BR112014029143B1 - Mecanismo de liberação e método para acionar ferramenta de fundo de poço e ferramenta de fundo do poço - Google Patents
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Abstract
mecanismo de liberação térmica para ferramentas de fundo do poço. a presente invenção refere-se a um mecanismo de liberação para uso no ajuste de uma ferramenta de fundo do poço que compreende dois dispositivos de conexão conectados de modo liberável um ao outro. um dos dispositivos de conexão inclui um material tendo um coeficiente de expansão térmica que é diferente a partir de um material incluído no segundo dispositivo de conexão. a diferença nos coeficientes de expansão térmica faz com que um dos dispositivos de conexão se expanda mais do que o outro dispositivo de conexão quando calor é aplicado a um ou a ambos os dispositivos de conexão. como um resultado da maior expansão de um dos dispositivos de conexão, os dispositivos de conexão se liberam um a partir do outro. com a liberação, um acionador dentro da ferramenta de fundo do poço é permitido se mover e ocasionar o acionamento ou o ajuste da ferramenta de fundo do poço.
Description
[001] Este pedido reivindica o benefício do pedido U.S. número 13/481099, depositado em 25 de maio de 2012, o qual é incorporado aqui por referência em sua totalidade.
[002] A presente invenção é direcionada a mecanismos de liberação para uso no acionamento de ferramentas de fundo do poço e, em particular, mecanismos de liberação térmicos que inicialmente retêm um acionador em uma posição de trabalho até que uma predeterminada temperatura seja alcançada, em cujo tempo o mecanismo de liberação libera o acionador para acionar a ferramenta de fundo do poço.
[003] Algumas ferramentas de fundo do poço precisam ser retidas em uma posição não ajustada até que seja adequadamente disposta no poço. É apenas quando as mesmas estão adequadamente localizadas dentro do poço que a ferramenta de fundo do poço é ajustada, seja através do acionamento da ferramenta de fundo do poço em si ou de um dispositivo acionador que move mecanicamente a ferramenta de fundo do poço para a sua posição de ajuste. Uma técnica anterior para o acionamento das ferramentas de fundo do poço é a criação de uma janela ou passagem dentro da ferramenta de fundo do poço ou do dispositivo de acionamento expondo o membro de acionamento, por exemplo, pistão, da ferramenta de fundo do poço ou do dispositivo de acionamento para o ambiente do furo do poço, por exemplo, a pressão hidrostática do furo do poço. A pressão hidrostáti- então age sobre o membro de acionamento da ferramenta de fundo do poço para mover o membro de acionamento e, assim, a ferramenta de fundo do poço, para a posição de ajuste, de modo que a ferramenta de fundo do poço é acionada. Na referida técnica, a criação de uma janela ou passagem não aciona diretamente a ferramenta de fundo do poço.
[004] Em outras ferramentas de fundo do poço ou dispositivos de acionamento, um fluido bombeado para baixo no poço é usado para romper os pinos de ruptura nas ferramentas de fundo do poço que liberam o membro de acionamento, de modo que a ferramenta de fundo do poço é movida para a sua posição de ajuste. Em ainda outras ferramentas de fundo do poço ou dispositivos de acionamento, uma carga explosiva é detonada por um dispositivo de detonação conectado à superfície do poço através de uma linha eletrônica ou conectado a um conjunto de baterias localizadas na ferramenta de fundo do poço ou dispositivo de acionamento. A força a partir da combustão da carga explosiva então age sobre o membro de acionamento e a ferramenta de fundo do poço é, ou diretamente ou indiretamente, acionada através do dispositivo de acionamento.
[005] Amplamente, o mecanismo de liberação, ou gatilho, para as ferramentas de fundo do poço compreende um par de dispositivos de conexão fixados de modo liberável um ao outro. Um dos dispositivos de conexão compreende um primeiro material tendo um primeiro coeficiente de expansão térmica e a outra conexão compreende um segundo material tendo um segundo coeficiente de expansão térmica que é diferente a partir do primeiro coeficiente de expansão térmica. A diferença em coeficiente de expansão térmica dos dois materiais faz com que um dos dispositivos de conexão experimente uma maior ex-pansão em comparação ao outro dispositivo de conexão quando calor é aplicado a um ou ambos dos dispositivos de conexão. Como um resultado da expansão do dispositivo de conexão tendo o mais alto coeficiente de expansão térmica, o par fixado de dispositivos de conexão é liberado um a partir do outro, desse modo, liberando um acionador anteriormente retido pelo mecanismo de liberação. A liberação do a- cionador permite que o acionador se mova o que faz com que a ferramenta de fundo do poço seja ajustada ou acionada.
[006] A figura 1 é uma vista em seção transversal de uma modalidade específica de um mecanismo de liberação mostrado na posição fixada.
[007] A figura 2 é uma vista em seção transversal parcial da ferramenta de fundo do poço tendo o mecanismo de liberação da figura 1, a ferramenta de fundo do poço mostrado na posição de trabalho da ferramenta de fundo do poço.
[008] A figura 3 é uma vista em seção transversal da ferramenta de fundo do poço da figura 2 tendo o mecanismo de liberação da figura 1, a ferramenta de fundo do poço mostrado na posição acionada da ferramenta de fundo do poço.
[009] A figura 4 é uma vista em seção transversal de outra modalidade específica de um mecanismo de liberação mostrado na posição fixada.
[010] Embora a presente invenção seja descrita em conexão com as modalidades preferidas, será entendido que a mesma não é pretendida para limitar a presente invenção àquela modalidade. Ao contrário, a mesma é pretendida de modo a cobrir todas as alternativas, modificações e equivalentes que possam estar incluídas no espirito e âmbito da presente invenção, como definida pelas reivindicações em anexo.
[011] Com referência agora às figuras 1-3, em uma modalidade específica, o mecanismo de liberação 20 compreende o primeiro dispositivo de conexão 30, o segundo dispositivo de conexão 40, o elemento de aquecimento 50, e a fonte de força 60. Na modalidade das figuras 1-3, o primeiro dispositivo de conexão 30 é mostrado como uma manga tendo uma primeira extremidade 31, uma segunda extremidade 32, uma superfície de parede externa 33 e uma superfície de parede interna 34, que definem o orifício da manga 35. Como mostrado na figura 1, a extremidade superior 36 do orifício da manga 35 é parcialmente fechada, tendo um orifício de escoamento 37. O orifício de escoamento 37 permite que fluido flua para fora do orifício da manga 35 durante a conexão do primeiro dispositivo de conexão 30 ao segundo dispositivo de conexão 40. Assim, o orifício de escoamento 37 facilita a conexão dos primeiro e segundo dispositivos de conexão 30, 40 um ao outro.
[012] Na modalidade da figura 1-3, o primeiro dispositivo de conexão 30 também inclui um membro de fixação mostrado como o orifício 38. O orifício 38 facilita a conexão do primeiro dispositivo de conexão 30 com o segundo dispositivo de conexão 40 tal como através do elemento de tensão do dispositivo de conexão 39 que fixa uma primeira extremidade 31 do primeiro dispositivo de conexão 30 a uma primeira extremidade 41 do segundo dispositivo de conexão 40. O elemento de tensão do dispositivo de conexão 39 dispõe os primeiro e segundo dispositivos de conexão 30, 40 sob forças de tensão que orientam ou que lançam os primeiro e segundo dispositivos de conexão 30, 40 em direção da posição liberada. Em outras palavras, o elemento de tensão do dispositivo de conexão 39 tenta separar a conexão entre os primeiro e segundo dispositivos de conexão 30, 40. O elemento de tensão do dispositivo de conexão 39 pode compreender uma faixa, um único fio, um trancamento de uma pluralidade de fios, e semelhante. Em deter- minadas modalidades, o elemento de tensão do dispositivo de conexão 39 compreende uma faixa de metal, ou um ou mais fios de metal.
[013] Na modalidade das figuras 1-3, o segundo dispositivo de conexão 40 é mostrado como um pino tendo uma primeira extremidade 41, uma segunda extremidade 42, uma superfície de parede externa 43, e uma superfície de parede interna 44 que definem uma cavidade 45 tendo uma primeira extremidade de cavidade 46, que é fechada. Disposto dentro da cavidade 45 está um material de encapsulamento 47. Em uma modalidade, o material de encapsulamento 47 tem uma alta condutividade térmica. Materiais de encapsulamento adequados 47 incluem soldas de alta temperatura tal como as que contêm cobre e prata, e materiais de bronze de alta temperatura.
[014] Disposto dentro de material de encapsulamento 47 é o elemento de aquecimento 50. O elemento de aquecimento 50 está associado de modo operacional com a fonte de força 60 através dos fios 62, 64. Em uma modalidade particular, o elemento de aquecimento 50 é um dispositivo eletricamente acionado, por exemplo, um elemento de aquecimento do resistor eletrônico, que gera calor quando a eletricidade passa através do mesmo e, portanto, a fonte de força é um gerador de eletricidade, tal como uma bateria que é disposta em proximidade ao mecanismo de liberação 20. Em outras modalidades, a eletricidade que flui através do elemento de aquecimento 50 se origina a partir de outra fonte, seja dentro da coluna da ferramenta de fundo do poço ou a partir da superfície do poço. Em uma modalidade, o elemento de a-quecimento 50 é associado de modo operacional com a fonte de força 60 por fios 62, 64 sendo conectados a uma chave na placa de circuito. Com a ativação da chave, a eletricidade flui para um elemento de aquecimento 50, que aquece os primeiro e segundo dispositivos de conexão 30, 40 e o material de encapsulamento 47.
[015] Na modalidade das figuras 1-3, os primeiro e segundo dis- positivos de conexão 30, 40 têm uma posição fixa ( figura 1) definida por um encaixe de interferência entre uma superfície de parede interna 34 do primeiro dispositivo de conexão 30 e uma superfície de parede externa 43 do segundo dispositivo de conexão 40. O encaixe de interferência pode ser estabelecido ao se usar uma prensa hidráulica para inserir o segundo dispositivo de conexão 40 no orifício da manga 35. Alternativamente, os primeiro e segundo dispositivos de conexão 30, 40 podem ser aquecidos à temperatura de queima, por exemplo, 426,7oC (800°F), dos materiais que formam o primeiro e o segundo dispositivo de conexão 30, 40 e então o segundo dispositivo de conexão 40 é inserido no orifício da manga 35. Com o resfriamento, o encaixe de interferência será estabelecido para proporcionar uma superfície de contato de muito alta força e, assim, uma alta força de fricção. O encaixe de interferência permite que a conexão entre os primeiro e segundo dispositivos de conexão 30, 40 mantenham uma alta carga de tensão quando em temperaturas nominais, por exemplo, abaixo de 204, 4oC (400° F).
[016] O primeiro dispositivo de conexão 30 compreende um primeiro material tendo um primeiro coeficiente de expansão térmica. O segundo dispositivo de conexão 40 compreende um segundo material tendo um segundo coeficiente de expansão térmica. O primeiro coeficiente de expansão térmica e o segundo coeficiente de expansão térmica são diferentes. Assim, quando calor é aplicado não só ao primeiro dispositivo de conexão 30, mas também ao segundo dispositivo de conexão 40, um dos dispositivos de conexão irá se expandir em uma maior extensão do que o outro dispositivo de conexão. Essa grande expansão de um dos dispositivos de conexão permite que o primeiro dispositivo de conexão 30 e o segundo dispositivo de conexão 40 sejam liberados a partir de sua posição fixa (figura 1). Ao assim proceder, um acionador, tal como o pistão 76 discutido em maiores detalhes com relação às figuras 2-3, é liberado de modo que o pistão 76 pode se mover e, assim, acionar a ferramenta de fundo do poço.
[017] Na modalidade das figuras 1-3, o primeiro material do primeiro dispositivo de conexão 30 tem um coeficiente de expansão térmica que é maior do que o coeficiente de expansão térmica do segundo material que compreende o segundo dispositivo de conexão 40. Assim sendo, com o acionamento do elemento de aquecimento 50 ao fluir eletricidade a partir da fonte de força 60 através do elemento de aquecimento 50, o primeiro dispositivo de conexão 30 aumenta em diâmetro mais do que o segundo dispositivo de conexão 40. Como um resultado, a superfície de parede externa 43 do segundo dispositivo de conexão 40 é permitida se mover para fora do orifício da manga 35 em direção da posição liberada. A posição liberada é definida como o ponto no qual o primeiro dispositivo de conexão 30 e o segundo dispositivo de conexão 40 se moveram suficientemente um com relação ao outro, de modo que o acionador da ferramenta de fundo do poço não é mais retido pelo mecanismo de liberação 20. Assim, a posição liberada pode ser quando os primeiro e segundo dispositivos de conexão 30, 40 não estão mais tocando um ao outro; ou a posição liberada pode estar em qualquer ponto durante o movimento do primeiro dispositivo de conexão 30 em afastamento a partir do segundo dispositivo de conexão 40. Assim sendo, em determinadas modalidades do mecanismo de liberação 20 mostrado na figura 1, a posição liberada pode ser quando o segundo dispositivo de conexão 40 se moveu completamente para fora do orifício da manga 45, ou em qualquer ponto ao longo da linha de trajeto do segundo dispositivo de conexão 40 para fora do orifício da manga 45.
[018] Com referência agora às figuras 2-3, a ferramenta de fundo do poço 70 compreende um mandril 71 tendo uma porta superior 72, porta inferior 73 e uma superfície de parede interna 74, que definem o furo 75. Disposto no furo 75 e parcialmente em engate deslizável com uma superfície de parede interna 74, é um acionador mostrado como o pistão 76. O pistão 76 inclui vedações superior e inferior 77, 78. Como mostrado nas figuras 2-3, a vedação superior 77 é menor do que a vedação inferior 78, assim criando uma orientação para baixo no pistão 76, isto é, que lança o pistão 76 em direção da posição acionada.
[019] O pistão 76 inicialmente bloqueia a porta inferior 73. O pistão 76 é mantido em uma posição de trabalho (figura 2) pelo mecanismo de liberação 20 disposto ao longo de uma superfície de parede externa 82 do elemento de engaste 80. O elemento de engaste 80 é fixado ao mandril 71 através de qualquer método ou dispositivo conhecido na técnica. Por exemplo, o elemento de engaste 80 pode ser fixado a uma superfície de parede interna 74 por roscas (não mostradas). Alternativamente, o elemento de engaste 80 pode ser fixado ao mandril 71 por um dispositivo de fixação tal como uma tampa roscada instalada através de uma porção de flange do elemento de engaste 80 que se estende através do mandril 71.
[020] Uma porção de mola 86 é disposta dentro de uma câmara formada por um pistão 76 e o elemento de engaste 80. A porção de mola 86 é orientada para baixo desse modo lançando o pistão 76 em direção da posição acionada ( figura 3).
[021] Em operação, da ferramenta de fundo do poço 70 e, assim, do mecanismo de liberação 20, a ferramenta de fundo do poço 70 é disposta dentro da coluna da ferramenta de fundo do poço (não mostrado). A coluna da ferramenta de fundo do poço é então acionada para o fundo, isto é, localizada dentro de um poço (não mostrado) no local no qual a ferramenta de fundo do poço deve ser acionada. Na medida em que a coluna da ferramenta de fundo do poço é abaixada para dentro do poço, a pressão hidrostática (não mostrado) dentro do poço flui através da porta 72 para agir na superfície superior do pistão 76. Adicionalmente, a orientação para baixo pela vedação superior 77 sendo menor do que do que a vedação inferior 78 e por porção de mola 86 tenta empurrar o pistão 76 para baixo. O pistão 76, entretanto, é restringido a partir de movimento pelo elemento de engaste 80 e pelo mecanismo de liberação 20. Ao alcançar o local desejado dentro do poço, a fonte de força 60 é ativada, fazendo com que a eletricidade flua através do elemento de aquecimento 50. Ao assim proceder, o elemento de aquecimento gera calor que é conduzido através do material de encapsulamento 47, do segundo material do segundo dispositivo de conexão 40, e do primeiro material do primeiro dispositivo de conexão 30. Na medida em que a temperatura aumenta, o primeiro material do primeiro dispositivo de conexão 30 se expande em um coeficiente mais rápido do que a expansão do segundo material do segundo dispositivo de conexão 40, pelo fato de que o primeiro material tem um coeficiente de expansão térmica mais alto em comparação ao coeficiente de expansão térmica do segundo material. Como um resultado, as forças que proporcionam o encaixe de interferência entre uma superfície de parede externa 43 do segundo dispositivo de conexão 40 e uma superfície de parede interna 34 do primeiro dispositivo de conexão 30 são reduzidas, o que permite que o segundo dispositivo de conexão 40 se mova para fora do orifício da manga 45. Ao assim proceder, os primeiro e segundo dispositivos de conexão 30, 40 se movem na direção da posição liberada em cujo tempo o pistão 76 é permitido se mover para acionar a ferramenta de fundo do poço (figura 3 mostrando a posição acionada).
[022] Embora a temperatura necessária para liberar a conexão entre os primeiro e segundo dispositivos de conexão 30, 40 (a "temperatura de queima") seja de aproximadamente 426,7oC (800°F), a baixa massa do mecanismo de liberação 20 permite que a temperatura de queima seja alcançada com relativa rapidez usando as baterias exis- tentes e o circuito normal.
[023] Em uma modalidade particular, o elemento de tensão do dispositivo de conexão 39 conecta um primeiro dispositivo de conexão 30 com o segundo dispositivo de conexão 40 e, ao assim proceder, proporciona forças de tensão preexistentes que puxam os primeiro e segundo dispositivos de conexão 30, 40 em direção da posição liberada. Assim, na medida em que o encaixe de interferência entre os primeiro e segundo dispositivos de conexão é reduzido em virtude da expansão térmica diferente entre o primeiro dispositivo de conexão 30 e o segundo dispositivo de conexão 40, as forças de tensão preexistentes proporcionadas pelo elemento de tensão do dispositivo de conexão 39 dispõem primeiro e segundo dispositivos de conexão 30, 40 em di-reção da posição de liberação.
[024] Com referência agora à figura 4, em outra modalidade particular, o mecanismo de liberação 120 inclui o primeiro dispositivo de conexão 130 e o segundo dispositivo de conexão 140. A Figura 4 mostra o mecanismo de liberação 120 na posição fixada. Com a exceção dos perfis discutidos aqui, o primeiro dispositivo de conexão 130 e o segundo dispositivo de conexão 140 são idênticos ao primeiro dispositivo de conexão 30 e ao segundo dispositivo de conexão 40, respectivamente, das modalidades das figuras 1-3.
[025] Para facilitar a retenção dos primeiro e segundo dispositivos de conexão 130, 140 na posição retida, uma superfície de parede externa 43 do segundo dispositivo de conexão 140 e uma superfície de parede interna 34 do primeiro dispositivo de conexão 130 são reciprocamente perfiladas para engatar uma à outra tal como através dos perfis que compreendem roscas ou dispositivos de conexão do tipo de bloco de culatra. A adição dos perfis 139, 149 a uma superfície de parede externa 43 do segundo dispositivo de conexão 140 e a uma superfície de parede interna 34 do primeiro dispositivo de conexão 130, respectivamente, permite que forças de tensão maiores sejam aplicadas ao primeiro e ao segundo dispositivo de conexão 130, 140 sem que os primeiro e segundo dispositivos de conexão 130, 140 sejam movidos em direção da posição liberada. Como um resultado, cargas maiores podem ser aplicadas a um mecanismo de liberação 120 sem que o mecanismo de liberação prematuramente libere o acionador da ferramenta de fundo do poço.
[026] A operação de mecanismo de liberação 120 é similar à operação de mecanismo de liberação 20 das figuras 1-3, com a exceção de que o primeiro dispositivo de conexão 120 e o segundo dispositivo de conexão 130 devem se expandir mais para superar a conexão perfilada entre o primeiro dispositivo de conexão 120 e o segundo dispositivo de conexão 130.
[027] Como será entendido por aqueles versados na técnica, o primeiro material e o segundo material podem ser de quaisquer materiais desejados ou necessários que proporcionem a diferença apropriada nos coeficientes de expansão térmica, de modo que o primeiro e o segundo dispositivos de conexão 30, 40, 130, 140 podem se mover a partir da posição fixa para a posição liberada. Materiais adequados incluem alumínio, aço, e INVAR, magnésio, carbono, materiais cerâmicos, e misturas e combinações dos mesmos. Em uma modalidade específica, o primeiro material compreende alumínio e o segundo material compreende aço.
[028] Deve ser entendido que a presente invenção não é limitada aos detalhes exatos de construção, operação, materiais exatos ou modalidades mostradas e descritas, como modificações e equivalentes serão aparentes para aqueles versados na técnica. Por exemplo, os mecanismos de liberação descritos aqui podem ser usados para abrir uma válvula, fechar uma válvula, liberar uma esfera, liberar deslizado- res, grampos de retenção ou anéis em c para permitir o movimento axial que pode iniciar as operações de fundo do poço, ou qualquer outra operação conhecida na técnica. Ademais, o acionamento da ferramenta de fundo do poço, após mover o mecanismo de liberação para a posição liberada, pode ser realizado pela pressão hidrostática que age no acionador, através da liberação da energia armazenada, tal como ao permitir que a porção de mola se expanda, ou através de qualquer outro método ou dispositivo conhecido na técnica. Adicionalmente, os perfis no intertravamento, ou recíprocos, perfis em uma superfície de parede externa de um dispositivo de conexão e uma super-fície de parede interna de outro dispositivo de conexão podem ser quaisquer perfis que, quando aquecidos, permitem que os dispositivos de conexão se movam para a posição liberada e proporcionem uma resistência à tensão aceitável para evitar a ativação do mecanismo de liberação prematuramente. Assim sendo, a presente invenção deve, portanto, ser limitada apenas pelo âmbito das reivindicações em anexo.
Claims (17)
1. Mecanismo de liberação para acionar a ferramenta de fundo do poço, o mecanismo de liberação caracterizado por compreender: um primeiro conector (30) tendo um primeiro material, o primeiro material tendo um primeiro coeficiente de expansão térmica; um segundo conector (40) tendo um segundo material, o segundo material tendo um segundo coeficiente de expansão térmica, o segundo coeficiente de expansão térmica sendo diferente a partir do primeiro coeficiente de expansão térmica, e o segundo conector (40) sendo conectado de modo liberável ao primeiro conector (30); um elemento de tensão de conector (39) que prende uma primeira extremidade do primeiro conector (30) a uma primeira extremidade do segundo conector (40); um elemento de aquecimento (50) associado de modo operacional com pelo menos um do primeiro material ou do segundo material; e uma fonte de força (60) associada de modo operacional com o elemento de aquecimento (50), em que o primeiro conector (30) e o segundo conector (40) têm uma posição fixa um com relação ao outro e a posição liberada um com relação ao outro, e em que a ativação do elemento de aquecimento (50) faz com que o primeiro conector (30) e o segundo conector (40) se movam em direção da posição liberada.
2. Mecanismo de liberação, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o primeiro conector (30) compreende uma manga e o segundo conector (40) compreende um pino, o pino sendo disposto dentro da manga quando a manga e o pino são dispostos em uma posição fixa um com relação ao outro.
3. Mecanismo de liberação, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que o pino e a manga compreendem um encaixe de interferência quando a manga e o pino são dispostos em uma posição fixa um com relação ao outro.
4. Mecanismo de liberação, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que uma superfície de parede externa do pino inclui um perfil de pino e uma superfície de parede interna de manga inclui um perfil de manga formado de modo recíproco em relação ao perfil do pino para facilitar a fixação do pino com a manga na posição fixada.
5. Mecanismo de liberação, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que a manga compreende uma primeira extremidade parcialmente fechada por pelo menos um engate parcial com a primeira extremidade do pino.
6. Mecanismo de liberação, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que um orifício de escoamento é disposto através da manga e está em comunicação de fluido com um orifício da manga dentro do qual o pino é disposto quando a manga e o pino são dispostos na posição fixada.
7. Mecanismo de liberação, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o elemento de tensão do conector compreende uma faixa disposta através de um primeiro orifício na primeira extremidade do primeiro conector (30) e através de um primeiro orifício na primeira extremidade do segundo conector (40).
8. Mecanismo de liberação, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que a faixa compreende um fio de metal.
9. Ferramenta de fundo do poço, caracterizada pelo fato de que compreende: um mecanismo de liberação, o mecanismo de liberação tendo um primeiro conector (30) tendo um primeiro material, o primeiro material tendo um primeiro coeficiente de expansão térmica, um segundo conector (40) tendo um segundo material, o segundo material tendo um segundo coeficiente de expansão térmica, o segundo coeficiente de expansão térmica sendo menor do que o primeiro coeficiente de expansão térmica, e o segundo conector (40) sendo conectado de modo liberável a um primeiro conector (30), em que o primeiro conector (30) e o segundo conector (40) têm uma posição fixa um com relação ao outro e a posição liberada um com relação ao outro, e um elemento de aquecimento (50) associado de modo operacional com pelo menos uma do primeiro material ou o segundo material, em que a ativação do elemento de aquecimento (50) faz com que o primeiro conector (30) e o segundo conector (40) se movam em direção da posição liberada; e um acionador associado de modo operacional com o mecanismo de liberação, o acionador tendo a posição de trabalho quando o mecanismo de liberação está em uma posição fixa e uma posição acionada quando o mecanismo de liberação está em uma posição liberada, em que o acionador compreende um pistçao conectado a um elemento de engaste via o mecanismo de liberação, quando o aciona- dor está disposto na posição de trabalho, e o mecanismo de liberação é disposto ao longo de uma superfície de parede externa do elemento de engaste
10. Ferramenta, de acordo com a reivindicação 9, caracterizada pelo fato de que o primeiro conector (30) compreende uma manga e o segundo conector (40) compreende um pino, o pino sendo disposto dentro da manga quando a manga e o pino são dispostos em uma posição fixa um com relação ao outro.
11. Ferramenta, de acordo com a reivindicação 10, caracterizada pelo fato de que o pino é disposto fora da manga quando a manga e o pino são dispostos em uma posição liberada um com relação ao outro.
12. Ferramenta, de acordo com a reivindicação 10, caracterizada pelo fato de que o elemento de aquecimento (50) é disposto dentro do pino.
13. Método de acionar a ferramenta de fundo do poço, o método caracterizado por compreender as etapas de: (a) acionar a ferramenta de fundo do poço dentro do poço, a ferramenta de fundo do poço tendo um mecanismo de liberação, o mecanismo de liberação tendo um primeiro conector (30) tendo um primeiro material, o primeiro material tendo um primeiro coeficiente de expansão térmica, um segundo conector (40) tendo um segundo material, o segundo material tendo um segundo coeficiente de expansão térmica, o segundo coeficiente de expansão térmica sendo diferente a partir do primeiro coeficiente de expansão térmica, o primeiro conector (30) e o segundo conector (40) tendo a posição fixa um com relação ao outro e a posição liberada um com relação ao outro, um elemento de aquecimento (50) associado de modo operacional com pelo menos uma do primeiro material ou o segundo material, e um acionador associado de modo operacional com o mecanismo de liberação, o acionador tendo a posição de trabalho quando o mecanismo de liberação está em uma posição fixa e uma posição acionada quando o mecanismo de liberação está em uma posição liberada; (b) ativar o elemento de aquecimento (50) promovendo a expansão do primeiro conector (30) e, assim, o movimento do pri- meiro conector (30) e o segundo conector (40) em direção da posição liberada, em que durante a etapa (b), um elemento de tensão de conector (39) preso ao primeiro e ao segundo conector (40) força os primeiro e segundo conector (40)es da posição fixa para a posição liberada; (c) ao alcançar a posição liberada, o mecanismo de liberação liberando o acionador; e (d) acionar a ferramenta de fundo do poço.
14. Método, de acordo com a reivindicação 13, caracterizado pelo fato de que durante a etapa (b), o elemento de aquecimento (50) promove a maior expansão do primeiro conector (30) em comparação a uma expansão do segundo conector (40).
15. Método, de acordo com a reivindicação 13, caracterizado pelo fato de que durante a etapa (b), o elemento de aquecimento (50) é ativado por passar corrente elétrica através do elemento de aquecimento (50).
16. Mecanismo de liberação para o acionamento de uma ferramenta de fundo de poço, caracterizado por compreender: um primeiro conector (30) que tem um primeiro material, o primeiro material tendo um primeiro coeficiente de expansão térmica; um segundo conector (40) tendo um segundo material, o segundo material tendo um segundo coeficiente de expansão térmica, o segundo coeficiente de expansão térmica sendo diferente do primeiro coeficiente de expansão térmica, e o segundo conector (40) a sendo liberavelmente conectado ao primeiro conector (30); um elemento de aquecimento (50) associado operacionalmente com pelo menos um do primeiro material ou o segundo material; e uma fonte de alimentação associada operacionalmente com o elemento de aquecimento (50), em que o primeiro conector (30) e o segundo conector (40) têm uma posição fixa em relação ao outro e uma posição liberada em relação ao outro, em que o acionamento do elemento de aquecimento (50) faz com que o primeiro conector (30) e o segundo conector (40) se movam para a posição liberada, e em que o elemento de aquecimento (50) está disposto dentro do segundo conector (40) circundado por um material de encapsulamento, e o primeiro coeficiente de expansão térmica é maior do que o segundo coeficiente de expansão térmica.
17. Ferramenta de fundo de poço, caracterizada por compreender: um mecanismo de liberação, o mecanismo de liberação tendo um primeiro conector (30) que tem um primeiro material, o primeiro material tendo um primeiro coeficiente de expansão térmica, um segundo conector (40) tendo um segundo material, o segundo material tendo um segundo coeficiente de expansão térmica, o segundo coeficiente de expansão térmica é menor que o primeiro coeficiente de expansão térmica, e o segundo conector (40) a ser libe- ravelmente conectado ao primeiro conector (30), em que o primeiro conector (30) e o segundo conector (40) têm uma posição fixa em relação ao outro e uma posição liberada em relação ao outro, e um elemento de aquecimento (50) associado operacionalmente com pelo menos um do primeiro material ou o segundo material, em que o acionamento do elemento de aquecimento (50) faz com que o primeiro conector (30) e o segundo conector (40) ser movam para a posição liberada; um acionador operacionalmente associado com o mecanismo de liberação, o acionador tem uma posição de funcionamento em que o mecanismo de liberação está na posição fixa e uma posição de acionamento quando o mecanismo de liberação se encontra na posição liberada; e um elemento de tensão de conector (39) que prende uma primeira extremidade do primeiro conector (30) a uma primeira extremidade do segundo conector (40).
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