BR112020007723A2 - lente oftalmática artificial trifocal e método para a sua produção - Google Patents

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BR112020007723A2
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BR112020007723-2A
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László Ferenc Kontur
Dániel Bercsényi
Gábor Erdei
Bence Papdi
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Medicontur Orvostechnikai Kft.
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Abstract

A invenção refere-se a uma lente oftálmica artificial trifocal (20), que contém uma superfície óptica do lado anterior (21), uma superfície óptica do lado posterior (22) e um eixo óptico (23), pelo menos uma da superfície óptica do lado anterior (21) e da superfície óptica do lado posterior (22) contém uma lente tendo três pontos focais úteis e tendo um perfil pelo menos parcialmente difrativo. Os três pontos focais úteis correspondem aos pontos focais (31, 32) pertencentes às 0ª e 1ª ordens de difração do perfil difrativo, e a um ponto focal (33) pertencente a um máximo secundário difrativo aumentado entre a 0a e a 1ª ordens de difração. A invenção também se refere a um método de produzir a lente oftálmica artificial trifocal mencionada anteriormente.

Description

“LENTE OFTALMÁTICA ARTIFICIAL TRIFOCAL E MÉTODO PARA A SUA PRODUÇÃO” O OBJETIVO DA INVENÇÃO
[0001] O objetivo da invenção refere-se a uma lente oftálmica artificial trifocal, lente oftálmica artificial esta que pode ser uma lente artificial que pode ser implantada no saco capsular, no sulco ciliar ou na câmara anterior, ela pode ser uma lente de contato ou uma lente artificial que pode ser implantada na córnea usando uma técnica de inlay ou onlay. O objetivo da invenção também se refere a um método para a produção da lente oftálmica artificial trifocal acima mencionada.
O ESTADO DA TÉCNICA
[0002] A lente cristalina humana transmite a grande proporção da faixa visível do espectro eletromagnético; no entanto, como resultado de idade avançada, trauma ou doses extremas de radiação UV ou raios X, o olho humano pode gradualmente ficar turvo, condição esta que é chamada de catarata. Além disso, também existe a catarata congênita, que pode ser herdada ou resultado de uma infecção durante a gravidez. Atualmente, a única maneira eficaz de tratar a catarata é a remoção do cristalino turv e a substituição do poder refrativo do cristalino por uma lente oftálmica artificial implantada.
[0003] Uma indicação adicional para o implante de uma lente oftálmica artificial pode ser um defeito refrativo de tal extensão que a sua correção não seja possível ou seja apenas parcialmente possível com os óculos, as lentes de contato ou a cirurgia a laser da córnea. Esse procedimento é chamado simplesmente de troca de lente refrativa.
[0004] Até a segunda metade dos anos oitenta, as lentes oftálmicas artificiais implantadas eram apenas lentes monofocais, que formavam uma imagem nítida sobre a retina de objetos a uma determinada distância (normalmente a mais de 4 metros de distância).
[0005] As lentes oftálmicas artificiais multifocais refrativas, disponíveis a partir dos anos noventa, contêm zonas concêntricas ou assimétricas com diferentes poderes refrativos. A sua desvantagem é que o seu desempenho óptico depende fortemente do tamanho da pupila; além disso, a distribuição da intensidade da luz que chega nas proximidades da retina não varia uniformemente como uma função do diâmetro da pupila.
[0006] As lentes oftálmicas artificiais bifocais difrativas que apareceram nos anos 2000 também eram capazes de criar imagens nítidas sobre a retina de objetos na distância de leitura (aproximadamente 35 a 40 cm); no entanto, essas lentes oftálmicas artificiais também não foram capazes de substituir a capacidade de acomodação das lentes naturais do olho humano.
[0007] Como resultado hoje das atividades cada vez mais difundidas, realizadas com as telas, aumentou a importância da qualidade das imagens em distâncias intermediárias (aproximadamente 60 a 80 cm). As lentes oftálmicas artificiais trifocais difrativas amplamente usadas nos anos 2010 são capazes de satisfazer essa demanda.
[0008] Com a progressão da idade, a capacidade de acomodação do olho se deteriora, como resultado da queda na flexibilidade do cristalino humano natural e do enfraquecimento dos músculos ciliares. Essa condição de envelhecimento ocular é chamada presbiopia. Devido à disponibilidade de lentes oftálmicas artificiais trifocais e de profundidade de foco estendida (EDOF), os implantes de lentes oftálmicas artificiais para uma cirurgia que não seja de catarata não representam apenas uma troca puramente refrativa de lentes, o seu propósito também pode ser compensar a capacidade de acomodação. Como os implantes feitos por razões que não a cirurgia da catarata envolvem caracteristicamente o grupo de idade ativa mais jovem (45 a 50 anos), há uma demanda significativa por visão nítida a distâncias de trabalho (60 a 80 cm), além das distâncias longe e perto.
[0009] O relatório descritivo da patente número US5121980 (Cohen) descreve que o máximo secundário que fica entre a 0a ordem de difração e a 1a ordem de difração pode ser minimizado com o deslocamento das zonas de deslocamento de fase em uma direção perpendicular ao eixo óptico, de modo tal que a o deslocamento de fase máximo da zona de deslocamento de fase central seja λ/4, onde λ é o comprimento de ondas da luz para a qual o elemento óptico difrativo é projetado.
[0010] O relatório descritivo da patente número EP2045648B1 (Simpson et al.) divulga uma lente multifocal refrativa-difrativa que possui uma zona central refrativa. A zona central possui uma distância focal necessária para a visão distante (ou de perto ou intermediária). A limitação da solução é que a zona central só pode ser tratada como um elemento óptico refrativo se o diâmetro da pupila for igual ao, ou menor que o, diâmetro da zona central.
[0011] O pedido de patente número US 2010/0131060 A1 (Simpson et al.) descreve uma lente multifocal refrativa-difrativa que possui uma zona central refrativa e a intensidade no ponto focal da zona central (distante, perto ou intermediário) é aumentada e a qualidade de criação da imagem (função de transferência de modulação, MTF) da lente multifocal que contém essa zona central refrativa é otimizada para o foco distante. A limitação da solução é que a zona central só pode ser tratada como um elemento óptico refrativo se o diâmetro da pupila for igual ao, ou menor que o, diâmetro da zona central.
[0012] O relatório descritivo da patente número US5344447 A (Swanson) descreve um perfil de superfície binário difrativo (Dammann) que cria três focos por amplificação da -1a, da 0a e da +1a ordens de difração. A desvantagem desta solução é que as razões de intensidade que ficam nas -1a e 1a ordens são iguais e não podem ser alteradas independentemente uma da outra.
[0013] O relatório descritivo da patente número EP2503962 (A1) (Houbrechts et al.) apresenta um método de projeto cuja base é a combinação de dois perfis de superfícies difrativos bifocais, onde a primeira ordem de difração do assim chamado primeiro perfil de superfície difrativo e a segunda ordem de difração do assim chamado segundo perfil de superfície difrativo coincidem. Consequentemente, os três pontos de foco são criados pelas 0a, +1a e pela +2a ordens de difração dentro do perfil de superfície difrativo sobreposto.
[0014] O pedido de patente número US2011292335 (A1) (Schwiegerling) divulga um perfil de superfície difrativo, no qual a altura dos degraus dos elementos de deslocamento de fase pares e ímpares, contados a partir do eixo óptico, se altera. Outra modalidade possível da solução é um perfil de superfície difrativo, no qual a altura dos degraus dos elementos de deslocamento de fase pares e ímpares, contados a partir do eixo óptico, se altera e as alturas dos degraus dos elementos de deslocamento de fase pares e ímpares são alteradas individualmente por funções de apodização individuais. Tais perfis de superfícies difrativos também atingem o desempenho óptico trifocal com a amplificação da 0a, da +1a e da +2a ordens de difração.
[0015] O pedido de patente US20070182921 A1 (Zhand et al.) descreve o uso simultâneo de um perfil de superfície difrativo óptico bifocal, do tipo dente de serra tradicional (na zona externa da lente intraocular) e de um perfil de superfície difrativo óptico trifocal do tipo binário (Dammann) (na zona interna da lente intraocular). A desvantagem desta solução é também que, no caso de tamanhos pequenos das pupilas, as razões de intensidade na -1a e na +1a ordens de difração são iguais e não podem ser alteradas independentemente uma da outra.
[0016] A desvantagem comum das soluções apresentadas nos quatro últimos relatórios descritivos das patentes é que a criação de uma segunda ordem de difração envolve a perda inevitável de luz e a dispersão indesejável de luz.
UM BREVE SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[0017] O objetivo da invenção é superar as deficiências das soluções conhecidas, pelo menos parcialmente, e criar uma lente oftálmica artificial multifocal que, como lente oftálmica artificial, assegure uma visão intermediária e de perto, além da visão de longe (visão distante).
[0018] Reconheceu-se que pelo aumento dos máximos secundários de difração que ocorrem entre a 0ª e a 1ª ordens de difração, pode ser projetada uma lente trifocal que satisfaz o objetivo anteriormente mencionado, sem a criação de outras ordens de difração, em outras palavras, a 0ª ordem de difração da lente oftálmica artificial com o perfil difrativo cria imagens nítidas de objetos distantes (distância do objeto maior que 4 m) sobre a retina, a 1ª ordem de difração da lente oftálmica artificial com o perfil difrativo cria imagens nítidas de objetos próximos (distância do objeto: 30 a 40 cm) sobre a retina, e o máximo secundário aumentado da lente oftálmica artificial com o perfil difrativo cria imagens nítidas de objetos intermediários (distância do objeto: 60-80 cm) sobre a retina.
[0019] Em outras palavras, o objetivo da invenção refere-se a uma lente oftálmica artificial trifocal (multifocal) que contém uma superfície óptica do lado anterior, uma superfície óptica do lado posterior e um eixo óptico, pelo menos uma da superfície óptica do lado anterior e da superfície óptica do lado posterior contém uma lente tendo três pontos focais úteis e tendo pelo menos um perfil parcialmente difrativo. É característico da invenção que os três focos úteis sejam realizados pelos pontos focais que pertencem à 0a e à 1ª ordem de difração do perfil difrativo e pelo ponto focal que pertence aos máximos secundários difrativos aumentados que ficam entre os pontos focais que pertencem à 0ª e à 1ª ordens de difração.
[0020] O objetivo da invenção também se refere a um método com o qual as lentes oftálmicas artificiais acima mencionadas podem ser produzidas.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[0021] A figura 1 representa uma vista lateral esquemática de uma modalidade da presente invenção.
[0022] A figura 2 representa o deslocamento de fase produzido por um perfil difrativo não apodizado, do tipo dente de serra, como uma função da distância medida a partir do eixo óptico, onde o deslocamento de fase máximo da zona central é 5/8 λ.
[0023] A figura 3 também representa o deslocamento de fase produzido por um perfil difrativo não apodizado, do tipo dente de serra, como uma função da distância medida a partir do eixo óptico, onde o deslocamento de fase máximo da zona central é 3/4 λ.
[0024] As figuras 4 a 9 apresentam a função de transferência de modulação (MTF) da lente oftálmica artificial contendo o perfil difrativo apresentado nas figuras 2 e 3 como uma função da distância medida a partir do ponto focal, a uma frequência espacial de 50 linhas/mm, mas no caso de aberturas de diâmetro diferente, ou seja, o tamanho da pupila.
[0025] Como a lente oftálmica artificial descrita na presente invenção pode ser uma lente artificial implantada na saco capsular, no sulco ciliar ou na câmara anterior, ou pode ser uma lente de contato ou uma lente artificial que pode ser implantada na córnea usando uma técnica de inlay ou onlay, portanto, as modalidades divulgadas podem ser usadas em quaisquer dos locais mencionados acima.
UMA DESCRIÇÃO DETALHADA DAS MODALIDADES DE ACORDO COM A INVENÇÃO
[0026] A figura 1 representa uma vista lateral esquemática de uma modalidade da presente invenção, na qual pode ser visto que a lente oftálmica artificial 20 contém uma superfície óptica anterior 21 e uma superfície óptica posterior 22. A superfície óptica anterior 21 e a superfície óptica posterior 22 têm um eixo óptico 23 comum e a superfície óptica posterior 22 é formada como uma lente multifocal 24 com um perfil difrativo 25. A presente modalidade também é proporcionada com o táctil 26, como uma lente artificial implantável é representada.
[0027] Em uma modalidade preferida, o deslocamento de fase máximo da zona central 27 do perfil difrativo 25 é maior que λ/2 e menor que 3/4λ, onde λ é o comprimento de ondas da luz para a qual a operação do elemento óptico difrativo é projetada. A figura 2 representa um perfil difrativo do tipo dente de serra 25 como uma função da distância medida a partir do eixo óptico 23, onde o deslocamento de fase máximo da zona central 27 é 5/8λ, onde deslocamento de fase significa o deslocamento de fase em relação à base definida pelos pontos de base 30a do perfil difrativo. O perfil difrativo 25 apresentado é não apodizado, ou seja, as alturas das zonas de deslocamento de fase 28, fora da zona central 27, são idênticas. A linha tracejada na figura mostra o perfil original, enquanto a linha cheia ilustra a modificação de acordo com a invenção. O perfil original mostra a estrutura difrativa de uma lente bifocal convencional, conhecida por si mesma, em cujo caso a bifocalidade é garantida por que o deslocamento de fase máximo das zonas individuais é λ/2, enquanto as áreas 29’ entre os limites de zona das zonas individuais são do mesmo tamanho, em outras palavras, as áreas 29’ das zonas de deslocamento de fase 28’, fora da zona central 27’ do perfil original 27’, são as mesmas que a área 29’ delimitada pela zona central 27’, como é conhecido a partir da literatura por um especialista na técnica. O arco que liga os pontos de base 30a da zona central 27, no perfil difrativo de acordo com a invenção (estando indicado apenas um dos pontos de base 30a), é paralelo ao arco que liga os pontos de base 30a’ da zona central 27’ do perfil original e as áreas 29 entre os limites de zona das zonas de deslocamento de fase 28 são do mesmo tamanho que a área 29’ ocupada pela zona central 27’ do perfil original.
[0028] A figura 3 ilustra o deslocamento de fase de um perfil difrativo não apodizado, do tipo dente de serra 25 como uma função da distância medida a partir do eixo óptico 23, onde o deslocamento de fase máximo da zona central 27 é 3/4λ, onde deslocamento de fase significa o deslocamento de fase em relação à base definida pelos pontos de base 30a do perfil difrativo. A linha tracejada na figura mostra o perfil original (bifocal convencional), enquanto a linha cheia ilustra a modificação de acordo com a invenção.
[0029] As figuras restantes mostram a alteração do desempenho óptico (função de transferência de modulação, MTF) pertencente às modalidades de acordo com as figuras 2 e 3, em comparação com o desempenho óptico de um perfil bifocal convencional. A curva de MTF pertencente ao perfil difrativo 25 de acordo com a invenção é mostrada com uma linha cheia e a curva de MTF pertencente a um perfil bifocal convencional com uma linha tracejada. As curvas de MTF ilustram como a qualidade da formação da imagem se altera à medida que a distância do objeto se altera. As curvas de MTF obtidas em várias aberturas são determinadas pela profundidade do foco, que depende do diâmetro da abertura e da distribuição de intensidade conjuntamente.
[0030] A figura 4 mostra a alteração do desempenho óptico da lente oftálmica artificial contendo o perfil difrativo 25 apresentado na figura 2, que é descrito pela função de transferência de modulação (MTF), como uma função da distância medida a partir do ponto de foco, no caso de uma abertura de 3,0 mm, e frequência espacial de 50 linhas/mm.
[0031] A figura 5 mostra a alteração do desempenho óptico (MTF) da lente oftálmica artificial contendo o perfil difrativo 25 apresentado na figura 3, como uma função da distância medida a partir do ponto de foco, no caso de uma abertura de 3,0 mm, e frequência espacial de 50 linhas/mm.
[0032] A figura 6 mostra a alteração do desempenho óptico (MTF) da lente oftálmica artificial contendo o perfil difrativo 25 apresentado na figura 2,
como uma função da distância medida a partir do ponto de foco, no caso de uma abertura de 2,5 mm, e frequência espacial de 50 linhas/mm.
[0033] A figura 7 mostra a alteração do desempenho óptico (MTF) da lente oftálmica artificial contendo o perfil difrativo 25 apresentado na figura 3, como uma função da distância medida a partir do ponto de foco, no caso de uma abertura de 2,5 mm, e frequência espacial de 50 linhas/mm.
[0034] A figura 8 mostra a alteração do desempenho óptico (MTF) da lente oftálmica artificial contendo o perfil difrativo 25 apresentado na figura 2, como uma função da distância medida a partir do ponto de foco, no caso de uma abertura de 2,0 mm, e frequência espacial de 50 linhas/mm.
[0035] A figura 9 mostra a alteração do desempenho óptico (MTF) da lente oftálmica artificial contendo o perfil difrativo 25 apresentado na figura 3, como uma função da distância medida a partir do ponto de foco, no caso de uma abertura de 2,0 mm, e frequência espacial de 50 linhas/mm.
[0036] Nas figuras 4 a 9 anteriormente mencionadas, pode-se observar que as curvas de desempenho óptico também possuem um máximo secundário local entre os dois máximos principais, que pode ser aumentado para produzir também um ponto focal de visão intermediária (distância intermediária) 33, pelo que tornando possível produzir um elemento óptico trifocal.
[0037] Um modo possível de aumentar o ponto focal de visão intermediária 33 que fica entre os pontos focais 31, 32 pertencentes às 0ª e 1ª ordens de difração das lentes oftálmicas artificiais contendo o perfil difrativo é o aumento dos máximos secundários das 0ª e 1ª ordens de difração e simultaneamente garantindo a sua interferência construtiva. A essência da presente invenção é a produção de um perfil difrativo 25 que aumente o máximo secundário do ponto focal 31 pertencente à 0ª ordem de difração e o máximo secundário do ponto focal 32 pertencente à 1ª ordem de difração e, simultaneamente, garantindo a sua interferência construtiva por aumento do deslocamento de fase máximo da zona central 27 para acima de λ/2.
[0038] Um possível método de aumentar o deslocamento de fase da zona central 27 do perfil difrativo 25 para acima de λ/2 é aumentando a zona central 27 do perfil difrativo 25 de maneira tal que o arco que liga os limites da zona central 27 permaneça inalterado e as zonas de deslocamento de fase 28 fora da zona central 27 sejam deslocadas, enquanto as áreas 29 entre os limites de zona das zonas de deslocamento de fase 28 (ou seja, as áreas dos anéis determinadas pelos pontos de base 30b das zonas de deslocamento de fase 28 individuais), fora da zona central 27, permanecem inalteradas, em outras palavras, o poder dióptrico adicional característico das zonas de deslocamento de fase 28 permanece inalterado. Em outras palavras, a área da zona central 27 é aumentada em comparação com as áreas 29 das zonas de deslocamento de fase 28 fora dela, as quais permanecem inalteradas e permanecem as mesmas que no caso dos perfis bifocais convencionais. Em outras palavras, a zona central 27 ocupa uma área maior do que as zonas de deslocamento de fase 28 individuais, no entanto, o arco da zona central 27 é o mesmo que o arco de uma zona central teórica 27’ que proporciona um deslocamento de fase de λ/2 e delimita uma área 29’ que é do mesmo tamanho que a área 29 das zonas de deslocamento de fase 28 individuais. Entende-se que os arcos da zona central 27 e da zona central teórica 27’ significam arcos que seguem ao longo da superfície da zona central 27 e ao longo da superfície da zona central teórica 27’, respectivamente, e cruzam o eixo óptico que liga dois pontos de base 30a e 30a’, respectivamente, (localizados sobre os lados opostos da zona central 27 e da zona central teórica 27’, respectivamente) que ficam sobre uma linha reta que passa através do eixo óptico por meio do caminho mais curto.
[0039] A concepção do perfil difrativo 25 de acordo com a invenção também pode ocorrer de modo correspondente. O ponto de partida é um perfil difrativo bifocal convencional teórico que possui uma zona central teórica 27’ e zonas de deslocamento de fase teóricas 28’ fora dela, e o tamanho das áreas 29’ entre os limites de zona das zonas de deslocamento de fase teóricas 28’ é igual ao tamanho da área 29’ delimitada pela zona central teórica 27’. No caso do perfil difrativo teórico, o deslocamento de fase de pelo menos a zona central teórica 27’ é λ/2, mas, no presente caso, o deslocamento de fase de cada zona de deslocamento de fase 28’ do perfil difrativo teórico inicial é λ/2. Os dois focos úteis do perfil difrativo bifocal teórico são selecionados de modo que os dois focos úteis pertencentes à 0ª e à 1ª ordens de difração coincidam substancialmente com os pontos focais 31, 32 pertencentes às 0ª e 1ª ordens de difração do perfil difrativo 25 das lentes oftálmicas artificiais a serem produzidas (pontos focais 31, 32 estes, no presente caso, sendo um foco distante definido para o infinito e um foco próximo definido para aproximadamente 30 cm). Tal perfil difrativo bifocal convencional pode ser projetado facilmente com base em valores de projeto retirados da literatura da técnica anterior. Em comparação com o perfil difrativo bifocal teórico, o deslocamento de fase da zona central 27 é aumentado para acima de λ/2, ao mesmo tempo mantendo o arco que liga os pontos de base 30a da zona central 27 inalterados, em outras palavras, a zona central 27 é aumentada na direção perpendicular ao eixo óptico, de modo que, nesse meio tempo, o arco (que passa através do eixo óptico) que delimita a zona central 27 e liga os seus pontos de base 30a permaneça paralelo ao arco que liga os pontos de base 30a’ (e passa através do eixo óptico) da zona central teórica 27’. Neste meio tempo, as zonas de deslocamento de fase 28 fora da zona central 27 são deslocadas em uma direção perpendicular ao eixo óptico 23, de modo que as áreas 29 entre os limites de zona das zonas de deslocamento de fase 28 permaneçam inalteradas.
[0040] Comparando as figuras 5, 7 e 9 com as figuras 4, 6 e 8, pode-se determinar que o maior aumento do deslocamento de fase resultou em um foco intermediário mais significativo no caso de aberturas de 3,0 e 2,5 mm e levou a uma profundidade de foco estendida significativa no caso de diâmetros pequenos da pupila, efeito esse que não apareceu em absoluto no caso das lentes bifocais convencionais. Verificou-se que o foco de distância intermediária e a profundidade de foco estendida que aparecem no caso de diâmetros pequenos da pupila são especialmente significativos se o deslocamento de fase máximo da zona central 27 for cerca de 3/4 λ, mas pode ser observada uma melhora em relação ao perfil bifocal convencional em qualquer lugar se o deslocamento de fase máximo da zona central 27 for maior que λ/2 e menor que λ. Já em um deslocamento de fase máximo de um valor de 0,52 λ, o efeito é de tal grau que proporciona uma melhora no desempenho óptico da lente percebida pelos usuários. De preferência, o deslocamento de fase máximo da zona central 27 no perfil difrativo 25 fica dentro da faixa de 0,52 λ - 0,8 λ, especial e preferivelmente na faixa de 5/8 λ e 3/4 λ.
[0041] O desempenho da presente invenção não é limitado pelas características do perfil difrativo 25 fora da zona central 27. O perfil difrativo 25 fora da zona central 27 pode ser apodizado ou não apodizado, uma área externa puramente refrativa também pode ser ligada ao perfil difrativo 25. Se o perfil difrativo 25 fora da zona central 27 for para ser apodizado, então, no estágio de projeto, prefere-se começar a partir de um perfil difrativo bifocal teórico, em que o deslocamento de fase máximo da zona central 27’ continua a ser λ/2, mas as zonas de deslocamento de fase teóricas 28’ fora da zona central 27’ são apodizadas, em outras palavras, o seu deslocamento de fase máximo está variando (aumentando ou diminuindo).
[0042] De acordo com a presente invenção, um perfil difrativo também pode ser realizado que crie uma lente com desempenho óptico trifocal por aumento de um máximo secundário que ocorre entre quaisquer duas ordens de difração consecutivas (como as +1ª e +2ª ordens de difração).
[0043] Uma vantagem adicional da presente invenção é que, além do desempenho óptico trifocal, a lente oftálmica artificial que compreende o perfil difrativo 25 apresentado nas figuras também garante um desempenho óptico de profundidade de foco estendida no caso de diâmetros pequenos da pupila que ocorrem em condições fotópticas (curvas de focos passantes medidas no caso de uma abertura de 2,0 mm), como pode ser observado nas figuras 8 e 9.

Claims (12)

REIVINDICAÇÕES
1. Lente oftálmica artificial trifocal (20), que contém uma superfície óptica do lado anterior (21), uma superfície óptica do lado posterior (22) e um eixo óptico (23), pelo menos uma da superfície óptica do lado anterior (21) e da superfície óptica do lado posterior (22) contém uma lente tendo três pontos focais úteis e tendo um perfil pelo menos parcialmente difrativo, caracterizado pelos três pontos focais úteis corresponderem aos pontos focais (31, 32) pertencentes às 0ª e 1ª ordens de difração do perfil difrativo e a um ponto focal (33) pertencente a um máximo secundário difrativo aumentado entre a 0a e a 1a ordens de difração.
2. A lente oftálmica artificial de acordo com a reivindicação 1, caracterizadas pelo máximo secundário ser aumentado de modo tal que o deslocamento de fase máximo de uma zona central (27) do perfil difrativo (25) seja maior do que λ/2, onde o deslocamento de fase significa o deslocamento de fase em relação a uma base definida pelos pontos de base (30a) da zona central do perfil difrativo (25).
3. A lente oftálmica artificial de acordo com a reivindicação 2, caracterizada pelas áreas (29) entre os limites de zona das zonas de deslocamento de fase (28) serem de tamanho idêntico e um primeiro arco que liga os pontos de base (30a) da zona central (27) sobre o perfil difrativo ser selecionado de modo que uma área (29’) delimitada por uma zona central teórica (27’) tendo um segundo arco paralelo ao primeiro arco e tendo um deslocamento de fase máximo de λ/2, seja a mesma que as áreas (29) ocupadas pelas zonas de deslocamento de fase (28) individuais.
4. A lente oftálmica artificial de acordo com quaisquer das reivindicações 2 ou 3, caracterizada pelo deslocamento de fase máximo da zona central (27) ser maior do que λ/2 e menor do que λ.
5. A lente oftálmica artificial de acordo com quaisquer do das reivindicações 2 ou 3, caracterizada pelo deslocamento de fase máximo da zona central (27) ser maior que λ/2 e menor do que, ou igual a, 3/4λ.
6. A lente oftálmica artificial de acordo com quaisquer das reivindicações 2 a 5, caracterizada pelo perfil difrativo fora da zona central (27) ser apodizado.
7. A lente oftálmica artificial de acordo com quaisquer das reivindicações 2 a 5, caracterizada por uma parte periférica puramente refrativa estar ligada ao perfil difrativo (25).
8. Método de produzir uma lente oftálmica artificial trifocal (20), lente oftálmica artificial (20) esta que contém uma superfície óptica do lado anterior (21), uma superfície óptica do lado posterior (22) e um eixo óptico (23), pelo menos uma da superfície óptica do lado anterior (21) e da superfície óptica do lado posterior (22) contém uma lente tendo três pontos focais úteis (para visão distante, intermediária e de perto) e tendo um perfil pelo menos parcialmente difrativo, caracterizado por formar o perfil difrativo de modo que o ponto focal para visão distante e o ponto focal para visão de perto correspondam aos pontos focais (31, 32) pertencentes às 0ª e 1ª ordens de difração do perfil difrativo, e o ponto focal para visão intermediária corresponda a um ponto focal (33) pertencente a um máximo secundário difrativo aumentado entre a 0ª e a 1ª ordens de difração.
9. Método de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por aumentar os máximos secundários difrativos criando uma zona central (27) do perfil difrativo com um deslocamento de fase máximo maior do que λ/2, onde o deslocamento de fase significa o deslocamento de fase em relação a uma base definida pelos pontos de base (30a) do perfil difrativo.
10. Método de acordo com a reivindicação 9, caracterizado por projetar o perfil difrativo começando a partir de um perfil difrativo teórico bifocal, que tem uma zona central teórica e zonas de deslocamento de fase teóricas fora dela, e um tamanho de áreas entre os limites de zona das zonas de deslocamento de fase teóricas é o mesmo que um tamanho de uma área delimitada pela zona central teórica, e um deslocamento de fase máximo da zona central teórica é λ/2, e os dois focos úteis pertencentes a uma 0a e uma 1a ordens de difração do perfil difrativo teórico coincidem substancialmente com os pontos focais (31, 32) pertencentes às 0ª e 1ª ordens de difração do perfil difrativo (25) da lente oftálmica artificial a ser produzida, e o método compreende ainda aumentar a zona central (27) do perfil difrativo (25), em comparação com a zona central teórica, para o deslocamento de fase da zona central ser maior do que λ/2 de modo tal que um primeiro arco que liga os limites da zona central (27) seja mantido paralelo a um segundo arco da zona central teórica, e as zonas de deslocamento de fase (28) fora da zona central sejam deslocadas em uma direção perpendicular ao eixo óptico (23), em comparação com as zonas de deslocamento de fase teóricas, de modo tal que a área entre os limites de zona das zonas de deslocamento de fase (28) permaneça inalterada.
11. Método de acordo com quaisquer das reivindicações 9 ou 10, caracterizado por proporcionar o deslocamento de fase máximo da zona central (27) para ser maior do que λ/2 e menor do que λ.
12. Método, de acordo com quaisquer das reivindicações 9 ou 10, caracterizado por proporcionar o deslocamento de fase máximo da zona central (27) para ficar dentro da faixa de 0,52λ a 0,8λ.
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