BR112019003748B1 - Método para controlar pragas - Google Patents

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Abstract

Um método para controlar pragas de plantas modificadas, em particular plantas de soja que compreende a etapa de colocar em contato a planta, partes da mesma, o seu material de propagação, as pragas, as suas fontes de alimento, habitat ou local de reprodução com um ou mais compostos de fórmula I; em que as variáveis são conforme definidas no relatório descritivo.

Description

CAMPO DA INVENÇÃO
[001] A invenção refere-se a métodos para controlar pragas por compostos de pirazol de fórmula I,
Figure img0001
em que R1 é H, CH3 ou C2H5; R2 é CH3, R3 é CH3, CH (CH3)2, CF3, CHFCH3 ou 1-CN-c-C3H4; R4 é CH3; ou R3 e R4 podem em conjunto formar CH2CH2CF2CH2CH2.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
[002] Faboideae, tal como a soja (Glycine max), são importantes culturas comerciais.
[003] As sojas são consideradas uma fonte de proteína completa (Henkel, J., 2000, “Soy: Health Claims for Soy Protein, Question About Other Components”. FDA Consumer (Food and Drug Administration 34 (3): 18-20). Por esta razão, a soja é uma boa fonte de proteína. De acordo com a Food and Drug Administration dos EUA, produtos de proteína de soja podem ser bons substitutos para produtos animais porque a soja oferece um perfil de proteína ‘completo’. Produtos de proteína de soja podem substituir um alimento à base de animais que também têm proteínas completas, mas tendem a conter mais gordura, especialmente gordura saturada, sem exigir grandes ajustes em outras partes da dieta.
[004] O isolado de proteína de soja é altamente valioso, pois tem um valor biológico de 74 (Avaliação da Qualidade da Proteína: Relatório da Consulta Conjunta de Especialistas da FAO/ OMS. Bethesda, MD (EUA): Organização de Agricultura das Nações Unidas (Publicação Food and Nutrition N° 51, dezembro de 1989).
[005] Na agricultura, a soja pode produzir pelo menos duas vezes mais proteína por acre do que outra grande cultura de plantas ou grãos, por exemplo, 5 a 10 vezes mais proteína por acre do que terrenos destinados a animais para produção de leite e até 15 vezes mais proteína por acre do que terrenos destinados à produção de carne (“Soy Benefits”, Laboratório Nacional de Pesquisa em Soja, fevereiro de 2012).
[006] Assim, as sojas podem ser consideradas como uma cultura mundialmente importante fornecendo óleo e proteína.
[007] No entanto, as plantas de soja são vulneráveis a uma ampla faixa de doenças bacterianas, doenças fúngicas, doenças virais e parasitas. A sojas são consideradas, por exemplo, como sendo a segunda mais valiosa exportação agrícola nos Estados Unidos atrás do milho.
[008] Consequentemente, levando em conta a importância de soja na agricultura, gerenciamento de pragas adequado é necessária a fim de não prejudicar o rendimento e a qualidade das culturas de soja.
[009] Percevejos (ordem de Hemiptera, família do Pentatomidae) são pragas de animais e verdadeiros insetos. Eles são, provavelmente, um dos problemas de pragas mais comuns na soja (Stewart et al., Soybean Insects - Stink bugs, University of Tennessee Institute of Agriculture, W200 09-0098).
[010] Percevejos se alimentam de mais de 52 plantas, incluindo árvores nativas e ornamentais, arbustos, vinhas, ervas daninhas e muitas espécies cultivadas tais como milho e algodão, bem como numerosas plantas não cultivadas, e os seus hospedeiros preferidos são quase todas as plantas selvagens. Eles se acumulam nesses hospedeiros e se mudam para a soja no final da estação, à medida que seus alimentos preferidos amadurecem.
[011] Percevejos podem se alimentar de muitas partes da planta; no entanto, eles têm como alvo típico sementes em desenvolvimento, incluindo as vagens, o que significa que a lesão a sementes de soja é o problema principal associado com infestações de percevejos.
[012] Manchas marrons ou enegrecidas podem ocorrer onde o aparelho bucal penetra no tecido da planta, mas pequenos sinais externos de lesão alimentar podem estar presentes. A alimentação pode causar deformação, murchamento ou aborto de sementes pequenas. Sementes maiores só podem ser parcialmente descoloridas por ferimentos, mas isso pode afetar a qualidade das sementes. Altos níveis de aborto de semente podem fazer com que o “efeito de feijão verde” onde as folhas são retidas e a maturidade da planta é retardada (Stewart et al., Soybean Insects - Stink bugs, University of Tennessee Institute of Agriculture, W200 09-0098).
[013] Percevejos promovem danos mecânicos à semente bem como a transmissão do organismo da mancha de levedura (yeast-spot disease). O grau dos danos causados por essa praga depende em certa medida, do estágio de desenvolvimento da semente quando é perfurada por peças bucais do percevejo parecidas com agulhas. Quanto mais nova a semente quando danificada, maior a redução de rendimento. Embora infestações em final de temporada podem não afetar o rendimento, teor de óleo do grão e a germinação serão reduzidos.
[014] Em certas regiões, o percevejo verde (Acrosternum hilare) é uma das espécies mais comuns que se alimentam de soja. O percevejo castanho (Euschistus servus) é outro componente comum do complexo de percevejos.
[015] Do complexo de insetos sugadores que ocorrem em cultura, os percevejos castanhos Euschistus heros são atualmente considerados como sendo a espécie mais abundante no norte Paraná até o centro do Brasil (Correa- Ferreira & Panizzi, 1999), e é um problema significativo em soja (Schmidt et al., 2003). Os insetos ocorrem na soja a partir do estágio vegetativo e são prejudiciais desde o início da formação da vagem até a maturação do grão. Eles causam danos à semente (Galileo & Heinrichs 1978, Panizzi & Slansky Jr., 15, 1985) e também podem abrir caminho para doenças fúngicas e causar distúrbios fisiológicos, tais como a retenção de folha de soja (Galileu & Heinrichs 1978, Todd & Herzog, 1980).
[016] Outras espécies de plantas que podem estar presentes incluem o percevejo-de-peito-vermelho fétido (Thyanta custator) e o percevejo marrom-escuro fétido (Euschistus tristigmus). Outra espécie, o percevejo verde fétido (Nezara viridula), é muitas vezes limitada aos condados mais ao sul dos EUA. Percevejos predadores (benéficos), como o percevejo soldado espinhoso (Podisus maculaventris), também podem ser encontrados na soja e às vezes são confundidos com percevejos marrons ou marrom-escuros fétidos.
[017] O controle de percevejos em soja é frequentemente vital para prevenir danos econômicos significativos.
[018] Inseticidas normalmente usados para controlar percevejos incluem piretroides, neonicotinoides e organofosfatos, apesar de que os inseticidas de piretroides são geralmente o método de escolha para controlar percevejos na soja. No entanto, existem problemas crescentes com resistência aos inseticidas, especialmente em populações de percevejos castanhos e particularmente à piretroides. Euschistus heros também podem ser difíceis de gerenciar usando organofosforados ou endosulfan (Sosa-Gomez et al., 2009). Existe, portanto, uma necessidade de métodos eficazes ecológicos de controle de percevejos em soja.
[019] Particularmente, os inseticidas que atuam no canal de cloreto dependente de ácido gama-aminobutírico (GABA) (descrito, por exemplo, nos documentos EP 1 731 512, WO 2009/002809 e WO 2009/080250) parecem ser eficazes para controlar percevejos, especialmente em soja tal como descrito no documento WO 2012/104331.
[020] Foi agora encontrado que os compostos de pirazol da fórmula I, conforme definido no início, fornece um controle eficiente contra pragas em Faboideae, em particular, grãos de soja, especialmente contra pragas das famílias de Pentatomidae, Cicadellidae, Aleyrodidae, e Aphididae, em particular das famílias de Aleyrodidae, Aphididae e Pentatomidae.
[021] Estes compostos representam, portanto, uma solução importante para controlar pragas de Faboideae, em particular grãos de soja, em particular pragas da família do Pentatomidae, percevejos, e consequentemente salvaguarda de plantas, culturas e material de propagação da infestação por tais pragas, particularmente onde as pestes são resistentes aos métodos atuais.
[022] Os compostos de pirazol de fórmula I e a sua atividade inseticida são conhecidos do documento WO 2012/143317 e WO 2015/055497. No entanto, nenhum destes documentos divulga uma eficácia aceitável de tais compostos ativos contra pragas típicas de Faboideae modificada, de forma preferida soja, em particular percevejos, moscas brancas, cigarrinhas e pulgões em plantas OGM. Como dito acima, estas pragas são difíceis de controlar com pesticidas típicos de soja.
DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO
[023] Por conseguinte, em um aspecto da invenção é fornecido um método para controlar pragas de Faboideae, em particular plantas de soja compreendendo a etapa de colocar em contato a Faboideae, em particular grãos de soja, planta, partes da mesma, o seu material de propagação, as pragas, a sua fonte alimentar, habitat ou locais de reprodução com uma ou mais substâncias de fórmula I.
[024] Em um outro aspecto da invenção, é fornecido o uso de um ou mais compostos de fórmula I para controlar pragas em Faboideae, em particular lavouras de soja.
[025] Um aspecto adicional da invenção é relacionado a um método para controlar pragas da família do Pentatomidae e/ ou Cicadellidae e/ ou Aleyrodidae e/ ou Aphididae, compreendendo a etapa de colocar em contato as pragas, o seu habitat de fornecimento de alimentos e/ ou local de reprodução com um ou mais compostos de Fórmula I, que são particularmente selecionados entre-I-1 a I-3: 1-(1, 2-dimetilpropil)-N-etil-5-metil-N-piridazin-4-il- pirazol-4-carboxamida (l-1); 1- [1- (1-cianociclopropil) etil] -N-etil-5-metil-N- piridazin-4-il-pirazol-4-carboxamida (I-2); e N-etil-1- (2- fluoro- 1- metil- propil)- 5- metil- N- piridazin- 4- il- pirazol- 4- carboxamida (I-3)
[026] Um aspecto da invenção refere-se à utilização de um ou mais compostos de fórmula I para controlar pragas da família do Pentatomidae.
[027] Um outro aspecto da invenção refere-se à utilização de um ou mais compostos de formula I para controlar pragas da família do Cicadellidae.
[028] Um outro aspecto da invenção refere-se à utilização de um ou mais compostos de formula I para controlar pragas da família do Aphididae.
[029] Os métodos e usos da invenção são para controlar e/ ou prevenir a infestação de plantas de Faboideae, culturas de Faboideae e material de propagação de Faboideae por pragas. Em uma forma de realização preferida, as plantas, colheitas ou material de propagação de Faboideae são plantas de soja, culturas ou material de propagação. Em geral, as pragas são da família do Pentatomidae e/ ou Aleyrodidae e/ ou Aphididae.
[030] De um modo preferido, os métodos e usos da presente invenção são aplicados contra pragas da família do Pentatomidae, percevejos. Mais preferencialmente, contra percevejos que são resistentes a outros inseticidas, por exemplo, inseticidas piretroides. Percevejos que são “resistentes” a um determinado inseticida refere-se, por exemplo, a variedades de percevejos que são menos sensíveis ao que inseticida comparadas com a sensibilidade esperada das mesmas espécies de percevejo. A sensibilidade esperada pode ser medida utilizando, por exemplo, uma variedade que não foi previamente exposta ao inseticida.
[031] Em outra forma de realização, os métodos e utilizações da presente invenção são aplicados contra pragas da família do Aleyrodidae, moscas brancas. De forma mais preferencial contra moscas brancas que são resistentes a outros inseticidas, por exemplo, inseticidas piretróides. Essas moscas brancas resistentes são particularmente Bemisia tabaci biótipos. As moscas brancas que são “resistentes” a um inseticida em particular referem-se, por exemplo, a cepas de moscas brancas que são menos sensíveis a esse inseticida em comparação com a sensibilidade esperada da mesma espécie de mosca branca. A sensibilidade esperada pode ser medida usando, por exemplo, uma cepa que não tenha sido previamente exposta ao inseticida.
[032] Em uma outra forma de realização, os métodos e utilizações da presente invenção são aplicados contra pragas da família do Aphididae. De forma mais preferida contra pulgões que são resistentes a outros inseticidas, por exemplo, inseticidas piretróides. Tais afídeos resistentes são particularmente Aphis gossypii e A. glycines. Os pulgões que são “resistentes” a um inseticida em particular referem-se, por exemplo, a cepas de pulgões que são menos sensíveis a esse inseticida em comparação com a sensibilidade esperada da mesma espécie de pulgões. A sensibilidade esperada pode ser medida usando, por exemplo, uma cepa que não tenha sido previamente exposta ao inseticida.
[033] Em uma outra forma de realização, os métodos e utilizações da presente invenção são aplicados contra pragas da família do Cicadellidae. De um modo mais preferido, contra as cigarrinhas resistentes a outros inseticidas, por exemplo, inseticidas organofosforados. Tais cigarrinhas resistentes são particularmente Amrasca biguttula, Empoasca fabae, Epoasca kraemeri, Nephotettix spp. As cigarrinhas que são “resistentes” a um inseticida em particular referem-se, por exemplo, a cepas de cigarrinhas que são menos sensíveis a esse inseticida em comparação com a sensibilidade esperada da mesma espécie de pulgões. A sensibilidade esperada pode ser medida usando, por exemplo, uma cepa que não tenha sido previamente exposta ao inseticida.
[034] Em um aspecto da invenção, o método compreende a aplicação às plantas, colheitas e/ ou material de propagação de Faboideae, em particular plantas de soja, culturas de soja e/ ou material de propagação de plantas de soja, um composto de formula I, em que o método é para controlar e/ ou prevenir infestação por pragas.
[035] Especialmente, o método é para controlar e/ ou prevenir infestação por pragas da família do Pentatomidae e/ ou Aleyrodidae (tal como Bemisia tabaci) e/ ou Aphididae (tal como Aphis gossypii e Aphis glycines), em particular da família do Pentatomidae, percevejos; ainda mais em particular para controlar e/ ou prevenir a infestação por Acrosternum spp., Euschistus spp., Nezara spp. e/ ou Piezodrus spp., mais particularmente por Acrosternum hilare, Euschistus heros, Nezara viridula e/ ou Piezodrus guildini, e especialmente por Euschistus heros. Outras pragas de Pentatomidae que podem ser controladas de acordo com a invenção são Eysarcoris, em particular Eysarcoris aeneus (inseto do escudo da floresta).
[036] Um outro aspecto da invenção fornece o uso dos compostos de formula I para o controle geral de pragas da família do Pentatomidae (percevejos) e/ ou Aleyrodidae, e/ ou Aphididae, preferencialmente para controlar pragas da família do Pentatomidae, em particular para controlar Acrosternum spp., Euschistus spp., Nezara spp. e/ ou Piezodrus spp., com maior preferência para controlar Acrosternum hilare, Euschistus heros, Nezara viridula e/ ou o Piezodrus guildini, e mais preferencialmente para controlar Euschistus heros.
[037] Um outro aspecto da invenção proporciona a utilização dos compostos de fórmula I para o controle geral de pragas da família do Cicadellidae (cigarrilhas), de preferência para controlar Amrasca biguttula biguttula, Empoasca spp., Circulifer tenellus, Homalodisca vitripennis, Sophonia rufofascia e/ ou Typhlocyba pomaria, de forma mais preferencial para controlar Amrasca biguttula biguttula, Empoasca fabae, Empoasca Solana e/ ou Epoasca kraemeri.
[038] Em outro aspecto, a presente invenção proporciona a utilização dos compostos de fórmula I para controlar pragas que sejam resistentes a um ou mais outros inseticidas, de preferência piretroides, neonicotinoides e organofosfatos, e mais preferencialmente inseticidas piretroides.
[039] De preferência, os compostos de fórmula I da invenção são utilizados para controlar pragas da família do Pentatomidae incluindo percevejo verde (Acrosternum hilare), percevejo marrom marmorizado (Halyomorpha halys), percevejo vermelho (Piezodorus guildinii), percevejo marrom neotropical (Euschistus heros), percevejo marrom (Euschistus servus), bicho-papão (Megacopta cribraria), percevejo-de-barriga-vermelha (Thyanta custator) e o percevejo marrom-escuro (Euschistus tristigmus), o percevejo verde (Nezara viridula), Aleyrodidae incluindo mosca branca da batata doce (Bemisia tabaci), afídeo de algodão (Aphis gossypii) e afídeo de soja (Aphis glycines) e suas respectivas combinações.
[040] Em outra forma de realização, as pragas são Thyanta custator.
[041] Em outra forma de realização, as pragas são Euschistus tristigmus.
[042] Em outra forma de realização, as pragas são Acrosternum hilare.
[043] Em outra forma de realização, as pragas são Halyomorpha halys.
[044] Em outra forma de realização, as pragas são Piezodorus guildinii.
[045] Em outra forma de realização, as pragas são Euschistus heros.
[046] Em outra forma de realização, as pragas são Euschistus servus.
[047] Em outra forma de realização, as pragas são Cribraria Megacopta.
[048] Em outra forma de realização, as pragas são Thyanta custator.
[049] Em outra forma de realização, as pragas são Euschistus tristigmus.
[050] Em outra forma de realização, as pragas são Nezara viridula.
[051] Em outra forma de realização, as pragas são Bemisia tabacii.
[052] Em outra forma de realização, as pragas são Aphis gossypii.
[053] Em outra forma de realização, as pragas são Aphis glycines.
[054] Em outra forma de realização, as pragas são Amrasca biguttula biguttula.
[055] Em outra forma de realização, as pragas são Empoasca fabae.
[056] Em outra forma de realização, as pragas são Epoasca kraemeri.
[057] Os compostos de fórmula I são de forma preferencial utilizados em Faboideae, em particular em soja, para controlar percevejos, por exemplo, Nezara spp. (por exemplo, Nezara viridula, Nezara antennata, Nezara hilaris), Piezodorus spp. (por exemplo, Piezodorus guildinii), Acrosternum spp. (por exemplo, Acrosternum hilare), Euschistus spp. (por exemplo, Euschistus heros, Euschistus servus), Halyomorpha halys, Megacopta cribaria, Plautia crossota, Riptortus clavatus, Rhopalus msculatus, Antestiopsis orbitalus, Dectes texano, Dichelops spp. (por exemplo, Dichelops furcatus, Dichelops melacanthus), Eurygaster spp. (por exemplo, Eurygaster intergriceps, Eurygaster maurd), Oebalus spp. (por exemplo, Oebalus mexicana, Oebalus poecilus, Oebalus pugnase, Scotinophara spp. (por exemplo, Scotinophara lurida, Scotinophara coarctatd). Os alvos preferidos incluem Acrosternum hilare, Antestiopsis orbitalus, Dichelops furcatus, Dichelops melacanthus, Euschistus heros, Euchistus servus, Megacopta cribaria, Nezara viridula, Nezara hilare, Piezodorus guildinii, Halyomorpha halys. Em uma forma de realização o percevejo alvo é Nezara viridula, Piezodorus spp., Acrosternum spp., Euschistus heros. Euschistus e em particular Euschistus heros são os alvos preferidos. De forma mais preferencial, os compostos da fórmula I são usados para controlar Pentatomidae incluindo percevejo verde (Acrosternum hilare), percevejo marrom marmorizado (Halyomorpha halys), percevejo vermelho (Pie-zodorus guildinii), percevejo marrom neotropical (Euschistus heros), percevejo marrom (Euschistus servus) e bicho-papão (Megacopta cribraria).
[058] Outras pragas de Pentatomidae que podem ser controladas de acordo com a invenção são os Eysarcoris, em particular Eysarcoris aeneus.
[059] Os compostos de fórmula I são de forma preferencial utilizados em Faboideae, em particular soja, para controlar moscas brancas, por exemplo, mosca branca da batata doce (Bemisia tabaci).
[060] Os compostos de fórmula I são de forma preferencial utilizados em Faboideae, em particular soja, para controlar pulgões, por exemplo, pulgão da soja (Aphis glycines).
[061] Os compostos de fórmula I são de forma preferencial utilizados em Faboideae, em particular soja, para controlar cigarrinhas, por exemplo, cigarrinha da batata (Empoasca fabae).
[062] Os compostos de fórmula I são de forma preferencial utilizados em Faboideae, em particular soja, para controlar cigarrinhas, por exemplo, Lorito verde (pequeno pekeet verde) (Empoasca kraemeri).
[063] A aplicação dos compostos de formula I é preferencialmente a uma cultura de Faboideae, tal como plantas de soja; o local ou material de propagação do mesmo. A aplicação pode ser feita antes da infestação ou quando a praga está presente. A aplicação dos compostos de formula I pode ser realizada de acordo com qualquer um dos métodos usuais de aplicação, por exemplo, foliar, rega, no solo, no sulco etc. O controle de percevejos pode ser conseguido por aplicação foliar, que é um modo preferido de aplicação de acordo com a invenção.
[064] Em outra forma de realização preferida, os compostos de formula I são aplicados a culturas de Faboideae por aplicação de rega ao solo. Em uma forma de realização preferida, as culturas de Faboideae são culturas de soja.
[065] Em uma outra forma de realização preferida, os compostos de formula I são aplicados como tratamento de sementes a sementes de culturas de Faboideae. Em uma forma de realização preferida, as culturas de Faboideae são culturas de soja.
[066] A praga, por exemplo, os percevejos, a planta, solo ou água na qual a planta cresce, podem ser colocados em contato com os compostos de formula I ou composição(ões) que os contêm por qualquer outro método de aplicação conhecidos no estado da técnica. Como tal, “colocar em contato” inclui ambos, contato direto (aplicando os compostos/ composições diretamente sobre a praga animal ou planta - tipicamente na folhagem, caule ou raízes da planta) e o contato indireto (aplicando os compostos/ composições ao local da praga animal ou planta).
[067] Os compostos de formula I ou as composições pesticidas que os compreendem podem ser utilizados para proteger o crescimento de plantas e as culturas do ataque ou infestação por pragas animais, especialmente de percevejos, em particular de Euschistus, mais particularmente a partir de E. heros, colocando em contato a planta/ cultura com uma quantidade eficaz como pesticida de compostos de formula I. O termo “cultura” refere-se tanto ao cultivo quanto à colheita.
[068] Os compostos de formula I podem ser aplicados em combinação com um atrativo. Um atrativo é um produto químico que faz com que o inseto migre em direção ao local de aplicação. Para controlar percevejos, pode ser vantajoso aplicar os compostos de formula I com um atrativo, particularmente quando a aplicação é foliar. Percevejos são frequentemente localizados perto do solo, e a aplicação de um atrativo pode encorajar a migração para cima da planta em direção ao ingrediente ativo.
[069] Atrativos adequados incluem glicose, sacarose, sal, glutamato, ácido cítrico, óleo de soja, óleo de amendoim e leite de soja. O glutamato e o ácido cítrico são de particular interesse, sendo preferido o ácido cítrico.
[070] Um agente de atração pode ser pré-misturado com o composto de formula I antes da aplicação, por exemplo, como uma mistura pronta ou mistura de tanque (tankmix), ou por aplicação simultânea ou aplicação sequencial à planta. Taxas adequadas de atrativos são, por exemplo, 0,02 kg/ha a 3 kg/ha
[071] Os compostos de formula I são de preferência utilizados para controlar pragas em Faboideae, em particular em soja, a 1 a 500 g/ha, de preferência 10 a 150 g/ha.
[072] Os compostos de formula I são adequados para o uso em qualquer planta Faboideae, tais como plantas de soja, incluindo aquelas que tenham sido geneticamente modificadas para ser resistente aos ingredientes ativos, tais como herbicidas ou para produzir compostos biologicamente ativos que o controlam infecção por pragas de plantas.
[073] Em uma outra forma de realização preferida, são tratadas plantas transgênicas e cultivares de plantas obtidas por métodos de engenharia genética, se apropriado em combinação com métodos convencionais (Organismos Geneticamente Modificados) e partes das mesmas. Particularmente de um modo preferido, as plantas dos cultivares de plantas que se encontram em cada um dos casos comercialmente disponíveis ou em uso são tratadas de acordo com a invenção. Os cultivares de plantas são entendidos como significando plantas tendo novas propriedades (“peculiaridades”) que foram obtidas por cruzamento convencional, por mutagênese ou por técnicas de DNA recombinante.
[074] Estes podem ser cultivares, bio ou genótipos. Dependendo da espécie de planta ou cultivar de planta, a localização e as suas condições de crescimento (solos, clima, período de vegetação, dieta), o tratamento de acordo com a invenção também pode resultar em efeitos “sinérgicos” superaditivos.
[075] De preferência, a planta modificada é a soja “Intacta RR2 PRO” (Monsanto), que oferece tolerância ao herbicida glifosato e proteção contra grandes pragas da soja (lagarta da soja, laçador de soja, broto de soja, broca do feijão, lagarta, broca do colmo, Helicoverpa, por exemplo, Helicoverpa armigera), juntamente com o aumento do potencial de rendimento.
[076] Assim, por exemplo, as taxas de aplicação reduzidas e/ ou um alargamento do espectro de atividade e/ ou um aumento na atividade das substâncias e composições que podem ser usadas de acordo com a invenção, melhoram crescimento de planta, aumentam tolerância a temperaturas altas ou baixas, aumentam tolerância à seca ou ao teor de água ou de sal no solo, melhoram desempenho de floração, colheita mais fácil, aceleram de maturação, rendimentos de colheita superior, maior qualidade e/ ou valor nutricional superior dos produtos colhidos, uma melhor estabilidade de armazenamento e/ ou processabilidade dos produtos colhidos são possíveis, que excedem os efeitos que foram, na verdade, esperados.
[077] As plantas transgênicas ou variedades de plantas preferidas (obtidas por engenharia genética) que estão a ser tratadas de acordo com a invenção incluem todas as plantas que, em virtude de modificação genética, o material genético recebido que transmite particularidades particularmente vantajosas, úteis para estas plantas.
[078] Exemplos de tais características são um melhor crescimento da planta, uma maior tolerância à alta ou baixa temperaturas, uma maior tolerância à seca ou ao teor de água ou de sal no solo, um melhor desempenho de floração, colheita mais fácil, aceleração da maturação, rendimentos de colheita superiores, maior qualidade e/ ou maior valor nutricional dos produtos colhidos, melhor estabilidade de armazenamento e/ ou processabilidade dos produtos colhidos.
[079] Exemplos adicionais enfatizados de tais particularidades são uma melhor defesa das plantas contra pragas animais e microbianas, tais como contra insetos, ácaros, fungos fitopatogênicos, bactérias e/ ou vírus, e também uma maior tolerância das plantas a determinados compostos herbicidas ativos. Outro exemplo enfatizado de tais características é o aumento da tolerância das plantas a certos compostos inseticidas ativos.
[080] Particularidades que são enfatizados em particular são o aumento da defesa das plantas contra insetos, aracnídeos, nematoides e lesmas e caracóis em virtude de toxinas formadas nas plantas, em particular aquelas formadas nas plantas pelo material genético de Bacillus thuringiensis (por exemplo, pelos genes CrylA(a), CrylA(b), CrylA(c), CryllA, CrylllA, CryIIIB2, Cry9c, Cry2Ab, Cry3Bb and CrylF e também combinações dos mesmos) (referidos aqui como “plantas Bt”). Particularidades que também são particularmente enfatizados são o aumento da defesa das plantas contra fungos, bactérias e vírus por resistência adquirida sistêmica (SAR), sistemina, fitoalexinas, elicitores e genes de resistência e proteínas e toxinas correspondentemente expressas.
[081] As particularidades que são, além disso, particularmente enfatizadas são a tolerância aumentada das plantas a certos compostos herbicidas ativos, por exemplo, imidazolinonas, sulfonilureias, glifosato ou fosfinotricina. Os genes que conferem as características desejadas em questão também podem estar presentes em combinação uns com os outros nas plantas transgênicas.
[082] Os exemplos de “plantas Bt” são variedades de soja que são vendidas sob o nome comercial Intacta™ Roundup Ready™ 2 Pro.
[083] Exemplos de plantas tolerantes a herbicidas que podem ser mencionadas são as variedades de soja que são vendidas sob os nomes comerciais Roundup Ready® (tolerância ao glifosato), Liberty Link® (tolerância a ao glufosinato), Cultivance® (tolerância a imidazolinonas) e Optimum GAT® (tolerância às sulfonilureias).
[084] Plantas resistentes a herbicidas (plantas cultivadas de um modo convencional para a tolerância a herbicida) que podem ser mencionados incluem as variedades comercializadas sob o nome de Clearfield® (por exemplo, de arroz, canola, girassol, trigo).
[085] O método da invenção pode ser de forma preferencial realizado em plantas de soja, carregando duas ou mais características (por exemplo, Enlist®), glifosato (por exemplo, Roundup Ready®, Roundup Ready 2 Yield®), sulfonilureia (por exemplo, Cultivance®), glufosinato (por exemplo, Liberty Link®, Ignite®), Dicamba (Genuid® Roundup Ready™ 2 Xtend™), tolerância ao HPPD (por exemplo, herbicida de isoxaflutole) (SYN-000H2-5). Combinação dupla ou tripla em plantas de soja de qualquer uma das características descritas aqui, também são de interesse, incluindo tolerância a glifosato e sulfonilureia (por exemplo, Optimum GAT®, plantas combinando com STS® e Roundup Ready® ou Roundup Ready 2 Yield®), tolerância ao dicamba e glifosato (Monsanto). A soja resistente do nematoide de cisto de soja (SCN®- Syngenta) e soja com característica de resistência a Afídio (AMT® - Syngenta) são também de interesse.
[086] Estas afirmações também se aplicam a cultivares de plantas com estas características genéticas ou características genéticas ainda a serem desenvolvidas, cujas cultivares de plantas serão desenvolvidas e/ ou comercializadas no futuro.
[087] Como descrito acima, as pragas acima mencionadas são de particular importância em relação às plantas de soja.
[088] Em uma forma de realização da utilização acima ou método compreendendo a aplicação dos compostos de fórmula I, a planta é uma planta que foi modificada por reprodução convencional, isto é, uma planta que não foi modificada por mutagênese ou engenharia genética.
[089] Em outra forma de realização da utilização acima ou método compreendendo a aplicação dos compostos de fórmula I, a planta de soja é uma planta que foi modificada por mutagênese ou engenharia genética, de preferência por engenharia genética.
[090] Em uma forma de realização preferida, na planta, que foi modificada por mutagênese ou engenharia genética, um ou mais genes foram mutagenizados ou integrados no material genético da planta, que são selecionados a partir de epsps, aad-12, avhppd-03, bar, bbx32, cry1A.105, cry1Ac, cry1F, cry2Ab2, csr1-2, dmo, fad2-1A (senso e antisenso), fan1 (mutante), fatb1-A (segmento senso e antisenso), fatb2-1A (senso e antisenso), gat4601, gm-fad2-1, gm-hra, hppdPF W336, Nc.fad3, e pat, Pj.D6D.
[091] Em outra forma de realização mais preferida, a planta, que foi modificada por mutagênese ou engenharia genética (planta modificada), exibe uma ou mais características selecionadas do grupo que consiste em tolerância a estresse abiótico, crescimento/ rendimento alterados, resistência a doenças, tolerância a herbicidas, resistência a insetos, qualidade de produto modificada e controle de polinização. De um modo preferido, a planta exibe tolerância a herbicida, resistência a insetos ou uma combinação dos mesmos.
[092] Em uma forma de realização preferida da utilização ou método como definido acima, a planta é uma planta de feijão de soja, que é uma planta modificada, e que corresponde a qualquer uma das entradas da Tabela A, Tabela B ou Tabela C.
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[093] As plantas listadas na Tabela A são conhecidas do “Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações Agro-Biotecnológicas” (ISAAA), cujo banco de dados está acessível na Internet: http://www.isaaa.org/gmapprovaldatabase/default. asp EXPLICAÇÕES:
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[094] As plantas de soja preferidas incluem as plantas de soja de acordo com qualquer linha de B: TABELA B:
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[095] As plantas de soja preferidas incluem plantas de soja, que foram modificadas por integração de pelo menos um gene ou combinação de genes de acordo com uma linha da Tabela C:
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[096] Em uma forma de realização preferida da utilização ou método como definido acima, a planta é uma planta de feijão de soja, que é uma planta modificada, e que corresponde a qualquer uma das filas da Tabela I:
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[097] Tendo em vista as preferências acima em relação a pragas e plantas, são particularmente preferidas as seguintes formas de realização da utilização ou método da invenção compreendendo a aplicação dos compostos de fórmula geral I.
[098] Em uma forma de realização preferida da invenção, a presente invenção refere-se à utilização ou método compreendendo a aplicação dos compostos de fórmula I, como definido acima, em que as pragas são selecionadas a partir do grupo que consiste em percevejo verde (Acroster- em um hilare), percevejo marrom marmorizado (Halyomorpha halys), percevejo vermelho (Piezodorus guildinii), percevejo marrom neotropical (Euschistus heros), percevejo marrom (Euschistus servus), percevejo kudzu (Megacopta cribraria), percevejo vermelho (Thyanta custator) e o percevejo marrom-escuro (Euschistus tristigmus), o percevejo verde do sul (Nezara viridula), e combinações dos mesmos, e a planta é uma planta de soja modificada, e é de forma preferencial selecionada a partir das plantas listadas nas Tabelas A, B e C.
[099] Em uma forma de realização particularmente preferida, as pragas são Acrosternum hilare e a planta é uma planta de soja selecionada a partir das plantas listadas nas Tabelas A, B e C.
[0100] Em uma forma de realização particularmente preferida, as pragas são Halyomorpha halys e a planta é uma planta de soja selecionada a partir das plantas listadas nas Tabelas A, B e C.
[0101] Em uma forma de realização particularmente preferida, as pragas são Piezodorus guildinii e a planta é uma planta de soja selecionada a partir das plantas listadas nas Tabelas A, B e C.
[0102] Em uma forma de realização particularmente preferida, as pragas são Euschistus heros e a planta é uma planta de soja selecionada a partir das plantas listadas nas Tabelas A, B e C.
[0103] Em uma forma de realização particularmente preferida, as pragas são Megacopta cribraria e a planta é uma planta de soja selecionada a partir das plantas listadas nas Tabelas A, B e C.
[0104] Em uma forma de realização particularmente preferida, as pragas são Thyanta custadora e a planta é uma planta de soja selecionada a partir das plantas listadas nas Tabelas A, B e C.
[0105] Em uma forma de realização particularmente preferida, as pragas são Euschistus tristigmus e a planta é uma planta de soja selecionada a partir das plantas listadas nas Tabelas A, B e C.
[0106] Em uma forma de realização particularmente preferida, as pragas são Nezara viridula e a planta é uma planta de soja selecionada a partir das plantas listadas nas Tabelas A, B e C.
[0107] Em outra forma de realização, a planta transgênica comercial é uma variedade de soja selecionada a partir de “Roundup Ready 2 Yield”, “Intacta RR2 Pro” e “Vistive Gold” (todos da Monsanto), ou “Ácido Estearidônico (SDA) Ômega-3” (maior conteúdo de SDA em soja, Monsanto). Em outra forma de realização, a característica é Bacillus thuringiensis Cry1A.105 e cry2Ab2 e Vector PV-GMIR13196, para a soja Mon87751 (Monsanto).
[0108] Em uma forma de realização mais preferida de tal forma de realização, na planta modificada, um ou mais genes foram mutagenizados ou integrados no material genético da planta, que são selecionados a partir de pat, epsps, cry1Ab, bar, cry1Fa2, cry1Ac, cry34Ab1, cry35AB1., cry3A, cryF, cry1F, mcry3a, cry2Ab2, cry3Bb1, cry1A.105, dfr, barnase, vip3Aa20, barstar, als, bxn, bp40, asn1 e ppo5.
[0109] Em outra forma de realização mais preferida, a planta modificada exibe uma ou mais características selecionadas a partir do grupo que consiste em tolerância a estresse abiótico, crescimento/ rendimento alterados, resistência a doenças, tolerância a herbicidas, resistência a insetos, qualidade de produto modificada e controle de polinização. De um modo preferido, a planta exibe tolerância a herbicidas, resistência a insetos ou uma combinação dos mesmos.
[0110] Os compostos de formula I podem ser aplicados nos métodos da presente invenção em misturas com fertilizantes (por exemplo, fertilizantes contendo nitrogênio, potássio ou fósforo). Os tipos de formulação adequados incluem grânulos de fertilizante. As misturas contêm preferivelmente até 25% em peso do composto de formula I.
[0111] As composições desta invenção podem conter outros compostos II possuindo atividade biológica, por exemplo micronutrientes ou compostos com atividade fungicida ou que possuam atividade reguladora do crescimento de plantas, herbicida, inseticida, nematicida ou acaricida.
[0112] Os compostos aplicados nos métodos da presente invenção podem ser o único ingrediente ativo da composição ou podem ser misturados com um ou mais ingredientes ativos adicionais II, tais como um pesticida, fungicida, sinergista, herbicida ou regulador de crescimento de plantas. onde apropriado. Um ingrediente ativo adicional pode: fornecer uma composição tendo um espectro mais amplo de atividade ou persistência aumentada em um local; sinergizar a atividade ou complementar a atividade (por exemplo, aumentando a velocidade do efeito ou superando a repelência) do composto de formula I; ou ajudar a superar ou impedir o desenvolvimento de resistência a componentes individuais. O ingrediente ativo adicional particular dependerá da utilidade pretendida da composição.
[0113] De acordo com uma forma de realização da presente invenção, componentes individuais da composição de acordo com a invenção, tais como partes de um kit ou partes de uma mistura binária ou ternária, podem ser misturados pelo próprio usuário em um tanque de pulverização e outros auxiliares podem ser adicionados, se apropriado.
[0114] Os compostos de formula I podem ser misturados com solo, turfa ou outro meio de enraizamento para a proteção de plantas contra doenças fúngicas transmitidas por sementes, solos ou folhas.
[0115] Exemplos de compostos adequados II para uso nas composições incluem abamectina, acetamiprida, α-cipermetrina, clotianidina, dinotefurano, fludioxonil, espinosade, espiro-tetramat, sulfoxaflor, fipronil, tiacloprida, afidopropeno, clorantraniliprol, ciantraniliprol, imidacloprida, pimetrozina, amectoctradina, clorotalonil, propiconazol, bentiavalicarbe, difenoconazol, dimetomorfe, epoxiconazol, procloraz, boscalida, carbendazim, fluoxastrobina, procloraz, azoxistrobina, picoxistrobina, piraclostrobina, fenexamida, floxapiroxade, trifloxistrobina, tebuconazol, triticonazol, mefenoxam, ditianon, mancozebe, propinebe, metconazol, tiabendazol.
[0116] Herbicidas adequados e reguladores de crescimento de plantas para inclusão nas composições dependerão do alvo pretendido e do efeito requerido.
[0117] No que se segue, são apresentadas formulações e aplicações adequadas em relação ao presente pedido. Estas formas de realização preferidas referem-se a (1) mistura da invenção compreendendo um composto de pirazol de fórmula I, bem como utilizações e métodos compreendendo a aplicação da referida mistura e (2) a utilizações e métodos compreendendo a aplicação de um composto de fórmula I de acordo para a invenção.
[0118] A mistura da invenção ou o composto de fórmula I pode ser proporcionada na forma de uma composição agroquímica compreendendo um composto de fórmula I juntamente com um ou mais outro (s) ingrediente (s) ativo (s) pesticida (s) e um auxiliar.
[0119] As formulações compreendendo um composto de fórmula I da presente invenção podem ser convertidos em tipos habituais de composições agroquímicas, por exemplo, soluções, emulsões, suspensões, poeiras, pós, grânulos, prensados, cápsulas e misturas dos mesmos. Exemplos de tipos de composição são suspensões (por exemplo, SC, OD, FS), concentrados emulsificáveis (por exemplo, EC), emulsões (por exemplo, EW, ÓLEO, ES, ME), cápsulas (por exemplo, CS, ZC), pastas, pastilhas, pós molháveis ou poeiras (por exemplo, WP, SP, WS, DP, DS), prensados (por exemplo, BR, TB, DT), grânulos (por exemplo, WG, SG, GR, FG, GG, MG), artigos inseticidas (por exemplo, LN), bem como formulações em gel para o tratamento de materiais de propagação de plantas, tais como sementes (por exemplo, GF). Estes e outros tipos de composições são definidos no “Catálogo de tipos de formulação de pesticidas e sistema de codificação internacional”, Technical Monograph N° 2, 6a Ed. Maio de 2008, CropLife International.
[0120] As composições são preparadas de um modo conhecido, tal como descrito por Mollet e Grube-mann, Formulation technology, Wiley VCH, Weinheim, 2001; ou Knowles, New developments in crop protetion product formulation, Agrow Reports DS243, T&F Informa, Londres, 2005.
[0121] Exemplos de auxiliares adequados são solventes, veículos líquidos, veículos ou cargas sólidos, tensoativos, dispersantes, emulsificantes, molhantes, adjuvantes, solubilizantes, potenciadores de penetração, coloides protetores, agentes de adesão, espessantes, umectantes, repelentes, atrativos, estimulantes de alimentação, compatibilizadores, bactericidas, agentes anticongelantes, agentes anti-espumantes, corantes, aderentes e aglutinantes.
[0122] Solventes e veículos líquidos adequados são a água e solventes orgânicos, tais como frações de óleo mineral de médio a alto ponto de ebulição, por exemplo, querosene, óleo diesel; óleos de origem planta ou animal; hidrocarbonetos alifáticos, cíclicos e aromáticos, por exemplo, tolueno, parafina, tetrahidronaftaleno, naftalenos alquilados; álcoois, por exemplo, etanol, propanol, butanol, álcool benzílico, ciclohexanol; glicóis; DMSO; cetonas, por exemplo, ciclohexanona; ésteres, por exemplo, lactatos, carbonatos, ésteres de ácidos graxos, faixa-butirolactona; ácidos graxos; fosfonatos; aminas; amidas, por exemplo, N-metilpirrolidona, dimetilamidas de ácido graxo; e misturas dos mesmos.
[0123] Veículos ou cargas sólidos adequados são terras minerais, por exemplo, silicatos, sílica gel, talco, caulins, calcário, cal, giz, argilas, dolomite, terra de diatomáceas, bentonita, sulfato de cálcio, sulfato de magnésio, óxido de magnésio; pós de polissacarídeos, por exemplo, celulose, amido; fertilizantes, por exemplo, sulfato de amônio, fosfato de amônio, nitrato de amônio, ureias; produtos de origem planta, por exemplo, farinha de cereais, farinha de casca de árvore, farinha de madeira, farinha de casca de nozes e misturas dos mesmos.
[0124] Tensoativos adequados são compostos tensoativos, tais como agentes tensoativos aniônicos, catiônicos, não iônicos e anfotéricos, polímeros em bloco, polieletrólitos e misturas dos mesmos. Tais agentes tensoativos podem ser utilizados como emulsificante, dispersante, solubilizante, molhante, melhorador de penetração, coloide protetor ou adjuvante. Exemplos de tensoativos estão listados em McCutcheon’s, Vol. 1: Emulsifiers & Detergents, McCutcheon’s Diretories, Glen Rock, EUA, 2008 (International Ed. ou North American Ed.).
[0125] Tensoativos aniônicos adequados são sais alcalinos, alcalino-terrosos ou de amônio de sulfonatos, sulfatos, fosfatos, carboxilatos e misturas dos mesmos. Exemplos de sulfonatos são alquilaril-sulfonatos, difenilsulfonatos, sulfonatos alfa-olefínicos, sulfonatos de lignina, sulfonatos de ácidos graxos e óleos, sulfonatos de alquilfenois etoxilados, sulfonatos de arilfenois alcoxilados, sulfonatos de naftalenos condensados, sulfonatos de dodecil- e tridecilbenzenos, sulfonatos de naftalenos e alquilnaftalenos, sulfossuccinatos ou sulfossuccinamatos. Exemplos de sulfatos são sulfatos de ácidos graxos e óleos, de alquilfenois etoxilados, de álcoois, de álcoois etoxilados, ou de ésteres de ácidos graxos. Exemplos de fosfatos são ésteres de fosfato. Exemplos de carboxilatos são alquil carboxilatos e álcool carboxilado ou alquilfenol-etoxilatos.
[0126] Tensoativos não iônicos adequados são alcoxilatos, amidas de ácidos graxos não substituídos, óxidos de amina, ésteres, tensoativos à base de açúcar, tensoativos poliméricos e misturas dos mesmos. Exemplos de alcoxilatos são compostos tais como álcoois, alquilfenois, aminas, amidas, arilfenois, ácidos graxos ou ésteres de ácidos graxos que foram alcoxilados com 1 a 50 equivalentes. Óxido de etileno e/ ou óxido de propileno podem ser utilizados para a alcoxilação, preferencialmente óxido de etileno. Os exemplos de amidas de ácidos graxos não substituídas são glucamidas de ácidos graxos ou alcanolamidas de ácidos graxos. Exemplos de ésteres são ésteres de ácidos graxos, ésteres de glicerol ou monoglicerídeos. Exemplos de tensoativos à base de açúcar são sorbitanos, sorbitanos etoxilados, sacarose e ésteres de glicose ou alquilpoliglicosídeos. Exemplos de tensoativos poliméricos são homo- ou copolímeros de vinilpirrolidona, vinil álcoois ou vinil acetato.
[0127] Tensoativos catiônicos adequados são tensoativos quaternários, por exemplo, compostos de amônio quaternário com um ou dois grupos hidrofóbicos, ou sais de aminas primárias de cadeia longa. Tensoativos anfotéricos adequados são alquilbetainas e imidazolinas. Polímeros em bloco adequados são polímeros em bloco do tipo A-B ou A-B-A compreendendo blocos de óxido de polietileno e óxido de polipropileno, ou do tipo A-B-C compreendendo alcanol, óxido de polietileno e óxido de polipropileno. Polieletrólitos adequados são poliácidos ou polibases. Exemplos de poliácidos são sais alcalinos de ácido poliacrílco ou polímeros de poliácido. Exemplos de polibases são polivinilaminas ou polietilenaminas.
[0128] Adjuvantes adequados são compostos que possuem uma atividade pesticida negligenciável ou mesmo nenhuma atividade e que melhoram o desempenho biológico dos ingredientes ativos no alvo. Exemplos são tensoativos, óleos minerais ou plantas e outros auxiliares. Outros exemplos são listados por Knowles, Adjuvants e additives, Agrow Reports DS256, T&F Informa UK, 2006, capítulo 5.
[0129] Espessantes adequados são polissacarídeos (por exemplo, goma xantana, carboximetilcelulose), argilas anorgânicas (modificadas ou não modificadas organicamente), policarboxilatos e silicatos.
[0130] Os bactericidas adequados são derivados de bronopol e isotiazolinona, tais como alquilisotiazolinonas e benzisotiazolinonas.
[0131] Agentes anticongelantes adequados são etileno glicol, propileno glicol, ureia e glicerina.
[0132] Agentes anti-espumantes adequados são silicones, álcoois de cadeia longa e sais de ácidos graxos.
[0133] Corantes adequados (por exemplo, em vermelho, azul ou verde) são pigmentos de baixa solubilidade em água e corantes solúveis em água. Exemplos são corantes inorgânicos (por exemplo, óxido de ferro, óxido de titânio, hexacianoferato de ferro) e corantes orgânicos (por exemplo, corantes de alizarina, azo e ftalocianina).
[0134] Agentes de adesividade ou aglutinantes adequados são polivinilpirrolidonas, polivinilacetatos, álcoois polivinílicos, poliacrilatos, ceras biológicas ou sintéticas e éteres de celulose.
EXEMPLOS PARA TIPOS DE COMPOSIÇÃO E SUA PREPARAÇÃO SÃO: I) CONCENTRADOS SOLÚVEIS EM ÁGUA (SL, LS)
[0135] 10 a 60% em peso do (s) composto (s) ativo (s) pesticida (s) e 5 a 15% em peso de agente molhante (por exemplo, álcool alcoxilatos) são dissolvidos em água e/ ou em um solvente solúvel em água (por exemplo, álcoois) até 100% em peso. A substância ativa dissolve-se após diluição com água.
II) CONCENTRADOS DISPERSÍVEIS (DC)
[0136] 5 a 25% em peso do (s) composto (s) ativo (s) pesticida (s) e 1 a 10% em peso de dispersante (por exemplo, polivinilpirrolidona) são dissolvidos em até 100% em peso de solvente orgânico (por exemplo, ciclohexanona). A diluição com água dá uma dispersão.
III) CONCENTRADOS EMULSIONÁVEIS (CE)
[0137] 15 a 70% em peso do (s) composto (s) ativo (s) pesticida (s) e 5 a 10% em peso de emulsionantes (por exemplo, dodecilbenzenossulfonato de cálcio e etoxilato de óleo de rícino) são dissolvidos em até 100% em peso de solvente orgânico insolúvel em água (por exemplo, hidrocarboneto aromático). A diluição com água dá uma emulsão.
IV) EMULSÕES (EW, ÓLEO, ES)
[0138] 5 a 40% em peso do (s) composto (s) ativo (s) pesticida (s) e 1 a 10% em peso de emulsionantes (por exemplo, dodecilbenzenossulfonato de cálcio e etoxilato de óleo de rícino) são dissolvidos em 20 a 40% em peso de solvente orgânico insolúvel em água (por exemplo, hidrocarboneto aromático). Esta mistura é introduzida em até 100% em peso de água por meio de uma máquina emulsionadora e transformada em uma emulsão homogênea. A diluição com água dá uma emulsão.
v) SUSPENSÕES (SC, OD, FS)
[0139] Em um moinho de bolas agitado, 20 a 60% em peso do (s) composto (s) ativo (s) pesticida (s) são fragmentados com adição de 2 a 10% em peso de dispersantes e agentes molhantes (por exemplo, lignossulfonato de sódio e álcool etoxilado), 0,1 a 2% em peso de espessante (por exemplo, goma xantana) e até 100% em peso de água para gerar uma suspensão fina da substância ativa. A diluição com água gera uma suspensão estável da substância ativa. Para composição do tipo FS é adicionado até 40% em peso de aglutinante (por exemplo, álcool polivinílico).
VI) GRÂNULOS DISPERSÍVEIS EM ÁGUA E GRÂNULOS SOLÚVEIS EM ÁGUA (WG, SG)
[0140] 50 a 80% em peso do (s) composto (s) ativo (s) pesticida (s) são finamente moídos com adição de até 100% em peso de dispersantes e agentes molhantes (por exemplo, lignossulfonato de sódio e álcool etoxilado) e preparados como grânulos dispersíveis em água ou solúveis em água por meio de aparelhos técnicos (por exemplo, extrusão, torre de pulverização, leito fluidizado). A diluição com água gera uma dispersão ou solução estável da substância ativa.
VII) PÓS DISPERSÍVEIS EM ÁGUA E PÓS SOLÚVEIS EM ÁGUA (WP, SP, WS)
[0141] 50 a 80% em peso do (s) composto (s) ativo (s) pesticida (s) são triturados em um moinho de rotor-estator com adição de 1 a 5% em peso de dispersantes (por exemplo, lignossulfonato de sódio), 1 a 3% em peso de agentes molhantes (por exemplo, álcool etoxilado) e até 100% em peso de veículo sólido, por exemplo, sílica gel. A diluição com água fornece uma dispersão ou solução estável da substância ativa.
VIII) MICROEMULSÃO (ME)
[0142] 5 a 20% em peso do (s) composto (s) ativo (s) pesticida (s) são adicionados à mistura de solvente orgânico de 5 a 30% em peso (por exemplo, dimetilamida de ácido graxo e ciclohexanona), 10 a 25% em peso de mistura de tensoativo (por exemplo, álcool etoxilado e arilfenol etoxilado) e água até 100%. Esta mistura é agitada durante 1 hora para produzir espontaneamente uma microemulsão termodinamicamente estável. IX) MICROCÁPSULAS (CS)
[0143] Uma fase oleosa compreendendo 5 a 50% em peso do (s) composto (s) ativo (s) pesticida (s), 0 a 40% em peso de solvente orgânico insolúvel em água (por exemplo, hidrocarboneto aromático), 2 a 15% em peso de monômeros acrílicos (por exemplo, metilmetacrilato, ácido metacrílico e um di- ou triacrilato) são dispersos em uma solução aquosa de um coloide protetor (por exemplo, polivinil álcool). A polimerização radical iniciada por um iniciador radiológico resulta na formação de microcápsulas de poli(met)acrilato. Alternativamente, uma fase oleosa compreendendo 5 a 50% em peso do (s) composto (s) ativo (s) pesticida (s), 0 a 40% em peso de solvente orgânico insolúvel em água (por exemplo, hidrocarboneto aromático), e um monômero isocianato (por exemplo, difenilmeteno-4,4’-diisocianato) são dispersos em uma solução aquosa de um coloide protetor (por exemplo, álcool polivinílico). A adição de uma poliamina (por exemplo, hexametilenodiamina) resulta na formação de uma microcápsula de poliureia. Os monômeros perfazem 1 a 10% em peso. As % em peso referem-se ao total da composição CS.
X) PÓS AJUSTÁVEIS (DP, DS)
[0144] 1 a 10% em peso do (s) composto (s) ativo (s) pesticida (s) são moídos finamente e misturados intimamente com até 100% em peso de veículo sólido, por exemplo, caulim finamente dividido.
XI) GRÂNULOS (GR, FG)
[0145] 0,5 a 30% em peso do (s) composto (s) ativo (s) pesticida (s) é moído finamente e associado a até 100% em peso de veículo sólido (por exemplo, silicato). A granulação é conseguida por extrusão, secagem por pulverização ou leito fluidizado.
XII) LÍQUIDOS DE VOLUME ULTRABAIXO (UL)
[0146] 1 a 50% em peso do (s) composto (s) ativo (s) pesticida (s) são dissolvidos em até 100% em peso de solvente orgânico, por exemplo, hidrocarboneto aromático.
[0147] As composições dos tipos i) a x) podem opcionalmente compreender outros auxiliares, tais como 0,1 a 1% em peso de bactericidas, 5 a 15% em peso de agentes anti-congelamento, 0,1 a 1% em peso de agentes anti-espumantes, e 0,1 a 1% em peso de corantes.
[0148] As composições agroquímicas compreendem geralmente entre 0,01 e 95%, de preferência entre 0,1 e 90% e mais preferencialmente entre 0,5 e 75% em peso da substância ativa. As substâncias ativas são empregues em uma pureza de 90% a 100%, preferencialmente de 95% a 100% (de acordo com o espectro de RMN).
[0149] Podem ser adicionados vários tipos de óleos, agentes molhantes, adjuvantes, fertilizantes ou micronutrientes e outros pesticidas (por exemplo, herbicidas, inseticidas, fungicidas, reguladores do crescimento, protetores) às substâncias ativas ou às composições que os compreendem como pré-misturas ou, se for caso disso não até imediatamente antes do uso (mistura de tanque). Estes agentes podem ser misturados com as composições de acordo com a invenção em uma proporção em peso de 1:100 a 100:1, preferivelmente 1:10 a 10:1.
[0150] O usuário aplica a composição de acordo com a invenção normalmente a partir de um dispositivo de pré-dosagem, um pulverizador de mochila, um tanque de pulverização, uma aeronave de pulverização ou um sistema de irrigação. Usualmente, a composição agroquímica é preparada com água, tampão e/ ou outros auxiliares até a concentração de aplicação desejada e o licor de pulverização pronto para uso ou a composição agroquímica de acordo com a invenção assim obtida. Usualmente, 20 a 2000 litros, de preferência 50 a 400 litros, do licor de pulverização pronto para uso são aplicados por hectare de área útil agrícola.
[0151] De acordo com uma forma de realização, os componentes individuais da composição de acordo com a invenção, tais como partes de um kit ou partes de uma mistura binária ou ternária, podem ser misturados pelo próprio usuário em um tanque de pulverização e podem ser adicionados outros auxiliares, se apropriado.
[0152] Em uma outra forma de realização, os componentes individuais da composição de acordo com os componentes de invenção ou parcialmente pré-misturados, por exemplo, componentes compreendendo compostos ativos pesticidas, podem ser misturados pelo usuário em um tanque de pulverização e podem ser adicionados outros auxiliares e aditivos, se for apropriado.
[0153] Em uma outra forma de realização, componentes individuais da composição de acordo com os componentes de invenção ou parcialmente pré-misturados, por exemplo, componentes compreendendo compostos ativos pesticidas, podem ser aplicados em conjunto (por exemplo, após mistura de tanque) ou consecutivamente.
[0154] As formulações convencionais de tratamento de sementes incluem, por exemplo, concentrados fluidos FS, soluções LS, suspoemulsões (SE), pós para tratamento a seco DS, pós dispersíveis em água para tratamento de lama WS, pós solúveis em água SS e emulsão ES e EC e formulação em gel GF. Estas formulações podem ser aplicadas à semente diluída ou não diluída. A aplicação às sementes é realizada antes da semeadura, diretamente nas sementes ou após a pré-germinação das mesmas. De preferência, as formulações são aplicadas de tal modo que a germinação não é incluída.
[0155] As concentrações de substância ativa em formulações prontas para uso, que podem ser obtidas após diluição de duas a dez vezes, são preferivelmente de 0,01 a 60% em peso, mais preferivelmente de 0,1 a 40% em peso.
[0156] Em uma forma de realização preferida, é utilizada uma formulação FS para o tratamento de sementes. Tipicamente, uma formulação FS pode compreender 1 a 800 g/l de ingrediente ativo, 1 a 200 g/l de tensoativo, 0 a 200 g/l de anticongelante, 0 a 400 g/l de aglutinante, 0 a 200 g/l de um pigmento e até 1 litro de um solvente, preferencialmente água.
[0157] As formulações FS especialmente preferidas dos compostos de formula I, preferencialmente um dos compostos I-1, I-2 e I-3, para o tratamento de sementes compreendem usualmente de 0,1 a 80% em peso (1 a 800 g/l) do ingrediente ativo, de 0,1 a 20% em peso (1 a 200 g/l), de pelo menos um agente tensoativo, por exemplo, 0,05 a 5% em peso de um agente molhante e de 0,5 a 15% em peso de um agente de dispersão, até 20% em peso, por exemplo, de 5 a 20% de um agente anticongelante, de 0 a 15% em peso, por exemplo, 1 a 15% em peso de um pigmento e/ ou corante, de 0 a 40% em peso, por exemplo, 1 a 40% em peso de um ligante (adesivo/ agente de adesão), opcionalmente até 5% em peso, por exemplo, de 0,1 a 5% em peso de um espessante, opcionalmente de 0,1 a 2% de um agente anti- espuma, e opcionalmente um conservante tal como um biocida, antioxidante ou semelhante, por exemplo, em uma quantidade de 0,01 a 1% em peso e uma carga/ veículo até 100% em peso.
[0158] No tratamento de sementes, as taxas de aplicação dos compostos de formula I, são geralmente de 0,1 g a 10 kg por 100 kg de semente, preferivelmente de 1 g a 5 kg por 100 kg de semente, mais preferivelmente de 1 g a 1000 g por 100 kg de sementes e, em particular, de 1 g a 200 g por 100 kg de sementes, por exemplo, de 1 g a 100 g ou de 5 g a 100 g por 100 kg de semente.
[0159] A invenção, portanto, também se refere à semente que compreende um composto de pirazol de formula I. A quantidade do composto de pirazol de formula I irá variar em geral entre 0,1 g e 10 kg por 100 kg de semente, de preferência entre 1 g e 5 kg por 100 kg de semente, em particular entre 1 g e 1000 g por 100 kg de sementes. Para culturas específicas, como a alface, a taxa pode ser maior.
EXEMPLO:
[0160] A presente invenção pode ser ilustrada através do exemplo abaixo.
[0161] A atividade biológica e eficácia dos compostos aplicados nos métodos da invenção pode ser avaliada por exemplo, no seguinte ensaio.
[0162] O composto ativo testado foi formulado como uma formulação do tipo SL. 2,5 ml de formulação foram diluídos por litro de água para atingir a concentração final testada como mostrado na tabela 1.
[0163] Ação na mosca branca da batata doce (Bemisia tabaci)
[0164] Utilizou-se um delineamento experimental de blocos ao acaso, em esquema fatorial 2 por 3, para determinar os efeitos de interação e principais efeitos de duas variáveis explicativas: taxa de produto e variedade de soja na resposta variável, mortalidade de mosca branca. O estudo foi conduzido em casa de vegetação e utilizou as variedades Intacta™ (tratado com Bt) e ‘BMX Potencia’ (não-tratadas) no estádio de crescimento 11, respectivamente. Todas as plantas do estudo foram infestadas com Bemisia tabaci adultos antes da aplicação.
[0165] O material formulado do composto I-1 foi combinado com água e aplicado em concentração de 60 gai/ ha com uma barra de pulverização pressurizada com CO2 a 200 L/ ha de volume de água. A primeira aplicação foi programada para uma infestação de mosca branca liminar e foi seguida por uma segunda aplicação 7 dias depois.
[0166] As avaliações foram conduzidas tomando contagens de plantas inteiras de moscas brancas adultas e imaturas aos 3 dias após a segunda aplicação.
[0167] O composto I-1 gerou a seguinte resposta de mortalidade: TABELA 1: RESPOSTA MÉDIA DA NINFA DA MOSCA BRANCA AOS 3 DIAS APÓS A 2a APLICAÇÃO
Figure img0014
[0168] De acordo com G. de Kerchove, Um Manual Estatístico para Técnicos em Experimentos de Campo Agrícola. 2a edição, Middletown, DE: ARM, 2016, pág. 58; o efeito de interação entre dois fatores determina o método de análise apropriado. Neste caso, o efeito de interação entre taxa de tratamento e variedade (AB) não foi significativo ao nível de 5% (Tabela 1). Portanto, cada fator A e B foi considerado independente e as médias de tratamento foram analisadas por análise de comparação múltipla (ANOVA). As ninfas de moscas brancas expostas a 60 g i.a./ha do composto I-1 sofreram uma sobrevivência significativamente reduzida na soja Intacta™ (μ = 0,57) em relação a BMX Potencia (μ = 4,91) aos 3 dias após a segunda aplicação. Estes resultados demonstram um efeito sinérgico imposto pela I-1 contra moscas brancas na soja Intacta™, que é independente de um efeito de interação entre taxa e variedade.

Claims (11)

1. MÉTODO PARA CONTROLAR PRAGAS, selecionadas a partir de Aleyrodidae (moscas brancas), Aphididae e Pentatomidae (percevejos) de plantas Bt geneticamente modificadas, caracterizado por compreender a etapa de colocar em contato a planta, partes da mesma, seu material de propagação, as pragas, sua fonte de alimento, habitat, ou locais de reprodução com o composto pirazol 1- (1, 2- dimetilpropil)- N-etil- 5- metil- N- piridazin- 4- il- pirazol- 4- carboxamida de fórmula I
Figure img0015
2. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelas plantas serem plantas de soja.
3. MÉTODO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 2, caracterizado pelas pragas serem da família do Aleyrodidae.
4. MÉTODO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3 caracterizado pelas pragas Aleyrodidae serem Bemisia spp.
5. MÉTODO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 2, caracterizado pelas pragas serem Aphis spp., Acrosternum spp., Euschistus spp., Nezara spp. e/ ou Piezodrus spp.
6. MÉTODO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 2, caracterizado pelas pragas serem Pentatomidae, particularmente Halyomorpha halys, Megacopta cribraria e/ ou Thyanta custator.
7. MÉTODO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 2, caracterizado pelas pragas serem da família do Aphididae, particularmente Aphis gossypii e/ ou Aphis glycines.
8. MÉTODO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 2, caracterizado pelas pragas serem da família do Cicadellidae (cigarrinhas), particularmente Amrasca biguttula biguttula, Empoasca fabae, Empoasca Solana e/ ou Epoasca kraemeri.
9. MÉTODO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo composto de pirazol de fórmula I ser aplicado em uma quantidade de 1 a 500 g/ha.
10. MÉTODO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado pelo composto de pirazol de fórmula I ser aplicado por aplicação foliar.
11. MÉTODO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado por ser para proteger o material de propagação de plantas.
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