado para reutilização após ao menos um uso. O recondici- onamento pode incluir qualquer combinação das etapas de desmontagem do dispositivo, seguida de limpeza ou substituição de peças específicas e subsequente remontagem. Em particular, o dispositivo pode ser desmon- tado e qualquer número de peças ou partes específicas do dispositivo po- dem ser seletivamente substituídas ou removidas, em qualquer combina- ção. Mediante a limpeza e/ou substituição de partes específicas, o dispo- sitivo pode ser remontado para uso subsequente nas instalações de re- condicionamento ou por uma equipe cirúrgica, imediatamente antes de um procedimento cirúrgico. Os versados na técnica entenderão que o recon- dicionamento de um dispositivo pode usar uma variedade de técnicas para desmontar, limpar/substituir e remontar. O uso dessas técnicas, bem como o dispositivo recondicionado resultante, estão todos no escopo do pre- sente pedido.
[0148] Um versado na técnica compreenderá outras características e vantagens da invenção com base nas modalidades acima descritas. Con- sequentemente, a invenção não deve ser limitada pelo que foi particular- mente mostrado e descrito, exceto conforme indicado pelas reivindicações anexas. Todas as publicações e referências citadas estão expressamente aqui incorporadas na íntegra, a título de referência. Qualquer patente, pu- blicação ou informação, no todo ou em parte, que seja tida como incorpo- rada a título de referência à presente invenção, é incorporada à presente invenção apenas até o ponto em que o material incorporado não entre em conflito com definições, declarações ou outros materiais de revelação exis- tentes apresentados neste documento. Desse modo, a revelação como explicitamente aqui apresentada substitui qualquer material conflitante in- corporado à presente invenção a título de referência.

Claims (17)

REIVINDICAÇÕES
1. Conjunto de grampeamento para uso com um grampeador cirúrgico, caracterizado por compreender: um corpo que tem uma pluralidade de grampos dispostos no mesmo, sendo que a pluralidade de grampos é configurada para ser implantada no tecido e o corpo tem uma primeira extremidade, uma se- gunda extremidade e um eixo geométrico longitudinal que se estende entre as mesmas; e um acessório compressível tridimensional formado por uma matriz que compreende pelo menos um polímero bioabsorvível fundido e configurado para ser retido de maneira liberável no corpo, de modo que o acessório possa ser fixado ao tecido pela pluralidade de gram- pos contidos no corpo, sendo que o acessório tem uma superfície de contato com o tecido, uma superfície de contato com o corpo que é oposta à superfície de contato com o tecido e uma estrutura interna que se estende entre as mesmas, sendo que espaços vazios estão presentes na superfície de contato com o tecido e na estrutura interna para permitir que uma porção do tecido penetre através da superfície de contato com o tecido e para dentro da estrutura interna quando o acessório é fixado ao tecido pela pluralidade de grampos.
2. Conjunto de grampeamento, de acordo com a reivindica- ção 1, caracterizado por os espaços vazios serem de tamanhos varia- dos.
3. Conjunto de grampeamento, de acordo com a reivindica- ção 1, caracterizado por ao menos uma porção dos espaços vazios ter um diâmetro de cerca de 70% a 170% de um diâmetro de uma perna de grampo de cada grampo da pluralidade de grampos.
4. Conjunto de grampeamento, de acordo com a reivindica- ção 1, caracterizado por a estrutura interna incluir espaços vazios que se estendem verticalmente entre a superfície de contato com o tecido e a superfície de contato com o corpo, e sendo que os espaços vazios são configurados para melhorar o avanço da perna de grampo através da estrutura interna.
5. Conjunto de grampeamento, de acordo com a reivindica- ção 1, caracterizado por cada espaço vazio da estrutura interna ter um diâmetro na faixa de cerca de 200 µm a 610 µm.
6. Conjunto de grampeamento, de acordo com a reivindica- ção 1, caracterizado por cada espaço vazio da superfície de contato com o tecido ter um diâmetro que é pelo menos cerca de 14 µm.
7. Conjunto de grampeamento, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a estrutura interna incluir uma pluralidade de escoras interconectadas que definem espaços vazios na mesma.
8. Conjunto de grampeamento, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por a pluralidade de escoras interconectadas incluir zonas de flexão configuradas para se flexionar para possibilitar a compressão do acessório.
9. Conjunto de grampeamento, de acordo com a reivindica- ção 7, caracterizado por ao menos uma porção da pluralidade de es- coras interconectadas ter, cada escora, uma seção transversal variá- vel.
10. Conjunto de grampeamento, de acordo com a reivindica- ção 1, caracterizado por os espaços vazios formarem uma rede substan- cialmente contínua de aberturas por todo o acessório.
11. Conjunto de grampeamento, de acordo com a reivindi- cação 1, caracterizado por espaços vazios estarem presentes na su- perfície de contato com o corpo, sendo que cada espaço vazio tem uma dimensão que se estende ao menos parcialmente através da su- perfície de contato com o corpo.
12. Conjunto de grampeamento, de acordo com a reivindica-
ção 1, caracterizado pelos espaços vazios serem configurados para res- tringir o movimento do tecido ao longo da superfície de contato com o te- cido em uma direção substancialmente paralela ao eixo geométrico longi- tudinal do corpo.
13. Conjunto de grampeamento, de acordo com a reivindi- cação 1, caracterizado por o acessório ser configurado para aplicar uma tensão de pelo menos cerca de 3 g/mm 2 ao tecido grampeado ao mesmo por ao menos 3 dias, quando o acessório está em um estado implantado no tecido.
14. Conjunto de grampeamento para uso com um grampeador cirúrgico, caracterizado por compreender: um corpo que tem uma pluralidade de grampos dispostos no mesmo, sendo que a pluralidade de grampos é configurada para ser im- plantada no tecido; e um acessório compressível tridimensional formado por uma matriz que compreende pelo menos um polímero bioabsorvível fundido e configurado para ser retido de maneira liberável no corpo, de modo que o acessório pode ser fixado ao tecido pela pluralidade de grampos contidos no corpo, sendo que o acessório compreende uma estrutura de retícula que tem uma superfície de contato com o tecido e uma su- perfície de contato com o corpo, e sendo que aberturas com diferentes tamanhos estão presentes na estrutura de retícula interna para formar uma rede substancialmente contínua de canais para promover o cresci- mento de tecido.
15. Conjunto de grampeamento, de acordo com a reivindica- ção 14, caracterizado por ao menos uma porção das aberturas se es- tender através da superfície de contato com o corpo.
16. Conjunto de grampeamento, de acordo com a reivindi- cação 14, caracterizado pela estrutura de retícula incluir zonas de fle- xão configuradas para se flexionar para possibilitar a compressão do acessório.
17. Conjunto de grampeamento, de acordo com a reivindica- ção 14, caracterizado por o acessório ser configurado para aplicar uma tensão de pelo menos cerca de 3 g/mm2 ao tecido grampeado ao mesmo por ao menos 3 dias quando o acessório estiver em um estado implantado no tecido.
BR112020016870-0A 2018-02-21 2019-01-17 Acessórios tridimensionais BR112020016870A2 (pt)

Applications Claiming Priority (3)

Application Number Priority Date Filing Date Title
US15/901,731 US11006950B2 (en) 2018-02-21 2018-02-21 Three dimensional adjuncts
US15/901,731 2018-02-21
PCT/IB2019/050404 WO2019162766A1 (en) 2018-02-21 2019-01-17 Three dimensional adjuncts

Publications (1)

Publication Number Publication Date
BR112020016870A2 true BR112020016870A2 (pt) 2020-12-15

Family

ID=73576705

Family Applications (1)

Application Number Title Priority Date Filing Date
BR112020016870-0A BR112020016870A2 (pt) 2018-02-21 2019-01-17 Acessórios tridimensionais

Country Status (4)

Country Link
JP (1) JP7362631B2 (pt)
CN (1) CN112040882A (pt)
BR (1) BR112020016870A2 (pt)
MX (1) MX2020008732A (pt)

Family Cites Families (7)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
US8864009B2 (en) * 2010-09-30 2014-10-21 Ethicon Endo-Surgery, Inc. Tissue thickness compensator for a surgical stapler comprising an adjustable anvil
US9307989B2 (en) 2012-03-28 2016-04-12 Ethicon Endo-Surgery, Llc Tissue stapler having a thickness compensator incorportating a hydrophobic agent
US9204880B2 (en) * 2012-03-28 2015-12-08 Ethicon Endo-Surgery, Inc. Tissue thickness compensator comprising capsules defining a low pressure environment
US20140224857A1 (en) * 2013-02-08 2014-08-14 Ethicon Endo-Surgery, Inc. Staple cartridge comprising a compressible portion
US10076329B2 (en) * 2015-08-31 2018-09-18 Ethicon Llc Adjunct material to promote tissue growth in a colon
US10478188B2 (en) * 2015-09-30 2019-11-19 Ethicon Llc Implantable layer comprising a constricted configuration
US10736633B2 (en) * 2015-09-30 2020-08-11 Ethicon Llc Compressible adjunct with looping members

Also Published As

Publication number Publication date
CN112040882A (zh) 2020-12-04
MX2020008732A (es) 2020-12-07
JP2021514255A (ja) 2021-06-10
JP7362631B2 (ja) 2023-10-17

Similar Documents

Publication Publication Date Title
EP3530207B1 (en) Three dimensional adjuncts
US10779817B2 (en) Three dimensional adjuncts
BR112020016829A2 (pt) Acessórios tridimensionais
BR112020016870A2 (pt) Acessórios tridimensionais
BR112020016879A2 (pt) Conjunto de grampeamento com acessório tridimensional
BR112020016824A2 (pt) Conjunto de grampeamento com acessórios tridimensionais
BR112020016741A2 (pt) Acessórios tridimensionais para grampeadores cirúrgicos
BR112020016835A2 (pt) Acessórios tridimensionais
BR112020016834A2 (pt) Acessórios tridimensionais
BR112020016800A2 (pt) Acessórios tridimensionais
BR112020016786A2 (pt) Acessórios tridimensionais

Legal Events

Date Code Title Description
B350 Update of information on the portal [chapter 15.35 patent gazette]
B06W Patent application suspended after preliminary examination (for patents with searches from other patent authorities) chapter 6.23 patent gazette]