BR112018005982B1 - Método e sistema de teste cardíaco quantitativo e meios legíveis em computador - Google Patents

Método e sistema de teste cardíaco quantitativo e meios legíveis em computador Download PDF

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BR112018005982B1
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Abstract

TESTE CARDÍACO QUANTITATIVO. A presente invenção refere-se à quantificação da função e do problema cardíacos usando medidas de repolarização e/ou índices de repolarização derivados de uma transformação de tempo-frequência de um eletrocardiograma, por exemplo, com base em pontos no tempo associados com a onda T. Os eletrocardiogramas, os mapas de tempo- frequência derivados dos mesmos, e/ou índices obtidos pela análise dos mapas de tempo-frequência e dos eletrocardiogramas podem ser montados em uma interface de usuário. Concretizações adicionais são descritas.

Description

REFERÊNCIA CRUZADA AOS PEDIDOS RELACIONADOS
[0001] Este pedido reivindica prioridade para o Pedido Provisório Norte-americano No. 62/235.309, depositado em 30 de setembro de 2015, o Pedido Provisório Norte-americano No. 62/276.596, depositado em 8 de janeiro de 2016, o Pedido Provisório Norte- americano No. 62/276.639, depositado em 8 de janeiro de 2016, e o Pedido Provisório Norte-americano No. 62/321.856, depositado em 13 de abril de 2016 e o benefício dos mesmos. As descrições de todos os quatro pedidos provisórios são aqui incorporadas para referência.
CAMPO TÉCNICO
[0002] A presente descrição refere-se, de modo geral, a testes cardíacos, e, mais particularmente, a sistemas, dispositivos e métodos para quantificar e/ou visualizar um problema cardíaco.
ANTECEDENTES
[0003] Os testes cardíacos para doença cardíaca coronária, isquemia miocárdica e outros problemas cardíacos anormais são rotineiramente realizados usando um eletrocardiograma (ECG), que representa potenciais elétricos que refletem a atividade elétrica do coração medido via eletrodos colocados na pele do paciente. O sistema elétrico do coração controla a sincronização do batimento cardíaco enviando um sinal elétrico através das células do coração. O coração inclui células condutoras para conduzir o sinal elétrico do coração, e células musculares que contraem as câmaras do coração à medida que desencadeadas pelo sinal elétrico do coração. O sinal elétrico começa em um grupo de células na parte superior do coração chamado de nó sinoatrial (SA). O sinal percorre então através do coração, célula condutora para célula condutora, desencadeando primeiro os dois átrios e depois os dois ventrículos. Simplificado, cada batimento cardíaco ocorre pelo nó SA que envia um impulso elétrico. O impulso percorre através das câmaras cardíacas superiores, chamadas de "átrios", eletricamente despolarizando os átrios e fazendo com que eles se contraiam. O nó atrioventricular (AV) do coração, localizado no septo interatrial próximo da válvula tricúspide, envia um impulso para as câmaras inferiores do coração, chamadas de "ventrículos", via o sistema His-Purkinje, causando a despolarização e a contração dos ventrículos. Depois da subsequente repolarização dos ventrículos, o nó SA envia outro sinal para os átrios se contraírem, reiniciando o ciclo. Este padrão e suas variações indicativas de doença são detectáveis em um ECG, e permitem que o pessoal medicamente treinado tire conclusões sobre a condição do coração. No entanto, nem todas as anormalidades em desenvolvimento são imediatamente visíveis em um ECG, e, consequentemente, muitos pacientes são erroneamente diagnosticados como saudáveis. Além disso, embora os ECGs sejam, hoje em dia, tipicamente registrados e eletronicamente exibidos, eles frequentemente vão pouco além dos traços de ECG impressos do passado no tipo de informação que eles proveem e a intuição e a conveniência com a qual tal informação é apresentada.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[0004] A Figura 1 é um diagrama de blocos que ilustra um sistema exemplificativo para quantificar e visualizar um problema cardíaco de acordo com as várias concretizações.
[0005] A Figura 2 é um ECG exemplificativo que ilustra vários segmentos e pontos no tempo usados de acordo com as várias concretizações.
[0006] As Figuras 3A e 3B são gráficos de um ECG exemplificativo para um coração normal e um escalograma resultante de sua transformada de wavelet, respectivamente, de acordo com uma concretização.
[0007] As Figuras 3C e 3D são gráficos de um ECG exemplificativo para um coração anormal e um escalograma resultante de sua transformada de wavelet, respectivamente, de acordo com uma concretização.
[0008] A Figura 4 é um fluxograma de métodos para quantificar e visualizar o problema cardíaco de acordo com várias concretizações.
[0009] A Figura 5 é uma vista em perspectiva de um dispositivo de teste cardíaco exemplificativo de acordo com várias concretizações.
[0010] A Figura 6 é um diagrama de interface de usuário para uma tela inicial exemplificativa de acordo com várias concretizações.
[0011] A Figura 7 é um diagrama de interface de usuário que mostra uma tela de relatório de acordo com várias concretizações.
[0012] As Figuras 8A-8C mostram o ícone de energia contido na tela de relatório da Figura 7 em três estados diferentes, correspondendo a uma alta energia miocárdica, a uma energia miocárdica moderada e a uma baixa energia miocárdica de acordo com várias concretizações.
[0013] A Figura 9 é um diagrama de interface de usuário que mostra uma porção da tela de relatório exemplificativa da Figura 7 em uma diferente posição de rolagem de acordo com várias concretizações.
[0014] A Figura 10 é um diagrama de interface de usuário que mostra uma tela de relatório exemplificativa que inclui um controle de entrada de usuário para a seleção de derivação de acordo com várias concretizações.
[0015] As Figuras 11A e 11B são um fluxograma que ilustra um fluxo de trabalho de eletrocardiografia de acordo com várias concretizações.
[0016] A Figura 12 é um diagrama de blocos de um sistema de computador exemplificativo conforme pode servir como uma instalação de processamento de acordo com várias concretizações.
DESCRIÇÃO
[0017] Aqui, em várias concretizações, são descritos sistemas, dispositivos e métodos para melhorar as capacidades de diagnóstico e a utilidade de ECGs através de processamento de sinal avançado e através da apresentação de dados de forma significativa e simples.
[0018] De acordo com as várias concretizações, os ECGs - isto é, sinais de domínio do tempo que refletem o potencial elétrico do coração ao longo de um ou mais ciclos cardíacos - são computacionalmente convertidos, por uma transformação de tempo- frequência adequada, em respectivos mapas de tempo-frequência bidimensionais. Em um "mapa de tempo-frequência", como o termo é aqui amplamente entendido, o valor do sinal (correspondente, por exemplo, a um potencial elétrico medido) é provido como uma função de duas variáveis independentes: tempo, e uma medida dos componentes espectrais do sinal, tal como, por exemplo, frequência (no sentido mais estrito do termo) ou um fator de escala. Por exemplo, em algumas concretizações, a transformada de Fourier de curto termo é usada para converter os ECGs em espectrogramas, onde o valor do sinal é uma função de tempo e frequência. Em outras concretizações, os ECGs são convertidos por transformada de wavelet (contínua ou discreta) em escalogramas assim chamados, onde o valor do sinal é uma função de tempo e um fator de escala. Em termos mais gerais, um banco de filtros pode ser usado para transformar o ECG em uma representação de tempo-frequência. Para facilidade de referência, a dimensão do mapa de tempo-frequência que corresponde à frequência ou ao fator de escala (ou qualquer outra medida dos componentes espectrais) é aqui geralmente referida como a dimensão de frequência ou simplesmente frequência.
[0019] Os mapas de tempo-frequência, sozinhos ou em conjunção com os ECGs dos quais eles são derivados, podem ser exibidos para um médico (ou outro pessoal clínico) para interpretação, e/ou analisados automaticamente para derivar métricas quantitativas do problema cardíaco e da função disso. Com a dispersão dos componentes espectrais dos sinais de ECG medidos, os mapas de tempo-frequência podem visualizar informação não discernível dos próprios ECGs, o que pode ajudar a detectar problemas tradicionalmente não diagnosticados com base nos ECGs, tal como, por exemplo, a isquemia miocárdica.
[0020] Foi descoberto que a porção de sinal associada com a onda T dentro do ECG, que representa a repolarização dos ventrículos, é um indicador particularmente adequado do problema cardíaco. Consequentemente, em várias concretizações, são determinadas medidas de repolarização associadas com um ou mais pontos no tempo (ou faixas no tempo) dentro da onda T. Mais especificamente, em algumas concretizações, a onda T, e um ou mais pontos relevantes no tempo na mesma, são identificados dentro de um ECG, e o mapa de tempo-frequência derivado do ECG é então analisado em um ou mais pontos no tempo para determinar um ou mais extremos (isto é, máximos ou mínimos) do valor de sinal do mapa de tempo-frequência através da frequência. (A locução "através da frequência", neste contexto, indica que o máximo ou o mínimo é determinado para um ponto fixo no tempo a partir do valor de sinal do mapa de tempo-frequência como uma função (unidimensional) de frequência apenas. Em contrapartida, um extremo determinado "através do tempo e da frequência" é o valor de sinal máximo ou mínimo dentro do mapa de tempo-frequência bidimensional (ou uma porção bidimensional do mesmo, por exemplo, se a dimensão de tempo for limitada a um intervalo).) Em certas concretizações, as medidas de repolarização são determinadas para o ponto no tempo onde a onda T atinge seu pico (isto é, assume seu máximo), e/ou para pontos "precoces" e/ou "tardios" no tempo dentro da onda T, isto é, para pontos no tempo antes e/ou depois do máximo da onda T e que estão nas proximidades desse máximo (por exemplo, pontos que estão em um intervalo de tempo definido por dois pontos que encerram o máximo da onda T no qual a onda T assume metade de seu valor máximo). Em certas concretizações, os tempos precoces e tardios são selecionados como tão próximos quanto possível do pico enquanto ainda são distinguíveis. Uma "medida de pico de repolarização (RPM)", uma "medida de repolarização precoce (REM)", e uma "medida de repolarização tardia (RLM)" são definidas aqui como o valor de sinal máximo ou mínimo do mapa de tempo-frequência no momento em que a onda T atinge seu pico, o tempo precoce, e o tempo tardio, respectivamente.
[0021] A partir de uma ou mais medidas de repolarização (por exemplo, correspondendo a extremos através da frequência em vários pontos no tempo associados com a onda T) determinadas para um paciente, um ou mais índices de repolarização podem ser computados. Por exemplo, as medidas de repolarização (tais como, por exemplo, REMs, RLMs, e/ou RPMs) podem ser determinadas a partir de mapas de tempo-frequência computados dos ECGs de diferentes derivações (sinais adquiridos por diferentes eletrodos ou combinações dos mesmos), e pode ser calculada sua média através de múltiplas derivações, múltiplos ciclos cardíacos dentro de cada mapa de tempo-frequência, ou ambos. Índices de repolarização ventricular esquerdo e direito, indicativos da condição dos ventrículos esquerdo ou direito do coração, podem ser derivados de uma ou mais medidas de repolarização associadas com derivações associadas com os ventrículos esquerdo e direito, respectivamente, opcionalmente em conjunção com fatores de ajuste dependentes de idade e/ou gênero e/ou uma frequência cardíaca medida. Os índices de repolarização podem ser exibidos ou de outro modo comunicados a um médico (ou outra pessoa clinicamente treinada) para facilitar uma avaliação da condição dos ventrículos, ou podem ser emitidos para um algoritmo de diagnóstico automático. Em algumas concretizações, medidas de repolarização ou índices de repolarização são comparados entre si, ou contra um limiar, para avaliar se, e/o a qual grau, a função cardíaca é prejudicada. Por exemplo, um RLM que excede um REM, um índice de repolarização ventricular que excede um índice de repolarização ventricular esquerda, ou um RLM ou REM que está abaixo de um limiar especificado podem indicar todos uma anormalidade na função cardíaca.
[0022] Todo o nível de sinal nos ECGs e consequentemente também os mapas de tempo-frequência derivados dos mesmos podem mostrar variações significativas entre as medições (por exemplo, tomadas em diferentes momentos) e entre derivações dentro de uma medição que não estão relacionadas ao problema e à função do coração e, portanto, não têm geralmente significância clínica. Por isso, para que os dados (incluindo ECGs, mapas de tempo-frequência, medidas de repolarização, e índices de repolarização) sejam comparáveis através de medições, de derivações, ou até mesmo de pacientes, o mapa de tempo-frequência é normalizado, em várias concretizações, antes da exibição e/ou da determinação das medidas de repolarização. A normalização pode ser aplicada ao mapa de tempo-frequência assinado, visto que resulta diretamente da transformação de tempo-frequência, isto é, um mapa de tempo- frequência que geralmente tem valores de sinal tanto positivo quanto negativo, ou ao mapa de tempo-frequência não assinado, visto que resulta em assumir o valor absoluto da transformação de tempo- frequência. Além disso, a normalização pode ser uniformemente aplicada a todo o mapa de tempo-frequência, ou separadamente em diferentes porções do mesmo (por exemplo, porções correspondendo a batimentos cardíacos individuais). A normalização pode ser baseada na diferença entre o máximo e o mínimo do mapa de tempo-frequência (em sua totalidade) ou uma porção dos mesmos (por exemplo, uma porção limitada, na dimensão de tempo, em um intervalo de tempo correspondendo a um número inteiro de batimentos cardíacos, um único batimento cardíaco, ou mesmo apenas um segmento do sinal de ECG dentro de um batimento cardíaco). Por exemplo, o mapa de tempo-frequência pode ser deslocado para cima em valor de sinal pelo negativo do seu valor mínimo (de tal modo que o mínimo do mapa deslocado seja igual a zero), e, em seguida,escalado com base no (novo) valor máximo. Tipicamente, o máximo da transformação de tempo-frequência corresponde ao pico R ou ao pico S dentro do complexo QRS (que nem sempre são claramente identificáveis em cada derivação), embora os máximos que se encontram fora do intervalo de tempo correspondendo ao complexo QRS sejam também possíveis. Em várias concretizações, a porção do mapa de tempo- frequência através da qual são identificados um máximo e um mínimo para normalização é escolhida como abrangendo pelo menos o segmento RS.
[0023] De acordo com as várias concretizações, os ECGs, os mapas de tempo-frequência e/ou os índices de repolarização resultantes de testes cardíacos são montados em uma interface de usuário para exibição, por exemplo, para um médico. Os mapas de tempo-frequência podem ser mostrados como mapas coloridos (que, se baseados em valores de sinal normalizados, podem, cada qual, se estender por toda a faixa de cor do vermelho até o azul). Uma vez que, em geral, nem todos os ECGs e os mapas de tempo-frequência associados sempre se ajustam simultaneamente dentro da tela do dispositivo de teste cardíaco, a interface de usuário pode prover elementos de controle de entrada de usuário que permitem que um operador selecione as derivações para as quais os ECGs e/ou os mapas de tempo-frequência serão exibidos, e em que ordem. A interface de usuário pode ainda permitir que o operador percorra todas as derivações disponíveis e, dentro do ECG e/ou mapa de tempo- frequência para uma determinada derivação, percorra ao longo do eixo de tempo para diferentes porções; em algumas concretizações, tal rolagem pode ser realizada via um gesto de deslizar em uma tela sensível ao toque. Durante a rolagem ao longo do eixo de tempo, um ECG e seu mapa de tempo-frequência correspondente podem ser travados de modo que ambos exibam a mesma faixa de tempo limitado. Em algumas concretizações, a interface de usuário adicionalmente exibe um sumário da análise de Glasglow (conforme conhecido daqueles versados na técnica), e/ou um ícone gráfico gerado com base nos índices de repolarização numéricos para prover um indicador visual intuitivo de todo o problema cardíaco. O ícone pode, por exemplo, ser ou incluir um símbolo de forma de onda segmentado que significa, via inúmeros segmentos cinzentos dentro de um símbolo de outro modo colorido, um grau de comprometimento da função cardíaca (por exemplo, seja o problema cardíaco normal, anormal ou suspeita). Os resultados dos testes ECG podem ser exibidos dentro de uma tela de relatório de uma interface de usuário de múltiplas telas configurada para guiar o pessoal clínico através do processo de eletrocardiografia, da seleção de paciente e da conexão dos eletrodos do paciente através do desempenho de um teste de eletrocardiografia para a apresentação dos resultados de teste.
[0024] O antecedente será mais prontamente entendido a partir da seguinte descrição mais detalhada, que faz referência aos desenhos anexos.
[0025] A Figura 1 ilustra, na forma de diagrama de blocos, vários componentes funcionais de um sistema exemplificativo para a quantificação e a visualização do problema cardíaco de acordo com várias concretizações. O sistema 100 inclui um ou mais eletrodos 102 para adquirir sinais de ECG (por exemplo, 10 eletrodos para um ECG tradicional de 12 derivações), uma instalação de processamento 104 para processar sinais de ECG, por exemplo, para obter mapas de tempo-frequência e índices de repolarização, e uma interface de eletrodo 106 que conecta os eletrodos 102 à instalação de processamento 104. A interface de eletrodo 106 inclui circuitos que emitem sinais elétricos adequados como entrada para a instalação de processamento 104, por exemplo, amostrando digitalmente sinais de entrada analógicos. O sistema 100 adicionalmente inclui um dispositivo de vídeo 108 para emitir os resultados de teste de ECG (incluindo, por exemplo, os ECGs, os mapas de tempo-frequência e/ou os índices de repolarização), e opcionalmente outros dispositivos de entrada/saída 109, tal como um teclado e mouse e/ou uma impressora, por exemplo. O dispositivo de vídeo 108 pode ser uma tela de toque que duplica como um dispositivo de entrada de usuário. A instalação de processamento 104, a interface de eletrodo 106, o dispositivo de vídeo 108, e os dispositivos de entrada/saída 109 podem ser implementados como um único dispositivo autônomo que implementa toda a funcionalidade computacional para o processamento e a apresentação do sinal de ECG. Alternativamente, eles podem ser providos pela combinação de múltiplos dispositivos comunicativamente acoplados. Por exemplo, um dispositivo de teste de ECG com funcionalidade limitada para registrar e/ou processar sinais de ECG recebidos de um ou mais eletrodos 102 via uma interface de eletrodo 106 do dispositivo pode terceirizar certas tarefas de processamento computacionalmente intensas para outros computadores com os quais ele está comunicativamente acoplado via uma rede com fio ou sem fio. Desse modo, a funcionalidade da instalação de processamento 104 pode ser distribuída entre múltiplos dispositivos computacionais que se comunicam entre si. Seja provida em um único dispositivo ou distribuída, a instalação de processamento 104 pode ser implementada com circuitos dedicados de finalidade específica (tal como, por exemplo, um processador de sinal digital (DSP), arranjo de portas programável em campo (FPGA), circuitos analógicos, ou outros), um computador de uso geral adequadamente programado (incluindo pelo menos um processador e memória associada), ou uma combinação de ambos.
[0026] A instalação de processamento 104 pode incluir vários módulos funcionalmente distintos, tais como um módulo de processamento de sinal de ECG 110 que prepara os potenciais elétricos (por exemplo, digitalmente amostrados) para exibição (por exemplo, por filtragem, suavização, escala, etc.) e análise, um módulo de transformação de tempo-frequência 112 que converte cada sinal de ECG em um mapa de tempo-frequência bidimensional (assinado ou não assinado) e, opcionalmente, normaliza o mapa de tempo- frequência, um módulo de compilador de índice 114 que analisa os ECGs e/ou mapas de tempo-frequência para determinar medidas de repolarização e/ou índices de repolarização (que podem envolver, por exemplo, identificar delimitadores entre ciclos cardíacos sucessivos, determinar certas características (tais como complexo QRS, a onda T, e outros segmentos) dentro dos ECGs, selecionar pontos no tempo dentro da onda T, determinar medidas de repolarização (tais como, por exemplo, REMs, RLMs, e/ou RPMs) dos mapas de tempo-frequência, ler em quaisquer outros parâmetros relevantes (tais como fatores de ajuste com base no gênero ou idade, frequência cardíaca, etc.), e computar os índices ventriculares e/ou quaisquer funções dos mesmos), um módulo de análise 116 que deriva métrica adicional e/ou determina o problema cardíaco a partir dos índices de repolarização, e um módulo de interface de usuário 118 que gera representações gráficas dos dados providos por outros módulos e os monta em uma tela para exibição. O módulo de processamento de sinal de ECG 110 pode ser um módulo de processamento convencional, conforme usado em monitores cardíacos comercialmente disponíveis e/ou conforme é capaz de implementação direta por aquele versado na técnica. O módulo de transformação de tempo-frequência 112, o módulo de compilador de índice 114, o módulo de análise 116, e o módulo de interface de usuário 118 implementam algoritmos e proveem funcionalidade explicada em detalhes abaixo, e podem ser prontamente implementados por aquele versado na técnica, dado o benefício da presente descrição.
[0027] Conforme será prontamente apreciado, os módulos representados refletem meramente uma dentre várias possibilidades diferentes para organizar toda a funcionalidade computacional da instalação de processamento 104. Os módulos podem, naturalmente, ser adicionalmente divididos, combinados ou alterados para distribuir a funcionalidade de forma diferente. Os vários módulos podem ser implementados como módulos de hardware, módulos de software executados por um processador de uso geral, ou uma combinação de ambos. Por exemplo, é concebível implementar o módulo de transformação de tempo-frequência 112, que geralmente envolve as mesmas operações para cada sinal de ECG de entrada, com circuitos de finalidade específica para otimizar o desempenho, enquanto implementa o módulo de compilador de índice 114 e o módulo de análise 116 no software para prover flexibilidade para ajustar parâmetros e algoritmos, por exemplo, em resposta a novos dados médicos.
[0028] Enquanto a quantificação da função cardíaca de acordo com isso não é, em geral, limitada a nenhum número específico de eletrodos, o sistema 100 inclui, em várias concretizações, dez eletrodos 102 para facilitar a obtenção de um ECG padrão de doze derivações, como é rotineiramente usado nas técnicas médicas. De acordo com a configuração-padrão, quatro dos dez eletrodos (convencionalmente identificados com LA, RA, LL, RL) são colocados nos braços e nas pernas esquerdos e direitos do paciente; dois eletrodos (identificados com V1 e V2) são colocados entre a quarta e a quinta costelas nos lados esquerdo e direito do esterno; um único eletrodo adicional (identificado com V3) é colocado entre V2 e V4 no quarto espaço intercostal; um eletrodo (identificado com V4) é colocado entre a quinta e a sexta costelas na linha clavicular média (a linha de referência imaginária que se estende do meio da clavícula), e, em linha com o mesmo, outro eletrodo (identificado com V5) é posicionado na linha axilar anterior (a linha de referência imaginária que corre em direção ao sul a partir do ponto onde a clavícula e o braço se encontram), e o décimo eletrodo (identificado com V6) é colocado na mesma linha horizontal como estas duas, mas orientado ao longo da linha axilar média (o ponto de referência imaginário diretamente abaixo da axila do paciente). Os potenciais elétricos medidos pelos eletrodos V1 a V6 correspondem a seis das doze derivações padrões; as seis derivações restantes correspondem às seguintes combinações dos sinais medidos com os eletrodos individuais: I = LA - RA; II = LL - RA; III = LL - LA; aVR = RA - % (LA+LL); aVL = LA - % (RA+LL); e aVF = LL - % (RA+LA).
[0029] A Figura 2 mostra esquematicamente um ECG exemplificativo 200 para um único ciclo cardíaco, que ilustra a onda P 202, o complexo QRS 204 (que inclui o segmento 206), e a onda T 208. Conforme representado, o potencial elétrico geralmente alcança seu máximo 210 em R durante o complexo QRS 204. Contudo, a polaridade do sinal pode ser invertida (de tal modo que o pico R apresente um valor negativo). Além disso, em alguns sinais de ECG, o pico S apresenta um valor absoluto maior do que o pico R. De fato, nem todo o ECG exibe sem ambiguidade as características mostradas no ECG exemplificativo (bastante típico) 200. Esta incerteza pode causar dificuldade nas tentativas de normalizar o sinal com base em uma característica distinta do ECG, tal como, por exemplo, o pico R. Para contornar esta dificuldade, várias concretizações se baseiam na normalização em vez de em um máximo e um mínimo de sinal identificados através de uma faixa de tempo, tal como o intervalo de tempo que abrange pelo menos o segmento RS 206 (e, portanto, incluindo tanto o pico R quanto o pico S, se eles, de fato, estiverem claramente representados no sinal), independente da característica à qual corresponde o máximo ou o mínimo (caso haja algum). A Figura 2 também ilustra certos pontos no tempo no qual os dados são avaliados de acordo com as várias concretizações, tal como o tempo 212 no qual a onda T 208 assume seu máximo, e tempos precoce e tardio exemplificativos 214, 216 que encerram o máximo da onda T. Em geral, os tempos precoce e tardio 214, 216 podem estar em qualquer lugar na borda ascendente e na borda descendente, respectivamente, da onda T. Em várias concretizações, eles são selecionados dentro de faixas entre a onda T máxima e pontos no tempo antes e depois do máximo da onda T, respectivamente, nos quais a onda T assume alguma fração especificada, por exemplo, metade, de seu valor máximo.
[0030] De acordo com isso, os ECGs medidos são transformados em mapas de tempo-frequência bidimensionais por uma transformada matemática adequada, tal como, por exemplo, transformada de wavelet. Para um determinado sinal de ECG contínuo, a transformada de wavelet contínua é fornecida por: onde ψ é uma wavelet selecionada, b corresponde a uma posição deslocada no tempo e a um fator de escala, e é a função bidimensional da posição no tempo e escala resultante da transformada, também chamada de coeficientes de wavelet. Similarmente, para um sinal de ECG discretizado (onde k é um número inteiro), a transformada de wavelet contínua é fornecida por: onde T é o período de amostragem. A wavelet selecionada para processamento pode ser, por exemplo, uma wavelet na forma de chapéu mexicano, uma wavelet de Morlet, uma wavelet de Meyer, uma wavelet de Shannon, uma wavelet de Spline ou outra wavelet conhecida daqueles versados na técnica. Outras transformações de tempo-frequência bem conhecidas que podem ser usadas alternativamente à transformada de wavelet contínua ou discreta incluem, por exemplo, a transformada de Fourier de curto termo.
[0031] Os mapas de tempo-frequência (tais como, por exemplo, os escalogramas) geralmente incluem valores tanto positivos quanto negativos. Para uma interpretação intuitiva do valor de sinal do mapa de tempo-frequência como uma medida da energia elétrica do coração, contudo, o sinal não é relevante (uma vez que, em uma medida da energia, o potencial elétrico é elevado ao quadrado). Consequentemente, em algumas concretizações, o valor absoluto do valor do sinal (ou o quadrado do valor do sinal) é tomado em cada ponto de tempo-frequência, resultando em um mapa de tempo- frequência não assinado. O mapa de tempo-frequência não assinado pode ser vantajoso, em particular, para exibição em uma interface de usuário (por exemplo, para um médico), uma vez que impede apresentar informação que não seja de significância clínica imediata intuitivamente discernível e seja potencialmente distrativa. Por outro lado, uma vez que o mapa de tempo-frequência assinado contém geralmente mais informação do que o mapa de tempo-frequência não assinado, a computação das medidas e dos índices de repolarização pode (embora, não precise) se basear no mapa assinado.
[0032] As Figuras 3A e 3B ilustram um ECG exemplificativo para um coração normal e um escalograma não assinado resultante de sua transformada de wavelet (seguida pela tomada do absoluto), respectivamente. No escalograma, a posição b correspondendo ao tempo se apresenta ao longo da abscissa e a escala a (correspondendo à frequência) ao longo da ordinária, e o valor do sinal W é codificado por cor ou intensidade (por exemplo, valor de escala de cinza). Conforme pode ser visto, os vários picos do ECG normal são refletidos em intensidade relativamente alta no escalograma, permitindo a identificação dos diferentes segmentos ECG. Para comparação, as Figuras 3C e 3D mostram um ECG exemplificativo e escalograma associado, respectivamente, para um coração anormal. Aqui, características que são importantes no escalograma normal (por exemplo, a onda T) apresentam uma intensidade um tanto baixa. Enquanto esta intensidade mais baixa geralmente rastreia valores inferiores da onda T no ECG, será apreciado que o escalograma pode prover pistas visuais melhores. Consequentemente, o escalograma pode ajudar um médico ou outro clínico capacitado a avaliar o funcionamento cardíaco.
[0033] Para facilitar comparações significativas entre mapas de tempo-frequência derivados de ECGs obtidos simultaneamente para diferentes derivações, os mapas de tempo-frequência podem ser normalizados. A normalização pode envolver valores de escala e/ou deslocamento de sinal no mapa de tempo-frequência para mapear a faixa de valores de sinal no mapa (ou pelo menos uma parte do mapa, conforme explicado abaixo) para uma faixa numérica específica (adiante "faixa alvo"), por exemplo, 0 a 255 ou -128 a +127 (como são faixas convenientes para representações binárias, e pode, por sua vez, ser diretamente mapeada em valores de cor ou escala de cinza para exibição). O uso de uma normalização específica e da faixa alvo associada consistentemente não apenas através de derivações, mas também através de medições tomadas em diferentes tempos e/ou mesmo para diferentes paciente pode também servir para aperfeiçoar a comparabilidade de dados no decurso do tempo e através da população de pacientes, visto que elimina ou pelo menos reduz todas as variações de nível de sinal, que não são frequentemente não atribuíveis a diferentes problemas cardíacos, permitindo que os médicos foquem nos relativos níveis de sinal clinicamente relevantes dentro de um mapa de tempo-frequência.
[0034] A normalização pode ser baseada em um máximo e um mínimo regionais definidos como o máximo e o mínimo do mapa de tempo-frequência através da frequência e através do tempo dentro de um intervalo selecionado, e pode ser então aplicada a um segundo intervalo selecionado que pode ou não ser igual ao primeiro intervalo selecionado. O máximo e o mínimo do mapa de tempo-frequência através da frequência e através do tempo dentro do segundo intervalo selecionado são adiante chamados de máximo e mínimo absolutos, e podem, embora não precisem, coincidir com o máximo e o mínimo regional. O primeiro intervalo selecionado é tipicamente, mas não necessariamente, mais curto do que o segundo intervalo selecionado. Em algumas concretizações, o máximo e o mínimo regionais são determinados através de todo o mapa de tempo-frequência, correspondendo a todo o tempo de medição do ECG a partir do qual ele é derivado, e a normalização é aplicada sobre essa mesma faixa (de tal modo que o primeiro e o segundo intervalos sejam iguais). Em outras concretizações, o máximo e o mínimo regionais são identificados dentro de uma porção do mapa de tempo-frequência que é limitada em sua dimensão de tempo, por exemplo, a um número inteiro de batimentos cardíacos (por exemplo, desconsiderando os batimentos cardíacos parciais) ou apenas um único batimento cardíaco. Um mapa de tempo-frequência abrangendo múltiplos batimentos cardíacos pode, por exemplo, ser dividido em porções correspondendo a batimentos cardíacos individuais, e cada porção pode ser normalizada separadamente (potencialmente resultando em certa descontinuidade dos valores do sinal no mapa de tempo- frequência normalizado); neste caso, o primeiro e o segundo intervalos selecionados são igualmente iguais entre si. A normalização pode até se basear em um intervalo de tempo que abrange apenas parte de um batimento cardíaco, selecionado para provavelmente (mas não certamente) incluir o máximo e o mínimo absolutos. Por exemplo, em algumas concretizações, o máximo e o mínimo regionais são determinados dentro de uma porção de um mapa de tempo-frequência que abrange pelo menos o segmento RS. Note-se, contudo, que é possível, por exemplo, que o máximo da onda T exceda o máximo no complexo QRS. Em casos em que o máximo e o mínimo absolutos do mapa de tempo-frequência estão fora da porção do mapa através do qual o máximo e o mínimo regional são determinados, a normalização irá resultar em valores de sinal que excedem a faixa alvo. (A normalização pode ser também aplicada no domínio de tempo. Neste caso, o máximo e o mínimo regionais se dão através do tempo sobre o intervalo de tempo selecionado).
[0035] A normalização pode ser aplicada de acordo com a seguinte equação: onde é é o ponto de dados normalizado; é o mínimo de faixa alvo normalizada; é o máximo de faixa alvo normalizada; é o ponto de dados a ser normalizado; é o mínimo regional; e é o máximo regional. Por exemplo, para mapear na faixa alvo de 0 a 255, é 0 e é 255; de fato, esta normalização desloca o mapa de tempo-frequência para um mínimo igual a zero e escala, e, em seguida, escala o mapa deslocado com base em seu máximo regional deslocado. Em termos mais gerais, a normalização desloca o mapa de tempo-frequência para um mínimo igual a e então escala os valores do mapa de tempo- frequência deslocado (tomados com relação ao valor mínimo) pela relação da diferença entre o máximo e o mínimo regionais.
[0036] A normalização pode ser aplicada a mapas de tempo- frequência assinado bem como não assinado. Conforme será apreciado, o resultado da normalização irá variar dependendo de se o mapa de tempo-frequência subjacente é assinado ou não assinado. Por exemplo, quando do mapeamento de um mapa de tempo- frequência assinado com um pico R positivo e um pico S negativo sobre a faixa alvo de 0 a 255, várias das frequências no ponto no tempo correspondendo ao pico S serão mapeadas em zero ou quase zero. Contudo, quando a normalização for aplicada ao valor absoluto do mapa de tempo-frequência de outra forma igual, algumas frequências nos pontos no tempo entre R e S serão agora mapeadas em zero ou quase zero, ao passo que várias das frequências no ponto no tempo correspondendo ao pico S serão mapeadas em um número positivo relativamente maior dentro da faixa-alvo.
[0037] Os mapas de tempo-frequência (opcionalmente depois da normalização) podem ser exibidos para um médico para avaliação. Alternativa ou adicionalmente, eles podem ser adicionalmente analisados, de acordo com várias concretizações, para determinar vários indicadores quantitativos do problema cardíaco e da função cardíaca. Para essa finalidade, várias medidas da atividade elétrica do coração podem ser obtidas, por exemplo, com a determinação de extremos (isto é, valores máximo e/ou mínimo) através da frequência do mapa de tempo-frequência (normalizado) (W ou |W|) em certos pontos (ou faixas) no tempo correspondendo a características distintivas dos ECGs subjacentes, em particular, certos pontos (ou faixas) no tempo associados com a onda T. Medidas associadas com a onda T são aqui referidas como "medidas de repolarização" e incluem, por exemplo, o valor máximo em um tempo precoce dentro da onda T (REM), o valor máximo em um tempo tardio dentro da onda T (RLM), ou o valor máximo no pico da onda R (RPM). Medidas de repolarização adicionais, por exemplo, incluindo um integral sobre um intervalo de tempo dentro da onda T, podem ser também definidas e usadas para quantificar o problema cardíaco.
[0038] A partir de medidas de repolarização determinadas no mapa de tempo-frequência, um ou mais índices de repolarização podem ser derivados, por exemplo, com o cálculo da média ou com base na informação externa ao ECG ou mapa de tempo-frequência. Por exemplo, se as medidas de repolarização forem obtidas com base nos ECGs que cobrem múltiplos ciclos cardíacos, os máximos individualmente determinados poderão ter a média calculada sobre estes ciclos. Além disso, as várias medidas de repolarização podem ser geralmente derivadas separadamente de diferentes mapas de tempo-frequência obtidos pela transformada de ECGs medidos para respectivas derivações diferentes, e medidas de repolarização do mesmo tipo (por exemplo, os REMs) podem ter a média calculada através de múltiplas derivações. Em particular, índices de repolarização ventricular podem ser derivados com o cálculo da média apenas através de derivações associadas com o mesmo ventrículo (isto é, esquerdo ou direito). Por exemplo, uma medida precoce de índice ventricular para o ventrículo direito (VIEM_RV) pode ser calculado (por exemplo, aritmeticamente) com o cálculo da média sobre os REMs das derivações V1 e V2, uma medida tardia de índice ventricular para o ventrículo direto (VILM_RV) pode ser calculada com o cálculo da média sobre os RLMs das derivações V1 e V2, e uma medida de pico de índice ventricular para o ventrículo direito (VIPM_RV) pode ser calculada com o cálculo da média sobre os RPMs das derivações V1 e V2. Similarmente, VIEM, VILM, e/ou VIPM para o ventrículo esquerdo (VIEM_LV, VILM_LV, and VIPM_RV) podem ser calculados com o cálculo da média sobre os REMs, RLMs e RPMs, respectivamente, de derivações V4, V5 e V6. Em certas concretizações, índices adicionais são derivados de outros anteriores. Por exemplo, uma medida média de índice ventricular para o ventrículo direito (VIAM_RV) pode ser calculada como a soma de VIEM_RV e VILM_RV, dividida pela frequência cardíaca (medida em batimentos por minuto). Similarmente, uma medida média de índice ventricular para o ventrículo esquerdo (VIAM_RV) pode ser calculada como a soma de VIEM_RV e VILM_RV, dividida pela frequência cardíaca. Além disso, em algumas concretizações, um índice para o coração como um todo é computado de respectivos índices para os ventrículos esquerdo e direito, por exemplo, com a formação da relação, da diferença, ou de alguma outra função dos índices ventriculares esquerdo e direito.
[0039] Além disso, enquanto as medidas de repolarização são geralmente indicadores de quão bem o coração funciona, elas podem ser também afetadas por idade e gênero, independentemente de qualquer problema cardíaco anormal. Para eliminar ou pelo menos reduzir as diferenças que não resultam de anormalidades cardíacas, as medidas de repolarização poderão ser ajustadas, quando da computação de índices de repolarização, com fatores dependentes de idade e/ou de gênero adequados. Em uma concretização, o ajuste distingue meramente entre pacientes machos e fêmeas, usando um fator de ajuste de 1 para machos (isto é, mantendo as medidas como tais) e um fator de ajuste menor do que um (por exemplo, 1/1,24) para fêmeas. Em algumas concretizações, são feitos outros refinamentos para distinguir entre pacientes de até quarenta anos de idade e pacientes mais velhos do que quarenta anos. Por exemplo, para fêmeas mais velhas do que quarenta anos, o fator de ajuste pode der diminuído para 1/1,26. Outras classificações com base na idade e fatores de ajuste podem ser implementados também.
[0040] A Figura 4 é um fluxograma que resume os métodos 400 para quantificar e visualizar o problema cardíaco de acordo com várias concretizações. O método 400 envolve medir um ou mais ECGs associados com uma ou mais respectivas derivações (ação 402), usando um ou mais eletrodos colocados em um paciente. Em algumas concretizações, dez eletrodos são usados para obter doze derivações. (A locução "medição de eletrocardiogramas" destina-se a abranger tanto a aquisição de sinais de eletrocardiograma com os eletrodos, quanto a digitalização e/ou o processamento inicial destes sinais para gerar um eletrocardiograma para cada derivação, que pode incluir a combinação de múltiplos sinais de eletrocardiograma para obter um eletrocardiograma para uma única derivação, conforme descrito acima). Na ação 404, o(s) ECG(s) é(são) convertido(s) por transformação de tempo-frequência (por exemplo, transformada de wavelet) em um ou mais respectivos mapas de tempo-frequência bidimensionais (por exemplo, escalogramas). O(s) mapa(s) de tempo- frequência pode(m) ser usado(s) no formulário assinado original, ou convertidos em mapa(s) não assinado(s) assumindo o valor absoluto em cada ponto de tempo-frequência (ação opcional 406), ou ambos. Além disso, o(s) mapa(s) de tempo-frequência pode(m) ser normalizado(s) (ação 408), conforme descrito acima. Em algumas concretizações, por exemplo, o mapa de tempo-frequência é normalizado com base no máximo e no mínimo identificados no mapa de tempo-frequência através da frequência e através de um intervalo de tempo que abrange pelo menos o segmento RS (e, em algumas concretizações, que abrange todo um ciclo cardíaco (ou batimento cardíaco), múltiplos ciclos cardíacos (um número inteiro destes), ou a totalidade do tempo de medição).
[0041] Para visualizar o problema cardíaco, uma interface de usuário que exibe os ECGs e/ou os mapas de tempo-frequência correspondentes pode ser gerada (ação 410). Os valores de sinal nos mapas de tempo-frequência podem ser, por exemplo, codificados por cor ou representados de acordo com uma escala de cinza. Para focar a atenção do usuário (por exemplo, de um médico de interpretação) na energia elétrica do coração, pode ser benéfico, conforme indicado acima, apresentar mapas de tempo-frequência não assinados (isto é, de valor absoluto) Devido a restrições espaciais, a interface de usuário pode, em qualquer tempo determinado, exibir apenas porções dos ECGs e mapas de tempo-frequência correspondendo a intervalos de tempo menores do que o tempo de medição total. Por exemplo, fora dos dados para um intervalo de doze segundos, a exibição pode ser limitada a um subconjunto de três segundos. Além disso, o número de ECGs e de mapas de tempo-frequência exibidos em qualquer tempo determinado pode ser limitado, por exemplo, a três de doze ECGs e mapas de tempo-frequência correspondentes. A seleção exibida de ECGs e de mapas de tempo-frequência e faixa de tempo exibida pode depender da entrada de usuário (recebida em 412), e ser ajustada com base na mesma. Por exemplo, um menu suspenso exibido depois de cada porção de tela alocada em um ECG e mapa de tempo- frequência pode facilitar a seleção de qualquer das derivações disponíveis. Além disso, o usuário pode ser capaz de percorrer todo o tempo de medição, por exemplo, com uma barra de rolagem convencional, ou com um gesto de deslizar executado, com um cursor controlado por mouse ou em uma tela de toque, em uma região que exibe um ECG ou mapa de tempo-frequência. A fim de permitir que características dentro de um ECG sejam adequadamente correlacionadas com características no mapa de tempo-frequência correspondente, as porções exibidas são temporariamente alinhadas (e geralmente temporariamente coextensivas), e o alinhamento é retido (ou, em outras palavras, "bloqueado") à medida que o usuário navega através do ECG ou mapa de tempo-frequência. Além disso, se os ECGs e os mapas de tempo-frequência forem exibidos para múltiplas derivações, eles poderão ser igualmente temporariamente alinhados e temporariamente coextensivos, e bloqueados em seu alinhamento à medida que o usuário navega através de qualquer um deles.
[0042] Para quantificar o problema cardíaco, os mapas de tempo- frequência são analisados em conjunção com os respectivos ECGs. Especificamente, na ação 414, um ou mais pontos no tempo associados com a onda T (por exemplo, tempos precoce e tardio e/ou tempo em que a onda T atinge seu pico) são identificados dentro de um ECG. O mapa de tempo-frequência correspondente é então analisado nestes pontos no tempo para determinar, separadamente em cada ponto no tempo (ou dentro de um pequeno intervalo de tempo que circunda os respectivos pontos no tempo), um máximo e/ou um mínimo através da frequência (ação 416). Um ou mais extremos através da frequência determinada nos mapas de tempo-frequência em um ou mais pontos no tempo identificados nos respectivos ECGs constituem medidas de repolarização. Com base nestas medidas de repolarização, um ou mais índices de repolarização podem ser determinados na ação 418. Um índice de repolarização pode ser baseado em (e, no caso mais simples, ser igual a) uma única medida de repolarização ou combinar múltiplas medidas de repolarização (por exemplo, calculando a média das medidas de repolarização sobre derivações ou ciclos cardíacos). Além disso, o índice de repolarização pode incluir um fator de ajuste que é baseado na idade ou gênero do paciente, ou em alguma outra característica do paciente ou circunstância da medição. Os índices de repolarização computados podem ser emitidos (na ação 420) de diversas maneiras. Por exemplo, eles podem ser incluídos na interface de usuário (por exemplo, juntamente com os ECGs e os mapas de tempo-frequência) para exibição em tela ou em um relatório imprimível, comunicados ao usuário de alguma outra maneira, ou providos como entrada em outro algoritmo.
[0043] Em algumas concretizações, as medidas de repolarização e/ou os índices de repolarização são automaticamente analisados (ação 422), com base na heurística ou dados empíricos, para obter uma avaliação qualitativa do problema cardíaco. Por exemplo, com base na expectativa de que a medida de repolarização precoce seja maior do que a medida de repolarização tardia, a observação de uma medida de repolarização tardia que excede a medida de repolarização precoce (para o mesmo ECG e mapa de tempo-frequência) pode ser assumida como um sinal de função cardíaca anormal ou comprometida, e comunicada como tal ao usuário. Similarmente, uma vez que o índice de repolarização ventricular esquerda deva ser maior do que o índice de repolarização ventricular direita para um coração saudável, a relação inversa (isto é, um índice de repolarização ventricular direita maior do que o índice de repolarização esquerdo) indica uma anormalidade ou comprometimento que pode ser comunicado ao usuário. Consequentemente, as comparações entre as medidas de repolarização e os índices de repolarização podem ser usadas para avaliar a função cardíaca. Alternativa ou adicionalmente, as medidas e os índices de repolarização (adequadamente normalizados ou computados a partir dos mapas de tempo-frequência normalizados) podem ser comparados contra limiares empíricos. Por exemplo, com uma normalização dos mapas de tempo-frequência em uma faixa de 0 a 255, uma medida de repolarização precoce ou tardia para o ventrículo esquerdo ou direito que está abaixo de um limiar na faixa de 55-75 foi considerada como estando fortemente correlacionada com algum problema na função cardíaca. Em algumas concretizações, um ou mais índices de repolarização são usados para determinar uma categoria de energia miocárdica, por exemplo, distinguindo entre alta energia (correspondente a nenhum comprometimento funcional ou a um comprometimento funcional baixo), energia moderada (correspondendo a um comprometimento funcional moderado), e baixa energia (correspondendo a um comprometimento funcional alto). Comparações de medidas de repolarização e/ou índices de repolarização entre si ou contra limiares específicos em várias combinações podem também servir para categorizar a função cardíaca como normal, suspeita,ou anormal.
[0044] Várias modificações do método 400 podem ser implementadas. Por exemplo, conforme notado acima, os índices ventriculares podem ser computados com base em medidas de repolarização determinadas a partir de valores do mapa de tempo- frequência em um ou mais pontos no tempo do que tempo precoce ou tardio, e/ou sobre uma ou mais faixas de tempo. Além disso, nem toda a ação do método descrito 400 precisa ser implementada em cada concretização. Consequentemente, o método descrito 400 será entendido como uma concretização exemplificativa apenas.
[0045] A Figura 5 mostra um dispositivo de teste cardíaco exemplificativo 500 em uma vista em perspectiva. O dispositivo representado tem a forma de um computador tablet 500 incluindo uma tela sensível ao toque 502 bem como um painel de controle 504 com botões físicos (por exemplo, para ligar/desligar o tablet 500). Em algumas concretizações, conforme mostrado, o visor 502 apresenta uma interface de usuário de múltiplas abas, explicada em maiores detalhes abaixo com relação às Figuras 6-10. Algumas das abas (mostradas ao longo da borda direita do visor 502) podem ser duplicadas pelos botões físicos do painel de controle 504, permitindo que um operador navegue entre diferentes telas e funções de dispositivo associadas de diferentes maneiras. Eletrodos para adquirir sinais de ECG podem ser conectados ao computador tablet 500 via um conector adequado 506 (por exemplo, um conector DB15). O tablet 500 contém um processador de uso geral e memória volátil bem como não volátil que armazena instruções para implementar os módulos de processamento funcionais 110, 112, 114, 116, 118. Naturalmente, em várias concretizações alternativas, o dispositivo de teste cardíaco pode assumir diferentes fatores de forma, tal como aquele de um computador de mesa, um computador laptop, um smartphone (para mencionar apenas alguns), cada qual com uma interface de eletrodo adequada, que pode incluir circuitos personalizados para converter os sinais de eletrodo em sinais digitais adequados para o processamento adicional com software. Adicionalmente, um sistema de eletrocardiografia que provê a funcionalidade aqui descrita não precisa ser necessariamente implementado em um único dispositivo, mas pode ser provido por múltiplos dispositivos usados em combinação, por exemplo, um monitor de ECG convencional conectado a um computador de uso geral que executa software para implementar a funcionalidade de processamento aqui descrita.
[0046] De volta agora à interface de usuário, a Figura 6 representa uma tela inicial exemplificativa da interface de usuário como poderá aparecer, por exemplo, quando um operador primeiramente ligar o dispositivo de teste de ECG 500. A tela inicial pode, por exemplo, prover links para materiais de referência, tal como uma guia de partida rápida e um manual de usuário mais compreensivo. De acordo com uma concretização, conforme mostrado, a interface de usuário inclui múltiplas abas, correspondendo a múltiplas respectivas telas, que são visíveis em cada tela (por exemplo, no lado direito), permitindo a fácil navegação entre as telas. As abas podem ser dispostas em uma ordem que corresponde ao fluxo de trabalho natural através do processo de eletrocardiografia, descrito adicionalmente abaixo. Por exemplo, além das abas gerais para a tela inicial e uma tela de configurações, as abas podem incluir, nesta ordem, uma aba de paciente, uma aba de teste e uma aba de relatório.
[0047] A Figura 7 ilustra uma tela de relatório exemplificativa de acordo com várias concretizações. Conforme mostrado, a tela de relatórios pode ser dividida em múltiplas porções de tela dispostas de maneira intuitiva de modo a permitir que o espectador rapidamente localize a informação desejada. No topo da tela, a informação de paciente, tal como um identificador de paciente único e o nome do paciente, bem como parâmetros específicos do paciente que afetam a interpretação dos ECGs, tais como idade e gênero, podem ser exibidos, juntamente com um identificador de registro composto, por exemplo, de um carimbo de data e hora para o teste. Em um painel esquerdo, os ECGs e os mapas de tempo-frequência para uma ou mais derivações podem ser exibidos, por exemplo, em uma disposição vertical. Os mapas de tempo-frequência podem visualizar informação não discernível dos ECGs dos quais são derivados, por exemplo, com a provisão de uma imagem da energia elétrica do coração durante vários estágios dentro do ciclo cardíaco, e podem ser úteis em detectar condições, tal como a isquemia miocárdica, que são tradicionalmente não diagnosticadas com base nos ECGs. Os ECGs são incluídos na exibição por causa de sua familiaridade aos médicos e outros profissionais médicos e para fins de identificar características temporariamente definidas do sinal, tais como o complexo QRS e a onda T. De acordo com várias concretizações, o valor do sinal do mapa de tempo-frequência (por exemplo, o potencial ou a tensão elétrica que é traçada como uma função de tempo e frequência) é codificado em uma escala de cores (ou, alternativamente, conforme mostrado nos desenhos em preto e branco, em uma escala de cinza). Enquanto o próprio valor de sinal, como resultado da transformação de tempo-frequência (por exemplo, wavelet ou de Fourier de tempo curto) aplicada ao ECG, pode ser um valor assinado (geralmente resultando em valores tanto positivos quanto negativos através do mapa), o valor representado codificado por cores pode ser não assinado, conforme obtido de um valor assinado com a computação do valor absoluto. O uso de valores de sinal não assinados nos mapas codificados por cor serve para representar o nível de energia do conteúdo de frequência dependente de tempo, independente da fase dessas frequências, permitindo assim que a energia de fase positiva ou negativa apareça em algum ponto (ao longo da frequência) no mapa de tempo- frequência.
[0048] Conforme descrito acima, os ECGs e os mapas de tempo- frequência podem ser analisados, de acordo com várias concretizações, para prover índices quantitativos indicativos da saúde do coração e/ou uma avaliação ou categorização qualitativa. Os resultados da análise podem ser apresentados, conforme mostrado no painel direito da Figura 7, na forma numérica, textual e/ou gráfica. Por exemplo, conforme mostrado, o painel direito pode incluir um "ícone de energia" que representa toda a saúde do coração do paciente, inúmeros índices numéricos (por exemplo, índices de repolarização, conforme descrito acima) que proveem uma imagem mais detalhada abaixo do ícone, e um resumo textual de análise Glasglow abaixo de índices numéricos. A porção de resumo da análise Glasglow pode exibir tal métrica, derivada dos ECGs, como a frequência cardíaca do paciente e durações de certas características de ECG (tal como o complexo QRS). Além disso, pode resumir a qualidade e a confiabilidade do teste, por exemplo, com base em níveis de sinal/ruído de vários ledas. A análise Glasglow é conhecida daqueles versados na técnica, e não será adicionalmente elaborada aqui.
[0049] As Figuras 8A-8C mostram o ícone de energia da Figura 7 em isolamento em três estados diferentes, correspondendo a uma alta energia miocárdica, a uma energia miocárdica modera, e a uma baixa energia miocárdica, respectivamente. (Estes três estados podem ser interpretados como condições normal, suspeita e anormal, respectivamente.) Na concretização descrita, o ícone de energia é um símbolo de forma de onda segmentada que inclui três segmentos 800, 802, 804 que são cheios, para um paciente saudável (Figura 8A), com um gradiente de cor (mostrado, devido à conversão nos desenhos em branco e preto, com variações no valor de escala de cinza) que refletem a escala de cores dos mapas de tempo-frequência. Para um paciente com função cardíaca moderadamente comprometida ou problema cardíaco suspeito (Figura 7B), o primeiro segmento mais à esquerda é cinzento (mostrado por um enchimento cinza uniforme, conforme distinguido da variação anterior). Para um paciente com função cardíaca grandemente comprometida ou anormal (Figura 6C), tanto o segmento esquerdo quanto o segmento do meio são cinzentos, simbolizando a energia miocárdica muito mais baixa. O ícone de energia provê, portanto, um médico com uma pista visual imediata com relação à saúde do coração do paciente. Conforme será prontamente apreciado, o ícone de energia será passível de gradação mais precisa da avaliação diagnóstica, se modificado para incluir mais de três segmentos.
[0050] Para um grande número de derivações, por exemplo, para um ECG de doze fios total, em geral, é impraticável exibir todos os doze ECGs e mapas de tempo-frequência associados de uma vez na tela. Consequentemente em várias concretizações, o usuário é capaz de navegar verticalmente através do painel (esquerdo) de ECG para visualizar diferentes derivações. Para ilustração, compare as Figuras 7 e 9, por exemplo. Enquanto, na Figura 7, os ECGs e os mapas de tempo-frequência para as derivações I, II, e III são mostrados, a Figura 9 ilustra a tela em uma diferente posição de rolagem onde, em vez disso, podem ser vistos os ECGs e os mapas de tempo-frequência para derivações aVL e aVF.
[0051] Alternativa ou adicionalmente à rolagem através de todas as derivações, o usuário pode ter a oportunidade de selecionar derivações para exibição cada das (sub)porções do painel esquerdo e assim especificar a ordem na qual as derivações são exibidas. Em várias concretizações, os controles de entrada de usuário para a seleção de derivação são menus suspensos exibidos, inicialmente em seu estado fechado, adjacentes às porções de tela para os respectivos ECGs e mapas de tempo-frequência. Cada menu suspenso lista, uma vez ativado e aberto pelo operador, todas as doze derivações, facilitando a seleção do usuário de qualquer das derivações para exibição dentro da porção de tela comum; a Figura 10 ilustra um menu suspenso aberto para a primeira derivação exibido. Em algumas concretizações, uma vez que uma nova derivação é selecionada, sua posição é substituída pela derivação que previamente ocupou a respectiva porção de tela. Por exemplo, se a derivação V1 for deslocada para a derivação V5 no menu suspenso, as posições verticais dos respectivos ECGs e mapas de tempo-frequência serão swapped, e V1 irá aparecer onde V5 estava previamente localizado.
[0052] Conforme mostrado nas telas de relatório representadas nas Figuras 7, 9 e 10, os ECGs podem ser exibidos com o eixo de tempo se estendendo horizontalmente (como é habitual). De acordo com várias concretizações, os mapas de tempo-frequência correspondentes são igualmente orientados com seus eixos de tempo na direção horizontal, e são temporariamente alinhados com os ECGs, indicando que o ECG e o mapa de tempo-frequência correspondente mostram ambos um determinado ponto no tempo na mesma posição horizontal. Além do alinhamento temporal dentro de uma porção de tela que mostra um ECG e mapa de tempo-frequência derivado do mesmo, as várias porções de tela que exibem diferentes ECGs (e mapas de tempo-frequência correspondentes) podem ser igualmente temporariamente alinhadas. Além disso, o painel esquerdo (e, certamente, a tela) pode não ser largo o suficiente para exibir os ECGs e os mapas de tempo-frequência em sua totalidade, cobrindo todo o período de aquisição. Em vez disso, os ECGs e os mapas de tempo- frequência podem ser exibidos parcialmente, por uma faixa de tempo limitada. A interface de usuário pode facilitar, contudo, uma rolagem horizontal pelo operador através do ECG e/ou mapa de tempo- frequência para afetar um deslocamento temporal da faixa de tempo limitada que é exibido. Durante tal rolagem, o ECG e o mapa de tempo-frequência correspondente podem ser "travados" de modo a manterem seu alinhamento temporal. Analogamente, os outros ECGs e mapas de tempo-frequência dentro da tela de relatório podem ser travados na porção de tela que é percorrida, e, desse modo, se moverem juntamente com o ECG/mapa de tempo-frequência navegados. Uma rolagem pode ser efetuada de diversas maneiras, tal como por uma barra de rolagem tradicional. Em várias concretizações, contudo, a capacidade da tela sensível ao toque do visor do dispositivo de monitoramento cardíaco é explorada para permitir a rolagem via um gesto de deslizar executado na tela em uma direção substancialmente horizontal (e, portanto, paralela ao eixo de tempo do ECG), dentro de uma porção de tela que exibe o ECG e o mapa de tempo-frequência correspondente. A partir do gesto de deslizar, uma faixa de tempo limitada deslocada pode ser determinada e aplicada ao deslocamento das porções de ECG/mapa de tempo-frequência exibidas. (Como será prontamente apreciado por aquele versado na técnica, as características do alinhamento temporal e bloqueio temporal descritos acima não são subordinadas à orientação horizontal do eixo de tempo. Em vez disso, é concebível que os ECGs/ e/ou mapas de tempo- frequência correspondentes sejam exibidos em uma disposição horizontal com seus eixos de tempo apontando para baixo, em cujo caso o alinhamento temporal seria vertical.)
[0053] As Figuras 11A e 11B proveem um fluxograma que ilustra um fluxo de trabalho de eletrocardiografia 1100 suportado pela interface de usuário representada de acordo com várias concretizações. O profissional médico que executa este fluxo de trabalho é, em um típico cenário clínico (mas não necessariamente), uma enfermeira (em vez de um médico). Aqui, a pessoa que opera o dispositivo de monitoramento cardíaco (por exemplo, para executar o fluxo de trabalho representado nas Figuras 11A e 11B, ou para subsequentemente visualizar os resultados) é genericamente chamado de "operador". Nas Figuras 11A e 11B, as ações do operador são mostradas à direita, e as operações executadas pelo dispositivo de teste cardíaco são representadas à esquerda. Com referência à Figura 11A, o operador, que é apresentado com uma interface de usuário de múltiplas abas (ação 1102), geralmente começa selecionado a aba de paciente (ação 1104). Na tela do paciente exibida como resultado (ação 1106), o operador pode ou selecionar um paciente existente de uma lista (opcionalmente em conjunção com a filtragem com base em tokens de pesquisa supridos pelo operador), ou criar um novo paciente, por exemplo, com o pressionamento de um "Novo" botão exibido na tela e que introduz a informação de paciente relevante (ação 1108). Uma vez que um paciente tenha sido selecionado, uma mensagem instantânea poderá brevemente aparecer na tela do paciente para confirmar a seleção (ação 1110).
[0054] O operador navega então na tela de teste (ação 1112). Se o paciente já não estiver preparado para o teste (por exemplo, eletrodos tiverem sido conectados ao paciente, o cabo do paciente tiver sido conectado ao dispositivo de monitoramento cardíaco e aos eletrodos, etc.), o operador poderá assim fazê-lo neste estágio (ação 1114). Uma vez disponível, a tela de teste exibe traços em tempo real dos sinais de ECG (ação 1116). O operador geralmente visualiza os traços de ECG em tempo real para avaliar se todos os eletrodos estão conectados e os sinais de ECG são adequados para proceder com o teste. Uma vez que o operador esteja satisfeito com a qualidade dos traços em tempo real, ele poderá iniciar um teste (ação 1118) com o pressionamento, por exemplo, de um botão de "Teste" provido na tela de teste. Com a ativação, este botão poderá ser substituído por um botão "Temporizador de Parada/Contagem Regressiva" (ação 1120) que exibe a duração de teste restante enquanto o teste está sendo executado, e também facilita o cancelamento do teste por parte do operador.
[0055] Quando o teste de ECG estiver completo, a interface de usuário automaticamente navegará o operador para a tela de relatórios (ação 1122). A tela de relatórios pode inicialmente exibir (por exemplo, durante os primeiros 15-20 segundos), enquanto os índices e o ícone de energia estão sendo computados, apenas os ECGs e os mapas de tempo-frequência correspondentes bem como um sumário de análise Glasglow para visualização pelo operador (ação 1124). Opcionalmente, uma mensagem de "Calculando ..." ou mensagem de texto similar pode alertar o operador que informação adicional está próxima. Um operador pode simplesmente esperar que a computação do ícone e índices seja completada. Uma vez que a tela de relatórios é atualizada com os índices computados e o ícone (ação 1126), o operador poderá visualizar os resultados (ação 1128). O operador pode também ter a opção de imprimir ou exportar o relatório (por exemplo, para uma unidade USB externa) (ação 1130). Se o operador escolher imprimir os resultados (em 1128), uma janela de visualização de impressão poderá permitir que o operador navegue as múltiplas páginas possíveis do relatório bem como envie o relatório para uma rede ou impressora fisicamente conectada. A impressão é útil para permitir que um médico (que não é o operador) visualize os resultados de teste offline antes de voltar para a sala de exames para discutir os resultados com o paciente.
[0056] As concretizações descritas acima se referem à quantificação e à visualização do problema cardíaco com base nos ECGs em conjunção com os mapas de tempo-frequência derivados dos mesmos. Algumas das características descritas com referência aos mapas de tempo-frequência podem, contudo, ser aplicadas aos próprios ECGs, e ser vantajosas no contexto dos mesmos. Por exemplo, para uma melhor comparabilidade dos ECGs através de derivações, medições, e pacientes, os ECGs podem ser normalizados com base no máximo e no mínimo absolutos do ECG (em sua totalidade) ou uma porção do mesmo. Valores dos ECGs normalizados em certos pontos no tempo associados com a onda T podem servir como medidas de repolarização para quantificação do problema cardíaco.
[0057] Certas concretizações são descritas aqui como incluindo inúmeros componentes lógicos ou módulos. Os módulos podem constituir módulos de software (por exemplo, código concretizado em um meio não transitório legível à máquina ou em um sinal transmitido sobre uma rede) ou módulos implementados por hardware. Um módulo implementado por hardware é uma unidade tangível capaz de executar certas operações e pode ser configurado ou disposto de certa maneira. Em concretizações exemplificativas, um ou mais sistemas de computador (por exemplo, um sistema de computador autônomo, de cliente ou de servidor) ou um ou mais processadores podem ser configurados por software (por exemplo, um aplicativo ou uma parte de um aplicativo) como um módulo implementado por hardware que opera para executar certas operações, conforme descrito aqui.
[0058] Em várias concretizações, um módulo implementado por hardware pode ser implementado mecânica ou eletronicamente. Por exemplo, um módulo implementado por hardware pode compreender lógica ou circuitos dedicados que sejam permanentemente configurados (por exemplo, como um processador de uso específico, tal como um arranjo de portas programável em campo (FPGA) ou um circuito integrado de aplicação específica (ASIC)) para executar certas operações. Um módulo implementado por hardware pode também compreender lógica ou circuitos programáveis (por exemplo, conforme abrangidos dentro de um processador de uso geral ou outro processador programável) que sejam temporariamente configurados por software para executar certas operações. Será apreciado que a decisão de implementar um módulo implementado por hardware mecanicamente, em circuitos dedicados e permanentemente configurados, ou em circuitos temporariamente configurados (por exemplo, configurados por software) possa ser gerada por considerações de custo e tempo.
[0059] Por conseguinte, o termo "módulo implementado por hardware" será entendido como abrangendo uma entidade tangível, sendo uma entidade que é fisicamente construída, permanentemente configurada (por exemplo, conectada) ou temporária ou transitoriamente configurada (por exemplo, programada) para operar em certa maneira e/ou para executar certas operações aqui descritas. Considerando concretizações nas quais módulos implementados por hardware são temporariamente configurados (por exemplo, programados), cada dos módulos implementados por hardware não precisa ser configurado ou instanciado em qualquer instância no tempo. Por exemplo, quando os módulos implementados por hardware compreenderem um processador de uso geral configurado usando software, o processador de uso geral poderá ser configurado como respectivos módulos implementados por hardware em diferentes momentos. O software pode consequentemente configurar um processador, por exemplo, para constituir um módulo implementado por hardware específico em um exemplo de tempo e para constituir um módulo implementado por hardware diferente em uma instância diferente de tempo.
[0060] Os módulos implementados por hardware podem prover informação para outros módulos implementados por hardware, e receber informação dos mesmos. Consequentemente, os módulos implementados por hardware descritos podem ser considerados como sendo comunicativamente acoplados. Quando múltiplos de tais módulos implementados por hardware existirem contemporaneamente, as comunicações poderão ser alcançadas através da transmissão de sinal (por exemplo, sobre circuitos e barras apropriados) que conectam os módulos implementados por hardware. Em concretizações nas quais múltiplos módulos implementados por hardware são configurados ou instanciados em diferentes momentos, as comunicações entre tais módulos implementados por hardware podem ser conseguidas, por exemplo, através do armazenamento e da recuperação de informação em estruturas de memória às quais têm acesso os múltiplos módulos implementados por hardware. Por exemplo, um módulo implementado por hardware pode executar uma operação, e armazenar a saída dessa operação em um dispositivo de memória ao qual ele é comunicativamente acoplado. Um módulo implementado por hardware adicional pode então, em um momento posterior, acessar o dispositivo de memória para recuperar e processar a saída armazenada. Os módulos implementados por hardware podem também iniciar as comunicações com os dispositivos de entrada e de saída, e podem operar em um recurso (por exemplo, uma coleta de informação).
[0061] As várias operações dos métodos exemplificativos aqui descritos podem ser executadas, pelo menos parcialmente, por um ou mais processadores que são temporariamente configurados (por exemplo, por software) ou permanentemente configurados para executar as operações relevantes. Seja temporariamente, seja permanentemente configurados, tais processadores podem constituir módulos implementados por processador que operam para executar uma ou mais operações ou funções. Os módulos referidos aqui podem, em algumas concretizações exemplificativas, compreender módulos implementados por processador.
[0062] Similarmente, os métodos aqui descritos podem, pelo menos parcialmente, ser implementados por processador. Por exemplo, pelo menos algumas das operações de um método podem ser executadas por um ou mais processadores ou módulos implementados por processador. O desempenho de certas operações pode ser distribuído entre um ou mais um ou mais processadores, não apenas residindo dentro de uma única máquina, mas desenvolvidos através de inúmeras máquinas. Em algumas concretizações exemplificativas, o processador ou processadores podem ser localizados em uma única localização (por exemplo, dentro de um ambiente inicial, um ambiente de escritórios ou como um grupo de servidores), enquanto, em outras concretizações, os processadores podem ser distribuídos através de inúmeras localizações.
[0063] Um ou mais processadores podem também operar para suportar o desempenho de operações relevantes em um ambiente de "computação em nuvem" ou como um "software como serviço" (SaaS). Por exemplo, pelo menos algumas das operações podem ser executadas por um grupo de computadores (como exemplos de máquinas incluindo processadores), estas operações sendo acessíveis via uma rede (por exemplo, a Internet) e via uma ou mais interfaces apropriadas (por exemplo, Interfaces de Programa de Aplicativos (APIs)).
[0064] Concretizações exemplificativas podem ser implementadas em circuitos eletrônicos digitais, ou em hardware, firmware, software de computador, ou em combinações dos mesmos. Concretizações exemplificativas podem ser implementadas usando um produto de programa de computador, por exemplo, um programa de computador tangivelmente concretizado em um portador de informação, por exemplo, um meio legível à máquina para execução por um aparelho de processamento de dados, por exemplo, um processador programável, um computador, ou múltiplos computadores, ou para controlar a operação do mesmo.
[0065] Um programa de computador pode ser gravado em qualquer forma de linguagem de programação, incluindo linguagens compiladas ou interpretadas, e pode ser desenvolvido em qualquer forma, inclusive como um programa autônomo ou como um módulo, subrotina, ou outra unidade adequada para uso em um ambiente de computação. Um programa de computador pode ser desenvolvido para ser executado em um computador ou em múltiplos computadores em um local ou distribuído através de múltiplos sites e interconectado por uma rede de comunicação.
[0066] Em concretizações exemplificativas, as operações podem ser executadas por um ou mais processadores programáveis que executam um programa de computador para executar funções operando dados de entrada e gerando saída. As operações do método podem ser também executadas por circuitos de lógica de propósito especial, por exemplo, um arranjo de portas programável em campo (FPGA) ou um circuito integrado de aplicação específica (ASIC), e o aparelho das concretizações exemplificativas pode ser implementado como tais.
[0067] O sistema de computação pode incluir clientes e servidores. Um cliente e um servidor estão geralmente remotos um do outro e tipicamente interagem através de uma rede de comunicação. A relação de cliente e servidor surge em virtude dos programas de computador que são executados nos respectivos computadores e que apresentam uma relação mútua de cliente-servidor. Em concretizações que desenvolvem um sistema de computação programável, será apreciado que arquiteturas tanto de hardware quanto de software necessitem de consideração. Especificamente, será apreciado que a escolha de se implementa certa funcionalidade em hardware permanentemente configurado (por exemplo, um ASIC), em hardware temporariamente configurado (por exemplo, uma combinação de software e um processador programável), ou uma combinação de hardware permanente e temporariamente configurado pode ser uma escolha de design.
[0068] A Figura 12 é um diagrama de blocos de uma máquina na forma exemplificativa de um sistema de computador 1200 dentro do qual podem ser executadas instruções para fazer com que a máquina execute qualquer uma ou mais das metodologias discutidas aqui. Em concretizações alternativas, a máquina opera como um dispositivo autônomo ou pode ser conectada (por exemplo, ligada em rede) a outras máquinas. Em um desenvolvimento de redes, a máquina pode operar na capacidade de um servidor ou uma máquina de cliente no ambiente de rede de servidor-cliente, ou como uma máquina de pares em um ambiente de rede par-a-par (ou distribuído). Enquanto apenas uma única máquina é ilustrada, o termo "máquina" será também assumido como incluindo qualquer conjunto de máquinas que individual ou conjuntamente executam um conjunto (ou múltiplos conjuntos) de instruções para executar qualquer uma ou mais das metodologias aqui discutidas. O sistema de computador exemplificativo 1200 inclui um ou mais processadores 1202 (por exemplo, uma unidade de processamento central (CPU), uma unidade de processamento gráfico (GPU) ou ambas), uma memória principal 1204 e uma memória estática 1206, que se comunicam entre si via uma barra 1208. O sistema de computador 1200 pode adicionalmente incluir uma unidade de exibição de vídeo 1210 (por exemplo, um monitor de cristal líquido (LCD) ou um tubo de raios catódicos (CRT)). O sistema de computador 1200 também inclui um dispositivo de entrada alfanumérica 1212 (por exemplo, um teclado), uma interface de usuário (IU), um dispositivo de navegação 1214 (por exemplo, um mouse), uma unidade de disco 1216, um dispositivo de geração de sinal 1218 (por exemplo, um alto-falante), um dispositivo de interface de rede 1220, e um dispositivo de interface de dados 1228 (tal como, por exemplo, uma interface de eletrodo 106).
[0069] A unidade de drive de disco 1216 inclui um meio legível à máquina 1222 que armazena um ou mais conjuntos de instruções e estruturas de dados (por exemplo, software) 1224 que concretizam ou que são utilizados por qualquer uma ou mais das metodologias ou funções aqui descritas. As instruções 1224 podem também estar, por completo ou pelo menos parcialmente, dentro da memória principal 1204 e/ou dentro do processador 1202 durante a execução das mesmas pelo sistema de computador 1200, pela memória principal 1204 e pelo processador 1202 que também constituem meios legíveis à máquina.
[0070] Enquanto o meio legível à máquina 1222 é mostrado em uma concretização exemplificativa como sendo um único meio, o termo "meio legível à máquina" pode incluir um único meio ou múltiplos meios (por exemplo, um banco de dados centralizado ou distribuído, e/ou caches e servidores associados) que armazenam uma ou mais instruções ou estruturas de dados. O termo "meio legível à máquina" será também considerado como incluindo qualquer meio tangível que seja capaz de armazenar, codificar, ou conduzir instruções para execução pela máquina e que fazem com que a máquina execute qualquer uma ou mais das metodologias da presente invenção, ou que seja capaz de armazenar, codificar ou conduzir estruturas de dados utilizadas por tais instruções ou associadas com as mesmas. O termo "meio legível à máquina" será consequentemente considerado como incluindo memórias de estado sólido e meios ópticos e magnéticos, embora não fique limitado a estes. Exemplos específicos de meios legíveis à máquina incluem memória não volátil, incluindo, por meio de exemplo, dispositivos de memória de semicondutores, por exemplo, Memória Programável Apagável Somente de Leitura (EPROM), Memória Apenas de Leitura Programável Eletricamente Apagável (EEPROM), e dispositivos de memória flash; discos magnéticos, tais como discos rígidos internos e discos removíveis; discos magneto- ópticos, discos de CD-ROM e de DVD-ROM, ou outros dispositivos de armazenamento de dados. Além disso, o termo "meio legível à máquina" será considerado como incluindo um sinal não tangível ou meio de transmissão, incluindo um sinal elétrico, um sinal magnético, um sinal eletromagnético, um sinal acústico e um sinal óptico.
[0071] Os seguintes exemplos numerados são concretizações ilustrativas:
[0072] 1. Método compreendendo: usar um ou mais eletrodos colocados em um paciente que medem um ou mais eletrocardiogramas associados com um ou mais respectivas derivações; converter um ou mais eletrocardiogramas por transformação de tempo-frequência em um ou mais respectivos mapas de tempo-frequência bidimensionais; identificar, dentro de um ou mais eletrocardiogramas, um ou mais pontos no tempo associados com uma onda T; determinar, para pelo menos um de um ou mais mapas de tempo-frequência, uma ou mais medidas de repolarização correspondendo a extremos através da frequência do respectivo mapa de tempo-frequência em um ou mais pontos no tempo associados com a onda T; e emitir pelo menos um índice de repolarização com base em uma ou mais medidas de repolarização.
[0073] 2. Método do exemplo 1, que adicionalmente compreende normalizar cada de um ou mais mapas de tempo-frequência baseados, pelo menos em parte, em uma diferença entre um máximo e um mínimo identificados no respectivo mapa de tempo-frequência através do tempo em um intervalo que abrange um segmento RS e através da frequência, onde uma ou mais medidas de repolarização são determinadas a partir dos mapas de tempo-frequência normalizados.
[0074] 3. Método do exemplo 2, onde a normalização de um ou mais mapas de tempo-frequência compreende deslocar cada mapa de tempo-frequência para um mínimo igual a zero e, em seguida, escalar o respectivo mapa de tempo-frequência com base no máximo.
[0075] 4. Método do exemplo 1 ou exemplo 2, onde o intervalo de tempo através do qual são identificados o máximo e o mínimo no mapa de tempo-frequência abrange pelo menos um batimento cardíaco.
[0076] 5. Método do exemplo 1 ou exemplo 2, onde o intervalo de tempo através do qual são identificados o máximo e o mínimo no mapa de tempo-frequência abrange um tempo de medição do eletrocardiograma associado em sua totalidade.
[0077] 6. Método do exemplo 1 ou exemplo 2, onde o intervalo de tempo através do qual o máximo e o mínimo são identificados no mapa de tempo-frequência corresponde a um número inteiro de batimentos cardíacos.
[0078] 7. Método de qualquer um dos exemplos 1-6, onde um ou mais pontos no tempo associados com a onda T estão em um intervalo de tempo definido por pontos antes e após um máximo da onda T na qual a onda T assume metade de seu valor máximo.
[0079] 8. Método do exemplo 7, onde um ou mais pontos no tempo associados com a onda T compreendem um primeiro ponto no tempo antes do máximo da onda T e um segundo ponto no tempo depois do máximo da onda T.
[0080] 9. Método do exemplo 8, onde são determinadas uma primeira medida de repolarização correspondendo a um extremo no primeiro ponto no tempo e uma segunda medida de repolarização correspondendo a um extremo no segundo ponto no tempo, o método adicionalmente compreendendo comparar a primeira e a segunda medidas de repolarização.
[0081] 10. Método do exemplo 9, que adicionalmente compreende determinar um problema cardíaco com base na comparação.
[0082] 11. Método do exemplo 10, que adicionalmente compreende comunicar o problema cardíaco a um usuário.
[0083] 12. Método do exemplo 10 ou exemplo 11, onde um problema cardíaco anormal é determinado com base na segunda medida de repolarização que é maior do que a primeira medida de repolarização.
[0084] 13. Método de qualquer dos exemplos 1-12, onde eletrocardiogramas são medidos e respectivas medidas de repolarização são determinadas para pelo menos uma derivação associada com o ventrículo esquerdo do coração do paciente e pelo menos uma derivação associada com o ventrículo direito do coração do paciente, e onde um índice de repolarização ventricular esquerda baseado em pelo menos uma medida de repolarização determinada para o ventrículo esquerdo é comparado com um índice de repolarização ventricular direita baseado em pelo menos uma medida de repolarização determinada para o ventrículo direito.
[0085] 14. Método do exemplo 13, que adicionalmente compreende determinar um problema cardíaco com base na comparação.
[0086] 15. Método do exemplo 14, que adicionalmente compreende comunicar o problema cardíaco a um usuário.
[0087] 16. Método do exemplo 14 ou exemplo 15, onde um problema cardíaco anormal é determinado com base no índice de repolarização ventricular direita que é maior do que o índice de repolarização ventricular esquerda.
[0088] 17. Método de qualquer um dos exemplos 13-16, onde o índice de repolarização ventricular esquerda compreende uma média sobre múltiplas medidas de repolarização, correspondendo a extremos em um ponto selecionado no tempo, determinada com base nos eletrocardiogramas medidos para múltiplos respectivas derivações associados com o ventrículo esquerdo, e o índice de repolarização ventricular direita é determinado com a média sobre múltiplas medidas de repolarização, correspondendo a extremos no ponto selecionado no tempo, determinada com base nos eletrocardiogramas medidos para múltiplos respectivas derivações associadas com o ventrículo direito.
[0089] 18. O método de qualquer dos exemplos 1-7, onde pelo menos um índice de repolarização compreende uma média sobre duas ou mais medidas de repolarização.
[0090] 19. Método do exemplo 18, onde a média é tomada sobre dois ou mais batimentos cardíacos.
[0091] 20. Método do exemplo 18 ou exemplo 19, onde a média é tomada sobre duas ou mais derivações.
[0092] 21. Método de qualquer dos exemplos 1-20, onde pelo menos um índice de repolarização compreende um fator de ajuste que é baseado pelo menos na idade ou no gênero do paciente.
[0093] 22. Método de qualquer dos exemplos 1-21, onde pelo menos um índice de repolarização é computado de pelo menos uma medida de repolarização e uma frequência cardíaca do paciente.
[0094] 23. Método de qualquer dos exemplos 1-22, onde a transformação de tempo-frequência compreende uma transformada de wavelet e o mapa de tempo-frequência compreende um escalograma.
[0095] 24. Método do exemplo 23, onde a transformação de tempo-frequência compreende uma transformada de wavelet contínua.
[0096] 25. Método de qualquer um dos exemplos 1-24, onde os mapas de tempo-frequência são mapas de valor absoluto.
[0097] 26. Método de qualquer dos exemplos 1-25, que adicionalmente compreende determinar um problema cardíaco com base em uma comparação de pelo menos um índice de repolarização contra um limiar.
[0098] 27. Método do exemplo 26, que adicionalmente compreende a comunicação do problema cardíaco a um usuário.
[0099] 28. Método do exemplo 26 ou exemplo 27, onde um problema cardíaco anormal é determinado com base em pelo menos um índice de repolarização que está abaixo do limiar.
[00100] 29. Método de qualquer dos exemplos 1-28, onde a saída compreende exibir pelo menos um índice de repolarização em uma interface de usuário.
[00101] 30. Sistema de teste cardíaco que compreende uma interface de eletrodo configurada para receber um ou mais sinais de eletrocardiograma via um ou mias respectivos eletrodos conectáveis à interface de eletrodo; e uma instalação de processamento comunicativamente acoplada à interface de eletrodo e configurada: para gerar, a partir de um ou mais sinais de eletrocardiograma, um ou mais eletrocardiogramas para um ou mais respectivas derivações; converter um ou mais eletrocardiogramas por transformação de tempo-frequência em um ou mais respectivos mapas de tempo- frequência bidimensionais; identificar, dentro de um ou mais eletrocardiogramas, um ou mais pontos no tempo associados com uma onda T; determinar, para pelo menos um de um ou mais mapas de tempo-frequência, uma ou mais medidas de repolarização correspondendo a extremos do respectivo mapa de tempo-frequência em um ou mais pontos no tempo associados com a onda T; e emitir pelo menos um índice de repolarização baseado em uma ou mais medidas de repolarização.
[00102] 31. Sistema do exemplo 30, onde a interface de eletrodo e a instalação de processamento são integradas em um único dispositivo de teste cardíaco.
[00103] 32. Sistema do exemplo 30 ou exemplo 31, onde a instalação de processamento é configurada para implementar o método de qualquer dos exemplos 2-29.
[00104] 33. Um ou mais meios legíveis por computador que armazenam instruções para processar um ou mais eletrocardiogramas associados com um ou mais respectivas derivações, as instruções, quando executadas por um ou mais processadores de computador, fazendo com que um ou mais processadores de computador: convertam um ou mais eletrocardiogramas por transformação de tempo-frequência em um ou mais respectivos mapas de tempo- frequência bidimensionais; identifiquem, dentro de um ou mais eletrocardiogramas, um ou mais pontos no tempo associados com uma onda T; determinem, para pelo menos um de um ou mais mapas de tempo-frequência, uma ou mais medidas de repolarização correspondendo a extremos do respectivo mapa de tempo-frequência em um ou mais pontos no tempo associado com a onda T; e emitam pelo menos um índice de repolarização com base em uma ou mais medidas de repolarização.
[00105] 34. Um ou mais meios legíveis por computador do exemplo 33, que armazenam instruções que, quando executadas por um ou mais processadores de computador, fazem com que um ou mais processadores executem o método de qualquer dos exemplos 2-29.
[00106] 35. Método que compreende: usar um ou mais eletrodos colocados em um paciente, que medem um ou mais eletrocardiogramas associados com um ou mais respectivas derivações; converter um ou mais eletrocardiogramas por transformação de tempo-frequência em um ou mais mapas de tempo- frequência bidimensionais correspondentes; e gerar uma interface de usuário que exibe, para pelo menos um de um ou mais eletrocardiogramas, pelo menos uma porção do eletrocardiograma e, no alinhamento temporal com o mesmo, uma porção temporalmente coextensiva do mapa de tempo-frequência correspondente.
[00107] 36. Método do exemplo 35, que adicionalmente compreende: identificar, dentro de um ou mais eletrocardiogramas, um ou mais pontos no tempo associados com uma onda T; determinar pelo menos um índice de repolarização de valores de um ou mais mapas de tempo-frequência em um ou mais pontos no tempo associados com a onda T; e fazer com que pelo menos um índice de repolarização seja exibido na interface de usuário.
[00108] 37. Método do exemplo 36, onde, para múltiplas derivações, múltiplos respectivos cardiogramas são medidos e transformados em múltiplos mapas de tempo-frequência correspondentes, e onde a interface de usuário gerada exibe apenas um subconjunto que compreende menos do que todos os múltiplos eletrocardiogramas e mapas de tempo-frequência correspondentes, pelo menos um índice de repolarização que é independe de uma seleção de eletrocardiogramas e mapas de tempo-frequência para inclusão no subconjunto exibido.
[00109] 38. Método do exemplo 36 ou 37, no qual a geração da interface de usuário compreende representar valores não assinados de um ou mais mapas de tempo-frequência baseados em uma escala de cores, e onde pelo menos um índice de repolarização é determinado dos valores assinados de um ou mais mapas de tempo- frequência em um ou mais pontos no tempo associados com a onda T.
[00110] 39. Método de qualquer dos exemplos 36-38, que adicionalmente compreende determinar um problema cardíaco baseado em pelo menos um índice de repolarização e gerar, para exibição dentro da interface de usuário, um ícone indicativo do problema cardíaco.
[00111] 40. Método do exemplo 39, onde o ícone compreende um símbolo de forma de onda segmentada que significa, via inúmeros segmentos cinzentos dentro do símbolo de forma de onda de outro modo colorido, um grau de comprometimento de função cardíaca.
[00112] 41. Método de qualquer dos exemplos 35-40, onde as porções exibidas do eletrocardiograma e do mapa de tempo- frequência correspondente abrangem menos que todo o tempo de medição do eletrocardiograma, o método adicionalmente compreendendo deslocar temporariamente, em resposta à entrada do usuário, as porções exibidas do eletrocardiograma e do mapa de tempo-frequência correspondente.
[00113] 42. Método do exemplo 41, onde as porções exibidas são temporariamente deslocadas com base na entrada de usuário que compreende uma ação de rolagem associada com pelo menos uma porção de tela que exibe o eletrocardiograma ou uma porção de tela que exibe o mapa de tempo-frequência correspondente.
[00114] 43. Método do exemplo 42, onde a ação de rolagem compreende um gesto de deslizar executado dentro de uma porção de tela que exibe o eletrocardiograma ou o mapa de tempo-frequência correspondente e em uma direção substancialmente paralela a um eixo de tempo do eletrocardiograma e do mapa de tempo-frequência correspondente.
[00115] 44. Método do exemplo 43, onde a ação de rolagem é executada em uma tela de toque.
[00116] 45. Método de qualquer um dos exemplos 35-44, onde a interface de usuário gerada exibe pelo menos porções de múltiplos eletrocardiogramas e mapas de tempo-frequência correspondentes para múltiplas respectivas derivações, as porções dos eletrocardiogramas e dos mapas de tempo-frequência para diferentes derivações das derivações sendo temporariamente coextensivas e temporariamente alinhadas entre si.
[00117] 46. Método do exemplo 45, que adicionalmente compreende temporariamente deslocar, em resposta a uma ação de rolagem associada com um dos eletrocardiogramas ou mapa de tempo-frequência correspondente, as porções exibidas de todos os múltiplos eletrocardiogramas e mapas de tempo-frequência correspondentes.
[00118] 47. Método de qualquer dos exemplos 35-46, onde, para múltiplas derivações, múltiplos respectivos eletrocardiogramas são medidos e transformados em múltiplos mapas de tempo-frequência correspondentes, e onde a interface de usuário gerada exibe apenas um subconjunto que compreende menos do que todos os múltiplos eletrocardiogramas e mapas de tempo-frequência correspondentes, o subconjunto sendo selecionável via um ou mais elementos de controle de entrada de usuário incluídos na interface de usuário.
[00119] 48. Método do exemplo 47, onde a interface de usuário compreende múltiplas porções de tela, cada qual facilitando, via um elemento associado dos elementos de controle de entrada de usuário, a seleção de usuário de um dos eletrocardiogramas medidos e do mapa de tempo-frequência correspondente para exibir na porção de tela.
[00120] 49. Método do exemplo 48, onde cada dos elementos de controle de entrada de usuário compreende um menu suspenso que exibe, com a ativação, símbolos selecionáveis pelo usuário para todas as derivações.
[00121] 50. Sistema de teste cardíaco que compreende: uma interface de eletrodo configurada para receber um ou mais sinais de eletrocardiograma via um ou mais respectivos eletrodos conectáveis à interface de eletrodo; um dispositivo de vídeo; e uma instalação de processamento configurada para gerar uma tela de interface de usuário baseada, pelo menos em parte, em um ou mais sinais de eletrocardiograma recebidos e para exibir tela de interface de usuário no dispositivo de vídeo, onde a geração a exibição da tela de interface de usuário compreendem: gerar, a partir de um ou mais sinais de eletrocardiograma, um ou mais eletrocardiogramas para um ou mais respectivas derivações, converter um ou mais eletrocardiogramas por transformação de tempo-frequência em um ou mais mapas de tempo- frequência bidimensionais correspondentes, e gerar uma interface de usuário que exibe, para pelo menos um de um ou mais eletrocardiograma, pelo menos uma porção do eletrocardiograma e, em alinhamento temporal com o mesmo, uma porção temporariamente coextensão do mapa de tempo-frequência correspondente.
[00122] 51. O sistema do exemplo 50, onde a interface de eletrodo, o dispositivo de vídeo, e a instalação de processamento são integrados em um único dispositivo de teste cardíaco.
[00123] 52. Sistema do exemplo 50 ou exemplo 51, onde o dispositivo de vídeo compreende uma tela de toque.
[00124] 53. Sistema de qualquer dos exemplos 50-52, onde a instalação de processamento é configurada para implementar o método de qualquer dos exemplos 36-49.
[00125] 54. Um ou mais meios legíveis por computador que armazenam instruções para processar um ou mais eletrocardiogramas associados com um ou mais respectivas derivações, as instruções, quando executadas por um ou mais processadores de computador, fazendo com que um ou mais processadores: convertam um ou mais eletrocardiogramas por transformação de tempo-frequência em um ou mais mapas de tempo-frequência bidimensionais correspondentes; e gerem uma interface de usuário que exibe, para pelo menos um de um ou mais eletrocardiogramas, pelo menos uma porção do eletrocardiograma e, em alinhamento temporal com o mesmo, uma porção temporariamente coextensiva do mapa de tempo-frequência correspondente.
[00126] 55. Um ou mais meios legíveis por computador do exemplo 54, que armazenam instruções que, quando executadas por um ou mais processadores de computador, fazem com que um ou mais processadores executem o método de qualquer dos exemplos 35-49.
[00127] 56. Dispositivo de teste cardíaco que compreende uma interface de eletrodo configurada para receber uma pluralidade de sinais de eletrocardiogramas via uma pluralidade de respectivos eletrodos conectáveis à interface de eletrodo; um dispositivo de vídeo; e uma instalação de processamento que compreende circuitos configurados para gerar uma tela de interface de usuário baseada, pelo menos em parte, nos sinais de eletrocardiograma recebidos e para exibir a tela de interface de usuário no dispositivo de vídeo, onde a geração e a exibição da tela de interface de usuário compreendem: gerar para exibição, com base nos sinais de eletrocardiograma, uma pluralidade de eletrocardiogramas bidimensionais dependentes de tempo para uma pluralidade de respectivos derivação, exibir pelo menos parcialmente um subconjunto de eletrocardiogramas, correspondendo a um subconjunto das derivações, em múltiplas porções de tela respectivas da tela de interface de usuário; exibir, dentro de cada das porções de tela adjacentes ao eletrocardiograma pelo menos parcialmente exibido nas mesmas, um elemento de controle de entrada de usuário que facilita a seleção de usuário de qualquer da pluralidade de derivações; e, em resposta à seleção de usuário de um das derivações via os elementos de controle de entrada de usuário, exibir, pelo menos parcialmente, dentro da porção de tela correspondente, o eletrocardiograma para a derivação selecionada.
[00128] 57. Dispositivo do exemplo 56, onde o elemento de controle de entrada de usuário compreende um menu suspenso que exibe, com a ativação, símbolos selecionáveis pelo usuário para todos as derivações.
[00129] 58. Dispositivo do exemplo 56 ou exemplo 57, onde os eletrocardiogramas pelo menos parcialmente exibidos estão temporariamente alinhados.
[00130] 59. Dispositivo de qualquer dos exemplos 56-58, onde a geração e a exibição da tela de interface de usuário adicionalmente compreendem: gerar para exibição, a partir de cada dos eletrocardiogramas unidimensionais dependentes de tempo para a pluralidade de derivações, um mapa de tempo-frequência bidimensional; exibir pelo menos parcialmente um subconjunto de mapas de tempo-frequência bidimensionais, correspondendo ao subconjunto das derivações, cada mapa de tempo-frequência do subconjunto sendo exibido juntamente com os eletrocardiogramas correspondentes dentro da porção de tela correspondente; e, em resposta à seleção de usuário de um das derivações via os elementos de controle de entrada de usuário, exibir pelo menos parcialmente o mapa de tempo-frequência para a derivação selecionada na porção de tela correspondente juntamente com o eletrocardiograma correspondente.
[00131] 60. Método que compreende: medir uma pluralidade de sinais de eletrocardiograma usando uma pluralidade de respectivos eletrodos colocados em um paciente; usar uma instalação de processamento para gerar uma tela de interface de usuário baseada, pelo menos em parte, nos sinais de eletrocardiograma recebidos e exibir a tela de interface de usuário em um dispositivo de vídeo, onde a geração e a exibição da tela de interface de usuário compreendem: gerar a exibição, com base nos sinais de eletrocardiograma, de uma pluralidade de eletrocardiogramas unidimensionais dependentes de tempo para uma pluralidade de respectivas derivações; exibir pelo menos parcialmente um subconjunto dos eletrocardiogramas, correspondendo a um subconjunto das derivações, em múltiplas respectivas porções de tela da tela de interface de usuário; exibir, dentro de cada das porções de tela adjacentes ao eletrocardiograma exibido nas mesmas, um elemento de controle de entrada de usuário que facilita a seleção de usuário de qualquer da pluralidade de derivações; e, em reposta à seleção de usuário de um das derivações via os elementos de controle de entrada de usuário, exibir, pelo menos parcialmente, dentro da porção de tela correspondente, o eletrocardiograma para a derivação selecionada.
[00132] 61. Dispositivo de teste cardíaco que compreende: uma interface de eletrodo configurada para receber um ou mais sinais de eletrocardiograma via um ou mais respectivos eletrodos conectáveis à interface de eletrodo; um dispositivo de vídeo; e uma instalação de processamento que compreende circuitos configurados para gerar uma tela de interface de usuário baseada, pelo menos em parte, em um ou mais sinais de eletrocardiograma recebidos e exibir a tela de interface de usuário no dispositivo de vídeo, onde a geração e a exibição da tela de interface de usuário compreendem: gerar, a partir de um ou mais sinais de eletrocardiograma, para cada de um ou mais derivações, um eletrocardiograma unidimensional dependente de tempo; usar uma transformação de tempo-frequência para computar, a partir de cada de um ou mais eletrocardiogramas, um mapa de tempo- frequência bidimensional correspondente que representa um valor de sinal não assinado como uma função de tempo e frequência; e exibir, para pelo menos um das derivações, porções temporariamente alinhadas do eletrocardiograma e do mapa de tempo-frequência correspondente, o valor de sinal não assinado do mapa de tempo- frequência sendo codificado por cor.
[00133] 62. Método que compreende: apresentar, no visor de um dispositivo de monitoramento cardíaco eletrônico, uma interface de usuário de múltiplas abas configurada para guiar um operador do dispositivo através de um fluxo de trabalho de eletrocardiografia, a interface de usuário de múltiplas abas compreendendo pelo menos uma aba de paciente, uma aba de teste, e uma aba de relatório; em resposta à seleção do operador da aba de paciente, apresentar uma tela de paciente que compreende um ou mais primeiros elementos de controle de entrada de usuário que facilitam a seleção do operador de um paciente entre uma lista de pacientes existentes e um ou mais segundos elementos de controle de entrada de usuário que facilitam a entrada do operador da informação de paciente para um novo paciente; em resposta à seleção do operado da aba de teste e depois da conexão de um ou mais eletrodos ao dispositivo de monitoramento cardíaco, apresentar uma tela de teste que compreende um ou mais traços em tempo real de um ou mais respectivo sinais de eletrocardiograma medidos por um ou mais eletrodos conectados e adicionalmente apresentar um terceiro elemento de controle de entrada de usuário que facilita a iniciação do operador de um teste de eletrocardiograma; com a seleção do operador do terceiro elemento de controle de entrada de usuário, adquirir um ou mais sinais de eletrocardiograma por toda a duração de teste especificada e apresentar, dentro da tela de teste, um quarto elemento de controle de entrada de usuário que exibe um temporizador de contagem regressiva com base na duração de teste especificada e facilitar o cancelamento do teste de eletrocardiograma por parte do operador; com a conclusão do teste de eletrocardiograma, automaticamente apresentar uma tela de relatórios associada com a aba de relatórios, os relatórios compreendendo informação de relatório que inclui pelo menos um eletrocardiograma computado com base em um ou mais sinais de eletrocardiograma e um ou mais quintos elementos de controle de entrada de usuário que facilitam a iniciação do operador de pelo menos a impressão ou a exportação da informação de relatório.
[00134] Embora a invenção tenha sido descrita com referência às concretizações exemplificativas específicas, ficará evidente que várias modificações e mudanças podem ser feitas a estas concretizações sem se afastar do escopo mais amplo da invenção. Consequentemente, a especificação e os desenhos devem ser considerados em um sentido ilustrativo do que em um sentido restritivo.

Claims (18)

1. Método, caracterizado pelo fato de compreender: usar um ou mais eletrodos (102) colocados em um paciente, medindo um ou mais eletrocardiogramas (402) associados com um ou mais respectivas derivações; converter um ou mais eletrocardiogramas (402) pela transformação de tempo-frequência em um ou mais respectivos mapas de tempo-frequência bidimensionais (406); identificar, dentro de um ou mais eletrocardiogramas (402), um ou mais pontos no tempo associados com uma onda T (208); determinar, para pelo menos um de um ou mais mapas de tempo-frequência (408), uma ou mais medidas de repolarização correspondendo a extremos através da frequência do respectivo mapa de tempo-frequência (408) em um ou mais pontos no tempo associados com a onda T (208); e emitir pelo menos um índice de repolarização (420) com base em uma ou mais medidas de repolarização.
2. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de adicionalmente compreender a normalização de cada de um ou mais mapas de tempo-frequência (408) com base, pelo menos em parte, em uma diferença entre um máximo e um mínimo identificados no respectivo mapa de tempo-frequência através do tempo em um intervalo que abrange um segmento RS (206) e através da frequência, onde uma ou mais medidas de repolarização são determinadas a partir de mapas de tempo-frequência normalizados (416).
3. Método, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de a normalização de um ou mais mapas de tempo-frequência (408) compreender deslocar cada mapa de tempo-frequência para um mínimo igual a zero e, em seguida, escalar o respectivo mapa de tempo-frequência com base no máximo.
4. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de o intervalo de tempo através do qual são identificados o máximo e o mínimo no mapa de tempo-frequência abranger pelo menos um batimento cardíaco.
5. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de o intervalo de tempo através do qual são identificados o máximo e o mínimo no mapa de tempo-frequência abranger um tempo de medição do eletrocardiograma associado em sua totalidade.
6. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de um ou mais pontos no tempo associados com a onda T (208) estarem em um intervalo de tempo definido por pontos antes e após um máximo da onda T (208) no qual a onda T (208) assume metade de seu valor máximo.
7. Método, de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de um ou mais pontos no tempo associados com a onda T (208) compreenderem um primeiro ponto no tempo antes do máximo da onda T (208) e um segundo ponto no tempo depois do máximo da onda T (208), e uma primeira medida de repolarização correspondendo a um extremo no primeiro ponto no tempo e uma segunda medida de repolarização correspondendo a um extremo no segundo ponto no tempo serem determinadas, o método adicionalmente compreendendo comparar a primeira e segunda medidas de repolarização.
8. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de os eletrocardiogramas (402) serem medidos e as respectivas medidas de repolarização serem determinadas para pelo menos uma derivação associada com o ventrículo esquerdo do coração do paciente e pelo menos uma derivação associada com o ventrículo direito do coração do paciente, e de um índice de repolarização ventricular esquerda baseado em pelo menos uma medida de repolarização determinada para o ventrículo esquerdo ser comparado com um índice de repolarização ventricular direita baseado em pelo menos uma medida de repolarização determinada para o ventrículo direito.
9. Método, de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de o índice de repolarização (420) ventricular esquerda compreender uma média sobre as múltiplas medidas de repolarização, correspondendo a extremos em um ponto selecionado dos pontos no tempo, determinada com base nos eletrocardiogramas (402) medidos para múltiplas respectivas derivações associadas com o ventrículo direito, e o índice de repolarização (420) ventricular direita ser determinado pela média sobre as múltiplas medidas de repolarização, correspondendo aos extremos no ponto selecionado no tempo, determinada com base nos eletrocardiogramas (402) medidos para múltiplos respectivas derivações associados com o ventrículo direito.
10. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de pelo menos um índice de repolarização (420) compreender uma média sobre duas ou mais medidas de repolarização tiradas a partir de pelo menos um de dois ou mais batimentos cardíacos ou dois ou mais eletrodos (102).
11. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de pelo menos um índice de repolarização (420) compreender um fator de ajuste que é baseado pelo menos na idade ou no gênero do paciente.
12. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de pelo menos um índice de repolarização (420) ser computado a partir de uma medida de repolarização e de uma frequência cardíaca do paciente.
13. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de a transformação de tempo-frequência compreender uma transformada de wavelet contínua e o mapa de tempo-frequência (408) compreender um escalograma.
14. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de os mapas de tempo-frequência (408) serem mapas de valor absoluto.
15. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de compreender determinar um problema cardíaco com base em uma comparação de pelo menos um índice de repolarização (420) contra um limiar, e comunicar o problema cardíaco a um usuário.
16. Sistema de teste cardíaco, caracterizado pelo fato de compreender: uma interface de eletrodo (106) configurada para receber um ou mais sinais de eletrocardiograma via um ou mais respectivos eletrodos (102) conectáveis à interface de eletrodo (106); e uma instalação de processamento (104) comunicativamente acoplada à interface de eletrodo (106) e configurada para: gerar, a partir de um ou mais sinais de eletrocardiograma, um ou mais eletrocardiogramas para uma ou mais respectivas derivações; converter um ou mais eletrocardiogramas (402) pela transformação de tempo-frequência em um ou mais respectivos mapas de tempo-frequência bidimensionais (404); identificar, dentro de um ou mais eletrocardiogramas (402), um ou mais pontos no tempo associados com uma onda T (208); determinar, para pelo menos um de um ou mais mapas de tempo-frequência (408), uma ou mais medidas de repolarização correspondendo aos extremos do respectivo mapa de tempo- frequência (408) em um ou mais pontos no tempo associados com a onda T (208); e emitir pelo menos um índice de repolarização (420) com base em uma ou mais medidas de repolarização.
17. Sistema, de acordo com a reivindicação 16, caracterizado pelo fato de a interface de eletrodo (106) e a instalação de processamento (104) serem integradas em um único dispositivo de teste cardíaco.
18. Meios legíveis por computador, caracterizados pelo fato de armazenar instruções para processar um ou mais eletrocardiogramas (402) associados com um ou mais respectivas derivações, as instruções, quando executadas por um ou mais processadores de computador, fazendo com que um ou mais processadores de computador: convertam um ou mais eletrocardiogramas (402) pela transformação de tempo-frequência em um ou mais respectivos mapas de tempo-frequência bidimensionais (404); identifiquem, dentro de um ou mais eletrocardiogramas (402), um ou mais pontos no tempo associados com uma onda T (208); determinem, para pelo menos um de um ou mais mapas de tempo-frequência (408), uma ou mais medidas de repolarização correspondendo aos extremos do respectivo mapa de tempo- frequência em um ou mais pontos no tempo associados com a onda T (208); e emitam pelo menos um índice de repolarização (420) com base em uma ou mais índices de repolarização.
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