BR112019013526B1 - Cubo de alojamento intermediário, alojamento intermediário e turbomáquina - Google Patents

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BR112019013526B1
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Julien Antoine Henri Jean Szydlowski
Romain Nicolas Lagarde
Ghislain Maxime Romuald Madiot
Benjamin LUKOWSKI
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Safran Aircraft Engines
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Abstract

A presente invenção refere-se a uma turbomáquina, a um alojamento intermediário (1) e a um cubo de alojamento intermediário (2) para uma turbomáquina de fluxo duplo compreendendo: - um anel de blindagem interno (3) configurado para delimitar um fluxo de escoamento primário (10) do fluxo de gás primário (F1) da turbomáquina, - um anel de blindagem externo (5) configurado para delimitar um fluxo de escoamento secundário (14) do fluxo de gás secundário (F2) da turbomáquina, - um volume entre fluxos (16), - pelo menos, uma válvula de descarga (12) para desviar uma porção do fluxo primário para o volume entre fluxos (16), - pelo menos uma descarga (6) que vai do anel de blindagem externo (5) para o fluxo de escoamento secundário (14), em que a descarga (6) compreender uma manga de descarga (18) e uma ou mais aletas de descarga, que se estendem dentro da manga (18), as aletas e paredes da manga definindo vários dutos de redirecionamento projetados para descarregar um fluxo de gás (F3) a partir do volume entre fluxo (16), redirecionando-o para a fluxo de escoamento secundário, sendo o comprimento da corda (L2) de pelo menos uma das aletas (22) maior que 50% de um comprimento do duto (L1) da manga (18).

Description

CAMPO DA INVENÇÃO
[001] A invenção refere-se ao campo geral de turbomáquinas de fluxo duplo, e mais particularmente válvulas de descarga que permitem a regulação do ar na saída de um compressor de uma turbomáquina deste tipo, sendo as ditas válvulas designadas pelo seu acrônimo VBV (para Válvulas de Sangramento Variável).
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
[002] Uma turbomáquina de fluxo duplo compreende de forma geral, de a montante para a jusante na direção de escoamento de gás, um ventilador, um volume anular de fluxo primário e um volume anular de fluxo secundário. A massa de ar aspirada pelo ventilador é, portanto, dividida em um fluxo primário (F1), que circula no fluxo de escoamento primário (10), e um fluxo secundário (F2), que é concêntrico com o fluxo primário (F1) e circula no fluxo de escoamento primário (14).
[003] O fluxo de escoamento primário (10) passa através de um corpo primário compreendendo um ou mais estágios do compressor, por exemplo um compressor de baixa pressão e um compressor de alta pressão, uma câmara de combustão, um ou mais estágios de turbina, por exemplo, uma turbina de alta pressão e uma turbina de baixa pressão e um bico de escape de gás.
[004] De um modo conhecido per se, a turbomáquina também compreende um alojamento intermediário, cujo cubo é disposto entre o alojamento do compressor de baixa pressão (ou booster) e o alojamento do compressor de alta pressão. O alojamento intermediário compreende válvulas de descarga ou VBV, cuja função é regular o fluxo na entrada do compressor de alta pressão, de forma a limitar o risco de afogamento no compressor de baixa pressão, removendo uma porção do ar fora do volume de escoamento primário (10).
[005] Como ilustrado na Figura 1, que é uma vista parcial em corte axial de um turbojato de aeronaves de fluxo duplo de um tipo conhecido, os cubos (2) dos alojamentos intermediários (1) de forma geral compreendem dois anéis de blindagem (shroud) anulares coaxiais interligados, respectivamente interno (3) e externo (5).
[006] O anel de blindagem interno (3) delimita o fluxo de escoamento primário anular (10) do fluxo de escoamento primário (F1) da turbomáquina e inclui aberturas de sangria (4) que são distribuídas circunferencialmente em torno do eixo X do anel de blindagem interno (3) (que é coaxial com o cubo (2)). Uma abertura (4) deste tipo é convencionalmente bloqueada por uma válvula de descarga correspondente (12) destinada a regular o caudal do compressor de alta pressão. Uma válvula de descarga (12) deste tipo pode, em particular, compreender uma porta que é montada articulada no anel de blindagem interno (3).
[007] Por seu turno, o anel de blindagem externo (5) delimita o fluxo de escoamento primário (14) do escoamento primário (F2) da turbomáquina. Compreende na sua porção a jusante um ou mais furos de descarga (6), também distribuídos circunferencialmente em torno do eixo X.
[008] Quando a taxa de fluxo de ar permitida para entrar no compressor de alta pressão é reduzida, um excedente de ar no fluxo de escoamento primário (14) pode então ser descarregado no volume entre fluxo (inter-stream) (16). Isso evita a possibilidade de fenômenos de oscilação que podem levar à deterioração ou mesmo completa destruição do compressor de baixa pressão a ocorrer.
[009] Quando, pelo contrário, o compressor de alta pressão está sob pressão excessiva, as aberturas (4) e suas portas (12), o volume entre fluxos (16) e os furos (6) permitem a descarga de ar do fluxo de escoamento primário (10) para o fluxo de escoamento primário (14) da turbomáquina.
[010] Em particular, quando uma válvula de descarga (12) é aberta, um fluxo de ar é escavado no fluxo (F1) do escoamento primário (10). Este fluxo de ar escavado passa através do volume entre fluxo (16) e é descarregado no fluxo de escoamento (14) pelos furos (6)
[011] Tipicamente, estes furos (6) são equipados com grades (20) destinadas a direcionar o fluxo de ar na saída da zona entre fluxo (16).
[012] Turbomáquinas modernas operam em taxas de desvio cada vez maiores. Para limitar perdas devido a choques em fluxos supersônicos na cabeça do ventilador, a velocidade angular de rotação do ventilador é reduzida. Isso tem o efeito de reduzir a taxa de compressão do ventilador. Em taxas de compressão menores, as perdas na cabeça e na separação do fluxo secundário (F2), portanto, têm um impacto maior e devem ser limitadas ao máximo. Estas perdas de cabeça estão presentes, em particular, em zonas com irregularidades superficiais.
[013] Além disso, as arquiteturas das turbomáquinas atuais tendem a limitar o volume disponível entre o fluxo principal e o secundário, de forma a atingir altas taxas de desvio. Assim, eles não permitem a orientação correta do fluxo de descarga antes de sua injeção no fluxo secundário.
DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO
[014] Um objetivo da invenção é, portanto, propor uma turbomáquina de fluxo duplo compreendendo válvulas de descarga, permitindo uma redução nas perdas de carga e riscos de separação do fluxo secundário no fluxo secundário de forma a aumentar a operabilidade da turbomáquina, que é simples e fácil de implementar, sem, no entanto, aumentar a massa da turbomáquina.
[015] Para este fim, a invenção propõe um cubo de alojamento intermediário para uma turbomáquina de fluxo duplo, dito cubo compreendendo: - um anel de blindagem interno configurado para delimitar um fluxo de escoamento primário do fluxo de gás primário da turbomáquina, - um anel de blindagem externo configurado para delimitar um fluxo de escoamento secundário do fluxo de gás secundário da dita turbomáquina, - um volume entre fluxo - pelo menos uma válvula de descarga para desviar uma porção do fluxo primário para o volume entre fluxos, - pelo menos uma descarga que vai do anel de blindagem externo para o fluxo de escoamento secundário,
[016] A descarga compreende uma manga de descarga e uma ou mais aletas de descarga que se estendem dentro da dita manga, as aletas e paredes da manga definindo vários dutos de redirecionamento projetados para descarregar o fluxo de gás do volume entre fluxos redirecionando-a para o fluxo de escoamento secundário, o comprimento da corda de pelo menos uma das aletas sendo superior a 50%, de forma preferencial 75% de um comprimento do duto da manga.
[017] De acordo com uma segunda realização, a invenção também propõe um alojamento intermediário compreendendo um cubo deste tipo e uma turbomáquina compreendendo um alojamento intermediário deste tipo.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[018] Outras características, objetivos e vantagens da presente invenção aparecerão mais claramente ao ler a descrição detalhada que se segue, e com referência aos desenhos anexos, dados a título de exemplos não limitativos e nos quais:
[019] A Figura 1, que foi descrita acima, é uma representação esquemática na seção axial de um cubo de alojamento intermediário conhecido do estado da técnica,
[020] A Figura 2 é uma vista em corte ilustrando uma possível forma de realização da invenção,
[021] A Figura 3 ilustra, em vista de topo, a orientação no fluxo de escoamento secundário das aletas de um furo de descarga de um cubo de alojamento intermediário em conformidade com a invenção,
[022] A Figura 4 uma vista parcial em perspectiva de uma forma de realização de exemplo de um cubo de alojamento intermediário em conformidade com a invenção,
[023] A Figura 5 é uma vista em perspectiva de uma forma de realização de exemplo de um duto de um fluxo de descarga de um cubo de alojamento intermediário, em conformidade com a invenção, e
[024] A Figura 6 ilustra de forma esquemática o perfil de uma aleta e suas características,
[025] A Figura 7 ilustra um exemplo de desvio angular das aletas de uma descarga de um cubo de alojamento intermediário em conformidade com a invenção.
DESCRIÇÃO DE REALIZAÇÕES DA INVENÇÃO
[026] A seguir, um cubo de alojamento intermediário para uma turbomáquina de fluxo duplo e um alojamento intermediário associado será agora descrito com referência à Figura 2 e às Figuras seguintes.
[027] As partes do cubo de alojamento intermediário (2) do estado da técnica, já descritos, também estão presentes nas formas de realização que se seguem. Para estas partes, os símbolos numéricos que os designam na Figura 1 foram reutilizados.
[028] Em particular, como no caso do cubo ilustrado na Figura 1, um cubo de alojamento intermediário (2) em conformidade com a invenção compreende: - um anel de blindagem interno (3) configurado para delimitar externamente um fluxo de escoamento primário (10) do fluxo de gás primário (F1) da turbomáquina, - um anel de blindagem externo (5) configurado para delimitar internamente um fluxo de escoamento (14) do fluxo de gás secundário (F2) da dita turbomáquina e - um volume entre fluxo (16) que compreende uma ou mais descargas (6) que conduzem ao anel de blindagem externo (5).
[029] A abertura de admissão (4), que é formada no anel de blindagem interno (3) do cubo (2), pode ser de forma seletiva aberta ou fechada por uma porta (12) dependendo das fases de voo da turbomáquina. De preferência, a porta (12) é móvel entre uma posição fechada, na qual a porta (12) fecha a abertura de admissão (4) e uma posição aberta, na qual a porta (12) liberta a abertura de admissão (4). Por exemplo, a porta (12) pode ser montada articulada sobre o anel de blindagem interno (3) ou compreendem uma porta corrediça deslizante. A porta (12) pode, em particular, ser alojada no volume entre fluxo (16) na sua posição fechada.
[030] Uma descarga (6) compreende: - uma manga (18) que se estende no interior do volume entre fluxos (16) e cujas paredes interiores, a montante e a jusante (18a, 18b), são perfiladas com uma certa curvatura; - uma pluralidade de aletas de descarga (22) que se prolongam no interior da manga (18) e definem com a dita manga (18) uma pluralidade de dutos de ar (21) que asseguram a evacuação do ar que passa através do volume entre fluxo (16) e o seu redirecionamento para o fluxo secundário (14).
[031] A manga (18) conduz ao espaço de escoamento secundário (14) na abertura de escoamento formada no anel de blindagem interno (5) para a descarga (6). Tem uma abertura de entrada (19) em comunicação fluida com o volume entre fluxos (16) e o fluxo de escoamento primário (10) quando a porta (12) está aberta. Também tem um comprimento do duto (L1) que corresponde a uma distância mínima entre a abertura de entrada (19) e a abertura de saída no anel de blindagem interno (5) (descarga (6)).
[032] Estas aletas (22) são assim configuradas para orientar um fluxo de ar de descarga (F3) vindo do fluxo de escoamento primário (10) e injetá-lo no fluxo de escoamento secundário (14) em uma direção substancialmente paralela à do fluxo secundário (F2), de forma a reduzir as perdas de carga em fluxo de escoamento secundário (14). Provida com vantagem, por exemplo, de 1 a 4 aletas de descarga (22) em uma manga (18) (com 2 a 5 tubos (21)).
[033] Estas aletas de descarga (22) são aletas perfiladas, cada uma delas compreendendo uma extremidade dianteira (23), uma extremidade traseira (24), lado de sucção (E) e paredes do lado de pressão (I) que se prolongam entre a extremidade dianteira (23) e a extremidade traseira (24), uma corda (25), uma linha média (26) e um comprimento da corda (L2) (Figura 6).
[034] A seguir (ver Figura 5) o “perfil” de uma aleta de descarga (22) é entendido como uma seção transversal da descarga fina (22), isto é, uma seção transversal da aleta de descarga (22) ao longo do plano de forma geral perpendicular ao lado de sucção (E) e o lado de pressão (I) da aleta de descarga (22), na raiz da aleta de descarga (22). A “corda” (25) de uma aleta de descarga (22) é entendida como o segmento de linha reta ficcional que tem, nas suas extremidades, a extremidade dianteira (23) e a extremidade traseira do perfil da aleta de descarga (22). Além disso, o “comprimento da corda” (L2) de uma aleta de descarga (22) é entendido como a distância entre a extremidade dianteira (23) e a extremidade traseira (24) do perfil da aleta de descarga (22), ou em outras palavras, o comprimento da corda (25) desta aleta de descarga (22). Por fim, a “linha média” (26) de uma aleta de descarga (22) é entendida como sendo a linha fictícia que compreende todos os pontos equidistantes do lado de sucção (E) e do lado de pressão (I) o perfil da descarga fina (22).
[035] A fim de reduzir as perdas na cabeça e os riscos de separação do fluxo secundário (F2) e aumentar a operabilidade da turbomáquina, particularmente quando o comprimento do duto (L1) é reduzido devido ao pequeno volume disponível entre o fluxo de escoamento primário (10) e o fluxo de escoamento secundário (14) (volume inter fluxo (16)), o comprimento da corda (L2) de pelo menos uma das aletas de descarga (22) é pelo menos igual a 50% do comprimento do duto (L1).
[036] Em uma forma de realização, o comprimento da corda (L2) de todas as aletas de descarga (22) da grade de VBV é pelo menos igual a 50% do comprimento do duto (L1).
[037] Desta maneira, as aletas de descarga (22) formam, com a parede a montante (18a) e a parede a jusante (18b), canais guia (ver em particular a Figura 4 que ilustra quatro canais de guiamento) do fluxo de descarga (F3) entre o volume entre fluxo (16) e a abertura de descarga (6) e permitir modificação contínua e progressiva da direção de escoamento do fluxo de descarga (F3) e seu redirecionamento. Durante a injeção do fluxo de descarga (F3) no fluxo de escoamento secundário (14) (isto é, na saída da manga (18)), o fluxo de descarga (F3) é então substancialmente alinhado com o fluxo secundário (F2) e não tem tendência a formar redemoinhos a jusante da descarga (6), o que reduz ou até anula as perdas aerodinâmicas.
[038] Em uma forma de realização, o comprimento da corda (L2) de pelo menos uma das aletas de descarga (22) (e de preferência de todas as aletas de descarga (22)) é pelo menos igual a 75% do comprimento do duto (L1), de forma preferida pelo menos igual a 85% do comprimento do duto (L1), por exemplo, entre 95% e 110% do comprimento do duto (L1). De fato, será notado que as aletas de descarga (22) podem estar niveladas com a abertura de entrada (19) e a abertura de saída (6), caso em que o comprimento da corda (L2) das aletas de descarga (22) pode mesmo ser maior do que o comprimento do duto (L1) (ver por exemplo Figura 5).
[039] De modo a capturar um máximo do fluxo de descarga (F3) na manga (18), uma relação entre as seções transversais (S1) e (S2) do duto de ar a jusante mais distante (21) da manga (18) está compreendida entre 1,5 e 3, de preferência igual a aproximadamente 2,5 (dentro de 10%). Pelo duto de ar a jusante mais distante (21) entende-se aqui a porção da manga (18) que se estende entre a abertura de entrada (19) e a abertura de saída (6) e delimitada a jusante pela parede a jusante (18b) e a montante pela aleta de descarga (22) mais próxima da parede a jusante (18b). Por seção transversal (S1) entende-se aqui a superfície a jusante mais distante do duto de ar (21), que se estende na dita seção transversal (S1) em um plano normal à parede de pressão lateral (I) da aleta de descarga a jusante da manga (18), na extremidade dianteira (23) da maior distância a jusante de descarga (22). Por seção transversal (S2) significa aqui a superfície do duto de ar a jusante mais distante (21), a dita seção transversal (S2) prolongando-se em um plano normal à parede de pressão lateral (I) da aleta de descarga a jusante mais distante (22) da manga, a extremidade traseira (24) da aleta de descarga a jusante mais distante (22).
[040] A invenção encontra aplicação particularmente no caso de motores muito compactos, isto é, aqueles em que a razão h/ H é no máximo igual a 0,5 em que: H é a distância ao longo de um eixo radial entre o anel de blindagem interno (3) e o anel de blindagem externo (5) do cubo de alojamento intermediário; h é o comprimento curvilíneo da parede interna a jusante (18b) da manga (18).
[041] Opcionalmente, cada aleta de descarga (22) pode ser posicionada no duto de descarga (18) de forma que o ângulo de incidência do fluxo de descarga (F3) na aleta de descarga (22) esteja substancialmente alinhado com a sua curvatura na sua extremidade principal (23) ((F3) paralela à linha reta D tangente à linha média (26) na extremidade dianteira (23)).
[042] O volume entre fluxo (16) compreende uma parede inferior (16a), que corresponde à parede a jusante mais distante do volume entre fluxos e que se estende entre o anel de blindagem interno (3), na abertura de admissão, e o anel de blindagem externo na descarga (6). A parede inferior (16a) compreende, portanto, a parede a jusante (18b) da manga (18). Esta parede inferior (16a) é definida em duas porções para assegurar o redirecionamento do fluxo de descarga. Uma primeira porção A (em linhas tracejadas na Figura 2), que se estende do anel de blindagem interno (3) sobre um comprimento curvilíneo compreendido entre 75% e 90% do seu comprimento curvilíneo total é configurada para capturar e acelerar o fluxo de descarga (F3). Esta primeira porção A compreende uma porção da parede a jusante (18b) da manga (18). Uma segunda porção B (em linhas tracejadas na Figura 2), que se estende entre a primeira porção e a descarga (6) redireciona radialmente o fluxo para melhorar a transição com o fluxo secundário (F2). Esta segunda porção B compreende o resto da parede a jusante (18b).
[043] Além disso, a primeira porção da parede inferior (16a) compreende uma primeira sub-porção A1, que se estende entre o anel de blindagem interno (3) e a parede a jusante (18b) da manga (18), e uma segunda sub-porção A2 que se estende entre a extremidade radialmente interna da parede a jusante (18b) da manga (18) e a segunda porção B. O ângulo entre a primeira sub-porção A1 e a segunda sub-porção A2 está compreendido entre 125° e 135°, de forma a acelerar o fluxo de gás (F3) durante a sua introdução na manga (18). Em outras palavras, a porção A2 da parede a jusante (18b) da manga está configurada para formar um ângulo compreendido entre 35° e 45° com o eixo de revolução do cubo (2).
[044] Além disso, o ângulo de desvio β (diferença entre o ângulo de entrada e o ângulo de saída α definido pelas inclinações do perfil) do fluxo (F3) que passa através dos diferentes dutos (21) definidos pelas aletas (22) e as paredes internas da manga (18) é compreendido entre 70° e 90°, de forma que a conexão entre a primeira e a segunda porção é definida por uma inversão da direção de desvio do fluxo de descarga. De preferência, a saída da segunda porção das aletas de descarga (22) e da parede a jusante (18b) (e, se aplicável, da parede a montante (18a)) é tangente ao anel de blindagem externo. Em outras palavras, a linha reta tangente à curvatura das aletas de descarga (22) na extremidade traseira é substancialmente paralela à direção de escoamento do fluxo secundário (F2). Para este fim, a curvatura da extremidade traseira (24) e das paredes (18a) e (18b) deve, portanto, estar perto da direção do fluxo de escoamento (F2), de forma que o ângulo α entre a direção do fluxo de escoamento (F2) e a tangente à linha reta D’, que é paralelo à linha média na extremidade traseira, está compreendido entre 5° e um máximo de 35°.
[045] Finalmente, pelo menos uma das aletas de descarga (22) tem uma faixa de azimute θ compreendida entre 30° e 50°, por exemplo, na ordem de 40°, em que a faixa de azimute corresponde a uma porção angular da aleta de descarga (22) que é vista pelo fluxo secundário (F2).

Claims (13)

1. CUBO DE ALOJAMENTO INTERMEDIÁRIO (2) para uma turbomáquina de fluxo duplo, o cubo (2) compreendendo: - um anel de blindagem interno (3) configurado para delimitar um fluxo de escoamento primário (10) de um fluxo de gás primário (F1) da turbomáquina, - um anel de blindagem externo (5) configurado para delimitar um fluxo de escoamento secundário (14) de um fluxo de gás secundário (F2) da turbomáquina, - um volume entre fluxos (16), - pelo menos, uma válvula de descarga (12) para desviar uma porção do fluxo de escoamento primário (10) para o volume entre fluxos (16), - pelo menos uma descarga (6) que vai do anel de blindagem externo (5) para o fluxo de escoamento secundário (14), em que a descarga (6) compreende uma manga de descarga (18) e uma ou mais aletas de descarga (22), que se estendem dentro da manga de descarga (18), as aletas de descarga (22) e paredes da manga de descarga (18) definindo vários dutos de redirecionamento (21) projetados para descarregar um fluxo de gás (F3) a partir do volume entre fluxos (16), redirecionando-o para o fluxo de escoamento secundário (14), sendo o comprimento da corda (L2) de pelo menos uma das aletas de descarga (22) maior que 50% de um comprimento de um duto (L1) da manga de descarga (18); caracterizado por uma relação h/H ser no máximo igual a 0,5: em que: H é uma distância ao longo de um eixo radial até um eixo de revolução do cubo do alojamento intermediário (2), entre o anel de blindagem interno (3) e o anel de blindagem externo (5), e h é um comprimento curvilíneo de uma parede interna a jusante (18b) da manga de descarga (18).
2. CUBO DE ALOJAMENTO INTERMEDIÁRIO (2), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo comprimento da corda (L2) de todas as aletas de descarga (22) ser pelo menos igual a 75% do comprimento do duto (L1).
3. CUBO DE ALOJAMENTO INTERMEDIÁRIO (2), de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo comprimento da corda (L2) de todas as aletas de descarga (22) estar compreendido entre 75% e 110% do comprimento do duto (L1).
4. CUBO DE ALOJAMENTO INTERMEDIÁRIO (2), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo volume entre fluxos (16) compreender uma parede inferior (16a) que se estende entre o anel de blindagem interno (3) e a descarga (6) do anel de blindagem externo (5), tendo a parede inferior (16a) um comprimento curvilíneo total entre o anel de blindagem interno (3) e o anel de blindagem externo (5) e compreendendo: - uma primeira porção (A), que se estende do anel de blindagem interno (3) sobre um comprimento curvilíneo compreendido entre 75% e 90% do seu comprimento curvilíneo total, sendo configurada para capturar e acelerar o fluxo de gás (F3), a primeira porção (A) compreendendo uma porção da manga de descarga (18), e - uma segunda porção (B), que se estende entre a primeira porção (A) e a descarga (6) sendo configurada para redirecionar o fluxo de gás (F3) para melhorar a transição com o fluxo de gás secundário (F2).
5. CUBO DE ALOJAMENTO INTERMEDIÁRIO (2), de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pela primeira porção (A) da parede inferior (16a) compreender uma primeira sub-porção (A1), que se estende entre o anel de blindagem interno (3) e uma extremidade radialmente interna da manga de descarga (18), e uma segunda sub-porção (A2) que se estende entre a extremidade radialmente interna da manga de descarga (18) e a segunda porção (B), sendo um ângulo entre a primeira sub-porção (A1) e a segunda sub-porção (A2) compreendido entre 125° e 135°, de forma a acelerar o fluxo de gás (F3) durante a sua introdução na manga de descarga (18).
6. CUBO DE ALOJAMENTO INTERMEDIÁRIO (2), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pela manga de descarga (18) compreender uma parede interna a montante (18a) e a parede interna a jusante (18b) entre as quais se estende a uma ou mais aletas de descarga (22), das quais um duto interno a jusante mais distante (21) é delimitado, por um lado, pela parede interna a jusante (18b) e, por outro lado, por uma parede de pressão lateral (I) de uma aleta de descarga a jusante mais distante (22) na direção de escoamento do fluxo de gás secundário (F2), o duto interno a jusante mais distante (21) tendo uma primeira seção transversal (S1) que corresponde a uma superfície do duto (21) que se estende em um plano normal à parede de pressão lateral (I) em uma extremidade dianteira (23) da aleta de descarga a jusante mais distante (22), e uma segunda seção transversal (S2) que corresponde a uma superfície do duto (21) que se estende em um plano normal à parede de pressão lateral (I) em uma extremidade traseira (24) da aleta de descarga a jusante mais distante (22), uma relação entre a primeira seção transversal (S1) e a segunda seção transversal (S2) sendo compreendida entre 1,5 e 3, de preferência igual a 2,5.
7. CUBO DE ALOJAMENTO INTERMEDIÁRIO (2), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado por compreender entre 1 e 4 aletas de descarga (22).
8. CUBO DE ALOJAMENTO INTERMEDIÁRIO (2), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pela curvatura da extremidade dianteira (23) de uma dentre a uma ou mais aletas de descarga (22) estar alinhada com a direção do fluxo de gás (F3) ao nível da mesma.
9. CUBO DE ALOJAMENTO INTERMEDIÁRIO (2), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pela direção da curvatura de uma dentre a uma ou mais aletas de descarga (22) na extremidade traseira (24) da mesma, formar um ângulo (α) inferior a 35°, de preferência 5°, em relação a direção de escoamento no fluxo secundário (F2).
10. CUBO DE ALOJAMENTO INTERMEDIÁRIO (2), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado por um ângulo de desvio (β) entre a entrada e a saída dos diferentes dutos (21) estar compreendido entre 70° e 90°.
11. CUBO DE ALOJAMENTO INTERMEDIÁRIO (2), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado por pelo menos uma das aletas de descarga (22) ter uma faixa de azimute (θ) compreendida entre 30° e 50°, de preferência 40°.
12. ALOJAMENTO INTERMEDIÁRIO (1), caracterizado por compreender um cubo de alojamento intermediário (2), conforme definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 11.
13. TURBOMÁQUINA, caracterizada por compreender um alojamento intermediário (1), conforme definido na reivindicação 12.
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