BR112020012442B1 - Material de embalagem selável a quente - Google Patents

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Abstract

A presente invenção é direcionada para um material de embalagem livre a partir de alumínio na forma de uma folha (lâmina) ou película (filme) contínua, compreendendo uma camada de celulose microfibrilada [microfibrillated cellulose (MFC)], em que a camada compreendendo MFC foi laminada ou revestida sobre pelo menos uma lateral com um material selável a quente. A camada de MFC contém pelo menos 60% em peso de celulose microfibrilada. A presente invenção é também direcionada para um método para selagem (vedação) por indução, em que um material de embalagem a ser selado (vedado) a quente por indução é colocado contra uma superfície de aquecimento por indução.

Description

Campo técnico
[0001] A presente invenção é direcionada para um material de embalagem selável a quente livre a partir de alumínio na forma de uma folha (lâmina) ou película (filme) contínua, compreendendo uma camada de celulose microfibrilada [microfibrillated cellulose (MFC)], em que a camada compreendendo MFC foi laminada ou revestida sobre pelo menos uma lateral com um material selável a quente. A camada de MFC contém pelo menos 60% em peso de celulose microfibrilada. A presente invenção é também direcionada para um método para selagem (vedação) por indução, em que um material de embalagem a ser selado (vedado) a quente por indução é colocado contra uma superfície de aquecimento por indução.
Antecedentes
[0002] Embalagens utilizadas para objetos sensíveis, tais como bebidas líquidas, necessita possuir suficientes propriedades de barreira. Tipicamente, alumínio é utilizado para estes propósitos e geralmente proporciona suficientes propriedades com respeito para penetração de gás, tal como oxigênio. A camada de alumínio é também uma barreira ao aroma e desempenha uma importante função em selagem (vedação) a quente.
[0003] Selagem a quente é utilizada em embalagem primariamente para produção ou fechamento de embrulhos, bolsas, malotes, caixas, tubos, blister packs (plástico bolha), recipientes de paredes finas, kits e vários componentes.
[0004] Existem diversos métodos úteis para selagem a quente, incluindo selagem por impulso, selagem a quente dielétrica e selagem a quente térmica (termosselável).
[0005] Indução é comumente utilizada como um recurso para embalagens de selagem a quente. Isto é tradicionalmente baseado sobre a presença de uma suficiente quantidade de material condutivo para gerar calor e por intermédio disso possibilitar selagem a quente.
[0006] Uma questão com a utilização de alumínio é a de ele que coloca um desafio ambiental, é um problema no processo de reciclagem e não é compostável. Deve, conseqüentemente, ser desejável substituir alumínio por materiais reutilizáveis. Entretanto, é essencial manter as propriedades de barreira do material de embalagem na extensão em que ele é para ser utilizado em embalagens, por exemplo, para líquidos e é também importante que o material de embalagem venha a ser suficientemente resistente a rachaduras. Muitas linhas e unidades de embalagem são equipadas com selantes (vedantes) de indução. Isto significa também que os materiais de embalagem têm que conter uma camada ou uma folha de alumínio (ou de materiais similares) de maneira tal a ser selável por indução.
[0007] A utilização de uma camada de alumínio proporciona boas propriedades de barreira, mas conduz para problemas com respeito ao valor, reciclagem, e custos sustentáveis.
[0008] Incorporação de substâncias que possibilitam capacidade de selagem (vedação) por indução de uma película ou revestimento ou biopelícula de polímero é uma opção, mas pode também conduzir para problemas em desempenho, capacidade de reciclagem e custos. Adição de produtos químicos ou partículas funcionais, por exemplo, para a extremidade úmida ou processo de revestimento poderia ser uma opção, mas isto poderia aumentar os riscos de influência negativamente de propriedades de barreira ou de processo de fabricação de laminado ou barreira.
[0009] Conseqüentemente, um revestimento ou uma película livre de alumínio sem substâncias indutivas incorporadas que podem ainda ser utilizadas em selagem por indução sem ser danificado/a devido para o fato do processo de selagem a quente é necessitado/a.
Sumário da invenção
[0010] Foi surpreendentemente descoberto que por utilização de uma camada de celulose microfibrilada (MFC) em que a camada compreendendo MFC foi laminada ou revestida por extrusão sobre pelo menos uma lateral com um material selável a quente, é possível conseguir um material de embalagem adequado para selagem a quente utilizando métodos tais como, mas não limitados para, selagem por indução, até mesmo quando o material de embalagem é livre a partir de alumínio na forma de uma folha ou película contínua.
[0011] A presente invenção é, por conseqüência, direcionada para um material de embalagem que é livre a partir de alumínio na forma de uma folha ou película contínua, compreendendo uma camada de MFC, em que a camada compreendendo MFC foi laminada ou revestida sobre pelo menos uma lateral com um material selável a quente. O material selável a quente pode ser proporcionado sobre uma lateral ou sobre ambas as laterais da camada de MFC.
[0012] Para facilitar a selagem por indução, uma lateral do material de embalagem pode opcionalmente ser proporcionada com um revestimento que não adere para as ou não gruda (cola) para as superfícies, especialmente superfícies de metal, tais como superfícies de alumínio quando aquecidas. Por conseqüência, aquele revestimento previne que a superfície revestida venha a aderir para uma superfície de metal aquecido. Exemplos de tais revestimentos incluem amido, uma cera, um revestimento de mineral ou pigmento ou um polímero possuindo um ponto de fusão mais alto do que o do material selável a quente. Se o revestimento que previne que a superfície revestida venha a aderir para uma superfície de metal aquecida for um polímero, ele pode também conter um ou mais de agentes antiadesivo e/ou antibloqueio, para adicionalmente reduzir o risco de aderência para a superfície de metal. O revestimento que não adere para ou que não gruda para as superfícies é preferivelmente proporcionado em uma quantidade de até 20 g/m2, tal como a partir de 0,1 g/m2 até 20 g/m2, preferivelmente de 0,5 g/m2 até 15 g/m2 ou de 0,5 g/m2 até 5 g/m2. Alternativamente, o material de embalagem não adere para uma superfície de metal aquecida.
[0013] O material de embalagem em concordância com a presente invenção preferivelmente possui uma espessura de menos do que 50 μm, tal como de menos do que 45 μm, de menos do que 40 μm, ou de menos do que 35 μm.
[0014] A camada de MFC é preferivelmente na faixa a partir de 5 gsm até 50 gsm, tal como a partir de 5 gsm - 30 gsm ou a partir de 10 gsm - 30 gsm. A MFC pode ser nativa ou modificada e pode ser uma mistura de MFC nativa e modificada e bem como uma mistura de MFC nativa e diferentes tipos de MFC modificada. A MFC é modificada, pode ser MFC fosforilada ou revestida por PCC. A MFC pode ser produzida a partir de polpa, tal como a partir de polpa de dissolução.
[0015] A camada de MFC possui um valor de taxa de transmissão de oxigênio [oxygen transmission rate (OTR)] de menos do que 500 cm3/m2*dia a 230C/50%RH para uma camada de MFC de 20 gsm - 30 gsm. Preferivelmente, o valor de OTR é de menos do que 450 cm3/m2*dia a 230C/50%RH. Mais preferivelmente, o valor de OTR é de menos do que 400 cm3/m2*dia a 230C/50%RH, de menos do que 200 cm3/m2*dia a 230C/50%RH ou de menos do que 100 cm3/m2*dia A 230C/50%RH. A OTR pode ser determinada utilizando métodos conhecidos no estado da técnica.
[0016] A camada de MFC em combinação com o material selável a quente em concordância com a presente invenção possui um valor de OTR (taxa de transmissão de oxigênio) de menos do que 400 cm3/m2*dia a 230C/50%RH. Preferivelmente, o valor de OTR é de menos do que 300 cm3/m2*dia a 230C/50%RH. Mais preferivelmente, o valor de OTR é de menos do que 100 cm3/m2*dia a 230C/50%RH. A OTR pode ser determinada utilizando métodos conhecidos no estado da técnica.
[0017] O material de embalagem em concordância com a presente invenção pode ser submetido para impressão através de um processo de impressão de alimentação de bobina para bobina ou de bobina para folha ou de folha, mas pode também ser submetido para um tratamento de superfície off-line com outras tecnologias, tais como flexogravura, rotogravura, rotogravura reversa, impressão em silk screen (serigrafia), impressão de jato de tinta, impressão offset (litografia), pulverização, cortina, espuma, ou outras técnicas de impressão ou de tratamento de superfície.
[0018] O material de embalagem em concordância com a presente invenção pode ser biodegradável e/ou compostável. Neste contexto, compostabilidade é definida em concordância com a norma ISO 18606, isto é, constituintes na integridade de material que estão presentes em concentrações de menos do que 1% não necessitam demonstrar nenhuma biodegradabilidade. Entretanto, a soma de tais constituintes não deverá exceder 5%. Biodegradabilidade é definida como segue: a última biodegradabilidade aeróbica deverá ser determinada para a integridade de material ou para cada constituinte orgânico que está presente no material em uma concentração de mais do que 1% (por massa seca). Constituintes presentes em níveis entre 1% até 10% deverão ser testados individualmente.
[0019] Um aspecto da presente invenção é o de um método para selagem (vedação) por indução, em que o material de embalagem em concordância com a presente invenção pode ser submetido para selagem por indução, independentemente de se o material de embalagem é livre a partir de alumínio na forma de uma folha (lâmina) ou película (filme) contínua. Neste método para selagem por indução, o material de embalagem em concordância com a presente invenção é colocado em proximidade ou colocado em contato com uma superfície que pode ser aquecida por indução, tal como uma superfície de metal, tal como uma superfície de alumínio, que é disposta de uma maneira tal que ela pode ser aquecida por indução e utilizada para aquecer e, por intermédio disso, selar um material de embalagem, sob pressão aplicada, em concordância com a presente invenção. Por conseqüência, em concordância com este método, equipamento já existente para selagem a quente por indução pode prontamente adaptado para utilização em concordância com o presente método para selagem por indução de um material de embalagem em concordância com a presente invenção. A superfície aquecida pode ser um substrato ou peça inversa (contraforte) de alumínio.
[0020] Quando realizando a selagem por indução, o material de embalagem é disposto de maneira tal que pelo menos uma das duas superfícies a serem seladas juntamente é proporcionada com um material selável a quente. O calor a partir da superfície aquecida é conduzido através do material de embalagem e aquece o material selável a quente de maneira tal que ele amacia ou funde suficientemente para obter a selagem desejada. Se uma lateral do material de embalagem é revestida com um material que não gruda para superfícies, então, a lateral do material de embalagem proporcionada com o material que não gruda para superfícies é colocada em proximidade ou colocada em contato com a superfície aquecida por indução. Entretanto, o material de embalagem em concordância com a presente invenção pode também ser selado para uma superfície que não um material de embalagem em concordância com a presente invenção.
[0021] O material de embalagem em concordância com a presente invenção pode ser utilizado para qualquer tipo de produto de embalagem final onde capacidade de selagem por calor por indução é desejável. Em particular, o produto de embalagem em concordância com a presente invenção pode ser utilizado como um fecho, uma tampa, um produto ou malote de embalagem de líquido.
Descrição detalhada
[0022] A celulose microfibrilada utilizada em concordância com a presente invenção pode ser preparada utilizando métodos conhecidos no estado da técnica.
[0023] O termo “livre a partir de alumínio na forma de uma folha ou película contínua” como aqui utilizado no contexto de um material de embalagem, significa um material de embalagem que não compreende alumínio na forma de uma folha ou película contínua. Neste contexto, folha ou película possui uma espessura de pelo menos 250 nm e é contínua, isto é, essencialmente livre a partir de furos (pin holes). Por conseqüência, o material de embalagem tipicamente compreende menos do que 2% em peso de alumínio, tal como menos do que 1% em peso de alumínio ou menos do que 0,5% em peso de alumínio.
[0024] A camada de MFC pode ser tratada por plasma ou tratada por coroa precedentemente para adição do material selável a quente. O material selável a quente pode ser proporcionado diretamente sobre a camada de MFC. Alternativamente, uma ou mais camadas podem ser proporcionadas entre a camada de MFC e o material selável a quente. Tais camadas proporcionadas entre a camada de MFC e o material selável a quente podem, por exemplo, proporcionar adicionais propriedades de barreira e/ou aperfeiçoar a adesão entre a camada de MFC e o material selável a quente.
[0025] O material selável a quente é um material que pode ser proporcionado como uma camada e que possui um ponto de fusão e/ou uma temperatura de transição de vidro de maneira tal que ele é adequado para utilização em selagem a quente. Exemplos de tais materiais seláveis a quente incluem polímeros termoplásticos, tais como polipropileno ou polietileno. Adicionais exemplos são ceras e fundidos quentes. Adicionais exemplos incluem polímeros vinílicos (com base sobre PVC e PVDC), acrilato e estireno acrilato com base sobre polímeros, copolímeros de acrilato/poliefina, copolímeros de estireno, poliésteres, dispersões de polipropileno, copolímeros de etileno (EAA e EMAA), terpolímero de etileno (EVA) ou látex de estireno acrílico ou látex de estireno butadieno. Por conseqüência, o material selável a quente pode ser aplicado como um revestimento, por exemplo, por revestimento de dispersão, revestimento de extrusão ou revestimento de emulsão. O material selável a quente pode também ser aplicado por impressão.
[0026] A camada compreendendo o material selável a quente pode conter aditivos, tais como ceras/agentes antiderrapantes: Cera de polietileno, AKD, Cera de carnaúba, PTFE; Éster de ácido graxo; pigmentos/enchimentos inorgânicos; sílica, talco; antioxidantes / estabilizadores de UV/ clareadores ópticos e agentes anti-espumação.
[0027] Em uma concretização da presente invenção, a camada de MFC é formada em uma máquina de fabricação de papel ou em concordância com um método de produção de deposição úmida, por provisão de uma suspensão em cima de um fio e desidratação da rede para formar um substrato fino intermediário ou referida película. Uma suspensão compreendendo celulose microfibrilada é proporcionada para formar referida película.
[0028] Em uma concretização da presente invenção, a camada de MFC utilizada em concordância com a presente invenção pode ser feita em concordância com quaisquer processos conhecidos descritos no estado da técnica, tais como métodos de deposição úmida, revestimento, impressão, extrusão, laminação, etc..
[0029] Celulose microfibrilada (MFC) deverá no contexto do pedido de patente significar uma fibra ou fibrila de partícula de celulose de nano escala com pelo menos uma dimensão de menos do que 100 nm. MFC compreende parcialmente ou totalmente celulose fibrilada ou fibras de lignocelulose. As fibrilas liberadas possuem um diâmetro de menos do que 100 nm, enquanto que o diâmetro de fibrila efetivo ou distribuição de tamanho de partícula e/ou relação de aspecto (comprimento/largura) depende da fonte e dos métodos de fabricação.
[0030] A fibrila a menor é chamada de fibrila elementar e possui um diâmetro de aproximadamente 2 nm - 4 nm (ver, por exemplo, Chinga-Carrasco, G., Cellulose fibres, nanofibrils and microfibrils,: The morphological sequence of MFC components from a plant physiology and fibre technology point of view, Nanoscale research letters 2011, 6:417), enquanto é comum que a forma agregada das fibrilas elementares, também definida como microfibrila (Fengel, D., Ultrastrutural behavior of cell wall polysaccharides, Tappi J., March 1970, Vol 53, No. 3), é o produto principal que é obtido quando de fabricação de MFC, por exemplo, por utilização de um processo de refino estendido ou processo de desintegração por queda de pressão. Dependendo da fonte e do processo de fabricação, o comprimento das fibrilas pode variar a partir de em torno de 1 micrômetro para mais do que 10 micrômetros. Um grau de MFC grosseiro poderia conter uma fração substancial de fibras fibriladas, isto é, fibrilas se projetando a partir da traqueide (fibra de celulose), e com uma determinada quantidade de fibrilas liberadas a partir da traqueide (fibra de celulose).
[0031] Existem diferentes acrônimos para MFC, tais como microfibrilas de celulose, celulose fibrilada, celulose nanofibrilada, agregados de fibrila, fibrilas de celulose de nano escala, nanofibras de celulose, nanofibrilas de celulose, microfibras de celulose, fibrilas de celulose, celulose microfibrilar, agregados de microfibrila, e agregados de microfibrila de celulose. MFC também pode ser caracterizada por várias propriedades físicas ou químico-físicas, tais como grande área de superfície ou sua habilidade para formar um material assemelhado a gel em baixos sólidos (1% em peso - 5% em peso) quando dispersada em água. A fibra de celulose é preferivelmente fibrilada em uma extensão tal que a área de superfície específica final da MFC formada venha a ser a partir de cerca de 1 m2/g até cerca de 300 m2/g, tal como a partir de 1 m2/g até 200 m2/g ou mais preferivelmente de 50 m2/g - 200 m2/g quando determinada para um material congelado-seco com o método de BET.
[0032] Vários métodos existem para fazer MFC, tais como refino de passe único ou múltiplo, pré-hidrolise seguida por refino ou alta desintegração de cisalhamento ou liberação de fibrilas. Uma ou diversas etapas de pré- tratamento é/são usualmente requerida/s de maneira tal a tornar fabricação de MFC tanto eficiente em energia e quanto sustentável. As fibras de celulose da polpa a ser suprida podem, por conseqüência, serem pré-tratadas enzimaticamente ou quimicamente. As fibras de celulose podem ser quimicamente modificadas antes da fibrilação, em que as moléculas de celulose contêm grupos funcionais outros (ou mais) do que aqueles encontrados na celulose original. Tais grupos incluem, entre outros, carboximetil (CMC), grupos aldeído e/ou carboxil (celulose obtida por oxidação mediada por N-oxil, por exemplo, “TEMPO”) ou amônio quaternário (celulose catiônica). Depois de serem modificadas ou oxidadas em um dos métodos anteriormente descritos, é mais fácil desintegrar as fibras para MFC ou fibrilas de tamanho nanofibrilar.
[0033] A celulose nanofibrilar pode conter algumas hemiceluloses; a quantidade é dependente da fonte de planta. Desintegração mecânica das fibras pré-tratadas, por exemplo, matéria prima de celulose hidrolisada, pré- intumescida, ou oxidada, é realizada com equipamento adequado, tal como um refinador, moedor, homogeneizador, coloider (colloider), moedor de fricção, sonicador de ultrassom, fluidizador, tal como microfluidizador, macrofluidizador ou homogeneizador do tipo de fluidizador. Dependendo do método de fabricação de MFC, o produto poderia também conter finos, ou celulose nanocristalina ou, por exemplo, outros produtos químicos presentes em fibras de madeira ou em processo de fabricação de papel. O produto poderia também conter várias quantidades de partículas de fibra de tamanho mícron que não foram eficientemente fibriladas. MFC é produzida a partir de fibras de celulose de madeira, tanto a partir de fibras de madeira dura ou quanto a partir de fibras de madeira macia. Ela pode também ser feita a partir de fontes microbianas, fibras de agricultura, tais como polpa de palha de trigo, bambu, bagaço, ou outras fontes de fibra de não madeira. Ela é preferivelmente feita a partir de polpa incluindo polpa a partir de fibra virgem, por exemplo, polpas mecânicas, polpas químicas e/ou polpas termomecânicas. Ela pode também ser feita a partir de papel desintegrado ou de papel reciclado.
[0034] A definição anteriormente descrita de MFC inclui, mas não é limitada para, o novo proposto padrão TAPPI W13021 sobre nano fibrila de celulose (CNF) definindo um material de nanofibra de celulose contendo fibrilas elementares múltiplas tanto com região cristalina e quanto com região amorfa.
[0035] Em concordância com uma outra concretização, a suspensão pode compreender uma mistura de diferentes tipos de fibras, tal como celulose microfibrilada, e uma quantidade de outros tipos de fibra, tais como fibras Kraft, finos, fibras de reforço, fibras sintéticas, polpa de dissolução, TMP ou CTMP, PGW, etc..
[0036] A suspensão pode também compreender outros aditivos de processo ou funcionais, tais como enchimentos, pigmentos, produtos químicos de resistência à umidade, produtos químicos de resistência à secura, produtos químicos de retenção, ligantes cruzados, amaciantes ou plastificantes, primers de adesão, agentes de umidificação, biocidas, corantes ópticos, agentes de clareamento fluorescente, produtos químicos anti-espumação, produtos químicos hidrofobizantes, tais como AKD, ASA, ceras, resinas, etc.. Aditivos podem também ser adicionados utilizando uma prensa de intumescimento.
[0037] Existem diversos métodos para preparação de uma película de MFC, incluindo formação de fio e formação de fundido (moldagem). Em formação de fio, uma suspensão, compreendendo celulose microfibrilada, é desidratada sobre uma superfície porosa para formar uma rede fibrosa. Uma superfície porosa adequada é, então, seca em uma seção de secagem em uma máquina de papel para formar a película de MFC, em que a película possui uma primeira lateral e uma segunda lateral. A máquina de fabricação de papel que pode ser utilizada no processo em concordância com a presente invenção pode ser qualquer tipo de máquina conhecida pela pessoa especializada no estado da técnica utilizada para a produção de papel, papelão, papel de seda ou produtos similares, alternativamente, por exemplo, uma máquina de fabricação de papel modificada ou não convencional.
[0038] O fornecimento é colocado em cima do fio e, então, uma rede é formada, que pode ser desidratada para formar um substrato ou película fino/a intermediário/a. Na formação de fundido (moldagem), a suspensão, compreendendo MFC, é, por exemplo, aplicada sobre um meio de suporte com uma superfície não porosa. A superfície não porosa é, por exemplo, uma correia de plástico ou de metal sobre a qual a suspensão é uniformemente espalhada e a película de MFC é formada durante secagem. A película de MFC é, então, descamada a partir do meio de suporte de maneira tal a formar uma película sozinha, em que a película possui uma primeira lateral e uma segunda lateral.
[0039] Preferivelmente, a camada de MFC é laminada ou revestida por extrusão ou revestida por dispersão com um polímero termoplástico que pode ser um polímero biobaseado e/ou termoplástico biodegradável. A película termoplástica tipicamente possui um ponto de fusão a partir de 600C até 2200C. Em uma concretização da presente invenção, o polímero termoplástico é selecionado a partir de celulose termoplástica, amido termoplástico (amido modificado), polietileno (PE), polipropileno (PP), polietileno de alta densidade (HDPE), polietileno de baixa densidade (LDPE), polietileno de baixa densidade linear (LLDPE), ácido polilático (PLA), policaprolactona, poliglicolídeo (PGA), etileno vinil acetato (EVA), etileno vinil álcool (EVOH), poliamida (PA), ionômeros (por exemplo, Surlyn) ou combinações dos mesmos. A película termoplástica é tipicamente presente em pelo menos 5 g/m2, tal como pelo menos 15 g/m2, tal como pelo menos 20 g/m2, ou pelo menos 30 g/m2.
[0040] Em uma concretização da presente invenção, a camada de MFC é laminada com o polímero termoplástico. A laminação pode ser realizada utilizando métodos conhecidos no estado da técnica.
[0041] Um produto de embalagem final, tal como um papelão de embalagem de líquido final compreendendo o material de embalagem em concordância com a presente invenção pode compreender diversas camadas, isto é, ser uma estrutura de camada múltipla. O material de embalagem selável a quente em concordância com a presente invenção é útil, por exemplo, em embalagens para embrulho de objetos, bolsas, malotes, caixas, tubos, blister packs (plástico bolha), recipientes de paredes finas, etc.. O material de embalagem em concordância com a presente invenção pode também ser utilizado como uma selagem (vedação) ou tampa para um recipiente, isto é, o material de embalagem pode ser aplicado para selar (vedar) a embalagem, em que a embalagem pode ser fabricada a partir de qualquer material sobre o qual o material de embalagem em concordância com a presente invenção pode ser proporcionado como selagem (vedação). Em uma concretização, o recipiente a ser selado com um material de embalagem em concordância com a presente invenção pode conter uma suficiência de alumínio na área sobre a qual a selagem é para ser proporcionada, para permitir selagem a quente por indução.
[0042] Em vista da descrição anteriormente detalhada da presente invenção, outras modificações e variações irão se tornar aparentes para aqueles especializados no estado da técnica. Entretanto, deveria ser aparente que tais outras modificações e variações podem ser efetuadas sem afastamento a partir do espírito e do escopo da presente invenção.

Claims (7)

1. Material de embalagem termo selante caracterizado pelo fato de que é isento de alumínio na forma de uma filme ou película contínua, compreendendo uma camada que compreende pelo menos 60% em peso de celulose microfibrilada; em que a camada compreendendo celulose microfibrilada é laminada ou revestida com um material termo selante; em que pelo menos um lado do material de embalagem é fornecido com um revestimento selecionado do grupo que consiste em amido, uma cera, um revestimento mineral e um revestimento de pigmento, resultando em uma superfície revestida, o revestimento impedindo que a superfície revestida adira a uma superfície metálica aquecida; e em que a espessura do material de embalagem é inferior a 70 μm.
2. Material de embalagem termo selante, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que é selecionado do grupo que consiste em polietileno, polipropileno, ácido polilático, látex estireno-acrílico, látex de estireno-butadieno ou uma mistura destes.
3. Material de embalagem termo selante, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que a referida camada compreendendo celulose microfibrilada foi revestida por extrusão ou revestida por dispersão com um polímero termoplástico.
4. Material de embalagem termo selante, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado pelo fato de que referido polímero termoplástico é polietileno.
5. Material de embalagem termo selante, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato de que a celulose microfibrilada é nativa ou modificada ou uma mistura destas, e em que a celulose microfibrilada modificada é celulose microfibrilada fosforilada ou celulose microfibrilada revestida com PCC.
6. Método de fabricação de um material de embalagem termo selante, conforme definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado por compreender as etapas de: a) preparar uma camada de celulose microfibrilada; b) laminar ou revestir a camada da etapa a) com um material termo selante em pelo menos um lado da camada de celulose microfibrilada; e em que pelo menos um lado do material de embalagem é fornecido com um revestimento selecionado do grupo que consiste em amido, uma cera, um revestimento mineral e um revestimento de pigmento, resultando em uma superfície revestida, o revestimento sobre a superfície revestida impedindo que a superfície revestida adira a uma superfície metálica aquecida.
7. Uso de um material de embalagem termo selante, conforme definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de ser juntamente com o uso de uma superfície de aquecimento por indução, em vedação por indução.
BR112020012442-7A 2017-12-21 2018-12-19 Material de embalagem selável a quente BR112020012442B1 (pt)

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