BR102020023599A2 - Vestimenta e sistema de eletrodos para dispositivo de promoção de dorsiflexão do pé por estimulação elétrica neuromuscular - Google Patents

Vestimenta e sistema de eletrodos para dispositivo de promoção de dorsiflexão do pé por estimulação elétrica neuromuscular Download PDF

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Túlio Oliveira De Souza
George Carlos Do Nascimento
Guilherme Augusto De Freitas Fregonezi
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Abstract

A patente de invenção refere-se a uma estruturação de um sistema de eletrodos de superfície e uma vestimenta destinados a serem utilizados na assistência ao uso eficiente da estimulação elétrica neuromuscular (EENM) para promoção da dorsiflexão do pé. A presente invenção é constituída por um sistema composto por três eletrodos de superfície de material definido e com dimensões da face interna e externa, e formatos, estruturados para permitir um melhor ajuste às estruturas neuromusculares responsáveis pela ação funcional da dorsiflexão do pé, e uma vestimenta composta por um sistema de referência que permite a alocação dos eletrodos em correspondência com estas estruturas neuromusculares, o acondicionamento e a fixação à perna dos eletrodos, cabos de condução, dispositivo portátil de estimulação elétrica com seu módulo de sensores e bateria. Esta invenção é estruturada para promover uma estimulação da dorsiflexão do pé mais eficiente e passível de repetibilidade de colocação pelo usuário em usos sucessivos da EENM.

Description

VESTIMENTA E SISTEMA DE ELETRODOS PARA DISPOSITIVO DE PROMOÇÃO DE DORSIFLEXÃO DO PÉ POR ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NEUROMUSCULAR CAMPO DA INVENÇÃO
[001] Esta patente de invenção refere-se a um sistema composto por três eletrodos de superfície com formatos e dimensões estruturados especificamente para permitir um melhor ajuste às estruturas neuromusculares responsáveis pela ação funcional da dorsiflexão do pé e um dispositivo que confere vestibilidade aos eletrodos e demais componentes de um sistema de assistência à dorsiflexão do pé via Estimulação Elétrica Neuromuscular (EENM). Os eletrodos servem como interface entre a corrente elétrica e a pele do paciente, já a vestimenta possui natureza envoltória na perna e funciona como interface entre o sistema de EENM e o usuário, conferindo praticidade e facilidade no uso comunitário da EENM ao acondicionar e fixar na perna o sistema que inclui eletrodos de superfície, cabos de condução, dispositivo portátil de estimulação elétrica com seu módulo de sensores e bateria. Adicionalmente, a vestimenta é estruturada para acondicionar e reproduzir o posicionamento dos eletrodos nas estruturas neuromusculares responsáveis pela ativação da dorsiflexão do pé, identificadas por terapeuta, permitindo a repetibilidade do mesmo posicionamento pelo usuário em usos sucessivos da EENM.
PROBLEMA A SER RESOLVIDO
[002] A EENM direcionada para promover ou melhorar a ativação da dorsiflexão do pé, é um recurso frequentemente empregado na terapia de pacientes com queda plantar e demais alterações de marcha em virtude de doenças que acometem o neurônio motor superior, tais como acidente vascular encefálico, lesão medular, traumatismo cranioencefálico, esclerose múltipla e paralisia cerebral. Nesta aplicação da EENM são posicionados eletrodos na perna para promover a ativação do músculo tibial anterior, o principal músculo dorsiflexor do pé.
[003] Determinar o tamanho e a forma dos eletrodos utilizados na EENM de acordo com a anatomia das estruturas neuromusculares que se deseja estimular, mais particularmente de acordo com a distribuição dos pontos motores ao longo do músculo alvo da estimulação e/ou nervo motor, pode se traduzir em uma aplicação mais eficiente da estimulação elétrica, aumentando o recrutamento de fibras nervosas responsáveis pela ativação do músculo e promovendo o movimento. Assim, é possível favorecer o movimento funcional utilizando menores densidades de corrente, minimizando o desconforto e a fadiga muscular.
[004] Ao analisar a anatomia do músculo tibial anterior e sua resposta à eletroestimulação, observa-se que a configuração de eletrodos de superfície utilizada provê uma abordagem parcial das estruturas neuromusculares que deveriam ser estimuladas, não havendo utilização de eletrodos que abranjam todo o conjunto de pontos motores responsáveis pela função da dorsiflexão do pé. Outro ponto importante é que os eletrodos utilizados não possuem formatos e dimensões adequados para contemplar a distribuição destes pontos motores no referido músculo. A anatomia dos músculos dorsiflexores revela que os pontos motores do nervo fibular profundo do músculo tibial anterior são distribuídos ao longo do comprimento deste músculo em duas regiões: uma proximal e outra distal (Botter A, Oprandi G, Lanfranco F, et al. Atlas of the muscle motor points for the lower limb: implications for electrical stimulation procedures and electrode positioning. Eur J Appl Physiol 2011;111:2461-71).
[005] Embora haja uma grande variedade de configurações de eletrodos para EENM destinada a ativação da dorsiflexão do pé utilizada durante tratamento fisioterapêutico de reabilitação e em órteses elétricas funcionais, observa-se que nenhuma delas contempla a estimulação simultânea de ambos os conjuntos de pontos motores proximais e distais do nervo fibular profundo no músculo tibial anterior associado à estimulação do nervo fibular comum. Adicionalmente, os eletrodos que são utilizados não possuem formatos e dimensões ajustados à distribuição longitudinal dos pontos motores no referido músculo, portanto, as configurações de eletrodos atuais contemplam apenas uma região para estimulação no músculo condizente com poucos pontos motores. Considerando que EENM pode ser utilizada para promover e facilitar a dorsiflexão do pé no dia a dia, o desafio adicional é fazer com que o usuário consiga acoplar na perna todos os componentes de sistema como eletrodos, cabos de condução, dispositivo portátil de estimulação elétrica com seu módulo de sensores e bateria, e, especialmente, posicionar os eletrodos de forma precisa nas projeções na superfície da pele correspondentes a estas estruturas neuromusculares e repetir o mesmo posicionamento em usos subsequentes da EENM.
[006] Portanto, uma vestimenta onde os eletrodos são posicionados nas regiões de estímulos dos pontos motores proximais e distais do nervo fibular profundo no músculo tibial anterior associado à estimulação do nervo fibular comum pode possibilitar uma maior eficiência da resposta terapêutica e promoção de dorsiflexão com a EENM.
ESTADO DA TÉCNICA
[007] Identificar anatomicamente as estruturas neuromusculares, sejam elas pontos motores ou trajetos de nervos, para fixação de eletrodos da EENM pode ser uma tarefa difícil para o usuário. A estruturação de dispositivos vestíveis que possibilitem posicionar os eletrodos no membro inferior, de forma precisa e repetível, é uma estratégia útil e que possibilitará a melhora da eficiência do tratamento. A patente US2011/0208266 A1 descreve esta temática e contempla um dispositivo vestível que permite maior usabilidade e repetibilidade no posicionamento, pelo usuário, de eletrodos com formatos antropomorfos direcionados à distribuição anatômica de pontos motores nos ventres musculares do músculo quadriceps femoral em EENM orientada a promoção de extensão do joelho.
[008] As patentes US5814093 e US10080885B2 descrevem órteses elétricas funcionais que contêm um estimulador elétrico funcional de um canal operado por bateria, e que utiliza sensores para delimitar os períodos de ativação e desativação da estimulação elétrica para promoção do movimento de dorsiflexão e inversão do pé durante a caminhada. Em ambas as patentes a corrente é transmitida à perna por meio de um par de eletrodos e todo o sistema eletrônico, bateria e eletrodos é fixado à perna por meio de uma vestimenta a fim de permitirem uso da estimulação no dia a dia. A órtese elétrica funcional Walkaide System corresponde ao produto comercial implementado a partir da patente US5814093. Embora ambas as patentes descritas acima abordem no escopo do invento vestimentas acopladas na perna e eletrodos, nelas há a fixação na vestimenta de apenas dois eletrodos de superfície e a estruturação das vestimentas é relativamente curta em sua relação com o comprimento da perna do usuário, o que não abarca todos os pontos motores envolvidos na promoção de dorsiflexão do pé. O posicionamento dos eletrodos nestas vestimentas permite a alocação de um eletrodo direcionado ao nervo fibular comum, próximo à cabeça da fíbula, e outro eletrodo direcionado apenas aos pontos motores proximais do nervo fibular profundo no músculo tibial anterior. Os dois eletrodos descritos na patente US5814093 possuem formato circular com 2,5 cm de diâmetro, sendo posicionados na porção superior da perna, não contemplando a área correspondente aos pontos motores distais do nervo fibular profundo no músculo tibial anterior. A patente US10080885B2 descreve uma configuração de dois eletrodos com maior área de superfície em contato com a pele, entre 9 cm2 e 20 cm2, remetendo aos eletrodos redondos com 3,6 cm e 4,5 cm diâmetro, e embora recomende um maior distanciamento entre os eletrodos do que a patente US5814093, seu arranjo na perna direciona a estimulação também para o nervo fibular comum e pontos motores proximais do nervo fibular profundo no músculo tibial anterior. Ambas as patentes (US5814093 e US10080885B2) apresentam uma configuração de estimulação por meio de dois eletrodos que não contemplam a distribuição de pontos motores distais do músculo tibial anterior, adicionalmente, os formatos de seus eletrodos abrangem uma área mínima dos pontos motores proximais do nervo fibular profundo no músculo tibial anterior, portanto difere da estruturação proposta pela presente patente.
[009] O estimulador elétrico neuromuscular DorsiFlex palmilha eletrônica (QUARK PRODUTOS MÉDICOS), consiste em um estimulador elétrico de um canal operado por bateria fixado a perna por uma cinta de fixação, dois eletrodos e um sensor de pressão, direcionado à promoção da dorsiflexão do pé durante a caminhada. O objeto apresentado difere da presente invenção por utilizar apenas dois eletrodos com dimensões de 5 x 5 cm orientados a serem posicionados próximo à cabeça da fíbula e no terço proximal do ventre muscular do tibial anterior, direcionando, portanto, a estimulação apenas para o nervo fibular comum e pontos motores proximais do nervo fibular profundo no músculo tibial anterior, não contemplando conjuntamente a distribuição de pontos motores distais do músculo tibial anterior conforme é possível pelo presente invento. Adicionalmente, este equipamento comercial não possui uma vestimenta na qual os eletrodos possam ser fixados de forma a orientar o posicionamento deles na perna, possui apenas uma pequena cinta que fixa o estimulador portátil na perna sem contato com os eletrodos.
[010] Na patente CA3010880A1 é apresentada uma configuração de eletrodos que permite tanto a ativação da dorsiflexão do pé quanto da flexão plantar do pé. Considerando apenas o arranjo destinado à estimulação ativação da dorsiflexão do pé, é descrito nesta patente um conjunto de três eletrodos configurados em uma única estrutura a ser posicionada na parte superior da perna. De acordo com as dimensões de eletrodo e ilustrações apresentadas na patente, o posicionamento dos eletrodos na perna permite a estimulação do nervo fibular comum próximo à cabeça da fíbula e a estimulação do nervo fibular profundo via apenas seus pontos motores proximais no músculo tibial anterior, não abrangendo os pontos motores distais do nervo fibular profundo neste músculo.
[011] A patente BR112016029216-2A8, correspondente à patente WO2015/188889A1, apresenta uma conformação de um eletrodo de múltiplos blocos interligados em uma matriz composta por duas linhas de oito elementos posicionados na porção superior da perna, circulando-a transversalmente. Os eletrodos são estruturados para abranger a região correspondente ao nervo fibular comum aos pontos motores proximais do nervo fibular profundo no músculo tibial anterior, portanto difere da estruturação proposta pela presente patente por apresentar diferente número de eletrodos, arranjo de alocação deles na perna distinto e ainda não contemplarem a área correspondente à distribuição de pontos motores distais do músculo tibial anterior.
[012] Em relação a EENM direcionada à ativação do músculo tibial anterior, normalmente são utilizados na perna dois eletrodos com formatos circulares de 3,5 cm ou 5 cm de diâmetro, ou dois eletrodos quadrados com bordas arredondadas com dimensões de 5 x 5 cm. (Springer S, Braun-Benyamin O, Abraham-Shitreet C, Becher M, Laufer Y. The Effect of Electrode Placement and Interphase Interval on Force Production During Stimulation of the Dorsiflexor Muscles. Artificial Organs 2014. 38(11):E142-6).
[013] Considerando a anatomia e a resposta ao estímulo do músculo tibial anterior, o principal músculo dorsiflexor do pé, conforme previamente exposto no parágrafo [004] , observa-se que este músculo recebe inervação do nervo fibular comum e do nervo fibular profundo, sendo que, neste último, os pontos motores são distribuídos longitudinalmente na perna em uma região proximal (pontos motores proximais) e também longitudinalmente em outra região distal (pontos motores distais) no músculo (Botter et al. 2011). Ao confrontar estes dados anatômicos e os princípios de EENM com o estado da arte acerca dos eletrodos de superfície e seus respectivos locais de aplicação na pele, quando se deseja uma estimulação direcionada à promoção de dorsiflexão do pé, observa-se que há, na seleção dos eletrodos utilizados em EENM, a utilização de eletrodos cujos formatos e dimensões não abrangem a distribuição anatômica dos pontos motores do nervo fibular profundo no músculo tibial anterior. Paralelamente, durante a EENM direcionada à promoção de dorsiflexão do pé ocorre o negligenciamento da estimulação dos pontos motores distais do nervo fibular profundo no músculo tibial anterior, visto que usualmente não são posicionados eletrodos nesta região da perna.
[014] Diante deste contexto, a presente patente é estruturada para otimizar a EENM direcionada a ativação da dorsiflexão do pé por meio de um sistema de três eletrodos de superfície que possuem dimensões e formatos que contemplam a distribuição longitudinal dos pontos motores proximais e distais do nervo fibular profundo no músculo tibial anterior, bem como o nervo fibular comum, associada a uma vestimenta que permite alocação dos eletrodos em correspondência às estruturas neuromusculares, acondicionando e fixando à perna os eletrodos e demais componentes do sistema de EENM durante a estimulação da dorsiflexão do pé. Os eletrodos são, preferencialmente, auto-adesivos, reutilizáveis ou descartáveis, flexíveis e passíveis de conexão com dispositivos de eletroestimulação utilizados em EENM, sendo estruturados de forma a promoverem uma estimulação mais eficiente, via um recrutamento ótimo de fibras nervosas do músculo tibial anterior e promoção do movimento utilizando menores densidades de corrente, minimizando, assim, o desconforto e a fadiga. A estruturação da vestimenta, por sua vez, confere praticidade ao usuário e facilita a reprodução por ele do posicionamento dos eletrodos identificado por terapeuta e sua repetibilidade em usos sucessivos, bem como permite a fixação à perna dos eletrodos e demais componentes do sistema.
BREVE DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO
[015] A presente invenção compreende a estruturação de um conjunto de três eletrodos de superfície e uma vestimenta para EENM. Os eletrodos são, preferencialmente, auto-adesivos ou de outro material similar, reutilizáveis ou descartáveis e flexíveis, cujas dimensões e formatos são estruturados de forma a contemplar a distribuição dos pontos motores proximais e distais do nervo fibular profundo no músculo tibial anterior, e o nervo fibular comum em indivíduos com diferentes medidas antropométricas e, consequentemente, diferentes comprimentos de pernas. Esta configuração de eletrodos possibilita recrutar maior número de fibras nervosas durante a ativação da dorsiflexão do pé por meio da EENM, maximizar o torque articular, e produzir a dorsiflexão do pé utilizando menores densidades de corrente e com menor desconforto. A vestimenta conforma-se à perna do usuário e auxiliada por um sistema de referência favorece a replicação do posicionamento dos eletrodos nas regiões correspondentes ao nervo fibular comum e a distribuição dos pontos motores proximais e distais do nervo fibular profundo no músculo tibial anterior, estruturado pelo terapeuta. A vestimenta, permite a repetibilidade do mesmo posicionamento pelo usuário em uso sucessivo da EENM. A vestimenta possui, ainda, natureza envoltória na perna e funciona como interface entre o sistema de EENM e o usuário, conferindo praticidade e facilidade no uso comunitário da EENM ao acondicionar e fixar na perna o sistema que inclui os eletrodos de superfície aqui apresentados e os demais componentes da EENM.
DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[016] A Figura 1 (A e B) apresenta uma ilustração esquemática da face dos eletrodos voltada para o exterior (visível quando a vestimenta está fixada na perna do usuário, sua face externa) contemplando seus componentes e particularidades. Na Figura 1A é demonstrado o eletrodo com formato circular e na Figura 1B é demonstrado o eletrodo com formato de elipse.
[017] A Figura 2 (A e B) apresenta uma ilustração esquemática da face dos eletrodos voltada para a perna (face interna). Na Figura 1A é demonstrado o eletrodo com formato circular e na Figura 1B é demonstrado o eletrodo com formato de elipse.
[018] A Figura 3 apresenta uma ilustração esquemática da vestimenta acoplada na perna.
[019] A Figura 4 apresenta uma ilustração esquemática do gabarito pertencente ao sistema de referência estruturado para replicação do posicionamento de eletrodos na vestimenta.
[020] A Figura 5 apresenta uma ilustração esquemática da face da vestimenta voltada para a perna.
[021] A Figura 6 apresenta uma ilustração esquemática da face da vestimenta voltada para a perna com gabarito do sistema de referência de posicionamento de eletrodos acoplado nela.
[022] A Figura 7 apresenta uma ilustração esquemática da face da vestimenta voltada para o exterior.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[023] De acordo com suas características gerais, a presente invenção compreende a estruturação de um sistema composto por três eletrodos de superfície (1, 2), cujos formatos estão disponíveis na figura 1, e uma vestimenta (4) capaz de conformar-se e fixar-se na perna do usuário e acondicionar os três eletrodos de superfície e os demais componentes de um sistema de EENM. Como a alocação dos eletrodos na perna em cada usuário é um processo individualizado e realizado pelo terapeuta, tanto os três eletrodos (1, 2) quanto a vestimenta (4) são dotados de um sistema de referência que atua como guia para que o usuário possa replicar o posicionamento dos três eletrodos (1, 2) na perna, estruturado pelo terapeuta, nas regiões da superfície da pele correspondentes ao nervo fibular comum e a distribuição dos pontos motores proximais e distais do nervo fibular profundo no músculo tibial anterior, para a vestimenta (4), permitindo a repetibilidade deste mesmo posicionamento pelo usuário em uso sucessivo da EENM.
[024] Os três eletrodos de superfície (1, 2) podem ser auto-adesivos ou outro material similar, removíveis, reutilizáveis ou descartáveis e flexíveis, sendo destinados à EENM do nervo fibular comum e a dupla distribuição dos pontos motores do nervo fibular profundo no músculo tibial anterior, objetivando ativar de forma eficaz o principal músculo responsável pela dorsiflexão do pé, o músculo tibial anterior.
[025] A estruturação dos formatos e dimensões dos três eletrodos (1, 2) é compatível com o tamanho e disposição anatômica do trajeto do nervo fibular comum na altura da cabeça da fíbula e a dupla distribuição dos pontos motores do nervo fibular profundo no músculo tibial anterior.
[026] Um eletrodo (1) possui formato circular, estando destinado a estimular especificamente o nervo fibular comum. Dois eletrodos (2), cujos formatos estão representados pelo número 2 nas figuras 1 e 2, possuem dimensão longitudinal maior que sua dimensão transversal, podendo ter formato de retângulo arredondado ou elipse, compatível com a distribuição dos pontos motores proximais e distais do nervo fibular profundo no músculo tibial anterior, respectivamente. Na figura 1 é possível visualizar uma estruturação de formato proposta para os três eletrodos (1, 2) e suas áreas internas ativas.
[027] Os formatos dos três eletrodos, descritos no parágrafo anterior, são condizentes com as características anatômicas das estruturas neuromusculares, mas no que tange às suas dimensões, dependendo da estatura e biótipo dos indivíduos, estas podem mudar para se ajustar aos diferentes comprimentos de pernas. A vestimenta na qual eles são acoplados permite inserção de diferentes tamanhos de eletrodos. Os dois eletrodos (2) possuem os mesmos formatos e dimensões, e a soma de suas áreas de superfície que fazem contato com a perna (face interna dos eletrodos) é igual a área de superfície (da face interna) do eletrodo 1. Considerando os diferentes tamanhos de membros inferiores dos usuários de EENM, algumas dimensões para os três eletrodos (1, 2) foram descritas aqui. A área ativa de superfície do eletrodo 1 pode oscilar preferencialmente entre 4,9 cm2 a 19,6 cm2 (por exemplo, considerando um eletrodo circular com 2,5 a 5 cm de diâmetro), e a área de cada um dos eletrodos 2 entre 2,5 cm2 a 9,8 cm2, mas todas estas dimensões podem variar de acordo com o comprimento da perna do indivíduo, não se limitando a estas apresentadas.
[028] Os três eletrodos (1, 2) embora possuam formatos e dimensões distintos, são providos de estrutura, material e meio de conexão com cabos de equipamento de EENM semelhantes.
[029] A face dos três eletrodos (1, 2) voltada para a perna do usuário, que faz contato direto com a pele corresponde a sua área ativa. Esta face é composta por um material condutor (5), preferencialmente um material auto-adesivo que se adere à pele de forma a facilitar a fixação do eletrodo no corpo e minimizar o seu deslocamento durante a eletroestimulação.
[030] Os três eletrodos (1, 2) possuem em sua face voltada para o exterior, aquela visível quando a vestimenta está fixada na perna do usuário, uma camada protetora (6) que auxilia a fixar cabo condutor flexível (7) no eletrodo. O cabo condutor (7) emerge da região central dos três eletrodos (1, 2) e segue até uma de suas bordas, e possui, em sua porção distal ao eletrodo, um conector (8) que faz contato direto com um cabo do dispositivo de EENM.
[031] A camada protetora (6) presente na face dos eletrodos (1, 2) voltada para o exterior é composta por material que permite fixação dos eletrodos na vestimenta (4). O material utilizado nesta camada protetora (6) dos três eletrodos (1, 2) pode ser feito com Velcro ou outro material similar, permitindo tanto a fixação quanto a remoção rápida dos eletrodos (1, 2) da vestimenta (4). Na face externa dos três eletrodos (1, 2) está disposto um sistema de referência, que atua como guia, orientando a alocação precisa dos eletrodos em relação às estruturas neuromusculares alvo que são: nervo fibular comum, pontos motores proximais do nervo fibular profundo no músculo tibial anterior e pontos motores distais do nervo fibular profundo no músculo tibial anterior. Este sistema de referência nos três eletrodos (1, 2) é composto por marcações (9, 10) na face externa deles, as quais são utilizadas para permitir a replicação adequada do posicionamento dos três eletrodos (1, 2) na vestimenta (4).
[032] A primeira marcação (9) está presente nos três eletrodos (1, 2) e corresponde ao centro deles. Uma marcação adicional está presente nos dois eletrodos 2, trata-se de uma linha guia em sentido longitudinal (10) aos eletrodos que cruza o centro destes dois eletrodos (2). As marcações 9 e 10 podem ser visualizadas na figura 1.
[033] Os três eletrodos (1, 2) são flexíveis, passíveis de acoplamento e remoção na pele do usuário e na vestimenta (4), podem ser reutilizáveis ou descartáveis.
[034] A vestimenta (4) é estruturada em dupla faces de tecido, um material flexível como neoprene ou similar, que se adapta e se conforma à perna do usuário. A camada de tecido interna (11) da vestimenta (4) faz contato direto com a pele do usuário, sendo alocados os três eletrodos (1, 2) nesta face voltada para a perna do usuário. A camada de tecido externa (12) é sobreposta à camada interna (11), correspondendo à camada da vestimenta voltada para o exterior, ou seja, a camada que é visível quando a vestimenta está fixada na perna do usuário, conforme pode ser observado na figura 3.
[035] Considerando que a alocação dos eletrodos na perna em cada usuário é um processo individualizado e mediado pelo fisioterapeuta ou outro profissional treinado, a vestimenta (4) é estruturada com um sistema de referência que permite que haja a replicação do posicionamento estruturado pelo terapeuta para os três eletrodos (1, 2) da perna para a vestimenta (4). Seu sistema de referência é composto por um gabarito (13), bem como por marcações (14, 15, 16, 17) idênticas e correspondentes tanto no gabarito (13), quanto nas camadas de tecido interna (11) e externa (12) da vestimenta (4).
[036] O gabarito (13) é elaborado em material plástico, maleável e transparente, permitindo conformabilidade à curvatura anatômica da perna, e possuindo bordas revestidas de material aderente para permitir que ele se fixe à perna do usuário enquanto o terapeuta desenha nele (13) os contornos e as marcações (9, 10) dos três eletrodos (1, 2). A fixação à perna e a possibilidade de desenhar no gabarito auxiliam no processo de replicação do posicionamento dos eletrodos (1, 2) da perna para a vestimenta (4). A delimitação dos componentes do gabarito (13) e um exemplo de alocação dos três eletrodos (1, 2) nele são apresentadas na figura 4.
[037] O gabarito (13) é estruturado adicionalmente para que seja passível de remoção rápida e não lesiva à pele. As marcações 14 e 15, contidas no gabarito (13), são dispostas para que sejam alocadas em marcas anatômicas na perna do usuário, provendo referência antropométrica ao gabarito (13) independentemente do comprimento e circunferência de perna que o usuário possua. A marcação 14 corresponde a uma linha vertical que serve como referência para que seja alocada em correspondência com a crista da tíbia, e a marcação 15 trata-se de uma linha horizontal disposta na porção superior do gabarito (13) servindo como referência para que seja alocada no ápice da cabeça da fíbula. Desta forma, as marcações 14 e 15 servem como referência para determinar em qual altura e orientação médio-lateral da perna o gabarito (13) deve ser alocado. Adicionalmente, o gabarito (13) possui a marcação 16 que corresponde a um conjunto de linhas verticais paralelas à marcação 14, equidistantes entre si e numeradas de “1” a “12”, e a marcação 17 que se refere a um conjunto de linhas horizontais e equidistantes entre si nomeadas de “A” a “Z”. As marcações 16 e 17 servem como referência para identificar especificamente a que disposição médio-lateral e altura na perna os dois eletrodos 2 foram alocados na perna. O local de intersecção do desenho da marcação do centro (9) dos dois eletrodos 2 nas marcações 16 e 17 do gabarito (13) é a referência chave para alocação destes dois eletrodos (2) na camada interna da vestimenta (11). Para facilitar a reprodutibilidade e a minimização de erro na alocação dos dois eletrodos (2) na vestimenta (4), a marcação 16 do sistema de referência do gabarito (13) funciona como guia adicional para auxiliar nos seus posicionamentos. Como estes dois eletrodos (2) possuem a linha longitudinal (marcação 10) semelhante em sua face externa (6), a marcação 16 do gabarito (13) orienta para que a referida linha dos dois eletrodos (2) se sobrepasse com ela (16), garantindo que os dois eletrodos (2) sejam adequadamente alocados de forma paralela à marcação 14, e, consequentemente, alinhados com a distribuição das fibras do músculo tibial anterior. Considerando o exemplo da alocação dos dois eletrodos 2 no gabarito (13) presente na ilustração esquemática da figura 4, é possível observar que o desenho da marcação 9 referente ao eletrodo 2 superior intersecta entre a linha vertical “6” e a linha horizontal “J” nas marcações 16 e 17 do gabarito (13), enquanto que esta intersecção no desenho do eletrodo 2 inferior ocorre nas linhas “6” e “Z”, respectivamente, e a marcação 10 destes dois eletrodos (2) sobrepassa a marcação 16 do gabarito (13) na linha vertical referente ao número “6”, conforme demonstrado na referida figura.
[038] Na camada interna (11) da vestimenta, ou seja, na sua face voltada para a perna do usuário (demonstrada na figura 5) encontra-se disposto o sistema de referência da vestimenta (4) que contém as mesmas marcações 14, 15, 16 e 17 contidas no gabarito (13) e descritas no parágrafo anterior. Como todas estas marcações (14, 15, 16, 17) são idênticas e equidistantes, tanto no gabarito (13) quanto na vestimenta (4), o gabarito (13) pode ser sobreposto à vestimenta de forma que as marcações 14, 15, 16 e 17 em ambos se sobreponham e permitam a replicação do mesmo posicionamento dos eletrodos nos locais correspondentes nas marcações (15, 16, 17) contidas na camada interna (11) da vestimenta (4) e checagem pelo usuário ou terapeuta em usos sucessivos da vestimenta (4) durante EENM destinada à dorsiflexão do pé, conforme demonstrado na figura 6. Ainda na camada interna (11) da vestimenta (4) há na região passível de fixação (18) dos três eletrodos (1, 2) a disposição de material que permite a fixação e remoção rápida dos três eletrodos (1, 2) da vestimenta (4), sendo preferencialmente estruturado com Velcro ou material similar. Na região próxima às marcações 15, 16 e 17 são dispostos orifícios (19) que permitem que o cabo condutor (7) do eletrodo fixado na camada interna (11) da vestimenta (4) a atravesse e seja acondicionado no espaço que existe entre as camadas interna (11) e externa (12) da vestimenta (4).
[039] Na camada externa (12) da vestimenta (4) está disposto o sistema de referência para orientar o posicionamento adequado da vestimenta (4) na perna, por meio das marcações 14 e 15 nos mesmos locais correspondentes apresentados na camada interna (11). Nesta camada externa (12) está disposto um bolso (20) que permite o acondicionamento opcional de um dispositivo portátil de EENM conforme demonstrado na figura 7, de forma que estes permaneçam acoplados à vestimenta (4) durante o uso. Na região correspondente ao bolso (20) na camada externa (12) da vestimenta (4) há um orifício (21) que permite que os cabos de conexão do equipamento de EENM passem por este orifício (21) e fiquem acondicionados no espaço que existe entre as camadas interna (11) e externa (12) da vestimenta (4).
[040] O sistema de referência da vestimenta (4) composto pelas marcações 14 e 15 presentes tanto na camada interna (11) quanto na externa (12) guiam e norteiam o posicionamento dele em consonância com as marcas anatômicas na perna do usuário, provendo referência antropométrica à vestimenta (4) independentemente do comprimento e circunferência de perna que o usuário possua, servindo como referência para determinar em qual altura e orientação médio-lateral da perna a vestimenta (4) deva ser alocada.
[041] A fixação da vestimenta (4) na perna é feita por meio de fixação rápida (22, 23), seja ela composta por uma trava rápida, mecanismo de Velcro ou material similar em ambas camadas da vestimenta (11, 12). Os componentes do sistema de fixação (22) são alocados na camada interna (11), especificamente nas 3 abas da vestimenta (4) dispostas na extremidade oposta à marcação 14, conforme apresentado na figura 5. Os outros componentes correspondentes de fixação (23) estão disponíveis na camada externa (12) da vestimenta (4), conforme apresentado na figura 7.
[042] Em virtude do material da vestimenta (4) ser flexível, ela se conforma e envolve a perna fazendo uma volta em torno de toda a circunferência da perna. As dimensões da vestimenta (4) podem oscilar visto que seus usuários podem apresentar diferentes estaturas e, consequentemente, diferentes comprimentos de perna. É proposta nesta patente uma faixa de comprimento da vestimenta (4) de 12cm a 28cm e largura de 30 cm a 55 cm na relação altura por largura, de modo a contemplar diferentes comprimentos e circunferências de perna.
[043] As ilustrações 4 a 7 exemplificam a estruturação da vestimenta (4) disposta para permitir vestibilidade ao membro inferior direito. Faz-se necessário ressaltar que uma vestimenta (4) ajustada ao membro inferior esquerdo apresenta os mesmos componentes e descrições presentes neste relatório descritivo, entretanto sua disposição é espelhada para permitir vestibilidade à perna esquerda.
[044] A vestimenta (4) é estruturada para permitir que seja lavável, portanto é projetada para permitir acoplamento e desacoplamento dos três eletrodos (1, 2), dos cabos de conexão, e do equipamento de EENM portátil com módulo de sensores e bateria integrada nele.

Claims (8)

  1. “VESTIMENTA E SISTEMA DE ELETRODOS PARA DISPOSITIVO DE PROMOÇÃO DE DORSIFLEXÃO DO PÉ POR ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NEUROMUSCULAR” caracterizados por ser composto por um eletrodo circular (1) e dois eletrodos não circulares (2) com sistema de referência neles composto por marcações (9, 10); uma vestimenta estruturada (4) para acoplamento dos três eletrodos e componentes de equipamento de estimulação elétrica neuromuscular portátil, e que contém sistema de referência nela composto por um gabarito (13) e marcações (14, 15, 16, 17).
  2. “VESTIMENTA E SISTEMA DE ELETRODOS PARA DISPOSITIVO DE PROMOÇÃO DE DORSIFLEXÃO DO PÉ POR ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NEUROMUSCULAR”, de acordo com a reivindicação 1, caracterizados por promoverem o acionamento do nervo fibular comum, dos pontos motores proximais e distais do nervo fibular profundo no músculo tibial anterior.
  3. “VESTIMENTA E SISTEMA DE ELETRODOS PARA DISPOSITIVO DE PROMOÇÃO DE DORSIFLEXÃO DO PÉ POR ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NEUROMUSCULAR”, de acordo com a reivindicação 1, caracterizados por possuir um sistema composto por três eletrodos (1, 2) de superfície cujos formatos de sua face interna ativa e sua face externa, e dimensões são estruturados de forma a se ajustem a indivíduos com diferentes comprimentos de pernas e a se aproximarem da disposição anatômica na perna das estruturas neuromusculares do nervo fibular comum na altura da cabeça da fíbula e da distribuição longitudinal dos pontos motores proximais e distais do nervo fibular profundo no músculo tibial anterior.
  4. “VESTIMENTA E SISTEMA DE ELETRODOS PARA DISPOSITIVO DE PROMOÇÃO DE DORSIFLEXÃO DO PÉ POR ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NEUROMUSCULAR”, de acordo com as reivindicações 1, 2 e 3 caracterizados por dois eletrodos (2) apresentarem a soma de suas áreas de superfície da face interna ativa igual a área de superfície da face interna do eletrodo maior (1).
  5. “VESTIMENTA E SISTEMA DE ELETRODOS PARA DISPOSITIVO DE PROMOÇÃO DE DORSIFLEXÃO DO PÉ POR ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NEUROMUSCULAR”, de acordo com as reivindicações 1, 3 e 4 caracterizados pelos eletrodos (1, 2) possuírem em sua face dos voltada para a perna do usuário, um material condutor (5), preferencialmente auto-adesivo ou outro material, podendo ser reutilizável ou descartável; e em sua face voltada para o exterior um material que permita a fixação dos eletrodos (1, 2) em vestimenta (4) utilizada em EENM para facilitar o posicionamento de eletrodos (1, 2) na perna.
  6. “VESTIMENTA E SISTEMA DE ELETRODOS PARA DISPOSITIVO DE PROMOÇÃO DE DORSIFLEXÃO DO PÉ POR ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NEUROMUSCULAR”, de acordo com as reivindicação 1, caracterizados pela vestimenta (4) e eletrodos (1, 2) possuírem um sistema de referência, sendo o sistema de referência dos eletrodos composto por no mínimo duas marcações (9, 10) utilizadas para a replicação do posicionamento dos eletrodos (1, 2) na perna para a vestimenta (4) em correspondência com as estruturas neuromusculares responsáveis pela ativação da dorsiflexão do pé, e o sistema de referência da vestimenta (4) é baseado em gabarito (13) removível e marcações (14, 15, 16, 17) que provêm referência antropométrica ao gabarito (13) independentemente do comprimento e circunferência de perna que o usuário possua e, ainda, pelo sistema de referência da vestimenta (4) e do gabarito (13) possuírem marcações idênticas, equidistantes, dispostas na horizontal e na vertical em ambos que são utilizadas para replicação do posicionamento do eletrodos (2, 3) do gabarito (13) para a vestimenta (4).
  7. “VESTIMENTA E SISTEMA DE ELETRODOS PARA DISPOSITIVO DE PROMOÇÃO DE DORSIFLEXÃO DO PÉ POR ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NEUROMUSCULAR”, de acordo com as reivindicações 1 e 2, caracterizados por possuir uma vestimenta (4) estruturada em dupla camada de material flexível que se conforma e se fixa na perna do usuário, que contém na camada de tecido que faz contato com a perna, orifícios (19) que permitem que os fios condutores dos eletrodos fixados nesta camada a atravessem e sejam acondicionados no espaço existente entre as camadas interna (11) e externa (12) da vestimenta e dispõe, ainda, de meio de fixação e remoção rápida à perna que se dá através de trava rápida, Velcro ou material similar.
  8. “VESTIMENTA E SISTEMA DE ELETRODOS PARA DISPOSITIVO DE PROMOÇÃO DE DORSIFLEXÃO DO PÉ POR ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NEUROMUSCULAR”, de acordo com as reivindicações 1 e 2, caracterizados por uma vestimenta (4) que em sua camada interna há um material que permita a fixação e remoção dos eletrodos (1, 2) dela, e que contém em sua camada externa espaço (20) para acondicionamento de dispositivo portátil de eletroestimulação.
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