BR102022020308A2 - Órtese para reabilitação da mão - Google Patents

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Abstract

A presente patente de invenção, da área de indústria de equipamentos médico hospitalar, especialmente àqueles utilizados em tratamentos no campo da ortopedia (lesões ligamentares, musculares, nervos periféricos, fraturas, rigidez articular, imobilizações protetoras, e outros), neurologia (traumatismos crânio encefálicos — TCE), fisiatria (lesões ligamentares, musculares, nervos periféricos), reumatologia (artrite reumatóide, rizartrose, artroses, desgastes articulares em geral) e correlatos, refere-se a um modelo especial de órtese para reabilitação da mão, dedicada a controlar e aumentar sua mobilidade, com a finalidade de corrigir desvios e contraturas articulares aumentando a funcionalidade.

Description

[001] A presente patente de invenção, da área de indústria de equipamentos médico hospitalar, especialmente àqueles utilizados em tratamentos no campo da ortopedia (lesões ligamentares, musculares, nervos periféricos, fraturas, rigidez articular, imobilizações protetoras, e outros), neurologia (traumatismos crânio encefálicos — TCE), fisiatria (lesões ligamentares, musculares, nervos periféricos), reumatologia (artrite reumatóide, rizartrose, artroses, desgastes articulares em geral) e correlatos, refere-se a um modelo especial de órtese para reabilitação da mão, dedicada a controlar e aumentar sua mobilidade, com a finalidade de corrigir desvios e contraturas articulares aumentando a funcionalidade.
[002] Diversos tipos e modelos de órteses para reabilitação dos movimentos das mãos já são do conhecimento do estado da técnica e sua adoção representam um recurso importante na reabilitação da mão. As órteses delicadamente controlam, preservam, modificam e aumentam a mobilidade da mão corrigindo desvios e contraturas articulares, retrações tendinosas e cicatriciais e dessa maneira, proporcionam tratamentos menos dolorosos e mais modernos em períodos de recuperação muitas vezes mais curtos. Quando associadas aos exercícios e atividades terapêuticas, propiciam um processo de reabilitação mais eficaz com resultados finais mais satisfatórios.
[003] A prescrição das órteses é feita de forma clara, em função do tratamento indicado para o paciente, dentro de seus seguintes tipos: (a) Estática ou dinâmica - que mobiliza ou contenha um movimento; (b) De moldagem dorsal ou ventral; (c) Articular - dedicada a qual articulação está sendo tratada, seja punho, IFP, IFD, MF, etc; (d) Direcional - dedicada à direção do movimento da mão (flexão/extensão, abdução/adução, rotação interna/externa, desvio ulnar e radial); (e) órteses funcionais - feitas em materiais rígidos (termoplásticos) e definem os ângulos de atuação do polegar.
[004] Na sua aplicação os arcos da mão devem ser protegidos para servir as estruturas anatômicas normais e proporcionar contorto. Existem três arcos na mão: arco transversal; arco longitudinal e arco transversal proximal. O resultado da combinação desses três arcos é denominado círculo central. Uma órtese mal adaptada aos arcos da mão pode causar a inversão dos mesmos, impedindo que a mão se arque para acomodar objetos, ou podem causar um fechamento dos mesmos, dificultando desta maneira que a mão se espalme. Neste particular, as pregas palmares da mão são pontos de referência de superfícies importantes e elas devem ficar totalmente livres para permitir a flexão e extensão total das articulações. A órtese que ultrapassa uma prega causa um bloqueio da mobilidade desta articulação.
[005] Áreas problemáticas, incluindo as articulações metacarpofalangeanas, a base do 1° metacarpiano, os processos estilóide do rádio e da ulna, o pisiforme e os epicôndilos lateral e medial do úmero, devem ser mantidos livres ou com espaço suficiente, por meio da moldagem precisa, evitando dessa maneira que elas sofram pressão ou atrito exagerado. Da mesma forma é importante evitar sobrecarga às estruturas ligamentares das articulações. A preservação da tensão correta dessas estruturas é outro princípio anatômico fundamental.
[006] Os ligamentos são responsáveis pela estabilidade das articulações e pelo direcionamento das mesmas e desta forma é importante que suas funções sejam preservadas. A aplicação de forças incorretas pode causar estiramento desigual dos ligamentos colaterais, dor, edema e ocasionalmente ruptura do tecido ligamentar.
[007] É importante evitar o estresse dos ligamentos nas articulações durante o uso de órteses. Estresse lateral nas articulações, particularmente com órteses dinâmicas, pode causar inadequado estiramento dos ligamentos colaterais. Nas órteses estáticas, semelhante consideração deve ser seguida para evitar estresse dos ligamentos. Um exemplo a ser citado, pode ser o estiramento do primeiro espaço interdigital durante a construção da órtese para manter este espaço. O ligamento colateral ulnar do polegar pode sofrer facilmente um estresse caso o terapeuta desloque o polegar excessivamente em abdução radial ou palmar. A posição ideal é em semi-abdução.
[008] O ramo superficial do nervo radial é particularmente vulnerável a sofrer compressão durante o uso de uma órtese na base do antebraço. Órteses de antebraço, confeccionadas em material rígido, não devem alongar-se além da parte médio-lateral do antebraço. Se a borda radial da órtese do antebraço terminar além da parte médio-lateral, próximo ao dorso do polegar, o ramo superficial do nervo radial pode ser comprimido. A órtese em questão não traz este risco ao paciente uma vez que é confeccionada em neoprene, que é flexível permitindo a modelagem anatômica e individualizada. Esta órtese cobre 360 graus a mão do paciente.
[009] Quanto ás características mecânicas das órtese existem os modelos: (a) Estático: não apresenta partes móveis, que é utilizada para mantém a articulação em determinada posição visando diminuir uma inflamação, proteger a cicatrização óssea e de estruturas recém reparadas, diminuir a dor, reduzir a aderência e prevenir contraturas; (b) Estático Seriado: que é indicada para aumentar e acomodar o aumento de ADM (amplitude de movimento) e diminuir aderências; (c) Estático Progressivo: que utiliza parafusos e anéis para aumentar e acomodar o ganho de ADM e diminuir aderências; (d) "Drop-out": que é utilizada para bloquear o movimento da articulação em determinada direção e permitir em outra e aumentar a ADM com o auxílio da movimentação ativa; (e) Articulado: que é composto por dois componentes estáticos conectados por uma articulação, utilizada para possibilitar o movimento em um determinado plano, enquanto protege o osso proximal e distalmente, bem como a cápsula e o ligamento no plano perpendicular, possibilitando um arco de movimento especifico; (f) Dinâmico: que é composto por partes móveis ajustáveis, para aumentar a ADM, substituir músculos fracos, fortalecer músculos com controle de articulações proximais e oferecer controle da excursão funcional do músculo; (g) Funcionais: que são direcionadas às pessoas que necessitam de um melhor posicionamento das mãos para obter função e executar atividades com as mãos e ao mesmo tempo melhorar este desempenho.
[010] No caso específico de órteses funcionais para as mãos, confeccionadas artesanalmente em materiais alternativos, tais como lona, brim, entre outros tecidos, e neoprene, apresentam problemas, uma vez que não permitem recortes para reajustes de tamanhos. Este fato ocorre em função dos materiais utilizados serem costurados e/ou vulcanizados e não permitirem cortes ao longo da costura que fixam suas peças.
[011] Em buscas realizadas nos bancos de patentes, foram encontradas algumas patentes relacionadas à órteses para reabilitação do polegar, mas nenhuma tem a finalidade e características técnicas da tecnologia descrita na presente patente.
[012] A patente US2021369480 (BR1120200109029) apresenta uma órtese para o suporte de uma junta, adaptada ao polegar, que é composta por um elemento principal tipo manga feito de um material elástico e adaptado para envolver a junta e as partes distal e proximal do membro. Possui também uma estrutura elasticamente deformável alojado em um bolso formado no elemento principal e um dispositivo de envolvimento não elástico para envolver o elemento principal. A estrutura possui uma seção transversal ocupando mais de 30% do perímetro do membro, apresentando baixa rigidez estrutural para atuar no polegar, necessitando imobilizar o punho. A órtese em questão não define o tamanho de forma precisa, pois ela está descrita para uso nos acometimentos do polegar e punho, sendo assim, envolvendo uma área muito maior que a necessária para aplicação da tecnologia proposta, imobilizando regiões que vão além da articulação Carpometacarpiana do polegar. Órteses destinadas a beneficiar funcionalmente e proteger o polegar não necessitam imobilizar o punho.
[013] Já a patente US2017071794 (BR1120160201205) apresenta uma órtese de compressão que é composta por uma luva tubular, tricotada a partir de fios elásticos cobrindo pelo menos o braço e a mão, até a inserção das falanges nos ossos metacarpo da mão, e uma saliência com o objetivo de cobrir parcialmente o polegar em torno da circunferência do mesmo. A luva tubular é tricotada usando fios termoaglutinantes que se ligam a uma temperatura determinada. Tal luva apresenta uma malha tubular compressiva que não tem como objetivo tratar a articulação Carpometacarpiana do polegar, não sendo aplicada para a mesma área da órtese proposta na presente patente.
[014] A patente US2016206464 (BR1120160036875) apresenta uma órtese para mão para estabilização do polegar usada para tratamento de Rizartrose. A órtese é composta por uma peça principal que possui uma parte em forma de luva ajustada ao polegar que se estende até a zona de dobra entre o polegar e a palma da mão. Possui também um elemento conformado para envolver uma zona da mão que se estende ao longo do metacarpiano do polegar entre o dorso e a palma da mão, contendo uma abertura para a passagem da palma da mão. A peça principal é fabricada de maneira a não cobrir a zona de dobra entre o polegar e a palma da mão, sendo fabricada em um material elástico. O modo como tal órtese envolve o punho e o corpo da mão é pré-definido, não proporcionando ajuste em casos como edema e/ou atrofias além de ganho de volume muscular durante o tratamento. A parte rígida que cobre a articulação Carpometacarpiana do polegar possui pontas que poderão traumatizar a pele e estruturas adjacentes durante a execução de atividades. A “ÓRTESE PARA REABILITAÇÃO DA MÃO” proposta na presente patente envolve o punho e o corpo da mão de forma não pré-definida, por utilizar velcro. Desta forma proporciona e permite ajuste de volume desta área em casos como edema e/ou atrofias, além de ganho de volume muscular durante o tratamento. A parte rígida que cobre a articulação Carpometacarpiana do polegar possui o formato redondo para evitar pontas que poderão traumatizar pele e estruturas adjacentes durante a execução de atividades. O envoltório ou bolsa que envolve a parte rígida permite a retirada do material rígido. Desta forma, permite a retirada desta parte, caso indicado, para o início do tratamento de rizartrose.
[015] A patente US2019053931 (BR1120140264899) apresenta uma órtese para fixação da mão para imobilização do carpo e metacarpo do polegar. Ela possui um elemento rígido, que contém um segmento que envolve o metacarpo e um segmento para envolver o polegar. Tal elemento rígido não permite ajuste dinâmico dos ângulos de amplitude e em tamanhos padronizados, impactando negativamente na funcionalidade e conforto do polegar envolvido. A “ÓRTESE PARA REABILITAÇÃO DA MÃO” proposta na presente patente é capaz de promover estabilização, imobilização fisiológicas ou funcionais, permitindo a proteção articular que a articulação Carpometacarpiana do polegar necessita.
[016] A patente DE102013017167 apresenta uma órtese para o polegar com uma bainha para envolver o polegar e uma cinta de fixação com um orifício para a passagem do polegar. A órtese possui uma tala, disposta no interior da bainha do polegar, que é constituída por um material moldado à forma do polegar, podendo ser um plástico ou um metal. A órtese tem o objetivo de ajustar o grau de liberdade de movimento restante no polegar de forma contínua, cobrindo a menor porção possível da palma da mão. Nesta órtese, sua parte rígida não abrange as porções central e dorsal da articulação carpometacarpiana do polegar, abrangendo apenas a articulação metacarpofalangeana. Desta forma, não gera proteção à articulação carpometacarpiana do polegar.
[017] A patente DE102020105011 apresenta uma órtese para a articulação em sela do polegar para aliviar os sintomas de uma doença do tipo degenerativa, inflamatória e reumática. Tal órtese possui uma concha que abrange a articulação carpal proximal distalmente à articulação Carpometacarpiana do polegar. Possui também uma tala que se estende da concha até a junta da extremidade do polegar e um suporte com uma articulação mecânica com a função de exercer uma força de tração na articulação da sela do polegar para aliviar a articulação. Nesta órtese o apoio no polegar é escasso, contendo pouco material para estabilização do polegar. Também permite uma movimentação indesejável do aparelho durante a execução de atividades, comprometendo o tratamento de proteção da articulação Carpometacarpiana do polegar.
[018] A patente US2022023084 apresenta uma órtese de polegar constituída por um corpo de extensão que possui uma elasticidade de flexão e que serve para estender o polegar e o dedo indicador. Além disso, a órtese de polegar possui dispositivos de retenção para fixar a órtese à mão do usuário. Tal órtese tem a função de corrigir um desalinhamento do polegar na articulação em sela. Contudo, os ângulos de amplitude do polegar são definidos por meio da movimentação da articulação Carpometacarpiana do polegar. Esta órtese abrange outra articulação denominada Metacarpofalangeana, não auxiliando diretamente aos acometimentos na articulação Carpometacarpiana do polegar.
[019] A patente US2021393429A1 apresenta uma órtese de mão e punho incluindo uma manga com uma porção proximal moldada na parte do antebraço que se estende até o pulso e uma porção distal moldada na parte da mão que se estende da base das articulações metacarpofalângicas dos dedos até o punho. A porção distal possui aberturas para a passagem do polegar e dos outros dedos da mão. A porção proximal é moldada para se adaptar ao punho e ao antebraço, coberta pela manga. A manga é moldada para restringir o movimento de flexão do punho em direção ao lado palmar da mão, sendo feita de um material elástico. Tal órtese não abrange a articulação Carpometacarpiana do polegar não sendo diretamente relacionada ao presente pedido de patente.
[020] A presente patente de invenção apresenta, uma órtese funcional, pré- fabricada industrialmente e padronizada, desenvolvida para atender a vários tipos de mãos, que oferece maior comodidade e praticidade no uso, além de fácil ajuste, podendo ser vulcanizada e/ou costurada nos locais de ajuste (borda distal do polegar e prega das articulações).
[021] Trata-se de uma órtese que pode ser produzida em vários padrões de tamanhos diferentes, contendo uma tala de material rígido, sendo termoplástico, polipropileno, metal, polímeros diversos, sem restrições quanto ao tipo de material, para ganho de extensão do punho e semi-abdução da articulação Carpometacarpiana do polegar, que permite uma fácil moldagem da tala (sob medida) de acordo com a angulação da mão de cada paciente e que pode, inclusive, ser utilizada na prevenção de problemas articulares. Constituída de segmentos de neoprene unidos uns aos outros por tiras de borracha vulcanizada, e/ou costura, e/ou colada, sem restrições, ela substitui com vantagens os modelos convencionais que são praticamente manufaturados (feitos a mão), costurados podendo conter ou não a tala de material rígido. Modelos estes, que ferem a pele e impossibilitam recortes, para redução da extensão da proteção do polegar, da palma e do dorso da mão, porque uma vez cortada, a costura tende a desmanchar-se perdendo a utilidade e modelagem.
[022] Na presente órtese, a tala de material rígido substitui com vantagem as convencionais, produzidas a partir de materiais que muitas vezes não se ajustam anatomicamente em função das diversas angulações individuais, e permite uma modelagem facilitada, prática e funcional de acordo com a anatomia de cada paciente.
[023] Sua utilização não causa marcas na pele, não desenvolve escaras de contato, não fere a pele e possibilita uma maior amplitude de movimentos (maior do que as órteses confeccionadas em materiais rígidos oferecem) e permite uma regulagem fina das angulações da articulação do punho (articulação extremamente importante para a funcionalidade da mão, uma vez que permite, por meio de sua posição de extensão, a atuação máxima dos dedos, tanto com relação à força quanto habilidade) e da articulação carpometacarpiana do polegar em semi-abdução o que permite a abertura ou abdução do polegar a partir da base deste dedo evitando lesões aos ligamentos localizados nas demais articulações metacarpo- falangeana e interfalangeana, além desta regulagem também ser bastante flexível.
[024] A órtese para mão, objeto desta patente, com seus detalhes construtivos e sua aplicação prática, pode ser mais bem compreendida reportando- se as figuras relacionadas a seguir, contendo referências numéricas em conjunto com sua descrição técnica, que ilustram e ajudam na sua compreensão, sem, contudo, fazer qualquer restrição quanto às suas dimensões, proporções e o alcance de sua aplicação.
[025] A figura 1 apresenta uma vista em perspectiva de sua utilização em uma mão.
[026] A figura 2 apresenta uma vista superior (no nível do dorso da mão).
[027] A figura 3 apresenta uma vista da órtese aberta.
[028] A figura 4 apresenta uma vista da órtese aberta, focando o detalhe de montagem da tala (2) no envelope (3).
[029] A presente patente de invenção “ÓRTESE PARA REABILITAÇÃO DA MÃO” refere-se a um modelo especial de órtese para mão confeccionada a partir de segmentos (1) de material flexível (ex. Neoprene), provido de uma tala (2) em formato de arco para envolver a articulação Carpometacarpiana do polegar e confeccionado em material rígido (ex. termoplástico), envolta em um envelope (3) de neoprene que tem a função de posicionar a tala (2) na articulação carpometacarpiana do polegar para manter esta articulação na posição de semi- abdução e rotação associada a semi-extensão. Esta posição funcional irá garantir uma maior usabilidade da órtese, promovendo uma maior aderência ao tratamento pelo usuário.
[030] A órtese deve ter um prolongamento abrangendo a articulação metacarpofalangeana até a prega de flexão da articulação interfalangeana do polegar (4). Tiras de fixação e/ou ajuste (5) (ex. velcro) da circunferência de punho e do corpo da mão tem a finalidade de ajustar o tamanho da órtese ao tamanho da mão do usuário, permite ao indivíduo com pequenas alterações do volume da mão (ex: edema), fazer o ajuste adequado. Para promover a união dos segmentos (1) pode ser usado vulcanização e/ou costura (6), unindo as partes laterais e do primeiro espaço interdigital da órtese.
[031] Na prática, a presente órtese, objeto desta patente, pode ser produzida em diversos formatos padrões, com tamanhos definidos por várias amostragens, para ser adequada a cada paciente, permitindo, com facilidade, a realização de recortes para redução da extensão e abdução do polegar, da palma e do dorso da mão, bem como das tiras de fixação e/ou ajuste (5), além de conter a tala (2) que possibilita uma regulagem fina das angulações da articulação Carpometacarpiana do polegar (articulação extremamente importante para a funcionalidade da mão, uma vez que permite, por meio de seu posicionamento, sua funcionalidade máxima, tanto com relação à força, quanto a habilidade), o que permite a abertura ou abdução do polegar a partir da base deste dedo evitando lesões aos ligamentos localizados nas demais articulações metacarpofalangeana e interfalangeana. Além desta regulagem ser bastante flexível, o que permite ao indivíduo, com pequenas alterações do volume da mão (ex: edema), possa fazer do seu uso uma constante.

Claims (4)

1. “ÓRTESE PARA REABILITAÇÃO DA MÃO”, caracterizada por compreender segmentos (1) de material flexível para envolver a mão do usuário; uma tala (2) em formato de arco para envolver a articulação Carpometacarpiana do polegar, envolta em um envelope (3) para posicionar a tala (2) na articulação; tiras de fixação e/ou ajuste (5) da circunferência de punho e do corpo da mão.
2. “ÓRTESE PARA REABILITAÇÃO DA MÃO”, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pela tala (2) posicionar a articulação Carpometacarpiana do polegar na posição de semi-abdução e rotação associada a semi-extensão.
3. “ÓRTESE PARA REABILITAÇÃO DA MÃO”, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelos segmentos (1) da órtese terem um prolongamento abrangendo a articulação metacarpofalangeana até a prega de flexão da articulação interfalangeana do polegar (4).
4. “ÓRTESE PARA REABILITAÇÃO DA MÃO”, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelos segmentos (1) da órtese serem unidos por vulcanização e/ou costura (6), para unir as partes laterais e do primeiro espaço interdigital da órtese.
BR102022020308-3A 2022-10-06 Órtese para reabilitação da mão BR102022020308A2 (pt)

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