BR112016025364B1 - Dispositivo de sincronização para uma transmissão manual, e, método de sincronização para deslocar uma transmissão com um dispositivo de sincronização - Google Patents

Abstract

DISPOSITIVO DE SINCRONIZAÇÃO PARA UMA TRANSMISSÃO MANUAL, E, MÉTODO DE SINCRONIZAÇÃO PARA DESLOCAR UM A TRANSMISSÃO COM UM DISPOSITIVO DE SINCRONIZAÇÃO. Um dispositivo de sincronização para uma transmissão manual tem uma manga deslizante (112) que inclui um conjunto de dentes interno com uma pluralidade de dentes de manga deslizante (118), e um corpo de embreagem de uma roda dentada, que tem um conjunto de dentes externo com uma pluralidade de dentes de corpo de embreagem (120) aos quais o conjunto de dentes interno da manga deslizante (112) pode se encaixar. É provida uma unidade de sincronização que pode bloquear um movimento axial da manga deslizante (112), em que os dentes de corpo de embreagem (120) são formados sem chanfro de deslizamento em sua extremidade de dente axial (130) próxima aos dentes de manga deslizante (118). Durante a operação de deslocamento, as velocidades da manga deslizante (112) e do corpo de embreagem são adaptadas. Há o desenvolvimento de uma força axial (F) da manga deslizante em relação ao corpo de embreagem e uma diferença de velocidade entre a manga deslizante (112) e o corpo de embreagem é gerada, de modo que as faces de extremidade (136, 134) dos dentes de manga deslizante (118) e dos dentes de corpo de embreagem (120) deslizem uma ao longo (...).

Description

[001] Esta invenção se refere a um dispositivo de sincronização e um método de sincronização para uma transmissão manual.

[002] Sincronizadores de travas para transmissões manuais, normalmente, são providos de uma geometria de trava para travar a manga deslizante, contanto que exista um diferencial de velocidade entre a manga deslizante e o corpo de embreagem da roda dentada para ser deslocada. Para facilitar o deslizamento da manga deslizante ao conjunto de dentes da embreagem do corpo de embreagem, uma geometria de deslizamento é normalmente provida, que, em geral, é realizado ao apontar ambos os dentes de manga deslizante e os dentes de corpo de embreagem.

[003] Nas transmissões manuais automáticas modernas, em particular, em transmissões de embreagem dupla, são envidados esforços para reduzir o comprimento axial geral.

[004] Portanto, é o objetivo da invenção criar um dispositivo de sincronização para uma transmissão manual, que tem um comprimento axial geral bem pequeno.

[005] De acordo com a invenção, isso é alcançado com um dispositivo de sincronização para uma transmissão manual, que inclui uma manga deslizante que tem um conjunto de dentes interno com uma pluralidade de dentes de manga deslizante, e que tem um corpo de embreagem de uma roda dentada que tem um conjunto de dentes externo com uma pluralidade de dentes de corpo de embreagem ao qual o conjunto de dentes interno da manga deslizante pode se encaixar. Também é provida uma unidade de sincronização que pode bloquear um movimento axial da manga deslizante, em que os dentes de corpo de embreagem são formados sem chanfro de deslizamento em sua extremidade axial próxima aos dentes de manga deslizante. De acordo com a invenção, a geometria de sinalização e de deslizamento, com isso, é omitida completamente, pelo menos no conjunto de dentes do corpo de embreagem. O comprimento axial geral, de outra forma, a ser utilizado para a geometria de deslizamento com suas superfícies inclinadas e o apontamento da extremidade de dentes, com isso, é economizado.

[006] A extremidade de dente dos dentes de corpo de embreagem, por exemplo, pode ser formada aproximadamente cubóide.

[007] Em particular, as faces de extremidade dos dentes de corpo de embreagem podem se estender de maneira substancialmente plana e vertical à direção axial.

[008] É possível arredondar ou chanfrar minimamente os cantos e bordas da extremidade de dentes para aumentar a resistência a desgaste, mas não a uma medida em que teriam de ter uma função convencional, como auxílio de deslizamento.

[009] Chanfros de deslizamento conhecidos que são utilizados como auxílio de deslizamento são formados com um ângulo relativamente pequeno à direção axial, a fim de alcançar a melhor conversão possível de uma força axial a um movimento circunferencial. No caso de uma formação simétrica dos chanfros de deslizamento, ângulos de cerca de 30 a 60° são principalmente utilizados, enquanto em modelo assimétrico, ângulos menores que 30° também são utilizados. Chanfros de deslizamento, em vista superior, principalmente também se estendem por uma ampla parte da face de extremidade de um dente, geralmente, por cerca de 30 a 50% da superfície.

[0010] Ao contrário disso, as faces de extremidade dos dentes de embreagem, de acordo com a invenção, preferencialmente, são formados planos por pelo menos 60% de sua superfície ou, possivelmente, levemente curvas, com um ângulo de mais que cerca de 60° em relação à direção axial.

[0011] Preferencialmente, as extremidades de dentes dos dentes de manga deslizante também são formadas as mais planas possível e sem superfícies inclinadas que servem como auxílio de deslizamento. Por exemplo, uma extremidade de dente de cada um dos dentes de manga deslizante pode ter uma face de extremidade que se estende de maneira substancialmente plana e vertical à direção axial. A face de extremidade, por exemplo, eleva-se a pelo menos 50% da área de seção transversal do dente de manga deslizante, conforme visto na direção axial. Também, neste caso, de fato, é possível que se arredonde ou chanfre levemente as bordas e cantos, por exemplo, para ir contra ao desgaste, mas não devem ser providos auxílios de deslizamento.

[0012] Com isso, é possível formar os dentes de corpo de embreagem e os dentes de manga deslizante sem auxílios de deslizamento, em particular, sem chanfros de deslizamento e apontamentos. Os dentes de manga deslizante e os dentes de corpo de embreagem podem ser formados como garras.

[0013] Em princípio, as extremidades de dente dos dentes de manga deslizante e dentes de corpo de embreagem podem ser formadas na forma de uma embreagem dentada. Embreagens dentadas, atualmente, não são utilizadas em transmissões manuais de veículos de passeio, uma vez que a diferença de velocidade presente no deslocamento leva a problemas de ruído e choques durante alteração de carga. De acordo com a invenção, este problema pode ser eliminado ao prover a unidade de sincronização que bloqueia o movimento axial da manga deslizante, até ter ocorrido uma adaptação de velocidade.

[0014] Para o objetivo de sincronização, pelo menos alguns dos dentes de manga deslizante em um lado da extremidade de dente têm preferencialmente uma superfície de bloqueio chanfrada, que procede da face de extremidade. Em uma realização preferida, cada dente de manga deslizante tem exatamente uma superfície de bloqueio, em que a superfície de bloqueio de cada um é formada somente em um lado do dente de manga deslizante.

[0015] A unidade de sincronização pode compreender um anel sincronizador que tem um conjunto de dentes externo com dentes de anel sincronizador, cuja disposição é ajustada à disposição das superfícies de bloqueio. Durante a sincronização, as superfícies de bloqueio dos dentes de manga deslizante se encontram com os dentes de anel sincronizador durante o deslocamento axial da manga deslizante, esses dentes de anel sincronizador bloqueiam um movimento axial adicional da manga deslizante, até uma adaptação de velocidade ser alcançada. Pelo deslocamento das superfícies de bloqueio nas superfícies inclinadas dos dentes de anel sincronizador, o anel sincronizador pode ser, então, atrasado e a manga deslizante pode ser deslizada ao corpo de embreagem.

[0016] Preferencialmente, as superfícies de bloqueio nos dentes de manga deslizante adjacentes são formadas em diferentes lados do dente de manga deslizante. Isso resulta em uma geometria na qual, nas extremidades do dente, em cada segunda rota de deslizamento formada entre dois dentes de manga deslizante, as paredes do dente que formam a rota de deslizamento se estendem substancialmente na direção axial. Na rota de deslizamento respectivamente adjacente, os lados das extremidades de dente dos dentes de manga deslizante que se voltam um para o outro têm uma superfície de bloqueio chanfrada, essas superfícies de bloqueio são inclinadas uma em relação à outra e, durante uma troca de marcha para cima ou para baixo, entram em contato com os dentes de anel sincronizador.

[0017] A largura da rota de deslizamento, vantajosamente, é ajustada à largura das extremidades de dente dos dentes de corpo de embreagem, de modo que possa ser recebida entre os dentes de manga deslizante sem folga, o máximo possível. O recebimento sem folga inicia diretamente no deslizamento dos dentes de corpo de embreagem entre os dentes de manga deslizante.

[0018] Em uma realização possível, a face de extremidade dos dentes de corpo de embreagem serve como trava de extremidade do movimento de deslocamento e entra em contato com rebordos formados nos dentes de manga deslizante, a fim de limitar a via de deslocamento da manga deslizante.

[0019] Os rebordos, por exemplo, podem ser formados em lado opostos de dois dentes de manga deslizante, em particular, cada um no lado do dente de manga deslizante oposto à superfície de bloqueio. Os rebordos são colocados distantes da face de extremidade dos dentes de manga deslizante, pela via de deslizamento máximo desejada, conforme visto na direção axial.

[0020] Preferencialmente, todos os dentes de corpo de embreagem são, cada um, formados com o mesmo comprimento na direção axial. Em particular, todos os dentes de corpo de embreagem podem ser formados idênticos.

[0021] De maneira alternativa ou adicional, todos os dentes de manga deslizante também podem ser formados com o mesmo comprimento na direção axial.

[0022] Em uma realização adicional possível, as extremidades de dente de alguns dentes de manga deslizante são formadas com uma face de extremidade que, na direção axial, protrai-se além de uma face de extremidade dos dentes de manga deslizante intermediários. As extremidades de dentes que se protraem servem como garras de agarre que simplificam o deslizamento da manga deslizante. As faces de extremidade que se protraem na direção axial são, preferencialmente, alinhadas de maneira substancialmente vertical à direção axial.

[0023] De acordo com outra realização possível, as faces de extremidade dos dentes de corpo de embreagem são alinhadas, inclinadas em um ângulo de cerca de 80 a 89° em relação à direção axial.

[0024] É possível formar a unidade de sincronização, de modo que o bloqueio do movimento axial da manga deslizante seja eliminado mediante a extrapolação de uma força máxima predeterminada. Nessa formação, ao contrário das unidades de sincronização conhecidas de maneira convencional, um acoplamento controlado por força da manga deslizante ao corpo de embreagem se torna possível, mesmo se a adaptação da velocidade pela unidade de sincronização ainda não tiver sido encerrada. Mediante a extrapolação da força máxima, o anel sincronizador, por exemplo, pode ser deslocado em relação a uma ação de mola, a fim de permitir um movimento adicional da manga deslizante na direção axial.

[0025] Também é o objetivo da invenção otimizar uma operação de deslocamento por meio de um dispositivo de sincronização, conforme descrito acima.

[0026] De acordo com a invenção, isso é alcançado em que uma velocidade da manga deslizante e uma velocidade do corpo de embreagem são adaptadas, uma força axial da manga deslizante em relação ao corpo de embreagem é desenvolvida, uma diferença de velocidade entre a manga deslizante e o corpo de embreagem é gerada, de modo que as faces de extremidade dos dentes de manga deslizante e dos dentes de corpo de embreagem deslizem uma ao longo da outra e os dentes de manga deslizante sejam deslizados entre os dentes de corpo de embreagem.

[0027] Uma pequena diferença de velocidade entre a manga deslizante e o corpo de embreagem, por exemplo, pode ser gerada ao desbloquear após a sincronização e/ou por um torque de resistência existente, antes que os dentes se encontrem.

[0028] Inicialmente, a velocidade, com isso, é adaptada entre a manga deslizante e o corpo de embreagem por uma sincronização. Ao aplicar a força axial, uma tentativa de deslizamento é vantajosamente feita de maneira direta. Entretanto, quando as faces de extremidade dos dentes de manga deslizante não estiverem em lacunas dos dentes de corpo de embreagem, o deslizamento é impedido pelas faces de extremidade planas que se encontram. Neste caso, o desenvolvimento de uma pequena diferença de velocidade é permitido ou ativamente promovido, o que realiza uma rotação relativa dos dentes de manga deslizante ao longo dos dentes de corpo de embreagem. Dessa forma, o alinhamento adequado permite facilmente o deslizamento dos dentes de manga deslizante aos dentes de corpo de embreagem, sem desenvolvimento significativo de ruído. A desvantagem de uma operação de deslocamento com uma embreagem dentada pura é eliminada pela sincronização e a adaptação de velocidade.

[0029] A diferença de velocidade, por exemplo, pode ser gerada ao utilizar um torque de resistência da transmissão ou da embreagem, uma relaxação da unidade de tração ou, também, em particular, por um acionamento ativo de uma embreagem. Uma leve diferença de velocidade já é suficiente, uma vez que deve realizar meramente uma rotação relativa substancialmente pela largura de um dente de um dente de manga deslizante ou dente de corpo de embreagem, até ser possível o deslizamento de sucesso.

[0030] A operação de deslizamento pode ser monitorada por uma unidade de controle que, no caso de um deslizamento sem sucesso, tenta incitar uma tentativa de deslizamento adicional após um intervalo de tempo predeterminado. A unidade de controle também pode monitorar e/ou controlar a força axial aplicada, de modo a não impedir, por exemplo, o desenvolvimento de uma velocidade rotacional relativa entre a manga deslizante e o corpo de embreagem pelas faces de extremidade dos dentes de manga deslizante e dentes de corpo de embreagem que são bastante pressionados uns em relação aos outros.

[0031] A invenção será descrita em detalhes por meio de diversas realizações exemplares e com referência aos desenhos anexos, nos quais:

[0032] A Figura 1 apresenta uma vista em seção esquemática de um dispositivo de sincronização convencional de uma transmissão manual;

[0033] A Figura 2 apresenta uma vista em perspectiva esquemática de um dispositivo de sincronização convencional;

[0034] A Figura 3 apresenta uma vista em seção esquemática de um dispositivo de sincronização convencional de uma transmissão manual;

[0035] As Figuras 4 a 7 apresentam a representação esquemática de uma operação de deslizamento em um dispositivo de sincronização, de acordo com a invenção;

[0036] A Figura 8 apresenta uma representação esquemática do dispositivo de sincronização das Figuras 4 a 7;

[0037] A Figura 9 apresenta uma representação esquemática de um dispositivo de sincronização, de acordo com a invenção, em uma segunda realização na condição completamente deslizada;

[0038] A Figura 10 apresenta uma representação esquemática de um dispositivo de sincronização, de acordo com a invenção, em uma terceira realização, antes da sincronização;

[0039] A Figura 11 apresenta uma representação esquemática de um dispositivo de sincronização, de acordo com a invenção, em uma quarta realização, antes da sincronização;

[0040] A Figura 12 apresenta uma representação esquemática de um dispositivo de sincronização, de acordo com a invenção, em uma quinta realização, antes da sincronização;

[0041] A Figura 13 apresenta uma representação esquemática de um dispositivo de sincronização, de acordo com a invenção, em uma sexta realização, antes da sincronização.

[0042] As Figuras 1 a 3 apresentam um dispositivo de sincronização conhecido 10 de uma transmissão manual, compreendendo uma manga deslizante 12 deslocável na direção axial A, que gira de maneira não rotativa com um eixo não ilustrado, e um corpo de embreagem 16 conectado de maneira firme a uma roda dentada 14. A roda dentada 14 é montada no eixo como engrenagem intermediária e é conectada de maneira não rotativa ao dito eixo por meio da manga deslizante 12.

[0043] A manga deslizante 12 tem um conjunto de dentes interno com dentes de manga deslizante 18, enquanto o corpo de embreagem 16 tem um conjunto de dentes externo com dentes de corpo de embreagem 20.

[0044] Para a realização de uma sincronização de velocidade e uma operação de deslizamento subsequente, na qual os dentes de manga deslizante 18 são deslizados aos espaços entre os dentes de corpo de embreagem 20, uma unidade de sincronização é provida, que, em uma maneira conhecida, inclui um anel sincronizador 22 com um conjunto de dentes externo com dentes de anel sincronizador 24. Uma mola de esfera carregada na direção radial serve como unidade de pré- sincronização 26.

[0045] O modo de operação desse dispositivo de sincronização 10, por exemplo, de acordo com o sistema Borg- Warner, é bem conhecido. No início do movimento axial da manga deslizante 12, a unidade de pré-sincronização 26 exerce uma força no anel sincronizador 22 na direção axial A, em que o anel sincronizador 22 entra em contato com uma superfície de fricção no corpo de embreagem 16 e o anel sincronizador 22, portanto, é deslocado na direção circunferencial no caso de uma diferença de velocidade. Os dentes de trava do anel sincronizador 22 e da manga deslizante 12, com isso, são posicionados uns em relação aos outros na direção circunferencial, de modo que os dentes sejam bloqueados para a adaptação das velocidades que ocorre subsequentemente. Durante a adaptação das velocidades na operação de sincronização, os dentes de anel sincronizador 24 bloqueiam a manga deslizante 12, de modo que o deslizamento dos dentes de manga deslizante 18 entre os dentes de corpo de embreagem 20 seja impedido. Somente quando as velocidades forem adaptadas, o anel sincronizador 22 pode ser atrasado e prover deslizamento ao conjunto de dentes do corpo de embreagem.

[0046] As Figuras 4 a 8 apresentam um dispositivo de sincronização 100, de acordo com uma primeira realização.

[0047] A Figura 4 apresenta a condição antes do início da operação de deslocamento. As extremidades de dente 128 dos dentes 118 da manga deslizante 112 são espaçadas dos dentes de anel sincronizador 124 e das extremidades de dente 130 dos dentes de corpo de embreagem 120.

[0048] Como no dispositivo de sincronização convencional 10, a manga deslizante 112 gira com o eixo, enquanto a roda dentada à qual o corpo de embreagem é afixado, gira de maneira frouxa com ele. A esfera da unidade de pré-sincronização 126 se encaixa a uma ranhura 132 no interior da manga deslizante 112, conforme é indicado na Figura 2 na área direita inferior.

[0049] De acordo com a invenção, as faces de extremidade 134 de todos os dentes de corpo de embreagem 120 são formadas substancialmente planas e se estendem de maneira vertical à direção axial A. Com isso, não é provido chanfro de deslizamento, isto é, apontamento ou chanfro como auxílio de deslizamento. As faces de extremidade 134 podem ser formadas completamente planas ou, por exemplo, serem levemente arredondadas de maneira radial ao exterior ou serem como coroa, em que as bordas e cantos laterais podem ser arredondados ou chanfrados dentro das tolerâncias de fabricação, por exemplo, com um raio de 0,5 mm. Todos os dentes de corpo de embreagem 120, aqui, têm o mesmo comprimento e, de modo geral, podem ser de forma idêntica.

[0050] As faces de extremidade 136 de todos os dentes de manga deslizante 118, da mesma forma, são formadas substancialmente planas e se estendem de maneira vertical à direção axial A. Em uma vista superior da extremidade de dente 128, a face de extremidade 136, aqui, cobre cerca da metade da área de seção transversal verticalmente à direção axial A.

[0051] A face de extremidade 136 como a face de extremidade 134 dos dentes de corpo de embreagem 120 também pode ser formada completamente plana ou levemente arredondada de maneira radial ao exterior ou em coroa, em que, aqui, também os cantos e bordas podem ser formados levemente chanfrados ou arredondados.

[0052] Nesta realização, todos os dentes de manga deslizante 118 têm o mesmo comprimento.

[0053] Em um lado, cada um dos dentes de manga deslizante 118 é formado, uma superfície de bloqueio chanfrada 138 é formada, que procede da face de extremidade 136. A face de extremidade 136, entretanto, cobre pelo menos 50% da área total da área de seção transversal do dente de manga deslizante 118.

[0054] As superfícies de bloqueio 138 são, cada uma, formadas nos lados dos dentes de manga deslizante 118 voltando-se uma para a outra. Dessa forma, uma rota de deslizamento 140, de maneira alternativa, é formada entre dois dentes de manga deslizante adjacentes 118 nas extremidades de dente 128, ou duas superfícies de bloqueio 138 direcionadas uma para outra são providas nas extremidades de dente 128.

[0055] A largura d da rota de deslizamento 140, isto é, a distância das faces laterais dos dentes de manga deslizante 118 na região da extremidade de dente 128, é ajustada ao diâmetro da face de extremidade 134 dos dentes de corpo de embreagem 120 e, aqui, é escolhido somente um pouco maior que eles, de modo que, na condição deslizada (vide Figuras 5 e 6), exista a menor folga possível entre os dentes de corpo de embreagem 120 e os dentes de manga deslizante adjacentes 118.

[0056] Na condição apresentada na Figura 4, a via de deslocamento S0 abrangida pela manga deslizante 112 ainda é igual a 0. Quando a manga deslizante 112 for deslocada na direção para o corpo de embreagem por uma força axial F na direção axial A, a unidade de pré-sincronização 126 age no anel sincronizador 122 e o pressiona à superfície de fricção do corpo de embreagem 116. O anel sincronizador 122, com isso, é posicionado em sua posição de bloqueio. Os dentes de manga deslizante 118 se pressionam aos dentes de anel sincronizador 124, e a adaptação de velocidade é realizada. Quando as velocidades forem adaptadas, um avanço axial adicional da manga deslizante 112 na direção do corpo de embreagem 116 é possível. Os dentes de manga deslizante 118 deslizam juntos nos espaços entre os dentes de anel sincronizador 124. Este movimento é suportado pelas superfícies inclinadas 142 em ambos os lados dos dentes de anel sincronizador 124, que entram em contato com as superfícies de bloqueio 138 nos dentes de manga deslizante 118 e podem deslizar ao longo dela, a fim de orientar os dentes de anel sincronizador 124 aos espaços entre os dentes de manga deslizante 118.

[0057] Esta condição é apresentada na Figura 5. A manga deslizante 112 cobriu uma primeira via de deslocamento S1. A ranhura 132 na manga deslizante 112 deslizou sobre a esfera da unidade de pré-sincronização 126 (cada um apresentado na parte inferior das Figuras 4 a 7).

[0058] No exemplo apresentado, as faces de extremidade 134, 136 do corpo de embreagem e da manga deslizante 112 se encontram diretamente, de modo que o deslizamento dos dentes de corpo de embreagem 120 às rotas de deslizamento 140 entre os dentes de manga deslizante 118 não seja possível.

[0059] Neste caso, uma pequena diferença de velocidade entre o corpo de embreagem e a manga deslizante 112 deve ser novamente gerada. A diferença de velocidade pode ser mínima, uma vez que deve ser meramente produzida uma compensação na direção circunferencial, o que garante que as faces de extremidade 134 dos dentes de corpo de embreagem 120 se encontrem com as rotas de deslizamento 140 entre os dentes de manga deslizante 118.

[0060] A diferença de velocidade pode ser obtida, por exemplo, ao simplesmente aguardar por um intervalo de tempo predeterminado, em que, por exemplo, o torque de resistência da transmissão ou uma relaxação do acionamento possa ser utilizado, que, na fase de vôo livre, gera necessariamente uma diferença de velocidade quando o contato entre o anel sincronizador e a superfície de fricção do corpo de embreagem for eliminado. De fato, também é possível acionar seletivamente uma embreagem ou prover um controlador que gera a diferença de velocidade (não apresentada).

[0061] Quando a posição desejada for atingida, conforme é apresentado na Figura 6, a manga deslizante 112 pode ser impulsionada ao corpo de embreagem 116 pela aplicação adicional da força axial F, em que os dentes de manga deslizante 118 são deslizados entre os dentes de corpo de embreagem 120 e as faces de extremidade 134 dos dentes de corpo de embreagem 120 ficam entre os dentes de manga deslizante 118. Esse deslizamento é realizado em uma via de deslocamento da manga deslizante S2.

[0062] A condição completamente deslizada é apresentada na Figura 7, quando a via de deslocamento máximo SM tiver sido abrangida. Os dentes de corpo de embreagem 120, agora, estão em sua profundidade de inserção máxima entre os dentes de manga deslizante 118.

[0063] A Figura 9 apresenta uma segunda realização de um dispositivo de sincronização 200, no qual, em cada dente de manga deslizante 218 no lado que volta ao contrário da superfície de bloqueio 138, é formado um rebordo 244, que serve como superfície superior para a face de extremidade 234 dos dentes de corpo de embreagem 220 com a via de deslocamento máximo SM. Neste exemplo, cada segundo dente de corpo de embreagem 220 entra em contato com dois rebordos 244 que o suporta nos lados opostos. A configuração restante é idêntica à da primeira realização.

[0064] Os números de referência para os componentes já conhecidos em princípio, das realizações anteriores, são, cada um, aumentados em 100. Isso também se aplica às realizações adicionais descritas a seguir.

[0065] A Figura 10 apresenta uma terceira realização de um dispositivo de sincronização 300. Ao contrário da primeira realização, as extremidades de dente 328 de cada segundo dente de manga deslizante 318 da manga deslizante 312 são formadas com uma face de extremidade 336’ sobre cerca da metade de sua seção transversal, que, na direção axial A, protrai-se além da face de extremidade 136” dos dentes de manga deslizante intermediários 318 em poucos milímetros. A face de extremidade 336’, aqui, se estende substancialmente de maneira vertical à direção axial A.

[0066] Dessa forma, a parte de protrusão do dente de manga deslizante 318 forma uma garra de agarre que simplifica o deslizamento entre os dentes de corpo de embreagem 320 do corpo de embreagem 316.

[0067] As superfícies de bloqueio 338 nos dentes de manga deslizante 318 com as faces de extremidade de protrusão 136’ começam na mesma altura axial que as superfícies de bloqueio 338 nos dentes de manga deslizante restantes 318.

[0068] O corpo de embreagem 316 e o anel sincronizador 322 são formados idênticos à primeira realização.

[0069] A Figura 11 apresenta uma quarta realização de um dispositivo de sincronização 400. A face de extremidade 434 de cada um dos dentes de corpo de embreagem 420, aqui, é formada plana, mas alinhada, inclinada em um ângulo α de cerca de 80 a 89° em relação à direção axial A. O ângulo α, em particular, é entre 84 e 89°. No exemplo apresentado, todas as faces de extremidade 434 estão inclinadas na mesma direção em relação à direção circunferencial.

[0070] A manga deslizante 412 e o anel sincronizador 422, aqui, são formados como na primeira realização.

[0071] A Figura 12 apresenta uma quinta realização de um dispositivo de sincronização 500. Aqui, as faces de extremidade 534 de todos os dentes de corpo de embreagem 520 são projetadas levemente em coroa, de modo que seu contorno externo seja arredondado e a face de extremidade 534 se estenda pelo menos seccionalmente curva. As curvaturas, entretanto, permanecem em um ângulo de 60° em relação à direção axial A e não servem como auxílio de deslizamento, mas meramente reduzem desgaste.

[0072] As extremidades de dentes 528 dos dentes de manga deslizante 518, aqui, cada uma, têm uma superfície inclinada 546 no lado que volta ao contrário da superfície de bloqueio 538, que se estende em um ângulo menor à direção axial que a superfície de bloqueio 538. Entre a superfície de bloqueio 538 e a superfície inclinada 546, uma face de extremidade 536 alinhada verticalmente à direção axial A é provida.

[0073] A Figura 13 apresenta uma sexta realização de um dispositivo de sincronização 600, no qual os dentes de manga deslizante 618 são formados pontiagudos. As superfícies inclinadas 646 juntam diretamente as superfícies de bloqueio 638. Neste exemplo, o ângulo de inclinação das superfícies inclinadas 646 é escolhido aproximadamente tão amplo quanto as superfícies de bloqueio 638.

[0074] As superfícies inclinadas 646, aqui, da mesma forma, servem como superfícies de bloqueio para o anel sincronizador 622, em que ele é provido de duas vezes o número de dentes de anel sincronizador 624 como na primeira realização.

[0075] As extremidades de dente 630 dos dentes de corpo de embreagem 620, aqui, são formadas como na primeira realização.

[0076] Os aspectos das realizações individuais descritas podem ser combinados livremente entre si ou podem ser trocados entre si à critério do técnico no assunto.

[0077] Nos dispositivos de sincronização descritos 100 a 600, a função de bloqueio é separada da função de deslizamento. Para fins de bloqueio, conforme é conhecido de maneira convencional, as superfícies de bloqueio 138 entre os dentes de manga deslizante 118 a 618 e os dentes de anel sincronizador 124 são utilizadas. Entretanto, uma geometria de deslizamento com um apontamento dos dentes de manga deslizante 118 a 418 é amplamente omitida, e um apontamento dos dentes de corpo de embreagem 120 a 620 no corpo de embreagem 116 a 616 é omitido completamente, e ambos os dentes de corpo de embreagem 120 a 620 e os dentes de manga deslizante 118 a 518 podem ser projetados substancialmente como garras.

[0078] No caso de uma sobreposição, que, conforme comparado a um dispositivo de sincronização convencional 10, permanece a mesma na condição deslocada, o espaço de instalação axial, portanto, pode ser reduzido em cerca de 2 mm. Em layouts de transmissão típicos, isso provê uma redução do comprimento de transmissão total de até 8 mm.

[0079] A via de deslocamento SM da manga deslizante 112 a 612 também é reduzida pelo espaço de instalação axial economizado devido ao apontamento. De maneira alternativa, uma sobreposição maior dos conjuntos de dentes da manga deslizante 112 a 612 e corpo de embreagem 116 a 616 poderia ser alcançada dessa forma com o espaço de instalação axial permanecendo o mesmo.

Claims (16)

1. DISPOSITIVO DE SINCRONIZAÇÃO PARA UMA TRANSMISSÃO MANUAL, caracterizado por compreender uma manga deslizante (112 - 612) que inclui um conjunto de dentes interno com uma pluralidade de dentes de manga deslizante (118 - 618), e um corpo de embreagem de uma roda dentada, que tem um conjunto de dentes externo com uma pluralidade de dentes de corpo de embreagem (120 - 620) aos quais o conjunto de dentes interno da manga deslizante (112 - 612) pode se encaixar, e uma unidade de sincronização que pode bloquear um movimento axial da manga deslizante (112 - 612), em que os dentes de corpo de embreagem (120 - 620) são formados sem chanfro de deslizamento em sua extremidade de dente axial (130 - 630) próxima aos dentes de manga deslizante (118 - 618), em que uma extremidade do dente (128 - 528) de cada um dos dentes de manga deslizante (118 - 518) tem uma face de extremidade (136 - 536) que se estende de maneira substancialmente plana e vertical para a direção axial (A) e que em um lado na extremidade do dente (128 - 628) pelo menos alguns dos dentes de manga deslizante (118 - 618) têm uma superfície de bloqueio chanfrada (138 - 638) que procede da face de extremidade (136 - 636) e em que a unidade de sincronização compreende um anel sincronizador (122 - 622) que tem um dente externo com dentes de anel sincronizador (124 - 624) cuja disposição é ajustada para a disposição das superfícies de bloqueio (138 - 638).

2. DISPOSITIVO DE SINCRONIZAÇÃO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelos dentes de manga deslizante (118 - 518) e os dentes de corpo de embreagem (120 - 620) serem formados como garras.

3. DISPOSITIVO DE SINCRONIZAÇÃO, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelos dentes de manga deslizante (118 - 518) ter uma face de extremidade (136 - 536) que se estende de maneira substancialmente plana e vertical para a direção axial (A), em que a face de extremidade (136 - 536) eleva-se a pelo menos 50% da área de seção transversal do dente de manga deslizante (118 - 518).

4. DISPOSITIVO DE SINCRONIZAÇÃO, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado por, exatamente em um lado, na extremidade de dente (128 - 628), pelo menos alguns dos dentes de manga deslizante (118 - 618) terem uma superfície de bloqueio chanfrada (138 - 638) que procede da face de extremidade (136 - 636).

5. DISPOSITIVO DE SINCRONIZAÇÃO, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelas superfícies de bloqueio (138 - 638) nos dentes de manga deslizante adjacentes (118 - 618) serem formadas em diferentes lados do dente de manga deslizante (118 - 618).

6. DISPOSITIVO DE SINCRONIZAÇÃO, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelos dentes de manga deslizante (218) terem um rebordo (244) no lado oposto à superfície de bloqueio (238).

7. DISPOSITIVO DE SINCRONIZAÇÃO, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pela face de extremidade (234) dos dentes de corpo de embreagem (220) servir como trava de extremidade do movimento de deslocamento e entrar em contato com os rebordos (244) formados no conjunto de dentes de manga deslizante.

8. DISPOSITIVO DE SINCRONIZAÇÃO, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pela unidade de sincronização ser formada de modo que o bloqueio do movimento axial da manga deslizante (112 - 612) seja eliminado, mediante a extrapolação de uma força máxima predeterminada.

9. DISPOSITIVO DE SINCRONIZAÇÃO, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado por todos os dentes de corpo de embreagem (120 - 620) serem formados idênticos.

10. DISPOSITIVO DE SINCRONIZAÇÃO, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado por todos os dentes de corpo de embreagem (120 - 620) terem o mesmo comprimento na direção axial (A).

11. DISPOSITIVO DE SINCRONIZAÇÃO, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado por todos os dentes de manga deslizante (118; 218; 418; 518; 618) terem o mesmo comprimento na direção axial (A).

12. DISPOSITIVO DE SINCRONIZAÇÃO, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pela extremidade de dentes (328) de alguns dentes de manga deslizante (318) ser formada com uma face de extremidade (336’) que, na direção axial (A), protrai-se além de uma face de extremidade (136”) dos dentes de manga deslizante intermediários (318).

13. DISPOSITIVO DE SINCRONIZAÇÃO, de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado pelas faces de extremidade (434) dos dentes de corpo de embreagem (420) serem alinhadas, inclinadas em um ângulo (α) de cerca de 80 a 89° em relação à direção axial (A).

14. MÉTODO DE SINCRONIZAÇÃO PARA DESLOCAR UMA TRANSMISSÃO COM UM DISPOSITIVO DE SINCRONIZAÇÃO, conforme definido em qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado por compreender as etapas de: - adaptação da velocidade da manga deslizante (112 - 618) e do corpo de embreagem (116 - 616), - desenvolvimento de uma força axial (F) da manga deslizante em relação ao corpo de embreagem (116 - 616), - geração de uma diferença de velocidade entre a manga deslizante (112 - 612) e o corpo de embreagem (116 - 616), de modo que as faces de extremidade (136 - 636, 134 - 634) dos dentes de manga deslizante (118 - 618) e dos dentes de corpo de embreagem (120 - 620) deslizem uma ao longo da outra, e - deslizamento dos dentes de manga deslizante (118 - 618) entre os dentes de corpo de embreagem (120 - 620).

15. MÉTODO DE SINCRONIZAÇÃO, de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pela diferença de velocidade ser gerada pela utilização de um torque de resistência da transmissão, um torque de resistência de uma embreagem, uma relaxação da unidade de tração ou um acionamento específico de uma embreagem.

16. MÉTODO DE SINCRONIZAÇÃO, de acordo com a reivindicação 14 ou 15, caracterizado pela operação de deslizamento ser monitorada por uma unidade de controle que, no caso de um deslizamento sem sucesso, tenta estimular uma tentativa de deslizamento adicional após um intervalo de tempo predeterminado.