BR112016003441B1 - Anticorpo isolado ou fragmento de ligação de antígeno do mesmo, conjugado de droga para anticorpo, usos dos mesmos, e, composição farmacêutica - Google Patents

Anticorpo isolado ou fragmento de ligação de antígeno do mesmo, conjugado de droga para anticorpo, usos dos mesmos, e, composição farmacêutica Download PDF

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Abstract

ANTICORPO ISOLADO OU FRAGMENTO DE LIGAÇÃO DE ANTÍGENO DO MESMO, CONJUGADO DE DROGA PARA ANTICORPO, USO DOS MESMOS E, COMPOSIÇÃO FARMACÊUTICA. A presente descrição provê anticorpos que se ligam ao receptor de prolactina (PRLR), e métodos para usar os mesmos. De acordo com certas modalidades, os anticorpos da descrição se ligam ao PRLR de humano com alta afinidade. Em certas modalidades, a descrição inclui anticorpos que se ligam ao PRLR e bloqueiam sinalização celular mediada por prolactina. Em outras modalidades, a descrição inclui anticorpos que se ligam ao PRLR, mas não bloqueiam sinalização celular mediada por prolactina. Os anticorpos da descrição podem ser anticorpos totalmente humanos. A descrição inclui anticorpos anti-PRLR conjugados com um agente citotóxico, radionuclídeo, ou outra fração detrimental para crescimento ou proliferação celular. Os anticorpos da descrição são úteis para o tratamento de vários cânceres bem como outros distúrbios relacionados ao PRLR. A presente descrição também inclui conjugados de droga para anticorpo compreendendo um anticorpo ou fragmento de ligação de antígeno do mesmo que se liga especificamente a um receptor de citocina classe I, em que o anticorpo ou fragmento de ligação de antígeno do mesmo é conjugado com um agente citotóxico.

Description

CAMPO DA INVENÇÃO
[001] A presente invenção se refere a anticorpos, e fragmentos de ligação de antígeno dos mesmos, que se ligam especificamente ao receptor de prolactina (PRLR), bem como conjugados de droga para anticorpo compreendendo tais anticorpos, e métodos de uso dos mesmos.
FUNDAMENTOS DA INVENÇÃO
[002] Prolactina é um hormônio do crescimento de polipeptídeo que exerce sua atividade interagindo com o receptor de prolactina (PRLR). PRLR é um único receptor transmembrana que pertence à superfamília do receptor de citocina classe 1. A ligação de prolactina a PRLR leva a dimerização do receptor e sinalização intracelular. Sinalização através de PRLR é associada com vários processos tais como desenvolvimento da glândula mamária, lactação, reprodução e imunomodulação. Além disso, altos níveis de expressão de PRLR foram detectados em tumor da mama, próstata e outros tipos de tumor.
[003] Bloqueio da sinalização do PRLR foi sugerido como um meio para tratar câncer de mama e próstata. (Vide, por exemplo, Damiano and Wasserman, Apr. 2013, Clin. Cancer Res. 19(7):1644-1650). Anticorpos anti- PRLR são mencionados, por exemplo, nas Patentes US Nos. 7.867.493 e 7.422.899. No entanto, existe uma necessidade na técnica de antagonistas de PRLR inéditos, tais como anticorpos anti-PRLR, para o tratamento de câncer e outros distúrbios associados com expressão e/ou sinalização de PRLR.
BREVE SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[004] A presente invenção provê anticorpos e fragmentos de ligação de antígeno dos mesmos que ligam receptor de prolactina humana (PRLR). Os anticorpos da invenção são úteis, entre outros, para alvejar células tumorais que expressam PRLR. Os anticorpos anti-PRLR da invenção, e porções de ligação de antígeno dos mesmos, podem ser usados sozinhos em forma não modificada, ou podem ser incluídos como parte de um conjugado de droga para anticorpo ou um anticorpo biespecífico.
[005] Os anticorpos da invenção podem ser de comprimento total (por exemplo, um anticorpo IgG1 ou IgG4) ou podem compreender somente uma porção de ligação de antígeno (por exemplo, um fragmento Fab, F(ab’)2 ou scFv), e podem ser modificados para afetar funcionalidade, por exemplo, eliminar funções efetoras residuais (Reddy et al., 2000, J. Immunol. 164:1925-1933).
[006] Anticorpos anti-PRLR exemplares da presente invenção são listados nas tabelas 1 e 2 aqui. Tabela 1 apresenta os identificadores de sequência de aminoácidos das regiões variáveis de cadeia pesada (HCVRs), regiões variáveis de cadeia leve (LCVRs), regiões determinantes de complementariedade de cadeia pesada (HCDR1, HCDR2 e HCDR3), e regiões determinantes de complementariedade de cadeia leve (LCDR1, LCDR2 e LCDR3) dos anticorpos anti-PRLR exemplares. Tabela 2 apresenta os identificadores de sequência de ácido nucleico das HCVRs, LCVRs, HCDR1, HCDR2 HCDR3, LCDR1, LCDR2 e LCDR3 dos anticorpos anti- PRLR exemplares.
[007] A presente invenção provê anticorpos ou fragmentos de ligação de antígeno dos mesmos que ligam especificamente P L, compreendendo uma HCVR compreendendo uma sequência de aminoácidos selecionada de qualquer das sequências de aminoácidos da HCVR listadas na Tabela 1, ou uma sequência substancialmente similar das mesmas tendo pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 98% ou pelo menos 99% de identidade de sequência com as mesmas.
[008] A presente invenção também provê anticorpos ou fragmentos de ligação de antígeno dos mesmos que se ligam especificamente a PRLR, compreendendo uma LCVR compreendendo uma sequência de aminoácidos selecionada de qualquer das sequências de aminoácidos da LCVR listadas na Tabela 1, ou uma sequência substancialmente similar dos mesmos tendo pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 98% ou pelo menos 99% de identidade de sequência com as mesmas.
[009] A presente invenção também provê anticorpos ou fragmentos de ligação de antígeno dos mesmos que se ligam especificamente a PRLR, compreendendo um par de sequências de aminoácidos da HCVR e LCVR (HCVR/LCVR) compreendendo qualquer das sequências de aminoácidos da HCVR listadas na Tabela 1 pareadas com qualquer das sequências de aminoácidos da LCVR listadas na Tabela 1. De acordo com certas modalidades, a presente invenção provê anticorpos, ou fragmentos de ligação de antígeno dos mesmos, compreendendo um par de sequências de aminoácidos da HCVR/LCVR contido em qualquer dos anticorpos anti-PRLR exemplares listados na Tabela 1. Em certas modalidades, o par de sequências de aminoácidos da HCVR/LCVR é selecionado do grupo que consiste em: 18/26, 66/74, 274/282, 290/298 e 370/378.
[0010] A presente invenção também provê anticorpos ou fragmentos de ligação de antígeno dos mesmos que se ligam especificamente a PRLR, compreendendo uma CDR1 de cadeia pesada (HCDR1) compreendendo uma sequência de aminoácidos selecionada de qualquer das sequências de aminoácidos da HCDR1 listadas na Tabela 1 ou uma sequência substancialmente similar das mesmas tendo pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 98% ou pelo menos 99% de identidade de sequência.
[0011] A presente invenção também provê anticorpos ou fragmentos de ligação de antígeno dos mesmos que se ligam especificamente a PRLR, compreendendo uma CDR2 de cadeia pesada (HCDR2) compreendendo uma sequência de aminoácidos selecionada de qualquer das sequências de aminoácidos da HCDR2 listadas na Tabela 1 ou uma sequência substancialmente similar das mesmas tendo pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 98% ou pelo menos 99% de identidade de sequência.
[0012] A presente invenção também provê anticorpos ou fragmentos de ligação de antígeno dos mesmos que se ligam especificamente a PRLR, compreendendo uma CDR3 de cadeia pesada (HCDR3) compreendendo uma sequência de aminoácidos selecionada de qualquer das sequências de aminoácidos da HCDR3 listadas na Tabela 1 ou uma sequência substancialmente similar das mesmas tendo pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 98% ou pelo menos 99% de identidade de sequência.
[0013] A presente invenção também provê anticorpos ou fragmentos de ligação de antígeno dos mesmos que se ligam especificamente a PRLR, compreendendo uma CDR1 de cadeia leve (LCDR1) compreendendo uma sequência de aminoácidos selecionada de qualquer das sequências de aminoácidos de LCDR1 listadas na Tabela 1 ou uma sequência substancialmente similar das mesmas tendo pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 98% ou pelo menos 99% de identidade de sequência.
[0014] A presente invenção também provê anticorpos ou fragmentos de ligação de antígeno dos mesmos que se ligam especificamente a PRLR, compreendendo uma CDR2 de cadeia leve (LCDR2) compreendendo uma sequência de aminoácidos selecionada de qualquer das sequências de aminoácidos da LCDR2 listadas na Tabela 1 ou uma sequência substancialmente similar das mesmas tendo pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 98% ou pelo menos 99% de identidade de sequência.
[0015] A presente invenção também provê anticorpos ou fragmentos de ligação de antígeno dos mesmos que se ligam especificamente a PRLR, compreendendo uma CDR3 de cadeia leve (LCDR3) compreendendo uma sequência de aminoácidos selecionada de qualquer das sequências de aminoácidos da LCDR3 listadas na Tabela 1 ou uma sequência substancialmente similar das mesmas tendo pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 98% ou pelo menos 99% de identidade de sequência.
[0016] A presente invenção também provê anticorpos ou fragmentos de ligação de antígeno dos mesmos que se ligam especificamente a PRLR, compreendendo um par de sequências de aminoácidos de HCDR3 e LCDR3 (HCDR3/LCDR3) compreendendo qualquer das sequências de aminoácidos da HCDR3 listadas na Tabela 1 pareada com qualquer das sequências de aminoácidos da LCDR3 listadas na Tabela 1. De acordo com certas modalidades, a presente invenção provê anticorpos, ou fragmentos de ligação de antígeno dos mesmos, compreendendo um par de sequências de aminoácidos da HCDR3/LCDR3 contido em qualquer dos anticorpos anti- PRLR exemplares listados na Tabela 1. Em certas modalidades, o par de sequências de aminoácidos da HCDR3/LCDR3 é selecionado do grupo que consiste em: 24/32, 72/80, 280/288, 296/304 e 376/384.
[0017] A presente invenção também provê anticorpos ou fragmentos de ligação de antígeno dos mesmos que se ligam especificamente a PRLR, compreendendo um conjunto de seis CDRs (isto é, HCDR1 -HCDR2- HCDR3-LCDR1-LCDR2-LCDR3) contidas em qualquer dos anticorpos anti- PRLR exemplares listados na Tabela 1. Em certas modalidades, o conjunto de sequências de aminoácidos da HCDR1 -HCDR2-HCDR3-LCDR1-LCDR2- LCDR3 é selecionado do grupo que consiste em: 20-22-24-28-30-32, 68-7072-76-78-80, 276-278-280-284-286-288, 292-294-296-300-302-304 e 372374-376-380-382-384.
[0018] Em uma modalidade relacionada, a presente invenção provê anticorpos, ou fragmentos de ligação de antígeno dos mesmos que se ligam especificamente a PRLR, compreendendo um conjunto de seis CDRs (isto é, HCDR1 -HCDR2-HCDR3-LCDR1 -LCDR2-LCDR3) contido em um par de sequências de aminoácidos da HCVR/LCVR como definido por qualquer dos anticorpos anti-PRLR exemplares listados na Tabela 1. Por exemplo, a presente invenção inclui anticorpos ou fragmentos de ligação de antígeno dos mesmos que se ligam especificamente a PRLR, compreendendo o conjunto de sequências de aminoácidos da HCDR1-HCDR2-HCDR3-LCDR1 -LCDR2- LCDR3 contido em um par de sequências de aminoácidos da HCVR/LCVR selecionado do grupo que consiste em: 18/26, 66/74, 274/282, 290/298 e 370/378. Métodos e técnicas para identificar CDRs nas sequências de aminoácidos da HCVR e LCVR são bem conhecidos na técnica e podem ser usados para identificar CDRs nas sequências de aminoácidos da HCVR e/ou LCVR especificadas descritas aqui. Conversões exemplares que podem ser usadas para identificar os limites das CDRs incluem, por exemplo, a definição de Kabat, a definição de Chothia e a definição de AbM. Em termos gerais, a definição de Kabat é baseada na variabilidade da sequência, a definição de Chothia é baseada na localização das regiões de laço estrutural, e a definição de AbM é um compromisso entre as abordagens de Kabat e Chothia. Vide, por exemplo, Kabat, "Sequences of Proteins of Immunological Interest," National Institutes of Health, Bethesda, Md. (1991); Al-Lazikani et al., J. Mol. Biol. 273:927-948 (1997); and Martin et al., Proc. Natl. Acad. Sci. USA 86:9268-9272 (1989). Bases de dados públicas são também disponíveis para identificar sequências de CDR em um anticorpo.
[0019] A presente invenção também provê moléculas do ácido nucleico que codificam anticorpos anti-PRLR ou porções dos mesmos. Por exemplo, a presente invenção provê moléculas do ácido nucleico que codificam qualquer das sequências de aminoácidos da HCVR listadas na Tabela 1; em certas modalidades, a molécula de ácido nucleico compreende uma sequência de polinucleotídeos selecionada de qualquer das sequências de ácido nucleico da HCVR listadas na Tabela 2, ou uma sequência substancialmente similar das mesmas tendo pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 98% ou pelo menos 99% de identidade de sequência com as mesmas.
[0020] A presente invenção também provê moléculas do ácido nucleico que codificam qualquer das sequências de aminoácidos da LCVR listadas na Tabela 1; em certas modalidades, a molécula de ácido nucleico compreende uma sequência de polinucleotídeos selecionada de qualquer das sequências de ácido nucleico da LCVR listadas na Tabela 2, ou uma sequência substancialmente similar das mesmas tendo pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 98% ou pelo menos 99% de identidade de sequência com as mesmas.
[0021] A presente invenção também provê moléculas do ácido nucleico que codificam qualquer das sequências de aminoácidos da HCDR1 listadas na Tabela 1; em certas modalidades, a molécula de ácido nucleico compreende uma sequência de polinucleotídeos selecionada de qualquer das sequências de ácido nucleico da HCDR1 listadas na Tabela 2, ou uma sequência substancialmente similar das mesmas tendo pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 98% ou pelo menos 99% de identidade de sequência com as mesmas.
[0022] A presente invenção também provê moléculas do ácido nucleico que codificam qualquer das sequências de aminoácidos da HCDR2 listadas na Tabela 1; em certas modalidades, a molécula de ácido nucleico compreende uma sequência de polinucleotídeos selecionada de qualquer das sequências de ácido nucleico da HCDR2 listadas na Tabela 2, ou uma sequência substancialmente similar das mesmas tendo pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 98% ou pelo menos 99% de identidade de sequência com as mesmas.
[0023] A presente invenção também provê moléculas do ácido nucleico que codificam qualquer das sequências de aminoácidos da HCDR3 listadas na Tabela 1; em certas modalidades, a molécula de ácido nucleico compreende uma sequência de polinucleotídeos selecionada de qualquer das sequências de ácido nucleico da HCDR3 listadas na Tabela 2, ou uma sequência substancialmente similar das mesmas tendo pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 98% ou pelo menos 99% de identidade de sequência com as mesmas.
[0024] A presente invenção também provê moléculas do ácido nucleico que codificam qualquer das sequências de aminoácidos da LCDR1 listadas na Tabela 1; em certas modalidades, a molécula de ácido nucleico compreende uma sequência de polinucleotídeos selecionada de qualquer das sequências de ácido nucleico da LCDR1 listadas na Tabela 2, ou uma sequência substancialmente similar das mesmas tendo pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 98% ou pelo menos 99% de identidade de sequência com as mesmas.
[0025] A presente invenção também provê moléculas do ácido nucleico que codificam qualquer das sequências de aminoácidos da LCDR2 listadas na Tabela 1; em certas modalidades, a molécula de ácido nucleico compreende uma sequência de polinucleotídeos selecionada de qualquer das sequências de ácido da LCDR2 listadas na Tabela 2, ou uma sequência substancialmente similar das mesmas tendo pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 98% ou pelo menos 99% de identidade de sequência com as mesmas.
[0026] A presente invenção também provê moléculas do ácido nucleico que codificam qualquer das sequências de aminoácidos da LCDR3 listadas na Tabela 1; em certas modalidades a molécula de ácido nucleico compreende uma sequência de polinucleotídeos selecionada de qualquer das sequências de ácido nucleico da LCDR3 listadas na Tabela 2, ou uma sequência substancialmente similar das mesmas tendo pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 98% ou pelo menos 99% de identidade de sequência com as mesmas.
[0027] A presente invenção também provê moléculas do ácido nucleico que codificam uma HCVR, em que a HCVR compreende um conjunto de três CDRs (isto é, HCDR1 -HCDR2-HCDR3), em que o conjunto de sequência de aminoácidos HCDR1 -HCDR2-HCDR3 é como definido por qualquer dos anticorpos anti-PRLR exemplares listados na Tabela 1
[0028] A presente invenção também provê moléculas do ácido nucleico que codificam uma LCVR, em que o LCVR compreende um conjunto de três CDRs (isto é, LCDR1-LCDR2-LCDR3), em que o LCDR1- LCDR2-LCDR3 conjunto de sequência de aminoácidos é como definido por qualquer dos anticorpos anti-PRLR exemplares listados na Tabela 1.
[0029] A presente invenção também provê moléculas do ácido nucleico que codificam tanto uma HCVR quanto uma LCVR, em que a HCVR compreende uma sequência de aminoácidos de qualquer das sequências de aminoácidos da HCVR listadas na Tabela 1, e em que a LCVR compreende uma sequência de aminoácidos de qualquer das sequências de aminoácidos da LCVR listadas na Tabela 1. Em certas modalidades, a molécula de ácido nucleico compreende uma sequência de polinucleotídeos selecionada de qualquer das sequências de ácido nucleico da HCVR listadas na Tabela 2, ou uma sequência substancialmente similar das mesmas tendo pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 98% ou pelo menos 99% de identidade de sequência com as mesmas, e uma sequência de polinucleotídeos selecionada de qualquer das sequências de ácido nucleico da LCVR listadas na Tabela 2, ou uma sequência substancialmente similar das mesmas tendo pelo menos 90%, pelo menos 95%, pelo menos 98% ou pelo menos 99% de identidade de sequência com as mesmas. Em certas modalidades de acordo com este aspecto da invenção, a molécula de ácido nucleico codifica uma HCVR e LCVR, em que a HCVR e LCVR são ambas derivadas do mesmo anticorpo anti-PRLR listado na Tabela 1.
[0030] A presente invenção também provê vetores de expressão recombinantes capazes de expressar um polipeptídeo compreendendo uma região variável de cadeia pesada ou leve de um anticorpo anti-PRLR. Por exemplo, a presente invenção inclui vetores de expressão recombinantes compreendendo qualquer das moléculas do ácido nucleico mencionadas anteriormente, isto é, moléculas do ácido nucleico que codificam qualquer das sequências de HCVR, LCVR, e/ou CDR apresentadas na Tabela 1. Também incluídos no escopo da presente invenção são células hospedeiras nas quais tais vetores foram introduzidos, bem como métodos de produzir os anticorpos ou porções dos mesmos cultivando as células hospedeiras em condições que permitem produção dos anticorpos ou fragmentos de anticorpo, e recuperando os anticorpos e fragmentos de anticorpo assim produzidos.
[0031] A presente invenção inclui anticorpos anti-PRLR com um padrão de glicosilação modificado. Em algumas modalidades, modificação para remover sítios de glicosilação indesejáveis pode ser útil, ou um anticorpo que não tem uma fração de fucose presente na cadeia de oligossacarídeo, por exemplo, para aumentar função de citotoxicidade celular dependente de anticorpo (ADCC) (vide Shield et al. (2002) JBC 277:26733). Em outras aplicações, modificação de galactosilação pode ser feita a fim de modificar citotoxicidade dependente de complemento (CDC).
[0032] Em um outro aspecto, a invenção provê uma composição farmacêutica compreendendo um anticorpo de humano recombinante ou fragmento do mesmo que se liga especificamente a PRLR e um carreador farmaceuticamente aceitável. Em um aspecto relacionado, a invenção caracteriza uma composição que é uma combinação de um anticorpo anti- PRLR e um segundo agente terapêutico. Em uma modalidade, o segundo agente terapêutico é qualquer agente que é vantajosamente combinado com um anticorpo anti-PRLR. A presente invenção também provê conjugados de droga para anticorpo (ADCs) compreendendo um anticorpo anti-PRLR conjugado com um agente citotóxico. Terapias de combinação exemplares, coformulações, e ADCs envolvendo os anticorpos anti-PRLR da presente invenção são descritas em qualquer lugar aqui.
[0033] Ainda em um outro aspecto, a invenção provê métodos terapêuticos para eliminar células tumorais ou para inibir ou tumoral crescimento de atenuar célula usando um anticorpo anti-PRLR ou porção de ligação de antígeno de um anticorpo da invenção. Os métodos terapêuticos de acordo com este aspecto da invenção compreendem administrar uma quantidade terapeuticamente efetiva de uma composição farmacêutica compreendendo um anticorpo ou fragmento de ligação de antígeno de um anticorpo da invenção em um indivíduo que precisa do mesmo. O distúrbio tratado é qualquer doença ou condição que é melhorada, atenuada, inibida ou prevenida alvejando PRLR e/ou inibindo sinalização celular mediada por prolactina através de PRLR.
[0034] Outras modalidades ficarão aparentes a partir de uma revisão da descrição detalhada a seguir.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[0035] Antes que a presente invenção seja descrita, deve-se entender que esta invenção não está limitada a métodos e condições experimentais particulares descritos, já que tais métodos e condições podem variar. Deve-se também entender que a terminologia usada aqui é com o propósito exclusivo de descrever modalidades particulares, e não visa ser limitante, uma vez que o escopo da presente invenção será limitado somente pelas reivindicações anexas.
[0036] A menos que de outra forma definido, todos os termos técnicos e científicos usados aqui têm o mesmo significado comumente entendido pelos versados na técnica aos quais esta invenção pertence. Conforme usado aqui, a expressão "cerca de”, quando usada em referência a um valor numérico particular citado, significa que o valor pode variar em relação ao valor citado em não mais que 1 %. Por exemplo, da maneira aqui usada, a expressão "cerca de 100" inclui 99 e 101 e todos os valores intermediários (por exemplo, 99,1, 99,2, 99,3, 99,4, etc.).
[0037] Embora qualquer dos métodos e materiais similares ou equivalentes a esta descrito aqui possam ser usados na prática ou teste da presente invenção, os métodos e materiais preferidos são agora descritos.
Definições
[0038] A expressão receptor de prolactina, "PRLR”, e similares, conforme usado aqui, se refere ao receptor de prolactina humana, compreendendo a sequência de aminoácidos apresentada na SEQ ID NO:404. O termo "PRLR" inclui moléculas do PRLR tanto monoméricas quanto multiméricas. Da maneira aqui usada, a expressão "PRLR de humano monomérico” significa uma proteína do PRLR ou porção da mesma que não contém ou possui nenhum domínio de multimerização e que existe em condições normais como uma única molécula de PRLR sem uma conexão física direta em uma outra molécula de PRLR. Uma molécula de PRLR monomérica exemplar é a molécula referida aqui como ”hPRLR.mmh" compreendendo a sequência de aminoácidos de SEQ ID NO:401 (vide, por exemplo, Exemplo 3, aqui). Da maneira aqui usada, a expressão ”PRLR de humano dimérico” significa um construto compreendendo duas moléculas do PRLR conectadas uma na outra através de um ligante, ligação covalente, ligação não covalente, ou através de um domínio de multimerização tal como um domínio Fc do anticorpo. Uma molécula de PRLR dimérica exemplar é a molécula referida aqui como ”hPRLR.mFc" compreendendo a sequência de aminoácidos da SEQ ID NO:402 (vide, por exemplo, Exemplo 3, aqui).
[0039] Todas as referências a proteínas, polipeptídeos e fragmentos de proteína aqui visam referir-se à versão humana da respectiva proteína, polipeptídeo ou fragmento de proteína, a menos que explicitamente especificado como sendo de uma espécie não humana. Assim, a expressão ”PRLR" significa PRLR de humano, a menos que especificado como sendo de uma espécie não humana, por exemplo, ”PRLR de camundongo”, ”PRLR de macaco”, etc.
[0040] Da maneira aqui usada, a expressão ”PRLR expresso na superfície celular" significa uma ou mais proteínas do PRLR, ou o domínio extracelular do mesmo, que são expressas na superfície de uma célula in vitro ou in vivo, de maneira tal que pelo menos uma porção de uma proteína do PRLR é exposta no lado extracelular da membrana celular e é acessível a uma porção de ligação de antígeno de um anticorpo. Um ”PRLR expresso na superfície celular" pode compreender ou consistir em uma proteína do PRLR expressa na superfície de uma célula que normalmente expressa proteína do PRLR. Alternativamente, ”PRLR expresso na superfície celular" pode compreender ou consistir em proteína do PRLR expressa na superfície de uma célula que normalmente não expressa PRLR de humano na sua superfície, mas que foi artificialmente modificada para expressar PRLR em sua superfície.
[0041] Da maneira aqui usada, a expressão ”anticorpo anti-PRLR" inclui tanto anticorpos monovalentes com um uma única especificidade, bem como anticorpos biespecíficos compreendendo um primeiro braço que se liga a PRLR e um segundo braço que se liga a um segundo antígeno (alvo), em que o braço anti-PRLR compreende qualquer das sequências deHCVR/LCVR ou CDR apresentadas na Tabela 1 aqui. A expressão ”anticorpo anti-PRLR" também inclui conjugados de droga para anticorpo (ADCs) compreendendo um anticorpo anti-PRLR ou porção de ligação de antígeno do mesmo conjugado com uma droga ou toxina (isto é, agente citotóxico). A expressão ”anticorpo anti-PRLR" também inclui conjugados anticorpo-radionuclídeo (ARCs) compreendendo um anticorpo anti-PRLR ou porção de ligação de antígeno do mesmo conjugado com um radionuclídeo.
[0042] O termo ”anticorpo", conforme usado aqui, significa qualquer molécula de ligação de antígeno ou complexo molecular compreendendo pelo menos uma região determinante de complementariedade (CDR) que se liga especificamente a em um antígeno particular ou interage com ele (por exemplo, PRLR). O termo ”anticorpo" inclui moléculas de imunoglobulina compreendendo quatro cadeias de polipeptídeo, duas cadeias pesadas (H) e duas cadeias leves (L) interconectadas por ligações de dissulfeto, bem como multímeros das mesmas (por exemplo, IgM). Cada cadeia pesada compreende uma região variável de cadeia pesada (abreviada aqui como HCVR ou VH) e uma região constante de cadeia pesada. A região constante de cadeia pesada compreende três domínios, CH1, CH2 e CH3. Cada cadeia leve compreende uma região variável de cadeia leve (abreviada aqui como LCVR ou VL) e uma região constante de cadeia leve. A região constante de cadeia leve compreende um domínio (CL1). As regiões do VH e VL podem ser adicionalmente subdivididas em regiões de hipervariabilidade, denominadas regiões determinantes de complementariedade (CDRs), intercaladas com regiões que são mais conservadas, denominadas regiões de estrutura (FR). Cada VH e VL é composta de três CDRs e quatro FRs, arranjadas do terminal amino até o terminal carbóxi na seguinte ordem: FR1, CDR1, FR2, CDR2, FR3, CDR3, FR4. Em diferentes modalidades da invenção, as FRs do anticorpo anti-PRLR (ou porção de ligação de antígeno do mesmo) podem ser idênticas às sequências da linha germinal humana, ou podem ser natural ou artificialmente modificadas. Uma sequência de consenso de aminoácidos pode ser definida baseado em uma análise lado a lado de duas ou mais CDRs.
[0043] O termo ”anticorpo", conforme usado aqui, também inclui fragmentos de ligação de antígeno de moléculas de anticorpo total. A expressão ”porção de ligação de antígeno" de um anticorpo, ”fragmento de ligação de antígeno" de um anticorpo, e similares, conforme usado aqui, incluem qualquer polipeptídeo ou glicoproteína de ocorrência natural, enzimaticamente obtenível, sintético, ou geneticamente modificado que se liga especificamente a um antígeno para formar um complexo. Fragmentos de ligação de antígeno de um anticorpo podem ser derivados, por exemplo, das moléculas de anticorpo total usando qualquer das técnicas padrões adequadas tal como digestão proteolítica ou técnicas de modificação genética recombinantes envolvendo a manipulação e expressão de DNA que codifica domínios variáveis e opcionalmente constantes de anticorpo. Tal DNA é conhecido e/ou é facilmente disponível, por exemplo, de fontes comerciais, bibliotecas de DNA (incluindo, por exemplo, bibliotecas de fago-anticorpo), ou pode ser sintetizado. O DNA pode ser sequenciado e manipulado quimicamente ou usando técnicas de biologia molecular, por exemplo, para arranjar um ou mais domínios variáveis e/ou constantes em uma configuração adequada, ou para introduzir códons, criar resíduos de cisteína, modificar, adicionar ou deletar aminoácidos, etc.
[0044] Exemplos não limitantes de fragmentos de ligação de antígeno incluem: (i) fragmentos Fab; (ii) fragmentos F(ab')2; (iii) fragmentos Fd; (iv) fragmentos Fv; (v) moléculas de Fv de cadeia única (scFv); (vi) fragmentos dAb; e (vii) unidades de reconhecimento mínimo que consistem nos resíduos de aminoácido que mimetizam a região hipervariável de um anticorpo (por exemplo, uma região determinante de complementariedade isolada (CDR) tal como um peptídeo da CDR3), ou um peptídeo da FR3-CDR3-FR4 restringido. Outras moléculas modificadas, tais como anticorpos específicos do domínio, anticorpos de único domínio, anticorpos de domínio deletado, anticorpos quiméricos, anticorpos enxertados na CDR, diacorpos, triacorpos, tetracorpos, minicorpos, nanocorpos (por exemplo, nanocorpos monovalentes, nanocorpos bivalentes, etc.), imunofarmacêuticos modulares pequenos (SMI Ps), e domínios IgNAR variável de tubarão, são também englobados na expressão ”fragmento de ligação de antígeno”, da maneira aqui usada.
[0045] Um fragmento de ligação de antígeno de um anticorpo tipicamente compreenderá pelo menos um domínio variável. O domínio variável pode ser de qualquer tamanho ou composição de aminoácido e geralmente compreenderá pelo menos uma CDR que é adjacente a ou posição correta de leitura com um ou mais sequências da estrutura. Em fragmentos de ligação de antígeno com um domínio VH associado com um domínio VL, os domínios VH e VL podem ser situados com relação um ao outro em qualquer arranjo adequado. Por exemplo, a região variável pode ser dimérica e conter dímeros de VH-VH, VH-VL ou VL-VL. Alternativamente, o fragmento de ligação de antígeno de um anticorpo pode conter um domínio VH ou VL monomérico.
[0046] Em certas modalidades, um fragmento de ligação de antígeno de um anticorpo pode conter pelo menos um domínio variável covalentemente ligado em pelo menos um domínio constante. Configurações exemplares não limitantes de domínios variáveis e constantes que podem ser encontradas em um fragmento de ligação de antígeno de um anticorpo da presente invenção incluem: (i) VH-CH1; (ii) VH-CH2; (iii) VH-CH3; (iv) VH-CH1 -Ch2; (V) VH- CH1 -Ch2-CH3; (vi) VH-CH2-CH3; (vii) VH-CL; (viii) VL-CH1; (ix) VL-CH2; (x) VL-CH3; (xi) VL-CH1 -CH2; (xii) VL-CH1 -Ch2-CH3; (xiii) VL-CH2-CH3; e (xiv) VL-CL. Em qualquer configuração de domínios variáveis e constantes, incluindo qualquer das configurações exemplares listadas anteriormente, os domínios variáveis e constantes podem ser tanto diretamente ligados um no outro quanto podem ser ligados por uma região da dobradiça total ou parcial ou ligantea. Uma região da dobradiça pode consistir em pelo menos 2 (por exemplo, 5, 10, 15, 20, 40, 60 ou mais) aminoácidos que resultam em uma ligação flexível ou semiflexível entre domínios variáveis e/ou constantes adjacentes em uma única molécula de polipeptídeo. Além disso, um fragmento de ligação de antígeno de um anticorpo da presente invenção pode compreender um homodímero ou heterodímero (ou outro multímero) de qualquer das configurações de domínio variável e constante listadas anteriormente em associação não covalente um com o outro e/ou com um ou mais domínio VH ou VL monoméricos (por exemplo, por ligação(s) de dissulfeto).
[0047] Como com moléculas de anticorpo total, fragmentos de ligação de antígeno podem ser monoespecíficos ou multiespecíficos (por exemplo, biespecíficos). Um fragmento de ligação de antígeno multiespecífico de um anticorpo tipicamente compreenderá pelo menos dois diferentes domínios variáveis, em que cada domínio variável é capaz de se ligar especificamente em um antígeno separado ou em um diferente epítopo no mesmo antígeno. Qualquer formato de anticorpo multiespecífico, incluindo os formatos de anticorpo biespecífico exemplares descritos aqui, pode ser adaptado para uso no contexto de um fragmento de ligação de antígeno de um anticorpo da presente invenção usando técnicas de rotina disponíveis na técnica.
[0048] Os anticorpos da presente invenção podem funcionar através de citotoxicidade dependente do complemento (CDC) ou citotoxicidade mediada por célula dependente do anticorpo (ADCC). ”Citotoxicidade dependente do complemento" (CDC) se refere a lise das células de expressão de antígeno por um anticorpo da invenção na presença de complemento. ”Citotoxicidade mediada por célula dependente de anticorpo" (ADCC) se refere a uma reação mediada por célula na qual células citotóxicas não específicas que expressam receptores de Fc (FcRs) (por exemplo, células eliminadoras naturais (NK), neutrófilos e macrófagos) reconhecem anticorpo ligado em uma célula alvo e, por meio disso, levam a lise da célula alvo. CDC e ADCC podem ser medidas usando ensaios que são bem conhecidos e disponíveis na técnica. (Vide, por exemplo, Patentes U.S. Nos 5.500.362 e 5.821.337, e Clynes et al. (1998) Proc. Natl. Acad. Sci. (USA) 95:652-656). A região constante de um anticorpo é importante quanto a capacidade de um anticorpo fixar complemento e mediar citotoxicidade dependente da célula. Assim, o isotipo de um anticorpo pode ser selecionado com base em se é desejável que o anticorpo medie citotoxicidade.
[0049] Em certas modalidades da invenção, os anticorpos anti-PRLR da invenção são anticorpos humano. A expressão ”anticorpo de humano", da maneira aqui usada, deve incluir anticorpos com regiões variáveis e constantes derivadas das sequências de imunoglobulina da linha germinal de humano. Os anticorpos humanos da invenção podem incluir resíduos de aminoácido não codificados por sequências de imunoglobulina da linha germinal de humano (por exemplo, mutações introduzidas por mutagênese aleatória ou específica do sítio in vitro ou por mutação somática in vivo), por exemplo, em as CDRs e em particular CDR3. Entretanto, a expressão ”anticorpo de humano", da maneira aqui usada, não visa incluir anticorpos nos quais as sequências de CDR derivadas da linha germinal de uma outra espécie de mamífero, tal como um camundongo, foram enxertados nas sequências da estrutura de humano.
[0050] Os anticorpos da invenção podem, em algumas modalidades, ser anticorpo de humano recombinantes. A expressão ”anticorpo de humano recombinante", da maneira aqui usada, deve incluir todos os anticorpos humanos que são preparados, expressos, criados ou isolados por dispositivo recombinante, tais como anticorpos expressos usando um vetor de expressão recombinante transfectado em uma célula hospedeira (descrito adicionalmente a seguir), anticorpos isolados de uma biblioteca de anticorpo de humano combinatorial recombinante (descrito adicionalmente a seguir), anticorpos isolados de um animal (por exemplo, um camundongo) que é transgênico para genes da imunoglobulina de humano (vide, por exemplo, Taylor et al. (1992) Nucl. Acids Res. 20:6287-6295) ou anticorpos preparados, expressos, criados ou isolados por qualquer outro meio que envolve união de sequências genéticas da imunoglobulina de humano com outras sequências de DNA. Tais anticorpos humanos recombinantes têm regiões variáveis e constantes derivadas das sequências de imunoglobulina da linha germinal de humano. Em certas modalidades, entretanto, tais anticorpos humanos recombinantes são submetidos a mutagênese in vitro (ou, quando um animal transgênico para sequências Ig de humano é usado, mutagênese somática in vivo) e assim as sequências de aminoácidos das regiões VH e VL dos anticorpos recombinantes são sequências que, embora derivadas das sequências VH e VL da linha germinal de humano e relacionadas com elas, não pode existir naturalmente no repertório da linha germinal do anticorpo de humano in vivo.
[0051] Anticorpos humanos podem existir em duas formas que são associadas com heterogeneidade dobradiça. Em uma forma, uma molécula de imunoglobulina compreende um construto de quatro cadeias estáveis de aproximadamente 150 a 160 kDa no qual os dímeros são mantidos entre si por uma ligação de dissulfeto de cadeia pesada intercadeia. Em uma segunda forma, os dímeros não são ligados por meio de ligações de dissulfeto intercadeia e uma molécula de cerca de 75 a 80 kDa é formada composta de uma cadeia leve e pesada covalentemente acoplada (meio anticorpo). Essas formas foram extremamente difíceis de separar, mesmo depois de purificação por afinidade.
[0052] A frequência de aparecimento da segunda forma em vários isotipos de IgG intactos é devido a, mas não de limitando a, diferenças estruturais associadas com o isotipo da região dobradiça do anticorpo. Uma única substituição de aminoácido na região de dobradiça da dobradiça de IgG4 de humano pode reduzir significativamente o aparecimento da segunda forma (Angal et al. (1993) Molecular Immunology 30: 105) para níveis tipicamente observados usando uma dobradiça de IgG1 de humano. A presente invenção engloba anticorpos com uma ou mais mutações na dobradiça, região CH2 ou CH3 que pode ser desejável, por exemplo, na produção, para melhorar a produção da forma do anticorpo desejado.
[0053] Os anticorpos da invenção podem ser anticorpos isolados. Um ”anticorpo isolado”, conforme usado aqui, significa um anticorpo que foi identificado e separado e/ou recuperado de pelo menos um componente de seu ambiente natural. Por exemplo, um anticorpo que foi separado ou removido de pelo menos um componente de um organismo, ou de um tecido ou células em que o anticorpo naturalmente existe ou é naturalmente produzido, é um ”anticorpo isolado" com propósito da presente invenção. Um anticorpo isolado também inclui um anticorpo in situ em uma célula recombinante. Anticorpos isolados são anticorpos que foram submetidos a pelo menos uma etapa de purificação ou isolamento. De acordo com certas modalidades, um anticorpo isolado pode ser substancialmente livre de outro material celular e/ou substância química.
[0054] Os anticorpos anti-PRLR descritos aqui podem compreender uma ou mais substituições, inserções e/ou deleções de aminoácido nas regiões de estrutura e/ou CDR dos domínios variáveis de cadeia pesada e leve, comparados com as sequências da linha germinal correspondentes das quais os anticorpos foram derivados. Tais mutações podem ser facilmente determinadas comparando as sequências de aminoácidos descritas aqui com as sequências da linha germinal disponíveis, por exemplo, de bases de dados de sequência de anticorpo públicas. A presente invenção inclui anticorpos, e fragmentos de ligação de antígeno dos mesmos, que são derivados de qualquer das sequências de aminoácidos descritas aqui, em que um ou mais aminoácidos dentro de uma ou mais regiões de estrutura e/ou CDR são mutados em resíduo(s) correspondente(s) da sequência da linha germinal da qual o anticorpo foi derivado, ou em resíduo(s) correspondente(s) de uma outra sequência da linha germinal de humano, ou em uma substituição de aminoácido conservativa do(s) resíduo(s) da linha germinal correspondentes (tais mudanças de sequência são referidas aqui coletivamente como ”mutações da linha germinal"). Versados na técnica, começando com as sequências região variável de cadeia pesada e leve descritas aqui, podem facilmente produzir inúmeros anticorpos e fragmentos de ligação de antígeno que compreendem uma ou mais mutações da linha germinal individuais ou combinações das mesmas. Em certas modalidades, todos os resíduos da estrutura e/ou CDR nos domínios VH e/ou VL são mutadas de volta nos resíduos encontrados na sequência da linha germinal original dos quais o anticorpo foi derivado. Em outras modalidades, somente certos resíduos são mutados de volta na sequência da linha germinal original, por exemplo, somente os resíduos mutados encontrados nos primeiros 8 aminoácidos da FR1 ou nos últimos 8 aminoácidos da FR4, ou somente os resíduos mutados encontrados em CDR1, CDR2 ou CDR3. Em outras modalidades, um ou mais do(s) resíduo(s) da estrutura e/ou CDR são mutado(s) no(s) resíduo(s) correspondente(s) de uma diferente sequência da linha germinal (isto é, uma sequência da linha germinal que é diferente da sequência da linha germinal da qual o anticorpo foi originalmente derivado). Além disso, os anticorpos da presente invenção podem conter qualquer combinação de duas ou mais mutações da linha germinal nas regiões de estrutura e/ou CDR, por exemplo, em que certos resíduos individuais são mutados no resíduo correspondente de uma sequência da linha germinal particular, enquanto certos outros resíduos que diferem da sequência da linha germinal original são mantidos ou são mutados no resíduo correspondente de uma diferente sequência da linha germinal. Uma vez obtidos, anticorpos e fragmentos de ligação de antígeno que contêm uma ou mais mutações da linha germinal podem ser facilmente testados quanto a uma ou mais propriedade desejada, tais como especificidade de ligação melhorada, maior afinidade de ligação, propriedades biológicas antagonísticas ou agonísticas melhoradas ou intensificadas (como pode ser o caso), imunogenicidade reduzida, etc. Anticorpos e fragmentos de ligação de antígeno obtidos desta maneira são englobados na presente invenção.
[0055] A presente invenção também inclui anticorpos anti-PRLR compreendendo variantes de qualquer das sequências de aminoácidos da HCVR, LCVR e/ou CDR descritas aqui tendo uma ou mais substituições conservativas. Por exemplo, a presente invenção inclui anticorpos anti-PRLR com sequências de aminoácidos da HCVR, LCVR e/ou CDR, por exemplo, com 10 ou menos, 8 ou menos, 6 ou menos, 4 ou menos, etc. substituições de aminoácido conservativas com relação a qualquer das sequências de aminoácidos da HCVR, LCVR e/ou CDR apresentadas na Tabela 1 aqui.
[0056] O termo ”epítopo" se refere a um determinante antigênico que interage com um sítio de ligação de antígeno específico na região variável de uma molécula do anticorpo conhecida como um paratopo. Um único antígeno pode ter mais que um epítopo. Assim, diferentes anticorpos podem se ligar a diferentes áreas em um antígeno e podem ter diferentes efeitos biológicos. Epítopos podem ser tanto conformacionais quanto lineares. Um epítopo conformacional é produzido por aminoácidos espacialmente justapostos de diferentes segmentos da cadeia de polipeptídeo linear. Um epítopo linear é um produzido por resíduos de aminoácido adjacentes em uma cadeia de polipeptídeo. Em certas circunstâncias, um epítopo pode incluir frações de sacarídeos, grupos fosforila, ou grupos sulfonila no antígeno.
[0057] A expressão ”identidade substancial" ou” substancialmente idêntico”, quando se refere a um ácido nucleico ou fragmento do mesmo, indica que, quando idealmente alinhado com inserções ou deleções de nucleotídeo apropriadas com um outro ácido nucleico (ou sua fita complementar), existe identidade de sequência de nucleotídeo em pelo menos cerca de 95%, e mais preferivelmente pelo menos cerca de 96%, 97%, 98% ou 99% das bases de nucleotídeo, medida por qualquer algoritmo bem conhecido de identidade de sequência, tais como FASTA, BLAST ou Gap, como discutido a seguir. Uma molécula de ácido nucleico com identidade substancial com uma molécula de referência do ácido nucleico pode, em certos exemplos, codificar um polipeptídeo com a mesma ou sequência ou sequência substancialmente similar de aminoácidos do polipeptídeo codificado pela molécula de ácido nucleico de referência.
[0058] Como aplicado aos polipeptídeos, a expressão ”similaridade substancial" ou ”substancialmente similar" significa que duas sequências de peptídeos, quando idealmente alinhadas, tal como pelos programas GAP ou BESTFIT usando pesos de lacuna padrões, compartilham pelo menos 95% de identidade de sequência, ainda mais preferivelmente pelo menos 98% ou 99% de identidade de sequência. Preferivelmente, posições do resíduo que não são idênticas diferem das substituições de aminoácido conservativas. Uma ”substituição de aminoácido conservativa" é uma na qual um resíduo de aminoácido é substituído por um outro resíduo de aminoácido com uma cadeia lateral (grupo R) com propriedades químicas similares (por exemplo, carga ou hidrofobicidade). Em geral, uma substituição de aminoácido conservativa não mudará substancialmente as propriedades funcionais de uma proteína. Em casos onde duas ou mais sequências de aminoácidos diferem umas das outras por substituições conservativas, a porcentagem de identidade de sequência ou grau de similaridade pode ser ajustada para cima para corrigir a natureza conservativa da substituição. Meios para fazer este ajuste são bem conhecidos pelos versados na técnica. Vide, por exemplo, Pearson (1994) Methods Mol. Biol. 24: 307-331. Exemplos de grupos de aminoácidos que têm cadeias laterais com propriedades químicas similares incluem (1) cadeias laterais alifáticas: glicina, alanina, valina, leucina e isoleucina; (2) cadeias laterais hidroxila alifáticas: serina e treonina; (3) cadeias laterais contendo amida: asparagina e glutamina; (4) cadeias laterais aromáticas: fenilalanina, tirosina, e triptofano; (5) cadeias laterais básicas: lisina, arginina, e histidina; (6) cadeias laterais ácidas: aspartato e glutamato, e (7) cadeias laterais contendo enxofre são cisteína e metionina. Grupos de substituição conservativa de aminoácidos preferidos são: valina-leucina-isoleucina, fenilalanina-tirosina, lisina-arginina, alanina-valina, glutamato-aspartato e asparagina-glutamina. Alternativamente, uma substituição conservativa é qualquer mudança com um valor positivo na matriz de probabilidade log PAM250 descrita em Gonnet et al. (1992) Science 256: 1443-1445. Uma substituição ”moderadamente conservativa" é qualquer mudança com um valor não negativo na matriz de probabilidade log PAM250.
[0059] Similaridade de sequência para polipeptídeos, que é também referida como identidade de sequência, é tipicamente medida usando software de análise de sequência. Software de análise de proteína emparelha sequências similares usando medidas de similaridade atribuídas a várias substituições, deleções e outras modificações, incluindo substituições de aminoácido conservativas. Por exemplo, software de GCG contém programas tais como Gap e Bestfit que podem ser usados com parâmetros padrões para determinar homologia de sequência ou identidade de sequência entre polipeptídeos estritamente relacionados, tais como oligopeptídeos homólogos de diferentes espécies de organismos, ou entre uma proteína tipo selvagem e uma muteína da mesma. Vide, por exemplo, GCG Versão 6.1. Sequências de polipeptídeos também podem ser comparadas usando FASTA usando parâmetros padrões ou recomendados, um programa em GCG Versão 6.1. FASTA (por exemplo, FASTA2 e FASTA3) provê alinhamentos e identidade de sequência percentual das regiões da melhor sobreposição entre as sequências de consulta e pesquisa (Pearson (2000) supra). Um outro algoritmo preferido quando comparando uma sequência da invenção com uma base de dados contendo um grande número de sequências de diferentes organismos é o programa de computador BLAST, especialmente BLASTP ou TBLASTN, usando parâmetros padrões. Vide, por exemplo, Altschul et al. (1990) J. Mol. Biol. 215:403-410 amd Altschul et al. (1997) Nucleic Acids Res. 25:3389-402.
Ligação dependente do pH
[0060] A presente invenção inclui anticorpos anti-PRLR com características de ligação dependente do pH. Por exemplo, um anticorpo anti- PRLR da presente invenção pode exibir menor ligação a PRLR a pH ácido, comparado com pH neutro. Alternativamente, anticorpos anti-PRLR da invenção podem exibir ligação intensificada a PRLR a pH ácido, comparado com pH neutro. A expressão ”pH ácido" inclui valores de pH menores que cerca de 6,2, por exemplo, cerca de 6,0, 5,95, 5,9, 5,85, 5,8, 5,75, 5,7, 5,65, 5,6, 5,55, 5,5, 5,45, 5,4, 5,35, 5,3, 5,25, 5,2, 5,15, 5,1, 5,05, 5,0, ou menores. Da maneira aqui usada, a expressão ”pH neutro" significa um pH de cerca de 7,0 a cerca de 7,4. A expressão ”pH neutro" inclui valores de pH de cerca de 7,0, 7,05, 7,1, 7,15, 7,2, 7,25, 7,3, 7,35 e 7,4.
[0061] Em certos exemplos, ”menor ligação a PRLR a pH ácido comparado com pH neutro" é expresso em termos de uma razão do valor KD da ligação de anticorpo a PRLR a pH ácido para o valor KD da ligação de anticorpo a PRLR a pH neutro (ou vice versa). Por exemplo, um anticorpo ou fragmento de ligação de antígeno do mesmo pode ser considerado exibindo ”menor ligação a PRLR a pH ácido comparado com pH neutro" com propósito da presente invenção se o anticorpo ou fragmento de ligação de antígeno do mesmo exibir uma razão KD ácido/neutro de cerca de 3,0 ou maior. Em certas modalidades exemplares, a razão KD ácido/neutro para um anticorpo ou fragmento de ligação de antígeno da presente invenção pode ser cerca de 3,0, 3,5, 4,0, 4,5, 5,0, 5,5, 6,0, 6,5, 7,0, 7,5, 8,0, 8,5, 9,0, 9,5, 10,0, 10,5, 1 1,0, 11,5, 12,0, 12,5, 13,0, 13,5, 14,0, 14,5, 15,0, 20,0, 25,0, 30,0, 40,0, 50,0, 60,0, 70,0, 100,0 ou maior.
[0062] Anticorpos com características de ligação dependente do pH podem ser obtidos, por exemplo, classificando uma população de anticorpos para ligação reduzida (ou intensificada) a um antígeno particular a pH ácido comparado com pH neutro. Adicionalmente, modificações do domínio de ligação de antígeno ao nível de aminoácido podem produzir anticorpos com características dependentes de pH. Por exemplo, substituindo um ou mais aminoácidos de um domínio de ligação de antígeno (por exemplo, em uma CDR) com um resíduo de histidina, um anticorpo com ligação de antígeno reduzida a pH ácido com relação a pH neutro pode ser obtido.
Anticorpos anti-PRLR Compreendendo Variantes Fc
[0063] De acordo com certas modalidades da presente invenção, são fornecidos anticorpos anti-PRLR compreendendo um domínio Fc compreendendo uma ou mais mutações que intensificam ou diminuem a ligação de anticorpo ao receptor de FcRn, por exemplo, a pH ácido, comparado com pH neutro. Por exemplo, a presente invenção inclui anticorpos anti-PRLR compreendendo uma mutação na CH2 ou em uma na região da CH3 do domínio Fc, em que a(s) mutação(s) aumenta(m) a afinidade do domínio Fc para FcRn em um ambiente ácido (por exemplo, em um endosoma onde o pH varia de cerca de 5,5 a cerca de 6,0). Tais mutações podem resultar em um aumento na meia-vida do soro do anticorpo quando administrado com um animal. Exemplos não limitantes de tais modificações de Fc incluem, por exemplo, uma modificação na posição 250 (por exemplo, E ou Q); 250 e 428 (por exemplo, L ou F); 252 (por exemplo, L/Y/F/W ou T), 254 (por exemplo, S ou T), e 256 (por exemplo, S/R/Q/E/D ou T); ou uma modificação na posição 428 e/ou 433 (por exemplo, H/L/R/S/P/Q ou K) e/ou 434 (por exemplo, H/F ou Y); ou uma modificação na posição 250 e/ou 428; ou uma modificação na posição 307 ou 308 (por exemplo, 308F, V308F), e 434. Em uma modalidade, a modificação compreende uma modificação 428L (por exemplo, M428L) e 434S (por exemplo, N434S); uma modificação 428L, 2591 (por exemplo, V259I), e 308F (por exemplo, V308F); uma modificação 433K (por exemplo, H433K) e um 434 (por exemplo, 434Y); uma modificação 252, 254, e 256 (por exemplo, 252Y, 254T e 256E); uma modificação 250Q e 428L (por exemplo, T250Q e M428L); e uma modificação 307 e/ou 308 (por exemplo, 308F ou 308P).
[0064] Por exemplo, a presente invenção inclui anticorpos anti-PRLR compreendendo um domínio Fc compreendendo um ou mais pares ou grupos de mutações selecionados do grupo que consiste em: 250Q e 248L (por exemplo, T250Q e M248L); 252Y, 254T e 256E (por exemplo, M252Y, S254T e T256E); 428L e 434S (por exemplo, M428L e N434S); e 433K e 434F (por exemplo, H433K e N434F). Todas as possíveis combinações das mutações do domínio Fc anteriores, e outras mutações nos domínios variáveis do anticorpo descritas aqui, são contempladas no escopo da presente invenção.
Características Biológicas dos Anticorpos
[0065] A presente invenção inclui anticorpos e fragmentos de ligação de antígeno dos mesmos que se ligam ao PRLR de humano monomérico com alta afinidade. Por exemplo, a presente invenção inclui anticorpos anti-PRLR que se ligam ao PRLR de humano monomérico (por exemplo, hPRLR.mmh) com uma KD menor que cerca de 4,0 nM, medido por ressonância de plasmon de superfície a 25°C ou 37°C, por exemplo, usando um formato de ensaio como definido no Exemplo 3 aqui, ou um ensaio substancialmente similar. De acordo com certas modalidades, são fornecidos anticorpos anti-PRLR que se ligam ao PRLR de humano monomérico a 37°C com uma KD menor que cerca de 4 nM, menor que cerca de 3 nM, menor que cerca de 2 nM, menor que cerca de 1 nM, menor que cerca de 900 pM, menor que cerca de 800 pM, menor que cerca de 700 pM, menor que cerca de 600 pM, menor que cerca de 500 pM, menor que cerca de 400 pM, ou menor que cerca de 300 pM, medida por ressonância de plasmon de superfície, por exemplo, usando um formato de ensaio como definido no Exemplo 3 aqui, ou um ensaio substancialmente similar.
[0066] A presente invenção também inclui anticorpos e fragmentos de ligação de antígeno dos mesmos que se ligam ao PRLR de humano monomérico (por exemplo, hPRLR.mmh) com uma meia-vida dissociativa (f/2) maior que cerca de 5 minutos, medida por ressonância de plasmon de superfície a 25°C ou 37°C, por exemplo, usando um formato de ensaio como definido no Exemplo 3 aqui, ou um ensaio substancialmente similar. De acordo com certas modalidades, são fornecidos anticorpos anti-PRLR que se ligam ao PRLR de humano monomérico a 37°C com um t^ maior que cerca de 5 minutos, maior que cerca de 6 minutos, maior que cerca de 8 minutos, maior que cerca de 10 minutos, maior que cerca de 12 minutos, maior que cerca de 14 minutos, maior que cerca de 16 minutos, maior que cerca de 18 minutos, maior que cerca de 20 minutos, maior que cerca de 30 minutos, maior que cerca de 40 minutos, ou maior, como medido por ressonância de plasmon de superfície, por exemplo, usando um formato de ensaio como definido no Exemplo 3 aqui, ou um ensaio substancialmente similar.
[0067] A presente invenção também inclui anticorpos e fragmentos de ligação de antígeno dos mesmos que se ligam ao PRLR de humano dimérico (por exemplo, hPRLR.mFc) com alta afinidade. Por exemplo, a presente invenção inclui anticorpos anti-PRLR que se ligam ao PRLR de humano dimérico com uma KD menor que cerca de 250 pM, medida por ressonância de plasmon de superfície a 25°C ou 37°C, por exemplo, usando um formato de ensaio como definido no Exemplo 3 aqui, ou um ensaio substancialmente similar. De acordo com certas modalidades, são fornecidos anticorpos anti- PRLR que se ligam ao PRLR de humano dimérico a 37°C com uma KD menor que cerca de 250 pM, menor que cerca de 200 pM, menor que cerca de 180 pM, menor que cerca de 160 pM, menor que cerca de 140 pM, menor que cerca de 120 pM, menor que cerca de 100 pM, menor que cerca de 80 pM, menor que cerca de 70 pM, ou menor que cerca de 60 pM, medida por ressonância de plasmon de superfície, por exemplo, usando um formato de ensaio como definido no Exemplo 3 aqui, ou um ensaio substancialmente similar.
[0068] A presente invenção também inclui anticorpos e fragmentos de ligação de antígeno dos mesmos que se ligam ao PRLR de humano dimérico (por exemplo, hPRLR.mFc) com uma meia-vida dissociativa (t/) maior que cerca de 55 minutos medido por ressonância de plasmon de superfície a 25°C ou 37°C, por exemplo, usando um formato de ensaio como definido no Exemplo 3 aqui, ou um ensaio substancialmente similar. De acordo com certas modalidades, são fornecidos anticorpos anti-PRLR que se ligam ao PRLR de humano dimérico a 37°C com um t1/: maior que cerca de 55 minutos, maior que cerca de 60 minutos, maior que cerca de 65 minutos, maior que cerca de 70 minutos, maior que cerca de 75 minutos, maior que cerca de 80 minutos, maior que cerca de 85 minutos, maior que cerca de 90 minutos, maior que cerca de 95 minutos, maior que cerca de 100 minutos, maior que cerca de 120 minutos, maior que cerca de 140 minutos, maior que cerca de 160 minutos, ou maior, medido por ressonância de plasmon de superfície, por exemplo, usando um formato de ensaio como definido no Exemplo 3 aqui, ou um ensaio substancialmente similar.
[0069] A presente invenção também inclui anticorpos e fragmentos de ligação de antígeno dos mesmos que se ligam ao PRLR e bloqueiam sinalização mediada por prolactina em células que expressam PRLR de humano. Por exemplo, a presente invenção inclui anticorpos anti-PRLR que bloqueiam sinalização mediada por prolactina em células que expressam PRLR de humano, com um IC50 menor que cerca de 1,3 nM, medido usando um ensaio de bloqueio de sinalização por prolactina, por exemplo, usando um formato de ensaio definido no Exemplo 5 aqui, ou um ensaio substancialmente similar. De acordo com certas modalidades, são fornecidos anticorpos anti-PRLR que bloqueiam sinalização mediada por prolactina em células que expressam PRLR de humano, com um IC50 menor que cerca de 1,3 nM, menor que cerca de 1.2 nM, menor que cerca de 1.0 nM, menor que cerca de 900 pM, menor que cerca de 800 pM, menor que cerca de 600 pM, menor que cerca de 400 pM, menor que cerca de 200 pM, menor que cerca de 100 pM, menor que cerca de 80 pM, menor que cerca de 60 pM, menor que cerca de 40 pM, menor que cerca de 20 pM, medido usando um ensaio de bloqueio de sinalização por prolactina, por exemplo, usando um formato de ensaio como definido no Exemplo 5 aqui, ou um ensaio substancialmente similar.
[0070] A presente invenção também inclui anticorpos e fragmentos de ligação de antígeno dos mesmos que se ligam ao PRLR, mas não bloqueiam sinalização mediada por prolactina em células que expressam PRLR de humano. Conforme usado aqui, um anticorpo ou fragmento de ligação de antígeno dos mesmos” não bloqueia" sinalização mediada por prolactina se, quando testado em um ensaio de bloqueio de sinalização por prolactina, tal como o ensaio definido no Exemplo 5 aqui, ou um ensaio substancialmente similar, o anticorpo não exibir nenhuma atividade de bloqueio, ou exibir somente uma atividade insignificante. De acordo com certas modalidades, um anticorpo ou fragmento de ligação de antígeno ”não bloqueia" sinalização mediada por prolactina se o anticorpo exibir um valor IC50 maior que cerca de 10 nM, ou maior que cerca de 100 nM quando testado em um ensaio de bloqueio de sinalização por prolactina, tal como o ensaio definido no Exemplo 5 aqui ou um ensaio substancialmente similar.
[0071] Os anticorpos da presente invenção podem possuir uma ou mais das características biológicas supramencionadas, ou qualquer combinação das mesmas. A lista anterior de características biológicas dos anticorpos da invenção não visa ser exaustiva. Outras características biológicas dos anticorpos da presente invenção ficarão evidentes aos versados na técnica a partir de uma revisão da presente descrição incluindo os Exemplos funcionais aqui.
Conjugados de droga para anticorpo (ADCs)
[0072] A presente invenção provê conjugados de droga para anticorpo (ADCs) compreendendo um anticorpo anti-PRLR ou fragmento de ligação de antígeno do mesmo conjugado com uma fração terapêutica tal como um agente citotóxico, uma droga quimioterapêutica, ou um radioisótopo.
[0073] Agentes citotóxicos incluem qualquer agente que é detrimental para o crescimento, viabilidade ou propagação das células. Exemplos de agentes citotóxicos adequados e agentes quimioterapêuticos que podem ser conjugados com anticorpos anti-PRLR de acordo com este aspecto da invenção incluem, por exemplo, 1 -(2cloroetil)-1,2-dimetanosulfonil hidrazida, 1,8-di-hidróxi-biciclo[7.3.1 ]trideca-4,9-dieno-2,6-di-ine-13-ona, 1 -di-hidrotestosterona, 5-fluoruracil, 6-mercaptopurina, 6-tioguanina, 9-amino camptotecina, actinomicina D, amanitinas, aminopterina, anguidina, antraciclina, antramicina (AMC), auristatinas, bleomicina, busulfan, ácido butírico, caliqueamicinas, camptotecina, carminomicinas, carmustina, cemadotinas, cisplatina, colquicina, combretastatinas, ciclofosfamida, citarabina, citocalasina B, dactinomicina, daunorubicina, decarbazina, diacetoxipentildoxorubicina, dibromomanitol, di-hidróxi antracin diona, disorazóis, dolastatina (por exemplo, dolastatina 10), doxorubicina, duocarmicina, equinomicinas, eleuterobinas, emetina, epotilonas, esperamicina, estramustinas, brometo de etídio, etoposídeo, fluoruracilas, geldanamicinas, gramicidina D, glucocorticoides, irinotecanos, inibidores da proteína do fuso cinesina (KSP), leptomicinas, leurosinas, lidocaína, lomustina (CCNU), maitansinoides, mecloretamina, mostarda, mercatopurinas, metopterinas, metotrexato, mitramicina, mitomicina, mitoxantrona, N8-acetil espermidina, podofilotoxinas, procaína, propranolol, pteridinas, puromicina, pirrolobenzodiazepinas (PBDs), rizoxinas, estreptozotocina, talisomicinas, taxol, teniposídeo, tetracaína, tioepa clorambucil, tomaimicinas, topotecans, tubulisina, vinblastina, vincristina, vindesina, vinorelbinas e derivados de qualquer dos anteriores. De acordo com certas modalidades, o agente citotóxico que é conjugado com um anticorpo anti-PRLR é um maitansinoide tal como DM1 ou DM4, um derivado de tomaimicina, ou um derivado de dolastatina. De acordo com certas modalidades, o agente citotóxico que é conjugado com um anticorpo anti-PRLR é uma auristatina tal como MMAE, MMAF, ou derivados dos mesmos. Outros agentes citotóxicos conhecidos na técnica são contemplados no escopo da presente invenção, incluindo, por exemplo, toxinas de proteína como ricina, toxina C. difficile, pseudomonas exotoxina, ricina, toxina da difteria, toxina botulínica, briodina, saporina, toxinas de erva-dos-cancros (isto é, fitolacctoxina e fitolacigenina), e outros tais como aqueles apresentados em Sapra et al., Pharmacol. & Therapeutics, 2013, 138:452-469.
[0074] A presente invenção também inclui conjugados de anticorpo- radionuclídeo (ARCs) compreendendo anticorpos anti-PRLR conjugados com um ou mais radionuclídeos. Radionuclídeos exemplares que podem ser usados no contexto deste aspecto da invenção incluem, mas não se limitando a, por l 225A 212Bi 213Bi 131l 186R 227Th 222R 223R 224R 90Y exemplo, Ac, Bi, Bi, l, Re, Th, Rn, Ra, Ra e Y.
[0075] Em certas modalidades da presente invenção, são fornecidos ADCs compreendendo um anti-PRLR conjugado com um agente citotóxico (por exemplo, qualquer dos agentes citotóxicos descritos anteriormente) por meio de uma molécula ligantea. Qualquer molécula ligantea ou tecnologia de ligante conhecida na técnica pode ser usada para criar ou para construir um ADC da presente invenção. Em certas modalidades, o ligante é um ligante clivável. De acordo com outras modalidades, o ligante é um ligante não clivável. Ligantes exemplares que podem ser usados no contexto da presente invenção incluem ligantes que compreendem ou consistem, por exemplo, em MC (6-maleimidocaproíla), MP (maleimidopropanoíla), val-cit (valina- citrulina), val-ala (valina-alanina), sítio de dipeptídeo em ligante clivável em protease, ala-fe (alanina-fenilalanina), sítio de dipeptídeo em ligante clivável em protease, PAB (p-aminobenziloxicarbonil), SPP (N-Succinimidil 4-(2- pentanoato de piridiltio)), SMCC (N-succinimidil 4-(N-maleimidometil)ciclo- hexano-1 carboxilato), SIAB (N-succinimidil (4-iodo-acetil)aminobenzoato), e variantes e combinações dos mesmos. Exemplos adicionais de ligantes que podem ser usados no contexto da presente invenção são descritos, por exemplo, em US 7.754.681 e em Ducry, Bioconjugate Chem., 2010, 27:5-13, e nas referências citadas aqui.
[0076] A presente invenção compreende ADCs nos quais um ligante conecta um anticorpo anti-PRLR ou molécula de ligação de antígeno em uma droga ou citotoxina através de uma afixação em um aminoácido particular no anticorpo ou molécula de ligação de antígeno. Afixações de aminoácido exemplares que podem ser usadas no contexto deste aspecto da invenção incluem, por exemplo, lisina (vide, por exemplo, US 5.208.020; US 2010/0129314; Hollander et al.. Bioconjugate Chem., 2008. 19:358-361; WO 2005/089808, US 5.714.586, US 2013/0101546 e US 2012/0585592), cisteína (vide, por exemplo, US 2007/0258987, WO 2013/055993, WO 2013/055990, WO 2013/053873, WO 2013/053872, WO 2011/130598, US 2013/0101546 e US 7,750, 116), selenocisteína (vide, por exemplo, WO 2008/122039 e Hofer et al., Proc. Natl. Acad. Sci., USA, 2008, 705: 12451 -12456), formil glicina (vide, por exemplo, Carrico et al., Nat. Chem. Biol., 2007, 3:321-322, Agarwal et al., Proc. Natl. Acad. Sci., USA, 2013, 770:46-51 e Rabuka et al., Nat. Protocols, 2012, 70:1052-1067), aminoácidos não naturais (vide, por exemplo, WO 2013/068874 e WO 2012/166559), e aminoácidos acídicos (vide, por exemplo, WO 2012/05982). Ligantes podem também ser conjugados com uma proteína de ligação de antígeno por meio de afixação em carboidratos (vide, por exemplo, US 2008/0305497, WO 2014/065661, e Ryan et al., Food & Agriculture Immunol., 2001, 73: 127-130) e ligantes de dissulfeto (vide, por exemplo, WO 2013/085925, WO 2010/010324, WO 2011/018611, e Shaunak et al., Nat. Chem. Biol., 2006, 2:312-313).
[0077] De acordo com certas modalidades, a presente invenção provê ADCs, em que um anticorpo anti-PRLR conforme descrito aqui é conjugado com uma composição de droga ligante apresentada no Pedido de Patente Internacional No. PCT/US14/29757, depositado em 14 de março de 2014 (por exemplo, composto ”7”, também referido aqui como ”M0026").
[0078] Qualquer método conhecido na técnica para conjugar uma fração química com um peptídeo, polipeptídeo ou outra macromolécula pode ser usado no contexto da presente invenção para produzir um ADC anti- PRLR conforme descrito aqui. Um método exemplar para conjugação de droga para anticorpo por meio de um ligante é apresentado no Exemplo 6 aqui. Variações neste método exemplar serão percebidas pelos versados na técnica e são contempladas no escopo da presente invenção.
Alvejamento de ADCs para Células que Expressam Baixos Níveis de PRLR
[0079] Os presentes inventores descobriram que ADCs compreendendo um anticorpo anti-PRLR conjugado com um agente citotóxico são capazes de se ligar especificamente e eliminar células que expressam níveis relativamente baixos de PRLR na superfície celular. Por exemplo, no Exemplo 7 aqui, é mostrado que um ADC compreendendo anticorpo anti-PRLR H1 H6953N conjugado com DM1 foi capaz de inibir o crescimento das células T47D (que expressam PRLR somente a 12X vezes acima da prática) com um IC50 de 1,3 nM e mostrou 78% de extermínio. Ao contrário, ADCs contra outros antígenos associados a tumor tal como ErbB2 tipicamente exigem níveis de expressão muito maiores do antígeno alvo nas células para potências de extermínio comparáveis. Por exemplo, extermínio de célula na faixa de IC5o subnanomolar foi obtida com um ADC anti-ErbB2- DM1 somente com células que expressam ErbB2 a níveis maiores que cerca de 200X a cerca de 400X vezes acima da prática (vide, por exemplo, Tabelas 14 a 17 aqui). A capacidade de eliminar células tumorais que expressam níveis relativamente baixos de antígeno associado a tumor tal como PRLR significa que os ADCs anti-PRLR da presente invenção podem fornecer significantes benefícios terapêuticos com uma dose menor e/ou dosagem menos frequente do que a exigida para ADCs que alvejam outros antígenos de tumor tal como ErbB2.
[0080] Dessa maneira, a presente invenção provê conjugados de droga para anticorpo (ADCs) compreendendo um anticorpo ou fragmento de ligação de antígeno do mesmo que se liga especificamente a PRLR de humano conjugado com um agente citotóxico, em que os ADCs efetivamente eliminam células (por exemplo, células tumorais) que expressam baixos níveis de PRLR. Em modalidades relacionadas, a presente invenção inclui métodos para eliminar efetivamente células que expressam baixos níveis de PRLR. Os métodos de acordo com este aspecto da invenção compreendem colocar as células em contato com um conjugado de droga para anticorpo (ADC) compreendendo um anticorpo anti-PRLR conjugado com um agente citotóxico. ”Contato das células" pode ser realizado in vitro, ou in vivo, por exemplo, administrando um ADC anti-PRLR em um indivíduo que precisa do mesmo, em que a administração faz com que o ADC fique em contato com células que expressam PRLR.
[0081] De acordo com certos contextos previstos no escopo da presente invenção, um ”baixo nível de PRLR" significa um nível de expressão menos que cerca de 30 vezes acima da prática. De acordo com certas modalidades, são fornecidos ADCs anti-PRLR que eliminam efetivamente células que expressam PRLR a um nível de expressão menos que cerca de 30 vezes, 25 vezes, 20 vezes, 18 vezes, 16 vezes, 14 vezes, 12 vezes, 10 vezes, 8 vezes, ou menos, vezes acima da prática. Conforme usado aqui, o termo ”fundo” significa o sinal (não específico) produzido quando células são tratadas com um anticorpo de controle de isotipo (isto é, não específico para PRLR).
[0082] Em certos outros contextos, um ”baixo nível de PRLR" pode ser expresso em termos do número de moléculas do PRLR por célula. Por exemplo, conforme usado aqui, uma célula que expressa um ”baixo nível" de PRLR expressa menos que cerca de 1 milhão de cópias de PRLR por célula. Em modalidades específicas, um ”baixo nível" de PRLR significa menos que cerca de 900.000 cópias, menos que cerca de 800.000 cópias, menos que cerca de 700.000 cópias, menos que cerca de 600.000 cópias, menos que cerca de 500.000 cópias, menos que cerca de 400.000 cópias, menos que cerca de 300.000 cópias, menos que cerca de 200.000 cópias, menos que cerca de 100.000 cópias, menos que cerca de 90.000 cópias, menos que cerca de 80.000 cópias, menos que cerca de 70.000 cópias, menos que cerca de 60.000 cópias, menos que cerca de 50.000 cópias, menos que cerca de 40.000 cópias, menos que cerca de 30.000 cópias, menos que cerca de 20.000 cópias, ou menos que cerca de 10.000 cópias de PRLR por célula.
[0083] Conforme usado aqui, ”extermínio efetivo" significa que o ADC exibe um IC50 menor que cerca de 20 nM, ou menor que cerca de 1 nM (por exemplo, menor que cerca de 0,9 nM, menos que cerca de 0,8 nM, menor que cerca de 0,7 nM, menor que cerca de 0,6 nM, menor que cerca de 0,5 nM, menor que cerca de 0,4 nM, ou menor que cerca de 0,3 nM) em um ensaio de extermínio de célula tumoral, tal como o ensaio definido no Exemplo 7 aqui, ou um ensaio substancialmente similar. De acordo com este aspecto da invenção, o componente do anticorpo anti-PRLR do ADC pode ser qualquer anticorpo anti-PRLR incluindo anticorpos anti-PRLR compreendendo qualquer das sequências de aminoácidos da CDR ou HCVR/LCVR apresentadas na Tabela 1 aqui. Adicionalmente, o componente do agente citotóxico do ADC pode ser qualquer agente citotóxico, tal como DM1, ou qualquer outro agente citotóxico mencionado aqui.
[0084] ADCs da presente invenção são capazes de inibir crescimento de tumor e/ou reduzir o tamanho do tumor em animais PRLR+ portadores de tumor. Por exemplo, como mostrado no Exemplo 8 aqui, ADCs anti-PRLR- DM1 mostraram reduzir tumores a níveis não detectáveis em camundongos portadores de câncer de mama PRLR+ xenoenxertos. Assim, a presente invenção inclui anticorpos anti-PRLR e ADCs compreendendo tais anticorpos, em que os anticorpos ou ADCs, quando administrados em um animal PRLR+ portador de tumor (por exemplo, a uma frequência de cerca de uma vez por semana, e uma dose de cerca de 1 a 15 mg/kg), inibem crescimento de tumor e/ou reduzem o tamanho do tumor (por exemplo, inibição de crescimento de tumor de 100% ou maior) por 52 dias após administração ou mais cedo.
Alvejamento do Receptor de Citocina Classe I
[0085] PRLR pertence à família do receptor de citocina classe I. Como explicado anteriormente e demonstrado nos Exemplos funcionais aqui, descobriu-se inesperadamente que conjugados de droga para anticorpo (ADCs) compreendendo anticorpos anti-PRLR podem alvejar e eliminar efetivamente células que expressam baixos níveis de PRLR (vide Exemplo 7 aqui). Além disso, mostrou-se que ADCs contra outros receptores de citocina classe I (IL-4 e IL-6R) também são capazes de eliminar potencialmente linhagens celulares que expressam níveis relativamente baixos de antígeno alvo (vide Exemplo 9 aqui). Esta propriedade é ao contrário de ADCs contra outras proteínas expressas na superfície celular, tal como ErbB2, em que extermínio efetivo de célula exige alta expressão alvo. Além disso, descobriu- se também surpreendentemente que anticorpos anti-PRLR são internalizados substancialmente mais rápido do que anticorpos anti-Her2 nas células tumorais (por exemplo, células T47D tumorais), e que esta propriedade está correlacionada com internalização e degradação mais rápida de PRLR na superfície celular comparada com Her2 da superfície celular.
[0086] Em vista dos resultados apresentados aqui, os presentes inventores entenderam que a capacidade de alvejar e eliminar células que expressam baixos níveis de superfície celular antígeno pode ser uma propriedade comum compartilhada por ADCs direcionados contra receptores de citocina classe I em geral e, em particular, receptores de citocina classe I que são rapidamente internalizados. Assim, a presente invenção inclui métodos para alvejar receptores de citocina classe I (por exemplo, receptores de citocina classe I que internalizam rapidamente), e métodos para eliminar células que expressam receptores de citocina classe I tais como células que expressam baixos níveis de receptores de citocina classe I.
[0087] Os métodos de acordo com este aspecto da invenção compreendem colocar uma célula que expressa um receptor de citocina classe I em contato com um ADC compreendendo um anticorpo ou fragmento de ligação de antígeno do mesmo que se liga especificamente ao receptor de citocina classe I. De acordo com certas modalidades, a célula a ser alvejada expressa baixos níveis (como essa expressão é definida em qualquer lugar aqui) de um receptor de citocina classe I e/ou um receptor de citocina classe I que é rapidamente internalizado e degradado (por exemplo, internalizado mais rapidamente do que uma molécula da superfície celular de referência tal como Her2). Também incluídos na presente invenção estão ADCs compreendendo um anticorpo ou fragmento de ligação de antígeno do mesmo que se liga especificamente a um receptor de citocina classe I, conjugado com um agente citotóxico. Qualquer dos agentes citotóxicos, ligantes, e/ou tecnologias relacionadas a ADC descritos em qualquer lugar aqui podem ser usados no contexto deste aspecto da invenção.
[0088] Conforme usado aqui, um ”receptor de citocina classe I" (também algumas vezes referido como um ”receptor de citocina tipo I") significa um receptor transmembrana expresso na superfície das células que reconhece e responde a citocinas com quatro fitas alfa-helicoidais. Como explicado anteriormente, receptores de citocina classe I podem ser heterodiméricos ou homodiméricos. Conforme usado aqui, a expressão ”receptor de citocina classe I" inclui receptores tanto heterodiméricos quanto homodiméricos.
[0089] Receptores de citocina classe I heterodiméricos consistem em uma cadeia específica de citocina e uma ”cadeia comum”. Dessa maneira, tais receptores de citocina classe I heterodiméricos podem ser classificados com base no tipo de cadeia comum usado pelo receptor para sinalização. Categorias exemplares de receptores de citocina classe I heterodiméricos incluem: (i) receptores heterodiméricos contendo cadeia gama comum tais como IL-2R, IL-4R, IL-7R, IL-9R, IL-13R e IL-15R; (ii) receptores heterodiméricos contendo cadeia beta comum tal como receptor GM-CSF, IL- 3R e IL-5R; e (iii) receptores heterodiméricos contendo gp130 tais como receptor de CNTF IL-6R, IL-11R, receptor do fator inibidor de leucemia (LIF), receptor de oncostatina M (OSM), e receptor de IL-12.
[0090] Receptores homodiméricos de citocina classe I incluem receptor do hormônio do crescimento (GH), receptor de eritropoietina (EPO), receptor de G-CSF, receptor de leptina, e PRLR.
[0091] Em certas modalidades deste aspecto da invenção, o ADC compreende um anticorpo ou fragmento de ligação de antígeno do mesmo que se liga especificamente a um receptor heterodimérico de citocina classe I. De acordo com outras modalidades deste aspecto da invenção, o ADC compreende um anticorpo ou fragmento de ligação de antígeno do mesmo que se liga especificamente a um receptor homodimérico de citocina classe I.
[0092] A presente invenção inclui métodos para eliminar uma célula que expressa baixos níveis de um receptor heterodimérico de citocina classe I. Os métodos de acordo com este aspecto da invenção compreendem colocar em contato uma célula que expressa um baixo nível de um receptor heterodimérico de citocina classe I, com um ADC compreendendo um anticorpo ou fragmento de ligação de antígeno do mesmo que se liga especificamente ao receptor heterodimérico de citocina classe I.
[0093] Alternativamente, a presente invenção inclui métodos para eliminar uma célula que expressa baixos níveis de um receptor homodimérico de citocina classe I. Os métodos de acordo com este aspecto da invenção compreendem colocar uma célula que expressa um baixo nível de um receptor homodimérico de citocina classe I em contato com um ADC compreendendo um anticorpo ou fragmento de ligação de antígeno do mesmo que se liga especificamente ao receptor homodimérico de citocina classe I.
Mapeamento do Epítopo e Tecnologias Relacionadas
[0094] O epítopo ao qual os anticorpos da presente invenção se ligam pode consistir em uma única sequência contígua de 3 ou mais (por exemplo, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20 ou mais) aminoácidos de uma proteína do PRLR. Alternativamente, o epítopo pode consistir em uma pluralidade de aminoácidos não contíguos (ou sequências de aminoácidos) de PRLR. Em algumas modalidades, o epítopo é localizado no domínio de ligação de prolactina de PRLR ou próximo a ele. Em outras modalidades, o epítopo é localizado fora do domínio de ligação de prolactina de PRLR, por exemplo, em um local na superfície de PRLR no qual um anticorpo, quando ligado em um epítopo como esse, não interfere na ligação de prolactina no PRLR.
[0095] Várias técnicas conhecidas pelos versados na técnica podem ser usadas para determinar se um anticorpo ”interage com um ou mais aminoácidos" em um polipeptídeo ou proteína. Técnicas exemplares incluem, por exemplo, ensaio de bloqueio cruzado de rotina tal como aquele descrito em Antibodies, Harlow and Lane (Cold Spring Harbor Press, Cold Spring Harb., NY), análise mutacional por varredura de alanina, análise blots de peptídeo (Reineke, 2004, Methods Mol Biol 248:443-463), e análise de clivagem de peptídeo. Além do mais, métodos tais como excisão de epítopo, extração de epítopo e modificação química de antígenos podem ser empregados (Tomer, 2000, Protein Science 9:487-496). Um outro método que pode ser usado para identificar os aminoácidos em um polipeptídeo com o qual um anticorpo interage é troca de hidrogênio/deutério detectada por espectrometria de massa. Em termos gerais, o método de troca de hidrogênio/deutério envolve marcar com deutério a proteína de interesse, seguido por ligação do anticorpo na proteína marcada com deutério. Em seguida, o complexo proteína/anticorpo é transferido para água para permitir que ocorra troca de hidrogênio-deutério em todos os resíduos, exceto os resíduos protegidos pelo anticorpo (que permanece marcados com deutério). Depois da dissociação do anticorpo, a proteína alvo é submetida a clivagem com protease e análise de espectrometria de massa, por meio disso revelando os resíduos marcados com deutério que correspondem aos aminoácidos específicos com os quais o anticorpo interage. Vide, por exemplo, Ehring (1999) Analytical Biochemistry 267(2):252-259; Engen and Smith (2001) Anal. Chem. 73:256A-265A.
[0096] A presente invenção adicionalmente inclui anticorpos anti- PRLR que se ligam ao mesmo epítopo de qualquer dos anticorpos exemplares específicos descritos aqui (por exemplo, anticorpos compreendendo qualquer das sequências de aminoácidos apresentadas na Tabela 1 aqui). Igualmente, a presente invenção também inclui anticorpos anti-PRLR que competem para ligação a PRLR com qualquer dos anticorpos exemplares específicos descritos aqui (por exemplo, anticorpos compreendendo qualquer das sequências de aminoácidos apresentadas na Tabela 1 aqui).
[0097] Pode-se facilmente determinar se um anticorpo liga no mesmo epítopo ou compete para ligação em um anticorpo anti-PRLR de referência usando métodos de rotina conhecidos na técnica e exemplificados aqui. Por exemplo, para determinar se um anticorpo de teste se liga no mesmo epítopo de um anticorpo anti-PRLR de referência da invenção, o anticorpo de referência é deixado ligar em uma proteína do PRLR. Em seguida, a capacidade de um anticorpo de teste se ligar na molécula de PRLR é avaliada. Se o anticorpo de teste for capaz de se ligar em PRLR depois de ligação de saturação com o anticorpo anti-PRLR de referência, pode-se concluir que o anticorpo de teste liga em um diferente epítopo do que o anticorpo anti-PRLR de referência. Por outro lado, se o anticorpo de teste não for capaz de se ligar na molécula de PRLR depois da ligação de saturação com o anticorpo anti- PRLR de referência, então o anticorpo de teste pode se ligar no mesmo epítopo do epítopo ligado pelo anticorpo anti-PRLR de referência da invenção. Experimentação de rotina adicional (por exemplo, mutação de peptídeo e análises de ligação) pode então ser realizada para confirmar se a falta de ligação observada do anticorpo de teste é de fato devido à ligação no mesmo epítopo do anticorpo de referência, ou se bloqueio estérico (ou um outro fenômeno) é responsável pela falta de ligação observada. Experimentos deste tipo podem ser realizados usando ELISA, RIA, Biacore, citometria de fluxo ou qualquer outro ensaio de ligação de anticorpo quantitativo ou qualitativo disponível na técnica. De acordo com certas modalidades da presente invenção, dois anticorpos se ligam no mesmo epítopo (ou sobrepõem) se, por exemplo, um excesso de 1-, 5-, 10-, 20- ou 100 vezes de um anticorpo inibir a ligação do outro por pelo menos 50%, mas preferivelmente 75%, 90% ou ainda 99% como medido em um ensaio de ligação competitivo (vide, por exemplo, Junghans et al., Cancer Res. 1990:50:1495-1502). Alternativamente, dois anticorpos são considerados ligar no mesmo epítopo se essencialmente todas as mutações de aminoácido no antígeno que reduz ou elimina a ligação de um anticorpo reduzirem ou eliminarem a ligação do outro. Dois anticorpos são considerados ter ”epítopos de sobreposição" se somente um subconjunto das mutações de aminoácido que reduz ou elimina a ligação de um anticorpo reduzir ou eliminar a ligação do outro.
[0098] Para determinar se um anticorpo compete para ligação (ou compete cruzado para ligação) com um anticorpo anti-PRLR de referência, a metodologia de ligação supradescrita é realizada em duas orientações: Em uma primeira orientação, o anticorpo de referência é deixado ligar em uma proteína do PRLR em condições de saturação seguido por avaliação de ligação do anticorpo de teste na molécula de PRLR. Em uma segunda orientação, o anticorpo de teste é deixado ligar em uma molécula de PRLR em condições de saturação seguido por avaliação de ligação do anticorpo de referência na molécula de PRLR. Se, em ambas orientações, somente o primeiro anticorpo (de saturação) for capaz de se ligar na molécula de PRLR, então concluiu-se que o anticorpo de teste e o anticorpo de referência competem para ligação no PRLR. Como versados na técnica perceberão, um anticorpo que compete para ligação com um anticorpo de referência pode não necessariamente se ligar no mesmo epítopo do anticorpo de referência, mas pode estericamente bloquear ligação do anticorpo de referência por ligação um epítopo de sobreposição ou adjacente.
Preparação de Anticorpos Humanos
[0099] Os anticorpos anti-PRLR da presente invenção podem ser anticorpos totalmente humanos. Métodos para gerar anticorpos monoclonais, incluindo anticorpos monoclonais totalmente humano são conhecidos na técnica. Qualquer dos tais métodos conhecidos pode ser usado no contexto da presente invenção para produzir anticorpos humanos que ligam especificamente em PRLR de humano.
[00100] Usando tecnologia VELOCIMMUNE™, por exemplo, ou qualquer outro método conhecido similar para gerar anticorpos monoclonais totalmente humanos, anticorpos quiméricos de alta afinidade com PRLR são inicialmente isolados tendo uma região variável de humano e uma região constante de camundongo. Como na seção experimental a seguir, os anticorpos são caracterizados e selecionados quanto às características desejáveis, incluindo afinidade, atividade de bloqueio de ligante, seletividade, epítopo, etc. Se necessário, regiões constantes de camundongo são substituídas com uma região constante de humano desejada, por exemplo, IgG1 ou IgG4 tipo selvagem ou modificados, para gerar um anticorpo anti- PRLR totalmente humano. Embora a região constante selecionada possa variar de acordo com uso específico, ligação de antígeno de alta afinidade e características de especificidade alvo residem na região variável. Em certos exemplos, anticorpos anti-PRLR totalmente humanos são isolados diretamente das células B positivas do antígeno.
Bioequivalentes
[00101] Os anticorpos anti-PRLR e fragmentos de anticorpo da presente invenção englobam proteínas com sequências de aminoácidos que variam em relação aos anticorpos descritos, mas que retêm a capacidade de se ligar a PRLR de humano. Tais anticorpos variantes e fragmentos de anticorpo compreendem uma ou mais adições, deleções ou substituições de aminoácidos, quando comparados com a sequência mãe, mas exibem atividade biológica que é essencialmente equivalente àquela dos anticorpos descritos. Igualmente, as sequências de DNA que codificam anticorpo anti- PRLR da presente invenção englobam sequências que compreendem uma ou mais adições, deleções, ou substituições de nucleotídeos quando comparadas com a sequência descrita, mas que codificam um anticorpo anti-PRLR ou fragmento de anticorpo que é essencialmente bioequivalente a um anticorpo anti-PRLR ou fragmento de anticorpo da invenção. Exemplos de tais sequências de aminoácido e DNA variantes são discutidos anteriormente.
[00102] Duas proteínas de ligação de antígeno, ou anticorpos, são consideradas bioequivalentes se, por exemplo, elas forem equivalentes farmacêuticos ou alternativas farmacêuticas cuja taxa e extensão de absorção não mostram uma diferença significante quando administradas na mesma dose molar em condições experimentais similares, tanto em dose única quanto múltipla. Alguns anticorpos serão considerados equivalentes ou alternativas farmacêuticas se eles forem equivalentes na extensão de sua absorção, mas não em sua taxa de absorção, e ainda podem ser considerados bioequivalentes em virtude de tais diferenças na taxa de absorção serem intencionais e serem refletidas na marcação, não serem essenciais para a obtenção de concentrações de droga do corpo efetivas, por exemplo, no uso crônico, e serem considerados medicalmente insignificante para o produto de droga particular estudado.
[00103] Em uma modalidade, duas proteínas de ligação de antígeno são bioequivalentes se não existir nenhuma diferença clinicamente significativa em sua segurança, pureza e potência.
[00104] Em uma modalidade, duas proteínas de ligação de antígeno são bioequivalentes se um paciente puder mudar uma ou mais vezes entre o produto de referência e o produto biológico sem um aumento esperado no risco de efeitos adversos, incluindo uma mudança clinicamente significante em imunogenicidade, ou efetividade diminuída, comparada com terapia contínua sem tais mudanças.
[00105] Em uma modalidade, duas proteínas de ligação de antígeno são bioequivalentes se elas agirem tanto por um mecanismo comum quanto por mecanismos de ação para a condição ou condições de uso, até o ponto em que tais mecanismos são conhecidos.
[00106] Bioequivalência pode ser demonstrada por métodos in vivo e in vitro. Medida de bioequivalência inclui, por exemplo, (a) um teste in vivo em humanos ou outros mamíferos, no qual a concentração do anticorpo ou seus metabólitos é medida no sangue, plasma, soro ou outro fluido biológico em função do tempo; (b) um teste in vitro que foi correlacionado com dados de biodisponibilidade in vivo de humano e é razoavelmente previsível por eles; (c) um teste in vivo em humanos ou outro mamíferos no qual o efeito farmacológico agudo apropriado do anticorpo (ou seu alvo) é medido em função do tempo; e (d) em um experimento clínico bem controlado que estabelece segurança, eficácia ou biodisponibilidade ou bioequivalência de um anticorpo.
[00107] Variantes bioequivalentes de anticorpos anti-PRLR da invenção podem ser construídos, por exemplo, fazendo várias substituições de resíduos ou sequências ou deletando resíduos terminais ou internos ou sequências não necessárias para atividade biológica. Por exemplo, resíduos de cisteína não essenciais para atividade biológica podem ser deletados ou substituídos com outros aminoácidos para prevenir formação de ligações de dissulfeto intramoleculares desnecessárias ou incorretas mediante renaturação. Em outros contextos, anticorpos bioequivalentes podem incluir variantes do anticorpo anti-PRLR compreendendo mudanças de aminoácido que modificam as características de glicosilação dos anticorpos, por exemplo, mutações que eliminam ou removem glicosilação.
Seletividade de Espécies e Reatividade Cruzada de Espécies
[00108] A presente invenção, de acordo com certas modalidades, provê anticorpos anti-PRLR que se ligam ao PRLR de humano, mas não a PRLR de outras espécies. A presente invenção também inclui anticorpos anti-PRLR que se ligam ao PRLR de humano e a PRLR de uma ou mais espécies não humanas. Por exemplo, os anticorpos anti-PRLR da invenção podem se ligar a PRLR de humano e podem ou não se ligar, como pode ser o caso, a um ou mais de PRLR de camundongo, rato, porquinho-da-índia, hamster, gerbo, porco, gato, cão, coelho, cabra, ovelha, vaca, cavalo, camelo, cinomolgo, sagui, reso ou chimpanzé. De acordo com certas modalidades exemplares da presente invenção, são fornecidos anticorpos anti-PRLR que se ligam especificamente a PRLR de humano e macaco cinomolgo (por exemplo, Macaca fascicularis) PRLR. Outros anticorpos anti-PRLR da invenção se ligam ao PRLR de humano, mas não se ligam, ou ligam somente fracamente, a PRLR de macaco cinomolgo. Anticorpos Multispecíficos
[00109] Os anticorpos da presente invenção podem ser monoespecíficos ou multiespecíficos (por exemplo, biespecíficos). Anticorpos multiespecíficos podem ser específicos para diferentes epítopos de um polipeptídeo alvo, ou podem conter domínio de ligação de antígenos específicos para mais de um polipeptídeo alvo. Vide, por exemplo, Tutt et al., 1991, J. Immunol. 147:60-69; Kufer et al., 2004, Trends Biotechnol. 22:238244. Os anticorpos anti-PRLR da presente invenção podem ser ligados a uma outra molécula funcional ou coexpressos com ela, por exemplo, um outro peptídeo ou proteína. Por exemplo, um anticorpo ou fragmento do mesmo pode ser funcionalmente ligado (por exemplo, por acoplamento químico, fusão genética, associação não covalente ou de outra forma) em uma ou mais outras entidades moleculares, tal como um outro anticorpo ou fragmento de anticorpo para produzir um anticorpo biespecífico ou um multiespecífico com uma segunda especificidade de ligação.
[00110] A presente invenção inclui anticorpos biespecíficos em que um braço de uma imunoglobulina se liga a PRLR de humano, e o outro braço da imunoglobulina é específico para um segundo antígeno. O braço de ligação de PRLR pode compreender qualquer das sequências de aminoácidos de HCVR/LCVR ou CDR apresentadas na Tabela 1 aqui. Em certas modalidades, o braço de ligação de PRLR liga PRLR de humano e bloqueia ligação de prolactina em PRLR. Em outras modalidades, o braço de ligação de PRLR se liga a PRLR de humano, mas não bloqueia a ligação de prolactina a PRLR.
[00111] Um formato de anticorpo biespecífico exemplar que pode ser usado no contexto da presente invenção envolve o uso de um primeiro domínio CH3 da imunoglobulina (Ig) e um segundo domínio CH3 da Ig, em que o primeiro e segundo domínios CH3 da Ig diferem um do outro por pelo menos um aminoácido, e em que pelo menos uma diferença de aminoácido reduz a ligação do anticorpo biespecífico na proteína A comparado com um anticorpo biespecífico que não tem a diferença de aminoácido. Em uma modalidade, o primeiro domínio CH3 da Ig se liga à proteína A e o segundo domínio CH3 da Ig contém uma mutação que reduz ou abole a ligação da proteína A tal como uma modificação de H95R (por numeração de exon de IMGT; H435R por numeração de EU). O segundo CH3 pode compreender adicionalmente uma modificação Y96F (por IMGT; Y436F por EU). Modificações adicionais que podem ser encontrados no segundo CH3 incluem: D16E, L18M, N44S, K52N, V57M e V82I (por IMGT; D356E, L358M, N384S, K392N, V397M e V422I por EU) no caso de anticorpos de IgG1; N44S, K52N, e V82I (IMGT; N384S, K392N, e V422I por EU) no caso de anticorpos de IgG2; e Q15R, N44S, K52N, V57M, R69K, E79Q e V82I (por IMGT; Q355R, N384S, K392N, V397M, R409K, E419Q e V422I por EU) no caso de anticorpos de IgG4. Variações no formato de anticorpo biespecífico descritas anteriormente são contempladas no escopo da presente invenção.
[00112] Outros formatos biespecíficos exemplares que podem ser usados no contexto da presente invenção incluem, não se limitando a, por exemplo, formatos biespecíficos de diacorpo a base de scFv, fusões de IgG- scFv, domínio variável duplo (DVD)-lg, Quadroma, botões dentro dos furos, cadeia comum leve (por exemplo, cadeia comum leve com botões dentro dos furos, etc.), CrossMab, CrossFab, (SEED)body, zíper de leucina, Duobody, IgG1/IgG2, Fab (DAF)-IgG de dupla ação, e formatos biespecíficos de Mab2 (vide, por exemplo, Klein et al. 2012, mAbs 4:6, 1-11, e referências citadas nele, para um revisão dos formatos anteriores). Anticorpos biespecíficos podem também ser construídos usando conjugação de peptídeo/ácido nucleico, por exemplo, em que aminoácidos não naturais com reatividade química ortogonal são usados para gerar conjugados de anticorpo- oligonucleotídeo específicos do sítio que então automontam nos complexos multiméricos com composição, valência e geometria definidas. (Vide, por exemplo, Kazane et al., J. Am. Chem. Soc. [Epub: Dec. 4, 2012]).
Formulação e Administração Terapêutica
[00113] A invenção provê composições farmacêuticas compreendendo os anticorpos anti-PRLR ou fragmentos de ligação de antígeno dos mesmos da presente invenção. As composições farmacêuticas da invenção são formuladas com carreadores, excipientes adequados, e outros agentes que fornecem transferência, dispensação, tolerância melhoradas e similares. Uma pluralidade de formulações apropriadas pode ser observada no formulário conhecido por todos os químicos farmacêuticos: Remington's Pharmaceutical Sciences, Mack Publishing Company, Easton, PA. Essas formulações incluem, por exemplo, pós, pastas, unguentos, geléias, ceras, óleos, lipídios, vesículas contendo lipídio (catiônicas ou aniônicas) (tal como LIPOFECTIN™, Life Tecnologias, Carlsbad, CA), conjugados de DNA, pastas de absorção anidras, emulsões óleo em água e água em óleo, carbowax em emulsões (polietileno glicóis de vários pesos de moleculares), géis semissólidos, e misturas semissólidas contendo carbowax. Vide também Powell et al. ”Compendium of excipients for parenteral formulations" PDA (1998) J Pharm Sci Technol 52:238-31 1.
[00114] A dose de anticorpo administrada em um paciente pode variar dependendo da idade e do tamanho do paciente, doença alvo, condições, via de administração e similares. A dose preferida é tipicamente calculada de acordo com peso corpóreo ou área superficial do corpo. Em um paciente adulto, pode ser vantajoso administrar intravenosamente o anticorpo da presente invenção normalmente em uma única dose de cerca de 0,01 a cerca de 20 mg/kg em peso corpóreo, mais preferivelmente cerca de 0,02 a cerca de 7, cerca de 0,03 a cerca de 5, ou cerca de 0,05 a cerca de 3 mg/kg em peso corpóreo. Dependendo da gravidade da condição, a frequência e a duração do tratamento podem ser ajustadas. Dosagens e tabelas efetivas para administrar anticorpos anti-PRLR podem ser determinadas empiricamente; por exemplo, o progresso do paciente pode ser monitorado por avaliação periódica, e a dose ajustada dessa maneira. Além disso, ajuste da quantidade de dosagens interespécies pode ser realizado usando métodos bem conhecidos na técnica (por exemplo, Mordenti et al., 1991, Pharmaceut. Res. 8:1351).
[00115] Vários sistemas de dispensação são conhecidos e podem ser usados para administrar a composição farmacêutica da invenção, por exemplo, encapsulação em lipossomos, micropartículas, microcápsulas, células recombinantes capazes de expressar os vírus mutantes, endocitose mediada pelo receptor (vide, por exemplo, Wu et al., 1987, J. Biol. Chem. 262:4429-4432). Métodos de introdução incluem, mas não se limitando a, vias intradérmica, intramuscular, intraperitoneal, intravenosa, subcutânea, intranasal, epidural e oral. A composição pode ser administrada por qualquer via conveniente, por exemplo, por infusão ou injeção de bolo, por absorção através de epitelial ou revestimentos mucocutâneos (por exemplo, oral mucosa, mucosa retal e intestinal, etc.) e pode ser administrada junto com outros agentes biologicamente ativos. A administração pode ser sistêmica ou local.
[00116] Uma composição farmacêutica da presente invenção pode ser dispensada subcutânea ou intravenosamente com uma agulha e seringa padrões. Além do mais, com relação à dispensação subcutânea, um dispositivo de dispensação tipo caneta facilmente tem aplicações em dispensação de uma composição farmacêutica da presente invenção. Um dispositivo de dispensação tipo caneta como esse pode ser reusável ou descartável. Um dispositivo de dispensação tipo caneta reusável geralmente utiliza um cartucho substituível que contém uma composição farmacêutica. Uma vez que toda a composição farmacêutica dentro do cartucho foi administrada e o cartucho está vazio, o cartucho vazio pode facilmente ser descartado e substituído com um novo cartucho que contém a composição farmacêutica. O dispositivo de dispensação tipo caneta pode então ser reusado. Em um dispositivo de dispensação tipo caneta descartável, não existe cartucho substituível. Preferivelmente, o dispositivo de dispensação tipo caneta descartável fica cheio com a composição farmacêutica contida em um reservatório dentro do dispositivo. Uma vez que o reservatório é esvaziado da composição farmacêutica, todo o dispositivo é descartado.
[00117] Inúmeros dispositivos de dispensação tipo caneta e autoinjetores reusáveis têm aplicações na dispensação subcutânea de uma composição farmacêutica da presente invenção. Exemplos incluem, mas não se limitando a AUTOPEN™ (Owen Mumford, Inc., Woodstock, UK), DISETRONIC™ pen (Disetronic Medical Sistemas, Bergdorf, Switzerland), HUMALOG MIX 75/25™ peno, HUMALOG™ peno, HUMALIN 70/30™ pen (Eli Lilly and Co., Indianápolis, IN), NOVOPEN™ I, II e III (Novo Nordisco, Copenhagen, Dinamarca), NOVOPEN JUNIOR™ (Novo Nordisco, Copenhagen, Dinamarca), BD™ pen (Becto Dickinson, Franklin Lakes, NJ), OPTIPEN™, OPTIPEN PRO™, OPTIPEN STARLET™, e OPTICLIK™ (sanofi-aventis, Frankfurt, Alemanha), para citar apenas alguns. Exemplos de dispositivos de dispensação tipo caneta descartáveis com aplicações em dispensação subcutânea de uma composição farmacêutica da presente invenção incluem, mas não se limitando a, SOLOSTAR™ pen (sanofi-aventis), o FLEXPEN™ (Novo Nordisco), e o KWIKPEN™ (Eli Lilly), o SURECLICK™ Autoinjector (Amgeno, Thousand Oaks, CA), o PENLET™ (Haselmeier, Stuttgart, Alemanha), o EPIPEN (Dey, L.P.), e o HUMIRA™ Pen (Abbott Labs, Abbott Park IL), para citar apenas alguns.
[00118] Em certas situações, a composição farmacêutica pode ser dispensada em um sistema de liberação controlada. Em uma modalidade, uma bomba pode ser usada (vide Langer, supra; Sefton, 1987, CRC Crit. Ref. Biomed. Eng. 14:201). Em uma outra modalidade, materiais poliméricos podem ser usados; vide, Medical Applications of Controlled Release, Langer and Wise (eds.), 1974, CRC Pres., Boca Raton, Flórida. Ainda em uma outra modalidade, um sistema de liberação controlada pode ser colocado em proximidade do alvo da composição, exigindo assim somente uma fração da dose sistêmica (vide, por exemplo, Goodson, 1984, em Medical Applications of Controlled Release, supra, vol. 2, pp. 115-138). Outros sistemas de liberação controlada são discutidos na revisão por Langer, 1990, Science 249:1527-1533.
[00119] As preparações injetáveis podem incluir formas de dosagem para injeções intravenosa, subcutânea, intracutânea e intramuscular, infusões por gotejamento, etc. Essas preparações injetáveis podem ser preparadas por métodos publicamente conhecidos. Por exemplo, as preparações injetáveis podem ser preparadas, por exemplo, dissolvendo, suspendendo ou emulsificando o anticorpo ou seu sal descrito anteriormente em um meio aquoso estéril ou um meio oleoso convencionalmente usado para injeções. Como o meio aquoso para injeções, existem, por exemplo, salina fisiológica, uma isotônica contendo glicose e outros agentes auxiliares, etc. que podem ser usados em combinação com um agente solubilizante apropriado tais como um álcool (por exemplo, etanol), um poliálcool (por exemplo, propileno glicol, polietileno glicol), um tensoativo não iônico [por exemplo, polissorbato 80, aduto de HCO-50 (polioxietileno (50 mol) de óleo de rícino hidrogenado)], etc. Como o meio oleoso, foram empregados, por exemplo, óleo de sésamo, óleo de soja, etc., que podem ser usados em combinação com um agente solubilizante tais como benzoato de benzila, álcool benzílico, etc. A injeção assim preparada é preferivelmente cheia em um apropriado ampola.
[00120] Vantajosamente, as composições farmacêuticas para uso oral ou parenteral descritas anteriormente são preparadas nas formas de dosagem em uma dose unitária adequada para ajustar uma dose dos ingredientes ativos. Tais formas de dosagem em uma dose unitária incluem, por exemplo, comprimidos, pílulas, cápsulas, injeções (ampolas), supositórios, etc. A quantidade do anticorpo supramencionado contido é geralmente cerca de 5 a cerca de 500 mg por forma de dosagem em uma dose unitária; especialmente na forma de injeção, prefere-se que anticorpo supramencionado seja contido em cerca de 5 a cerca de 100 mg e em cerca de 10 a cerca de 250 mg para as outras formas de dosagem.
Usos Terapêuticos dos Anticorpos
[00121] A presente invenção inclui métodos compreendendo administrar em um indivíduo que precisa dos mesmos uma composição terapêutica compreendendo um anticorpo anti-PRLR ou um conjugado de droga para anticorpo compreendendo um anticorpo anti-PRLR (por exemplo, um anticorpo anti-PRLR ou ADC compreendendo qualquer das sequências de HCVR/LCVR ou CDR apresentadas na Tabela 1 aqui). A composição terapêutica pode compreender qualquer dos anticorpos anti-PRLR, fragmentos de ligação de antígeno dos mesmos, ou ADCs descritos aqui, e um carreador ou diluente farmaceuticamente aceitável.
[00122] Os anticorpos e ADCs da invenção são úteis, entre outros, para o tratamento, prevenção e/ou melhora de qualquer doença ou distúrbio associado com ou mediado por expressão ou atividade do PRLR, ou tratável bloqueando a interação entre PRLR e prolactina ou de outra forma inibindo a atividade e/ou sinalização de PRLR, e/ou promovendo internalização do receptor e/ou diminuição do número do receptor celular da superfície. Por exemplo, os anticorpos e ADCs da presente invenção são úteis para o tratamento de tumores que expressam PRLR e/ou que respondem a sinalização mediada por prolactina, por exemplo, tumores da mama. Os anticorpos e fragmentos de ligação de antígeno da presente invenção podem também ser usados para tratar tumores primários e/ou metastáticos que surgem no cérebro e meninges, orofaringe, pulmão e árvore brônquica, trato gastrintestinal, trato reprodutor de macho e fêmea, músculo, osso, pele e apêndices, tecido conectivo, baço, sistema imune, células de formação de sangue e medula óssea, fígado e trato urinário, e órgãos sensoriais especiais tal como o olho. Em certas modalidades, os anticorpos e ADCs da invenção são usados para tratar um ou mais dos seguintes cânceres: carcinoma da célula renal, carcinoma pancreático, câncer da cabeça e pescoço, câncer da próstata, gliomas malignos, osteossarcoma, câncer colorretal, câncer gástrico (por exemplo, câncer gástrico com amplificação de MET), mesotelioma malignos, mieloma múltiplos, câncer ovariano, câncer da célula pequena, câncer de pulmão célula não pequena, sarcoma sinovial, câncer da tireoide, câncer de mama, ou melanoma.
[00123] Os anticorpos anti-PRLR da presente invenção são também úteis para o tratamento ou prevenção de uma ou mais doenças ou distúrbios selecionados do grupo que consiste em endometriose, adenomiose, contracepção de fertilidade da fêmea não hormonal, doença benigna da mama e mastalgia, inibição de lactação, hiperplasia da próstata benigna, fibroides, perda de cabelo hiper e normoprolactinêmica, e como parte de terapia do hormônio para inibir proliferação de célula epitelial mamária.
[00124] No contexto dos métodos de tratamento descritos aqui, o anticorpo anti-PRLR pode ser administrado como uma monoterapia (isto é, somente como agente terapêutico) ou em combinação com um ou mais agentes terapêuticos adicionais (exemplos dos quais são descritos em qualquer lugar aqui).
[00125] A presente invenção inclui métodos para identificar pacientes que são tratáveis com um anticorpo ou ADC da presente invenção ensaiando altos níveis de expressão do PRLR em um ou mais tecidos do paciente, tal como um tecido do tumor. Em uma modalidade relacionada, a presente invenção inclui métodos para tratar cânceres caracterizados por alta expressão de nível do PRLR. Por exemplo, a presente invenção inclui métodos de tratamento compreendendo administrar um anticorpo anti-PRLR da invenção, ou ADC do mesmo (por exemplo, qualquer dos ADCs anti-PRLR descritos em qualquer lugar aqui), em um indivíduo com um tumor, em que o tumor foi identificado expressando altos níveis de PRLR. Em certas modalidades, o tumor é identificado expressando altos níveis de PRLR por imuno- histoquímica de uma amostra de biópsia ou outras técnicas de imageamento tal como, por exemplo, imageamento imuno-PET, etc.
Terapias de Combinação e Formulações
[00126] A presente invenção inclui composições e formulações terapêuticas compreendendo qualquer dos anticorpos anti-PRLR descritos aqui em combinação com um ou mais componentes terapeuticamente ativos adicionais, e métodos de tratamento compreendendo administrar tais combinações em indivíduos que necessitam das mesmas.
[00127] Os anticorpos anti-PRLR da presente invenção podem ser coformulados com e/ou administrados em combinação com um ou mais componente(s) terapeuticamente ativo(s) adicional(s) selecionado(s) do grupo que consiste em: um antagonista de EGFR (por exemplo, um anticorpo anti- EGFR [por exemplo, cetuximab ou panitumumab] ou inibidor de molécula pequena de EGFR [por exemplo, gefitinib ou erlotinib]), um antagonista de um outro membro da família EGFR tal como Her2/ErbB2, ErbB3 ou ErbB4 [por exemplo, anti-ErbB2 [por exemplo, trastuzumab ou T-DM1 {KADCYLA®}], anticorpo anti-ErbB3 ou anti-ErbB4 ou inibidor de molécula pequena de atividade ErbB2, ErbB3 ou ErbB4), um antagonista de EGFRvll l (por exemplo, um anticorpo que se liga especificamente a EGFRvll l), um antagonista de cMET (por exemplo, um anticorpo anti-cMET), um antagonista de IGF1R (por exemplo, um anticorpo anti-IGF1R), um inibidor de B-raf (por exemplo, vemurafenib, sorafenib, GDC-0879, PLX-4720), um inibidor de PDGFR-ona (por exemplo, um anticorpo anti-PDGFR-ona), um inibidor de PDGFR-β (por exemplo, um anticorpo anti-PDGFR-β ou inibidor quinase de molécula pequena tal como, por exemplo, mesilato de imatinib ou malato de sunidadeinib), um inibidor de ligante de PDGF (por exemplo, anticorpo anti-PDGF-ona, -B, -C, ou -D, aptâmero, siRNA, etc.), um antagonista do VEGF (por exemplo, um VEGF-Trap tal como aflibercept, vide, por exemplo, US 7.087.411 (também referido aqui como uma ”proteína de fusão de inibição de VEGF"), anticorpo anti-VEGF (por exemplo, bevacizumab), um inibidor quinase de molécula pequena do receptor de VEGF (por exemplo, sunidadeinib, sorafenib ou pazopanib)), um antagonista do DLL4 (por exemplo, um anticorpo anti-DLL4 descrito em US 2009/0142354 tal como REGN421), um antagonista Ang2 (por exemplo, um anticorpo anti-Ang2 descrito em US 201 1/0027286 tal como H1H685P), um antagonista de FOLH1 (por exemplo, um anticorpo anti-FOLH1), um antagonista de STEAP1 ou STEAP2 (por exemplo, um anticorpo anti- STEAP1 ou um anticorpo anti-STEAP2), um antagonista de TMPRSS2 (por exemplo, um anticorpo anti-TMPRSS2), um antagonista de MSLN (por exemplo, um anticorpo anti-MSLN), um antagonista de CA9 (por exemplo, um anticorpo anti-CA9), um antagonista de uroplaquina (por exemplo, um anticorpo anti-uroplaquina [por exemplo, anti-UPK3A]), um antagonista de MUC16 (por exemplo, um anticorpo anti-MUC16), um antagonista do antígeno de Tn (por exemplo, um anticorpo anti-Tn), um antagonista de CLEC12A (por exemplo, um anticorpo anti- CLEC12A), um antagonista de TNFRSF17 (por exemplo, um anticorpo anti-TNFRSF17), um antagonista de LGR5 (por exemplo, um anticorpo anti-LGR5), um antagonista de CD20 monovalente (por exemplo, um anticorpo anti-CD20 monovalente tal como rituximab), etc. Outros agentes que podem ser beneficamente administrados em combinação com anticorpos da invenção incluem, por exemplo, tamoxifeno, inibidores de aromatase, e inibidores de citocina, incluindo inibidores de citocina de molécula pequena e anticorpos que ligam nas citocinas tais como l L-1, IL-2, IL-3, IL-4, IL-5, IL-6, IL-8, IL-9, IL-1 1, IL- 12, IL-13, IL-17, IL-18, ou nos seus respectivos receptores.
[00128] A presente invenção inclui composições e formulações terapêuticas compreendendo qualquer dos anticorpos anti-PRLR descritos aqui em combinação com um ou mais agentes quimioterapêuticos. Exemplos de agentes quimioterapêuticos incluem agentes alquilantes tais como tiotepa e ciclosfosfamida (Citoxan™); sulfonatos de alquila tais como busulfan, improsulfan e piposulfan; aziridinas tais como benzodopa, carboquona, meturedopa, e uredopa; etileniminas e metilamelaminas incluindo altretamina, trietilenomelamina, trietilenofosforamida, trietilenotiofosfaoramida e trimetilolomelamina; mostardas de nitrogênio tais como clorambucil, clornafazina, colofosfamida, estramustina, ifosfamida, mecloretamina, cloridrato do óxido de mecloretamina, mostarda, novembiquina, fenesterina, prednimustina, trofosfamida, mostarda de uracil; nitrosureas tais como carmustina, clorozotocina, fotemustina, lomustina, nimustina, ranimustina; antibióticos tais como aclacinomisinas, actinomicina, autramicina, azaserina, bleomicinas, cactinomicina, caliqueamicina, carabicina, carminomicina, carzinofilina, cromomicinas, dactinomicina, daunorubicina, detorubicina, 6- diazo-5-oxo-L-norleucina, doxorubicina, epirubicina, esorubicina, idarubicina, marcelomicina, mitomicinas, ácido micofenólico, nogalamicina, olivomicinas, peplomicina, potfiromicina, puromicina, quelamicina, rodorubicina, estreptonigrina, estreptozocina, tubercidina, ubenimex, zinostatina, zorubicina; antimetabólitos tais como metotrexato e 5-fluorouracil (5-FU); análogos do ácido fólico tais como denopterina, metotrexato, pteropterina, trimetrexato; análogos de purina tais como fludarabina, 6- mercaptopurina, tiamiprina, tioguanina; análogos de pirimidina tais como ancitabina, azacitidina, 6-azauridina, carmofur, citarabina, dideoxiuridina, doxifluridina, enocitabina, floxuridina; andrógenos tais como calusterona, propionato de dromostanolona, epitiostanol, mepitiostano, testolactona; antiadrenáis tais como aminoglutetimida, mitotano, trilostano; ácido fólico reabastecedor tal como ácido frolínico; aceglatona; aldofosfamida glicosídeo; ácido aminolevulínico; amsacrina; bestrabucil; bisantreno; edatraxato; defofamina; demecolcina; diaziquona; elfornitina; acetato de eleptinio; etoglucid; nitrato de gálio; hidroxiurea; lentinan; lonidamina; mitoguazona; mitoxantrona; mopidamol; nitracrina; pentostatina; fenamet; pirarubicina; ácido podofílico; 2-etil-hidrazida; procarbazina; PSK™; razoxano; sizofiran; espirogermanio; ácido tenuazônico; triaziquona; 2,2',2"-triclorotrietilamina; uretano; vindesina; dacarbazina; manomustina; mitobronitol; mitolactol; pipobroman; gacitosina; arabinosídeo ("Ara-C"); ciclofosfamida; tiotepa; taxanos, por exemplo, paclitaxel (Taxol™, Bristol-Myers Squibb Oncology, Princeton, N.J.) e docetaxel (Taxotere™; Aventis Antony, França); clorambucil; gemcitabina; 6-tioguanina; mercaptopurina; metotrexato; análogos de platina tais como cisplatina e carboplatina; vinblastina; platina; etoposídeo (VP-16); ifosfamida; mitomicina C; mitoxantrona; vincristina; vinorelbina; navelbina; novantrona; teniposídeo; daunomicina; aminopterina; xeloda; ibandronato; CPT-1 1; inibidor de topoisomerase RFS 2000; difluorometilornitina (DMFO); ácido retinóico; esperamicinas; capecitabina; e sais farmaceuticamente aceitáveis, ácidos ou derivados de qualquer dos expostos. Também incluídos nesta definição são agentes anti-hormonais que agem para regular ou inibir ação de hormônio em tumores tal como antiestrógenos incluindo por exemplo, tamoxifeno, raloxifeno, 4(5)-imidazóis, 4-hidroxitamoxifeno de inibição de aromatase, trioxifeno, ceoxifeno, LY 1 17018, onapristona, e toremifeno (Fareston); e antiandrógenos tais como flutamida, nilutamida, bicalutamida, leuprolida, e goserelina; e sais farmaceuticamente aceitáveis, ácidos ou derivados de qualquer dos expostos.
[00129] Os anticorpos anti-PRLR da invenção podem também ser administrados e/ou coformulados em combinação com antivirais, antibióticos, analgésicos, corticoesteroides, esteroides, oxigênio, antioxidantes, inibidores de COX, cardioprotetores, quelantes metálicos, IFN-gama, e/ou NSAIDs.
[00130] O(s) componente(s) terapeuticamente ativo(s) adicional(s), por exemplo, qualquer dos agentes listados anteriormente ou derivados dos mesmos, pode(m) ser administrado(s) imediatamente antes, simultaneamente, ou logo depois da administração de um anticorpo anti-PRLR da presente invenção; (com propósito da presente descrição, tais regimes de administração são considerados administração de um anticorpo anti-PRLR ”em combinação com" um componente terapeuticamente ativo adicional). A presente invenção inclui composições farmacêuticas nas quais um anticorpo anti-PRLR da presente invenção é coformulada com um ou mais do(s) componente(s) terapeuticamente ativo(s) adicional(s) conforme descrito em qualquer lugar aqui.
Regimes de Administração
[00131] De acordo com certas modalidades da presente invenção, múltiplas doses de um anticorpo anti-PRLR (ou uma composição farmacêutica compreendendo uma combinação de um anticorpo anti-PRLR e qualquer dos agentes terapeuticamente ativos adicionais mencionados aqui) podem ser administradas em um indivíduo por um curso de tempo definido. Os métodos de acordo com este aspecto da invenção compreendem administrar sequencialmente em um indivíduo múltiplas doses de um anticorpo anti-PRLR da invenção. Conforme usado aqui, ”administrar sequencialmente" significa que cada dose de anticorpo anti-PRLR é administrada no indivíduo em um ponto de tempo diferente, por exemplo, em diferentes dias separados por um intervalo predeterminado (por exemplo, horas, dias, semanas ou meses). A presente invenção inclui métodos que compreendem administrar sequencialmente no paciente uma única dose inicial de um anticorpo anti-PRLR, seguida por uma ou mais doses secundárias do anticorpo anti-PRLR, e opcionalmente seguida por uma ou mais doses terciárias do anticorpo anti-PRLR.
[00132] As expressões ”dose inicial”, ”doses secundárias” e ”doses terciárias” se referem a sequência temporal de administração do anticorpo anti-PRLR da invenção. Assim, a ”dose inicial" é a dose que é administrada no início do regime de tratamento (também referida como a ”dose de linha de base"); as ”doses secundárias" são as doses que são administradas depois da dose inicial; e as ”doses terciárias" são as doses que são administradas depois das doses secundárias. As doses inicial, secundária e terciária podem todas conter a mesma quantidade de anticorpo anti-PRLR, mas geralmente podem diferir umas das outras em termos da frequência de administração. Em certas modalidades, entretanto, a quantidade de anticorpo anti-PRLR contida nas doses inicial, secundária e/ou terciária variam umas das outras (por exemplo, ajustadas para cima ou para baixo, como apropriado) durante o curso do tratamento. Em certas modalidades, duas ou mais (por exemplo, 2, 3, 4 ou 5) doses são administradas no início do regime de tratamento como ”doses de carregamento" seguidas por doses subsequentes que são administradas em uma base menos frequente (por exemplo, ”doses de manutenção").
[00133] Em certas modalidades exemplares da presente invenção, cada dose secundária e/ou terciária é administrada 1 a 26 (por exemplo, 1, 1%, 2, 2%, 3, 3%, 4, 4%, 5, 5%, 6, 6%, 7, 7%, 8, 8%, 9, 9%, 10, 10%, 11, 11 %, 12, 12%, 13, 131/2, 14, 14%, 15, 15%, 16, 16%, 17, 17%, 18, 18%, 19, 19%, 20, 20/, 21, 211/2, 22, 22/, 23, 23/, 24, 241/2, 25, 25/, 26, 26/, ou mais) semanas depois da dose imediatamente anterior. A expressão ”a dose imediatamente anterior”, da maneira aqui usada, significa, em uma sequência de múltiplas administrações, a dose de anticorpo anti-PRLR que é administrada em um paciente antes da administração da dose muito próxima na sequência sem doses intervenientes.
[00134] Os métodos de acordo com este aspecto da invenção podem compreender administrar em um paciente qualquer número de doses secundárias e/ou terciárias de um anticorpo anti-PRLR. Por exemplo, em certas modalidades, somente uma única dose secundária é administrada no paciente. Em outras modalidades, duas ou mais (por exemplo, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, ou mais) doses secundárias são administradas no paciente. Igualmente, em certas modalidades, somente uma única dose terciária é administrada no paciente. Em outras modalidades, duas ou mais (por exemplo, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, ou mais) doses terciárias são administradas no paciente. O regime de administração pode ser realizado indefinidamente durante o tempo de vida de um indivíduo particular, ou até tal tratamento não ser mais terapeuticamente necessário ou vantajoso.
[00135] Em modalidades envolvendo múltiplas doses secundárias, cada dose secundária pode ser administrada na mesma frequência das outras doses secundárias. Por exemplo, cada dose secundária pode ser administrada no paciente 1 a 2 semanas ou 1 a 2 meses depois da dose imediatamente anterior. Similarmente, em modalidades envolvendo múltiplas doses terciárias, cada dose terciária pode ser administrada na mesma frequência das outras doses terciárias. Por exemplo, cada dose terciária pode ser administrada no paciente 2 a 12 semanas depois da dose imediatamente anterior. Em certas modalidades da invenção, a frequência na qual as doses secundárias e/ou terciárias são administradas a um paciente pode variar durante o curso do regime de tratamento. A frequência de administração pode também ser ajustada durante o curso de tratamento por um médico dependendo da necessidade do paciente individual após exame clínico.
[00136] A presente invenção inclui regimes de administração nos quais 2 a 6 doses de carregamento são administradas em um paciente a uma primeira frequência (por exemplo, uma vez por semana, uma vez a cada duas semanas, uma vez a cada três semanas, uma vez ao mês, uma vez a cada dois meses, etc.), seguidas por administração de duas ou mais doses de manutenção no paciente em uma base menos frequente. Por exemplo, de acordo com este aspecto da invenção, se as doses de carregamento são administradas em uma frequência de uma vez por mês, então as doses de manutenção podem ser administradas no paciente uma vez a cada seis semanas, uma vez a cada dois meses, uma vez a cada três meses, etc.
Usos Diagnósticos dos Anticorpos
[00137] Os anticorpos anti-PRLR da presente invenção podem também ser usados para detectar e/ou medir PRLR ou células que expressam PRLR em uma amostra, por exemplo, com propósitos diagnósticos. Por exemplo, um anticorpo anti-PRLR, ou fragmento do mesmo, pode ser usado para diagnosticar uma condição ou doença caracterizada por expressão aberrante (por exemplo, sobre-expressão, sobexpressão, falta de expressão, etc.) de PRLR. Ensaios diagnósticos exemplares para PRLR podem compreender, por exemplo, colocar uma amostra em contato, obtida de um paciente, com um anticorpo anti-PRLR da invenção, em que o anticorpo anti-PRLR é marcado com uma marca detectável ou molécula repórter. Alternativamente, um anticorpo anti-PRLR não marcado pode ser usado em aplicações de diagnóstico em combinação com um anticorpo secundário que é por si mesmo marcado detectavelmente. A marca detectável ou molécula repórter pode ser um radioisótopo, tais como 3H, 14C, 32P, 35S, ou 125I; uma fração fluorescente ou quimioluminescente tal como fluoresceína, ou rodamina; ou uma enzima tais como fosfatase alcalina, beta-galactosidase, peroxidase de rábano silvestre, ou luciferase. Ensaios exemplares específicos que podem ser usados para detectar ou medir PRLR em uma amostra incluem ensaio imunoabsorvente ligado por enzima (ELISA), radioimunoensaio (RIA), imuno-PET (por exemplo, 89Zr, 64Cu, etc.), e classificação celular ativada por fluorescência (FACS).
[00138] Amostras que podem ser usadas em ensaios diagnósticos de PRLR de acordo com a presente invenção incluem qualquer amostra de tecido ou fluido obtenível de um paciente que contém quantidades detectáveis de proteína do PRLR, ou fragmentos da mesma, em condições normais ou patológicas. Geralmente, níveis de PRLR em uma amostra particular obtida de um paciente saudável (por exemplo, um paciente não afligido com uma doença ou condição associada com níveis ou atividade de PRLR anormais) serão medidos para estabelecer inicialmente uma linha de base, ou nível de PRLR padrão. Este nível da linha de base de PRLR pode então ser comparado com os níveis de PRLR medidos em amostras obtidas dos indivíduos suspeitos de ter uma doença ou condição relacionada com PRLR.
EXEMPLOS
[00139] Os exemplos seguintes são apresentados de maneira a prover os versados na técnica com uma descrição completa e descrição de como produzir e usar os métodos e composições da invenção, e não visam limitar o escopo do que os inventores consideram sua invenção. Esforços foram feitos para assegurar a precisão com relação aos números usados (por exemplo, quantidades, temperatura, etc.), mas alguns erros e desvios experimentais devem ser levados em conta. A menos que indicado de outra forma, partes são partes em peso, peso molecular é peso molecular médio, temperatura é em graus centígrados, e pressão é atmosférica ou próxima a ela. Exemplo 1. Geração de Anticorpos anti-PRLR
[00140] Anticorpos anti-PRLR foram obtidos imunizando um camundongo VELOCI MMUNE® (isto é, um camundongo modificado compreendendo DNA que codifica regiões variáveis de cadeia pesada e kapa leve de imunoglobulina de humano) com um imunógeno compreendendo um domínio ecto dimérico solúvel de PRLR de humano. A resposta do anticorpo imune foi monitorada por um imunoensaio específico de PRLR. Quando uma resposta imune desejada foi obtida, esplenócitos foram colhidos e fundidos com células de mieloma de camundongo para preservar sua viabilidade e formar linhagens celulares do hibridoma. As linhagens celulares do hibridoma foram classificadas e selecionadas para identificar linhagens celulares que produzem anticorpos específicos de PRLR. Usando esta técnica, diversos anti-PRLR anticorpos quiméricos (isto é, anticorpos que possuem domínios variáveis de humano e domínios constantes de camundongo) foram obtidos. Além do mais, diversos anticorpos anti-PRLR totalmente humanos foram isolados diretamente das células B positivas do antígeno sem fusão nas células de mieloma, conforme descrito em US 2007/0280945A1.
[00141] Certas propriedades biológicas dos anticorpos anti-PRLR exemplares geradas de acordo com os métodos deste Exemplo são descritas com detalhes nos Exemplos apresentados a seguir. Exemplo 2. Sequências de Aminoácidos e Ácido Nucleico da Região Variável de Cadeia Pesada e Leve
[00142] Tabela 1 apresenta os identificadores de sequência de aminoácidos das regiões variáveis de cadeia pesada e leve e CDRs de anticorpos anti-PRLR selecionados da invenção. Os identificadores de sequência de ácido nucleico correspondentes são apresentados na Tabela 2. Tabela 1 : Identificadores de Sequência de Aminoácidos Tabela 2: Identificadores de Sequência do Ácido Nucleico SEQ ID NOs:
[00143] Anticorpos são tipicamente referidos aqui de acordo com a seguinte nomenclatura: prefixo Fc (por exemplo, HÍH”, HÍM”, ”H2M”, etc.), seguido por um identificador numérico (por exemplo ”6762”, ”6953”, ”6958”, etc.), seguido por um sufixo ”P" ou ”N", como mostrado nas tabelas Í e 2. Assim, de acordo com esta nomenclatura, um anticorpo pode ser referido aqui como, por exemplo, ”HÍH6762P”, ”HÍM6953N”, ”H2M6958N”, etc. Os prefixos HÍH, HÍM e H2M nas designações de anticorpos usados aqui indicam o isotipo da região Fc particular do anticorpo. Por exemplo, um anticorpo ”HÍH" tem um Fc de IgGÍ humano, um anticorpo ”HÍM" tem um Fc do IgGÍ de camundongo, e um anticorpo ”H2M" tem um Fc do IgG2 de camundongo, (todas as regiões variáveis são totalmente humanas como denotadas pelo primeiro H' na designação do anticorpo). Como versados na técnica perceberão, um anticorpo com um isotipo do Fc particular pode ser convertido em um anticorpo com um diferente isotipo do Fc (por exemplo, um anticorpo com um Fc de IgGÍ de camundongo pode ser convertido em um anticorpo com um IgG4 de humano, etc.), mas de qualquer maneira, os domínios variáveis (incluindo os CDRs) - que são indicados pelos identificadores numéricos mostrados nas tabelas Í e 2 - permanecerão os mesmos, e espera-se que as propriedades de ligação sejam idênticas ou substancialmente similares indiferentemente da natureza do domínio Fc.
Construtos de Controle Usados nos Exemplos Seguintes
[00144] Construtos de controle foram incluídos nos experimentos seguintes com propósitos comparativos: Controle I: um anticorpo anti-PRLR de humano com domínios variáveis de cadeia pesada e leve tendo as sequências de aminoácidos dos domínios correspondentes de ”he.06.642-2”, apresentadas em WO2008/02295A2; e Controle II: um anticorpo anti-ErbB2 de humano com domínios variáveis de cadeia pesada e leve tendo as sequências de aminoácidos dos domínios correspondentes de ”4D5v8" apresentadas em: Carter et al., 1992, Proc. Natl. Acad. Sci. USA, 89:42854289. Exemplo 3. Afinidades de Ligação e Constantes Cinéticas de Anticorpos Monoclonais anti-PRLR de Humano Derivadas de Ressonância de Plasmon de Superfície
[00145] Afinidades de ligação e constantes cinéticas de anticorpos anti- PRLR monoclonais de humano foram determinadas por ressonância de plasmon de superfície a 25°C e 37°C. Anticorpos, expressos como Fc de IgG1 de humano (isto é, designações ”H1H”), foram capturados em uma superfície do sensor do Fc anti-humano (formato de captura de mAb), e proteína monomérica solúvel (hPRLR.mmh; SEQ ID NO:401, ou macaca fascicularis (mf) PRLR.mmh; SEQ ID NO:403) ou dimérica (hPRLR.mFc; SEQ ID NO:402) do PRLR foi injetada sobre a superfície do sensor. Medições foram conduzidas em um instrumento T200 Biacore. Constantes de taxa de associação (ka) e dissociação (kd) cinética foram determinadas processando e ajustando os dados em um modelo de ligação 1:1 usando software de ajuste de curva Scrubber 2.0. Constantes de equilíbrio de dissociação de ligação (KD) e meias-vidas dissociativas (t12) foram calculadas a partir das constantes de taxa cinética como: KD (M) = kd/ ka; e t1/2 (minuto) = (In2/(60*kd). Resultados são sumarizados nas tabelas 3 e 4. Tabela 3: Afinidades de Ligação Biacore de MAbs do Fc de Humano a 25°C NB= Nenhuma ligação observada em condições usadas NB= Nenhuma ligação observada em condições usadas Tabela 4: Afinidades de Ligação Biacore de MAbs do Fc de Humano a 37°C
[00146] Como mostrado nas tabelas 3 e 4, diversos anticorpos da invenção exibiram afinidades subnanomolares para proteína do PRLR de humano e macaco e exibiram maior afinidade do que o anticorpo anti-PRLR comparador (Controle I). Por exemplo, a 37°C, muitos dos anticorpos anti- PRLR da invenção ligados em PRLR de humano monomérico com valores KD menores que 4 nM e T/2 vezes maiores que 5 minutos; e em PRLR de humano dimérico com valores KD menores que 250 pM e T/2 vezes maiores que 60 minutos. Estas características de ligação são substancialmente melhores do que foi observado com o anticorpo de Controle I nas mesmas condições experimentais. Exemplo 4A. Anticorpos Anti-PRLR Ligam em Linhagens Celulares de PRLR Endógeno e Sobre-expresso
[00147] A capacidade de os anticorpos anti-PRLR ligarem seletivamente PRLR que expressam linhagens celulares foi em seguida determinada. Construtos de PRLR de macaca fascicularis de macaco, humano, e camundongo com uma marca HA foram estavelmente introduzidos nas células HEK293 por meio da metodologia de transfecção mediada por Lipofectamina 2000. Transfectantes (HEK293/hPRLR, HEK293/mfPRLR e HEK293/mPRLR) foram selecionados por pelo menos 2 semanas em meio de crescimento completo plus G418.
[00148] Expressão de superfície celular do PRLR nas células 293/hPRLR foi avaliada por meio de análise FACS. Resumidamente, 1x105 células foram incubadas com 10 pg/mL de anticorpo I de Controle, ou um controle de isotipo por 30 minutos no gelo em tampão de diluição de anticorpo. Após duas lavagens com tampão de diluição de anticorpo, as células foram incubadas com 10 μg/mL de anticorpos secundários anti- humanos conjugados com PE por 30 minutos no gelo. Após duas lavagens adicionais, as amostras foram corridas em um citômetro Hypercyt® e analisadas em ForeCyt™ (IntelliCyt, Albuquerque, NM). As intensidades de fluorescência médias (MFI) foram expressas como mudança de vezes acima dos níveis do controle de isotipo (fundo). Ligação de FACS confirmou que Controle I seletivamente ligado em células que expressam 293/hPRLR com MFIs maiores foram 30 vezes acima dos níveis de prática (ctrl do isotipo) e menos que 2 vezes de ligação em células parentais.
[00149] Número de cópia da superfície celular de PRLR foi também quantitativamente determinado em linhagens celulares que sobre-expressam T47D, MCF7 e MCF7/hPRLR. Resumidamente, 1 x105 células foram incubadas com 100 nM do anticorpo anti-PRLR H1H6953N-Alexa647 por 30 minutos no gelo em tampão de diluição de anticorpo. Após duas lavagens com tampão de diluição de anticorpo, as amostras foram corridas em um citômetro Hypercyt® (IntelliCyt, Albuquerque, NM) e as intensidades de fluorescência médias (MFI) foram determinadas em ForeCyt™ (IntelliCyt, Albuquerque, NM). O MFI para cada linhagem celular foi então convertido em moléculas Alexa647 de fluorescência solúvel equivalente (MESF) por meio do kit Quantum Alexa Fluor 647 MESF de acordo com instruções do fabricante (Bangs Laboratories, Inc, Fishers, EM). O número médio de fluoróforos por proteína de H1H6953N-A647 (razão F/P) foi determinado por meio do kit Simply Cellular Anti-Human IgG de acordo com instruções do fabricante (Bangs Laboratories, Inc, Fishers, EM). Os valores de MESF foram divididos pela razão F/P para determinar o número de cópia da superfície celular de PRLR ou capacidade de ligação de antígeno de H1H6953N em cada linhagem celular. Usando este método, determinou-se que o número de cópia de superfície celular aproximado de PRLR nas várias linhagens celulares foi como a seguir: T47D = 27.000; MCF7 = 3.000; e MCF7/hPRLR = 190.000.
[00150] Em seguida, os anticorpos anti-PRLR da presente invenção foram testados por meio de FACS quanto a ligação seletiva nas linhagens celulares de PRLR HEK293 de sobre-expresão modificada, bem como nas células HEK293 de não expresão e uma linhagem celular que expressa PRLR nativo (T47D). Resultados são mostrados na Tabela 5. Tabela 5: Ligação da Superfície Celular de FACS de Anticorpos anti-PRLR *Denota anticorpos com ligação específica em HEK293/hPRLR, HEK293/mfPRLR e T47D e ligação menos que 2 vezes em células parentais HEK293.
[00151] Conforme mostrado na Tabela 5, uma maior parte dos anticorpos do PRLR anti-humano ligaram especificamente a células HEK293/PRLR a >25 vezes acima dos níveis de prática, com ligação insignificante em células parentais. Anticorpos que ligam no PRLR de humano mostraram ligar similarmente em PRLR de macaco (macaca fascicularis) nas células HEK293/mfPRLR. Anticorpos que foram identificados como ligantes fortes em células HEK293/hPRLR mostraram similarmente ser ligantes robustos em células T47D que expressam PRLR nativo. Reatividade cruzada para PRLR de roedor não foi observada.
[00152] Resumidamente, anticorpos desta invenção exibiram forte ligação a PRLR de humano e macaco em linhagens celulares modificadas bem como PRLR endogenosamente expresso. Exemplo 4B. Anticorpos anti-PRLR são Internalizados por Células in vitro que Expressão PRLR
[00153] Neste Exemplo, a internalização de anticorpos anti-PRLR por células (T47D)que expressam PRLR foi avaliada. Resumidamente, 20.000 células T47D foram semeadas em placas de 96 poços revestidas com colágeno. No dia seguinte, as células foram incubadas com anticorpos do PRLR anti-humano (10 g/mL) por 30 minutos no gelo seguido por duas lavagens com PBS. As células foram então incubadas com alexa488 conjugado anticorpos secundários Fab anti-hFc por 30 minutos no gelo seguido por duas lavagens adicionais com PBS. Anticorpos foram internalizados naturalmente por 1 hora a 37°C em tampão internalização (PBS + 2% de FBS) ou permaneceram a 4°C. Células foram fixadas em 4% de formaldeído, núcleos foram manchados com DRAQ5 (sinalização de célula), e imagens foram adquiridas no ImageXpress micro XL (Dispositivos Moleculares). Intensidade de alexa488 da célula total a 37°C (Ligação) e a intensidade de alexa488 nas vesículas intracelulares a 37°C (Internalização) foram determinadas por meio de software de análise de imagem Columbus (PerkinElmer). As intensidades são expressas como uma porcentagem do anticorpo de internalização mais forte, H1H6975N, e são sumarizados na Tabela 6. Tabela 6
[00154] Com a exceção de H1H6959N2, todos os anticorpos testados se ligaram a T47D e aproximadamente 100% de todos os mAbs ligados internalizaram em 1 hora. A intensidade do anticorpo internalizado total para a maioria dos anticorpos foi maior que o anticorpo de controle PRLR anti- humano (Controle I). Exemplo 5. Anticorpos Anti-PRLR Inibem Ativação do Receptor Mediada por PRL em Células que Expressam PRLR de humano
[00155] A capacidade de anticorpos anti-PRLR bloquear ativação do receptor mediada por prolactina (PRL) foi examinada em um ensaio repórter baseado em luciferase. O PRL do hormônio endócrino se liga ao domínio extracelular de seu receptor PRLR cognato, desencadeando homodimerização rápida e ativando diversas cascatas de sinalização à jusante.
[00156] Neste exemplo, uma linhagem celular modificada foi usada para determinar a capacidade de anticorpos anti-PRLR de bloquear ativação do ligante do receptor PRLR. Resumidamente, linhagens celulares de HEK293/hPRLR/STAT5-Luc com incorporação estável de um cassete de expressão do PRLR de humano e o repórter luciferase dependente de STAT5 foram gerados por meio de rodadas sequenciais de transfecção mediada por Lipofectamina® 2000 (LifeTecnologias, Carlsbad, CA). Células foram selecionadas por pelo menos duas semanas na presença de 500 μg/mL de G418 (hPRLR) e 100 μg/mL de higromicina B (STAT5-Luc). O ensaio STAT5-Luc utilizou 2x105 células HEK293/hPRLR/STAT5-Luc semeadas em meio de crescimento completo em placas de 96 poços revestidas com PDL crescidas por toda a noite a 37°C, 5% de CO2. Para gerar curvas de inibição de anticorpo, células foram incubadas (6 horas a 37°C) com anticorpos do PRLR anti-humano serialmente diluídos (100 nM a 24 pM) na presença de PRL constante 5 nM antes do sinal de registro. Curvas de resposta a dose de PRL foram geradas pela adição de PRL serialmente diluído (100 nM a 24 pM) nas células e sinal de registro depois de uma incubação de 6 horas (37°C) na ausência dos anticorpos. A capacidade de os anticorpos ativarem PRLR na ausência de ligante foi também avaliada.
[00157] Atividade Luciferase foi medida com reagente ONE-Glo™ (Promega, Madison, Wl). Unidades de luz relativas (RLUs) foram medidas em um luminômetro Victor (Perkin Elmer, Shelton, CT). Os valores EC50/IC50 foram determinados a partir de uma equação logística de quatro parâmetros em uma curva de resposta de 8 pontos usando GraphPad Prism. Bloqueio percentual e ativação percentual são reportados para a dose de anticorpo mais alta. Resultados são mostrados na Tabela 7. Tabela 7: IC50 e Bloqueio Percentual de Sinalização Mediada por PRL por Anticorpos anti-PRLR NB: Sem bloqueio; ND: Não determinado devido a bloqueio incompleto
[00158] Como sumarizado na Tabela 7, a maior parte dos anticorpos desta invenção inibiu ativação do repórter de STAT5, com valores IC50 variando de 22 pM a 8 nM. Todos os anticorpos inibidores bloquearam ativação nos níveis da linha de base (100 porcento de bloqueio). Adicionalmente, os anticorpos testados neste ensaio não ativaram STAT5 na ausência de ligante de PRL.
[00159] Resumidamente, os dados deste Exemplo mostram que uma maioria dos anticorpos anti-PRLR da invenção bloqueia ativação do receptor mediada por PRL. Adicionalmente, a maior parte dos anticorpos inibe ativação do receptor mais potencialmente do que o anticorpo anti-PRLR de Controle I. Por exemplo, diversos anticorpos anti-PRLR da presente invenção bloquearam a sinalização mediada por prolactina com valores IC50 menores que cerca de 1,3 nM. Por outro lado, certos anticorpos anti-PRLR da invenção, apesar de ser capaz de se ligar PRLR, não exibiram atividade de bloqueio de prolactina. Tais anticorpos anti-PRLR de não bloqueio podem encontrar usos em vários contextos terapêuticos onde alvejamento de PRLR é desejado sem interferir na sinalização mediada por prolactina normal. Exemplo 6. Preparação e Caracterização de Conjugados de Droga para Anticorpo Anti-PRLR
[00160] Anticorpos anti-PRLR selecionados foram conjugados com o maitansinoide DM1 através de um ligante de SMCC usando métodos similares àqueles apresentados em Patente US No. 5.208.020 e Publicação do Pedido de Patente US No. 2010/0129314. Os conjugados foram purificados por cromatografia de exclusão de tamanho e filtrados estéreis. Todos os materiais de partida e solventes foram adquiridos comercialmente e usados sem purificação, a menos que de outra forma notada.
[00161] Concentrações de proteína e ligante/carga útil foram determinadas por análise de espectral de UV e espectrometria de massa MALDI-TOF. HPLC de exclusão de tamanho estabeleceu que todos os conjugados usados foram >95% monoméricos, e RP-HPLC estabeleceu que houve <0,5% de carga útil do ligante não conjugado. Rendimentos são reportados na Tabela 8 e 9 baseados em proteína. Todos os anticorpos conjugados foram analisados por UV quanto aos valores de carregamento da carga útil do ligante de acordo com Hamblett et al, 2004, Clinical Cancer Research 10(20):7063-7070, e por diferença de massa, nativo versus conjugado. Tabela 8: Concentrações de Proteína para Anticorpos Não Conjugados Tabela 9: Concentrações de Anticorpo Ligante/Carga útil para Conjugados de Anti-PRLR-SMCC-DM1 ND: não determinado
[00162] Este Exemplo ilustra a conjugação de anticorpos anti-PRLR da presente invenção com DM1 através de um ligante de SMCC. A razão molar carga útil : anticorpo foi calculada de cerca de 2,3 a cerca de 3,8 para os anticorpos conjugados deste Exemplo. Os rendimentos em porcentagem para os anticorpos da invenção variaram de cerca de 50% a 70%. Exemplo 7. Conjugados de Droga para Anticorpo Anti-PRLR Eliminam Efetivamente as Células com Níveis de Expressão de PRLR Baixos a Moderados bem como Células com Altos Níveis de Expressão de PRLR
[00163] Para determinar a potência de extermínio de célula relativa de ADCs anti-PRLR da invenção comparada a um ADC anti-ErbB2 similar, ensaios de extermínio de célula foram corridos em múltiplas linhagens celulares que expressam tanto PRLR, ErbB2, quanto uma combinação de ambos os receptores.
[00164] Células que sobre-expressam PRLR, incluindo HEK293, PC3, MCF7 e NCI-N87, foram geradas para avaliar a capacidade de anticorpos conjugados anti-PRLR reduzirem a viabilidade da célula. Com propósitos comparativos, células PC3 e T47D com ErbB2 sobre-expresso foram também geradas, bem como uma linhagem celular de MCF7 que sobre-expressa tanto hPRLR quanto hErbB2. Resumidamente, metodologia de transfecção mediada por Lipofectamina® 2000 foi utilizada para gerar células HEK293 que expressam PRLR de humano (HEK293/hPRLR) ou ErbB2 de humano (HEK293/hErbB2). Lipofectamina LTX com Reagente Plus conforme usado para gerar células PC3 que expressam PRLR de humano (PC3/hPRLR) ou ErbB2 de humano (PC3/hErbB2). Transdução mediada por lentiviral foi utilizada para gerar células MCF7 que expressam PRLR de humano (MCF7/hPRLR), células NCI-N87 que expressam PRLR de humano (NCI- N87/hPRLR), células T47D que sobre-expressam ErbB2 de humano (T47D/hErbB2), e células MCF7 que expressam tanto PRLR de humano quanto ErbB2 de humano (MCF7/hPRLR/hErbB2). Todas as linhagens foram selecionadas por pelo menos duas semanas em reagentes de seleção apropriado do meio de crescimento completo plus. Populações que expressam estavelmente foram enriquecidas para expressão do PRLR por meio de FACS usando o Controle I do anticorpo anti-PRLR.
[00165] Expressão de superfície celular do PRLR e ErbB2 foi analisada por meio de FACS usando tanto o anticorpo de anti-PRLR Controle I quanto o anticorpo anti-HER2 Controle II, respectivamente. Adicionalmente, expressão da superfície celular do PRLR endógeno na linhagem celular T47D#11, uma variante da linhagem T47D selecionada para crescimento de tumor in vivo mais agressiva, foi também determinada. Aproximadamente 1x106 células foram incubadas com 10 μg/mL de Anticorpo Controle anti-PRLR (Controle I), um anticorpo anti-ErbB2 controle (Controle II), ou um controle de isotipo por 30 minutos no gelo em tampão de diluição de anticorpo. Após duas lavagens com tampão de diluição de anticorpo, células foram incubadas com 10 μg/mL de anticorpos secundários anti-humanos conjugados com PE por 30 minutos no gelo. Após duas lavagens adicionais, amostras foram corridas no citômetro Accuri C6 (BD) e analisadas com software FlowJo (Tree Star, Inc., Ashland, OR). Resultados do nível de expressão relativo são mostrados na Tabela 10. Tabela 10: Expressão de Superfície Celular do PRLR de humano (Linhagens Modificadas & Endógenas)
[00166] Em geral, expressão de superfície do PRLR exógeno variou de 6 vezes a 55 vezes em relação à prática, com a maioria das células modificadas exibindo expressão do PRLR 12 vezes a 18 vezes em relação à prática. Expressão do PRLR endógeno foi 3 vezes em relação à prática em células MCF7, mas não foi detectada em linhagens HEK293, PC3 e NCI-N87 parentais. Expressão do PRLR endógeno foi 12 vezes em relação à prática na linhagem celular T47D e 10 vezes em relação à prática na linhagem celular variante T47D#1 1. Expressão de erbB2 foi detectada em todas as linhagens celulares que expressam PRLR, e variou de 18 vezes a 1.400 vezes acima da prática.
[00167] Em seguida, a capacidade de conjugados de droga para anticorpo anti-PRLR-DM1 (isto é, anticorpos anti-PRLR conjugados com DM1 por meio de um ligante não clivável [SMCC]) reduzirem a viabilidade da célula foi determinada usando ensaios baseados em célula in vitro. Células foram semeadas em placas de 96 poços revestidas com PDL a 1.500 a 10.000 células por poço em meio de crescimento completo e deixadas crescer por toda a noite. Para curvas de viabilidade da célula, ADCs ou DM1 livre (como o DM1 -SMe derivado de dissulfeto de metila) foram adicionados nas células a concentrações finais variando de 500 nM a 5 pM e incubadas por 3 dias. As células 293, PC3 e T47D foram incubadas com CCK8 (Dojindo, Rockville, MD) para o final 1 -3 horas e a absorbância a 450nm (OD450) foi determinada em um Flexstation3 (Molecular Devices, Sunnyvale, CA). As células MCF7 foram tratadas com manchamento nuclear Hoechst 33342 enquanto eram fixadas com 4% de formaldeído. Imagens foram adquiridas no ImageXpress micro XL (Molecular Dispositivos, Sunnyvale, CA) e contagens nucleares foram determinadas por meio de software de imagem de análise Columbus (Perkin Elmer, Shelton, CT). Valores OD450 de prática (PC3, 293, e T47D) ou contagens nucleares (MCF7) das células tratadas com digitonina (40 nM) foram subtraídos de todos os poços e a viabilidade foi expressa como uma porcentagem dos controles não tratados. Valores IC50 foram determinados a partir de uma equação de logística de quatro parâmetros em uma curva de resposta de 10 pontos (GraphPad Prism). Valores IC50 e extermínio de célula percentual são mostrados nas tabelas 11 e 12. Tabela 11: Potência de Extermínio de Célula de Conjugados de droga para anticorpo Anti-PRLR-DM1 Valores IC50 são em nM; ND: não determinado Tabela 12: Potência de Extermínio de Célula de Conjugados de droga para anticorpo Anti-PRLR-DM1 (continuação) Valores IC50 são em nM
[00168] Como sumarizado nas tabelas 11 e 12, diversos conjugados de droga para anticorpo anti-PRLR-DM1 reduziram potencialmente a viabilidade da célula em múltiplos fundos da célula, com Valores IC50 tão baixos quanto 100 pM. Um conjugado anticorpo anti-PRLR exemplar, H1H6958N2-DM1, reduziu a viabilidade da célula das células que expressam PRLR de HEK293, PC3 e MCF7 com IC50s sub-nM variando de 100 pM a 460 pM, e eliminou células T47D que expressam endogenosamente com um IC5o de 1,3 nM. O anticorpo anti-PRLR de Controle I similarmente conjugado (Controle I-DM1) foi diversas vezes menos potente que H1H6958N2-DM1 através de todas as linhagens celulares. Controles de isotipo não ligantes e anticorpos não conjugados não tiveram impacto na viabilidade da célula.
[00169] Adicionalmente, o impacto do ligante de PRLR, PRL, na eliminação celular de PRLR-SMCC-DM1 em células T47D foi avaliado. Células T47D foram incubadas simultaneamente com PRL (15 nM) tanto em um anticorpo anti-PRLR de não bloqueio (H1H6782P) quanto um anticorpo de bloqueio do receptor (H1H6958N2). Resultados são sumarizados na Tabela 13. Tabela 13: Potência de Extermínio de Célula de Conjugados de droga para anticorpo Anti-PRLR-DM1 na Presença de Ligante de PRLR (PRL) HEK293 T47D
[00170] Como mostrado na Tabela 13, a presença de PRL teve somente um modesto impacto no extermínio de célula mediada por ADC do PRLR com uma redução 2 a 3 vezes observada na potência de extermínio de célula dos mAbs testados.
[00171] A potência de anticorpos conjugados anti-PRLR comparada com um anticorpo similarmente conjugado com o alvo da superfície celular de ErbB2 coexpresso foi também avaliada. Tanto PRLR quanto ErbB2 são expressos na maioria de cânceres de mama, e anticorpos anti-ErbB2 conjugados com DM1 mostraram eficácia clínica em alvejar câncer de mama da ErbB2 (+) (Hurvitz et al; 2013). Um Anticorpo Controle da ErbB2 (Controle II) conjugado com DM1 (Controle II-DM1) foi testado em ensaios de viabilidade in vitro nas linhagens celulares geradas anteriormente. A potência de extermínio de célula de anticorpos conjugados anti-PRLR comparados com o anticorpo conjugado anti-ErbB2 é sumarizada nas tabelas 14 a 17. Tabela 14: Potência de Extermínio de Célula de Conjugados de droga para anticorpo Anti-PRLR-DM1 e Anti-ErbB2-DM1 Valores de IC5o são em nM Tabela 15: Potência de Extermínio de Célula de Conjugados de droga para anticorpo Anti-PRLR-DM1 e Anti-ErbB2-DM1 ( Valores de IC5o são em nM Tabela 16: Potência de Extermínio de Célula de Conjugados de droga para anticorpo Anti-PRLR-DM1 e Anti-ErbB2-DM1 (continuação) Valores de IC5o são em nM Tabela 17: Potência de Extermínio de Célula de Conjugados de droga para anticorpo Anti-PRLR-DM1 e Anti-ErbB2-DM1 (continuação) Valores de IC5o são em nM
[00172] Anticorpos anti-PRLR-DM1 efetivamente eliminam células mesmo com níveis relativamente baixos de expressão do PRLR. Por exemplo, H1H6953N-DM1 (anti-PRLR-DM1) inibiu o crescimento das células T47D (que expressam PRLR somente a 12X vezes acima da prática) com um IC50 de 1,3 nM e mostrou 78% de extermínio. Este mesmo anticorpo também inibiu o crescimento das células 293/hPRLR (que expressam PRLR a 18X vezes acima da prática) com e IC50 de 0,43 nM e mostrou 93% de extermínio. Extermínio equivalente com o anticorpo anti-ErbB2-DM1 ("controle II") foi observada somente em células que expressam o antígeno alvo a níveis maiores que cerca de 200X a cerca de 400X vezes acima da prática (vide, por exemplo, PC3/hErbB2 que expressa ErbB2 a 238X vezes acima da prática e T47D/hErbB2, que expressa ErbB2 a 437X vezes acima da prática). Portanto, esses dados sugerem que conjugados de droga para anticorpo anti-PRLR podem alvejar e eliminar efetivamente células tumorais com níveis relativamente baixos de expressão do PRLR, enquanto conjugados da droga para anticorpo anti-ErbB2 são efetivos somente contra tumores com níveis de expressão de ErbB2 muito altos.
[00173] Finalmente, a potência de anticorpos anti-PRLR conjugados com DM1 por meio do ligante não clivável SMCC comparado com a potência de extermínio de célula de anticorpos anti-PRLR conjugados com MMAE por meio do ligante clivável: mc-vc-PAB (disponível da Concortis, San Diego, CA). Células usadas neste experimente foram PC3, PC3/hPRLR, MCF7/ATCC e MCF7/PRLR. Resultados são mostrados na Tabela 18. Tabela 18: Potência de Extermínio de Célula ADC anti-PRLR
[00174] Como mostrado na Tabela 18, extermínio de célula praticamente equivalente em linhagens celulares de PC3/hPRLR e MCF7/hPRLR foi observada tanto para os ADCs DM1 não cliváveis (H1H6953-SMCC-DM1, H1H6958N2-SMCC-DM1, e H1H6765-SMCC- DM1) quanto para os ADCs MMAE cliváveis (H1H6953-mc-vc-PAB- MMAE, H1H6958N2-mc-VC-PAB-MMAE e H1H6765-mc-VC-PAB- MMAE).
[00175] Toxinas adicionais (DM4, MeNHC3-May e MMD) conjugadas com anticorpos anti-PRLR foram também testadas em linhagens celulares T47D e MCF7/hPRLR, e os resultados são sumarizados nas tabelas 19 (extermínio de célula 293 e T47D) e 20 (extermínio de célula MCF7/ATCC e MCF7/PRLR). (ND = não detectados). Tabela 19: Conjugados de droga para anticorpo Anti-PRLR - Propriedades de Extermínio de Célula (Linhagens Celulares 293 e T47D) Linha Celular 293 T47D Tabela 20: Conjugados de droga para anticorpo Anti-PRLR - Propriedades de Extermínio de Célula (Linhagens Celulares MCF7/ATCC e MCF7/PRLR)
[00176] Todos os ADCs anti-PRLR testados, indiferentemente da toxina e ligante utilizados, eliminaram especificamente as células testadas. IC50s de viabilidade da célula T47D variaram de 0,6 nM a 3,4 nM e IC50s de viabilidade da célula MCF7/hPRLR variaram de 0,2 nM a 0,8 nM. Exemplo 8. Conjugados de droga para anticorpo Anti-PRLR Inibem Efetivamente o Crescimento de Tumor in vivo
[00177] Para determinar a eficácia in vivo dos conjugados de droga para anticorpo anti-PRLR-DM1, estudos foram realizados em camundongos imunocomprometidos portadores de xenoenxertos de câncer de mama PRLR+.
[00178] Resumidamente, 20 x 106 células MCF7/PRLR (ATCC HTB- 22 transfectadas com hPRLR de comprimento total como previamente descrito) foram implantadas subcutaneamente na gordura infrapatelar mamária esquerda de camundongos NCr nude fêmeas. Em outros estudos, 10 x 106 PC3/PRLR (ATCC CRL-1435 transfectadas com hPRLR de comprimento total como previamente descrito) foram implantadas subcutaneamente no flanco esquerdo de camundongos SCID machos. Adicionalmente, 10 x 106 células T47D parental (ATCC HTB-133) ou 7,5 x 1010 T47D#1 1 (ATCC HTB-133 passadas serialmente in vivo conforme descrito a seguir) foram subcutaneamente implantadas no flanco esquerdo de camundongos fêmea CB17 SCID. Todos os camundongos foram obtidos da Taconic (Hudson, NY). Cada bolo das células foi suplementado com um precipitado de liberação de estrógeno em 90 dias (1,7 mg/precipitado; Innovative Research America, Sarasota FL). Uma vez que tumores atingiram um volume médio de 250mm3, camundongos foram randomizados em grupos de sete e dosados com conjugados de droga para anticorpo anti-PRLR da invenção ou reagentes de controle. Reagentes de controle incluíram veículo PBS, dissulfeto de metila livre DM1 (DM1-SMe) e controle de isotipo 1 - DM1.
[00179] Em estudos de multidose, camundongos foram dosados uma vez por semana por um total de três semanas, com volumes de tumor e pesos corpóreos sendo monitorados duas vezes semanalmente por todo o estudo. ADCs de teste foram dosados a 5 e/ou 15 mg/kg nos estudos de multidoses. Em estudos de dose única, camundongos receberam uma única dose de ADC de teste, e volumes de tumor e pesos corpóreos foram monitorados duas vezes semanalmente por todo o estudo. ADCs de teste foram dosados a 1, 2,5, 5 e 15 mg/kg nos estudos de dose única. Tamanho médio do tumor bem como inibição de crescimento de tumor com relação ao grupo veículo tratado foram calculados para cada grupo. Tumores foram medidos com paquímetros duas vezes por semana até o tamanho médio do grupo veículo atingir 1.000mm3. Tamanho do tumor foi calculado usando a fórmula (comprimento x largura2)/2. Inibição de crescimento de tumor foi calculada de acordo com a seguinte fórmula: (1 -((Tfinal-Tinicial)/(CfinalCinicial)))*100, onde T (grupo tratado) e C (grupo controle) representam a massa da tumor médio no dia que o grupo veículo atingiu 1.000mm3. Animais foram observados no dia 52. Resultados são sumarizados nas tabelas 21 a 25 (multidoses) e Tabela 26 (dose única). (NT = não testados no experimento particular mostrado). Tabela 21: Tamanho do Tumor e Inibição de Crescimento de tumor Após Administração de Multidoses de Conjugados de droga para anticorpo Anti-PRLR e Controles - tumores MCF7/PRLR (EXPERIMENTO #1) [camundongos NCr Nude - dados coletados no dia 52 Tabela 22: Tamanho do Tumor e Inibição de Crescimento de tumor Após Administração de Multidoses de Conjugados de droga para anticorpo Anti-PRLR e Controles - tumores MCF7/PRLR (EXPERIMENTO #2) [camundongos NCr Nude - dados coletados no dia 63 Tabela 23: Tamanho do Tumor e Inibição de Crescimento de tumor Após Administração de Multidoses de Conjugados de droga para anticorpo Anti-PRLR e Controles - tumores PC3/PRLR (EXPERIMENTO #1) [camundongos SCID - dados coletados no dia 63] Tabela 24: Tamanho do Tumor e Inibição de Crescimento de tumor Após Administração de Multidoses de Conjugados de droga para anticorpo Anti-PRLR e Controles - tumores PC3/PRLR (EXPERIMENTO #2) [camundongos SCID - dados coletados no dia 55] Tabela 25: Tamanho do Tumor e Inibição de Crescimento de tumor Após Administração de Multidoses de Conjugados de droga para anticorpo Anti-PRLR e Controles - tumores T47D#11 [camundongos SCID - dados coletados no dia 66] Tabela 26: Tamanho do Tumor e Inibição de Crescimento de tumor Após Administração de Dose Única de Conjugados de droga para anticorpo Anti-PRLR e Controles - tumores MCF7/PRLR [dados coletados no dia 55]
DISCUSSÃO
[00180] Neste exemplo, cinco anticorpos anti-PRLR exemplares conjugados com DM1 foram inicialmente avaliados quanto a capacidade de reduzir volume de tumor de MCF7/PRLR e PC3/PRLR em estudos de multidoses. No primeiro experimento de multidoses (Tabela 21), anticorpos H1H6958N2-DM1, H1H6953N-DM1 e H1H6975N-DM1 potencialmente inibiram crescimento de tumor de MCF7/PRLR tanto doses a 5 quanto 15 mg/kg. Na dose mais alta, todos os três anticorpos conjugados de DM1 reduziram tumores a níveis não detectáveis, com uma redução na porcentagem em volume de tumor de cerca de 133 a 135%. Esta descoberta foi replicada em um segundo experimento de multidoses (Tabela 22) quando H1H6958N2-DM1 foi testado ao lado de dois anticorpos anti-PRLR exemplares adicionais conjugados com DM1: H1H6782P e H1H6765P. Neste segundo experimento, crescimento de tumor foi também reduzido a níveis não detectáveis na dose mais alta de 15 mg/kg, com redução na porcentagem em volume de tumor de 136 a 137%. Embora tratamento com anticorpos anti- PRLR não conjugados tenha resultado em redução moderada do volume do tumor (17 a 79%) comparado com o grupo veículo, a inibição maior em tamanho do tumor foi observada em coortes tratados com conjugados de droga para anticorpo.
[00181] Em seguida, a eficácia anti-tumor desses mesmos anticorpos anti-PRLR-DM1 exemplares foi avaliada em estudos de multidoses em camundongos portadores de PC3 positivo de PRLR/xenoenxertos de PRLR. (Tabelas 23 e 24). Camundongos foram tratados depois que os tumores cresceram por 21 dias. H1H6958N2-DM1, H1H6953N-DM1 e H1H6975N- DM1 todos demonstraram inibição de crescimento de tumor, especialmente na dose mais alta de 15 mg/kg. (Tabela 23). O efeito anti-tumor foi similarmente observado em um segundo experimento, quando H1H6958N2- DM1 foi testado ao lado de H1H6765P-DM1 e H1H6782P-DM1 depois de 15 dias de crescimento de tumor. Na dose mais alta administrada, inibição de tumor através dos experimentos variou de 38 a 98%. (Tabela 24). Em comparação, um isotipo controle conjugado com DM1 produziu somente 16% de inibição de tumor com volumes de tumor finais não significativamente diferentes dos veículos controles.
[00182] Uma avaliação adicional dos ADCs anti-PRLR repetidamente dosados a 5 e 15mg/kg foi realizada em camundongos portadores de xenoenxertos T47D#1 1 expressando endogenosamente PRLR. (Tabela 25). Como em outros modelos de tumor, a dosagem foi iniciada quando o tamanho do tumor mediu 200 mm3. Resultados obtidos neste modelo de tumor foram consistentes com resultados anteriores e demonstraram claramente a atividade anti-tumor dos anticorpos anti-PRLR conjugados com DM1. Por exemplo, ADCs de H1H6958N2-DM1, H1H6765P-DM1 e H1H6782P-DM1 potencialmente inibiram o crescimento de tumor tanto na dose 5 quanto 15 mg/kg. A 5 mg/kg anticorpos conjugados de anti-PRLR-DM1 exibiram 89 a 100% de inibição de tumor, enquanto a 15 mg/kg anticorpos conjugados de DM1 resultaram em 106 a 112 % de inibição de crescimento de tumor. Importantemente, observou-se que anticorpos anti-PRLR não conjugados não têm nenhuma eficácia anti-tumor neste modelo de tumor endógeno, indicando o papel do conjugado de DM1 na produção de eficácia anti-tumor. Novamente, a eficácia de anti-PRLR do ADC foi muito específica, já que ADC controle não teve nenhum efeito no crescimento de tumor.
[00183] Em um exemplo final, anticorpo conjugado de anti-PRLR DM1 H1H6958N2 foi avaliado em camundongos enxertados com MCF7/PRLR em um estudo de dose única. (Tabela 26). Como nos estudos de múltiplas doses, tumores estabelecidos cresceram naturalmente até aproximadamente 200 mm3 antes de uma única dose ser administrada. Aqui, H1H6958N2-DM1 foi dado a 1, 2,5, 5 e 15 mg/kg. Como sumarizado na Tabela 26, um efeito anti-tumor dependente da dose foi observado através da ampla faixa usada neste estudo. Efeito anti-tumor foi observado em todas as doses, com 1 mg/kg causando uma diminuição significante no volume de tumor com relação aos tumores do controle veículo. Adicionalmente, embora 15 mg/kg de controle de isotipo I-DM1 tenham tido algum efeito anti-tumor (~ 38% de inibição de crescimento de tumor), doses de anti-PRLR-DM1 a 2,5 mg/kg e maiores reduziram significativamente o volume de tumor (> 100% de inibição de crescimento de tumor em todas as doses acima de 1 mg/kg testadas). Doses únicas de 5 e 15 mg/kg demonstraram eficácia anti-tumor comparável às observadas após dosagem repetida no mesmo nível, ilustrando a potência dos ADCs anti-PRLR.
[00184] Resumidamente, este exemplo ilustra que anticorpos conjugados anti-PRLR da invenção são inibidores de crescimento de tumor potentes e são capazes de reduzir tamanho do tumor a níveis não detectáveis nos vários modelos de tumor testados. Exemplo 9. Conjugados de droga para anticorpo Contra Receptores de Citocina Classe I Eliminam Efetivamente Linhagens Celulares Expressando Baixos Níveis de Antígeno Alvo
[00185] Como discutido em qualquer lugar aqui, conjugados de droga para anticorpo contra PRLR efetivamente eliminam linhagens celulares que expressam PRLR, mesmo aquelas que expressam níveis relativamente baixos de alvo antígeno. Como previamente notado, PRLR pertence à família do receptor de citocina classe I, que inclui IL-4R e IL-6R. Similares a PRLR, IL- 4R e IL-6R são transmembranas de receptor de único passe; IL-4R media sinalização de IL-4 e IL-13, enquanto IL-6R media sinalização de IL-6 por meio de um cocomplexo com o receptor de gp130. Em suporte adicional ao conceito geral de que ADCs direcionados contra receptores de citocina classe I podem ser usados para eliminar efetivamente células, incluindo células que expressam baixos níveis de antígeno alvo, a capacidade de extermínio de célula de ADCs direcionados contra IL-4R e IL-6R foi avaliada.
[00186] Níveis de antígeno da superfície da célula em células que expressam endogenosa ou recombinantemente IL-4R ou IL-6R foram primeiro estabelecidos usando FACS. Resumidamente, aproximadamente 1 milhão das células KG-1 (IL-4R+), HEK293/IL-4R e Ramos (IL-6R+) foram incubados com anticorpos anti-IL-4R exemplares (H4H083P2, vide Patente US No. 7.608.693) e anti-IL-6R (W6A9-5. vide Patente US No. 7.582.298) por 30 minutos no gelo. Depois de lavagem, um anticorpo secundário anti- humano conjugado com PE (10 μg/mL) foi adicionado por 30 minutos seguido por uma segunda etapa de lavagem e análise subsequente em um citômetro Accuri C6 usando software FlowJo (Tree Star, Inc., Ashland, OR). Os níveis de expressão de superfície celular IL-4R e IL-6R relativos foram calculados como a intensidade de fluorescência média (MFI) acima dos níveis do controle de isotipo. Níveis de expressão são sumarizados na Tabela 27. Tabela 27: Expressão de Superfície Celular IL-4R e IL-6R Relativa em Linhagens Celulares que Expressam Endogenosa ou Recombinantemente IL-4R e IL-6R
[00187] Como mostrado na Tabela 27, células HEK293 e Ramos expressaram endogenosamente IL-4R a níveis 2 vezes e 4 vezes em relação à prática, respectivamente, enquanto a linhagem celular HEK293/IL-4R modificada expressou IL-4R a níveis 50 vezes acima da prática. Expressão de IL-4R não foi detectável em relação à prática nas células KG-1. Expressão de IL-6R foi detectada a 7 vezes acima dos níveis de prática em células KG-1, e não em linhagens celulares HEK293 ou Ramos.
[00188] Em seguida, anticorpos anti-IL-4R (H4H083P2) e anti-IL-6R (W6A9-5) exemplares foram conjugados com a droga DM1 citotóxica e sua potência em ensaios de citotoxicidade foi avaliada. Resumidamente, linhagens celulares HEK293/IL-4R, Ramos ou KG-1, bem como células parentais HEK293 foram semeadas em placas de 96 poços revestidas com PDL a 1.500 a 10.000 células por poço. ADCs ou DM1 livre (como o DM1-SMe derivado de dissulfeto de metila) foram adicionados nas células a concentrações finais variando de 300 nM a 15 pM e incubadas por 3 dias. Células foram incubadas com CCK8 (Dojindo, Rockville, MD) para o final 1 a 3 horas e a absorbância a 450nm (OD450) foi determinada em um Flexstation3 (Molecular Devices, Sunnyvale, CA). Valores OD450 de prática das células tratadas com digitonina (40 nM) foram subtraídos de todos os poços e viabilidade foi expressa como uma porcentagem dos controles não tratados. Valores IC50 foram determinados a partir de uma equação de logística de quatro parâmetros em uma de curva de resposta de 10 pontos (GraphPad Prism). Resultados são apresentados na Tabela 28. Tabela 28: Propriedade de Extermínio de Célula dos Conjugados de droga para anticorpo Anti-IL4R e Anti-IL6R em Linhagens celulares que Expressam IL4R e IL-6R
[00189] Como mostrado na Tabela 28, conjugados de droga para anticorpo anti-IL-4R-DM1 reduziram viabilidade da célula Ramos com um valor de IC50 de 18 nM, apesar de uma expressão de superfície IL-4R de somente 4 vezes acima dos níveis de prática. ADCs de IL-4R-DM1 reduziram a viabilidade de HEK293/IL-4R que expressam alto IL-4R com um IC5o de 0,22 nM. Conjugados de droga para anticorpo Anti-IL-6R- DM1 tiveram um impacto modesto, mas reprodutível, na viabilidade das células KG-1 (que expressam IL-6R a um nível de 7 vezes acima da prática) com um valor de IC50 de 38 nM comparado com um valor de IC50 de 100 nM por um ADC de controle de isotipo equivalentemente conjugado.
[00190] Resumidamente, este Exemplo demonstra que Conjugados de Droga para Anticorpo anti-lL-4R e anti-IL-6R exibiram citotoxicidade potente e reprodutível mesmo em linhagens celulares que expressam níveis de receptor modestos. Este resultado é similar ao que foi observado com ADCs anti-PRLR, onde extermínio de célula potente foi obtido, mesmo nas células que expressam baixos níveis de PRLR (vide, por exemplo, Exemplo 7 aqui). Assim, este Exemplo provê suporte adicional para o conceito inventivo de que ADCs do receptor de citocina anti-classe I em geral podem ser agentes terapêuticos efetivos contra linhagens celulares e tumores que expressam receptores de citocina classe I mesmo a baixos níveis.
[00191] A presente invenção não deve ser limitada no escopo pelas modalidades específicas descritas aqui. Certamente, várias modificações da invenção além das descrita aqui ficarão aparentes aos versados na técnica a partir da descrição anterior e das figuras anexas. Tais modificações devem cair no escopo das reivindicações anexas.

Claims (27)

1. Anticorpo isolado ou fragmento de ligação de antígeno do mesmo que se liga ao receptor de prolactina (PRLR) de humano expresso na superfície celular e bloqueia sinalização mediada por prolactina em células que expressam PRLR de humano, caracterizado pelo fato de que o anticorpo ou fragmento de ligação de antígeno do mesmo: (i) um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 292, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 294, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 296, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 300, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 302 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 304; (ii) um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 4, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 6, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 8, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 12, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 14 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 16; (iii) um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 20, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 22, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 24, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 28, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 30 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 32; (iv) um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 36, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 38, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 40, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 44, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 46 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 48; (v) um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 52, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 54, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 56, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 60, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 62 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 64; (vi) um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 68, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 70, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 72, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 76, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 78 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 80; (vii) um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 84, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 86, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 88, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 92, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 94 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 96; (viii) um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 100, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 102, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 104, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 108, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 110 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 112; (ix) um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 116, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 118, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 120, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 124, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 126 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 128; (x) um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 132, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 134, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 136, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 140, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 142 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 144; (xi) um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 148, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 150, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 152, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 156, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 158 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 160; (xii) um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 164, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 166, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 168, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 172, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 174 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 176; (xiii) um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 180, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 182, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 184, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 188, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 190 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 192; (xiv) um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 196, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 198, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 200, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 204, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 206 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 208; (xv) um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 212, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 214, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 216, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 220, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 222 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 224; (xvi) um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 228, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 230, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 232, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 236, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 238 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 240; (xvii) um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 244, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 246, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 248, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 252, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 254 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 256; (xviii) um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 260, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 262, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 264, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 268, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 270 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 272; (xix) um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 276, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 278, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 280, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 284, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 286 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 288; (xx) um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 308, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 310, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 312, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 316, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 318 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 320; (xxi) um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 324, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 326, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 328, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos da SEQ ID NO: 332, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos da SEQ ID NO: 334 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos da SEQ ID NO: 336; (xxii) um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 340, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 342, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 344, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 348, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 350 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 352; (xxiii) um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 356, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 358, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 360, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 364, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 366 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 368; (xxiv) um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 372, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 374, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 376, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 380, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 382 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 384; ou (xxv) um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 388, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 390, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 392, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 396, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 398 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 400 .
2. Anticorpo isolado ou fragmento de ligação de antígeno de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que bloqueia a sinalização mediada por prolactina em células que expressam PRLR de humano com um IC50 menor que cerca de 600 pM.
3. Anticorpo isolado ou fragmento de ligação de antígeno de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que: (i) o anticorpo isolado ou fragmento de ligação de antígeno compreende três regiões determinantes de complementaridade de cadeia pesada (CDRs) compreendendo as sequências de aminoácidos de SEQ ID Nos: 292, 294 e 296 dentro da sequência de aminoácidos da região variável de cadeia pesada (HCVR) SEQ ID NO: 290 e três regiões determinantes de complementaridade de cadeia leve dentro de luz sequência de aminoácidos da região variável da cadeia (LCVR) SEQ ID NO: 298; (ii) o anticorpo isolado ou fragmento de ligação de antígeno compreende três regiões determinantes de complementaridade de cadeia pesada (CDRs) compreendendo as sequências de aminoácidos de SEQ ID Nos: 4, 6 e 8 dentro da sequência de aminoácidos da região variável de cadeia pesada (HCVR) SEQ ID NO: 2 e três regiões determinantes de complementaridade de cadeia leve dentro de luz sequência de aminoácidos da região variável da cadeia (LCVR) SEQ ID NO: 10; (iii) o anticorpo isolado ou fragmento de ligação de antígeno compreende três regiões determinantes de complementaridade de cadeia pesada (CDRs) compreendendo as sequências de aminoácidos de SEQ ID Nos: 20, 22 e 24 dentro da sequência de aminoácidos da região variável de cadeia pesada (HCVR) SEQ ID NO: 18 e três regiões determinantes de complementaridade de cadeia leve dentro de luz sequência de aminoácidos da região variável da cadeia (LCVR) SEQ ID NO: 26; (iv) o anticorpo isolado ou fragmento de ligação de antígeno compreende três regiões determinantes de complementaridade de cadeia pesada (CDRs) compreendendo as sequências de aminoácidos de SEQ ID Nos: 36, 38 e 40 dentro da sequência de aminoácidos da região variável de cadeia pesada (HCVR) SEQ ID NO: 34 e três regiões determinantes de complementaridade de cadeia leve dentro de luz sequência de aminoácidos da região variável da cadeia (LCVR) SEQ ID NO: 42; (v) o anticorpo isolado ou fragmento de ligação de antígeno compreende três regiões determinantes de complementaridade de cadeia pesada (CDRs) compreendendo as sequências de aminoácidos de SEQ ID Nos: 52, 54 e 56 dentro da sequência de aminoácidos da região variável de cadeia pesada (HCVR) SEQ ID NO: 50 e três regiões determinantes de complementaridade de cadeia leve dentro de luz sequência de aminoácidos da região variável da cadeia (LCVR) SEQ ID NO: 58; (vi) o anticorpo isolado ou fragmento de ligação de antígeno compreende três regiões determinantes de complementaridade de cadeia pesada (CDRs) compreendendo as sequências de aminoácidos de SEQ ID Nos: 68, 70 e 72 dentro da sequência de aminoácidos da região variável de cadeia pesada (HCVR) SEQ ID NO: 66 e três regiões determinantes de complementaridade de cadeia leve dentro de luz sequência de aminoácidos da região variável da cadeia (LCVR) SEQ ID NO: 74; (vii) o anticorpo isolado ou fragmento de ligação de antígeno compreende três regiões determinantes de complementaridade de cadeia pesada (CDRs) compreendendo as sequências de aminoácidos de SEQ ID Nos: 84, 86 e 88 dentro da sequência de aminoácidos da região variável de cadeia pesada (HCVR) SEQ ID NO: 82 e três regiões determinantes de complementaridade de cadeia leve dentro de luz sequência de aminoácidos da região variável da cadeia (LCVR) SEQ ID NO: 90; (viii) o anticorpo isolado ou fragmento de ligação de antígeno compreende três regiões determinantes de complementaridade de cadeia pesada (CDRs) compreendendo as sequências de aminoácidos de SEQ ID Nos: 100, 102 e 104 dentro da sequência de aminoácidos da região variável de cadeia pesada (HCVR) SEQ ID NO: 98 e três regiões determinantes de complementaridade de cadeia leve dentro de luz sequência de aminoácidos da região variável da cadeia (LCVR) SEQ ID NO: 106; (ix) o anticorpo isolado ou fragmento de ligação de antígeno compreende três regiões determinantes de complementaridade de cadeia pesada (CDRs) compreendendo as sequências de aminoácidos de SEQ ID Nos: 116, 118 e 120 dentro da sequência de aminoácidos da região variável de cadeia pesada (HCVR) SEQ ID NO: 114 e três regiões determinantes de complementaridade de cadeia leve dentro de luz sequência de aminoácidos da região variável da cadeia (LCVR) SEQ ID NO: 122; (x) o anticorpo isolado ou fragmento de ligação de antígeno compreende três regiões determinantes de complementaridade de cadeia pesada (CDRs) compreendendo as sequências de aminoácidos de SEQ ID Nos: 132, 134 e 136 dentro da sequência de aminoácidos da região variável de cadeia pesada (HCVR) SEQ ID NO: 130 e três regiões determinantes de complementaridade de cadeia leve dentro de luz sequência de aminoácidos da região variável da cadeia (LCVR) SEQ ID NO: 138; (xi) o anticorpo isolado ou fragmento de ligação de antígeno compreende três regiões determinantes de complementaridade de cadeia pesada (CDRs) compreendendo as sequências de aminoácidos de SEQ ID Nos: 148, 150 e 152 dentro da sequência de aminoácidos da região variável de cadeia pesada (HCVR) SEQ ID NO: 146 e três regiões determinantes de complementaridade de cadeia leve dentro de luz sequência de aminoácidos da região variável da cadeia (LCVR) SEQ ID NO: 154; (xii) o anticorpo isolado ou fragmento de ligação de antígeno compreende três regiões determinantes de complementaridade de cadeia pesada (CDRs) compreendendo as sequências de aminoácidos de SEQ ID Nos: 164, 166 e 168 dentro da sequência de aminoácidos da região variável de cadeia pesada (HCVR) SEQ ID NO: 162 e três regiões determinantes de complementaridade de cadeia leve dentro de luz sequência de aminoácidos da região variável da cadeia (LCVR) SEQ ID NO: 170; (xiii) o anticorpo isolado ou fragmento de ligação de antígeno compreende três regiões determinantes de complementaridade de cadeia pesada (CDRs) compreendendo as sequências de aminoácidos de SEQ ID Nos: 180, 182 e 184 dentro da sequência de aminoácidos da região variável de cadeia pesada (HCVR) SEQ ID NO: 178 e três regiões determinantes de complementaridade de cadeia leve dentro de luz sequência de aminoácidos da região variável da cadeia (LCVR) SEQ ID NO: 186; (xiv) o anticorpo isolado ou fragmento de ligação de antígeno compreende três regiões determinantes de complementaridade de cadeia pesada (CDRs) compreendendo as sequências de aminoácidos de SEQ ID Nos: 196, 198 e 200 dentro da sequência de aminoácidos da região variável de cadeia pesada (HCVR) SEQ ID NO: 194 e três regiões determinantes de complementaridade de cadeia leve dentro de luz sequência de aminoácidos da região variável da cadeia (LCVR) SEQ ID NO: 202; (xv) o anticorpo isolado ou fragmento de ligação de antígeno compreende três regiões determinantes de complementaridade de cadeia pesada (CDRs) compreendendo as sequências de aminoácidos de SEQ ID Nos: 212, 214 e 216 dentro da sequência de aminoácidos da região variável de cadeia pesada (HCVR) SEQ ID NO: 210 e três regiões determinantes de complementaridade de cadeia leve dentro de luz sequência de aminoácidos da região variável da cadeia (LCVR) SEQ ID NO: 218; (xvi) o anticorpo isolado ou fragmento de ligação de antígeno compreende três regiões determinantes de complementaridade de cadeia pesada (CDRs) compreendendo as sequências de aminoácidos de SEQ ID Nos: 228, 230 e 232 dentro da sequência de aminoácidos da região variável de cadeia pesada (HCVR) SEQ ID NO: 226 e três regiões determinantes de complementaridade de cadeia leve dentro de luz sequência de aminoácidos da região variável da cadeia (LCVR) SEQ ID NO: 234; (xvii) o anticorpo isolado ou fragmento de ligação de antígeno compreende três regiões determinantes de complementaridade de cadeia pesada (CDRs) compreendendo as sequências de aminoácidos de SEQ ID Nos: 244, 246 e 248 dentro da sequência de aminoácidos da região variável de cadeia pesada (HCVR) SEQ ID NO: 242 e três regiões determinantes de complementaridade de cadeia leve dentro de luz sequência de aminoácidos da região variável da cadeia (LCVR) SEQ ID NO: 250; (xviii) o anticorpo isolado ou fragmento de ligação de antígeno compreende três regiões determinantes de complementaridade de cadeia pesada (CDRs) compreendendo as sequências de aminoácidos de SEQ ID Nos: 260, 262 e 264 dentro da sequência de aminoácidos da região variável de cadeia pesada (HCVR) SEQ ID NO: 258 e três regiões determinantes de complementaridade de cadeia leve dentro de luz sequência de aminoácidos da região variável da cadeia (LCVR) SEQ ID NO: 266; (xix) o anticorpo isolado ou fragmento de ligação de antígeno compreende três regiões determinantes de complementaridade de cadeia pesada (CDRs) compreendendo as sequências de aminoácidos de SEQ ID Nos: 292, 294 e 296 dentro da sequência de aminoácidos da região variável de cadeia pesada (HCVR) SEQ ID NO: 290 e três regiões determinantes de complementaridade de cadeia leve dentro de luz sequência de aminoácidos da região variável da cadeia (LCVR) SEQ ID NO: 298; (xx) o anticorpo isolado ou fragmento de ligação de antígeno compreende três regiões determinantes de complementaridade de cadeia pesada (CDRs) compreendendo as sequências de aminoácidos de SEQ ID Nos: 308, 310 e 312 dentro da sequência de aminoácidos da região variável de cadeia pesada (HCVR) SEQ ID NO: 306 e três regiões determinantes de complementaridade de cadeia leve dentro de luz sequência de aminoácidos da região variável da cadeia (LCVR) SEQ ID NO: 314; (xxi) o anticorpo isolado ou fragmento de ligação de antígeno compreende três regiões determinantes de complementaridade de cadeia pesada (CDRs) compreendendo as sequências de aminoácidos de SEQ ID Nos: 324, 326 e 328 dentro da sequência de aminoácidos da região variável de cadeia pesada (HCVR) SEQ ID NO: 322 e três regiões determinantes de complementaridade de cadeia leve dentro de luz sequência de aminoácidos da região variável da cadeia (LCVR) SEQ ID NO: 330; (xxii) o anticorpo isolado ou fragmento de ligação de antígeno compreende três regiões determinantes de complementaridade de cadeia pesada (CDRs) compreendendo as sequências de aminoácidos de SEQ ID Nos: 340, 342 e 344 dentro da sequência de aminoácidos da região variável de cadeia pesada (HCVR) SEQ ID NO: 338 e três regiões determinantes de complementaridade de cadeia leve dentro de luz sequência de aminoácidos da região variável da cadeia (LCVR) SEQ ID NO: 346; (xxiii) o anticorpo isolado ou fragmento de ligação de antígeno compreende três regiões determinantes de complementaridade de cadeia pesada (CDRs) compreendendo as sequências de aminoácidos de SEQ ID Nos: 356, 358 e 360 dentro da sequência de aminoácidos da região variável de cadeia pesada (HCVR) SEQ ID NO: 354 e três regiões determinantes de complementaridade de cadeia leve dentro de luz sequência de aminoácidos da região variável da cadeia (LCVR) SEQ ID NO: 362; (xxiv) o anticorpo isolado ou fragmento de ligação de antígeno compreende três regiões determinantes de complementaridade de cadeia pesada (CDRs) compreendendo as sequências de aminoácidos de SEQ ID Nos: 372, 374 e 376 dentro da sequência de aminoácidos da região variável de cadeia pesada (HCVR) SEQ ID NO: 370 e três regiões determinantes de complementaridade de cadeia leve dentro de luz sequência de aminoácidos da região variável da cadeia (LCVR) SEQ ID NO: 378; ou (xxv) o anticorpo isolado ou fragmento de ligação de antígeno compreende três regiões determinantes de complementaridade de cadeia pesada (CDRs) compreendendo as sequências de aminoácidos de SEQ ID Nos: 388, 390 e 392 dentro da sequência de aminoácidos da região variável de cadeia pesada (HCVR) SEQ ID NO: 386 e três regiões determinantes de complementaridade de cadeia leve dentro de luz sequência de aminoácidos da região variável da cadeia (LCVR) SEQ ID NO: 394.
4. Anticorpo ou fragmento de ligação de antígeno do mesmo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de ser conjugado com uma agente citotóxico para formar um conjugado anticorpo-droga (ADC), em que o ADC se liga especificamente ao receptor de prolactina humana (PRLR), em que o ADC inibe o crescimento de células que expressam PRLR.
5. Conjugado de droga para anticorpo (ADC) de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato do agente citotóxico ser um maitansinoide.
6. Conjugado de droga para anticorpo (ADC) de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que o maitansinoide é DM1, DM4, ou um derivado do mesmo.
7. Conjugado de droga para anticorpo (ADC) de acordo com a reivindicação 6, caracterizado pelo fato de que o maitansinoide é DM1.
8. Conjugado de droga para anticorpo (ADC) de acordo com qualquer uma das reivindicações 4 a 7, caracterizado pelo fato de que o maitansinoide é conectado no anticorpo por meio de um ligante clivável.
9. Conjugado de droga para anticorpo (ADC) de acordo com qualquer uma das reivindicações 4 a 7, caracterizado pelo fato de que o maitansinoide é conectado no anticorpo por meio de um ligante não clivável.
10. Conjugado de droga para anticorpo (ADC) de acordo com qualquer uma das reivindicações 4 a 7, caracterizado pelo fato de que o maitansinoide é conectado ao anticorpo via um ligante N-succinimidil 4-(N- maleimidometil)ciclohexano-1-carboxilato (SMCC).
11. Conjugado de droga para anticorpo (ADC) de acordo com qualquer uma das reivindicações 4 a 10, caracterizado pelo fato de que o anticorpo ou fragmento de ligação de antígeno do mesmo compreende uma região determinante de complementariedade de cadeia pesada (HCDR)-1 compreendendo a SEQ ID NO:292; uma HCDR2 compreendendo a SEQ ID NO:294; uma HCDR3 compreendendo a SEQ ID NO:296; uma região determinante de complementariedade de cadeia leve (LCDR)-1 compreendendo a SEQ ID NO:300; uma LCDR2 compreendendo aSEQ ID NO:302; e uma LCDR3 compreendendo a SEQ ID NO:304.
12. Conjugado de droga para anticorpo (ADC) de acordo com a reivindicação 11, caracterizado pelo fato de que o anticorpo ou fragmento de ligação de antígeno do mesmo compreende uma região variável de cadeia pesada (HCVR) compreendendo a SEQ ID NO:290 e uma região variável de cadeia leve (LCVR) compreendendo a SEQ ID NO:298.
13. Composição farmacêutica, caracterizada pelo fato de que compreende o anticorpo isolado ou fragmento de ligação de antígeno do mesmo como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 3 e um excipiente farmaceuticamente aceitável.
14. Uso do anticorpo isolado ou fragmento de ligação de antígeno como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de ser na manufatura de um medicamento para o tratamento de câncer.
15. Uso de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelo fato de que o câncer em questão é câncer de mama.
16. Composição farmacêutica, caracterizada pelo fato de que compreende um conjugado de droga para anticorpo (ADC) como definido em qualquer uma das reivindicações 4 a 12, e um excipiente farmaceuticamente aceitável.
17. Uso do conjugado de droga para anticorpo (ADC) como definido em qualquer uma das reivindicações 4 a 12, caracterizado pelo fato de ser na manufatura de um medicamento para matar células que expressam baixos níveis de PRLR expresso na superfície celular.
18. Uso de acordo com a reivindicação 17, caracterizado pelo fato de que as células em questão são células tumorais.
19. Uso de acordo com a reivindicação 18, caracterizado pelo fato de que as células tumorais expressam menos de 1 milhão de cópias de PRLR por célula.
20. Uso de um conjugado de droga para anticorpo (ADC) como definido em qualquer uma das reivindicações 4 a 12, caracterizado pelo fato de ser na manufatura de um medicamento para matar células que expressam PRLR.
21. Conjugado de droga para anticorpo (ADC) de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que: (i) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 292, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 294, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 296, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 300, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 302 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 304; (ii) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 4, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 6, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 8, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 12, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 14 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 16; (iii) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 20, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 22, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 24, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 28, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 30 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 32; (iv) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 36, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 38, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 40, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 44, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 46 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 48; (v) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 52, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 54, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 56, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 60, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 62 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 64; (vi) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 68, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 70, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 72, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 76, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 78 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 80; (vii) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 84, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 86, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 88, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 92, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 94 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 96; (viii) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 100, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 102, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 104, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 108, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 110 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 112; (ix) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 116, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 118, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 120, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 124, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 126 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 128; (x) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 132, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 134, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 136, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 140, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 142 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 144; (xi) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 148, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 150, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 152, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 156, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 158 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 160; (xii) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 164, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 166, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 168, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 172, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 174 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 176; (xiii) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 180, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 182, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 184, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 188, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 190 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 192; (xiv) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 196, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 198, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 200, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 204, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 206 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 208; (xv) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 212, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 214, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 216, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 220, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 222 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 224; (xvi) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 228, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 230, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 232, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 236, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 238 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 240; (xvii) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 244, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 246, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 248, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 252, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 254 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 256; (xviii) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 260, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 262, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 264, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 268, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 270 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 272; (xix) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 276, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 278, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 280, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 284, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 286 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 288; (xx) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 308, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 310, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 312, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 316, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 318 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 320; (xxi) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 324, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 326, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 328, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 332, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 334 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 336; (xxii) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 340, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 342, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 344, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 348, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 350 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 352; (xxiii) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 356, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 358, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 360, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 364, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 366 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 368; (xxiv) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 372, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 374, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 376, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 380, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 382 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 384; ou (xxv) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 388, compreende um HCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 390, compreende um HCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 392, compreende um LCDR1 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 396, compreende um LCDR2 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 398 e compreende um LCDR3 compreendendo uma sequência de aminoácidos de SEQ ID NO: 400.
22. Conjugado de droga para anticorpo (ADC) de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que: (i) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCVR com a sequência da SEQ ID NO: 290 e um LCVR com a sequência da SEQ ID NO: 298; (ii) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCVR com a sequência da SEQ ID NO: 2 e um LCVR com a sequência da SEQ ID NO: 10; (iii) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCVR com a sequência da SEQ ID NO: 18 e um LCVR com a sequência da SEQ ID NO: 26; (iv) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCVR com a sequência da SEQ ID NO: 34 e um LCVR com a sequência da SEQ ID NO: 42; (v) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCVR com a sequência da SEQ ID NO: 50 e um LCVR com a sequência da SEQ ID NO: 58; (vi) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCVR com a sequência da SEQ ID NO: 66 e um LCVR com a sequência da SEQ ID NO: 74; (vii) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCVR com a sequência da SEQ ID NO: 82 e um LCVR com a sequência da SEQ ID NO: 90; (viii) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCVR com a sequência da SEQ ID NO: 98 e um LCVR com a sequência da SEQ ID NO: 106; (ix) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCVR com a sequência da SEQ ID NO: 114 e um LCVR com a sequência da SEQ ID NO: 122; (x) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCVR com a sequência da SEQ ID NO: 130 e um LCVR com a sequência da SEQ ID NO: 138; (xi) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCVR com a sequência da SEQ ID NO: 146 e um LCVR com a sequência da SEQ ID NO: 154; (xii) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCVR com a sequência da SEQ ID NO: 162 e um LCVR com a sequência da SEQ ID NO: 170; (xiii) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCVR com a sequência da SEQ ID NO: 178 e um LCVR com a sequência da SEQ ID NO: 186; (xiv) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCVR com a sequência da SEQ ID NO: 194 e um LCVR com a sequência da SEQ ID NO: 202; (xv) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCVR com a sequência da SEQ ID NO: 210 e um LCVR com a sequência da SEQ ID NO: 218; (xvi) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCVR com a sequência da SEQ ID NO: 226 e um LCVR com a sequência da SEQ ID NO: 234; (xvii) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCVR com a sequência da SEQ ID NO: 242 e um LCVR com a sequência da SEQ ID NO: 250; (xviii) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCVR com a sequência da SEQ ID NO: 258 e um LCVR com a sequência da SEQ ID NO: 266; (xix) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCVR com a sequência da SEQ ID NO: 274 e um LCVR com a sequência da SEQ ID NO: 282; (xx) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCVR com a sequência da SEQ ID NO: 306 e um LCVR com a sequência da SEQ ID NO: 314; (xxi) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCVR com a sequência da SEQ ID NO: 322 e um LCVR com a sequência da SEQ ID NO: 330; (xxii) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCVR com a sequência da SEQ ID NO: 338 e um LCVR com a sequência da SEQ ID NO: 346; (xxiii) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCVR com a sequência da SEQ ID NO: 354 e um LCVR com a sequência da SEQ ID NO: 362; (xxiv) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCVR com a sequência da SEQ ID NO: 370 e um LCVR com a sequência da SEQ ID NO: 378; ou (xxv) o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno compreende um HCVR com a sequência da SEQ ID NO: 386 e um LCVR com a sequência da SEQ ID NO: 394.
23. Conjugado de droga para anticorpo (ADC) de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato do anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende uma região determinante de complementaridade da cadeia pesada (HCDR)-1 compreendendo SEQ ID NO: 292; um HCDR2 compreendendo SEQ ID NO: 294; um HCDR3 compreendendo SEQ ID NO: 296; uma região determinante de complementaridade de cadeia leve (LCDR)-1 compreendendo SEQ ID NO: 300; um LCDR2 compreendendo SEQ ID NO: 302; e um LCDR3 compreendendo SEQ ID NO: 304.
24. Conjugado de droga para anticorpo (ADC) de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato do anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende uma região variável da cadeia pesada (HCVR) que compreende a SEQ ID NO: 290 e uma região variável da cadeia leve (LCVR) que compreende a SEQ ID NO: 298.
25. Conjugado de droga para anticorpo (ADC) de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que o ADC bloqueia a sinalização mediada por prolactina em células que expressam PRLR humano com um IC50 inferior a cerca de 600 pM.
26. Anticorpo isolado ou fragmento de ligação de antígeno do mesmo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreender uma região determinante de complementaridade da cadeia pesada HCDR-1 compreendendo SEQ ID NO: 292; um HCDR2 compreendendo SEQ ID NO: 294; um HCDR3 compreendendo SEQ ID NO: 296; uma região determinante de complementaridade de cadeia leve (LCDR)-1 compreendendo SEQ ID NO: 300; um LCDR2 compreendendo SEQ ID NO: 302; e um LCDR3 compreendendo SEQ ID NO: 304.
27. Anticorpo isolado ou fragmento de ligação de antígeno do mesmo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende uma região variável da cadeia pesada (HCVR) que compreende a SEQ ID NO: 290 e uma região variável da cadeia leve (LCVR) que compreende a SEQ ID NO: 298.
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