Campo da Invenção
A presente invenção, de modo geral, se refere a um dispositivo médico para implantação em uma articulação de quadril e a um método para provisão do dito dispositivo médico.
Antecedentes da Invenção
A osteoartrite de articulação de quadril é uma síndrome na qual uma inflamação de baixo grau resulta em dor nas articulações do quadril, causada por um desgaste anormal da cartilagem que atua como um amortecedor interno na articulação de quadril. Esse desgaste anormal da cartilagem também resulta em uma diminuição do fluido de lubrificação das articulações, chamado de fluido sinovial. A osteoartrite de articulação do quadril é estimada em afetar 80% de todas as pessoas acima de 65 anos de idade, em níveis mais ou menos graves.
O atual tratamento para osteoartrite de quadril compreende a aplicação de medicamentos à base de NSAID, injeções locais de ácido hialurônico ou glicocorticóide, para ajudar a lubrificação da articulação do quadril, e substituição de partes da articulação de quadril com prótese, mediante cirurgia da articulação do quadril.
A substituição de partes da articulação do quadril é uma das cirurgias mais comuns realizada até o momento em centenas de milhares de pacientes no mundo, a cada ano. O método mais comum compreende colocar uma prótese de metal no fêmur e um recipiente de plástico no acetábulo. Essa operação é normalmente feita através de uma incisão no quadril e coxa superior, através do fáscia iata e músculos laterais da coxa. Para se obter acesso à articulação, a cápsula de suporte de articulação de quadril fixada ao fêmur e ílio da pelve precisa ser penetrada, tornando difícil a obtenção de uma articulação completamente funcional após a cirurgia. O fêmur é depois cortado na parte de seu pescoço com uma serra de osso e a prótese é colocada no fêmur com ou sem cimento ósseo. O acetábulo é ligeiramente ampliado usando um escareador acetabular e o recipiente de plástico é posicionado usando parafusos ou cimento ósseo.
A cirurgia, tipicamente, exige uma semana de hospitalização, devido ao grande risco de infecção. O processo de recuperação leva em média cerca de 6 semanas, mas, mesmo após esse período, o paciente não deve executar nenhuma atividade física que proporcione grandes esforços sobre a articulação.
Resumo da Invenção
A presente invenção proporciona um dispositivo médico para implantação em uma articulação de quadril, para provisão de uma superfície de articulação. O dispositivo médico compreende uma superfície de cabeça de fêmur artificial, adaptada para funcionar como uma superfície de apoio da articulação de quadril na sua posição funcional, e uma parte de fixação, adaptada para pelo menos parcialmente, ser colocada no interior do osso femoral, para fixar a superfície de cabeça de fêmur artificial ao dito osso femoral, em que o dito dispositivo médico compreende pelo menos duas partes adaptadas para serem conectadas entre si, no local, para formar o dito dispositivo médico artificial.
De acordo com uma modalidade, as ditas pelo menos duas partes de superfície de articulação de quadril artificial são adaptadas para serem montadas no local, para proporcionar um dispositivo médico montado.
De acordo com outra modalidade, uma primeira parte das ditas pelo menos duas partes compreende uma superfície de contato de articulação de quadril, e uma segunda parte das ditas pelo menos duas partes compreende uma superfície de contato de articulação de quadril. As primeira e segunda partes são conectadas em uma área de interconexão do dispositivo médico, e a área de interconexão é uma parte da superfície de contato do dispositivo médico montado.
De acordo ainda com outra modalidade, o dispositivo médico compreende ainda um elemento de fixação, adaptado para fixar conjuntamente a primeira parte e a segunda parte, após as primeira e segunda partes terem sido conectadas em um dispositivo médico montado.
Pelo menos uma das ditas pelo menos duas partes pode compreender uma superfície de contato de articulação de quadril, adaptada para se dispor em contato com um acetábulo ou uma substituição artificial do mesmo, e uma superfície de contato de fêmur, adaptada para se dispor em conexão com o osso femoral do paciente.
O dispositivo médico, de acordo com quaisquer das modalidades, pode ser frusto-esférico.
De acordo com uma modalidade, a primeira superfície de articulação de quadril artificial pode compreender uma primeira superfície de suporte, que suporta o peso na articulação de quadril. As primeira e segunda partes das ditas pelo menos duas partes podem ser adaptadas para serem fixadas entre si, produzindo uma primeira linha de conexão entre as mesmas. A primeira linha de conexão pode, pelo menos parcialmente, ser localizada dentro da primeira superfície de suporte.
As ditas pelo menos duas superfícies de articulação de quadril artificiais, de acordo com quaisquer das modalidades, podem ser adaptadas para serem introduzidas através de um furo no osso pélvico, tendo uma área de seção transversal inferior a 530 mm2, ou inferior a 380 mm2, ou inferior a 250 mm2, ou inferior a 180 mm2, ou ainda, inferior a 110 mm2.
O elemento de fixação, de acordo com uma modalidade, pode ser uma fita de fixação, adaptada para envolver uma porção do osso femoral.
De acordo com outra modalidade, as ditas pelo menos duas partes apresentam uma distribuição que é parte de um círculo.
De acordo ainda com outra modalidade, o dispositivo médico montado exibe um formato parcialmente esférico, sendo oco, podendo ser adaptado para ser fixado ao osso femoral do paciente, pelo menos parcialmente, envolvendo uma porção do osso femoral.
De acordo ainda com outra modalidade, o elemento de fixação pode ser uma fita de fixação, adaptada para envolver o dispositivo médico montado, para posteriormente fixar o dispositivo médico montado à porção do osso femoral.
O dispositivo médico, de acordo com quaisquer das modalidades, pode ser adaptado para ser inserido através de um furo no osso pélvico, do lado oposto do acetábulo. O furo pode apresentar um diâmetro inferior ao maior diâmetro do dispositivo médico, quando o dito dispositivo se encontrar na sua posição funcional, na articulação de quadril.
De acordo ainda com outra modalidade, as ditas pelo menos duas partes de superfície de cabeça de fêmur artificial podem ser adaptadas para ser inseridas através de um furo na cápsula de articulação de quadril, o furo apresentando um diâmetro inferior ao maior diâmetro do dispositivo médico, quando o dispositivo se encontrar na sua posição funcional, na articulação de quadril.
As ditas pelo menos duas partes de superfície de cabeça de fêmur artificial podem ainda ser adaptadas para ser inseridas através de um furo no osso femoral, o furo apresentando um diâmetro inferior ao maior diâmetro do dispositivo médico, quando o dispositivo se encontrar na sua posição funcional, na articulação de quadril.
Pelo menos uma das ditas pelo menos duas partes, em quaisquer das presentes modalidades, pode ser uma parte adaptada para servir como parte de base, a qual, pelo menos uma parte adicional pode ser conectada.
De acordo com uma modalidade, o dom compreende múltiplos objetos em formato de anel, ditos múltiplos objetos no formato de anel sendo adaptados para serem conectados entre si, no local, após inserção em uma articulação de quadril, para formar uma superfície de acetábulo artificial.
De acordo ainda com outra modalidade, o dispositivo médico pode compreender ainda uma segunda superfície de articulação de quadril artificial, para substituir uma segunda superfície de suporte, que suporta o peso na articulação de quadril. Uma terceira e quarta parte das ditas pelo menos duas partes podem ser adaptadas para contatar a primeira superfície de suporte ou uma substituição artificial da mesma, durante os movimentos funcionais do quadril. As terceira e quarta partes podem ser ainda adaptadas para ser fixadas entre si, produzindo uma segunda linha de conexão entre as mesmas, e em que a dita segunda linha de conexão é pelo menos parcialmente localizada dentro da dita segunda superfície de suporte.
As ditas pelo menos duas partes, de acordo com quaisquer das presentes modalidades, podem ser adaptadas para serem montadas juntas, produzindo uma superfície substancialmente uniforme.
De acordo ainda com outra modalidade, as partes que criam a superfície substancialmente uniforme ao longo da linha de conexão apresentam uma diferença de altura de no máximo 10 micrômetros.
Além disso, as partes que criam a superfície substancialmente uniforme podem apresentar uma diferença de altura de no máximo 100 micrômetros, ou ainda, no máximo de 1 milímetro.
De acordo ainda com outra modalidade, as partes compreendem uma estrutura de forma encaixada, com uma posição de fixação, para serem mecanicamente fixadas entre si.
De acordo ainda com outra modalidade, o dispositivo médico compreende uma estrutura de forma encaixada, a qual compreende ainda uma estrutura de auto-fixação, adaptada para se fixar na posição de fixação.
As ditas pelo menos duas partes, de acordo com uma modalidade, compreendem uma estrutura adaptada para possibilitar às partes deslizarem relativamente entre si. As duas partes podem ser ainda adaptadas para na posição de fixação, serem substancialmente travadas, pelo menos, em todas as direções, exceto a direção de deslizamento e/ou direção traseira das mesmas.
A estrutura de forma encaixada pode compreender uma estrutura das partes, adaptada para quando da montagem das mesmas, apresentar, pelo menos, uma porção de pelo menos uma das partes, introduzida na outra parte, e adaptada para ser introduzida em pelo menos duas consecutivas diferentes direções e, na posição de fixação, adaptada para ser substancialmente travada, pelo menos, em todas as direções, exceto na última direção introduzida e/ou direção traseira da mesma.
As ditas pelo menos duas partes, de acordo ainda com outra modalidade, podem ser adaptadas para serem deslocáveis relativamente entre si, até serem posicionadas numa posição funcional no interior da articulação de quadril em uma posição previamente definida, de modo que o dispositivo médico possa funcionar como uma superfície de articulação de quadril.
As ditas pelo menos duas partes, de acordo com uma modalidade, podem ser adaptadas para serem rotacionalmente conectadas entre si, no local, e adaptadas para funcionarem como uma superfície de articulação de quadril quando as ditas pelo menos duas partes tiverem sido conectadas no local.
De acordo ainda com outra modalidade, pelo menos uma das ditas pelo menos duas partes pode compreender um elemento elástico. Assim, o dispositivo médico pode ser adaptado para ser fixado à cabeça de fêmur ou ao osso pélvico pelo elemento elástico, que exerce uma força de aperto sobre o osso femoral ou sobre o osso pélvico.
Assim, é proporcionado um dispositivo médico implantável, para tratamento de osteoartrite de articulação de quadril, mediante provisão de uma superfície de articulação de quadril. O dispositivo médico compreende, pelo menos, duas partes de superfícies de articulação de quadril artificiais, adaptadas para serem conectadas entre si, de modo a formar a superfície de articulação de quadril artificial, durante uma operação de tratamento de osteoartrite de articulação de quadril.
De acordo com uma modalidade, o dispositivo médico pode ser adaptado para prover uma superfície de cabeça de fêmur artificial e, de acordo com outra modalidade, o dispositivo médico pode ser adaptado para prover uma superfície de acetábulo artificial. Também, é concebível que o dispositivo médico seja adaptado para prover uma superfície de cabeça de fêmur artificial e uma superfície de acetábulo artificial.
Aspecto
As ditas pelo menos duas partes do dispositivo médico podem apresentar uma distribuição circular ou as ditas pelo menos duas partes podem apresentar uma distribuição que é parte de um círculo, para corresponder com o acetábulo e/ou com a cabeça de fêmur. As partes de acordo com quaisquer das presentes modalidades podem ser feitas do mesmo material e podem ser adaptadas para serem montadas no interior da articulação de quadril durante uma operação.
De acordo com uma modalidade, o dispositivo médico compreende pelo menos uma superfície de cabeça de fêmur artificial, e/ou uma superfície de acetábulo artificial, que exibe um formato parcialmente esférico, sendo ainda oca, e com este formato sendo adaptada para mecanicamente fixar a superfície de cabeça de fêmur artificial à cabeça de fêmur, ou uma substituição artificial da mesma, envolvendo, pelo menos parcialmente, a cabeça de fêmur, além de um diâmetro máximo da dita cabeça de fêmur.
De acordo com uma modalidade, pelo menos duas partes das superfícies de cabeça de fêmur artificiais são adaptadas para serem inseridas através de um furo no osso pélvico, do lado oposto do acetábulo de um paciente humano. O furo pode apresentar um diâmetro inferior ao maior diâmetro do dispositivo médico na sua posição funcional, na articulação de quadril, de modo a possibilitar uma inserção menos invasiva do dispositivo médico.
De acordo com uma modalidade, pelo menos uma das ditas pelo menos duas partes é uma parte adaptada para servir como uma parte de base, a qual pelo menos uma parte adicional pode ser conectada. A parte de base pode ser localizada no centro, em relação à dita pelo menos uma parte adicional.
De acordo com outra modalidade, o dispositivo médico compreende múltiplos objetos no formato de anel, adaptados para se conectarem entre si após a inserção em uma articulação de quadril, para formar uma superfície de acetábulo artificial.
De acordo com uma modalidade, o dispositivo médico define mais de um formato hemisférico esférico.
O dispositivo médico implantável pode compreender uma primeira superfície de suporte, que suporta o peso na articulação de quadril, em que as ditas partes são adaptadas para serem fixadas entre si, produzindo uma primeira linha de conexão entre as mesmas, e em que a dita linha, pelo menos parcialmente, envolve a dita primeira superfície de suporte. Entretanto, é igualmente concebível que a dita linha de conexão não envolva a dita primeira superfície de suporte.
De acordo ainda com outra modalidade, o dispositivo médico implantável compreende ainda uma segunda superfície de articulação de quadril artificial, para substituir uma segunda superfície de suporte, que suporta o peso na articulação de quadril. A segunda superfície de suporte é adaptada para contatar a primeira superfície de suporte, ou uma substituição artificial da mesma, durante os movimentos funcionais do quadril, em que as ditas segundas partes são adaptadas para serem fixadas entre si, produzindo uma segunda linha de conexão entre as mesmas, e em que a dita linha, pelo menos parcialmente, envolve a dita segunda superfície de contato. Entretanto, é igualmente concebível que a dita linha de conexão não envolva a dita primeira superfície de suporte.
As partes ao longo da linha de conexão que envolvem a dita superfície de suporte podem ser adaptadas para serem montadas em conjunto, produzindo uma superfície substancialmente uniforme, que de acordo com uma modalidade, apresenta uma diferença de altura de no máximo 10 micrômetros, de acordo com outra modalidade, uma diferença de altura de no máximo 100 micrômetros e, de acordo com outra modalidade, uma diferença de altura de no máximo de 1 milímetro.
De acordo com uma modalidade, as partes do dispositivo médico implantável compreendem uma estrutura de forma encaixada, com uma posição de fixação para serem mecanicamente fixadas entre si. A estrutura de forma encaixada pode compreender ainda uma estrutura de auto-fixação, adaptada para ser fixada na dita posição de fixação.
De acordo com uma modalidade, o dispositivo médico compreende uma estrutura de forma encaixada, a qual compreende uma estrutura de duas partes, adaptada para quando da montagem da mesma, ter as partes deslizando relativamente entre si e na posição de fixação, adaptada para ser substancialmente fixada, pelo menos, em todas as direções, exceto na direção deslizante e/ou na direção traseira da mesma.
De acordo com uma modalidade, o dispositivo médico compreende uma estrutura de forma encaixada, que compreende uma estrutura das partes adaptada para quando da montagem da mesma, ter pelo menos uma porção de pelo menos uma das partes introduzida dentro da outra parte e na posição de fixação, adaptada para ser substancialmente fixada, pelo menos, em todas as direções, exceto na direção da introdução e/ou na direção traseira da mesma.
De acordo com uma modalidade, o dispositivo médico compreende uma estrutura de forma encaixada, que compreende uma estrutura das partes adaptada para quando da montagem da mesma, ter pelo menos uma porção de pelo menos uma das partes introduzida dentro da outra parte, adaptada para ser introduzida em pelo menos duas diferentes direções consecutivas e na posição de fixação, adaptada para ser substancialmente fixada, pelo menos, em todas as direções, exceto na última direção da introdução e/ou na direção traseira da mesma.
O dispositivo médico implantável pode compreender ainda um elemento de fixação, adaptado para prender a estrutura em uma posição de fixação. O elemento de fixação pode ser adaptado para prender as partes na posição de fixação montadas entre si.
De acordo com outra modalidade, o elemento de fixação é adaptado para prender as partes na dita posição de fixação, mantendo as ditas partes montadas no osso humano. O elemento de fixação, de acordo com quaisquer das modalidades, pode compreender uma tala e/ou um parafuso.
O elemento de fixação pode ser adaptado para em relação às partes, ser capaz de ser girado, angulado, introduzido ou curvado, para prender as ditas partes na dita posição de fixação.
O dispositivo médico implantável pode compreender ainda um elemento de auto-fixação, adaptado para prender em uma posição de auto-fixação, podendo ser ainda auxiliado por um elemento de fixação, adaptado para prender ainda mais firmemente na dita posição de auto-fixação.
De acordo com uma modalidade, o dispositivo médico implantável compreende um elemento de fixação, e as partes na estrutura de forma encaixada compreendem pelo menos uma porção de pelo menos uma das partes adaptadas para serem introduzidas dentro da outra parte, quando conjuntamente montadas na articulação de quadril, na posição de fixação, sendo adaptadas para serem substancialmente presas pelo elemento de fixação.
As partes na estrutura de forma encaixada, de acordo com quaisquer das modalidades acima, podem compreender pelo menos uma superfície plana, cada parte sendo adaptada para ser montada na direção da outra parte, quando montadas conjuntamente na articulação de quadril, na posição de fixação, e adaptadas para serem substancialmente presas pelo elemento de fixação.
De acordo com uma modalidade, a primeira superfície de contato na articulação de quadril compreende três ou mais segundas partes, adaptadas para serem mecanicamente fixadas entre si quando implantadas na dita articulação de quadril, após serem introduzidas no interior da dita cápsula de articulação de quadril, dentro da dita articulação de quadril.
De acordo ainda com outra modalidade do dispositivo médico, a segunda superfície artificial para substituição da segunda superfície de contato na articulação de quadril, compreende três ou mais segundas partes, adaptadas para serem mecanicamente fixadas entre si quando implantadas na articulação de quadril, após serem introduzidas no interior da cápsula da articulação de quadril, dentro da articulação de quadril.
A primeira superfície artificial pode compreender, pelo menos, duas camadas conjuntamente montadas, em que uma camada pode compreender uma camada flexível, adaptada para ter pelo menos uma camada de suporte montada na mesma. A camada de suporte pode compreender duas ou mais partes montadas sobre a camada flexível.
De acordo com outra modalidade do dispositivo médico, a segunda superfície artificial compreende, pelo menos, duas camadas conjuntamente montadas. Uma camada pode compreender uma camada flexível, adaptada para ter, pelo menos, uma camada de suporte montada sobre a mesma. A camada de suporte pode compreender duas ou mais partes montadas sobre a camada flexível.
A segunda superfície artificial pode ser adaptada para ser introduzida na articulação de quadril curvada ou enrolada, e as partes da camada de suporte podem se dispor em uma primeira posição relativamente entre si, e após serem introduzidas no interior da dita cápsula de articulação de quadril, dentro da dita articulação de quadril, serem adaptadas para serem desenroladas ou retificadas, em que as ditas partes da dita camada de suporte se dispõem em uma segunda posição relativamente entre si, adaptadas para produzir uma superfície de suporte para substituir pelo menos a parte da dita segunda superfície de contato, que suporta o peso na articulação de quadril, durante os movimentos funcionais da articulação de quadril.
A camada de suporte, de acordo com quaisquer das modalidades, pode compreender três ou mais partes montadas sobre uma camada flexível, e as partes da camada de suporte podem ser adaptadas para serem encaixadas, quando a dita camada de suporte está na dita segunda posição, para produzir uma superfície substancialmente uniforme. As partes da camada de suporte podem ser coladas entre si, de modo a manter a superfície uniforme.
Conexão/Fixação
As duas partes de superfícies de articulação de quadril artificiais, de acordo com quaisquer das modalidades acima, podem ser adaptadas para serem mecanicamente conectadas entre si, usando um elemento selecionado do grupo que consiste de: pelo menos um parafuso; pelo menos uma tala; a dita pelo menos uma porção de pelo menos uma das partes sendo adaptada para ser introduzida na outra parte, as partes sendo adaptadas para que uma das partes seja deslizada na outra parte; encaixe de forma; soldagem; adesivo; tala; arame; uma esfera montada dentro de um elemento tipo taça constituindo porções das ditas partes; uma porção macho de uma parte montada dentro de uma porção fêmea da outra parte; uma elemento tipo tecla introduzido dentro de um elemento tipo trava constituindo porções das ditas partes; fita; e/ou outros elementos mecânicos de conexão.
De acordo com outra modalidade, as ditas pelo menos duas partes podem ser adaptadas para mecanicamente se conectarem entre si, usando elementos de auto- fixação, os quais, por sua vez, podem ser auxiliados por adesivo ou cimento ósseo.
O dispositivo médico pode compreender pelo menos um elemento elástico para modificar o formato do dito dispositivo médico.
As duas partes, de acordo com quaisquer das modalidades acima, podem ser adaptadas para serem conectadas entre si e, pelo menos parcialmente, para serem deslocáveis relativamente entre si, quando conectadas.
De acordo com outra modalidade do dispositivo médico, as ditas pelo menos duas partes deslocáveis podem ser adaptadas para serem deslocadas relativamente entre si, até serem posicionadas em uma posição funcional no interior da dita articulação de quadril, compreendendo uma posição previamente definida, em que as ditas pelo menos duas partes são fixadas, de modo que o dispositivo médico pode funcionar como uma superfície de articulação de quadril.
As ditas pelo menos duas partes podem ser rotacionalmente conectadas entre si, de modo que o dispositivo médico apresente um primeiro estado, adaptado para a inserção na articulação de quadril através de um furo, e um segundo estado adaptado para possibilitar à superfície de articulação de quadril artificial funcionar como uma superfície de articulação de quadril, o dispositivo médico podendo ser ainda adaptado para alternar entre os ditos primeiro e segundo estados, por meio da dita conexão rotativa.
De acordo com uma modalidade, o dispositivo médico é adaptado para ser fixado à cabeça do fêmur ou ao osso pélvico, usando, pelo menos, um elemento selecionado de uma lista que consiste de: pelo menos um parafuso; pelo menos um pino; pelo menos uma porção de pelo menos uma das partes sendo adaptada para ser introduzida na outra parte, as partes sendo adaptadas para que uma das partes seja deslizada na outra parte; encaixe de forma; soldagem; adesivo; pino; fio ou arame; uma esfera montada dentro de um elemento tipo bacia constituindo porções das ditas partes; uma porção macho de uma parte montada dentro de uma porção fêmea da outra parte; um elemento tipo chave introduzido dentro de um elemento tipo ferrolho constituindo porções das ditas partes; fita; e/ou outros elementos mecânicos de conexão. É ainda concebível que o dispositivo médico seja adaptado para ser fixado à cabeça do fêmur ou ao osso pélvico sem penetração do córtex da cabeça de fêmur, do osso fêmur ou do osso pélvico, por exemplo, por meio de um elemento elástico, que exerce uma força de aperto na dita cabeça de fêmur ou no dito osso pélvico. Entretanto, o dispositivo médico pode ser também adaptado para ser fixado à cabeça de fêmur ou ao osso pélvico mediante penetração do córtex da cabeça de fêmur, do osso fêmur ou do osso pélvico.
O dispositivo médico pode ser adaptado para ser inserido através de um furo no osso pélvico, através de um furo no osso fêmur ou através de um furo na cápsula da articulação do quadril.
É ainda concebível que o dispositivo médico seja adaptado para proporcionar pelo menos uma superfície de articulação de quadril, quando a dita articulação de quadril está em sua posição funcional normal, ou está em uma posição deslocada.
Na modalidade em que o dispositivo médico compreende um elemento elástico, o elemento elástico pode ser adaptado para modificar o maior diâmetro ou a maior distância de seção transversal do dispositivo médico, para inserção através de um furo que apresenta um diâmetro menor que o maior diâmetro ou distância de seção transversal do dito dispositivo médico, para possibilitar uma inserção menos invasiva do dito dispositivo médico.
De acordo com uma modalidade, pelo menos duas partes das superfícies de articulação de quadril são adaptadas para serem inseridas através de um furo no osso pélvico, do lado oposto do acetábulo de um paciente humano, o furo tendo um diâmetro inferior ao maior diâmetro do dispositivo médico.
O dispositivo médico de acordo com quaisquer das modalidades, pode apresentar o tamanho do maior diâmetro, maior raio ou uma maior distância de seção transversal é variável, de modo que o dispositivo médico possa ser introduzido através de um furo, tendo uma área de seção transversal inferior a 530 mm2, ou inferior a 380 mm2, ou inferior a 250 mm2, ou inferior a 180 mm2, ou ainda, inferior a 110 mm2.
Material
O dispositivo médico, de acordo com quaisquer das presentes modalidades, pode compreender pelo menos um dos materiais selecionados do grupo que consiste de: PTFE, polímero de Corian®, material à base de polietileno, titânio, aço inoxidável, tungsténio, outros materiais metálicos, uma combinação de material metálico, fibra de carbono, boro, uma combinação de metal e material plástico, uma combinação de metal e material à base de carbono, uma combinação de carbono e material à base de plástico, múltiplos materiais, em que um dos materiais compreende um material flexível, múltiplos materiais, em que um dos materiais compreende um material elástico, múltiplos materiais, em que um dos materiais compreende mais partes que o outro pelo menos um material, polietileno (PE) e polímeros acrílicos.
O dispositivo médico pode ser ainda adaptado para ser lubrificado de modo não-invasivo após a inserção na dita articulação de quadril, por exemplo, por meio de um sistema de lubrificação implantável, ou o dispositivo médico pode compreender um material auto-lubrificante.
Instrumento
De acordo ainda com outra modalidade, o dispositivo médico pode ser adaptado para ser introduzido na articulação de quadril, usando manipulação manual ou um instrumento cirúrgico adaptado para isso. O instrumento cirúrgico, por sua vez, pode compreender um arqueamento, que compreende pelo menos um elemento selecionado de uma lista que consiste de um ângulo fixo, um ângulo ajustável e uma parte ou seção deslocada em paralelo.
Método Cirúrgico/Laparoscópico
Assim, é ainda proporcionado um método de tratamento de uma articulação de quadril de um paciente humano, mediante provisão de um dispositivo médico de acordo com quaisquer das modalidades acima. O método pode compreender as etapas de: cortar a pele do paciente; dissecar uma área do osso pélvico no lado oposto do dito acetábulo; produzir um furo na área dissecada, passando através do osso pélvico e dentro da articulação de quadril do paciente; e prover o dispositivo médico na articulação de quadril através do furo no osso pélvico do paciente humano.
É ainda proporcionado um método de tratamento de uma articulação de quadril de um paciente humano, mediante provisão de um dispositivo médico de acordo com quaisquer das modalidades acima. O método pode compreender as etapas de: inserir uma agulha ou um instrumento tipo tubo dentro do corpo do paciente; usar a agulha ou o instrumento tipo tubo para encher uma parte do corpo do paciente com gás e, desse modo, expandir uma cavidade dentro do corpo; colocar, pelo menos, dois trocartes laparoscópicos na dita cavidade; inserir uma câmera através de um dos trocartes laparoscópicos dentro da cavidade; inserir pelo menos um instrumento de dissecação através de um dos ditos pelo menos dois trocartes laparoscópicos; dissecar uma área do osso pélvico no lado oposto do acetábulo; produzir um furo na área dissecada, passando através do osso pélvico e dentro da articulação de quadril do paciente; e prover o dispositivo médico na articulação de quadril através do furo no osso pélvico do paciente humano.
De acordo com uma modalidade, o método compreende as etapas de: cortar a pele do paciente; dissecar uma área da articulação de quadril; produzir um furo na dita área dissecada, dito furo passando dentro da articulação de quadril do paciente; e prover o dito dispositivo médico na articulação de quadril através do dito furo.
Um método de tratamento de uma articulação de quadril de um paciente humano, mediante provisão de um dispositivo médico de acordo com quaisquer das modalidades acima é ainda proporcionado. O método pode compreender as etapas de: inserir uma agulha ou um instrumento tipo tubo dentro do corpo do paciente, usando a agulha ou o instrumento tipo tubo para encher uma parte do corpo do paciente com gás e, desse modo, expandir uma cavidade dentro do corpo; colocar, pelo menos, dois trocartes laparoscópicos na cavidade; inserir uma câmera através de um dos trocartes laparoscópicos dentro da cavidade; inserir pelo menos um instrumento de dissecação através de um dos ditos pelo menos dois trocartes laparoscópicos; dissecar uma área de uma articulação de quadril, produzindo um furo na área dissecada, o qual passa dentro da articulação de quadril do paciente; e prover o dito dispositivo médico na articulação de quadril através do dito furo.
De acordo com uma modalidade, o método compreende ainda pelo menos uma das seguintes etapas: dissecar uma área da articulação de quadril, compreendendo a etapa de dissecar o osso pélvico no lado oposto do acetábulo; produzir um furo na dita área dissecada, que compreende a etapa de produzir um furo que passa através do osso pélvico e dentro da articulação de quadril do paciente humano; e prover o dispositivo médico na articulação de quadril, que compreende a provisão do dispositivo médico na articulação de quadril através do furo no osso pélvico do paciente humano.
Etapas Adicionais de Operação
Os métodos de acordo com quaisquer das modalidades podem compreender ainda as etapas de escarear o acetábulo e/ou a cabeça de fêmur, e fixar a superfície de articulação de quadril à cabeça de fêmur e/ou ao acetábulo. A fixação pode ser executada por meio de elementos mecânicos de fixação, cimento ósseo ou adesivo.
De acordo ainda com outra modalidade, o método compreende ainda a etapa de fechar o furo por meio de um cimento ósseo, um tampão ósseo ou uma parte protética.
De acordo ainda com outra modalidade, o método compreende ainda a etapa de colocar um molde no interior da dita articulação de quadril, e a etapa de injetar um fluido dentro do dito molde colocado no interior da articulação de quadril do paciente humano, ou colocar pelo menos um elemento de vedação entre o acetábulo e a cabeça de fêmur, desse modo, produzindo uma área vedada entre o acetábulo e a cabeça de fêmur, e injetar um fluido dentro da área vedada.
Após os métodos serem concluídos, preferivelmente, é realizada a etapa de retirada dos instrumentos e fechamento da pele do paciente, mediante uso de suturas ou grampos.
Incisão e Dissecação
De acordo com uma modalidade, a etapa de corte da pele do paciente humano é executada na parede abdominal, na área inguinal e/ou região pélvica do paciente.
De acordo com a modalidade na qual é feita uma cavidade, a cavidade pode ser localizada na região abdominal, na região inguinal e/ou região pélvica do paciente humano.
A etapa de dissecação de uma área do osso pélvico, a qual é descrita nos presentes métodos, pode compreender dissecar uma área da cavidade abdominal, uma área entre o peritônio e o osso pélvico, uma área entre o osso pélvico e o tecido envolvente, uma área da região pélvica e/ou uma área da região inguinal.
Um método cirúrgico de implantação de um dispositivo médico de acordo com quaisquer das modalidades é ainda proporcionado, o método compreendendo as etapas de: cortar a pele de um paciente humano; dissecar uma área da articulação de quadril; dissecar e preparar a área da primeira superfície de suporte; introduzir as partes através da cápsula da articulação de quadril dentro da articulação de quadril; conectar, mecanicamente, as partes entre si; substituir a primeira superfície de suporte pela primeira superfície de articulação de quadril artificial; e montar as partes conjuntamente montadas na articulação de quadril funcional.
Um método cirúrgico de implantação de um dispositivo médico de acordo com quaisquer das modalidades é ainda proporcionado, o método compreendendo as etapas de: cortar a pele de um paciente humano; dissecar uma área da articulação de quadril; dissecar e preparar a área da segunda superfície de suporte; introduzir as segundas partes através da cápsula de articulação de quadril dentro da articulação de quadril; conectar, mecanicamente, as segundas partes entre si; substituir a segunda superfície de contato pela segunda superfície de articulação de quadril artificial; e montar as partes conjuntamente montadas na articulação de quadril funcional.
Além disso, é ainda proporcionado um método artroscópico de implantação de um dispositivo médico, de acordo com quaisquer das presentes modalidades em uma articulação de quadril, o método compreendendo as etapas de: inserir pelo menos uma agulha ou um instrumento tipo tubo dentro da articulação de quadril do paciente; usar a agulha ou o instrumento tipo tubo para encher a articulação de quadril com um fluido; colocar, pelo menos, dois trocartes artroscópicos na articulação de quadril; inserir uma câmera através de um dos trocartes artroscópicos dentro da articulação de quadril; inserir pelo menos um instrumento de dissecação através de um dos ditos pelo menos dois trocartes; dissecar e preparar a área da primeira superfície de suporte; introduzir as partes através da cápsula da articulação de quadril dentro da articulação de quadril; conectar, mecanicamente, as partes entre si; substituir a primeira superfície de suporte pela primeira superfície de articulação de quadril artificial; e montar as partes conjuntamente na articulação de quadril funcional.
A etapa de utilizar a agulha ou o instrumento tipo tubo para encher a articulação com um fluido pode compreender ainda a etapa de circular o fluido, através de uma entrada e uma saída da dita articulação de quadril.
Além disso, um método artroscópico de implantar um dispositivo médico de acordo com quaisquer das modalidades é aqui descrito. O método compreende aas etapas de: inserir pelo menos uma agulha ou um instrumento tipo tubo dentro da articulação de quadril do paciente; usar a agulha ou o instrumento tipo tubo para encher a articulação de quadril com um fluido; colocar, pelo menos, dois trocartes artroscópicos na articulação de quadril; inserir uma câmera através de um dos trocartes artroscópicos dentro da articulação de quadril; inserir pelo menos um instrumento de dissecação através de um dos ditos pelo menos dois trocartes; dissecar e preparar a área da segunda superfície de suporte; introduzir as segundas partes através da cápsula da articulação de quadril dentro da articulação de quadril; conectar, mecanicamente, as segundas partes entre si; substituir a segunda superfície de suporte pela segunda superfície de articulação de quadril artificial; e montar as segundas partes conjuntamente numa articulação de quadril funcional.
De acordo com uma modalidade, o método pode compreender ainda a etapa de circular o fluido através de uma entrada e uma saída da articulação de quadril.
Deve ainda ser observado que qualquer modalidade ou parte de modalidade, característica, método, sistema associado, ou parte de sistemas aqui descritos podem ser combinados em qualquer modo.
Descrição dos Desenhos
As modalidades serão agora descritas por meio de exemplos, fazendo-se referência aos desenhos anexos, nos quais: - a figura 1 mostra a articulação de quadril, em corte; - a figura 2 mostra uma vista lateral de uma convencional cirurgia de articulação de quadril; - a figura 3 mostra um dispositivo médico, de acordo com uma modalidade, usado em uma cirurgia convencional; - a figura 4 mostra um dispositivo médico, de acordo com uma modalidade, sendo usado em uma cirurgia convencional; - a figura 5 mostra um dispositivo médico, de acordo com uma modalidade, usado em uma cirurgia convencional; - a figura 6 mostra um dispositivo médico, de acordo com uma modalidade, sendo usado em uma cirurgia convencional; - a figura 7 mostra um dispositivo médico, de acordo com uma modalidade, usado em uma cirurgia convencional; - a figura 8 mostra um dispositivo médico, de acordo com uma modalidade, sendo usado em uma cirurgia convencional; - a figura 9 mostra um dispositivo médico, de acordo com uma modalidade, usado em uma cirurgia convencional; - a figura 10 mostra uma vista lateral da região da coxa do paciente, quando a incisão foi fechada usando suturas; - a figura 11 mostra uma superfície de cabeça de fêmur artificial, maior que uma forma frusto-esférica da linha de equador; - a figura 12a mostra uma superfície de cabeça de fêmur artificial, de acordo com uma modalidade; - a figura 12b mostra uma superfície de cabeça de fêmur artificial, de acordo com uma modalidade, quando fixada à cabeça de fêmur; - a figura 13 mostra vistas em seção transversal da articulação de quadril; - a figura 14 mostra uma superfície de cabeça de fêmur artificial, de acordo com uma modalidade; - a figura 15a mostra uma superfície de cabeça de fêmur artificial, de acordo com uma modalidade, maior que uma forma frusto-esférica da linha de equador; - a figura 15b mostra a superfície de cabeça de fêmur artificial, de acordo com outra modalidade; - as figuras 16a-16e mostram a superfície de cabeça de fêmur artificial, de acordo ainda com outra modalidade; - a figura 17a mostra a superfície de cabeça de fêmur artificial, de acordo ainda com outra modalidade; - a figura 17b mostra a superfície de cabeça de fêmur artificial, de acordo com a figura 17a, em seu estado dobrado; - a figura 18a mostra a superfície de cabeça de fêmur artificial, de acordo ainda com outra modalidade; - a figura 18b mostra a superfície de cabeça de fêmur artificial, de acordo com a modalidade da figura 18a, quando montada; - a figura 18c mostra a superfície de cabeça de fêmur artificial, de acordo com as modalidades das figuras 18a, 18b, com os elementos de conexão ampliados; - a figura 19a mostra a superfície de cabeça de fêmur artificial, de acordo ainda com outra modalidade; - a figura 19b mostra a superfície de cabeça de fêmur artificial, de acordo com a figura 19a, em maiores detalhes; - a figura 19c mostra a superfície de cabeça de fêmur artificial, de acordo com a modalidade da figura 19a, quando montada; - a figura 20a mostra uma vista conceituai do funcionamento da superfície de cabeça de fêmur expansível; - a figura 20b mostra o elemento de fixação ajustável a ser montado na superfície do acetábulo artificial; - as figuras 20c-20f mostram diferentes modalidades de um elemento de fixação e de um elemento de engate; - a figura 20g mostra um dispositivo médico e um elemento de fixação, de acordo ainda com outra modalidade; - a figura 20h mostra um dispositivo médico e um elemento de fixação, de acordo ainda com outra modalidade; - a figura 20i mostra um dispositivo médico com um elemento de fixação integrado, de acordo com uma modalidade; - a figura 20j mostra um dispositivo médico com um elemento de fixação integrado, de acordo com outra modalidade; - a figura 20k mostra uma modalidade de um dispositivo médico e um elemento de fixação mecânico; - a figura 201 mostra um primeiro kit, compreendendo três superfícies de cabeça de fêmur artificiais e um elemento de fixação; - a figura 20m mostra um segundo kit, compreendendo uma superfície de cabeça de fêmur artificial e três elementos de fixação; - a figura 20n mostra um terceiro kit, compreendendo três superfícies de cabeça de fêmur artificiais e três elementos de fixação; - a figura 21 mostra uma vista conceituai do funcionamento da superfície de cabeça de fêmur expansível; - a figura 22a mostra uma vista conceituai do funcionamento da superfície de acetábulo expansível; - a figura 22b mostra a articulação de quadril, em corte, quando uma superfície de acetábulo artificial foi provida; - a figura 23 mostra a construção de um dispositivo médico; - a figura 24 mostra a construção de um dispositivo médico; - a figura 25 mostra a construção de um dispositivo médico; - a figura 26 mostra a construção de um dispositivo médico; - as figuras 27a, 27b, 27c mostram a construção de um dispositivo médico; - as figuras 28a, 28b, 28c mostram a construção de um dispositivo médico; - as figuras 29a, 29b, 29c mostram a construção de um dispositivo médico; - as figuras 30a, 30b, 30c mostram a construção de um dispositivo médico; - a figura 31a mostra a provisão de uma primeira camada flexível sobre a cabeça do fêmur; - a figura 31b mostra a cabeça do fêmur quando uma camada flexível foi provida; - a figura 32a mostra um dispositivo médico compreendendo múltiplas partes; - a figura 32b mostra um dispositivo médico compreendendo múltiplas partes, em maiores detalhes; - a figura 33 mostra a colocação de uma segunda camada rígida sobre uma primeira camada flexível; - a figura 34 mostra a articulação de quadril quando uma segunda camada rígida foi colocada sobre uma primeira camada flexível; - a figura 35 mostra a inserção de partes de superfícies de articulação de quadril artificiais no método cirúrgico; - a figura 36 mostra uma etapa do método laparoscópico/artroscópico em maiores detalhes; - a figura 37 mostra diferentes localizações das incisões feitas no corpo humano no método cirúrgico; - a figura 38 mostra diferentes localizações, onde pequenas incisões podem ser feitas no corpo humano, no método laparoscópico/artroscópico; - a figura 39a mostra o método laparoscópico/artroscópico de operar a articulação de quadril de um paciente humano; - a figura 39b mostra uma vista lateral, em corte, do método laparoscópico/artroscópico; - a figura 40 mostra a articulação de quadril, em corte, quando um furo é produzido no osso pélvico; - a figura 41 mostra a articulação de quadril, em corte, quando um pequeno furo é produzido no osso pélvico; - a figura 42 mostra o instrumento que produz um furo no osso pélvico, de acordo com uma primeira modalidade; - a figura 43 mostra o instrumento que produz um furo no osso pélvico, de acordo com uma primeira modalidade, em maiores detalhes; - a figura 44 mostra o instrumento que produz um foro no osso pélvico, de acordo com uma segunda modalidade; - a figura 45 mostra o instrumento que produz um foro no osso pélvico, de acordo com uma terceira modalidade; - a figura 46 mostra o dispositivo de contato ósseo, de acordo com uma primeira modalidade; - a figura 47 mostra o dispositivo de contato ósseo, de acordo com uma segunda modalidade; - a figura 48a mostra a etapa de prover uma superfície de cabeça de fêmur artificial; - a figura 48b mostra um corte da articulação de quadril, após a superfície de cabeça de fêmur artificial ter sido provida; - a figura 49 mostra o escareador expansível; - a figura 50 mostra o escareador expansível em seu estado dobrado; - a figura 51 mostra o escareador expansível, visto de baixo; - a figura 52 mostra o escareador expansível sendo usado no método cirúrgico ou no método laparoscópico/artroscópico; - a figura 53a mostra uma superfície de cabeça de fêmur artificial expansível, de acordo com a segunda modalidade, quando se deslocando através de um furo no osso pélvico; - a figura 53b mostra uma superfície de cabeça de fêmur artificial expansível, de acordo com a segunda modalidade, quando colocada na cabeça do fêmur; - a figura 53c mostra uma superfície de cabeça de fêmur artificial expansível, de acordo com a segunda modalidade, quando colocada na cabeça do fêmur; - a figura 54a mostra a inserção de partes da superfície de cabeça de fêmur artificial na articulação de quadril; - a figura 54b mostra partes de uma superfície de cabeça de fêmur artificial, após terem sido conectadas no interior da articulação de quadril, formando uma superfície de cabeça de fêmur artificial; - a figura 54c mostra como o formato das partes da superfície de cabeça de fêmur artificial possibilita a conexão das partes da superfície de cabeça de fêmur artificial, de modo a formar uma superfície de cabeça de fêmur artificial; - a figura 54d mostra uma câmera sendo inserida dentro da articulação de quadril; - a figura 55a mostra a articulação de quadril, quando um dispositivo médico compreendendo múltiplas partes é proporcionado; - a figura 55b mostra a articulação de quadril, quando um dispositivo médico compreendendo múltiplas partes é proporcionado, em uma vista de topo; - a figura 56 mostra o paciente humano, em corte, quando um dispositivo médico adaptado para produzir um furo no osso pélvico é proporcionado; - a figura 57 mostra a articulação de quadril, em corte, quando um furo está sendo produzido no osso pélvico; - a figura 58 mostra a articulação de quadril, em corte, quando um instrumento cirúrgico para remoção da cabeça do fêmur é provido; - a figura 59 mostra a articulação de quadril, em corte, quando um instrumento cirúrgico para remoção da cabeça do fêmur é provido no interior da cabeça e colo do fêmur; - a figura 60 mostra a remoção da cabeça do fêmur, através de um furo no osso femoral; - a figura 61 mostra a remoção de uma parte ou pedaço de osso da cabeça do fêmur; - a figura 62 mostra o pedaço de osso sendo colocado no dispositivo médico; - a figura 63 mostra o dispositivo médico, com o pedaço de osso sendo inserido através de um furo no osso pélvico; - a figura 64 mostra a articulação de quadril, em corte, quando o dispositivo médico foi provido; - a figura 65 mostra a etapa de escarear o colo do fêmur em um furo no osso pélvico; - a figura 66 mostra a etapa de aplicar um adesivo a uma área do colo do fêmur; - a figura 67 mostra a etapa de colocar uma superfície de articulação de quadril artificial no colo do fêmur; - a figura 68 mostra as partes de um dispositivo médico, de acordo com outra modalidade; - a figura 69 mostra a articulação de quadril, em corte, quando é provido um dispositivo médico; - a figura 70 mostra a colocação de uma parte protética no furo do osso pélvico; - a figura 71 mostra um corte da articulação de quadril quando um dispositivo médico foi fixado; - a figura 72 mostra uma modalidade previamente montada do dispositivo médico; - a figura 73 mostra uma modalidade previamente montada do dispositivo médico, quando este se encontra montado; - a figura 74 mostra uma modalidade previamente montada do dispositivo médico; - a figura 75 mostra uma modalidade previamente montada do dispositivo médico, quando este se encontra montado; - a figura 76 mostra uma modalidade previamente montada do dispositivo médico, quando este está sendo montado no colo do fêmur; - a figura 77 mostra uma modalidade previamente montada do dispositivo médico, quando este está sendo montado no colo do fêmur; - a figura 78 mostra uma superfície de acetábulo artificial, quando está sendo inserida dentro de uma articulação de quadril; - a figura 79 mostra uma superfície de acetábulo artificial, de acordo com uma primeira modalidade; - a figura 80a mostra uma superfície de acetábulo artificial, de acordo com uma segunda modalidade; - a figura 80b mostra uma superfície de acetábulo artificial, de acordo com uma segunda modalidade, em maiores detalhes; - a figura 80c mostra uma superfície de acetábulo artificial, quando montada; - a figura 81a mostra uma superfície de acetábulo artificial, de acordo com uma terceira modalidade; - a figura 81b mostra uma superfície de acetábulo artificial, de acordo com a terceira modalidade, quando montada; - a figura 81c mostra o funcionamento da conexão da superfície de acetábulo artificial, de acordo com a terceira modalidade; - a figura 82a mostra uma superfície de acetábulo artificial, de acordo com uma quarta modalidade; - a figura 82b mostra o funcionamento da superfície de acetábulo artificial, de acordo com a quarta modalidade; - a figura 82c mostra uma superfície de acetábulo artificial, de acordo com uma quarta modalidade, em seu estado dobrado; - a figura 82d mostra o funcionamento da conexão da superfície de acetábulo artificial, de acordo com uma quarta modalidade; - a figura 83a mostra uma superfície de acetábulo artificial, de acordo com uma quinta modalidade; - a figura 83b mostra uma superfície de acetábulo artificial, de acordo com uma quinta modalidade, em seu estado dobrado; - a figura 84a mostra um instrumento para inserção de partes dentro de uma articulação de quadril, de acordo com uma primeira modalidade; - a figura 84b mostra um instrumento para inserção de partes dentro de uma articulação de quadril, de acordo com uma segunda modalidade; - a figura 84c mostra um instrumento para inserção de partes dentro de uma articulação de quadril, de acordo com uma terceira modalidade; - a figura 85 mostra uma articulação de quadril, em corte, após a provisão de uma superfície de cabeça de fêmur artificial e uma superfície de acetábulo artificial; - a figura 86 mostra a articulação de quadril, em corte, quando foi provido um dispositivo médico, em um primeiro estado; - a figura 87 mostra a articulação de quadril, em corte, quando foi provido um dispositivo médico, em um segundo estado; - a figura 88 mostra a articulação de quadril, em corte, quando foi provido um dispositivo médico, em um primeiro estado; - a figura 89 mostra a articulação de quadril, em corte, quando é provido um dispositivo médico, em um segundo estado; - a figura 90 mostra o dispositivo médico, em corte; - a figura 91 mostra uma modalidade alternativa do dispositivo médico mostrado na figura 88, em um primeiro estado; - a figura 92 mostra uma modalidade alternativa do dispositivo médico mostrado na figura 88, em um segundo estado; - a figura 93 mostra a articulação de quadril, em corte, quando de acordo ainda com outra modalidade, é provido um dispositivo médico, em um primeiro estado; - a figura 94 mostra a articulação de quadril, em corte, quando de acordo ainda com outra modalidade, é provido um dispositivo médico, em um segundo estado; - a figura 95a mostra a articulação de quadril, em corte, quando um dispositivo médico foi provido compreendendo uma fita elástica ou uma fita de ruptura, em um primeiro estado; - a figura 95b mostra o dispositivo médico da figura 95a, em corte, em um primeiro estado; - a figura 96a mostra a articulação de quadril, em corte, quando um dispositivo médico é provido compreendendo uma fita elástica ou uma fita de ruptura, em um segundo estado; - a figura 96b mostra o dispositivo médico da figura 19a, em corte, em um segundo estado; - a figura 97 mostra a articulação de quadril, em corte, quando de acordo ainda com outra modalidade, foi provido um dispositivo médico, em um primeiro estado; - a figura 98 mostra a articulação de quadril, em corte, quando de acordo ainda com outra modalidade, foi provido um dispositivo médico, em um segundo estado; - a figura 99 mostra a articulação de quadril, em corte, quando de acordo ainda com outra modalidade, foi provido um dispositivo médico, em um primeiro estado; - a figura 100 mostra a articulação de quadril, em corte, quando de acordo ainda com outra modalidade, foi provido um dispositivo médico, em um segundo estado; - a figura 101 mostra a articulação de quadril, em corte, quando foi provido um dispositivo médico, de acordo com uma modalidade na qual a superfície de acetábulo artificial compreende elementos elásticos, em um primeiro estado; - a figura 102 mostra a articulação de quadril, em corte, quando foi provido um dispositivo médico, de acordo com uma modalidade na qual a superfície de acetábulo artificial compreende elementos elásticos, em um segundo estado; - a figura 103 mostra uma modalidade alternativa do dispositivo médico mostrado na figura 101; - a figura 104 mostra uma modalidade na qual uma superfície de acetábulo artificial foi fixada ao osso pélvico e uma superfície de cabeça de fêmur artificial foi fixada à cabeça do fêmur; - a figura 105 mostra uma articulação de quadril, em corte, quando um molde está sendo inserido; - a figura 106a mostra a produção de um furo no osso femoral; - a figura 106b mostra um instrumento capaz de introduzir objetos dentro de uma articulação de quadril através do osso femoral; - a figura 106c mostra a colocação de um molde no interior da articulação de quadril, usando um instrumento que opera através do osso femoral; - a figura 106d mostra a articulação de quadril, em corte, após a colocação de um molde no interior da articulação de quadril, usando um instrumento que opera através do osso femoral; - a figura 107 mostra a inserção de um primeiro elemento de vedação dentro de uma articulação de quadril; - a figura 108 mostra a inserção de um segundo elemento de vedação; - a figura 109a mostra a produção de um furo no osso femoral; - a figura 109b mostra um instrumento capaz de introduzir objetos dentro de uma articulação de quadril através do osso femoral; - a figura 109c mostra a colocação de um elemento de vedação no interior da articulação de quadril, usando um instrumento que opera através do osso femoral; - a figura 110a mostra um instrumento para inserção de um molde ou de um elemento de vedação dentro de uma articulação de quadril; - a figura 110b mostra o instrumento para inserção de um molde ou um elemento de vedação dentro de uma articulação de quadril, em corte; - a figura 110c mostra o instrumento para inserção de um molde ou um elemento de vedação dentro de uma articulação de quadril, de acordo com uma segunda modalidade; - a figura 111 mostra o preenchimento de uma área vedada no interior da articulação de quadril, usando um instrumento que opera através do osso pélvico; - a figura 112 mostra o preenchimento de um molde no interior da articulação de quadril, usando um instrumento que opera através do osso femoral; - a figura 113 mostra o preenchimento de uma área vedada no interior da articulação de quadril, usando um instrumento que opera através do osso femoral; - a figura 114 mostra uma articulação de quadril, em corte, após uma área vedada na articulação de quadril ter sido preenchida com um fluido; - a figura 115 mostra a inserção de fluido dentro de uma área da articulação de quadril; - a figura 116 mostra o fechamento de um furo na articulação de quadril usando um tampão ósseo; - a figura 117 mostra a fixação de um tampão ósseo no osso pélvico; - a figura 118 mostra uma parte para fechamento de um furo no osso pélvico, apresentando elementos de suporte deslocáveis; - a figura 119a mostra uma parte protética, a qual está sendo usada para fechar um furo no osso pélvico; - a figura 119b mostra como as seções de uma parte protética são usadas como suporte contra as bordas do furo no osso pélvico; - a figura 119c mostra a inserção de uma parte protética no furo, no osso pélvico; - a figura 120 mostra como são usados os parafusos para fixar um tampão ósseo ou uma parte protética no furo disposto no osso pélvico de um paciente humano; - a figura 121 mostra uma vista em seção transversal do osso pélvico; - a figura 122a mostra como é usada uma placa de suporte para fixar um tampão ósseo ou uma parte protética no furo disposto no osso pélvico de um paciente humano; - a figura 122b mostra dois tampões ósseos ou partes protéticas sendo fixados, mediante uso de uma placa de suporte; - a figura 122c mostra uma seção da articulação de quadril após dois furos mo osso pélvico terem sido cheios com um fluido; - a figura 123a mostra um elemento de injeção adaptado para injetar um fluido dentro de uma área da articulação de quadril; - a figura 123b mostra um elemento de injeção adaptado para injetar um fluido dentro de uma área da articulação de quadril, durante a injeção do fluido; - a figura 124 mostra um elemento de injeção em maiores detalhes; - a figura 125a mostra a etapa de suturar ou promover o grampeamento no método cirúrgico; - a figura 125b mostra a etapa de suturar ou promover o grampeamento no método laparoscópico/artroscópico. - a figura 126 mostra uma vista frontal de um paciente, quando é provido um sistema de lubrificação; - a figura 127 mostra a articulação de quadril e o sistema de lubrificação em maiores detalhes; - a figura 128 mostra um sistema de lubrificação circulante; e - a figura 129 mostra um sistema de lubrificação circulante, com filtro.
Descrição Detalhada da Invenção
Material biocompatível deve ser entendido como sendo um material com baixo nível de resposta imune. Os materiais biocompatíveis, algumas vezes, são também referidos como biomateriais. De modo análogo, se considera metais biocompatíveis um metal com baixa resposta imune, tal como, titânio ou tântalo. O metal biocompatível pode ser também uma liga biocompatível, compreendendo, pelo menos, um metal biocompatível.
O termo “encaixe de forma” deve ser entendido como um elemento tendo uma parte ou seção que é adaptada para possibilitar uma conexão mecânica do dito elemento a pelo menos outro elemento, usando a dita parte ou seção. Uma estrutura de forma encaixada é uma estrutura de um elemento que possibilita o encaixe de forma.
O termo “elasticidade” deve ser entendido como a capacidade dos materiais se deformarem em um modo elástico.
Uma deformação elástica ocorre quando um material se deforma sob tensão (por exemplo, forças externas), mas, retoma para seu formato original quando a tensão é removida. Um material mais elástico deve ser entendido como um material que apresenta um módulo de elasticidade mais baixo. O módulo de elasticidade de um objeto é definido como a inclinação de sua curva de esforço-tensão na região de deformação elástica. O módulo de elasticidade é calculado como esforço/tensão, onde o esforço é a força causadora da deformação, dividida pela área na qual a força é aplicada; e a tensão é a proporção da mudança causada pelo esforço.
O termo “rigidez” deve ser entendido como a resistência de um corpo elástico à deformação causada por uma força aplicada.
Os movimentos funcionais do quadril devem ser entendidos como os movimentos do quadril que pelo menos parcialmente correspondem aos movimentos naturais do quadril. Em algumas ocasiões, os movimentos naturais da articulação de quadril devem ser um pouco limitados ou alterados após a cirurgia de articulação do quadril, o que torna os movimentos funcionais do quadril de uma articulação de quadril com superfícies artificiais um pouco diferentes daqueles movimentos funcionais de quadril de uma articulação de quadril natural.
A posição funcional de um dispositivo médico ou prótese implantável é a posição na qual a articulação de quadril pode realizar movimentos funcionais de quadril.
Articulação de quadril funcional é uma articulação de quadril que pode executar movimentos funcionais de quadril, com ou sem um dispositivo médico ou prótese implantada.
As superfícies de contato em quaisquer das presentes modalidades podem compreender um material cerâmico, tal como, material cerâmico de dióxido de zircônio.
A seguir, será fornecida uma descrição detalhada de modalidades da presente invenção. Nas figuras anexas, as mesmas referências numéricas designam elementos idênticos ou correspondentes em todas as outras figuras. Deve ser observado que essas figuras são apresentadas apenas para ilustração e de nenhuma maneira restringem o escopo da presente invenção. Assim, quaisquer referências à direção, tais como, “para cima” ou “para baixo” estão apenas se referindo às direções mostradas nas figuras. Também, quaisquer dimensões mostradas nas figuras são apenas para fins ilustrativos.
A figura 1 mostra a articulação de quadril de um paciente humano, em corte. A articulação de quadril compreende uma cabeça de fêmur (5) colocada bem no topo do colo de fêmur (6), que é parte superior do osso femoral (7). A cabeça de fêmur está em conexão com o acetábulo (8), que é uma parte modelada na forma de um recipiente do osso pélvico (9). Ambas as superfície de cabeça de fêmur (10) e superfície de acetábulo (11) são cobertas com uma cartilagem articular (13), que atua como um amortecedor na articulação de quadril. Em pacientes com osteoartrite de articulação de quadril, essa cartilagem articular (13) é anormalmente desgastada, devido a uma inflamação de baixo grau. A articulação de quadril é envolvida pela cápsula de articulação de quadril (12) que proporciona suporte para a articulação e impede a luxação. Após convencional cirurgia de articulação de quadril, durante a penetração da cápsula de articulação de quadril (12), a cápsula (12) é acentuadamente enfraquecida devido às limitadas possibilidades de cicatrização de seu tecido de ligamento. Ao executar a cirurgia de articulação de quadril sem causar danos à cápsula de articulação de quadril (12), o paciente pode totalmente se recuperar e colocar igual quantidade de esforço sobre uma articulação artificial, tal como é possível com uma articulação natural.
Os movimentos funcionais do quadril devem ser entendidos como os movimentos do quadril que pelo menos parcialmente correspondem aos movimentos naturais do quadril. Em algumas ocasiões, os movimentos naturais da articulação de quadril devem ser um pouco limitados ou alterados após a cirurgia de articulação do quadril, o que torna os movimentos funcionais do quadril de uma articulação de quadril com superfícies artificiais um pouco diferentes daqueles movimentos funcionais de quadril de uma articulação de quadril natural.
A posição funcional ou posição funcional normal de um dispositivo médico ou prótese implantável é a posição na qual a articulação de quadril pode executar movimentos funcionais do quadril. A posição final deve ser entendida como uma posição funcional na qual o dispositivo médico não precisa mais modificar a posição.
A figura 2 mostra uma vista lateral de uma convencional cirurgia de articulação de quadril, onde uma incisão (112) é feita na coxa (113), possibilitando ao cirurgião atingir o osso femoral (7), no qual a cabeça de fêmur (5) está localizada.
A figura 3 mostra a colocação de uma superfície de cabeça de fêmur artificial (45) sobre a cabeça de fêmur (5) em uma cirurgia convencional, quando o osso femoral tiver sido removido de sua posição na articulação de quadril.
A figura 4 mostra a colocação de uma superfície de cabeça de fêmur artificial (45) sobre a cabeça de fêmur em uma cirurgia convencional. A cabeça do fêmur artificial, de acordo com essa modalidade, compreende fendas (49) e braços (50), tornando a estrutura da superfície de cabeça de fêmur artificial flexível, de modo a prender a cabeça de fêmur (5) e se deslocar além do diâmetro máximo da cabeça de fêmur (5). Além disso, a superfície de cabeça de fêmur artificial (45) pode ser inserida dentro de uma articulação de quadril, através de um furo menor que o inteiro tamanho funcional da superfície de cabeça de fêmur artificial (45), o que possibilita um procedimento cirúrgico menos invasivo.
A figura 5 mostra a colocação de uma superfície de cabeça de fêmur artificial (45) sobre a cabeça do fêmur em uma cirurgia convencional. A cabeça de fêmur artificial de acordo com essa modalidade compreende fendas maiores que as fendas (49) e braços menores, tornando a estrutura da superfície de cabeça de fêmur artificial flexível, de modo a prender a cabeça de fêmur (5) e se deslocar além do diâmetro máximo da cabeça de fêmur (5). Além disso, a superfície de cabeça de fêmur artificial (45) pode ser inserida dentro de uma articulação de quadril através de um furo menor que o inteiro tamanho funcional da superfície de cabeça de fêmur artificial (45), o que possibilita um procedimento cirúrgico menos invasivo.
A figura 6 mostra a colocação de uma superfície de cabeça de fêmur artificial (45) sobre a cabeça do fêmur em uma cirurgia convencional. A superfície de cabeça de fêmur artificial (45) compreende múltiplas partes de superfície de cabeça de fêmur artificial em formato de anel (63). As ditas múltiplas partes de superfície de cabeça de fêmur artificial em formato de anel (63) são adaptadas para serem conectadas entre si, para formar uma superfície de cabeça de fêmur artificial (45).
A figura 7 mostra a colocação de uma superfície de cabeça de fêmur artificial (45) sobre a cabeça do fêmur em uma cirurgia convencional. A superfície de cabeça de fêmur artificial (45) compreende múltiplas partes (46), adaptadas para serem conectadas entre si, para formar uma superfície de cabeça de fêmur artificial (45).
A figura 8 mostra a colocação de uma cabeça de fêmur artificial (45) em uma cirurgia convencional, onde o osso femoral (7) foi cortado no pescoço do colo do fêmur,e o pescoço substituído por uma haste protética (1201), que também fixa o dispositivo médico no osso femoral (7), em que a haste protética é fixada no osso femoral (7) com ou sem cimento ósseo. Uma superfície de acetábulo artificial (65) é previamente montada na cabeça de fêmur artificial (45). A superfície de acetábulo artificial (65) é flexível pelo fato de a superfície de acetábulo artificial (65) compreender ranhuras (66). A superfície de acetábulo artificial (65) é posteriormente fixada por meio de elementos de fita, fio ou arame (59), colocados além do diâmetro máximo da cabeça do fêmur, para prender o acetábulo artificial (65) na referida cabeça de fêmur artificial (45).
A figura 9 mostra uma superfície de acetábulo artificial (65) colocada no acetábulo de um paciente e fixada ao osso pélvico (9). O acetábulo artificial (65) é flexível na sua construção, pelo fato de compreender ranhuras (66) que possibilitam ao acetábulo artificial (65) se deslocar além do diâmetro máximo da cabeça de fêmur (5) e/ou passar através de um furo menor que o inteiro tamanho funcional da superfície de acetábulo artificial (65), o que possibilita um procedimento cirúrgico menos invasivo.
A figura 10 mostra uma vista lateral da região da coxa de um paciente, quando a incisão feita para alcançar a articulação de quadril foi fechada por meio de suturas (110).
A figura 11 mostra uma superfície de cabeça de fêmur artificial (45), em corte, tendo uma maior distância de seção transversal (52), adaptada para se deslocar sobre e além do diâmetro máximo da cabeça de fêmur (5). O diâmetro máximo da cabeça de fêmur (5) é posicionado em uma correspondente maior distância de seção transversal (61) da superfície de cabeça de fêmur artificial. Uma segunda distância (62) é a distância que a superfície de cabeça de fêmur artificial (45) percorre além do diâmetro máximo da cabeça de fêmur (5). A dita distância (62) é a parte que se dispõe além da superfície de cabeça de fêmur artificial, sendo uma parte da fixação mecânica da superfície de cabeça de fêmur artificial (45) à cabeça de fêmur (5).
A figura 12a mostra uma superfície de cabeça de fêmur artificial (45) de acordo com uma primeira modalidade, a superfície de cabeça de fêmur artificial (45) sendo adaptada para passar além do diâmetro máximo da cabeça de fêmur (5). Isso possibilita a fixação mecânica usar a forma da dita superfície de cabeça de fêmur artificial (45). Nessa modalidade, a superfície de cabeça de fêmur artificial (45) compreende pelo menos uma fenda (49), adaptada para tornar a dita superfície de cabeça de fêmur artificial (45) flexível, para se deslocar sobre e além do diâmetro máximo da cabeça de fêmur (5). A construção pode ser adicionalmente tornada flexível, em que o tamanho da superfície de cabeça de fêmur artificial (45) pode variar, tornando-se menor para inserção através de um furo (18) no osso pélvico (9), menor que o inteiro tamanho funcional da superfície de cabeça de fêmur artificial (45). É também concebível que a superfície de cabeça de fêmur artificial (45) compreenda dois ou mais braços (50) de superfície de cabeça de fêmur artificial, os quais apresentam uma distância de seção transversal (52) entre si. Essa distância de seção transversal (52), de acordo com uma modalidade, é mais curta que o diâmetro máximo da cabeça de fêmur (5), possibilitando a fixação mecânica da superfície de cabeça de fêmur artificial (45) por meio dos ditos braços (5) da superfície de cabeça de fêmur artificial. Para adicional fixação, elementos tipo fita, fio ou arame (59) podem ser colocados em volta da superfície de cabeça de fêmur artificial (45), além do diâmetro máximo da cabeça de fêmur (5). Os elementos de fita, fio ou arame (59) podem ser mecanicamente conectados mediante uso de um elemento de auto-fixação (60), formando um elemento em formato de anel, capaz de auxiliar a fixação da superfície de cabeça de fêmur artificial (45) à cabeça de fêmur (5).
A figura 12b mostra a superfície de cabeça de fêmur artificial (45), quando fixada à cabeça do fêmur, com os elementos de suporte tipo fita, fio ou arame colocados em volta da superfície de cabeça de fêmur artificial (45), além do diâmetro máximo da cabeça de fêmur (5). Os braços podem também ser adaptados para deslocamento dentro do osso da cabeça de fêmur (5), para a fixação da dita superfície de cabeça de fêmur artificial (45).
A figura 13 mostra a articulação de quadril, em corte, a articulação de quadril tendo um colo de fêmur (6), apresentando uma primeira distribuição axial que leva à cabeça do fêmur (5), o eixo central (Ll) da cabeça de fêmur (5) sendo o eixo central (Ll) da cabeça do fêmur, a cabeça do fêmur tendo uma configuração substancialmente no formato de esfera, com um diâmetro externo máximo (1203), mostrado na seção (A-A), substancialmente perpendicular ao eixo central da cabeça de fêmur (Ll). A cabeça de fêmur (5) é normalmente colocada em um acetábulo no formato de recipiente (8), tendo ainda uma abertura, o acetábulo em formato de recipiente (8) apresentando uma segunda distribuição axial com um eixo central de acetábulo (12) a partir do centro da base do recipiente de acetábulo (8) e acompanhando o centro do recipiente na direção do centro da abertura do recipiente, na direção da cabeça de fêmur (5). O recipiente de acetábulo (8) apresenta um diâmetro interno máximo (1202), conforme mostrado na seção (B-B), substancialmente perpendicular ao eixo central do acetábulo (12), em que o eixo central (Ll) da cabeça do fêmur se dispõe em linha com o eixo central do acetábulo (12), numa posição especialmente centralizada, quando a cabeça de fêmur (5) é colocada, alinhada, centralizada e disposta simétrica, conforme mostrado na figura 13, no recipiente de acetábulo (8) na articulação de quadril. A cabeça de fêmur (5) e o acetábulo (8) apresentam, individualmente, uma superfície de articulação de quadril, colocada numa direção de contato entre si, em que as superfícies de articulação de quadril suportam o peso na articulação de quadril.
A figura 14 mostra a superfície de cabeça de fêmur artificial (45) de acordo com uma segunda modalidade. O eixo ou parafuso colocado na metade da superfície de cabeça de fêmur artificial (45) serve como uma fixação mecânica (44), penetrando no córtex da cabeça de fêmur (5) e fixando a superfície de cabeça de fêmur artificial (45) à cabeça de fêmur (5). Entretanto, é também concebível que o dito eixo ou parafuso seja auxiliado ou substituído por outros elementos de fixação, tais como, pinos, meios de soldagem, talas, fitas, adesivos ou algum outro tipo de elemento mecânico de conexão.
A figura 15a mostra uma superfície de articulação de quadril artificial de acordo com uma modalidade, em que a superfície de articulação de quadril artificial compreende uma superfície interna (906) e uma superfície externa (907). A superfície interna apresenta um primeiro ponto (908a), um segundo ponto (909a), um terceiro ponto (908b), um quarto ponto (909b), um quinto ponto (908c) e um sexto ponto (909c), todos os pontos localizados em diferentes locais, ao longo de um eixo de extensão (Ll) da dita superfície interna (906), em que: uma primeira linha reta (910a), que se estende do dito primeiro ponto (908a) para o dito segundo ponto (909a) é paralela a uma segunda linha reta (910b), que se estende do dito terceiro ponto (908b) para o dito quarto ponto (909b), que, por sua vez, é paralela a uma terceira linha reta (910c), que se estende do dito quinto ponto (908c) para o dito sexto ponto (909c), e em que as ditas primeira e terceira linhas retas (910a, 910c) são de mesma extensão, e em que a dita segunda linha reta (910b) é maior que as ditas primeira e terceira linhas retas (910a, 910c) e se posiciona entre as ditas primeira e terceira linhas retas (910a, 910c). Assim, a superfície de articulação de quadril artificial passa além do diâmetro máximo da dita superfície de articulação de quadril artificial, possibilitando à superfície de articulação de quadril artificial prender um elemento, tal como, a cabeça de fêmur (5), uma superfície de cabeça de fêmur artificial ou uma substituição artificial da cabeça do fêmur. A superfície de articulação de quadril artificial é curvada em mais de uma direção, conforme mostrado com referência à (Ll) e (L2), que são linhas que seguem a curvatura em direções perpendiculares.
A figura 15b mostra a superfície de cabeça de fêmur artificial (45) de acordo com uma terceira modalidade, na qual a dita superfície de cabeça de fêmur artificial (45) compreende pelo menos uma fenda (49), que possibilita uma construção flexível da superfície de cabeça de fêmur artificial (45), desse modo, possibilitando ao maior diâmetro (51) ser variável, para inserção da dita superfície de cabeça de fêmur artificial (45) através de um furo no osso pélvico (9), o qual é menor que o inteiro tamanho funcional da dita superfície de cabeça de fêmur artificial (45). De acordo com essa modalidade, a superfície de cabeça de fêmur artificial (45) compreende ainda braços (50) da superfície de cabeça de fêmur artificial, localizados sobre os lados da dita pelo menos uma fenda (49). Os braços (50) da superfície de cabeça do fêmur podem ser feitos de um material flexível, que possibilita a inserção através de um furo (18) no osso pélvico (9), o qual é menor que o maior diâmetro (51) da dita superfície de cabeça de fêmur artificial (45), quando a mesma se encontra em seu inteiro tamanho funcional.
De acordo com uma modalidade, a superfície de cabeça de fêmur artificial (45) da dita terceira modalidade pode ser adaptada para passar além do diâmetro máximo da cabeça de fêmur (5). Isso possibilita uma fixação mecânica utilizar a forma da dita superfície de cabeça de fêmur artificial (45). Na modalidade em que a superfície de cabeça de fêmur artificial (45) se desloca além do diâmetro máximo da cabeça de fêmur (5), a construção pode ser tornada mais flexível, em que o tamanho da superfície de cabeça de fêmur artificial (45) pode ser variado, para se tornar menor para a inserção através de um furo (18) no osso pélvico, menor que o inteiro tamanho funcional da superfície de cabeça de fêmur artificial (45), e ter uma abertura adaptada para se mover sobre a cabeça de fêmur (5), podendo ser maior que a mesma abertura apresenta no inteiro tamanho funcional da superfície de cabeça de fêmur artificial (45), o que possibilita à superfície de cabeça de fêmur artificial (45), pelo menos parcialmente, cobrir uma área além do diâmetro máximo da cabeça de fêmur (5), a partir da direção do acetábulo (8). De acordo com uma segunda modalidade, a superfície de cabeça de fêmur artificial (45) compreende dois ou mais braços (50) de superfície de cabeça de fêmur artificial, que apresentam uma distância de seção transversal (52) entre si. Essa distância de seção transversal (52), de acordo com uma modalidade, é mais curta que o diâmetro máximo da cabeça de fêmur (5), possibilitando a fixação mecânica da superfície de cabeça de fêmur artificial (45) através dos ditos braços (50) da superfície de cabeça de fêmur artificial.
As figuras 16a, 16b, 16c, 16d e 16e mostram a superfície de cabeça de fêmur artificial (45) de acordo com uma quarta modalidade, na qual a dita superfície de cabeça de fêmur artificial (45) compreende uma primeira seção (53a) e uma segunda seção (53b), conforme mostrado na figura 16b. As primeira e segunda seções são deslocáveis relativamente entre si. De acordo com uma primeira modalidade, a dita primeira seção (53a) pode ser girada em relação à dita segunda seção (53b), de modo que a dita segunda seção (53b) se desloca por baixo da dita primeira seção (53a), para produzir uma superfície de cabeça de fêmur artificial deslocada (54), conforme mostrado na figura 16c, a qual é possível de inserção dentro de uma articulação de quadril de um paciente humano, através de um furo oval (18), ou que tenha pelo menos uma área menor que a área de seção transversal da superfície de cabeça de fêmur artificial (45), quando esta se encontra em seu inteiro tamanho funcional (45), conforme mostrado na figura 16a. De acordo com essa modalidade, as duas seções são conectadas entre si, quando a superfície de cabeça de fêmur artificial (45) é retornada para o seu inteiro tamanho funcional usando um encaixe mecânico de forma (55), conforme mostrado na figura 16e. Entretanto, é também concebível que a dita conexão seja auxiliada ou substituída por parafusos, meios de soldagem, talas, fitas, adesivos ou algum outro tipo de elemento mecânico de conexão.
As figuras 17a, 17b mostram a superfície de cabeça de fêmur artificial (45) de acordo com uma quinta modalidade, na qual a dita superfície de cabeça de fêmur artificial (45) compreende quatro fendas. A superfície de cabeça de fêmur artificial (45) é de construção flexível, permitindo aos quatro braços (50) de cabeça de fêmur artificial serem dobrados na direção do eixo central da superfície de cabeça de fêmur artificial (45), desse modo, permitindo à superfície de cabeça de fêmur artificial (45) ser inserida dentro de uma articulação de quadril através de um furo menor que o inteiro tamanho funcional da dita superfície de cabeça de fêmur artificial (45). A superfície de cabeça de fêmur artificial (45), de acordo com essa modalidade, pode ser construída para se deslocar além do diâmetro máximo da cabeça de fêmur (5), em cujo caso a construção com as fendas (49) permite à superfície de cabeça de fêmur artificial (45) se modificar para um tamanho menor e maior que o dito inteiro tamanho funcional.
A figura 17b mostra a superfície de cabeça de fêmur artificial (45), em corte, quando os braços (50) da dita superfície de cabeça de fêmur artificial (45) são dobrados para inserção através de um furo (18), com uma área menor que a maior área
da superfície de cabeça de fêmur artificial (45), quando no seu inteiro tamanho funcional.
A figura 18a mostra a superfície de cabeça de fêmur artificial (45) de acordo com uma sexta modalidade, na qual a dita superfície de cabeça de fêmur artificial (45) compreende múltiplas partes de superfície de cabeça de fêmur artificial no formato de anel (63). As ditas múltiplas partes de superfície de cabeça de fêmur artificial no formato de anel (63) são adaptadas para serem conectadas entre si, para formar uma superfície de cabeça de fêmur artificial (45), conforme mostrado na figura 18b. De acordo com uma modalidade, as ditas partes de superfície de cabeça de fêmur artificial (63) são adaptadas para serem conectadas entre si, mediante uso de elementos mecânicos de conexão (64a, 64b). Na figura 18c, a referência (64a) mostra como uma parte individual de superfície de cabeça de fêmur artificial em formato de anel (63) pode ser conectada a si própria para formar um formato de anel contínuo. A referência (64b) mostra como uma parte individual de superfície de cabeça de fêmur artificial em formato de anel (63) se conecta com outras partes de superfície de cabeça de fêmur artificial em formato de anel (63), para formar uma superfície de cabeça de fêmur artificial (45). A superfície de cabeça de fêmur artificial (45), de acordo com essa modalidade, pode ser ainda adaptada para se deslocar além do diâmetro máximo da cabeça de fêmur (5).
As figuras 19a, 19b, 19c mostram a superfície de cabeça de fêmur artificial (45) de acordo com uma sexta modalidade, na qual a dita superfície de cabeça de fêmur artificial (45) compreende múltiplas partes de superfície de cabeça de fêmur artificial (46). As ditas múltiplas partes de superfície de cabeça de fêmur artificial (46) são adaptadas para serem conectadas a uma parte de interconexão de superfície de cabeça de fêmur artificial(56), após inserção dentro de uma articulação de quadril. A parte de interconexão de superfície de cabeça de fêmur artificial que serve como uma parte de base (56), compreende elementos de conexão de auto-fixação (57), conforme mostrado na figura 19b, que se encaixam com correspondentes elementos de auto- fixação (58) das partes de superfície de cabeça de fêmur artificial (46). A superfície de cabeça de fêmur artificial apresenta uma superfície substancialmente uniforme, a qual, de acordo com uma modalidade, apresenta uma diferença de altura (1204) de no máximo 10 micrometres, de acordo com outra modalidade, apresenta uma diferença de altura (1204) de no máximo 100 micrometres, e de acordo com outra modalidade, apresenta uma diferença de altura (1204) de no máximo 1 milímetro. A superfície de cabeça de fêmur artificial (45) pode ser ainda adaptada para se deslocar além do diâmetro máximo da cabeça de fêmur (5).
Após a montagem das ditas pelo menos duas partes de superfície de articulação de quadril artificial na cabeça de fêmur, no local, de acordo com algumas das modalidades, as partes não precisam ser posteriormente fixadas à cabeça de fêmur usando um elemento de fixação. As modalidades dos elementos de fixação em combinação com as partes ou porções de superfície de articulação de quadril artificial serão ainda mostradas a seguir, com referência às figuras 20a-20n.
A figura 20a mostra uma superfície de cabeça de fêmur artificial (45) de acordo com uma modalidade, na qual a superfície de cabeça de fêmur artificial compreende múltiplas porções móveis (1224), conectadas a uma parte de interconexão (56), através de articulações operáveis (1205) colocadas ao longo de um lado das porções móveis (1224). A superfície de cabeça de fêmur artificial é posteriormente fixada à cabeça de fêmur pelo elemento de fixação (59), tal como, uma fita, fio ou arame (59), colocado além do diâmetro máximo da cabeça de fêmur (5), após as porções móveis (1224) terem sido colocadas na posição funcional, prendendo a cabeça de fêmur (5). A seção (A-A) mostra uma porção móvel (1224) quando não se encontra no seu estado funcional. A porção móvel é conectada a uma parte de interconexão (56) através de um elemento móvel na forma de uma articulação (1205), que permite à porção móvel se mover, de modo a ser capaz de prender a cabeça de fêmur (5) e/ou modificar o diâmetro máximo da superfície de cabeça de fêmur artificial, para passar através de um furo menor que o diâmetro máximo da superfície de cabeça de fêmur em seu estado funcional, em cujo caso o elemento móvel é movimentado em uma direção no sentido do centro da superfície de cabeça de fêmur artificial (não mostrado).
A figura 20b mostra o elemento de fixação ajustável (59) a ser montado na superfície de cabeça de fêmur artificial (45). O elemento de fixação (59) é um elemento no formato de laço, tendo duas extremidades (59a, 59b), adaptadas para serem mecanicamente conectadas usando um elemento de engate (60), desse modo, formando um laço fechado com um determinado perímetro. O elemento de fixação (59) pode ser feito de um material elástico que se deforma sob esforços (por exemplo, forças externas), mas, que retorna ao seu estado original quando os esforços são removidos.
A superfície de cabeça de fêmur artificial (45) compreende dois ou mais braços (50) de superfície de cabeça de fêmur artificial, que produzem um maior diâmetro (52). Para fixar a cabeça de fêmur artificial à cabeça de fêmur (5), o elemento de fixação (59), quando em seu estado aberto, é empurrado sobre a superfície (45) até que pelo menos alcance uma área que se estende de uma distância (D), além do diâmetro máximo da cabeça de fêmur (5). O elemento de fixação (59) pode também ser impulsionado até alcançar e se dispor sobre os braços da superfície (50). Quando na sua posição final, as extremidades do elemento de fixação (59a, 59b) são mecanicamente conectadas pelo elemento de engate (60), e a cabeça de fêmur artificial é mantida no lugar.
As figuras 20c-20f mostram diferentes modalidades do elemento de fixação (59) e do elemento de engate (60).
Uma primeira modalidade de um elemento de fixação (59) com elemento de engate (60) é divulgada na figura 20c. O elemento de engate (60) compreende uma primeira parte (60a) e uma segunda parte (60b), dispostas nas extremidades dos primeiro e segundo elementos de fixação (59a, 59b), respectivamente. As primeira e segunda partes do elemento de engate (60a, 60b) apresentam o formato de protrusões que se estendem axialmente a partir das primeira e segunda extremidades do elemento de fixação, para cima e para baixo, respectivamente. Assim, é formada uma garra de agarramento disposta horizontalmente. A primeira parte do elemento de engate (60a) apresenta um entalhe na sua superfície inferior e a segunda parte do elemento de engate (60b) apresenta um entalhe na sua superfície superior. Os entalhes são dispostos de modo a formar um gancho superior e inferior, adaptado para mecanicamente se auto- conectar mediante uso da elasticidade do material e, assim, formar um laço com um determinado perímetro, adaptado ao diâmetro da cabeça de fêmur (5).
Numa segunda modalidade do elemento de fixação (59), mostrada na figura 20d, o elemento de engate (60’) é disposto em uma primeira e segunda extremidades (59a, 59b) do elemento de fixação. Na primeira extremidade do elemento de fixação (59a), é disposta uma primeira parte do elemento de engate (60a’) que se estende radialmente na forma de uma protrusão, na direção do centro do laço. A primeira parte de elemento de engate (60a) é adaptada para se engatar com uma correspondente segunda parte de elemento de engate (60b), a qual se apresenta na forma de uma protrusão disposta na outra segunda extremidade (59b) do elemento de fixação, se estendendo radialmente a partir do centro do laço. As protrusões juntas formam um elemento de engate na forma de uma garra de agarramento verticalmente disposta (60’). O perímetro do elemento de fixação pode ser ajustado mediante uso de mais de uma das segundas partes do elemento de engate (60b), dispondo as mesmas em diferentes distâncias da segunda extremidade (59b) do elemento de fixação. Na segunda modalidade mostrada na figura 20d, se apresentam mais de uma , preferivelmente, entre três e seis garras de agarramento (60b’), dispostas na segunda extremidade (59b) do elemento de fixação (59). Assim, o diâmetro do elemento de fixação (59) pode ser ajustado.
Uma terceira modalidade do elemento de fixação (59) é divulgada na figura 20e. Em uma primeira extremidade (59a) do elemento de fixação (59) se dispõe uma primeira parte de elemento de engate (60a”) na forma de uma protrusão, adaptada para se encaixar dentro de uma correspondente segunda parte de elemento de engate (60a”), disposta na forma de um recesso ou furo na outra segunda extremidade (59b) do elemento de fixação (59). Também, é possível se dispor de mais de um furo, de modo que o perímetro do elemento de fixação (59) seja ajustável.
Uma quarta modalidade do elemento de fixação (59) é divulgada na figura 20f. Aqui, as primeira e segunda extremidades (59a, 59b) do elemento de fixação (59) são conectadas mediante uso de um elemento de engate (60'"), compreendendo duas primeiras partes de fixação articuláveis (60al'"), (60a2'"), e uma segunda parte de fixação (60b'"). A primeira parte de fixação (60al'") é fixada de modo articulado à primeira extremidade (59a) do elemento de fixação (59) e à segunda parte de fixação (60a2"'). A segunda parte de fixação (60a2'") é fixada à primeira parte de fixação (60a 1"') em um ponto de engate disposto entre as extremidades externas da primeira parte de fixação (60al'"), preferivelmente, em um ponto disposto substancialmente na metade da primeira parte de fixação (60al'"). A segunda parte de fixação (60a2'") é também adaptada para se engatar com uma parte de protrusão (60b'"), disposta na segunda extremidade (59b) do elemento de fixação (59). Quando a segunda parte de fixação (60a2'") é engatada com a parte de protrusão (60b'"), as primeira e segunda extremidades do elemento de fixação (59a, 59b) são conjuntamente presas, formando um laço fechado com um primeiro perímetro. As primeira e segunda extremidades do elemento de fixação (59a, 59b) podem ser impulsionadas juntas, formando um laço fechado com um segundo perímetro, envolvendo firmemente a cabeça de fêmur artificial e a fixando à cabeça de fêmur (5). As primeira e segunda extremidades do elemento de fixação (59a, 59b) são impulsionadas juntas, mediante articulação da primeira parte de fixação em volta de seu ponto de engate na primeira extremidade (59a) do elemento de fixação. As primeira e segunda extremidades do elemento de fixação (59a, 59b) podem ser dispostas se sobrepondo entre si, ou dispostas em um modo de extremidade com extremidade quando fixadas, desse modo, formando um laço com um segundo perímetro.
A figura 20g mostra ainda outra modalidade do elemento de fixação, na qual o elemento de fixação não envolve completamente a superfície de cabeça de fêmur (45), desse modo, deixando uma distância (2101), na qual não existe nenhum elemento de fixação. De acordo com a modalidade mostrada na figura 20g, o elemento de fixação (59) prende a superfície de cabeça de fêmur artificial, com o elemento de fixação sendo feito de um material elástico, tal como, aço inoxidável. A construção com elemento de fixação possibilita à superfície de cabeça de fêmur artificial ser feita de um material mais resiliente, para permitir à superfície de cabeça de fêmur artificial passar sobre as partes maiores da cabeça de fêmur. Uma vantagem da modalidade mostrada na figura 20g é que o elemento de fixação (59) não precisa ser tão elástico quanto os elementos de fixação que totalmente envolvem a cabeça de fêmur, para montagem pelo cirurgião no local.
A figura 20h mostra o elemento de fixação de acordo com uma modalidade, cuja modalidade é similar à descrita anteriormente com referência à figura 20g. Entretanto, de acordo com a modalidade mostrada na figura 20h, o elemento de fixação (59) compreende uma articulação (2105), colocada no centro do elemento de fixação (59), ao qual duas porções (2106a, 2106b) do elemento de fixação são conectadas. Em conexão com a articulação, é colocado um dispositivo de fixação compreendendo uma parte macho (2108), adaptada para se conectar a uma parte fêmea (2109), desse modo, produzindo uma posição de fixação. O elemento de fixação na posição de fixação prende a superfície de cabeça de fêmur artificial (45) e, desse modo, fixa a superfície de cabeça de fêmur artificial (45) à cabeça de fêmur. A modalidade da figura 20h, com a referida articulação, possibilita ao elemento de fixação ser feito de um material menos elástico que o necessário nas modalidades em que todo o elemento de fixação é feito de uma única peça de material (tal como, na modalidade descrita com referência à figura 20g). A modalidade pode ainda reduzir a força necessária para montar o elemento de fixação (59) na cabeça de fêmur artificial (45), no local.
A figura 20i mostra um elemento de fixação (59), de acordo ainda com outra modalidade, na qual o elemento de fixação (59) compreende uma primeira e uma segunda unidade (2102a, 2102b), colocada sobre os dois lados de uma fenda (49) na superfície de cabeça de fêmur artificial (45). A primeira unidade (2102a) compreende uma parte macho (2103), que pode ser inserida dentro de uma parte fêmea (2104) da segunda unidade (2102b), na qual é fixada e, assim, coloca a fenda (49) em um estado mais fechado para fixar a superfície de cabeça de fêmur artificial (45)à cabeça de fêmur.
A figura 20j mostra o dispositivo médico de acordo com uma modalidade, na qual o elemento de fixação (59) é colocado centralmente no topo de uma modalidade da superfície de cabeça de fêmur artificial (45), em que a superfície de cabeça de fêmur artificial pode ser dividida em duas metades. O elemento de fixação compreende, de acordo com a modalidade mostrada com referência à figura 20i, uma primeira unidade (2102a) e uma segunda unidade (2102b), em que a dita primeira unidade compreende uma parte macho (2103) adaptada para se prender no interior de uma parte fêmea alojada na segunda unidade.
A figura 20k mostra uma modalidade do elemento de fixação (59), na qual o elemento de fixação (59) é adaptado para se deslocar de um primeiro ponto da superfície de cabeça de fêmur artificial (45), através do osso da cabeça e colo do fêmur, para um segundo ponto da superfície de cabeça de fêmur artificial (45). Essa modalidade pode possibilitar ao elemento de fixação fixar a superfície de cabeça de fêmur artificial (45) à cabeça de fêmur, ao se exercer uma força de aperto e, desse modo, apertar a cabeça de fêmur, e/ou ao se colocar o elemento de fixação (59) no interior do osso, desse modo, produzindo realmente uma fixação mecânica. De acordo com a modalidade mostrada na figura 20k, o elemento de fixação (59) se desloca de um ponto da superfície de cabeça de fêmur artificial (45) para outro ponto da superfície de cabeça de fêmur artificial (45), através do osso da cabeça e/ou colo do fêmur. Entretanto, em outras modalidades (não mostrado), o elemento de fixação se desloca de um ponto da superfície de cabeça de fêmur artificial e dentro do osso da cabeça/colo do fêmur, e nessas modalidades, os elementos de fixação podem ser elementos mecânicos de fixação, tais como, parafusos ortopédicos.
A figura 201 mostra um kit de acordo com uma primeira modalidade, em que o kit compreende três diferentes tamanhos de superfícies de cabeça de fêmur artificiais (45a, 45b, 45c), que podem ser escolhidas em função de um paciente específico, e um elemento de fixação (59) com diversos estados, que, assim, podem ser apertados em volta das diferentes superfícies de cabeça de fêmur artificiais (45a, 45b, 45c), para serem adaptados ao paciente específico.
A figura 20m mostra um kit de acordo com uma segunda modalidade, na qual o kit compreende uma superfície de cabeça de fêmur artificial (45) e três diferentes tamanhos de elementos de fixação (59a, 59b, 59c), que podem ser colocados envolvendo a superfície de cabeça de fêmur artificial (45) e ser escolhidos para um específico osso femoral de um paciente em particular.
A figura 20n mostra um kit de acordo com uma segunda modalidade, na qual o kit compreende três diferentes tamanhos de superfícies de cabeça de fêmur artificiais (45a, 45b, 45c), que podem ser escolhidos com base no paciente específico, e três diferentes tamanhos de elementos de fixação (59a, 59b, 59c), que, desse modo, podem ser colocados envolvendo a superfície de cabeça de fêmur artificial (45) e ser escolhidos para um específico osso femoral de um paciente em particular.
As soluções de kit possibilitam ao cirurgião ortopédico escolher um adequado dispositivo médico, quando a cabeça de fêmur é exposta, uma vez que determinar o exato tamanho e formato da cabeça de fêmur é bastante difícil, feito a partir de imagens simplesmente produzidas de fora do corpo do paciente.
A figura 21 mostra uma vista conceituai em que a superfície de cabeça de fêmur artificial (45), de acordo com quaisquer das presentes modalidades, apresenta um diâmetro ou distância de seção transversal (dl) pequena o suficiente para possibilitar à dita superfície de cabeça de fêmur artificial (45) se deslocar através de um furo (18) no osso pélvico (9). Após a superfície de cabeça de fêmur artificial (45) ter se deslocado através do furo (18) no osso pélvico (9), a dita superfície de cabeça de fêmur artificial (45) é expandida, de modo que o diâmetro ou distância de seção transversal (d2) seja grande o suficiente para se deslocar sobre a cabeça de fêmur (5). Finalmente, a superfície de cabeça de fêmur artificial (45) é posicionada sobre a cabeça de fêmur (5) e, nesse estado, o diâmetro ou distância de seção transversal (d3) é menor que o maior diâmetro da cabeça de fêmur (5), que mecanicamente fixa a superfície de cabeça de fêmur artificial (45) à cabeça de fêmur (5). A distância (d3) é a distância de seção transversal normal do dispositivo médico, isto é, a distância de seção transversal que o dispositivo médico apresenta quando o dito dispositivo médico está na sua posição funcional. Essa figura pode também numa modalidade alternativa mostrar a superfície de acetábulo artificial montada sobre a cabeça de fêmur ou uma substituição artificial da mesma, com o mesmo princípio de fixação.
A figura 22a mostra um modo conceituai em que a superfície de acetábulo artificial (65) apresenta um diâmetro ou distância de seção transversal (dl) pequena o suficiente para possibilitar à dita superfície de acetábulo artificial (65) se deslocar através de um furo (18) no osso pélvico (9). Após a superfície de acetábulo artificial (65) ter se deslocado através do furo (18) no osso pélvico (9), a dita superfície de acetábulo artificial (65) é expandida, de modo que o diâmetro ou distância de seção transversal (d2) seja grande o suficiente para impedir a superfície de acetábulo artificial (65) de se deslocar através do furo(18) no osso pélvico (9), conforme mostrado na figura 22b.
A figura 23 mostra o dispositivo médico de acordo com uma modalidade, em que o dispositivo médico compreende uma cabeça de fêmur artificial (45), um elemento de fixação (608) e um elemento de estabilização (612), adaptado para estabilizar o dispositivo médico a partir do exterior do colo do fêmur (6), de modo substancialmente perpendicular à extensão longitudinal do colo do fêmur (6), e a partir do lado do acetábulo, substancialmente em linha com a extensão longitudinal do colo de fêmur (6), através do elemento de estabilização, o qual é colocado em contato com a superfície de uma seção (610) sobre o colo de fêmur (6). O elemento de estabilização (612) e o elemento de fixação (608) podem ser fixados ao colo do fêmur (6) por meio de um adesivo (614) ou cimento ósseo. O elemento de estabilização (612) é feito de um material artificial, tal como, um metal biocompatível (por exemplo, titânio ou tântalo) ou um polímero biocompatível ou material cerâmico. O dispositivo médico compreende duas partes que são adaptadas para serem interconectadas, para formar um dispositivo médico interconectado. A primeira parte do dispositivo médico compreende uma primeira parte do elemento de fixação (608’), e uma primeira parte da superfície de cabeça de fêmur (45’). A segunda parte do dispositivo médico compreende uma segunda parte do elemento de fixação (608”), e uma segunda parte da superfície de cabeça de fêmur (45”). As partes são adaptadas para serem conectadas entre si por uma articulação deslizante tipo prisma. A primeira parte do dispositivo médico compreende uma ranhura prismática (1207), que se nivela com a seção prismática (1206) da segunda parte do dispositivo médico. As duas partes podem ser interconectadas para formar o dispositivo médico, antes ou durante um procedimento cirúrgico, preferivelmente, as partes são unidas durante o procedimento cirúrgico, uma vez que isso possibilita às partes serem introduzidas na articulação de quadril, através de um furo menor que o furo através do qual o dispositivo médico interconectado pode passar. A seção transversal (A-A) mostra a parte de fixação e a cabeça de fêmur artificial (45) quando interconectadas por meio da articulação deslizante tipo prisma (1206, 1207).
A figura 24 mostra o dispositivo médico compreendendo uma cabeça de fêmur artificial (45) e uma haste protética (1201). O dispositivo médico compreende duas partes, cada uma compreendendo uma parte de haste protética (1201', 1201”) e a superfície de cabeça de fêmur artificial (45', 45”). O dispositivo médico é adaptado para ser interconectado pelas múltiplas articulações deslizantes prismáticas (1206, 1207), em que as fendas prismáticas (1207) na segunda parte do dispositivo médico se nivelam com as seções prismáticas (1206) da primeira parte do dispositivo médico. A seção transversal (A-A) mostra a haste protética da primeira parte (1201') tendo uma seção prismática (1206) e a haste protética da segunda parte tendo uma fenda prismática (1207).
A figura 25 mostra o dispositivo médico de acordo com uma modalidade, em que o dispositivo médico compreende uma cabeça de fêmur artificial (45), um elemento de fixação (608) e um elemento de estabilização (612), adaptado para estabilizar o dispositivo médico a partir do exterior do colo do fêmur (6), de modo substancialmente perpendicular à extensão longitudinal do colo do fêmur (6), e a partir do lado do acetábulo, substancialmente em linha com a extensão longitudinal do colo de fêmur (6), através do elemento de estabilização, o qual é colocado em contato com a superfície de uma seção (610) sobre o colo de fêmur (6). O dispositivo médico compreende duas partes que são adaptadas para serem interconectadas, para formar um dispositivo médico interconectado. A primeira parte do dispositivo médico compreende uma primeira parte do elemento de fixação (608’), e uma primeira parte da superfície de cabeça de fêmur (45’). A segunda parte do dispositivo médico compreende uma segunda parte do elemento de fixação (608”), e uma segunda parte da superfície de cabeça de fêmur (45”). As partes são adaptadas para serem conectadas entre si por uma construção com pinos (1209) e fendas (1208), que se nivelam entre si. A primeira parte do dispositivo médico compreende as fendas (1209) que se nivelam aos pinos (1208) da segunda parte do dispositivo médico. As duas partes podem ser interconectadas para formar o dispositivo médico, antes ou durante um procedimento cirúrgico, preferivelmente, as partes são unidas durante o procedimento cirúrgico, uma vez que isso possibilita às partes serem introduzidas na articulação de quadril, através de um furo menor que o furo através do qual o dispositivo médico interconectado pode passar. Os pinos (1208) e as fendas (1209) são presos por meio de um elemento alongado (1212), o qual pode ser flexível, tal como, um arame, ou rígido, tal como, um pino. O elemento alongado(1212) é adaptado para ser inserido dentro de um furo (1210) dos pinos (1208) e de um furo (1211) da primeira parte do dispositivo médico, desse modo, prendendo os pinos nas fendas (1211). A seção transversal (A-A) mostra as partes de fixação (608 608”) do dispositivo médico, com o elemento alongado (1212) colocado no furo (1211) no dispositivo médico e no fiiro (1210) nos pinos (1208). O elemento alongado compreende uma porção terminal (1213), tendo uma superfície plana superior adaptada para fazer parte da superfície de cabeça de fêmur artificial (45).
A figura 26 mostra o dispositivo médico compreendendo uma cabeça de fêmur artificial (45) e uma haste protética (1201). O dispositivo médico compreende duas partes, cada uma compreendendo uma parte de haste protética (1201', 1201”) e a superfície de cabeça de fêmur artificial (45', 45”). As partes são adaptadas para serem conectadas entre si por uma construção com pinos (1208) e fendas (1209), que se nivelam entre si. A primeira parte do dispositivo médico compreende as fendas (1209) que se nivelam aos pinos (1208) da segunda parte do dispositivo médico. As duas partes podem ser interconectadas para formar o dispositivo médico, antes ou durante um procedimento cirúrgico, preferivelmente, as partes são unidas durante o procedimento cirúrgico, uma vez que isso possibilita às partes serem introduzidas na articulação de quadril, através de um furo menor que o furo através do qual o dispositivo médico interconectado pode passar. Os pinos (1208) e as fendas (1209) são presos por meio de um elemento alongado (1212), o qual pode ser flexível, tal como, um arame, ou rígido, tal como, um pino. O elemento alongado(1212) é adaptado para ser inserido dentro de um furo (1210) dos pinos (1208) e de um furo (1211) da primeira parte do dispositivo médico, desse modo, prendendo os pinos nas fendas (1211). A seção transversal (A-A) mostra as partes de haste protética (1201', 1201”) do dispositivo médico, com o elemento alongado (1212) colocado no furo (1211) no dispositivo médico e no furo (1210) nos pinos (1208). O elemento alongado compreende uma porção terminal (1213), tendo uma superfície plana superior adaptada para fazer parte da superfície de cabeça de fêmur artificial (45).
A figura 27a mostra o dispositivo médico compreendendo uma cabeça de fêmur artificial (45) e uma haste protética (1201). O dispositivo médico compreende duas partes, cada parte compreendendo uma parte da haste protética (1201', 1201”) e a superfície de cabeça de fêmur artificial (45’, 45”). As partes são adaptadas para serem conectadas entre si por meio de uma construção com pinos (1214) e furos (1215) que se nivelam entre si. A primeira parte do dispositivo médico compreende os furos (1215), que são adaptados para receber os pinos (1214) numa primeira direção, e após isso, fixar os pinos nos furos numa segunda direção. As duas partes podem ser interconectadas para formar o dispositivo médico, conforme mostrado na figura 27b, antes ou durante um procedimento cirúrgico, preferivelmente, as partes são unidas durante o procedimento cirúrgico, uma vez que isso possibilita às partes serem introduzidas na articulação de quadril, através de um furo menor que o furo através do qual o dispositivo médico interconectado pode passar. A seção transversal (A-A) da figura 27c mostra um pino (1214) em um furo (1215), após o pino, primeiramente, ter sido introduzido em uma direção e, depois, ter sido empurrado para o lado, de modo a fixar o pino (1214) no furo.
A figura 28a mostra o dispositivo médico de acordo com uma modalidade, em que o dispositivo médico compreende uma cabeça de fêmur artificial (45), um elemento de fixação (608) e um elemento de estabilização (612), adaptado para estabilizar o dispositivo médico a partir do exterior do colo do fêmur (6), de modo substancialmente perpendicular à extensão longitudinal do colo do fêmur (6), e a partir do lado do acetábulo, substancialmente em linha com a extensão longitudinal do colo de fêmur (6), através do elemento de estabilização, o qual é colocado em contato com a superfície de uma seção (610) sobre o colo de fêmur (6). O dispositivo médico compreende duas partes que são adaptadas para serem interconectadas, de modo a formar um dispositivo médico interconectado, conforme mostrado na figura 28b. A primeira parte do dispositivo médico compreende uma primeira parte do elemento de fixação (608’) e uma primeira parte da superfície de cabeça de fêmur (45’). A segunda parte do dispositivo médico compreende uma segunda parte do elemento de fixação (608”) e uma segunda parte da superfície de cabeça de fêmur (45”). As partes são adaptadas para serem conectadas entre si por meio de uma construção com pinos (1216) e furos (1217) que se nivelam entre si. A primeira parte do dispositivo médico compreende os furos (1217) que são adaptados para receber os pinos (1216) numa primeira direção e, após isso, pender os pinos (1216) nos furos (1217) numa segunda direção. As duas partes podem ser interconectadas para formar o dispositivo médico, antes ou durante um procedimento cirúrgico, preferivelmente, as partes são unidas durante o procedimento cirúrgico, uma vez que isso possibilita às partes serem introduzidas na articulação de quadril, através de um furo menor que o furo através do qual o dispositivo médico interconectado pode passar. A seção transversal (A-A) da figura 28c mostra um pino (1216) em um furo (1217), após o pino, primeiramente, ter sido introduzido em uma direção e, depois, ter sido empurrado para o lado, de modo a fixar o pino (1216) no furo (1217).
A figura 29a mostra o dispositivo médico compreendendo uma cabeça de fêmur artificial (45) e uma haste protética (1201). O dispositivo médico compreende duas partes, cada parte compreendendo uma parte da haste protética (1201', 1201”) e a superfície de cabeça de fêmur artificial (45’, 45”). As partes são adaptadas para serem conectadas entre si por meio de uma construção com um pino (1218) e um furo (1219) que se nivelam entre si. A primeira parte do dispositivo médico compreende o furo (1219), que é adaptado para receber o pino (1218) numa primeira direção, e após isso, fixar o pino no furo numa segunda direção, mediante giro das primeira e segunda partes relativamente entre si. As duas partes podem ser interconectadas para formar o dispositivo médico, conforme mostrado na figura 29b, antes ou durante um procedimento cirúrgico, preferivelmente, as partes são unidas durante o procedimento cirúrgico, uma vez que isso possibilita às partes serem introduzidas na articulação de quadril, através de um furo menor que o furo através do qual o dispositivo médico interconectado pode passar. A seção transversal (A-A) da figura 29c mostra um pino (1218) em um furo (1219), após o pino, primeiramente, ter sido introduzido em uma direção e, depois, ter sido girado, de modo a fixar o pino (1218) no furo (1219).
A figura 30a mostra o dispositivo médico de acordo com uma modalidade, em que o dispositivo médico compreende uma cabeça de fêmur artificial (45), um elemento de fixação (608) e um elemento de estabilização (612), adaptado para estabilizar o dispositivo médico a partir do exterior do colo do fêmur (6), de modo substancialmente perpendicular à extensão longitudinal do colo do fêmur (6), e a partir do lado do acetábulo, substancialmente em linha com a extensão longitudinal do colo de fêmur (6), através do elemento de estabilização, o qual é colocado em contato com a superfície de uma seção (610) sobre o colo de fêmur (6). O dispositivo médico compreende duas partes que são adaptadas para serem interconectadas, de modo a formar um dispositivo médico interconectado, conforme mostrado na figura 30b. A primeira parte do dispositivo médico compreende uma primeira parte do elemento de fixação (608’) e uma primeira parte da superfície de cabeça de fêmur (45’). A segunda parte do dispositivo médico compreende uma segunda parte do elemento de fixação (608”) e uma segunda parte da superfície de cabeça de fêmur (45”). A primeira parte do dispositivo médico compreende um furo (1221), que é adaptado para receber um pino (1220) numa primeira direção, e após isso, fixar o pino (1220) no furo (1221) numa segunda direção, mediante giro das primeira e segunda partes relativamente entre si. As duas partes podem ser interconectadas para formar o dispositivo médico, conforme mostrado na figura 30b, antes ou durante um procedimento cirúrgico, preferivelmente, as partes são unidas durante o procedimento cirúrgico, uma vez que isso possibilita às partes serem introduzidas na articulação de quadril, através de um furo menor que o furo através do qual o dispositivo médico interconectado pode passar. A seção transversal (A- A) da figura 30c mostra um pino (1220) em um furo (1221), após o pino, primeiramente, ter sido introduzido em uma direção e, depois, ter sido girado, de modo a fixar o pino (1220) no furo (1221).
As partes do dispositivo médico de acordo com quaisquer das modalidades podem apresentar um tamanho do maior diâmetro, maior raio ou uma maior distância de seção transversal, de modo que o dispositivo médico possa ser introduzido através de um furo que tenha uma área de seção transversal menor que 530 mm2, ou menor que 380 mm2, ou menor que 250 mm2, ou menor que 180 mm2, ou ainda menor que 110 mm2.
A figura 31a mostra uma modalidade na qual uma primeira camada flexível (1222) é aplicada sobre a cabeça de fêmur (5). A primeira camada flexível (1222) é adaptada para servir como uma camada para fixação de uma segunda camada rígida, atuando como uma superfície de acetábulo artificial (45). A primeira camada flexível (1222) pode, por exemplo, ser fixada à cabeça de fêmur (5) usando um adesivo.
A figura 31b mostra a articulação de quadril com a cabeça de fêmur (5), quando a primeira camada flexível (1222) foi aplicada. A primeira camada flexível (1222) pode ainda ser adaptada para se deslocar além do diâmetro máximo da cabeça de fêmur (5).
A figura 32a mostra um exemplo de uma superfície de cabeça de fêmur artificial (45) rígida, compreendendo múltiplas partes de superfícies de cabeça de fêmur artificiais (46). As múltiplas partes de superfícies de cabeça de fêmur artificiais (46) são adaptadas para serem conectadas a uma parte de interconexão de superfície de cabeça de fêmur artificial (56), após inserção dentro de uma articulação de quadril. A parte de interconexão de superfície de cabeça de fêmur artificial (56), que serve como uma parte de base, compreende elementos de conexão de auto-fixação (57), conforme mostrado na figura 32b, que se encaixam com correspondentes elementos de auto-fixação (58) das partes de superfície de cabeça de fêmur artificial (46). As partes de superfície de cabeça de fêmur artificial (46) produzem uma superfície de cabeça de fêmur artificial (45) quando conectadas entre si. Os elementos de auto-fixação (57, 58) podem ser auxiliados ou substituídos por parafusos, meios de soldagem, talas, fitas, adesivos ou algum outro tipo de elemento conexão mecânica. A superfície de cabeça de fêmur artificial (45) de acordo com essa modalidade pode ser ainda adaptada para se deslocar além do diâmetro máximo da cabeça de fêmur (5).
A figura 33 mostra as partes sendo aplicadas à cabeça de fêmur (5) com a primeira camada artificial flexível (1222) colocada. A primeira camada flexível (1222) pode ser adaptada para nivelar a superfície da cabeça de fêmur (5), para se obter uma melhor fixação da segunda camada rígida, atuando como uma superfície de cabeça de fêmur artificial (45) ou para atuar como um elemento resiliente, quando a articulação de quadril se encontra na sua posição funcional, para absorver choques colocados na articulação de quadril.
A figura 34 mostra a cabeça de fêmur (5) quando a superfície de cabeça de fêmur artificial rígida (45) é completada e fixada na parte superior da primeira camada flexível (1222). A camada rígida, preferivelmente, é feita de um material duro para resistir ao desgaste que é criado pela conexão com o acetábulo (8) ou com uma substituição artificial do mesmo. A segunda camada rígida (45) pode ser fixada à primeira camada flexível (1222) usando um adesivo, encaixe de forma ou um elemento mecânico de fixação. A segunda camada rígida (45) de acordo com essa modalidade pode ser ainda adaptada para se deslocar além do diâmetro máximo da cabeça de fêmur (5).
A figura 35 mostra as partes (48) da superfície de articulação de quadril artificial, de acordo com quaisquer das presentes modalidades, sendo inseridas através de uma incisão, por meio de um procedimento cirúrgico. De acordo com uma primeira modalidade, as partes (48) da superfície de articulação de quadril artificial são partes (46) da superfície de cabeça de fêmur artificial, adaptadas para serem conectadas entre si, após a inserção, de modo a formar uma superfície de cabeça de fêmur artificial (45).
A figura 36 mostra as partes (48) da superfície de articulação de quadril artificial, de acordo com quaisquer das modalidades, sendo inseridas através de trocartes laparoscópicos/artroscópicos (33a, 33b, 33c), através de uma pequena incisão, de acordo com um método laparoscópico/artroscópico. De acordo com uma primeira modalidade, as partes (48) da superfície de articulação de quadril artificial são partes (46) da superfície de cabeça de fêmur artificial, adaptadas para serem conectadas entre si, após a inserção, de modo a formar uma superfície de cabeça de fêmur artificial (45).
A invenção proporciona ainda um método cirúrgico e laparoscópico/artroscópico de tratamento de osteoartrite de articulação de quadril, mediante provisão de uma superfície de articulação de quadril através do osso pélvico de um paciente humano, no lado oposto do acetábulo. Este método será agora descrito em maiores detalhes.
A figura 37 mostra uma vista frontal do corpo de um paciente humano. Um método cirúrgico de operação da articulação de quadril no lado oposto do acetábulo (8), de acordo com uma primeira modalidade, é iniciado executando uma incisão (1) na parede abdominal de um paciente humano. A incisão (1) passa através da parede abdominal, incluindo o peritônio, no abdômen do dito paciente humano. Numa segunda modalidade preferida, a incisão (2) é conduzida através da parede abdominal e dentro da área pélvica, abaixo do saco do peritônio abdominal. De acordo com uma terceira modalidade, a incisão (3) é executada entre o Aio do osso pélvico e o tecido envolvente, cuja incisão (3) possibilita ao osso pélvico (9) ser dissecado com pouquíssima penetração do fáscia e tecido muscular. De acordo com uma quarta modalidade, a incisão (4) é feita na região inguinal. Em todas as quatro modalidades, o tecido que envolve o osso pélvico (9) na área oposta ao acetábulo (8) é removido ou penetrado, ou dividido ou movimentado, o que possibilita ao cirurgião alcançar o osso pélvico (9). É óbvio que os métodos aqui descritos podem ser combinados ou modificados, com o mesmo objetivo de dissecar o osso pélvico (9) no lado oposto do acetábulo (8).
A figura 38 mostra uma vista frontal do corpo de um paciente humano. Assim, de acordo com uma primeira modalidade, é proporcionado um método laparoscópico e/ou artroscópico de operação de articulação de quadril, no lado oposto do acetábulo (8), que se inicia com a execução de pequenas incisões (14) na parede abdominal do paciente humano. As pequenas incisões possibilitam ao cirurgião a inserção dos trocartes laparoscópicos e/ou artroscópicos dentro do abdômen do paciente. De acordo com a primeira modalidade, as incisões (14) passam através da parede abdominal e do peritônio, no abdômen do paciente. De acordo com uma segunda modalidade preferida, as pequenas incisões (15) são conduzidas através do reto abdominal ou sobre o lado do mesmo, e na área pélvica, abaixo do peritônio. De acordo com uma terceira modalidade, as pequenas incisões (16) são executadas entre o ílio da pelve e o tecido envolvente, cuja incisão (16) possibilita ao osso pélvico ser dissecado com pouquíssima penetração do fáscia e tecido muscular. De acordo com uma quarta modalidade, a incisão (17) é feita na região inguinal. Em todas as quatro modalidades, o tecido que envolve o osso pélvico (9) na área oposta ao acetábulo (8) é removido ou penetrado, ou dividido ou movimentado, o que possibilita ao cirurgião alcançar o osso pélvico (9).
A figura 39 mostra uma vista frontal do corpo de um paciente humano, ilustrando o método laparoscópico e/ou artroscópico de operação da articulação de quadril, no lado oposto do acetábulo (8). A articulação de quadril compreende o acetábulo (8) e a cabeça de fêmur (5). As pequenas incisões (14) na parede abdominal do paciente permitem a inserção de trocartes laparoscópicos e/ou artroscópicos (33a, 33b, 33c) dentro do corpo dos pacientes. Após isso, podem ser inseridos dentro do dito corpo, através dos ditos trocartes laparoscópicos e/ou artroscópicos, uma ou mais câmeras (34), ou um instrumento cirúrgico (35) adaptado para produzir um furo no osso pélvico, ou ainda instrumentos (36) para dissecar, introduzir, colocar, conectar, fixar, criar ou preencher com próteses ou partes protéticas.
A figura 39b mostra uma vista em seção transversal lateral do corpo de um paciente humano, com a articulação de quadril mostrada em corte, em maiores detalhes. A articulação de quadril compreende uma cabeça de fêmur (5) colocada na parte superior do colo de fêmur (6), que se constitui no topo do osso femoral (7). A cabeça de fêmur (5) está em conexão com o acetábulo (8), que é uma parte do osso pélvico (9) no formato de recipiente. Trocartes laparoscópicos e/ou artroscópicos (33a, 33b, 33c) são usados para alcançar a articulação de quadril (39) com uma ou mais câmeras (34), também, com um instrumento cirúrgico (35) adaptado para produzir um furo no osso pélvico, ou ainda com instrumentos (36) para dissecar, introduzir, colocar, conectar, fixar, criar ou preencher com próteses ou partes protéticas.
Após dissecar o osso pélvico (9), é produzido um furo (18) no dito osso pélvico (9), conforme mostrado na figura 19. O furo (18) passa através do osso pélvico (9), no lado oposto do acetábulo (8) e dentro da articulação de quadril (19). O furo (18) passa através do osso pélvico (9), no lado oposto do acetábulo (8) e dentro da articulação de quadril (19).
A figura 40 mostra o furo (18) no osso pélvico (9) de acordo com uma primeira modalidade, o furo (18) sendo grande o suficiente para permitir a prótese passar pelo mesmo, em seu inteiro tamanho funcional. De acordo com uma segunda modalidade, o furo (20) produzido no método cirúrgico ou laparoscópico/artroscópico é muito menor, conforme mostrado na figura 41, o que permite que o instrumento cirúrgico que produz o furo seja menor e, assim, realizando a incisão e dissecação no corpo humano.
A figura 41 mostra um instrumento cirúrgico para produção de um furo (18), (20) no osso pélvico (9a), de acordo com uma primeira modalidade. O instrumento cirúrgico compreende um elemento de transmissão (21a, 21b). O elemento de transmissão (21a, 21b) pode ser um eixo, uma haste, uma correia, uma corrente ou qualquer outro elemento adequado para transferir força ou torque. O instrumento cirúrgico também compreende um dispositivo de contato ósseo (22), o qual é adaptado para produzir o furo (18, 20) no osso pélvico (9). O dispositivo de contato ósseo (22) pode apresentar um efeito de serragem, perfuração ou ffesagem, através do uso de objetos afiados; além disso, é também concebível que o dito dispositivo de contato ósseo (22) produza um furo usando água, fluidos abrasivos, laser ou radiação. O instrumento cirúrgico também compreende um dispositivo de operação (23a), adaptado para operar o elemento de transmissão (21a, 21b). O dispositivo de operação pode compreender um motor elétrico, mecânico, pneumático ou magnético e pode ser adaptado para produzir um movimento rotativo, oscilante, vibrante ou repetitivo. O dispositivo de operação pode incluir uma fonte de ultra-som, radiação, laser ou água.
A figura 42 mostra um instrumento cirúrgico que compreende ainda uma parte ou seção (26) deslocada em paralelo. A parte ou seção (26) deslocada em paralelo melhora o alcance do dispositivo médico e possibilita a produção de um furo (18) no osso pélvico (9), no lado oposto do acetábulo (8). De acordo com uma modalidade mostrada na figura 42, a parte ou seção (26) deslocada em paralelo apresenta uma função telescópica, em que a parte ou seção (26) deslocada em paralelo é dividida em uma primeira e segunda partes (27a, 27b), onde a segunda parte (27b) pode deslizar dentro e fora da primeira parte (27a).
A figura 43 mostra uma modalidade na qual o dispositivo de operação (23b) deve ser colocado em conexão direta com o dispositivo de contato ósseo (22), em cujo caso o dispositivo de operação (23b) também serve como um elemento de transmissão. Nessa construção, uma porção de alça (24) pode ser fixada ao instrumento cirúrgico, facilitando aos cirurgiões a manipulação do dito instrumento cirúrgico. Para melhorar o alcance do instrumento cirúrgico, a porção de alça (24) pode ser fixada perpendicular à direção de produção do furo (25) do instrumento cirúrgico, sendo ainda concebível que a porção de alça (24) seja curvada por meio de uma parte ou seção deslocada em paralelo, por meio de um ângulo fixo, um ângulo ajustável ou uma parte ou seção flexível.
A figura 44 mostra o instrumento cirúrgico de acordo com uma segunda modalidade, em que o dito instrumento cirúrgico compreende um elemento de transmissão (28a, 28b, 28c), com dois elementos de ajuste de ângulo (29a, 29b). Os elementos de ajuste de ângulo (29a, 29b) podem ser ajustados através da variação do ângulo do dito elemento de transmissão (28a, 28b, 28c) ou fixando um ângulo adequado para produção de um furo no osso pélvico (9), no lado oposto do acetábulo (8). Em outra modalidade (não mostrada), a parte do elemento de transmissão (28c) em conexão com o dispositivo de contato ósseo (22) pode ser bastante curta, o que possibilita ao instrumento cirúrgico operar bastante próximo do osso pélvico (9), quando da produção do furo (18) no dito osso pélvico (9).
A figura 45 mostra o instrumento cirúrgico de acordo com uma terceira modalidade, na qual o elemento de transmissão (30) é flexível, o que permite ao dito elemento de transmissão (30) ser ajustado com bastante precisão, para produzir um furo (18) no osso pélvico (9) do paciente. A rigidez do dito elemento de transmissão (30) pode variar de completamente flexível a completamente rígido, para se adaptar com as partes que envolvem a particular operação.
A figura 46 mostra o dispositivo de contato ósseo de acordo com uma primeira modalidade, na qual o dispositivo de contato ósseo (22a) é adaptado para produzir um tampão ósseo (31). O tampão ósseo (31) pode ser adaptado para ser substituído dentro do dito furo (18), após as etapas do procedimento cirúrgico ou laparoscópico/artroscópico realizadas na articulação de quadril terem sido concluídas.
A figura 47 mostra o dispositivo de contato ósseo de acordo com uma segunda modalidade, em que o dispositivo de contato ósseo (22) é adaptado para produzir pequenos pedaços de ossos (32) quando da produção do dito faro (18) no osso pélvico (9). Os pequenos pedaços de ossos podem ser transportados a partir da área e fora do corpo usando força de vácuo ou um sistema de transporte hidráulico.
A figura 48a mostra a articulação de quadril, em corte, com a cabeça de fêmur (5) colocada na parte superior do colo de fêmur (6), que é a parte de topo do osso femoral (7). A cabeça do fêmur está em conexão com o acetábulo (8), que é uma parte do osso pélvico (9) no formato de um recipiente. De acordo com uma primeira modalidade, o furo (18) produzido no osso pélvico (9) no lado oposto do acetábulo (8) é maior que a dita superfície de cabeça de fêmur artificial (45), o que possibilita a inserção da dita superfície de cabeça de fêmur artificial (45) em seu inteiro tamanho funcional. A dita inserção da dita superfície de cabeça de fêmur artificial (45) pode ser realizada como uma etapa do método cirúrgico, assim como, uma etapa do método laparoscópico/artroscópico. Após a inserção, a superfície de cabeça de fêmur artificial (45) é fixada à cabeça de fêmur (5), a fixação sendo realizada por meio de uma fixação mecânica (44), compreendendo a penetração de um eixo ou parafuso no córtex. Entretanto, é também concebível que a fixação mecânica seja auxiliada ou substituída por cimento ósseo ou adesivo, colocado entre a cabeça de fêmur (5) e a superfície de cabeça de fêmur artificial (45) ou em conexão com o dito eixo ou parafuso (44). Modos alternativos de fixação da superfície de cabeça de fêmur artificial (45) incluem: pelo menos um parafuso, pelo menos um pino, pelo menos uma porção de pelo menos uma das partes adaptada para ser introduzida na outra parte, as partes sendo adaptadas para deslizarem entre si, encaixe de forma, soldagem, uso de adesivo, pino, fio ou arame, uma esfera montada em um recipiente constituindo porções das ditas partes, uma porção macho de uma parte montada em uma porção fêmea da outra parte, uma chave introduzida dentro de um dispositivo de ferrolho constituindo porções das ditas partes, uma fita ou outros elementos mecânicos de conexão.
A figura 48b mostra a articulação de quadril, em corte, com a superfície de cabeça de fêmur artificial (45) fixada à cabeça de fêmur (5).
Os métodos cirúrgico e laparoscópico/artroscópico aqui descritos podem compreender ainda a etapa de escarear o acetábulo (8) ou a cabeça de fêmur (5). De acordo com uma primeira modalidade, o escareamento do acetábulo (8) ou da cabeça de fêmur é executado usando um dispositivo escareador mostrado nas figuras 49-51. O dispositivo escareador expansível compreende pelo menos uma lâmina escareadora (40), que compreende uma superfície de escareamento (41a, 41b). Dito dispositivo escareador expansível pode ser adaptado para escarear o acetábulo (8), a cabeça de fêmur (5) ou ambos. Na modalidade em que o dito dispositivo escareador é adaptado para escarear o acetábulo (8), a dita superfície escareadora (41a) é localizada na parte exterior da dita pelo menos uma lâmina escareadora (40), enquanto na modalidade em que o dito dispositivo escareador expansível é adaptado para escarear a cabeça de fêmur (5), a dita superfície de escareamento (41b) é localizada na parte interior da dita pelo menos uma lâmina escareadora (40). De acordo com uma segunda modalidade, o dito dispositivo escareador expansível é adaptado para escarear o acetábulo e a cabeça de fêmur, em cujo caso o dispositivo escareador apresenta superfícies escareadoras (41a, 41b), ambas na parte exterior e interior da dita pelo menos uma lâmina escareadora (40).
A figura 50 mostra o dispositivo escareador expansível, de acordo com quaisquer das modalidades, em que as lâminas escareadoras (40) podem ser dobradas na direção do centro de uma semi-esfera que o dispositivo escareador expansível produz em seu estado expandido, conforme mostrado na figura 49. O dobramento das lâminas escareadoras (40) possibilita ao escareador expansível ser introduzido dentro de uma articulação de quadril através de um furo menor que a área possível de escarear usando o dito escareador expansível.
A figura 51 mostra o interior do dito escareador expansível, com as lâminas escareadoras (40). Nesta modalidade, quando o escareador expansível é adaptado para escarear a cabeça do fêmur, o dito lado interior de pelo menos uma lâmina escareadora (40) compreende uma superfície de escareamento (41b).
A figura 52 mostra o escareador expansível de acordo com quaisquer das modalidades, quando do escareamento do dito acetábulo (8) e/ou da dita cabeça de fêmur (5). O escareador pode ser adaptado para ser operado manualmente ou por meio de um dispositivo de operação rotativo, vibrador ou oscilante.
De acordo com uma modalidade, o dispositivo de contato ósseo (22) do instrumento cirúrgico para produção de um furo no osso pélvico (9) pode ser substituído pelo dispositivo escareador expansível mostrado nas figuras 49-51, em cujo caso o dispositivo escareador expansível pode ser ativado usando o dispositivo de operação (23a, 23b) usado no dito instrumento cirúrgico.
Após a preparação das superfícies de articulação de quadril e etapa do método de inserir ou de produzir novas superfícies é executada.
A figura 53a mostra como uma superfície de cabeça de fêmur artificial (45) expansível é inserida através de um furo (18) no osso pélvico (9), usando um instrumento para inserção de um dispositivo médico(1240).
A figura 53b mostra uma superfície de cabeça de fêmur artificial (45) expansível, que passa através do furo (18) no osso pélvico (9) e se desloca sobre a cabeça de fêmur (5) por meio de braços (50) da superfície de cabeça de fêmur artificial, tornando a superfície de cabeça de fêmur artificial flexível.
A figura 53c mostra uma superfície de cabeça de fêmur artificial (45) expansível, após a mesma ter sido colocada sobre a dita cabeça de fêmur (5). Nessa modalidade, os braços (50) da superfície de cabeça de fêmur artificial agarram a cabeça de fêmur (5).
A figura 54a mostra a articulação de quadril, em corte, de acordo com uma segunda modalidade, na qual o furo (18) no osso pélvico (9) é menor que a superfície de cabeça de fêmur artificial (45) no seu inteiro tamanho funcional. De acordo com essa modalidade, a superfície de cabeça de fêmur artificial (45) é introduzida dentro da dita articulação de quadril através do furo (18) no osso pélvico (9), no lado oposto do acetábulo (8). As partes (46) da superfície de cabeça de fêmur artificial são conectadas entre si, após inserção dentro da dita articulação de quadril, para formar a superfície de cabeça de fêmur artificial (45).
A figura 54b mostra a articulação de quadril, em corte, quando as partes (46) da superfície de cabeça de fêmur artificial são conectadas entre si usando o procedimento de encaixe de forma (47), entretanto, é também concebível que o encaixe de forma seja auxiliado ou substituído por adesivo ou cimento ósseo. Após as partes (46) da superfície de cabeça de fêmur artificial terem sido introduzidas e conectadas à articulação de quadril, elas são mecanicamente fixadas à cabeça de fêmur (5), em que a fixação mecânica pode ser feita por meio de: pelo menos um parafuso, pelo menos um pino, pelo menos uma porção de pelo menos uma das partes adaptada para ser introduzida na outra parte, as partes sendo adaptadas para deslizarem entre si, encaixe de forma, soldagem, uso de adesivo, pino, fio ou arame, uma esfera montada em um recipiente constituindo porções das ditas partes, uma porção macho de uma parte montada em uma porção fêmea da outra parte, uma chave introduzida dentro de um dispositivo de ferrolho constituindo porções das ditas partes, uma fita ou outros elementos mecânicos de conexão.
A figura 54c mostra as partes (46) da superfície de cabeça de fêmur artificial, com as partes proporcionando o encaixe de forma (47) para conectar as partes entre si.
A figura 54d mostra a articulação de quadril, em corte, em que um segundo furo no osso pélvico (9) possibilita ao cirurgião colocar uma câmera (34) dentro da articulação de quadril, preferivelmente, sendo usada no método laparoscópico/artroscópico.
A figura 55a mostra o osso femoral (7), onde múltiplos eixos de posicionamento (900a, 900b, 900c) são colocados na cabeça de fêmur (5). Os eixos de posicionamento (900a, 900b, 900c) são adaptados para guiar, posicionar e centralizar as partes (913a, 913b) da superfície de articulação de quadril artificial sobre a cabeça de fêmur (5) ou guiar, posicionar e centralizar as partes (913a, 913b) da superfície de articulação de quadril artificial a serem colocadas no acetábulo (8). As partes (913a, 913b) da superfície de articulação de quadril artificial apresentam individualmente um furo de posicionamento (910a, 910b), que é adaptado para envolver os eixos de posicionamento (900a, 900b, 900c) colocados na cabeça de fêmur (5). As partes (913a, 913b) da superfície de articulação de quadril artificial são adaptadas para serem conectadas entre si após a inserção da articulação de quadril, usando elementos mecânicos de conexão (914a, 914b), em que os elementos mecânicos de conexão compreendem uma primeira parte (914a), colocada em uma primeira parte (913b) de superfície de articulação de quadril artificial e adaptada para se encaixar em uma correspondente segunda parte (914b), colocada em uma segunda parte (913a) de superfície de articulação de quadril artificial. Os múltiplos eixos de posicionamento (900a, 900b), desse modo, auxiliam na conexão de múltiplas partes (913a, 913b) de superfície de articulação de quadril artificial entre si. Entretanto, os elementos mecânicos de conexão (914a, 914b) podem ser auxiliados ou substituídos por um adesivo.
A figura 55b mostra o posicionamento das partes (913a, 913b) da superfície de articulação de quadril artificial numa vista de cima, com os furos de posicionamento (910a, 910b) das partes (913a, 913b) da superfície de articulação de quadril artificial envolvendo os eixos de posicionamento (900a, 900b, 900c) e, desse modo, os eixos de posicionamento (900a, 900b, 900c) guiam, posicionam e centralizam as partes (913a, 913b) da superfície de articulação de quadril artificial na articulação de quadril.
A figura 56 mostra uma vista lateral de um paciente humano, quando um instrumento cirúrgico (35) adaptado para produzir um furo no osso pélvico, do lado abdominal do osso pélvico (9), é inserido através de um a incisão na parede abdominal. O instrumento cirúrgico pode compreender uma parte ou seção flexível (300), possibilitando ao instrumento cirúrgico ser precisamente ajustado para alcançar o osso pélvico ou a articulação de quadril do lado abdominal do osso pélvico. A rigidez da dita parte ou seção flexível (300) pode variar de completamente flexível a completamente rígido, para se encaixar com os arredores da operação específica. O instrumento cirúrgico (35) pode ser ativado através de um dispositivo de operação, que, por sua vez, compreende um motor elétrico, hidráulico, mecânico, pneumático ou magnético, e pode ser adaptado para produzir um movimento rotativo, oscilante, vibrador ou repetitivo.
De acordo com outra modalidade (não mostrada), o instrumento cirúrgico (35) é ativado através de um dispositivo de operação colocado fora do corpo humano, na região da coxa. A força gerada no dispositivo de operação é depois transferida através de um elemento de transferência de força, colocado no colo do fêmur e no osso femoral. Isso permite ao cirurgião fornecer força para uma área da articulação de quadril e suas redondezas, através de uma incisão na coxa.
A figura 57 mostra uma articulação de quadril, em corte, onde um instrumento cirúrgico (35) adaptado para produzir um furo (18) no osso pélvico (9) é adaptado para produzir um tampão ósseo (31). O tampão ósseo (31) pode ser adaptado para ser substituído dentro do dito furo (18), após as etapas cirúrgicas ou laparoscópicas realizadas na articulação de quadril terem sido concluídas.
A figura 58 mostra uma articulação de quadril, em corte, em que um instrumento cirúrgico (604) para remoção da cabeça de fêmur (5) é provido através de um furo (18) no osso pélvico (9). O instrumento cirúrgico é adaptado para produzir um furo na cabeça de fêmur (5), passando abaixo de uma extensão longitudinal do colo de fêmur (6). O instrumento cirúrgico compreende ainda um elemento de serra (605a, 605b), adaptado para separar a cabeça de fêmur do colo de fêmur. Em um primeiro estado (605a), o elemento de serra (605a) é retraído dentro do instrumento cirúrgico (604). Quando o instrumento cirúrgico é posicionador no interior do colo do fêmur em uma posição desejada, o elemento de serra é dobrado para um segundo estado (605b), que permite ao elemento de serra produzir uma seção no colo do fêmur, separando a cabeça de fêmur (5) do colo de fêmur (6).
A figura 59 mostra a articulação de quadril, em corte, quando o instrumento cirúrgico (604) e o elemento de serra (605b) são posicionados no interior do colo do fêmur. Após a cabeça de fêmur (5) ter sido removida, uma parte estabilizadora do colo de fêmur (6) é mantida. A parte estabilizadora do colo de fêmur (6) pode ser definida como sendo a metade mais próxima do dito colo de fêmur (6), os dois terços mais próximos do dito colo de fêmur, os três quartos mais próximos do dito colo de fêmur, os 90% mais próximos do dito colo de fêmur ou todo o colo de fêmur. A parte mais próxima do colo de fêmur é a parte do colo de fêmur mais próxima do torso do corpo humano.
As figuras 60-64 mostram o dispositivo médico e o método de colocação do dito dispositivo médico, de acordo com uma modalidade.
A figura 60 mostra a remoção da cabeça de fêmur (5) após o instrumento cirúrgico (604) ter produzido uma superfície de uma seção (610) substancialmente perpendicular à extensão longitudinal do colo de fêmur (6). A cabeça de fêmur (5) separada é depois removida através do furo (18) no osso pélvico (9).
A figura 61 mostra a remoção de um pedaço de osso (609) da cabeça de fêmur (5). A remoção do pedaço de osso (609) é preferivelmente realizada exteriormente ao corpo humano. A figura 13 mostra a remoção da parte superior da cabeça de fêmur (5); entretanto, é igualmente concebível que o pedaço de osso seja removido de qualquer outro lado da cabeça de fêmur (5).
A figura 62 mostra o dispositivo médico (600) de acordo com uma modalidade. O dispositivo médico compreende um elemento de fixação (608) e uma superfície de cabeça de fêmur artificial (607). A superfície de cabeça de fêmur artificial (607) é adaptada para se dispor em contato com a superfície de acetábulo (11) ou uma substituição artificial da mesma. O elemento de fixação (608) é adaptado para ser, pelo menos parcialmente, estabilizado pelo osso cortical (601) de uma parte de estabilização do colo de fêmur (6). A estabilização pode ser realizada a partir do interior, substancialmente perpendicular à extensão longitudinal do colo de fêmur (6), e a partir do lado do acetábulo, substancialmente em linha com a extensão longitudinal. A estabilização pode ser ainda realizada a partir do lado do acetábulo, substancialmente em linha com a extensão longitudinal do colo de fêmur (6), e a partir do exterior, substancialmente perpendicular à extensão longitudinal do colo de fêmur (6), a partir do interior, substancialmente perpendicular à extensão longitudinal do colo de fêmur (6), e a partir do exterior, substancialmente perpendicular à extensão longitudinal do colo de fêmur (6), ou a partir do lado do acetábulo, substancialmente em linha com a extensão longitudinal do colo de fêmur (6), e a partir do exterior, substancialmente perpendicular à extensão longitudinal do colo de fêmur (6). O dispositivo médico (600) pode ser adaptado para pelo menos parcialmente ser diretamente estabilizado pelo osso cortical (601) da dita parte de estabilização do dito colo de fêmur (6), ou para se indiretamente estabilizado pelo osso cortical (601) da dita parte de estabilização do dito colo de fêmur (6). Nas modalidades (não mostradas) em que o dispositivo médico (600) é indiretamente estabilizado pelo osso cortical (601) do colo de fêmur (6), é concebível que um material seja colocado entre o dito osso cortical (601) e o elemento de fixação (608) do dispositivo médico (600). O material pode ser cimento ósseo, um material pelo menos parcialmente elástico, cola, adesivo, antibiótico, material plástico biocompatível, material cerâmico biocompatível e/ou um metal biocompatível, tal como, titânio ou tântalo.
O furo (609) no pedaço de osso (606) da cabeça de fêmur (5), preferivelmente, é o furo produzido pelo instrumento cirúrgico (604) no processo de remoção da cabeça de fêmur, entretanto, é concebível que o furo (609) precise ser alterado ou adaptado para encaixe do elemento de fixação (608), o qual é adaptado para ser colocado no interior do furo (609), no pedaço de osso (606) removido da cabeça de fêmur (5).
A figura 63 mostra uma articulação de quadril, em corte, em que o dispositivo médico (600) compreende uma superfície de cabeça de fêmur artificial (607), um elemento de fixação (608) e um elemento de estabilização (606), que são inseridos através de um furo (18) no osso pélvico (9). De acordo com a presente modalidade, o elemento de estabilização é um pedaço de osso (606) colocado no exterior do elemento de fixação (608). O elemento de estabilização (606) pode ser fixado ao elemento de fixação (608) usando um adesivo ou qualquer conexão mecânica, tais como, parafusos, cordões, fitas ou rebites. De acordo com essa modalidade, o dispositivo médico é estabilizado pelo osso cortical (601) do colo do fêmur (6), no interior do mesmo, de modo substancialmente perpendicular à extensão longitudinal do dito colo de fêmur (6), e do lado do acetábulo, substancialmente em linha com a extensão longitudinal do colo de fêmur (6), através do elemento de estabilização que é colocado em contato com a superfície de uma seção (610) no colo do fêmur (6). O elemento de estabilização e o elemento de fixação podem ser fixados ao colo de fêmur (6) por meio de um adesivo ou cimento ósseo.
A figura 64 mostra a articulação de quadril, em corte, em que o dispositivo médico (600), de acordo com a primeira modalidade foi colocado no colo de fêmur (6) e estabilizado a partir do interior do mesmo, através da conexão direta ou indireta com o osso cortical (601) do colo de fêmur (6).
A figura 65 mostra a cabeça de fêmur (5) após a parte mais próxima ter sido removida ao longo da seção produzida pelo dispositivo médico, para criação de um furo. A remoção da parte mais próxima da cabeça de fêmur (5) proporciona uma superfície de uma seção (102) no osso cortical da cabeça de fêmur (5). Um dispositivo escareador (40) adaptado para produzir uma superfície côncava (103) na cabeça de fêmur (5) é aplicado ao elemento de transferência de força (21), através de uma seção de conexão (101). De acordo com essa modalidade, o elemento de transferência de força (21) é o mesmo que o elemento de transferência de força usado para o dispositivo médico adaptado para produzir um furo no osso pélvico (9), entretanto, é igualmente concebível que o elemento de transferência de força (21) seja especificamente projetado para possibilitar o escareamento da cabeça de fêmur (5). O escareamento na cabeça de fêmur e parte do colo de fêmur (6) é principalmente realizado no osso esponjoso, entretanto, isso não exclui a possibilidade de alguns dos escareamentos precisar serem executados no osso cortical da cabeça de fêmur (5) e/ou colo de fêmur (6).
A figura 66 mostra a etapa de aplicação de um adesivo (106) à superfície côncava produzida pelo dispositivo escareador (40). O adesivo (106) é aplicado por meio de um elemento de injeção (104), que compreende um bocal de injeção (105). O adesivo (106), preferivelmente, é um adesivo biocompatível, tal como, cimento ósseo. O elemento de injeção (104) é nessa modalidade adaptado para introdução através de um furo (18) no osso pélvico (9), mediante curvatura do elemento de injeção (104).
A figura 67 mostra a etapa de prover um dispositivo médico (109), compreendendo uma superfície de articulação de quadril côncava artificial (110). A superfície de articulação de quadril côncava artificial (110) é fixada à superfície côncava (103) produzida na cabeça de fêmur (5) e colo de fêmur (6). O dispositivo médico (109) compreende um suporte de fixação (111), adaptado para conectar a dita superfície de articulação de quadril côncava artificial (110) a pelo menos uma das cabeça de fêmur (5) e colo de fêmur (6). O dispositivo médico (109) é adaptado para ser introduzido na articulação de quadril através de um furo (18) no osso pélvico (9), mediante uso de um elemento de inserção (107). De acordo com a presente modalidade, o elemento de inserção é curvado, e, desse modo, adaptado para operar através de um furo (18) no osso pélvico (9). O elemento de inserção (107) compreende um elemento de conexão (108), o qual é adaptado para se conectar ao dispositivo médico (109). De acordo com uma modalidade, o dispositivo médico (109) compreende um material auto-lubrificante, tal como, PTFE, entretanto, é também concebível que o dispositivo médico compreenda titânio, aço inoxidável, polímeros de Corian®, PE, ou outros polímeros acrílicos, em cujo caso o dispositivo médico pode ser adaptado para ser lubrificado após a inserção na dita articulação de quadril.
A figura 68 mostra um dispositivo médico compreendendo uma superfície de articulação de quadril convexa artificial (112). A superfície de articulação de quadril convexa artificial (112) é adaptada para ser fixada ao osso pélvico (9)e adaptada para ser inserida através de um furo (18) no osso pélvico (9). O dispositivo médico compreende uma porca (120), compreendendo filetes de rosca para firmemente fixar o dispositivo médico ao osso pélvico (9). O dispositivo médico compreende ainda uma parte protética (118), adaptada para ocupar o furo (18) produzido no osso pélvico (9), após o dispositivo médico ter sido implantado no paciente. A parte protética (118) compreende elementos de suporte (119), adaptados para se dispor em contato com o osso pélvico (9) e auxiliar no suporte da carga colocada no dispositivo médico proveniente do peso do paciente humano quando em uso normal. Uso normal é aqui definido como o mesmo que uma pessoa poderia usar numa articulação de quadril natural. Além disso, o dispositivo médico compreende um elemento de fixação (116), compreendendo uma superfície (117) adaptada para se dispor em contato com a superfície de articulação de quadril convexa artificial (112). O elemento de fixação (116) compreende ainda membros de fixação (115), que são adaptados para auxiliar na fixação do elemento de fixação (116) à cabeça de fêmur (5) ou colo de fêmur (6), que, por sua vez, fixam a superfície de articulação de quadril convexa artificial (112). A superfície de articulação de quadril convexa artificial (112) é fixada a uma haste de fixação (113), compreendendo uma rosca (114) que corresponde à rosca da porca (120), em conexão com a parte protética (118). De acordo com a modalidade mostrada na figura 68, uma parte compreendendo a superfície de articulação de quadril convexa artificial (112), a haste de fixação (113) e a rosca (114) é formada de duas partes, em que a primeira parte (1241’) compreende a primeira parte da superfície de articulação de quadril convexa artificial (112), a primeira parte da haste de fixação (113) e a primeira parte da rosca (114), e a segunda parte (1241”) compreende a segunda parte da superfície de articulação de quadril convexa artificial (112’), a segunda parte da haste de fixação (113) e a segunda parte da rosca (114’). As primeira e segunda partes são adaptadas para serem conectadas entre si, para formar uma parte conectada, por exemplo, por meio das funções de interconexão, conforme descrito com referência às figuras 23-30.
A figura 69 mostra a articulação de quadril, em corte, quando a superfície de articulação de quadril convexa artificial é fixada no dispositivo médico (109), compreendendo uma superfície de articulação de quadril côncava (110). A superfície de articulação de quadril convexa (112) é presa no lugar através do elemento de fixação (116), que é fixado na cabeça de fêmur usando parafusos (121). A superfície do elemento de fixação (117) e a superfície de articulação de quadril côncava (117) são colocadas em conexão com a superfície de articulação de quadril convexa e podem ser feitas de um material redutor de atrito, tal como, PTFE ou de um material em pó auto- lubrificante. Entretanto, é também concebível que as superfícies de conexão sejam lubrificadas usando um sistema de lubrificação implantável, adaptado para lubrificar o dispositivo médico, após o dito dispositivo médico ter sido implantado no paciente humano.
A figura 70 mostra a colocação de uma parte protética (118), adaptada para ocupar o furo (18) produzido no osso pélvico (9). A parte protética (118) compreende elementos de suporte (119), adaptados para se disporem em contato com o osso pélvico (9), e auxiliar no suporte da carga colocada no dispositivo médico, proveniente do peso do paciente humano. De acordo com a modalidade mostrada na figura 12, os elementos de suporte (119) são localizados no lado abdominal do osso pélvico (9), entretanto, é igualmente concebível que os elementos de suporte (119) sejam localizados no lado do acetábulo do osso pélvico (9), em cujo caso eles são preferivelmente deslocáveis para permitir a inserção da parte protética (118) através do furo (18) no dito osso pélvico (9). Além disso, a figura 12 mostra a fixação de uma porca (120) à haste de fixação (113). De acordo com a modalidade mostrada na figura 12, o furo (18) no osso pélvico (9) é adaptado para ser maior que o dispositivo médico, permitindo ao dispositivo médico ser inserido em todo seu tamanho funcional. De acordo com outras modalidades, o furo (18) é menor, em cujo caso o dispositivo médico pode compreender diversas partes adaptadas para serem conectadas após a inserção na articulação de quadril, tal como, mostrado na figura 68, ou o dispositivo médico pode ser expansível, para inserção através de um furo menor que todo o tamanho funcional do dispositivo médico. O dispositivo médico expansível pode ainda ser possibilitado, em todos os seus elementos, de compreender material elástico.
A figura 71 mostra a articulação de quadril, em corte, quando todos os elementos do dispositivo médico foram fixados na área da articulação de quadril ou de seus arredores. A parte protética (113), adaptada para ocupar o furo (18) no osso pélvico (9), é aqui fixada com parafusos (121), entretanto, esses parafusos (121) podem ser auxiliados ou substituídos por um adesivo, que pode ser aplicado à superfície “S” entre a parte protética e o osso pélvico (9).
Nas modalidades acima, o dispositivo médico (600) foi descrito no contexto de um procedimento cirúrgico do lado abdominal do osso pélvico (9), entretanto, é também concebível que o dispositivo médico seja inserido através de um furo no osso femoral ou de um furo na cápsula de articulação de quadril, e depois adaptado. Uma vista conceituai da modalidade em que o dispositivo médico (600) é inserido através da cápsula de articulação de quadril, conforme descrito com referência às figuras 2-10, é normalmente descrito como cirurgia convencional de articulação de quadril.
Após a etapa de provisão de uma superfície de cabeça de fêmur artificial (45), os métodos cirúrgicos e laparoscópicos/artroscópicos podem compreender ainda a etapa de provisão de uma superfície de acetábulo artificial.
A figura 72 mostra uma modalidade em que uma superfície de acetábulo artificial (65) é previamente montada sobre a superfície de cabeça de fêmur artificial (45). O dispositivo médico compreendendo a superfície de cabeça de fêmur artificial (45) compreende ainda um elemento de fixação (608) e um elemento de estabilização (612), adaptado para estabilizar o dispositivo médico (600) exteriormente ao colo de fêmur (6), de modo substancialmente perpendicular à extensão do colo do fêmur (6), e do lado do acetábulo, substancialmente em linha com a extensão longitudinal do colo de fêmur (6), através do elemento de estabilização (612), colocado em contato com a superfície de uma seção no colo de fêmur (6). De acordo com a modalidade mostrada na figura 72, a superfície de acetábulo artificial (65) apresenta uma construção flexível com múltiplas fendas (66), possibilitando à superfície de acetábulo artificial (65) passar pelo diâmetro máximo da superfície de cabeça de fêmur artificial (45) e, desse modo, fixar a dita superfície de cabeça de fêmur artificial (45). A superfície de acetábulo artificial é presa por uma fita, fio de cordão ou arame (1223), colocado envolvendo a superfície de acetábulo artificial (65).
A figura 73 mostra o dispositivo médico quando da provisão da superfície de acetábulo artificial (65) previamente montada e presa pela fita, fio de cordão ou arame (1223), envolvendo a superfície de acetábulo artificial (65) além do diâmetro máximo da superfície de cabeça de fêmur artificial (45).
A figura 74 mostra uma modalidade em que uma superfície de acetábulo artificial (65) é previamente montada sobre a superfície de cabeça de fêmur artificial (45). O dispositivo médico compreendendo a superfície de cabeça de fêmur artificial (45) compreende ainda uma haste protética para fixação do dispositivo médico no osso femoral. De acordo com a modalidade mostrada na figura 74, a superfície de acetábulo artificial (65) apresenta uma construção flexível, com múltiplas fendas (66) que possibilitam à superfície de acetábulo artificial passar pelo diâmetro máximo da superfície de cabeça de fêmur artificial (45) e, desse modo, fixar a superfície de cabeça de fêmur artificial (45). A superfície de acetábulo artificial é presa por uma fita, um fio de cordão ou um arame (1223), colocado envolvendo a superfície de acetábulo artificial (65).
A figura 75 mostra o dispositivo médico quando da provisão da superfície de acetábulo artificial (65) previamente montada, presa por uma fita, um fio de cordão ou um arame (1223), colocado envolvendo a superfície de acetábulo artificial (65) além do diâmetro máximo da superfície de cabeça de fêmur artificial (45).
A figura 76 mostra o osso femoral, na etapa em que é preparada a superfície da seção (610) no colo de fêmur (6). Um adesivo (614) é aplicado à superfície da seção (610) do colo de fêmur (6), para fixação do dispositivo médico, que compreende a superfície de acetábulo artificial (65) previamente montada na superfície de cabeça de fêmur artificial, ao colo de fêmur (6), usando o elemento de fixação (608) e o elemento de estabilização (612).
A figura 77 mostra o osso femoral após a etapa de introdução e fixação do dispositivo médico no colo do fêmur (6) ter sido executada. O elemento de estabilização (612) é adaptado para estabilizar o dispositivo médico (600) exteriormente ao colo de fêmur (6), de modo substancialmente perpendicular à extensão longitudinal do colo de fêmur (6), e do lado do acetábulo, de modo substancialmente em linha com a extensão longitudinal do colo de fêmur (6), em que o elemento de estabilização é colocado em contato com o exterior do colo de fêmur (6) e com a superfície da seção (610) no colo de fêmur (6). O elemento de estabilização (612) é fixado ao exterior do colo de fêmur (6) e/ou à superfície da seção (610) no colo de fêmur (6) por meio do adesivo (614). Entretanto, o adesivo (614) pode ser substituído ou auxiliado por cimento ósseo ou por um elemento mecânico de fixação.
De acordo com uma modalidade, a superfície de acetábulo artificial (65) é provida através de um furo (18) no osso pélvico (9), do lado oposto do acetábulo (8).
A figura 78 mostra uma superfície de acetábulo artificial (65) em seu completo estado funcional, quando está sendo inserida através de um furo (18) no osso pélvico (9).
A figura 79 mostra uma superfície de acetábulo artificial (65), de acordo com uma segunda modalidade, em que a superfície de acetábulo artificial (65) compreende pelo menos uma fenda (66), que possibilita à superfície de acetábulo artificial (65) variar de tamanho, para inserção através de um furo (18) no osso pélvico (9), que é menor que o inteiro tamanho funcional da superfície de cabeça de fêmur artificial (45). As fendas são colocadas entre um ou mais braços (67) da superfície de acetábulo artificial que são flexíveis devido ao material ou são flexíveis devido a uma articulação que se dispõe nos ditos braços (67) da superfície de acetábulo artificial.
As figuras 80a, 80b, 80c mostram uma superfície de acetábulo artificial (65), de acordo com uma segunda modalidade, em que a superfície de acetábulo artificial (65) compreende múltiplas partes (68) de superfície de acetábulo artificial. As ditas múltiplas partes (68) da superfície de acetábulo artificial são adaptadas para serem conectadas a uma parte de interconexão (69) de superfície de acetábulo artificial, após a inserção dentro de uma articulação de quadril. A parte de interconexão (69) da superfície de cabeça de fêmur artificial compreende elementos de conexão de auto-fixação (70a), conforme mostrado na figura 80b, que se encaixam com correspondentes elementos de auto-fixação (70b) das partes (68) da superfície de acetábulo artificial. As partes (68) da superfície de acetábulo artificial proporcionam uma superfície de acetábulo artificial (65) quando conectadas entre si, conforme mostrado na figura 80c. Os elementos de auto-fixação (70a, 70b) podem ser auxiliados ou substituídos por pelo menos um parafuso, pelo menos um pino, pelo menos uma porção de pelo menos uma das partes adaptada para ser introduzida na outra parte, as partes sendo adaptadas para deslizarem entre si, encaixe de forma, soldagem, uso de adesivo, pino, arame ou fio, uma esfera montada em um recipiente constituindo porções das ditas partes, uma porção macho de uma parte montada em uma porção fêmea da outra parte, uma chave introduzida dentro de um dispositivo de ferrolho constituindo porções das ditas partes, uma fita ou outros elementos mecânicos de conexão.
As figuras 81a, 81b, 81c mostram uma superfície de acetábulo artificial (65) de acordo com uma terceira modalidade, em que a superfície de acetábulo artificial (65) compreende múltiplas partes (71) de superfície de acetábulo artificial em formato de anel. As ditas múltiplas partes (71) de superfície de acetábulo artificial em formato de anel são adaptadas para serem conectadas entre si, de modo a formar uma superfície de acetábulo artificial (65), após inserção em uma articulação de quadril. De acordo com uma modalidade, as ditas partes (71) de superfície de acetábulo artificial são adaptadas para serem conectadas entre si, usando elementos mecânicos de conexão (72a, 72b). A figura 81c mostra como uma parte (71) de superfície de acetábulo artificial em formato de anel pode ser conectada a si própria, usando o elemento mecânico de conexão (72a), para formar um formato de anel contínuo. Além disso, a figura 81c mostra como uma parte individual (71) de superfície de acetábulo artificial em formato de anel se conecta com outras partes (71) de superfície de acetábulo artificial em formato de anel, usando o elemento de conexão (72b), para formar uma superfície de acetábulo artificial (65).
As figuras 82a, 82b, 82c mostram uma superfície de acetábulo artificial (65) de acordo com uma quarta modalidade, em que a superfície de acetábulo artificial (65) compreende uma primeira seção (73a) e uma segunda seção (73b), conforme mostrado na figura 82b. As primeira e segunda seções são deslocáveis relativamente entre si. De acordo com uma primeira modalidade, a dita primeira seção (73a) pode ser girada em relação à dita segunda seção (73b), de modo que a dita segunda seção (73b) se desloca por baixo da dita primeira seção (73a), proporcionando uma superfície de acetábulo artificial deslocada (74), conforme mostrado na figura 38c, que possibilita a inserção dentro de uma articulação de quadril de um paciente humano, através de um furo disposto na forma oval, ou, pelo menos, tendo uma área menor que a área de seção transversal da superfície de acetábulo artificial (65), quando em seu inteiro tamanho funcional (65). De acordo com essa modalidade, as duas seções (73a, 73b) são conectadas entre si quando a superfície de acetábulo artificial é retornada para o seu inteiro tamanho funcional, mediante uso de um encaixe mecânico de forma (75), conforme mostrado na figura 82d. Entretanto, é também concebível que a dita conexão possa ser auxiliada ou substituída por pelo menos pelo menos um parafuso, pelo menos um pino, pelo menos uma porção de pelo menos uma das partes adaptada para ser introduzida na outra parte, as partes sendo adaptadas para deslizarem entre si, encaixe de forma, soldagem, uso de adesivo, pino, fio ou arame, uma esfera montada em um recipiente constituindo porções das ditas partes, uma porção macho de uma parte montada em uma porção fêmea da outra parte, uma chave introduzida dentro de um dispositivo de ferrolho constituindo porções das ditas partes, uma fita ou outros elementos mecânicos de conexão.
A figura 83a mostra uma superfície de acetábulo artificial (65) de acordo com uma quinta modalidade, na qual a superfície de acetábulo artificial (65) compreende quatro fendas (66). A superfície de acetábulo artificial (65) é flexível na sua construção, permitindo aos quatro braços (67) de acetábulo artificial serem dobrados na direção do eixo central da superfície de acetábulo artificial (65), desse modo, permitindo à superfície de acetábulo artificial ser inserida dentro de uma articulação de quadril, através de um furo menor que o inteiro tamanho funcional da superfície de acetábulo artificial (65).
A figura 83b mostra a superfície de acetábulo artificial (65), de acordo com a quinta modalidade, em seu estado dobrado. A superfície de acetábulo artificial (65) de acordo com quaisquer das modalidades, pode ser adaptada para passar pelo diâmetro máximo da cabeça de fêmur (5) e, desse modo, fixar a superfície de acetábulo artificial (65) à cabeça de fêmur ou a uma substituição artificial da mesma, mediante conexão com a cabeça de fêmur (5).
A figura 84a mostra um instrumento cirúrgico adaptado para inserir uma prótese, partes protéticas ou partes necessárias para produzir ou proporcionar uma superfície de articulação de quadril, de acordo com uma primeira modalidade. O instrumento cirúrgico compreende uma porção de aperto (76) e uma porção de manipulação (77). De acordo com as modalidades mostradas nas figuras 84a, 84b, 84c, o instrumento cirúrgico compreende ainda um elemento de rotação (78), que possibilita à parte de aperto (76) girar em relação à parte de manipulação (77), entretanto, é igualmente concebível que o instrumento cirúrgico omita esse elemento de rotação (78).
A figura 84b mostra o instrumento cirúrgico adaptado para inserir uma prótese, partes protéticas ou partes necessárias para produzir ou proporcionar uma superfície de articulação de quadril, de acordo com uma segunda modalidade. De acordo com essa modalidade, o instrumento cirúrgico compreende ainda uma seção paralela deslocada (79), que aumenta o alcance do instrumento e facilita o alcance da articulação de quadril através de um furo no osso pélvico, do lado oposto do acetábulo.
A figura 84c mostra o instrumento cirúrgico adaptado para inserir uma prótese, partes protéticas ou partes necessárias para produzir ou proporcionar uma superfície de articulação de quadril, de acordo com uma terceira modalidade. De acordo com essa modalidade, o instrumento cirúrgico compreende ainda dois elementos de ajuste de ângulo (84a, 84b). Os elementos de ajuste de ângulo podem ser ajustados mediante variação do ângulo da dita parte de aperto (76), em relação à parte de manipulação (77), ou fixados em um ângulo adequado para proporcionar a operação em uma articulação de quadril, através de um furo no osso pélvico, no lado oposto do acetábulo (8).
A figura 85 mostra a articulação de quadril, em corte, após a provisão da superfície de cabeça de fêmur artificial (45) e da superfície de acetábulo artificial (65), através de um furo, no osso pélvico.
A figura 86 mostra um elemento tipo taça de acetábulo artificial (65), modelado em forma de recipiente, colocado no osso pélvico (9). O elemento tipo taça de acetábulo artificial (65) modelado em forma de recipiente compreende elementos de liberação (801), adaptados, em um primeiro estado, para manter a cabeça de fêmur (5), que se constitui de uma peça em forma de esfera fixada ao colo do fêmur (6), em posição na articulação de quadril, em relação ao elemento tipo taça de acetábulo artificial (65) modelado em forma de recipiente, colocado no osso pélvico (9).
Em um segundo estado, o elemento de liberação (801) é adaptado para liberar a cabeça de fêmur (5) ou uma substituição artificial da mesma, a partir do elemento tipo taça de acetábulo artificial (65) modelado em forma de recipiente, colocado no osso pélvico (9). O elemento de liberação (801) é adaptado para mudar de um primeiro estado para um segundo estado, quando um predeterminado esforço é disposto no elemento de liberação (801). O esforço, preferivelmente, é provocado por um movimento anormal da articulação de quadril, por exemplo, como resultado da queda do paciente. De acordo com a modalidade mostrada na figura 9, o elemento de liberação (801) compreende uma porção elástica consistindo de material elástico, na modalidade mostrada, sendo todo o elemento de liberação (801). O elemento de liberação é adaptado para ser capaz de modo não-invasivo de mudar do primeiro estado para o segundo estado, e do segundo estado para o primeiro estado, quando um predeterminado esforço é disposto no elemento de liberação (801).
A figura 87 mostra a articulação de quadril, em corte, quando o elemento de liberação (801) se encontra no seu segundo estado, em que o elemento de liberação (801) é adaptado para liberar a cabeça de fêmur (5) ou uma substituição artificial da mesma, a partir do elemento tipo taça de acetábulo artificial (65) modelado em forma de recipiente, colocado no osso pélvico (9). O elemento de liberação (801) mudou do primeiro estado para o segundo estado, devido a um predeterminado esforço colocado nos elementos de liberação (801).
A figura 88 mostra o dispositivo médico de acordo com uma modalidade, em que a superfície de acetábulo artificial (65) modelada em forma de recipiente compreende elementos de liberação (801), compreendendo elementos de sustentação (802a, 802b), adaptados para deslizar contra a cabeça de fêmur (5) ou uma substituição artificial da mesma. Os elementos de sustentação são adaptados para em um primeiro estado sustentar a cabeça de fêmur (5) ou uma substituição artificial da mesma, que se constitui de uma parte na forma de esfera fixada ao colo de fêmur (6), em posição na articulação de quadril, com relação ao elemento tipo taça de acetábulo artificial (65) em forma de recipiente, colocado no osso pélvico (9). Em um segundo estado, o elemento de liberação (801) é adaptado para liberar a cabeça de fêmur (5) ou uma substituição artificial da mesma, a partir do elemento tipo taça de acetábulo artificial (65) modelado em forma de recipiente, colocado no osso pélvico (9). Os elementos de sustentação (802a, 802b) são atuados por mola através de uma mola (803a, 803b), a qual é disposta entre um elemento de calibração, tal como, um parafuso de calibração (804a, 804b) e os elementos de sustentação (802a, 802b). A força exercida sobre os elementos de sustentação (802a, 802b) proveniente da mola (803a, 803b) é adaptada para manter a cabeça de fêmur (5) ou uma substituição artificial da mesma no acetábulo artificial (65), em movimentos de articulação de quadril funcionais normais, mas, com liberação da cabeça de fêmur (5) ou uma substituição artificial da mesma, a partir do acetábulo artificial (65) quando um predeterminado esforço é colocado sobre o elemento de liberação, preferivelmente, sendo provocado por um movimento anormal da articulação de quadril, por exemplo, como resultado da queda de um paciente. Os parafusos de calibração (804a, 804b) possibilitam a predeterminação do esforço que irá fazer com que os elementos de sustentação (802a, 802b) mudem da disposição no primeiro estado para a disposição no segundo estado.
A figura 89 mostra os elementos de liberação no seu segundo estado, quando um predeterminado esforço foi excedido, preferivelmente, sendo provocado por um movimento anormal da articulação de quadril, por exemplo, como resultado da queda de um paciente. Os elementos de sustentação (802a, 802b) são retraídos dentro de luvas (806) da superfície de acetábulo artificial (65), desse modo, comprimindo as molas (803a, 803b). A retração dos elementos de sustentação (802a, 802b) faz com que a cabeça de fêmur (5) ou uma substituição artificial da mesma seja deslocada ou sofra uma luxação na sua posição na superfície de acetábulo artificial (65), e em que, quando um grande esforço é colocado na articulação de quadril e osso femoral (7), se reduz o risco do paciente fraturar o osso femoral (7) ou o osso pélvico (9). Os elementos de sustentação (802a, 802b) são adaptados para ser capazes, de um modo não-invasivo, mudar do primeiro estado para o segundo estado e do segundo estado para o primeiro estado, quando um predeterminado esforço é colocado sobre os elementos de sustentação (802a, 802b).
A figura 90 mostra o acetábulo artificial (65), em corte, com os elementos de sustentação (802) colocados em luvas (806), uniformemente distribuídos ao longo da seção transversal do acetábulo artificial (65), mantendo a cabeça de fêmur (5) ou uma substituição artificial da mesma em posição, no dito acetábulo artificial (65).
A figura 91 mostra uma modalidade alternativa do princípio mostrado nas figuras 88-90, em que os elementos de sustentação (802a, 802b) compreendem elementos no formato de esfera (805a, 805b), em contato com a cabeça de fêmur (5) ou uma substituição artificial da mesma, sendo adaptados para rolar contra a cabeça de fêmur (5) ou uma substituição artificial da mesma, mantendo a cabeça de fêmur (5) ou uma substituição artificial da mesma no lugar, no dito acetábulo artificial (65), em que os elementos de sustentação (802a, 802b) exercem força na cabeça de fêmur (5) ou uma substituição artificial da mesma, através do contato com as molas (803a, 803b) suportadas pelos parafusos de calibração (804a, 804b).
A figura 92 mostra os elementos de liberação no seu segundo estado, quando um predeterminado esforço foi excedido, preferivelmente, sendo provocado por um movimento anormal da articulação de quadril, por exemplo, como resultado da queda de um paciente. Os elementos de sustentação (802a, 802b) compreendendo os elementos em forma de esfera (805a, 805b) são retraídos dentro de luvas (806) da superfície de acetábulo artificial (65), desse modo, comprimindo as molas (803a, 803b). A retração dos elementos de sustentação (802a, 802b) faz com que a cabeça de fêmur (5) ou uma substituição artificial da mesma seja deslocada ou sofra uma luxação na sua posição na superfície de acetábulo artificial (65), e em que quando um grande esforço é colocado na articulação de quadril e osso femoral (7), se reduz o risco do paciente fraturar o osso femoral (7) ou o osso pélvico (9). Os elementos de sustentação (802a, 802b) são adaptados para ser capazes, de um modo não-invasivo, mudar do primeiro estado para o segundo estado e do segundo estado para o primeiro estado, quando um predeterminado esforço é colocado sobre os elementos de sustentação (802a, 802b), o que possibilita à cabeça de fêmur (5) ou uma substituição artificial da mesma ser substituída no acetábulo artificial (65), sem que ocorra um procedimento cirúrgico.
A figura 93 mostra o dispositivo médico em uma modalidade na qual os elementos de liberação (801) compreendem um dispositivo de ruptura (807, 808, 809), adaptado para apresentar uma fraqueza sob um predeterminado esforço. De acordo com essa modalidade, o dispositivo de ruptura é um pino de ruptura (807, 808, 809), compreendendo uma parte de base (809a, 909b), fixada ao acetábulo artificial (65), e uma parte de ruptura (807a, 807b) fixada à parte de base (809a, 809b) através de uma seção enfraquecida (808a, 808b), em cuja seção a parte de ruptura (807a, 807b) é destacada da parte de base (809a, 809b), quando um predeterminado esforço é colocado no dispositivo de ruptura, em contato com a cabeça de fêmur (5) ou uma substituição artificial da mesma.
A figura 94 mostra o dispositivo médico de acordo com a modalidade mostrada na figura 93, quando o dispositivo de ruptura teve uma fraqueza, devido a um predeterminado esforço sobre o dispositivo de ruptura ter sido excedido. De acordo com uma modalidade (não mostrada), as partes de ruptura (807a, 807b) são presas à parte de base através de um arame de segurança que mantém as partes de ruptura (807a, 807b) na proximidade da parte de base (809a, 809b), mesmo após a fraqueza do dispositivo de ruptura.
A figura 95a mostra o dispositivo médico de acordo com uma modalidade, em que o acetábulo artificial (65) compreende uma luva circular (806), na qual é provida uma fita elástica ou de ruptura (810). A fita elástica ou de ruptura (810) é adaptada para pelo menos parcialmente envolver a cabeça de fêmur (5) em formato de esfera ou uma substituição artificial da mesma. Quando um predeterminado esforço é colocado na fita elástica ou de ruptura (810), a abertura circular que envolve a cabeça de fêmur (5) ou uma substituição artificial da mesma é expandida, e a cabeça de fêmur (5) ou uma substituição artificial da mesma é liberada do acetábulo artificial (65), ao qual a mesma é mantida por meio da fita elástica (810). Nas modalidades em que o dispositivo médico compreende uma fita de ruptura (810) mantendo a cabeça de fêmur (5) ou uma substituição artificial da mesma no acetábulo artificial (65), uma porção enfraquecida (811) da fita (810) e, assim, a abertura circular que envolve a cabeça de fêmur (5) ou uma substituição artificial da mesma é expandida e a cabeça de fêmur (5) ou uma substituição artificial da mesma é liberada do acetábulo artificial (65). Nas modalidades em que a fita (810) é uma fita elástica (810), é concebível que a fita (810) compreenda uma parte ou seção elástica ou que toda a fita (810) seja feita de um material elástico.
A figura 95b mostra o dispositivo médico, em corte, quando a fita elástica ou de ruptura (810), que sustenta a cabeça de fêmur (5) ou uma substituição artificial da mesma é colocada em uma luva circular (806), no acetábulo artificial (65). Uma abertura ou porção enfraquecida (811) é provida de modo perpendicular ao perímetro da fita (810).
A figura 96a mostra o dispositivo médico em um segundo estado, em que a cabeça de fêmur (5) ou uma substituição artificial da mesma é liberada da conexão com o acetábulo, após um predeterminado esforço ter sido disposto na fita elástica ou de ruptura (810). Conforme mostrado na figura 96b, o afastamento ou parte enfraquecida foi expandida, desse modo, permitindo à cabeça de fêmur ou uma substituição artificial da mesma passar através da abertura definida pela fita elástica ou de ruptura (810). O dispositivo médico pode ser adaptado para ser capaz de um modo não-invasivo mudar de um primeiro estado para um segundo estado, e do segundo estado para o primeiro estado, quando um predeterminado esforço é colocado sobre a fita (810), o que possibilita à cabeça de fêmur (5) ou uma substituição artificial da mesma ser substituída no acetábulo artificial (65), sem realização de um procedimento cirúrgico.
A figura 97 mostra o dispositivo médico de acordo com uma modalidade, em que o elemento de liberação (801) compreende uma aba elástica do acetábulo artificial (65), que é auxiliada por uma fita elástica ou de ruptura (810), que envolve o dispositivo médico mediante inclusão da cabeça de fêmur (5), ou uma substituição artificial da mesma, no dito acetábulo artificial (65), passando pelo ponto da cabeça de fêmur (5) ou de uma substituição artificial da mesma, tendo uma maior distância de seção transversal. A fita elástica ou de ruptura (810) é mantida no lugar, no acetábulo artificial (65), quando a fita (810) é colocada em uma fenda ao longo do perímetro do dito acetábulo artificial (65). Entretanto, a dita fenda pode ser auxiliada ou substituída por um adesivo ou um elemento mecânico de fixação.
A figura 98 mostra o dispositivo médico quando o mesmo está no seu segundo estado, em que o elemento de liberação (801) libera a cabeça de fêmur (5) ou uma substituição artificial da mesma, do acetábulo artificial (65). Nas modalidades em que a fita (810) é uma fita elástica (810) ela é expandida, desse modo, ampliando o furo através do qual a cabeça de fêmur (5) ou uma substituição artificial da mesma pode passar. Na modalidade em que a fita (810) é uma fita de ruptura, a fita (810) se submete a uma fraqueza e, desse modo, a cabeça de fêmur (5) ou uma substituição artificial da mesma é mantida no lugar somente através do elemento de liberação (801), o qual é adaptado para liberar a cabeça de fêmur (5) ou uma substituição artificial da mesma, sob um esforço previamente definido. O dispositivo médico pode ser adaptado para ser capaz de um modo não-invasivo de mudar de um primeiro estado para um segundo estado, e do segundo estado para o primeiro estado, quando um predeterminado esforço é colocado sobre a fita (810) e/ou sobre o elemento de liberação (801), o que possibilita à cabeça de fêmur (5) ou uma substituição artificial da mesma ser substituída no acetábulo artificial (65), sem realização de um procedimento cirúrgico.
A figura 99 mostra uma parte protética (818) de acordo com uma modalidade, em que a parte protética (818) é fixada ao osso femoral (7), e compreende uma cabeça de fêmur (812), compreendendo uma cavidade (816), adaptada de possibilitar a articulação de quadril a executar movimentos funcionais de articulação de quadril, enquanto em um primeiro estado, se sustenta no acetábulo artificial usando uma fita elástica (817), fixada a uma porção de fixação (814) da cabeça de fêmur artificial (812), a uma porção de fixação (815) do acetábulo artificial (65), e a um elemento de liberação (801), de acordo com a modalidade mostrada nas figuras 9 e 10. A combinação do elemento de liberação (801) e da fita elástica (817) é adaptada para em um primeiro estado manter a parte protética (818) no acetábulo artificial (65), e em um segundo estado, liberar a parte protética (818) do acetábulo artificial (65). De acordo com outra modalidade (não mostrado), a parte protética é mantida no acetábulo artificial (65) usando somente a fita elástica (817), logicamente, também suportada pelo restante da cápsula de articulação de quadril e músculos afetados.
A figura 100 mostra a modalidade do dispositivo médico de acordo com a figura 99, em um segundo estado, no qual a fita elástica (817) é esticada, de modo que a parte protética (818) é liberada do acetábulo artificial (65). A fita elástica (817) pode ser fixada a uma porção de fixação (814) da cabeça de fêmur artificial (812) e/ou a uma porção de fixação (815) do acetábulo artificial (65) usando: pelo menos um parafuso, pelo menos um pino, encaixe de forma, soldagem, uso de adesivo, pino, fio ou arame, uma esfera montada em um recipiente tipo bacia, uma porção macho de uma parte montada em uma porção fêmea da outra parte, uma chave introduzida dentro de um dispositivo de ferrolho constituindo porções das ditas partes, uma fita ou outros elementos mecânicos de conexão. A fraqueza da fita de ruptura (813), preferivelmente, é provocada por um movimento anormal da articulação de quadril, por exemplo, como resultado da queda de um paciente. Preferivelmente, a fita elástica (817) compreende uma parte ou seção elástica, que pode se constituir de toda a fita elástica (818), feita de um material elástico, tal como, um material de polímero elástico, como, por exemplo: um material de copolímero, como, por exemplo, poliestireno, poli(etileno-butileno) ou poliestireno. É também concebível que o material seja um material elastomérico de poliuretano, material elastomérico de poliamida, e material elastomérico de poliéster, copolímeros de etileno e pelo menos um monômero de vinila, tal como, por exemplo, acetatos de vinila, ácidos monocarboxílicos alifáticos insaturados, e ésteres desses ácidos monocarboxílicos. A fita elástica (813) pode compreender um revestimento tipo barreira, que não pode ser penetrado pelas células do corpo. Preferivelmente, o revestimento tipo barreira compreende um revestimento de Parileno ou um revestimento de metal biocompatível, tal como, ouro, prata ou titânio. De acordo com outras modalidades, a fita elástica compreende um elemento tipo mola, uma combinação de metal e materiais plásticos, uma combinação de metal e material à base de carbono ou uma combinação de carbono e material à base de plástico.
A figura 101 mostra uma seção da articulação de quadril, em uma modalidade em que o dispositivo médico compreende uma parte protética (819), adaptada para ser fixada ao osso femoral (7). A parte protética compreende uma cabeça de fêmur artificial, que é adaptada para compreender elementos elásticos (820), que atuam como um elemento de liberação da sustentação da cabeça de fêmur artificial no interior do acetábulo artificial (65), fixada ao osso pélvico. Os elementos elásticos (820) da cabeça de fêmur artificial, preferivelmente, são feitos de um material elástico, que, por exemplo, pode ser um material de polímero elastomérico ou um material de metal elástico. E concebível que o material elástico compreenda uma camada externa em conexão com o acetábulo artificial (65), que é adaptada para resistir ao desgaste do contato com a superfície de acetábulo artificial, dita camada podendo ser de material cerâmico. O elemento elástico é adaptado para se comprimir quando um predeterminado esforço é colocado na articulação de quadril e, desse modo, sobre os elementos elásticos (820). Quando os elementos elásticos (820) são comprimidos, a cabeça de fêmur artificial é liberada do acetábulo artificial (65).
A figura 102 mostra o dispositivo médico de acordo com a modalidade mostrada na figura 101, em um segundo estado, em que o elemento elástico (820) foi comprimido, após um predeterminado esforço ter sido colocado no dispositivo médico. O dispositivo médico, desse modo, é colocado em um segundo estado, no qual a cabeça de fêmur artificial é liberada do acetábulo artificial (65), onde a mesma está sendo mantida.
A figura 103 mostra uma modalidade do dispositivo médico na qual os elementos elásticos (820) são ainda auxiliados por uma mola (821), em conexão com dois elementos elásticos (820), a mola (821) sendo comprimida ao longo dos elementos elásticos (820), quando um predeterminado esforço é colocado na parte protética (819) que compreende a cabeça de fêmur artificial.
A figura 104 mostra uma superfície de acetábulo artificial expansível (65) sendo fixada no osso pélvico (9). A superfície de acetábulo artificial (650 é adaptada para se deslocar além do diâmetro máximo da cabeça de fêmur (5), desse modo, prendendo a cabeça de fêmur (5). Uma superfície de cabeça de fêmur artificial (45) foi provida na cabeça de fêmur (5), a cabeça de fêmur artificial passando além do diâmetro máximo da cabeça de fêmur (5), desse modo, prendendo a cabeça de fêmur (5). A construção com superfícies passando além do diâmetro máximo da cabeça de fêmur (5) possibilita uma fixação estável das superfícies de articulação de quadril e reduz o risco de luxação.
Uma diferente abordagem para a etapa de prover uma superfície de articulação de quadril artificial será agora descrita. Essa abordagem compreende as etapas de modelar uma superfície de articulação de quadril artificial no interior da articulação de quadril. Essas etapas podem ser executadas por meio de um molde; esse molde pode também usar partes humanas, tais como, cabeça de fêmur e/ou acetábulo, ou quaisquer das superfícies de articulação de quadril artificial.
A figura 105 mostra a etapa de colocação de um molde (81) no interior da articulação de quadril de um paciente humano, através de um furo (18) no osso pélvico (9). A etapa de colocação do dito molde (81) pode ser executada por meio de cirurgia ou por método laparoscópico/artroscópico.
As figuras 106a, 106b, 106c, 106d mostram uma abordagem alternativa para colocação do dito molde (81) na articulação de quadril de um paciente humano. A dita abordagem alternativa compreende as etapas de produzir um furo (82) no osso femoral (7), seguindo um eixo de extensão do colo de fêmur (6), dito furo começando no lado lateral da coxa, penetrando no córtex do osso femoral (7) e, eventualmente, alcançando o córtex da cabeça de fêmur (5) no interior da mesma, penetrando no dito córtex e entrando na articulação de quadril. Após a produção do furo (82) no osso femoral (7), o molde (81) é inserido na articulação de quadril através do furo (82), usando um instrumento cirúrgico adaptado para isso, conforme mostrado na figura 106b.
A figura 106c mostra o molde (82) quando está sendo inserido na articulação de quadril, usando o instrumento cirúrgico (83) adaptado para isso.
A figura 106d mostra o molde (82) após a inserção na articulação de quadril, e em que o instrumento cirúrgico usado para colocar o dito molde (82) na articulação de quadril é retraído, após a inserção ser completada.
É também concebível que a superfície de articulação de quadril seja provida, mediante modelagem da superfície de articulação de quadril no interior da dita articulação de quadril, sem o uso de um molde.
A figura 107 mostra a articulação de quadril, em corte, onde um primeiro elemento de vedação (84) é inserido através de um furo (18) no osso pélvico (9), usando um instrumento (85) adaptado para isso. A etapa de colocação do dito primeiro elemento de vedação (84) pode ser executada por meio de cirurgia ou por método laparoscópico/artroscópico.
A figura 108 mostra a articulação de quadril, em corte, onde um segundo elemento de vedação (86) é inserido através de método cirúrgico ou laparoscópico/artroscópico. Os primeiro e segundo elementos de vedação (84, 86) proporcionam um espaço vedado (87) entre o acetábulo (8) e a cabeça de fêmur (5) ou uma ou duas substituições artificiais das mesmas, adaptado para ser usado como um molde para a provisão de um acetábulo artificial (65) e/ou uma superfície de cabeça de fêmur (45)
As figuras 109a, 109b, 109c mostram uma abordagem alternativa para colocação do dito primeiro elemento de vedação (84) na articulação de quadril de um paciente humano. A dita abordagem alternativa compreende as etapas de produzir um furo (82) no osso femoral (7), seguindo um eixo de extensão do colo de fêmur (6), conforme mostrado na figura 46a, dito furo partindo do lado lateral da coxa, penetrando no córtex do osso femoral (7) e, eventualmente, alcançando o córtex da cabeça de fêmur (5) no interior da mesma, penetrando no dito córtex e entrando na articulação de quadril. Após a produção do furo (82) no osso femoral (7), o primeiro elemento de vedação (84) é inserido na articulação de quadril através do fiiro (82), usando um instrumento cirúrgico (88) adaptado para isso, conforme mostrado na figura 109c.
As figuras 110a, 110b, 110c mostram o instrumento cirúrgico adaptado para inserir um molde (81) e/ou um primeiro e segundo elemento de vedação (84, 86) na articulação de quadril de um paciente humano, através de um furo (18) no osso pélvico (9) ou um furo (82) no osso femoral (7).
A figura 110b mostra uma seção do instrumento cirúrgico (83, 85, 88), compreendendo um elemento tipo tubo para alojamento do molde (81) e/ou dos ditos primeiro e segundo elementos de vedação (84, 86). Um pistão (89) usado para transporte do dito molde (81) e/ou primeiro e segundo elementos de vedação (84, 86) dentro da articulação de quadril de um paciente humano é também mostrado.
A figura 110c mostra o instrumento cirúrgico (83, 85, 88) adaptado para inserir um molde (81) e/ou um primeiro e segundo elementos de vedação (84, 86) na articulação de quadril de um paciente humano, em que a segunda modalidade compreende ainda uma parte flexível ou curvada (91), melhorando o alcance do instrumento cirúrgico.
Após as etapas de provisão de um molde (81) ou de um espaço vedado (87), é injetado fluido no dito molde (81) ou no dito espaço vedado (87), através do furo (18) no osso pélvico (9) ou do furo (82) no osso femoral (7).
A figura 111 mostra uma seção da articulação de quadril, em que um elemento de injeção (92) injeta um fluido (93) dentro de uma área vedada (87) na articulação de quadril, através de um furo (18) no osso pélvico (9), no lado oposto do acetábulo (8). A dita área vedada (87) é vedada por meio de um primeiro e segundo elementos de vedação (84, 86). O elemento de injeção (92) compreende um pistão (94) que empurra o dito fluido (93) dentro da área vedada (87).
A figura 112 mostra uma seção da articulação de quadril, em que um elemento de injeção (92) injeta um fluido (93) dentro de um molde (81) na articulação de quadril, através de um furo (82) no osso femoral (7). O elemento de injeção (92) compreende um pistão (94) que empurra o dito fluido (93) dentro do molde (81).
A figura 113 mostra uma seção da articulação de quadril, em que um elemento de injeção (92) injeta um fluido (93) dentro de uma área vedada (87) na articulação de quadril, através de um furo (82) no osso femoral (7). A área vedada (87) é vedada por meio de pelo menos um primeiro elemento de vedação (84). O elemento de injeção (92) compreende um pistão (94) que empurra o dito fluido (93) dentro da área vedada (87).
A figura 114 mostra a área vedada (87), vedada pelos primeiro e segundo elementos de vedação (84, 86), juntamente com a cabeça de fêmur (5) e o osso pélvico (9). Um fluido adaptado para ser endurecido (93) foi injetado dentro da dita área vedada e após o endurecimento do dito fluido, é proporcionada pelo menos uma superfície de articulação de quadril.
A figura 115 mostra uma seção lateral do corpo humano, em que um elemento de injeção (92) injeta um fluido dentro de um molde (81) na articulação de quadril, através de um furo (18) no osso pélvico (9), no lado oposto do acetábulo (8).
Após o elemento de injeção (92) ter injetado um fluido (93) dentro de um molde (81) ou de uma parte vedada (87), o mesmo é retirado dessa área. O molde (81) e os primeiro e segundo elementos de vedação (84, 86) de acordo com quaisquer das modalidades pode ser ainda adaptado para ser reabsorvido pelo corpo humano ou para se derreter após ter cumprido a sua finalidade.
Após pelo menos uma superfície de articulação de quadril ter sido provida através de um furo (18) no osso pélvico (9), de acordo com quaisquer das modalidades acima, o dito furo (18) precisa ser fechado.
Todas as modalidades descritas acima correlacionadas a um molde, moldagem ou injeção, onde a injeção pode ser feita por um espaço criado no tecido humano ou por quaisquer instrumentos correlacionados a qualquer método acima, inserindo qualquer parte através da cápsula de articulação de quadril. Tanto o primeiro como o segundo elemento de vedação podem ser inseridos dessa maneira.
A figura 116 mostra a articulação de quadril de um paciente humano, em corte, em que um tampão ósseo (31) é colocado no furo (18) no osso pélvico (9), para fechar o dito furo (18). De acordo com uma primeira modalidade, a superfície de acetábulo artificial (65) compreende elementos de suporte (94) que suportam a carga colocada no acetábulo (8), proveniente do peso do paciente humano, através do contato com a cabeça de fêmur (5). Os ditos elementos de suporte podem ser adaptados para serem elementos de suporte deslocáveis (97). O tampão ósseo (31) pode ser fixado à superfície de acetábulo artificial (11) e/ou ao osso pélvico (9) por meio de cimento ósseo, adesivo, pelo menos um parafuso, pelo menos um pino, pelo menos uma porção de pelo menos uma das partes adaptada para ser introduzida na outra parte, as partes sendo adaptadas para deslizarem entre si, encaixe de forma, soldagem, uso de adesivo, pino, fio ou arame, uma esfera montada em um recipiente constituindo porções das ditas partes, uma porção macho de uma parte montada em uma porção fêmea da outra parte, uma chave introduzida dentro de um dispositivo de ferrolho constituindo porções das ditas partes, uma fita ou outros elementos mecânicos de conexão.
A figura 117 mostra a articulação de quadril de um paciente humano, em corte, em que o tampão ósseo (31) colocado no furo (18) no osso pélvico (9) é ainda suportado por meios de suporte (96), colocados entre o tampão ósseo (31) e o osso pélvico (9), no lado oposto do acetábulo (8), usando pelo menos um de: cimento ósseo, adesivo, pelo menos um parafuso, pelo menos um pino, pelo menos uma porção de pelo menos uma das partes adaptada para ser introduzida na outra parte, as partes sendo adaptadas para deslizarem entre si, encaixe de forma, soldagem, uso de adesivo, pino, fio ou arame, uma esfera montada em um recipiente constituindo porções das ditas partes, uma porção macho de uma parte montada em uma porção fêmea da outra parte, uma chave introduzida dentro de um dispositivo de ferrolho constituindo porções das ditas partes, uma fita ou outros elementos mecânicos de conexão.
A figura 118 mostra um tampão ósseo (31) ou uma parte protética (98) compreendendo diversos elementos de suporte deslocáveis, adaptados para suportar a carga colocada no acetábulo (8) proveniente do peso do paciente, através do contato com a cabeça de fêmur (5). As partes deslocáveis (97) são deslocadas dentro de uma parte correspondente na borda do furo (18), no osso pélvico (9).
De acordo com uma segunda modalidade, o fechamento do furo (18) no osso pélvico é feito por meio de uma parte protética (98).
A figura 119a mostra a parte protética (98) sendo inserida dentro de um furo (18) no osso pélvico (9), no lado oposto do acetábulo (8). De acordo com uma modalidade, a parte protética (98) compreende elementos de suporte (99), adaptados para corresponder com seções (100) do furo (18) no osso pélvico (9). Após a parte protética (98) ter sido inserida dentro do dito furo (18) no osso pélvico (9), a mesma é girada, de modo que os elementos de suporte (99) entram em contato com o osso pélvico (9) e podem suportar a carga colocada no acetábulo (8) proveniente do peso do paciente humano, através do contato com a cabeça de fêmur (5). A dita parte protética (98) pode ser também adaptada para funcionar como uma superfície de acetábulo artificial (65), de acordo com quaisquer das modalidades acima mencionadas.
A figura 119b mostra a parte protética (98) quando girada, para suportar a carga colocada no acetábulo (8), proveniente do peso do paciente humano, através do contato com a cabeça de fêmur (5).
Esses meios de suporte podem ser construídos de diversas e diferentes maneiras e isso pode ser observado como exemplos.
A figura 119c mostra a articulação de quadril de um paciente humano, em corte, em que a parte protética (98) fecha o furo (18) no osso pélvico (9), e suporta a carga colocada no acetábulo (8), proveniente do peso do paciente humano, através do contato com a cabeça de fêmur (5), por meio dos elementos de suporte (99). A parte protética (98) pode ser ainda fixada ao osso pélvico (9) por meio de cimento ósseo, adesivo, pelo menos um parafuso, pelo menos um pino, pelo menos uma porção de pelo menos uma das partes adaptada para ser introduzida na outra parte, as partes sendo adaptadas para deslizarem entre si, encaixe de forma, soldagem, uso de adesivo, pino, fio ou arame, uma esfera montada em um recipiente constituindo porções das ditas partes, uma porção macho de uma parte montada em uma porção fêmea da outra parte, uma chave introduzida dentro de um dispositivo de ferrolho constituindo porções das ditas partes, uma fita ou outros elementos mecânicos de conexão.
A figura 120 mostra a articulação de quadril de um paciente humano, em corte, em que um tampão ósseo (31) ou uma parte protética (98) é fixada ao osso pélvico (9), por meio de parafusos (101) colocados no lado oposto do acetábulo (8). Os parafusos (101) são possíveis de colocação em diferentes ângulos, dependendo do alcance ou necessidade de suporte. Essa construção pode ser executada de diversas e diferentes maneiras.
A figura 121 é uma ilustração esquemática do osso pélvico, em corte. O osso pélvico compreende um córtex interno (201a), colocado no lado abdominal do osso pélvico (AB), e um córtex externo (201b), colocado no lado do acetábulo do osso pélvico (AC). O córtex interno e o córtex externo (201a, 201b) compreendem o osso cortical, que é um osso esclerótico mais denso. O osso pélvico compreende ainda o osso esponjoso (202), colocado na medula óssea, entre o dito córtex interno (201a) e o dito córtex externo (201b). Os elementos de suporte do dispositivo médico de acordo com quaisquer das modalidades acima, podem ser adaptados para se disporem em contato com o exterior do córtex interno (201a), como um elemento de suporte (203), ou ser colocado no interior do córtex interno (201a) como um elemento de suporte (204), que possibilita ao elemento de suporte suportar aas cargas na direção do abdômen (AB), assim como, na direção do acetábulo (AC). É ainda concebível que o elemento de suporte seja colocado na metade do córtex interno (201a) e do córtex externo (201b), no osso esponjoso, como um elemento de suporte (205), em cujo caso o elemento de suporte pode se dispor em contato com o córtex interno (201a), no interior do mesmo, e também com o córtex externo (201b), no interior do mesmo, o que possibilita ao elemento de suporte suportar cargas na direção do abdômen (AB), assim como, na direção do acetábulo (AC). Além disso, os elementos de suporte podem ser adaptados para se disporem em contato com o exterior do córtex externo (201b), como um elemento de suporte (207), ou ser colocado no interior do córtex externo (201b), como um elemento de suporte (206), o que possibilita ao elemento de suporte suportar cargas na direção do abdômen (AB), assim como, na direção do acetábulo (AC).
A figura 122a mostra a articulação de quadril de um paciente humano, em corte, em que um tampão ósseo (31) ou uma parte protética (98) é fixada ao osso pélvico (9) por meio de uma placa (102), pelo menos parcialmente cobrindo o dito tampão ósseo (31) ou parte protética (98). De acordo com uma primeira modalidade, a placa (102) é fixada ao osso pélvico (9) por meio de parafusos (103), colocados no lado oposto do acetábulo (8). Entretanto, é também concebível que os ditos parafusos (103) possam ser substituídos ou auxiliados por cimento ósseo, adesivo, encaixe de forma, meios de soldagem, talas, fita ou algum outro elemento mecânico de conexão.
A figura 122b mostra a articulação de quadril de um paciente humano, em corte, em que dois tampões ósseos ou as partes protéticas (98) são fixados ao osso pélvico (9) por meio de uma placa (102), pelo menos parcialmente cobrindo os ditos tampões ósseos (31) ou partes protéticas (98).
De acordo com uma primeira modalidade, a placa (102) é fixada ao osso pélvico (9) por meio de parafusos (103), colocados no lado oposto do acetábulo (8). Entretanto, é também concebível que os ditos parafusos (103) possam ser substituídos ou auxiliados por cimento ósseo, adesivo, encaixe de forma, soldagem, talas, fitas ou algum outro elemento mecânico de conexão. A figura 122b mostra também a superfície de acetábulo artificial (65).
A figura 122c mostra a articulação de quadril de um paciente humano, em corte, em que dois furos (18) no osso pélvico foram cobertos por meio de um fluido injetado dentro dos ditos furos (18), através de elementos de vedação (104), dito fluido (93) adaptado para ser endurecido. Além disso, foi proporcionada uma placa (102), para, pelo menos parcialmente, cobrir os ditos furos (18). De acordo com uma primeira modalidade, a placa (102) é fixada ao osso pélvico (9) por meio de parafusos (103), colocados no lado oposto do acetábulo (8). Entretanto, é também concebível que os ditos parafusos (103) possam ser substituídos ou auxiliados por cimento ósseo, adesivo, encaixe de forma, soldagem, talas, fitas ou algum outro elemento mecânico de conexão. A figura 122c mostra a superfície de acetábulo artificial (65) e a superfície de cabeça de fêmur artificial (45).
A figura 123a mostra um elemento de injeção (105) para injetar um fluido adaptado para ser endurecido (93), preferivelmente, cimento ósseo ou adesivo a ser usado como suporte no fechamento do furo (18), no osso pélvico (9). O elemento de injeção (105) compreende um pistão (94) que empurra o dito fluido (93) para a área que é desejada.
A figura 123b mostra o elemento de injeção (105), na forma de como o mesmo é inserido através da pele (106) de um paciente humano, em um procedimento cirúrgico ou em um método laparoscópico/artroscópico, e sendo ainda colocado em conexão com a articulação de quadril, através do fiiro (18) no osso pélvico (9). O elemento de injeção (105) é adaptado para injetar um fluido (93), adaptado para ser endurecido.
A figura 124 mostra o elemento de injeção (105), de acordo com quaisquer das modalidades acima, adaptado para injetar fluido (93) em um molde (81), uma área vedada (87) ou uma área de conexão entre o osso pélvico (9) e uma parte protética, o osso pélvico (9) e um tampão ósseo (31) ou cabeça de fêmur (5), e uma parte protética. O dito elemento de injeção (105) compreende um recipiente (107), adaptado para manter um fluido para injeção. De acordo com uma primeira modalidade, o dito recipiente (107) compreende dois compartimentos (108a, 108b), adaptados para manter dois diferentes fluidos, ditos fluidos sendo adaptados para serem endurecidos quando misturados. Na modalidade em que o recipiente (107) é adaptado para manter dois fluidos, é concebível que o elemento de injeção (105) compreenda ainda um elemento de mistura (109), em que os ditos dois fluidos são misturados antes da injeção. De acordo com uma segunda modalidade (não mostrada), um recipiente é adaptado para manter o dito fluido estéril. De acordo com uma terceira modalidade(não mostrada), um recipiente é adaptado para manter o dito fluido frio e de acordo com uma quarta modalidade (não mostrada), um recipiente é adaptado para manter o dito fluido em um ambiente escuro. Além disso, uma combinação das modalidades acima mencionadas é concebível.
Após a etapa de fechamento do furo no osso pélvico do paciente humano ser concluída, todos os instrumentos são retirados e a etapa final do procedimento cirúrgico ou método laparoscópico/artroscópico é realizada. A etapa final compreende a sutura ou procedimento de grampeamento do tecido afetado e, finalmente, sutura ou procedimento de grampeamento da pele do paciente.
A figura 125a mostra a etapa de sutura (110) ou grampeamento (111) da pele (106) do paciente humano no método cirúrgico, enquanto a figura 125b mostra a etapa de sutura (110) ou grampeamento (111) da pele (106) do paciente no método laparoscópico/artroscópico. O método laparoscópico/artroscópico pode não precisar de nenhuma sutura.
A figura 126 mostra o paciente humano em uma vista frontal, quando um sistema de lubrificação implantável (120) foi implantado. O sistema de lubrificação implantável (120) é adaptado para injetar um fluido lubrificante continuamente, de modo intermitente ou quando necessário, na dita articulação de quadril. De acordo com a modalidade mostrada na figura 126, o sistema de lubrificação implantável compreende duas unidades interconectadas (121, 122). As duas unidades interconectadas são colocadas na região abdominal do paciente humano, ficando em conexão com a articulação de quadril através de um elemento de transferência de fluido (129).
A figura 127 mostra o sistema de lubrificação implantável (120)em maiores detalhes. De acordo com a modalidade mostrada, o sistema de lubrificação implantável compreende uma primeira unidade (121), compreendendo um elemento de bombeamento (123), adaptado para bombear o fluido lubrificante de um reservatório (127) para uma área da articulação de quadril. A primeira unidade (121) compreende ainda uma porta de injeção (125) para enchimento do reservatório (127), a partir do exterior do corpo humano, sem ter de executar um procedimento cirúrgico. A porta de injeção (125) compreende uma membrana auto-vedante, que pode ser penetrada com uma agulha fixada a uma seringa. A primeira unidade (121) compreende ainda um receptor de energia sem fio (124), preferivelmente, compreendendo uma bobina. O dito receptor de energia sem fio é usado para carregar uma bateria (126). De acordo com essa modalidade, o sistema de lubrificação implantável (120) compreende ainda uma segunda unidade (122), que, por sua vez, compreende uma bateria (126) e um reservatório de fluido (127). O fluido lubrificante (128) é bombeado do reservatório, através da primeira unidade (121), mediante o dispositivo de bombeamento, através do elemento de transferência de fluido (129), e para dentro da área da articulação de quadril, onde auxilia a lubrificação das superfícies da articulação de quadril. O fluido lubrificante, preferivelmente, é um fluido lubrificante biocompatível, como, por exemplo, ácido hialurônico.
A figura 128 mostra o sistema de lubrificação implantável de acordo com uma modalidade, em que o sistema de lubrificação implantável é um sistema de lubrificação circulante, compreendendo uma entrada (130) dentro da articulação a ser lubrificada e uma saída (131). Preferivelmente, esse sistema é um sistema para lubrificação contínua, em que o elemento de bombeamento (123) continuamente circula o fluido lubrificante (128) no interior da articulação de quadril.
A figura 129 mostra um sistema de lubrificação implantável, para lubrificação circulante, em que o sistema de lubrificação compreende ainda um elemento de filtração (132) para filtrar o fluido lubrificante. O filtro é adaptado para ser de auto- limpeza, e a material filtrada fora é disposta através do canal de descarte (133), dentro do abdômen do paciente humano ou dentro de um recipiente fixado no canal de descarte (133). Através da filtração do fluido lubrificante (128), o sistema de lubrificação circulante pode operar por longos períodos sem necessidade de nenhum procedimento cirúrgico.
O dispositivo médico de acordo com quaisquer das modalidades pode compreender pelo menos um material selecionado do grupo que consiste de politetrafluoretileno (PTFE), perfluoroalcoxi (PFA) e etilenopropileno fluorado (FEP). Também, é ainda concebível que o material compreenda uma liga de metal, tal como, cobalto-cromo-molibdênio, ou titânio ou aço inoxidável, ou polietileno, tal como, polietileno reticulado, ou polietileno esterilizado por gás. O uso de material cerâmico é também concebível nas superfícies de contato de todo o dispositivo médico, tal como, cerâmica de zircônio ou de dióxido de zircônio, ou cerâmica de alumina. A parte do dispositivo médico em contato com o osso humano, para fixação do dispositivo médico ao osso humano pode compreender uma estrutura de alojamento fraca, que pode ser uma estrutura micro ou nano porosa, adaptada para promover o crescimento interno do osso humano no dispositivo médico, para fixação do dito dispositivo médico. A estrutura porosa pode ser obtida mediante aplicação de um revestimento de hidróxi-apatita (HA), ou um revestimento bruto de titânio de poro aberto, que pode ser produzido por pulverização de plasma a ar, sendo também concebível uma combinação compreendendo um revestimento de titânio bruto de poro aberto com uma camada de topo de (HA). As partes de contato podem ser feitas de material auto-lubrificado, tal como, polímero de cera, como, por exemplo, PTFE, PFA, FEP, PE e UHMWPE ou um material de pó metalúrgico que pode ser infundido com um lubrificante, que, preferivelmente, é um lubrificante biocompatível, tal como, derivado de ácido hialurônico. Também, é concebível que o material das partes ou superfícies de contato do presente dispositivo médico sejam adaptadas para serem constantemente ou intermitentemente lubrificadas. De acordo com algumas modalidades, as partes ou porções do dispositivo médico podem compreender uma combinação de materiais de metal e/ou fibras de carbono e/ou boro, uma combinação de metal e materiais plásticos, uma combinação de metal e material à base de carbono, uma combinação de carbono e material à base de plástico, uma combinação de materiais flexíveis e materiais rígidos, 5 uma combinação de materiais elásticos e materiais menos elásticos, polímeros de Corian® ou polímeros acrílicos.
Portanto, deve ser observado que qualquer modalidade ou parte de modalidade, assim como, qualquer método ou parte de método podem ser combinados em qualquer modo. Todos os exemplos aqui apresentados devem ser vistos como parte 10 da descrição geral e, portanto, possíveis de combinar em termos gerais, em qualquer maneira.