BR102021007678A2 - Câmara de desinfecção para patógenos - Google Patents

Abstract

A presente invenção pertence ao campo da desinfecção de materiais, tais como frutas, papéis, plásticos, eletrônicos, metais, tecidos, objetos e superfícies gerais, em residências, restaurantes, hospitais, entre outros, colaborando na prevenção da COVID-19 e de outros patógenos. Mais particularmente, a presente invenção viabiliza o processo de desinfecção de materiais e superfícies sujeitos à contaminação por vírus e outros patógenos através da exposição desses microorganismos à luminosidade de lâmpadas germicidas com tecnologia UV-C, em ambiente isolado por caixa, sem ocasionar a alteração da natureza do produto, proporcionando a higienização homogênea, em sistema que pode ser controlado remotamente. Mais especificamente, a presente invenção viabiliza o processo de desinfecção de materiais em ambientes domésticos e organizacionais, tais como de hospitais, restaurantes, comércios, entre outros, correspondendo a uma tecnologia portátil, que pode ser desenvolvida em tamanhos diversificados. O referido equipamento consiste numa câmara caracterizada por conter lâmpadas germicidas UV-C, com compartimento isolante do ambiente externo e com dimensões calculadas para garantir a eficácia da desinfecção. Possui espelhamento interno para ampliação do potencial germicida, podendo ser projetada em diferentes tamanhos. Possui um circuito com controlador Arduino para comunicação com o controle remoto e para controle e segurança da câmara em usos manuais. O circuito promove o ajuste de tempo e informações por meio de sinal sonoro e LEDs indicativos.

Description

CÂMARA DE DESINFECÇÃO PARA PATÓGENOS Campo da invenção

[0001] A presente invenção pertence ao campo da desinfecção de materiais, tais como frutas, papéis, plásticos, eletrônicos, metais, tecidos, objetos e superfícies gerais.

[0002] Mais particularmente, a presente invenção viabiliza o processo de desinfecção de materiais e superfícies sujeitos à contaminação por vírus e outros patógenos através da exposição desses microorganismos à luminosidade de lâmpadas germicidas com tecnologia UV-C, em ambiente isolado por caixa, sem ocasionar a alteração da natureza do produto, proporcionando a higienização homogênea, em sistema que pode ser controlado remotamente.

[0003] Mais especificamente, a presente invenção viabiliza o processo de desinfecção de materiais em ambientes domésticos e organizacionais, tais como de hospitais, restaurantes, comércios, entre outros, correspondendo a uma tecnologia portátil, que pode ser desenvolvida em tamanhos diversificados.

Fundamentos da Invenção

[0004] A radiação ultravioleta pode ser utilizada na esterilização e higienização de superfícies que entrarão em contato com alimentos ou outros materiais (ALEXANDRE, F. A.; FARIA, J. A. F.; CARDOSO, C. F. Avaliação da eficiência da radiação ultravioleta na esterilização de embalagens plásticas. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 32, n. 5, p. 15241530, out. 2008).

[0005] A desinfecção por radiação Ultravioleta (UV) consiste na absorção de luz UV pelos microorganismos, provocando uma reação fotoquímica que altera sua estrutura molecular, impedindo a reprodução celular e a atividade nociva. O processo não deixa resíduo e não impregna o material com sabores indesejáveis (SILVA, G.; DUTRA, P. R. S.; CADIMA, I. M. Higiene na Indústria de alimentos. UFRPE, 2010). A inatividade do patógeno (vírus, por exemplo), requer a devida radiação ultravioleta, em intensidade específica de iluminação (IES. Illuminating Engineering Society. IES Photobiology Committee. IES Committee Report: Germicidal Ultraviolet (GUV) -Frequently Asked Questions. 2020 ).

[0006] A UV é uma radiação não ionizante, tal qual a microondas e a laser. São radiações de baixa frequência e baixa energia, que se propagam através de uma onda eletromagnética, sendo dividida em três tipos de raios, UVA, UVB e UVC. O terceiro tipo, a UV-C, é comumente utilizada na esterilização de água e materiais cirúrgicos (INPE. INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS. O que é radiação UV?. INPI: 2020).

[0007] Fatores relacionados às tecnologias baseadas na radiação UV e na potencialidade de prevenção de patógenos, especificamente o vetor da doença COVID-19, são: 1) A International Commission on Illumination subdivide o espectro UV em três tipos com base no comprimento de onda. A radiação UV-C é de 100 a 280 nm, é mais eficaz para a esterilização viral e principal ferramenta para desinfectar o ar e as superfícies. A radiação ultravioleta germicida (GUV) e a irradiação germicida UV (UVGI) de fontes de luz elétrica são quase sempre baseadas na radiação UV-C. 2) O vírus SARS-CoV-2 pode tornar-se não infeccioso com a aplicação da radiação UV-C. Isso ocorre porque a radiação UV-C danifica sua sequência de RNA, quebrando suas ligações de modo a impedir sua capacidade de se replicar. 3) Embora a luz solar não contenha UV-C, se as condições forem adequadas, ela contém UV-B suficiente para desativar o vírus SARS-CoV-2. Quando a luz do dia atinge um índice UV=10, pode demorar uma hora para atingir 99, 9% de inativação do vírus. A luz solar não consegue resolver todo o problema, visto que o vírus SARS-CoV-2 permanece ativo em gotículas respiradas e em superfícies por até uma hora, mesmo quando exposto à intensa luz solar direta. 4) Do mesmo modo que a radiação UV é prejudicial para bactérias e vírus, também, é prejudicial para a pele e olhos humanos. Desta forma, a radiação UV-C não deve ser usada para desinfectar as mãos ou outras partes do corpo. Deve-se tomar cuidado para evitar a exposição da pele e dos olhos. 5) O contrário também é verdade: fontes que produzem UV-A, incluindo luzes negras e armadilhas de insetos UV, não são tão prejudiciais para as pessoas ou para o vírus SARS-CoV2. (HOUSER, K. W. Ten Facts about UV Radiation and COVID-19. LEUKOS, v. 16, n. 3, p. 177-178, 2 jul. 2020).

[0008] Além disso, tem-se os seguintes fatores: 6) A inativação viral da radiação UV-C pode ser considerada em etapas de registro. Uma etapa de registro representa 90% de inativação, 2 etapas 99% de inativação, 3 etapas 99, 9% de inativação e assim por diante. A redução a cada etapa de registro requer o dobro da dose de radiação UV-C. 7) Para atingir o mesmo grau de inativação viral, a intensidade e a duração da exposição devem ser dosadas. Por exemplo, se a intensidade for duplicada, o tempo de exposição pode ser reduzido para metade. 8) Os emissores de LED que produzem radiação UVC não estão disponíveis. A maioria dos LEDs UV disponíveis, comercialmente, emitem UV de comprimento de onda mais longo, que é menos eficaz para tornar os vírus não-infecciosos. 9) As lâmpadas de mercúrio de baixa pressão são o tipo mais comum de fonte de UV-C. Não é provável que isso mude no curto prazo. 10) Em ambientes médicos, os sistemas de radiação UV-C, no ar, devem ser ao menos parcialmente eficazes na redução da transmissão viral. Nesses sistemas, uma luminária contendo uma fonte que gera radiação UV-C é montada acima da altura da cabeça e a radiação UV-C é direcionada para o ar superior da sala. Esses sistemas podem atingir um alto nível de troca de ar equivalente por hora (HOUSER, K. W. Ten Facts about UV Radiation and COVID-19. LEUKOS, v. 16, n. 3, p. 177-178, 2 jul. 2020).

[0009] Diante do exposto, existem evidências sobre a eficiência da radiação UVC nos processos de desinfecção, mantendo as características químico-físicas dos materiais, em tempo célere (BUONANNO, M. et al. Far-UVC light (222 nm) efficiently and safely inactivates airborne human coronaviruses Scientific Reports, 2020), (HEILINGLOH, C. S. et al. Susceptibility of SARS-CoV-2 to UV Irradiation. American journal of infection control, v. 48, n. 10, p. 12731275, out. 2020) e (KITAGAWA, H. et al. Effectiveness of 222-Nm Ultraviolet Light on Disinfecting SARS-CoV-2 Surface Contamination. American Journal of Infection Control, 4 set. 2020).

Técnica relacionada

[00010] Diversos estudos reportam a eficiência da radiação UV-C no controle de vetores patogênicos, notadamente o SARS-CoV-2, em superfícies e materiais diversos (BUONANNO, M. et al. Far-UVC light (222 nm) efficiently and safely inactivates airborne human coronaviruses Scientific Reports, 2020), (HEILINGLOH, C. S. et al. Susceptibility of SARS-CoV-2 to UV Irradiation. American journal of infection control, v. 48, n. 10, p. 1273- 1275, out. 2020) e (KITAGAWA, H. et al. Effectiveness of 222-Nm Ultraviolet Light on Disinfecting SARS-CoV-2 Surface Contamination. American Journal of Infection Control, 4 set. 2020).

[00011] No estado da técnica são encontrados inventos que objetivam eliminar vírus por meio de foto radiação, notadamente com a tecnologia UVC.

[00012] O documento US 2020/0222718 A1 refere-se a um sistema e método para fotoerradicação e eliminação de microorganismos de um alvo, com etapas de obtenção de dados para experimentos (com irradiação de microorganismos de teste), análise de dados dos referidos testes para identificar parâmetros de luz e exposição necessários para o nível desejado de eliminação (ou sobrevivência) dos micro-organismos e, por fim, etapa de irradiação.

[00013] A invenção US 2020/0085984 A1 refere-se a um aparelho e método para gerar pelo menos uma radiação, podendo matar e/ou afetar, de modo seletivo, pelo menos um vírus, mediante os comprimentos de onda.

[00014] O documento BR 20 2020 012122 2 U2 refere-se a um aparelho de desinfecção e esterilização do fluxo de ar expirado de pacientes, ar ambiente e ar de espaços confinados, por meio de raios UVC em câmara enclausurada com um exaustor para captação do ar, sem permitir que a irradiação dos raios UVC no ambiente externo.

[00015] O documento PI 0005153-5 A2 refere-se a um equipamento que objetiva desinfectar o ar ambiente, utilizando radiação violeta à velocidade da luz.

[00016] A documento BR 10 2016 000678 3 A2 refere-se a uma câmara refrigerada para esterilizar e desinfectar frutas e vegetais, com um sistema de tratamento que utiliza exposição à ultrassom seguido da exposição uniforme de radiação UV-C constante e UV-C.

[00017] Sabe-se que as referidas tecnologias são constituídas por uma caixa ou tambor enclausurador, uma câmara, que permite o isolamento do meio ambiente, possuindo, geralmente, tamanhos fixos, compostas por sistema de controle manual.

[00018] Sabe-se que estas tecnologias, em geral, estão voltadas para ambientes empresariais (supermercados, restaurantes, hospitais, entre outros) e industriais.

[00019] Entretanto, não foram identificadas, no estado da arte, invenções focadas na desinfecção de materiais em ambientes residenciais e organizacionais, em que haja a proteção do usuário por meio de uma câmara controlada por circuito com controladores Arduino, acionamento via smartphones ou manual, com prateleira translúcida e internamente espelhada para reaproveitamento luminoso, redução de sombreamento, ampliação da dose de raios UV-C nas superfícies a serem higienizadas por múltiplas lâmpadas e pelo sistema de reflexão elaborado, opções de tempo de execução da desinfecção ajustável ou recomendado no software e funcionamento somente com a tampa fechada.

[00020] Também não foram encontrados pedidos de patente ou publicações que demonstrem uma câmara de desinfecção em que seja dispensável a presença física do operador (no manuseio do sistema), por meio de um controle remoto e atenuando a exposição ao equipamento em funcionamento e à radiação UV-C, contando também com a flexibilidade no tamanho do dispositivo, com o baixo consumo de energia, com o funcionamento do sistema condicionado ao fechamento de sua porta e com a possibilidade de seleção de faixas diferentes de tempo de desinfecção.

[00021] Mediante a rápida disseminação do vírus SARS-CoV-2, sabe-se também a importância de sistemas residenciais seguros para a eliminação de patógenos dos materiais adquiridos.

Sumário da invenção

[00022] A presente invenção corresponde a uma câmara de desinfecção que tem como principal funcionalidade eliminar patógenos (como vírus, por exemplo) de materiais e alimentos em ambientes diversos, tais como residências, hospitais, restaurantes, supermercados, entre outros, através da tecnologia UV-C, sem alterar a natureza do material e sem adicionar odores.

[00023] Dentre suas funcionalidades, esta invenção permite que o processo de desinfecção ocorra em tempo ajustável de 4 a 10 minutos e o princípio de uso do dispositivo é fácil, demandando a simples inserção do material no interior da câmara enclausuradora, com respectivo ajuste do tempo de funcionamento (similar a um forno microondas).

[00024] Esta invenção é projetada para funcionar remotamente, através da tecnologia bluetooth, sendo possível o controle por meio de smartphone. O sistema somente funciona com a porta fechada, visando garantir a segurança do usuário.

[00025] O dispositivo pode ter tamanho adaptado para os diversos ambientes em que for alocado (residências, restaurantes, hospitais, comércios, entre outros), com a adaptação do circuito integrado, que é desenvolvido por meio da tecnologia arduino.

Descrição das Figuras

[00026] A invenção poderá ser melhor compreendida através da seguinte descrição detalhada, em consonância com as figuras em anexo, em que:

[00027] A FIGURA 1 representa a vista frontal do protótipo da câmara de desinfecção, com porta aberta, para melhor compreensão dos componentes presentes na câmara.

[00028] A FIGURA 2 representa a vista lateral direita e superior da câmara de desinfecção, e os componentes presentes nessa região do invento.

[00029] A FIGURA 3 representa a vista do circuito arduino e do sensor de porta fechada.

[00030] A FIGURA 4 representa o esquemático dos componentes da câmara de desinfecção, com a disposição do circuito e seus componentes.

[00031] Com referência a estas figuras, pode-se observar que a câmara é retangular em formato cubóide, controlada com um circuito ajustável e regulável, podendo ser dimensionada para outros tamanhos devido à característica de elaboração do circuito. A câmara pode ser dimensionada com 2 metros de altura, 2 metros de largura e 2 metros de profundidade (2mX2mX2m), de modo demonstrativo e não limitante. O tamanho mínimo dimensionado é de 60 centímetros de altura, 60 centímetros de largura e 60 centímetros de profundidade (60cmX60cmX60cm), demonstrativo e não limitante. Internamente a câmara possui revestimento em uma camada de material reflexivo do tipo espelho aplicado em todas suas faces internas (1).

[00032] A câmara possui lâmpadas germicidas fluorescentes do tipo Ultravioleta - C com formato cilíndrico conectadas a soquetes (2, 2. 1, 2. 2, 2. 3). Ao todo, são 4 lâmpadas fixadas em 4 (quatro) arestas no interior da câmara (2, 2. 1, 2. 2, 2. 3), em que, observando a câmara frontalmente, as lâmpadas ficam nas arestas horizontais laterais. As lâmpadas posicionam-se lateralmente e horizontalmente de uma vista frontal. Nas demais arestas passa-se canaletas com os fios de ligação (10). As quatro lâmpadas são demonstrativas e não limitantes.

[00033] A câmara é construída com material sólido, com densidade suficiente para barrar a luz UV-C, possuindo uma porta (3), parte superior (3. 1), laterais (3. 2, 3. 3), parte inferior (3. 4) e fundo da câmara (3. 5). A porta possui uma junção para abertura e fechamento (8), e uma trava manual de segurança (13). A câmara possui uma divisão do tipo prateleira totalmente translúcida em material de vidro (9) para suporte a itens a serem desinfectados. A câmara possui suporte físico do tipo “pé” para elevar a câmara da superfície a que está apoiada (15).

[00034] O circuito (4) está localizado na parte superior, frontal e direita, tendo como referência a FIGURA 1, e ampliado na FIGURA 3. Juntamente ao circuito, tem-se o sensor de porta fechada (5), um botão para iniciar a desinfecção (6), luzes do tipo LED (12) para indicar se a câmara está em funcionamento, se está em espera, e se com corrente elétrica ativa. A câmara liga-se à rede elétrica (14) e é acionada por uma chave de segurança (7) que distribui a corrente para o circuito arduino.

[00035] A FIGURA 2 apresenta uma vista lateral superior direita da câmara, em que é possível identificar a localização dos circuitos e componentes (reatores, starters) para ligação das lâmpadas (11). Pode-se observar os LED informativos de funcionamento (12), o botão de acionamento de desinfecção manual (6) e a chave de ligação do circuito arduino (7).

[00036] A FIGURA 4 apresenta o esquema do circuito e seus componentes. Interruptor 1 e Interruptor 2 consistem de um par de interruptores do tipo push button. Estes interruptores são responsáveis por fazerem o controle de ativação. Eles estão localizados na parte superior da câmara e na porta, respectivamente.

[00037] Buzzer tem o papel de efetuar os avisos sonoros diferentes, indicando quando a máquina estiver em stand-by e ativada.

[00038] Os componentes LED1, LED2 e LED3 têm o papel de indicar que a câmara está ligada, standby e em modo ativado, respectivamente.

[00039] O Relê tem a funcionalidade de efetuar o acionamento das lâmpadas UV-C, quando os componentes Interruptor 1 e Interruptor 2 forem acionados.

[00040] O módulo Bluetooth permite que a câmara se comunique com outros dispositivos, por meio da tecnologia Bluetooth®. Quando a câmara se encontra ligada e com o Interruptor 2 ativado, o dispositivo conectado por meio do Bluetooth, por meio de software permite ativar a funcionalidade ativação ou desativação da câmara.

[00041] Lâmpadas UV-C tem a funcionalidade de emitir ondas na faixa de 254 nm, para efetuar a esterilização no interior da câmara. As lâmpadas são alimentadas por meio do Conector 110/220 V.

[00042] A Placa Arduino UNO tem a funcionalidade processar de efetuar o controle dos componentes por meio do software desenvolvido especificamente para a Câmara de Desinfecção.

Descrição detalhada da invenção

[00043] Conforme um primeiro aspecto principal, a “CÂMARA DE DESINFECÇÃO PARA PATÓGENOS” consiste num equipamento para a desinfecção de materiais e de superfícies sujeitas à contaminação por vírus e outros patógenos, por meio da exposição à lâmpada germicida com tecnologia UV-C, em sistema acionado por arduino e controlado de forma manual, por meio de um botão, ou remota, por meio da tecnologia bluetooth.

[00044] Foi montada com prateleira translúcida e espelhamento interno, visando o melhor aproveitamento da luminosidade, redução do sombreamento interno para ampliação dos raios UV-C projetados sobre os materiais a serem higienizados.

[00045] Possui um tempo ajustável para desinfecção de 4 a 10 minutos e um sistema com funcionamento apenas com a tampa fechada, visando garantir a segurança dos usuários.

[00046] Conforme a presente invenção, entende-se por câmara uma caixa fechada, em formato cúbico, com superfícies compostas por material sólido, como, por exemplo, a madeira ou outro material que tenha condições de obstruir a passagem de luz. Esta estrutura pode ser produzida em tamanhos diversos, a depender da necessidade do ambiente que utilize a presente tecnologia.

[00047] Conforme a presente invenção, entende-se por controle manual o acionamento por botão, que é um artefato redondo, de plástico, inserido na parte superior da câmara. Ele pode ser substituído por outros formatos e ainda por outros materiais, visando melhor aderência ao toque do usuário.

[00048] Entende-se por controle remoto aquele realizado através da tecnologia bluetooth, com a utilização de softwares específicos instalados em dispositivos móveis.

[00049] Conforme a presente invenção, entende-se por prateleira translúcida a estrutura plana posicionada horizontalmente no interior da câmara, em altura fixa e quantidade variável a depender do tamanho escolhido com a observação dos tamanhos mínimos e máximos a serem projetados. As prateleiras são removíveis, conforme a necessidade e tamanho do objeto a ser desinfectado.

[00050] Conforme a presente invenção, entende-se por espelhamento interno o uso de material reflexivo no interior da câmara, fixado em todas as suas superfícies internas e visando ampliar regularmente o reflexo da luminosidade UV-C sobre o produto a ser desinfectado. Como material demonstrativo e não limitante utiliza-se o espelho.

[00051] Conforme a presente invenção, entende-se por tempo ajustável a possibilidade de escolha entre as faixas temporais. A presente invenção oferece as configurações demonstrativas e não limitantes com tempo ajustável de 4 a 10 minutos.

[00052] Elementos da câmara compreendida pela presente invenção estão descritos na FIGURA 1, na FIGURA 2, FIGURA 3 e na FIGURA 4.

[00053] O primeiro passo de operação do equipamento ocorre com a inserção dos materiais a serem higienizados no interior da câmara. Com a câmara devidamente ligada na corrente elétrica, aciona-se a chave para alimentação do circuito arduino, este quando pronto para desinfecção, emite sinal sonoro frequentemente e mostra no painel de LED a indicação de estar em espera (LED amarelo) e ligado, pronto para ser ativado (LED Verde).

[00054] O segundo passo ocorre com o fechamento da porta da câmara e regulação do tempo de higienização e funcionamento do sistema. Neste momento, há o acionamento do sensor de porta fechada (segurança do usuário) e o travamento da porta por meio do dispositivo manual de travamento (opcional). O processo de acionamento da câmara e de ajuste do tempo de funcionamento também pode ser realizado através da tecnologia bluetooth, de forma remota.

[00055] O terceiro passo, após a programação do equipamento, ocorre com o acionamento do sistema arduino, com a distribuição de energia para as lâmpadas germicidas UV-C e acionamento destes itens, com a consequente iluminação dos materiais inseridos no interior da câmara. Com a ligação, os sinais sonoros tornam-se menos frequentes e os indicadores no painel de LED se acendem indicando que está em operação (LED vermelho) e ativado o circuito (LED verde). No momento de desinfecção, o LED amarelo se apaga (LED de espera).

[00056] Por fim, após o tempo ajustado para desinfecção, as lâmpadas são desligadas e os LED de informação voltam ao estágio inicial (circuito ativado e espera). Assim, o material higienizado deve ser retirado do interior da câmara pelo usuário.

[00057] Algumas das vantagens deste equipamento é a possibilidade de uso em ambientes residenciais, com facilidade no manuseio, velocidade e segurança do processo de desinfecção. O equipamento também pode ser utilizado em outros ambientes, além do residencial.

[00058] Adicionalmente, destaca-se também a possibilidade de produção da câmara em tamanhos diferenciados, atendendo a ambientes diversos, tais como residências, empresas, hospitais, restaurantes, entre outros.

Exemplos demonstrativos não limitantes Exemplo 01

[00059] Como exemplo demonstrativo e não limitante criar condições de higienização segura de materiais em residências, empresas, restaurantes, hospitais, entre outros. Destaca-se a possibilidade de produção da câmara em tamanhos diferenciados, conforme as características do circuito desenvolvido nesta tecnologia. Destaca-se também que a presente invenção pode corresponder a um sistema fixo ou portátil.

Exemplo 02

[00060] Como exemplo demonstrativo e não limitante, seu poder de processamento da higienização decorre das tecnologias arduino, UV-C, da lógica de programação para arduino (JAVA) e dos conhecimentos disponibilizados pela ciência.

Claims (5)

1. Patente de invenção “CÂMARA DE DESINFECÇÃO PARA PATÓGENOS” caracterizada por ser um equipamento para desinfecção de materiais e superfícies, na eliminação de vírus e demais patógenos, através de lâmpadas germicidas UV-C.
2. Patente de invenção “CÂMARA DE DESINFECÇÃO PARA PATÓGENOS” que, conforme a reivindicação 1, caracterizada por possuir um circuito próprio com tempo programado, avisos sonoros com luzes indicativas para melhor compreensão do funcionamento da máquina.
3. Patente de invenção “CÂMARA DE DESINFECÇÃO PARA PATÓGENOS” caracterizada por ser construída com material isolante de luz, com espelhamento interno e prateleiras translúcidas e removíveis, controlado por um circuito com acionamento manual ou remoto adaptável a diferentes tamanhos da câmara.
4. Patente de invenção “CÂMARA DE DESINFECÇÃO PARA PATÓGENOS” caracterizada por ser controlada por um circuito ajustável com uso da tecnologia Arduino, podendo ser acionada por controle manual ou remoto, sendo o controle remoto realizado por softwares instalados em dispositivos móveis do tipo smartphones que se comunicam por meio da tecnologia bluetooth.
5. Patente de invenção “CÂMARA DE DESINFECÇÃO PARA PATÓGENOS” caracterizada por ser ajustável em tamanho máximo de 2 metros de altura, 2 metros de largura e 2 metros de profundidade (2mX2mX2m) e tamanho mínimo de 60 centímetros de altura, 60 centímetros de largura e 60 centímetros de profundidade (60cmX60cmX60cm).

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