BR112020010548A2 - estrutura contrátil artificial e dispositivo médico compreendendo a mesma - Google Patents

estrutura contrátil artificial e dispositivo médico compreendendo a mesma Download PDF

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Abstract

  A presente invenção se refere a um dispositivo contrátil artificial compreendendo pelo menos um elemento contrátil (1) que compreende uma faixa flexível (4) que se estende em uma direção longitudinal e um fechamento (6) para a formação do elemento contrátil (1) em um círculo fechado em torno de um órgão oco do corpo, o fechamento (6) ficando situado em uma primeira extremidade da faixa flexível (4). O elemento contrátil é adaptado de modo a contrair um órgão oco do corpo de tal maneira que o dito elemento contrátil (1) possa ficar em uma posição de repouso ou em uma posição ativada. O dispositivo contrátil artificial compreende ainda uma transmissão flexível (3) que compreende um elemento tensor (31) que fica ancorado em uma primeira extremidade (311) em um primeiro ponto de ancoragem (A) da faixa flexível (4), a dita transmissão flexível (3) sendo adaptada de modo a apertar o elemento contrátil (1) formado em um círculo fechado em torno do dito órgão oco do corpo mediante a aplicação de uma força de tração na extremidade do elemento tensor (2031) por meio de um atuador (7). O dispositivo contrátil artificial compreende ainda um conector (5) adaptado de modo a conectar a transmissão flexível (3) a um dito atuador (7), uma segunda extremidade (312) do dito elemento tensor (2031) sendo ancorada no dito conector (5).

Description

"ESTRUTURA CONTRÁTIL ARTIFICIAL E DISPOSITIVO MÉDICO COMPREENDENDO A MESMA" Campo da Técnica
[001] A presente invenção refere-se ao campo dos dispositivos médicos implantáveis, em particular os dispositivos médicos que compreendem uma estrutura contrátil artificial para a oclusão de um órgão oco do corpo. Fundamentos da Invenção
[002] A fim de tratar condições tais como incontinência urinária, incontinência fecal, doença do refluxo gastroesofágico, como também para o tratamento da obesidade por meio de bandas gástricas, dispositivos médicos são, com frequência, implantados no paciente, cujos dispositivos compreendem uma estrutura contrátil artificial, geralmente conhecida como manguito, estrutura essa que é fixada ao redor de um órgão oco do corpo, tal como a uretra, o reto, o esôfago ou o estômago. A fim de reduzir o diâmetro do órgão em questão ou ocluir o mesmo, a estrutura contrátil artificial aplica pressão sobre o órgão. Particularmente no caso de incontinência urinária ou fecal, a estrutura contrátil cria essencialmente um esfíncter artificial que poderá ser aberto e fechado por meio do controle da pressão aplicada pelo manguito.
[003] Em tais aplicações, é extremamente importante aplicar essa pressão o mais suave possível a fim de evitar danos ao órgão. Atualmente, isso é de modo geral realizado ao inflar uma estrutura do tipo tubo ou balão que é disposta no interior do elemento contrátil e que exerce pressão sobre o órgão. Um exemplo comercialmente bem sucedido desse tipo de dispositivo é o aparelho AUS 800 comercializado pela empresa American Medical Systems, Inc. Esse dispositivo e seus predecessores são descritos nas Patentes dos Estados Unidos Nos 3.863.622,
4.222.377, 4.412.530 e 4.878.889. Quando aplicado para o tratamento da incontinência urinária, esse dispositivo possui um balão regulador de pressão feito de silicone que é implantado no espaço perivesical, uma bomba de controle feita de silicone que é implantada no escroto ou nos lábios genitais, e um manguito oclusivo uretral feito de silicone que é enrolado ao redor da uretra bulbosa nos homens ou do colo da bexiga nas mulheres. Cada componente pode ser enchido com um meio de contraste salino ou radiopaco, e os tubos que emanam de cada componente podem ser roteados entre incisões para apropriadas conexões. O paciente opera o dispositivo ao apertar a bomba de controle através da pele escrotal ou labial, e essa ação transfere o fluido do manguito para o balão regulador de pressão a fim de liberar pressão sobre a uretra e permitir a micção, após o que o balão força um fluido através de um restritor e volta para dentro do elemento contrátil de modo a restabelecer uma pressão uretral oclusiva dentro de 3 a 5 minutos. Além disso, o dispositivo pode ser desativado de modo a permitir a cura do tecido e diminuir o edema uretral antes de inserir um cateter ou outro instrumento na uretra.
[004] No entanto, esse tipo de dispositivo é extremamente complicado de implantar, uma vez que três componentes interoperacionais precisam ser montados e enchidos com fluido in situ e, após a inflação, o dispositivo poderá dobrar ou mudar de forma de uma maneira não uniforme, deste modo criando os chamados “travesseiros”, os quais podem fazer com que uma pressão não uniforme seja aplicada. Além disso, esses dispositivos são propensos a vazamento de fluidos e podem causar atrofia e erosão uretral. Os vazamentos de fluido poderão também provocar complicações, tais como infecção pós-operatória, o que irá requerer manutenção ou troca do dispositivo.
[005] Várias tentativas foram feitas no passado no sentido de desenhar manguitos não hidráulicos que não sofrem das limitações acima. Por exemplo, a Patente dos Estados Unidos No 6.074.341 descreve um dispositivo médico que compreende um manguito não hidráulico que é atuado a mola na posição ocluída. A tensão aplicada a um elemento de fio pelo atuador neutraliza o enviesamento da mola no sentido de abrir o manguito. Ao liberar a tensão, o enviesamento da mola retorna o manguito à sua posição ocluída. Esse arranjo suscita questões de segurança, uma vez que, no caso de um mau funcionamento do atuador, o paciente não seria z de urinar e, deste modo, exigirá uma imediata cirurgia de emergência a fim de evitar danos aos rins. A Publicação de Patente dos Estados Unidos No 2012/0184980 descreve um dispositivo médico compreendendo uma estrutura de manguito não hidráulica diferente, na qual o manguito é formado como uma bainha disposta em torno da uretra, e na qual uma fita disposta dentro da bainha é fixada a um atuador e é puxada a fim de apertar o manguito e aplicar uma pressão oclusiva à uretra. No entanto, esse manguito é complicado e volumoso. Ainda outros exemplos incluem a Publicação de Patente dos Estados Unidos No 2012/0296157, que descreve dispositivos médicos compreendendo manguitos atuados por fio extremamente simples, a Publicação W013093074, que descreve manguitos de borracha macia atuados por fios, e a Patente Europeia No 1.547.549, que descreve manguitos apertados pela torção de um par de fios situados dentro do manguito. Uma aplicação suave e uniforme de pressão a um órgão não parece ser obtenível com nenhum desses três últimos exemplos.
[006] Um objeto da presente invenção é, portanto, superar pelo menos parcialmente algumas das desvantagens acima mencionadas da técnica anterior. Descrição da Invenção
[007] O objeto da presente invenção é obtido por uma estrutura contrátil artificial compreendendo pelo menos um elemento contrátil que compreende uma faixa flexível que se estende em uma direção longitudinal e um fechamento para a formação do elemento contrátil em um círculo fechado em torno de um órgão oco do corpo, o fechamento sendo situado em uma primeira extremidade da faixa flexível, o elemento contrátil sendo adaptado de modo a contrair um órgão oco do corpo de tal maneira que o dito elemento contrátil seja adaptado de modo a ficar em uma posição de repouso ou em uma posição ativada, a posição ativada sendo definida com o dito elemento contrátil que contrai o órgão oco do corpo, e a posição de repouso sendo definida com o dito elemento contrátil sem contrair o órgão oco do corpo.
[008] De acordo com a presente invenção, o dito dispositivo contrátil artificial compreende ainda: - uma transmissão flexível compreendendo um elemento tensor que fica ancorado em uma primeira extremidade em um primeiro ponto de ancoragem da faixa flexível, a dita transmissão flexível sendo adaptada de modo a apertar o elemento contrátil formado em um círculo fechado em torno do dito órgão oco do corpo mediante a aplicação de uma força de tração na extremidade do elemento tensor por meio de um atuador, e - um conector adaptado de modo a conectar a transmissão flexível ao dito atuador, uma segunda extremidade do dito elemento tensor sendo ancorada no dito conector.
[009] Em consequência, o dispositivo médico aplica uma pressão suave e uniforme no órgão oco do corpo, sem picos de pressão localizados, deste modo reduzindo o seu impacto sobre o tecido subjacente, e reduzindo danos ao mesmo.
[010] Além disso, o dispositivo da presente invenção é extremamente fácil de se implantar em um paciente e de se desconectar com segurança de um atuador, graças à provisão de um conector que, com vantagem, é de um tipo encaixe ou de um tipo ligar e usar.
[011] De acordo com uma modalidade, o elemento tensor é coberto com uma bainha flexível.
[012] De acordo com uma modalidade, a faixa flexível compreende uma pluralidade de elementos de reforço transversal que se estendem a partir de uma superfície oposta a uma superfície lisa disposta de modo a contatar o dito órgão oco do corpo.
[013] De acordo com uma modalidade, a faixa flexível compreende uma pluralidade de aberturas, cada abertura ficando situada entre dois elementos de reforço transversal adjacentes.
[014] De acordo com uma modalidade, o elemento tensor é um filamento, um fio, um cabo ou uma faixa plana.
[015] De acordo com uma modalidade, o elemento tensor passa por pelo menos alguns dos elementos de reforço transversal.
[016] De acordo com uma modalidade, a bainha compreende pelo menos um fio enrolado.
[017] De acordo com uma modalidade, a bainha compreende um fio enrolado interno enrolado em uma primeira direção, e um fio enrolado externo em torno do fio enrolado interno e enrolado em uma segunda direção oposta à dita primeira direção.
[018] De acordo com uma modalidade, o fechamento é disposto de modo a formar o elemento contrátil em um círculo fechado tendo uma dentre uma pluralidade de circunferências predeterminadas.
[019] De acordo com uma modalidade, o fechamento compreende uma aba em uma extremidade da faixa flexível e conectada à mesma por meio de duas paredes laterais de conexão integralmente formadas com a aba e com a faixa flexível a fim de definir um orifício de passagem para a passagem da dita transmissão flexível e do conector para a formação do elemento contrátil em um círculo fechado em torno do dito órgão oco do corpo.
[020] De acordo com uma modalidade, o conector é configurado de modo a permitir uma conexão de encaixe com um atuador.
[021] De acordo com uma modalidade, o dito conector de encaixe compreende uma mola helicoidal ou um anel em O que liga uma primeira ranhura anular provida em um dentre o dito atuador e o dito conector, e provê um elo cinemático com uma outra ranhura anular provida em um outro dentre o dito atuador e o dito conector.
[022] De acordo com uma modalidade, o conector compreende uma haste de conexão longitudinalmente móvel dentro de um bujão coaxial, a dita haste de conexão sendo fixada ao dito elemento tensor (31).
[023] De acordo com uma modalidade, a haste de conexão compreende uma peça com reentrâncias que coopera com os elementos de ganchos liberáveis do dito bujão a fim de permitir o movimento da haste de conexão no dito bujão.
[024] O objeto da presente invenção é também obtido por um dispositivo médico que compreende uma estrutura contrátil artificial tal como a descrita acima, e um atuador que compreende um soquete de conexão configurado para uma conexão de encaixe com o dito conector, o dito atuador compreendendo um mecanismo de atuação disposto de modo a aplicar uma força de tração ao dito elemento tensor da transmissão flexível quando o dito conector é conectado ao dito soquete. Breve Descrição dos Desenhos
[025] A presente invenção será descrita a seguir com referência aos desenhos, nos quais:
[026] As Figuras 1A e 1B são uma vista em perspectiva de um dispositivo contrátil artificial de acordo com a presente invenção com um elemento contrátil aberto montado com o seu dispositivo tensor e conector;
[027] A Figura 2 é uma vista em perspectiva ampliada de uma extremidade de fechamento do elemento contrátil do dispositivo contrátil artificial da presente invenção;
[028] A Figura 3 é uma vista em seção transversal longitudinal do elemento contrátil do dispositivo contrátil artificial da presente invenção;
[029] A Figura 4 é uma vista em seção transversal longitudinal do conector do dispositivo contrátil artificial da presente invenção;
[030] A Figura 5 é uma vista em seção transversal longitudinal do conector do dispositivo contrátil artificial da presente invenção conectado a um atuador do tipo parafuso;
[031] A Figura 6 é uma vista em perspectiva de uma seção de um elemento de bobina de fio de uma bainha para o dispositivo tensor do dispositivo contrátil artificial da presente invenção. Descrição das Modalidades da Invenção
[032] As Figuras 1A e 1B ilustram parte de um dispositivo contrátil artificial de acordo com a presente invenção, em particular, um elemento contrátil 1, também conhecido como manguito, montado em conjunto com um dispositivo tensor 2. De acordo com a Figura 1, o elemento contrátil 1 é ilustrado em sua posição aberta, ou seja, em sua posição antes de ser aplicado em torno de um órgão oco do corpo. O elemento contrátil 1 compreende uma faixa ou fita flexível 4 que se estende em uma direção longitudinal, e feita, por exemplo, de um elastômero de silicone de grau de implante com uma dureza Shore suficiente de, por exemplo, entre 40 e 80 Shore A, de preferência entre 50 e 43 Shore A. Como exemplos não limitantes, os elastômeros de silicone líquido da empresa Nusil poderão também ser usados, por exemplo, o produto MED-4843 com uma dureza Shore A 43, o produto MED-4860 com dureza Shore A 60, ou o produto MED-4850 com uma dureza Shore A 50. De maneira alternativa, poliuretano ou outros materiais termoplásticos biocompatíveis flexíveis poderão ser usados no lugar do, ou adicionalmente ao, elastômero de silicone.
[033] Uma pluralidade de elementos de reforço transversal 42 é disposta ao longo da faixa flexível 4, uniformemente espaçada e numerada no presente exemplo, no entanto, o número e o espaçamento podem ser escolhidos de acordo com as necessidades da pessoa versada na técnica. Os elementos de reforço transversal 42 ficam substancialmente alinhados perpendiculares à direção longitudinal acima mencionada e mostram uma forma substancialmente curva, embora outras formas sejam também possíveis. Com vantagem, as aberturas 4343 são providas entre os pares de elementos de reforço transversal adjacentes 42. No presente exemplo, essas aberturas 43 são formadas como ranhuras entre alguns dos elementos de reforço transversal 42, 43. Essas aberturas 43 de um formato de modo geral retangular são dispostas sobre a linha de centro do elemento contrátil 1 e se estendem em direção às suas bordas. Outras formas de aberturas 43 são obviamente possíveis. As aberturas 43 servem para reduzir a força de tração necessária na aplicação de uma força ao órgão oco do corpo, uma vez que uma quantidade menor de material de elemento contrátil precisará ser comprimida quando o elemento contrátil 1 for acionado.
[034] Na extremidade distal da faixa flexível 4 é provido um fechamento 6, tal mostrado em mais detalhe nas Figuras 2 e 3. O dito fechamento 6 compreende uma aba 61 que se estende em uma extremidade livre da faixa flexível 4 e é conectada à mesma por meio das paredes laterais de conexão 62 integralmente formadas com a aba 61 e uma alça de extremidade 41 da faixa flexível 4. A aba 61, as paredes 62 e a alça 41 definem um orifício de passagem 63. O fechamento 6 é, portanto, disposto de modo a poder formar o elemento contrátil 1 em um manguito fechado substancialmente circular em torno de um órgão oco do corpo ao enrolar a faixa flexível 4 em torno de um dito órgão oco do corpo e ao passar a extremidade livre oposta do dispositivo contrátil artificial compreendendo um conector 5 através do orifício de passagem 63 a fim de apertar o elemento contrátil 1 em um determinado diâmetro em torno do mesmo.
[035] Com vantagem, a aba 61 compreende, sobre uma superfície interna que faceia a alça 41, ranhuras 64 adaptadas de modo a cooperar em uma forma de encaixe com os elementos de reforço 42 sobre a faixa flexível 4 a fim de travar a faixa no lugar em um diâmetro contraído desejado quando a mesma é enrolada em torno do órgão oco do corpo.
[036] Quando colocado sobre um órgão oco do corpo em sua posição fechada, a circunferência máxima do elemento contrátil 1 poderá ser de, por exemplo, 6 cm para implantação em torno de uma uretra masculina, ou de 11 cm para implantação em torno do colo da bexiga das mulheres. No entanto, outras circunferências mínimas e máximas serão obviamente possíveis. Como exemplo, a largura da faixa flexível 4 poderá ficar entre 7 e 10 mm, no entanto, larguras naturalmente maiores ou menores serão igualmente possíveis. Tal como acima descrito, o fechamento 6 é disposto de modo a ser fechado em várias posições de fechamento discretas ou, em alternativa, poderá ser disposto de modo que possa ser fechado em qualquer ponto conveniente ao longo da faixa flexível 4.
[037] O dispositivo contrátil artificial da presente invenção compreende ainda um dispositivo tensor 2 compreendendo uma transmissão flexível 3 que se estende entre o dito elemento contrátil 1 e o dito conector 5 de modo a aplicar uma força de tração ao elemento contrátil 1 através de um atuador ao qual o conector 5 é conectado.
[038] A transmissão flexível 3 compreende um núcleo de um fio 31 envolvido por uma bainha. A bainha compreende uma bainha externa 32, por exemplo, de elastômero de silicone, que cobre uma bobina de fio 18 (vide Figura 6), que reveste o fio 31, de maneira ampla seguindo a construção de um cabo Bowden. Em consequência, o arrasto ou o avanço do fio 31 fará com que o mesmo se movimente com relação à bainha. O fio 31 poderá ser, por exemplo, de aço inoxidável ou outras ligas de metal (por exemplo, SS 304V, 316L, MP35N, MP35NLT), ou poderá ficar alojado no ou ser revestido com um tubo de ePTFE ou PTFE a fim de reduzir o atrito. Além disso, a quantidade de e o diâmetro dos filamentos que compõem o fio
31 devem ser escolhidos no sentido de minimizar o atrito, e o fio também poderá ser redesenhado de modo a tornar a sua superfície lisa e revestida com PTFE ou outros materiais lubrificantes similares. De maneira alternativa, o fio 31 poderá ser feito de titânio, Nitinol, ou qualquer outro metal biocompatível conveniente, ou de um polímero, tal como PTFE, de Aramida, de um polietileno de peso molecular ultra alto (por exemplo, o vendido pela empresa Dyneema), ou similar. O fio 31 poderá também ser plano ou oval em seção transversal, e poderá até mesmo ter seção transversal variável, por exemplo, circular dentro da bobina de fio 18, ou plano dentro do elemento contrátil 1. De maneira alternativa, um cabo de seção transversal plana ou circular poderá também ser usado ao invés do fio.
[039] A bainha externa 32 compreende uma parte proximal mais grossa 32a (com relação ao conector 5) que cobre a transmissão flexível 3 desde o conector 5 até uma extremidade proximal mais rígida da faixa flexível 4 que conecta o mesmo à transmissão flexível 3, e uma parte distal mais fina e mais flexível 32b (com relação ao conector 5) que se estende até o fechamento 6, tal como descrito no presente documento a seguir. Ambas as partes proximal e distal 32a, 32b são fixadas ao elemento contrátil 1, encaixando as mesmas nas aberturas 43 entre os elementos de reforço 42. O fio 31 se projeta a partir da bainha externa 32 e da bobina de fio 18 em uma primeira extremidade distal na qual um nó de ancoragem 311 é formado, cujo nó 311 é encaixado com firmeza em uma ranhura de ancoragem 44 da faixa flexível 4, localizada próxima ao fechamento 6. O nó 311 pode ser colado na correspondente ranhura de ancoragem 44 ou de preferência associado a uma primeira chapa de retenção 45, formando um primeiro ponto de ancoragem A. A bainha 16 é também fixada a um segundo ponto de ancoragem B situado na interface entre as partes proximal e distal 32a, 32b da bainha 32. O dito segundo ponto de ancoragem B pode ser formado por uma segunda chapa de retenção recebida em uma segunda ranhura de ancoragem disposta nos elementos de reforço 42. A segunda chapa de retenção e a segunda ranhura de ancoragem não são mostradas nas figuras. A primeira e a segunda chapas de retenção podem ser de material metálico biocompatível soldado à bobina de fio 18, e o fio 20 permanece livre para deslizar através da bobina 18, tal como será descrito a seguir.
[040] Ainda preferencialmente, a bainha externa 32 é totalmente presa à faixa flexível 4 colando a mesma no ou ainda moldando a mesma sobre o material constituinte da faixa flexível 4 após o posicionamento da bainha 32, tal como explicado acima, sendo que essa dita colagem ou moldagem permitirão ainda a formação de uma de extremidade de reforço 46 para a faixa flexível 4, em função do que a parte proximal 32a da bainha 32 se estenderá ainda mais sobre a bobina de fio 18 até ao conector 5, tal como descrito a seguir.
[041] A extremidade oposta do dispositivo tensor 2, que compreende o conector 5, representada na Figura 4, é disposta de modo a ser fixada através desse conector 5 a um atuador apropriado 7, parcialmente visível na Figura 5, tal como descrito nas Publicações W013091730, W013093074 ou W012000681, incorporadas ao presente documento a título de referência em suas totalidades. Uma força aplicada pelo atuador 7 ao fio 31 através do conector 5 faz com que o mesmo deslize para dentro da bobina de fio 18 da transmissão flexível 3, induzindo uma contração longitudinal da faixa flexível 4 do elemento contrátil 1, o que proverá o efeito contrátil sobre um órgão oco do corpo quando o dito elemento contrátil 1 é enrolado em torno do mesmo.
[042] As Figuras 4 e 5 ilustram um conector de encaixe 5 para a fixação da transmissão flexível 3, compreendendo o fio 313 do dispositivo tensor 2, em um atuador 7.
[043] O atuador ilustrado 7 compreende um alojamento 7a dentro do qual um mecanismo do tipo parafuso 7b é montado. Naturalmente, outros tipos de mecanismo 7b são possíveis.
[044] A fim de simplificar a montagem de todo o sistema in situ, ou seja, dentro de uma cavidade corporal do paciente, a fixação do conector 5 ao atuador 7 é feita por meio de juntas de encaixe, tal como será explicado em mais detalhe a seguir.
[045] Tal como ilustrado nas Figuras 4 e 5, uma segunda extremidade do fio 31, ou seja, a extremidade oposta ao nó de formação 311 que fica na ranhura de ancoragem 44 da faixa flexível 4, também compreende um nó de ancoragem 312 que é fixado a um bujão 51. O bujão 51 compreende um corpo substancialmente cilíndrico 51a que se estende no sentido longitudinal dentro de uma cavidade de um invólucro protetor 34 feito do mesmo material flexível biocompatível da bainha 32 e da faixa flexível 4, de preferência, em particular, um material à base de silicone, por exemplo, que pode ser moldado sobre o bujão 51, e fixado ou colado à bainha 32. O invólucro protetor 34 pode ser retido no bujão 51 por meio da inserção do material nos recessos (não mostrados) dispostos sobre a superfície externa do corpo de bujão 51a. Uma cabeça de bujão 51b se estende para fora do dito corpo 51a no lado de fora do invólucro protetor 34. O bujão 51 tem um canal ou tubo interno aberto 51c que se estende por todo o seu comprimento, no qual uma haste de conexão 52 é montada, a dita haste de conexão compreendendo uma parte com reentrâncias 52a alojada no corpo de bujão 51a e uma cabeça de conexão 52b que se estende através da cabeça do bujão 51b. O fio 31 é passado em um lúmen ou capilar da haste de conexão 52 e seu nó 312, é recebido em um recesso de extremidade 52c da cabeça de conexão 52b. O fio 31 é, portanto, preso à haste de conexão 52, que mecanicamente ligará a transmissão flexível 3 ao atuador 7, tal como será descrito no presente documento a seguir.
[046] Com vantagem, a haste de conexão 52 pode transladar no interior do bujão 51 de modo a permitir que uma resistência à tração aplicada sobre a haste de conexão 52 por parte do atuador 7 se contraia e respectivamente libere o fio 31 na transmissão flexível 3 e, por conseguinte, o elemento contrátil 11. Essa cidade de deslocamento poderá, no entanto, ser limitada pela configuração dentada da parte com reentrâncias, que se encaixa nos elementos de ganchos internos que se estendem no sentido radial interno a partir do corpo de bujão 51a após a aplicação de uma pressão, tal como mostrado pelas setas F na Figura 5. A ativação dos elementos de ganchos permitirá travar a haste de conexão 52 em posição de modo a permitir a desconexão manual do conector 5 do atuador 7 sem contrair demasiadamente o elemento contrátil em torno da uretra. Este mecanismo de trava da haste de conexão 52 permite transferir qualquer ação de arrasto / avanço no conector 5 apenas para o bujão 51 e não para o fio 31 na transmissão flexível, desta forma permitindo uma conexão e desconexão seguras do atuador para o órgão contraído.
[047] A cabeça 51b do bujão 51 é cilíndrica e é um encaixe deslizante dentro de um soquete de tubo 7c que se estende a partir do alojamento do sistema de controle. Após a inserção da cabeça de bujão 51b no soquete 7c, a cabeça de conexão 52b se fixa a uma extremidade distal 7d do atuador do tipo parafuso 7b por meio de qualquer acessório de fixação conveniente. De acordo com a modalidade ilustrada, uma primeira mola helicoidal 71 mantida dentro de uma correspondente primeira ranhura anular 71g na extremidade distal 7d do atuador do tipo parafuso 7b coopera com uma correspondente ranhura 52d disposta sobre a superfície externa da cabeça de conexão 52b. Como alternativa, um anel em O poderá ser usado ao invés de uma mola helicoidal. Após a inserção da cabeça de conexão 52b na extremidade distal 7d do atuador do tipo parafuso 7b, a mola helicoidal 71 fica presa na ranhura anular 52d de modo a reter a cabeça de conexão 52b e o bujão 51 na extremidade distal do atuador do tipo parafuso 7 e transmitir força e movimento aos mesmos. Nesse sentido, a mola toroidal provê um elo cinemático entre a haste de conexão 52 e a extremidade distal do atuador 7. Como uma variação, a posição das duas ranhuras anulares 71g, 52d poderá ser invertida se desejado, sendo que, nesse caso, a mola helicoidal 71 será suportada na cabeça de conexão 52b e se encaixará na ranhura na extremidade distal 7d do atuador 7.
[048] No sentido de suportar a bainha externa 32 da transmissão flexível 3, uma extremidade distal do invólucro de proteção 31 do conector formará uma capa de extremidade oca fixada na parte externa da bainha 32 por meio de uma outra mola toroidal 54 provida entre o fio 31 e a bainha 32 na uma extremidade e em um assento 55 disposto entre uma extremidade distal da parte com reentrâncias 52a da haste de conexão 52 e a extremidade distal da cavidade 51c. O fio 31 passa por uma passagem axial do assento 55. O assento 55 é de preferência feito de um polímero de baixo atrito e um diâmetro de lúmen menor que o da mola toroidal que o mesmo guia a fim de evitar que o fio 31 se desgaste. Isso é particularmente vantajoso, uma vez que a mola toroidal 54 pode apresentar bordas afiadas. O assento é também desenhado e encaixado ou aparafusado no corpo substancialmente cilíndrico 51a de modo a resistir a força de avanço gerada quando a cabeça 52d do bujão é conectada ao atuador do tipo parafuso 7b.
[049] A fim de minimizar a entrada de fluido entre o conector 5 e o tubo de soquete 7c e manter firmemente o bujão 51 no soquete 7c, um ou mais (no presente documento, um de cada item) mola(s) helicoidal (helicoidais) 72 e anel (anéis) de vedação 76 são providos nas correspondentes ranhuras de uma parede interna do tubo de soquete 7c, em contato com a parte externa da cabeça de bujão 51b.
[050] A Figura 6 ilustra uma modalidade de uma bobina de fio 18 formada por duas bobinas de fio 18a, 18b em torno do fio 31. Será possível ver com clareza nessa figura que a bobina de fio interna 18a é enrolada em uma primeira direção em torno do fio 31, e que a bobina de fio externa 18b que envolve a bobina de fio interna 18a é enrolada em uma segunda direção oposta à primeira direção. Tal arranjo de duas bobinas ajuda a evitar a torção da porção de transmissão do dispositivo tensor
2 e ajuda a reduzir o risco de quebra. Esse arranjo também evitará que as bobinas fiquem pressionadas uma contra a outra ao se flexionar a transmissão. A bobina de fio externa 18b e também opcionalmente a bobina de fio interna 18a podem ser fixadas em uma primeira extremidade à chapa de ancoragem 45 e em uma segunda extremidade formar ou fixar a mola toroidal 54 no assento 55 do conector 5.
[051] Além disso, como uma alternativa mais simples, a bobina de fio 18 poderá ser formada como uma bobina única ou, alternativamente, uma bobina de múltiplas camadas compreendendo mais de duas bobinas poderá ser usada.
[052] Uma disposição alternativa do dispositivo tensor 2, não ilustrado, incorpora um par de fios 31 dispostos de modo a operar em direções opostas, de tal modo que o arrasto de um primeiro fio aperte o elemento contrátil 1, e que o avanço do segundo fio afrouxe o elemento contrátil 1.
[053] Em contrapartida aos manguitos da técnica anterior acima mencionados, o elemento contrátil 1 é não apenas apertado ao se reduzir a sua circunferência à maneira de um nó corrediço ou ao se torcer os fios juntos. Quando uma força de tração é aplicada pelo dispositivo tensor 2, um segundo ponto de ancoragem B é puxado em direção ao primeiro ponto de ancoragem A, apertando o fio 31 na faixa flexível 4. Isso faz com que o elemento contrátil 1 se flexione, que os elementos de reforço transversal 42 resistam a essa flexão, e faz com que o elemento contrátil 1 se curve suavemente em sua seção transversal e amplamente em uma forma de U ou em uma forma do tipo U, ao invés de em uma forma de V radical em que seria tomada pela seção transversal do elemento contrátil 1 em um caso no qual os elementos de reforço transversal não estejam presentes. Em consequência, uma pressão suave será aplicada ao órgão oco do corpo sobre uma área tão grande quanto possível, reduzindo danos ao tecido.
[054] Como resultado, o elemento contrátil 1 não poderá comprimir o tecido subjacente e aplicará uma pressão de no máximo 8N/cm2, de preferência de no máximo 5N/cm2, e ainda mais preferencialmente de no máximo 2N/cm2. Além disso, devido à maneira como a faixa flexível 4 se deforma para a aplicação de uma pressão, essa pressão será particularmente uniforme em torno da circunferência da faixa flexível e irá variar no máximo 15 %, de preferência no máximo 10 %, e de preferência no máximo 5 % ao longo da faixa flexível 4 sobre a qual a mesma fica em contato com o órgão oco do corpo quando o elemento contrátil 1 é ativado.
[055] As Figuras 1A e 1B ilustram um elemento contrátil 1 montado com um dispositivo tensor 2 com a sua transmissão flexível 3 fixada ao conector 5, pronto para implantação. Em uso, o dispositivo contrátil artificial da presente invenção poderá ser implantado em um paciente por meio de uma cirurgia laparoscópica, na qual o elemento contrátil 1, o seu dispositivo tensor 2 e o conector 5 serão manipulados com um trocarte. O elemento contrátil 1 é formado como um círculo em torno de um órgão oco do corpo, tal como uma uretra, ao se inserir o conector 5 na abertura de passagem 63 do fechamento 6 e ao se puxar o dito conector até a parte proximal 32a da bainha externa da faixa flexível possa entrar no dito fechamento 6. Esta parte proximal 32a corresponde, com vantagem, a uma seção de ajuste a fim de ajustar o diâmetro do elemento contrátil em torno da uretra, como também o diâmetro da chamada zona morta do elemento contrátil 1, ou seja, uma zona que dificilmente se contrai após a aplicação de uma força de tração que provoca tensão no fio 31 por parte de um atuador. A fim de definir o diâmetro do elemento contrátil 1, será simplesmente necessário pressionar a aba 61 sobre a parte proximal 32a na posição desejada de modo a colocar os elementos de reforço 42 nas ranhuras de trava 62 da aba de fechamento 61. Isso poderá ser facilmente feito com o uso de um trocarte.
[056] A fim de ajudar na manipulação e higiene durante essa operação, o conector poderá ser vantajosamente equipado com uma capa aparafusável 56 dotada de uma extremidade cônica e corrugada a fim de facilitar a inserção do mesmo no fechamento 6 como também o arrasto do mesmo com um trocarte. Quando o diâmetro do elemento contrátil 1 é definido em torno do órgão oco do corpo, o cirurgião puxa o conector 5 e faz sua transmissão para um ponto de conexão subcutâneo no qual um atuador 7 é implantado e, em seguida, a dita capa aparafusável 56 é manualmente desparafusada, e o conector 5 é conectado por meio de encaixe no atuador 7, tal como acima descrito.
[057] Um atuador adequado 7 (vide Figura 5) com o qual o elemento contrátil 1 é usado poderá ser um atuador correspondente aos apresentados em qualquer uma das Publicações de Patente W013091730, W013093074 ou W012000681, ou ser qualquer outro atuador conveniente.

Claims (15)

REIVINDICAÇÕES
1. Estrutura contrátil artificial compreendendo: pelo menos um elemento contrátil (1) compreendendo uma faixa flexível (4) que se estende em uma direção longitudinal e um fechamento (6) para a formação do elemento contrátil (1) em um círculo fechado em torno de um órgão oco do corpo, o fechamento (6) sendo situado em uma primeira extremidade da faixa flexível (4), o elemento contrátil sendo adaptado de modo a contrair um órgão oco do corpo de tal maneira que o dito elemento contrátil (1) seja adaptado de modo a ficar em uma posição de repouso ou em uma posição ativada, a posição ativada sendo definida com o dito elemento contrátil (1) contraindo o órgão oco do corpo e a posição de repouso sendo definida com o dito elemento contrátil (1) não contraindo o órgão oco do corpo, a estrutura contrátil artificial sendo CARACTERIZADA pelo fato de compreender ainda: uma transmissão flexível (3) compreendendo um elemento tensor (31) que fica ancorado em uma primeira extremidade (311) em um primeiro ponto de ancoragem (A) da faixa flexível (4), a dita transmissão flexível (3) sendo adaptada de modo a apertar o elemento contrátil (1) formado em um círculo fechado em torno do dito órgão oco do corpo mediante a aplicação de uma força de tração na extremidade do elemento tensor (31) por meio de um atuador (7), e um conector (5) adaptado de modo a conectar a transmissão flexível (3) a um dito atuador (7), uma segunda extremidade (312) do dito elemento tensor (31) sendo ancorada no dito conector (5).
2. Estrutura contrátil artificial, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de que o elemento tensor (31) é coberto com uma bainha flexível (32).
3. Estrutura contrátil artificial, de acordo com a reivindicação 1 ou 2,
CARACTERIZADA pelo fato de que a faixa flexível (4) compreende uma pluralidade de elementos de reforço transversal (42) que se estendem a partir de uma superfície dos mesmos oposta a uma superfície lisa disposta de modo a contatar o dito órgão oco do corpo.
4. Estrutura contrátil artificial, de acordo com a reivindicação 3, CARACTERIZADA pelo fato de que a faixa flexível (4) compreende uma pluralidade de aberturas (43), cada abertura ficando situada entre dois elementos de reforço transversal adjacentes (42).
5. Estrutura contrátil artificial, de acordo com a reivindicação precedente, CARACTERIZADA pelo fato de que o elemento tensor (31) é um filamento, um fio, um cabo, ou uma faixa plana.
6. Estrutura contrátil artificial, de acordo com qualquer uma das reivindicações 3 a 5, CARACTERIZADA pelo fato de que o elemento tensor (31) passa por pelo menos alguns dos elementos de reforço transversal (42).
7. Estrutura contrátil artificial, de acordo com uma das reivindicações 2 a 6, CARACTERIZADA pelo fato de que a bainha (32) compreende pelo menos um fio enrolado (18a, 18b).
8. Estrutura contrátil artificial, de acordo com a reivindicação 7, CARACTERIZADA pelo fato de que a bainha (32) compreende um fio enrolado interno (18a) enrolado em uma primeira direção, e um fio enrolado externo (18b) que envolve o fio enrolado interno (18a) e enrolado em uma segunda direção oposta à dita primeira direção.
9. Estrutura contrátil artificial, de acordo com a reivindicação precedente, CARACTERIZADA pelo fato de que o fechamento (6) é disposto para a formação do elemento contrátil (1) em um círculo fechado tendo uma dentre uma pluralidade de circunferências predeterminadas.
10. Estrutura contrátil artificial, de acordo com a reivindicação 9,
CARACTERIZADA pelo fato de que o fechamento (6) compreende uma aba (61) em uma extremidade da faixa flexível (4) e conectada à mesma por meio de duas paredes laterais de conexão (62) integralmente formadas com a aba (61) e faixa flexível (4) a fim de definir um orifício de passagem (63) para a passagem da dita transmissão flexível (3) e do conector (5) para a formação do elemento contrátil (1) em um círculo fechado em torno do dito corpo oco do órgão.
11. Estrutura contrátil artificial, de acordo com a reivindicação precedente, CARACTERIZADA pelo fato de que o conector (5) é configurado de modo a permitir uma conexão de encaixe com um atuador (7).
12. Estrutura contrátil artificial, de acordo com a reivindicação 11, CARACTERIZADA pelo fato de que o dito conector de encaixe (5) compreende uma mola helicoidal (71) ou um anel em O que liga uma primeira ranhura anular (71g; 52d) provida em um dentre o dito atuador (7) e o dito conector (5), e provê um elo cinemático com uma outra ranhura anular (52d; 71g) provida em outro dentre o dito atuador (7) e o dito conector (5).
13. Estrutura contrátil artificial, de acordo com uma das reivindicações 11 e 12, CARACTERIZADA pelo fato de que o conector (5) compreende uma haste de conexão (52) longitudinalmente móvel dentro de um bujão coaxial (51), a dita haste de conexão ficando fixada ao dito elemento tensor (31).
14. Estrutura contrátil artificial, de acordo com a reivindicação 13, CARACTERIZADA pelo fato de que a haste de conexão (52) compreende uma peça com reentrâncias (52a) que coopera com os elementos de ganchos liberáveis do dito bujão (51) a fim de permitir o movimento da haste de conexão (52) no dito bujão.
15. Dispositivo médico, CARACTERIZADO pelo fato de compreender um dispositivo contrátil artificial de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 13 e um atuador (7) compreendendo um soquete de conexão (7c) configurado para uma conexão de encaixe com o dito conector (5), o dito atuador (7) compreendendo um mecanismo de atuação (7b) disposto de modo a aplicar uma força de tração ao dito elemento tensor (31) da transmissão flexível (3) quando o dito conector (5) é conectado ao dito soquete (7c).
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