BR102020005400A2 - Sistema para detecção de ondas eletromagnéticas cerebrais, método de detecção de ondas eletromagnéticas cerebrais em um indivíduo, e uso do sistema para detecção de ondas eletromagnéticas cerebrais - Google Patents

Sistema para detecção de ondas eletromagnéticas cerebrais, método de detecção de ondas eletromagnéticas cerebrais em um indivíduo, e uso do sistema para detecção de ondas eletromagnéticas cerebrais Download PDF

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Abstract

sistema para detecção de ondas eletromagnéticas cerebrais, método de detecção de ondas eletromagnéticas cerebrais em um indivíduo, e uso do sistema para detecção de ondas eletromagnéticas cerebrais. a presente invenção se refere a um sistema para detecção de ondas eletromagnéticas cerebrais, compreendendo pelo menos dois eletrodos; pelo menos um osciloscópio; pelo menos dois elementos conectores, em que os ditos elementos conectores conectam os eletrodos ao osciloscópio. as ondas eletromagnéticas detectadas podem ser utilizadas para verificar situações de mentira de um indivíduo.

Description

SISTEMA PARA DETECÇÃO DE ONDAS ELETROMAGNÉTICAS CEREBRAIS, MÉTODO DE DETECÇÃO DE ONDAS ELETROMAGNÉTICAS CEREBRAIS EM UM INDIVÍDUO, E USO DO SISTEMA PARA DETECÇÃO DE ONDAS ELETROMAGNÉTICAS CEREBRAIS Campo da Invenção
[001] A presente invenção se refere ao campo de artigos (produtos e sistemas) e métodos para detectar informações cerebrais, tais como dados neurais emitidos pelo cérebro, por meio de ondas eletromagnéticas. As realizações da presente invenção são úteis para detectar, em particular, a mentira.
Antecedentes da Invenção
[002] A mentira é um ato do ser humano presente em seu cotidiano. Pessoas mentem com o intuito de ajudar alguém ou até mesmo para não serem prejudicadas em um julgamento, por exemplo. Mesmo com todos os avanços da tecnologia, não existe ainda um dispositivo com alguma solução significativa e eficiente na detecção de mentiras.
[003] O dispositivo que mais se aproximou ao longo da história de ser considerado capaz de desvendar o ato da mentira foi o polígrafo, popularmente conhecido como detector de mentiras. Conhecido por sua utilização, principalmente, em filmes policiais americanos, este aparelho foi utilizado em situações reais ao longo do tempo, apesar de atualmente não ser reconhecido como prova definitiva da ocorrência da mentira.
[004] O teste do polígrafo, composto por sensores que medem variáveis fisiológicas, se baseia na teoria de que estas se alteram quando uma mentira é contada, comprovando ou não a veracidade das informações colhidas de uma determinada pessoa que se submete ao teste. Trata-se de uma invenção do século XX e fundamenta-se no princípio de que, ao mentir, alterações psicológicas e, em última análise, fisiológicas, são acarretadas, geradas pelo temor.
[005] De maneira resumida, existem três etapas no teste por meio de polígrafo: a primeira se refere a uma conversa preliminar entre o interrogado e o interrogador; a segunda ao teste propriamente dito e, a terceira, à conclusão.
[006] O teste propriamente dito consiste na avaliação do comportamento e das possíveis reações fisiológicas da pessoa questionada durante a realização do teste. As reações fisiológicas são coletadas por meio dos seguintes instrumentos: (i) galvanômetro, que registra a condutividade elétrica da pele, ou seja, a capacidade que a pele tem para que seja possível transportar a eletricidade do corpo; em outras palavras, o suor; (ii) pneumógrafo, que registra a variação da atividade respiratória, ou seja, o canal respiratório; o instrumento é colocado na parte de baixo da caixa respiratória humana para a captação de sua variação; (iii) medidor de pressão e batimentos cardíacos, que é composto de uma braçadeira que serve para medir a pressão arterial e a pulsação (canal cardíaco).
[007] De acordo com a literatura, a eficiência do polígrafo varia entre 68% a 70%, sendo considerada relativamente baixa. Isso porque o teste pode ser manipulado por um indivíduo treinado, levando a falsos negativos, ou mesmo apresentar falsos positivos, já que a submissão de uma pessoa inocente ao teste pode levar a alterações fisiológicas semelhantes às apresentadas por um mentiroso, em vista do estresse e da ansiedade. Dessa forma, os resultados do polígrafo não são considerados como prova em termos jurídicos, sendo utilizado apenas como uma ferramenta de auxílio em investigações.
[008] Além do polígrafo, existem outros métodos e equipamentos desenvolvidos ao longo do tempo com o objetivo de detectar a mentira. Alguns dos principais estão descritos abaixo.
[009] A linguagem corporal consiste em uma forma de comunicação não verbal. Inclui a análise de gestos, postura, expressões faciais, movimento dos olhos e a proximidade entre o interrogado e o interrogador. Com a conversa sendo composta 7% de palavras e 55% pela linguagem corporal, trata-se de um método bom para a detecção da mentira. No entanto, é possível treinar um indivíduo para que não demonstre na linguagem corporal trejeitos compatíveis com a mentira, o que torna o método pouco confiável.
[010] A Ressonância Magnética Funcional (RMf) é um exame para diagnóstico por imagem que retrata imagens de alta definição dos órgãos por utilização de campo magnético. Não utiliza radiação e visa gerar imagens da estrutura cerebral com aproximadamente 99% de precisão.
[011] Apesar de eficiente na detecção de atividade cerebral relacionada ao ato da mentira, a Ressonância Magnética Funcional (RMf) tem uma aplicabilidade muito complexa, com os aparelhos necessários tendo um alto custo e também pela necessidade da colaboração do examinado, que durante o exame deve permanecer o mais imóvel possível.
[012] A Captação de Imagens Térmicas é o processo de captar a temperatura de um objeto para produzir uma imagem. As imagens térmicas funcionam detectando e medindo a quantidade de radiação infravermelha que é emitida ou refletida por pessoas ou objetos para renderizar a temperatura visualmente. Em relação à detecção da mentira, tem 78% de precisão máxima, sendo que, na média, a precisão chega a se igualar à do polígrafo (60%).
[013] Assim, considerando a necessidade de fornecimento de artigos e métodos que sejam capazes de detectar a mentira com maior precisão e que não sejam vulneráveis à manipulação por treino, bem como não levem a falsos positivos, revelou-se a presente invenção de forma surpreendente, por meio de suas realizações abaixo detalhadas.
Descrição Resumida da Invenção
[014] É, portanto, objeto da presente invenção fornecer um sistema para detecção de ondas eletromagnéticas cerebrais, compreendendo: pelo menos dois eletrodos; pelo menos um osciloscópio; e pelo menos dois elementos conectores, em que os ditos elementos conectores conectam os eletrodos ao osciloscópio.
[015] Em uma realização preferencial, os eletrodos são eletrodos de Eletroencefalogramo.
[016] Em outra realização preferencial, o osciloscópio mede variações de diferenças de potencial (DDP).
[017] Em outra realização preferencial, o osciloscópio mede variações de diferenças de potencial (DDP) de pelo menos 10 µV.
[018] Em outra realização preferencial, o sistema compreende adicionalmente uma unidade de memória que armazena medições realizadas pelo osciloscópio.
[019] Em outra realização preferencial, o sistema para detecção de ondas eletromagnéticas cerebrais consiste em dois eletrodos; um osciloscópio; e dois elementos conectores, em que os ditos elementos conectores conectam os eletrodos ao osciloscópio.
[020] De maneira preferencial, o sistema de acordo com a presente invenção compreende um primeiro eletrodo e um segundo eletrodo, em que o primeiro eletrodo detecta variações de diferença de potencial medidas pelo osciloscópio superiores a 85 mV, preferencialmente superiores a 90 mV, mais preferencialmente superiores a 100 mV, em relação a uma medição de diferença de potencial de referência.
[021] Em outra realização preferencial, o segundo eletrodo detecta variações de diferença de potencial medidas pelo osciloscópio (2) inferiores a 15 mV, preferencialmente inferiores a 10 mV em relação a uma medição de diferença de potencial de referência.
[022] Em outra realização preferencial, o sistema de acordo com a presente invenção é usado para identificar a mentira em um indivíduo.
A presente invenção também se refere a um método de detecção de ondas eletromagnéticas cerebrais em um indivíduo, compreendendo (a) detectar ondas eletromagnéticas cerebrais do giro frontal medial de um indivíduo, por meio de um primeiro eletrodo, com uma diferença de potencial medida por um osciloscópio superior a 85 mV, em relação a uma medição de diferença de potencial de referência; e (b) detectar ondas eletromagnéticas cerebrais do giro temporal médio de um indivíduo, por meio de um segundo eletrodo, com uma diferença de potencial medida por um osciloscópio inferior a 15 mV, em relação a uma medição de diferença de potencial de referência; em que a medição da diferença de potencial do primeiro eletrodo superior a 85 mV e do segundo eletrodo inferior a 15 mV indicam a mentira do indivíduo.
Ainda, a presente invenção também se refere ao uso do sistema para detecção de ondas eletromagnéticas cerebrais, para identificar a mentira em um indivíduo.
Breve Descrição das Figuras
[023] A Figura 1 ilustra uma concretização preferencial da presente invenção, compreendendo dois eletrodos, um osciloscópio, dois elementos conectores, em configuração montada, com os elementos conectores conectando os eletrodos ao osciloscópio.
[024] A Figura 2 ilustra os pontos preferenciais de aplicação dos eletrodos em indivíduos voluntários.
Descrição Detalhada da Invenção
[025] A presente invenção propõe a utilização de dados neurais emitidos pelo cérebro por meio de ondas eletromagnéticas detectadas por sensores eletrônicos. Além de atingir uma eficiência de 96,15% na detecção de mentiras, as realizações da presente invenção são não invasivas, são relativamente simples e baratas, consistindo em uma melhora inesperada em relação às existentes no estado da técnica.
[026] Para o fornecimento da presente invenção, utilizou-se como instrumento o sistema nervoso.
[027] Considerado o sistema mais complexo e privilegiado do corpo, o sistema nervoso é responsável por toda a atividade intelectual, regulando o comportamento e as ações fisiológicas. É dividido em sistema nervoso central (SNC), e sistema nervoso periférico (SNP).
[028] O SNC é dividido em medula espinhal (ME) e encéfalo que, por sua vez, é subdividido em cérebro, cerebelo e tronco encefálico. O SNP é formado pelo sistema nervoso somático (SNS) e pelo sistema nervoso autônomo (SNA) que, por sua vez, é dividido em sistema nervoso simpático e sistema nervoso parassimpático.
[029] O cérebro controla as funções cognitivas e motoras, possuindo diversos lobos. O frontal é responsável pelo movimento, o parietal é responsável pelas sensações somáticas, o occipital pela visão, o temporal pela audição, aprendizagem, memória e emoções.
[030] Ao pensar, um processo eletroquímico ocorre no cérebro. Para criar um pensamento, certas células cerebrais precisam enviar mensagens entre si, de acordo com certos padrões. Se um indivíduo já teve um pensamento antes, o padrão dele já está estabelecido, ao pensar nele novamente, apenas se está repetindo o padrão. Se for um pensamento inteiramente novo, cria-se um padrão ou rede de células no cérebro.
[031] Esse padrão influencia o corpo e pode mudar a dispersão de hormônios (como a endorfina) por todo o corpo, assim como no sistema nervoso autônomo (SNA). O sistema nervoso autônomo controla ações como a respiração, tamanho das pupilas, fluxo sanguíneo, suor, rubor, etc.
[032] Quando uma mentira é contada, algumas regiões do cérebro são ativadas. De acordo com estudos realizados, o giro frontal médio e inferior são regiões associadas à mentira.
[033] Quando uma pessoa é submetida a uma acusação, caso a acusação seja verdadeira, áreas associadas à memória de reconhecimento são ativadas, o que não ocorre se a acusação for falsa.
[034] Para se entender melhor essas questões, cabe uma análise mais detalhada das ondas cerebrais. O cérebro emite ondas delta de 1 Hz à 3 Hz (têm maior amplitude de onda e estão relacionadas à fase do sono profundo), theta, de 3,5 Hz à 8 Hz (relacionadas com a capacidade de imaginação, de reflexão e da qualidade do sono), alfa, de 8 Hz à 13 Hz (emitidas no estado de calma, mas sem sono), beta, de 12 Hz à 33 Hz (ondas de atividade neural mais intensas, quando em um estado de alerta onde há a necessidade de se atentar a vários estímulos ao mesmo tempo) e gama, de 25 Hz à 100 Hz (onda extremamente rápida, associada a trabalhos de alto processamento cognitivo).
[035] Essas ondas detectadas correspondem aos impulsos elétricos emitidos pelos neurônios. Os neurônios são a unidade funcional do sistema nervoso. Por meio de impulsos de potencial elétrico gerados por fluxos de íons de sódio e potássio, os neurônios são responsáveis por transmitir informações entre o cérebro e todo o sistema nervoso, que por sua vez se comunica com todo o corpo.
[036] O tipo de onda captado depende da posição onde um eletrodo de eletroencefalogramo é posicionado no escalpo de um indivíduo.
[037] Ondas menos intensas como delta e theta raramente são observadas em indivíduos normais, a não ser que apresentem algum tipo de patologia cerebral (com exceção de recém-nascidos).
[038] O sistema nervoso autônomo (SNA), também chamado sistema neurovegetativo ou sistema nervoso visceral, está relacionado ao controle e comunicação interna do organismo, à vida vegetativa, baseado no controle de vasos sanguíneos, vísceras, glândulas, respiração, regulação de temperatura e digestão. Também é o principal responsável pelo controle automático do corpo, pelas modificações do ambiente.
[039] Como exemplo, é possível citar a situação em que, quando uma pessoa entra em uma sala com ar condicionado que lhe dá a sensação de frio, o sistema nervoso autônomo funciona tentando evitar uma queda de temperatura corporal. Assim, os pelos se arrepiam devido à contração do músculo pilo eretor e a pessoa começa a tremer para gerar calor. Ao mesmo tempo, ocorre a vasoconstrição nas extremidades para impedir a dissipação do calor. Percebe-se, pois, que o organismo possui um mecanismo que permite ajustes corporais, mantendo equilíbrio do corpo: a homeostasia.
[040] O SNA também é responsável pelas respostas reflexas (da natureza automática), controle da musculatura lisa, cardíaca e das glândulas exócrinas, bem como permite o aumento da pressão arterial, da frequência respiratória, os movimentos peristálticos e a excreção de determinadas substâncias. Apesar de ser chamado de sistema nervoso autônomo, este não é independente do restante do sistema nervoso. Na verdade, está interligado com o hipotálamo, que coordena a resposta comportamental para garantir a homeostasia.
[041] Sabe-se que o SNA é constituído por um conjunto de neurônios que se encontram na medula e no tronco encefálico. Consiste num afluxo de dois neurônios, onde os axônios pré-glanglionares que vêm dos corpos celulares no eixo cérebro espinhal fazem sinapses com fibras pós-ganglionares que se originam nos gânglios autônomos, fora do SNC.
[042] O SNA é dividido em duas partes: o sistema nervoso simpático (toracolombar) e o sistema nervos parassimpático (craniossacral). Trata-se de uma divisão baseada nas características anatômicas de cada divisão e nas funções que cada uma delas desempenha.
[043] O sistema nervoso parassimpático é o responsável por estimular as ações que permitem ao organismo responder às situações de calma, como a desaceleração dos batimentos cardíacos, diminuição da pressão arterial, a diminuição adrenalina e açúcar no sangue.
[044] O sistema nervoso simpático é o responsável por estimular ações que permitem ao organismo responder às situações de luta ou fuga e à preparação do corpo para reagir a situações de estresse ou de emergência, que têm principalmente fibras adrenérgicas. Por exemplo, ocorre uma compressão da secreção, diminuição da contratilidade do músculo liso, aumento do ritmo cardíaco, contração dos vasos sanguíneos e aumento da pressão sanguínea.
Sistema para detecção de ondas eletromagnéticas cerebrais
[045] Com base neste levantamento científico, a presente invenção compreende a detecção, de forma surpreendente, das mencionadas ondas cerebrais para identificação de mentiras.
[046] Para tanto, foi desenvolvido um sistema associado ao Eletroencefalogramo (EEG), consistindo no monitoramento eletrofisiológico que, por meio da onda P300, registra a atividade elétrica do cérebro, detectando o sinal aproximadamente 300 ms após o estímulo. O sinal obtido em cada eletrodo oferece uma média de todas as respostas elétricas de um conjunto de neurônios de uma dada região cerebral. Trata-se de um método normalmente não-invasivo, com eletrodos colocados no couro cabeludo.
[047] O sistema de acordo com a presente invenção é formado por pelo menos dois eletrodos, preferencialmente de Eletroencefalogramo, ligados a pelo menos um osciloscópio, capaz de medir variações de tensão de pelo menos 10 µV, referentes às ondas emitidas pelo cérebro. Mais especificamente, o osciloscópio mede variações de diferença de potencial (DDP) de pelo menos 10 µV.
[048] A colocação dos eletrodos é realizada no couro cabeludo em diferentes regiões cerebrais. Os referidos eletrodos são capazes de detectar a intensidade das atividades de cada região do cérebro examinada. Assim, com o uso dos eletrodos, pode-se identificar as partes do cérebro que apresentam maior atividade para determinadas ações.
[049] Os eletrodos, de acordo com a presente invenção, são posicionados no couro cabeludo de acordo com a região de maior atividade indicada pelos dados teóricos referentes à ressonância magnética funcional. A aferição dos dados é dada por um osciloscópio no qual são conectados os eletrodos, por meio de elementos conectores.
[050] O referido osciloscópio permite medir a diferença de potencial elétrico correspondente à atividade dos neurônios da região estudada, detectada pelos eletrodos.
[051] A figura 1 ilustra uma concretização preferencial da presente invenção, compreendendo dois eletrodos 1, um osciloscópio 2, dois elementos conectores 3, em configuração montada, com os elementos conectores 3 conectando os eletrodos 1 ao osciloscópio 2.
[052] Os eletrodos, de acordo com a revelação da presente invenção, são posicionados no couro cabeludo de indivíduos, sendo preferencialmente um deles no topo da cabeça, correspondente à região do giro medial frontal, que se ativa durante o ato da mentira. Um segundo eletrodo, preferencialmente, é posicionado num ponto próximo à orelha direita do indivíduo, correspondente à uma região do giro temporal médio, que não apresenta atividade ligada à mentira.
[053] Na figura 2, o ponto 1 indica a posição do eletrodo que capta a atividade ligada à mentira, no giro medial frontal, e no ponto 2 o eletrodo que avalia a região não relacionada com a mentira, no giro temporal médio, de acordo com a revelação da presente invenção.
[054] Dessa forma, os sinais elétricos detectados pelos eletrodos 1 são transmitidos, via elementos conectores 3, ao osciloscópio 2, que mede variações de diferença de potencial nos sinais elétricos detectados.
[055] As variações medidas pelo osciloscópio são, preferencialmente, demonstradas em um visor disposto no próprio osciloscópio, conforme ilustrado na figura 1.
[056] Ainda, de maneira preferencial, o sistema de acordo com a presente invenção compreende adicionalmente uma unidade de memória 4 (não ilustrada), responsável por armazenar as medições realizadas pelo osciloscópio 2.
[057] De maneira preferencial, o sistema de acordo com a presente invenção consiste de dois eletrodos 1, um osciloscópio 2, e dois elementos conectores 3, em que os ditos elementos conectores 3 conectam os eletrodos 1 ao osciloscópio 2.
[058] Nesta configuração, uma quantidade mínima de eletrodos é utilizada, o que permite redução de custos de aplicação do sistema, e simplifica seu funcionamento.
[059] Preferencialmente, os dois eletrodos 1 podem ser definidos como um primeiro eletrodo 11 e um segundo eletrodo 12. O primeiro eletrodo 11 é preferencialmente posicionado na região do giro frontal medial de um indivíduo, de modo a detectar variações de diferença de potencial superiores a 85 mV, medidas pelo osciloscópio 2, em uma situação de mentira, em relação a uma medição de diferença de potencial de referência.
[060] A medição de diferença de potencial de referência pode ser aferida em um momento de repouso do indivíduo, ou mesmo em um momento de interlocução de uma informação verdadeira, ou seja, não mentira.
[061] Como apontado, a diferença de potencial medida pelo osciloscópio 2 em uma situação de mentira do indivíduo é superior a 85 mV mas, preferencialmente, pode ser inclusive superior a 90 mV, e mais preferencialmente superior a 100 mV.
[062] Em contraste, o segundo eletrodo 12, posicionado preferencialmente na região do giro temporal médio, detecta variações de diferença de potencial inferiores a 15 mV, medidas pelo osciloscópio 2, em uma situação de mentira, em relação a uma medição de diferença de potencial de referência.
[063] Mais particularmente, as medições osciloscópio 2 em relação ao segundo eletrodo 12, mesmo em situações de mentira, é inferior a 15 mV, preferencialmente inferior a 10 mV.
[064] Essa disparidade, com medições que chegam a superar os 100 mV para o eletrodo 11, e são inferiores a 10 mV para o eletrodo 12, são indícios claros da atividade da mentira do indivíduo.
[065] Dessa forma, a presente invenção também se refere a um método de detecção de ondas eletromagnéticas cerebrais em um indivíduo, particularmente envolvendo as etapas de:
  • (a) detectar ondas eletromagnéticas cerebrais do giro frontal medial de um indivíduo, por meio de um primeiro eletrodo 11, com uma diferença de potencial medida por um osciloscópio 2 superior a 85 mV, em relação a uma medição de diferença de potencial de referência;
  • (b) detectar ondas eletromagnéticas cerebrais do giro temporal médio de um indivíduo, por meio de um segundo eletrodo 12, com uma diferença de potencial medida por um osciloscópio 2 inferior a 15 mV, em relação a uma medição de diferença de potencial de referência;
[066] Mais especificamente, a medição da diferença de potencial do primeiro eletrodo 11 superior a 85 mV e do segundo eletrodo 12 inferior a 15 mV indicam a mentira do indivíduo.
[067] Por fim, a presente invenção também se refere ao uso do sistema para detecção de ondas eletromagnéticas cerebrais, conforme descrito acima, para identificar a mentira em um usuário.
Exemplo 1
[068] Para avaliação da efetividade do sistema revelado na presente invenção, testes realizados necessitaram de uma situação onde o indivíduo examinado mentisse, sabendo que um segundo indivíduo para quem a mentira fosse contada não sabia da mentira. Assim, não bastava fazer uma pergunta e pedir para que o indivíduo mentisse, pois nessa situação poderia haver influências nos resultados.
[069] Assim, indivíduos voluntários foram convidados a participar de um jogo de cartas popularmente conhecido como “truco”. Neste jogo, o participante em muitos momentos realiza um movimento conhecido como blefe, em que tenta enganar seu adversário, levando-o a crer que possui uma carta de grande valor e fazendo-o desistir do jogo.
[070] O experimento consistiu em avaliar a atividade cerebral de indivíduos voluntários durante o jogo.
[071] Os indivíduos voluntários avaliados receberam eletrodos presos às diferentes regiões do couro cabeludo, de modo que cada eletrodo pudesse avaliar a atividade cerebral das regiões do cérebro monitoradas. A atividade cerebral foi obtida por meio da medida da diferença de potencial de cada conjunto de onda gerada.
[072] Durante o experimento, três indivíduos voluntários foram avaliados enquanto participavam do jogo de truco. Quando o voluntário cometia um blefe, observava-se no osciloscópio se houve variação na diferença de potencial (DDP) do sinal captado pelos eletrodos.
[073] Foram avaliadas um total de 26 situações de blefe, das quais 25 apresentaram variação significativa da DDP detectada por um primeiro eletrodo posicionado sobre o giro frontal medial (eletrodo 11) com variações da ordem de 100 mV, medidas pelo osciloscópio. Já um segundo eletrodo posicionado próximo à orelha direita (eletrodo 12), sobre o giro temporal médio, não apresentou variações significativas. Os resultados obtidos encontram-se expostos nas tabelas 1, 2 e 3.
Tabela 1
Resultados obtidos para o indivíduo voluntário 1
Figure img0001
Tabela 2
Resultados obtidos para o indivíduo voluntário 2
Figure img0002
Tabela 3
Resultados obtidos para o indivíduo voluntário 3
Figure img0003
Figure img0004
[074] É possível observar no segundo evento da tabela 1 que o eletrodo 1 não foi capaz de verificar variações da DDP relacionadas ao ato de mentir. Este foi o único evento de blefe que não foi detectado, dentre os 26 observados durante o experimento com os 3 indivíduos voluntários.
[075] Nos demais casos, durante o ato da mentira, o eletrodo 11, posicionado sobre o giro frontal medial, detectou variações de DDP medidas pelo osciloscópio 2 superiores a 85 mV, particularmente superiores a 90 mV e, na maioria dos casos, superiores a 100 mV, em relação à DDP de referência, monitorada para o indivíduo durante o teste, ou seja, em situações onde não foi contada uma mentira (ou blefe).
[076] Já o eletrodo 12, detectou variações de DDP medidas pelo osciloscópio 2 inferiores a 15 mV e, na maioria dos casos, inferiores a 10 mV, em relação à DDP de referência, monitorada para o indivíduo durante o teste, ou seja, em situações onde não foi contada uma mentira (ou blefe).
[077] De modo geral, os dados obtidos demonstram uma eficiência de 96,15% na identificação da mentira para o sistema de acordo com a presente invenção. Esse é um índice próximo ao esperado para a metodologia de ressonância magnética funcional, o método mais eficiente conhecido até o momento, mas também o de maior custo e complexidade de aplicação.
[078] Esse resultado demonstra a eficácia do sistema proposto na presente invenção, indicando que a adição de dados neurais ao detector de mentiras pode aumentar sua eficiência, além de impedir a manipulação de forma voluntária e não apresentar falsos positivos.
[079] Embora várias realizações de dispositivos e sistemas e métodos para a utilização dos mesmos tenham sido descritas em detalhes consideráveis aqui, as realizações são meramente oferecidas como exemplos não limitativos da invenção aqui descrita. Portanto, será entendido que várias alterações e modificações podem ser feitas e elementos podem ser substituídos por seus equivalentes, sem se afastar do escopo da presente invenção. A presente invenção não se destina a ser exaustiva ou limitativa em relação ao seu conteúdo.

Claims (11)

  1. SISTEMA PARA DETECÇÃO DE ONDAS ELETROMAGNÉTICAS CEREBRAIS, caracterizado por compreender:
    • - pelo menos dois eletrodos (1);
    • - pelo menos um osciloscópio (2);
    • - pelo menos dois elementos conectores (3), em que os ditos elementos conectores (3) conectam os eletrodos (1) ao osciloscópio (2).
  2. SISTEMA, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelos eletrodos (1) serem eletrodos de Eletroencefalogramo.
  3. SISTEMA, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 2, caracterizado pelo osciloscópio (2) medir variações de diferenças de potencial (DDP).
  4. SISTEMA, de acordo com a reivindicação 3, caracterizado osciloscópio (2) medir variações de diferenças de potencial (DDP) de pelo menos 10 µV.
  5. SISTEMA, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado por compreender adicionalmente uma unidade de memória (4) que armazena medições realizadas pelo osciloscópio (2).
  6. SISTEMA, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado por consistir de:
    • - dois eletrodos (1);
    • - um osciloscópio (2);
    • - dois elementos conectores (3), em que os ditos elementos conectores (3) conectam os eletrodos (1) ao osciloscópio (2).
  7. SISTEMA, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado por compreender um primeiro eletrodo (11) e um segundo eletrodo (12), em que o primeiro eletrodo (11) detecta variações de diferença de potencial medidas pelo osciloscópio (2) superiores a 85 mV, preferencialmente superiores a 90 mV, mais preferencialmente superiores a 100 mV, em relação a uma medição de diferença de potencial de referência.
  8. SISTEMA, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo segundo eletrodo (12) detectar variações de diferença de potencial medidas pelo osciloscópio (2) inferiores a 15 mV, preferencialmente inferiores a 10 mV em relação a uma medição de diferença de potencial de referência.
  9. SISTEMA, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado por ser para identificar a mentira em um indivíduo.
  10. MÉTODO DE DETECÇÃO DE ONDAS ELETROMAGNÉTICAS CEREBRAIS EM UM INDIVÍDUO, caracterizado por compreender:
    • (a) detectar ondas eletromagnéticas cerebrais do giro frontal medial de um indivíduo, por meio de um primeiro eletrodo (11), com uma diferença de potencial medida por um osciloscópio (2) superior a 85 mV, em relação a uma medição de diferença de potencial de referência;
    • (b) detectar ondas eletromagnéticas cerebrais do giro temporal médio de um indivíduo, por meio de um segundo eletrodo (12), com uma diferença de potencial medida por um osciloscópio (2) inferior a 15 mV, em relação a uma medição de diferença de potencial de referência;
    em que a medição da diferença de potencial do primeiro eletrodo (11) superior a 85 mV e do segundo eletrodo (12) inferior a 15 mV indicam a mentira do indivíduo.
  11. USO DO SISTEMA PARA DETECÇÃO DE ONDAS ELETROMAGNÉTICAS CEREBRAIS, conforme definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado por ser para identificar a mentira em um indivíduo.
BR102020005400-7A 2020-03-18 2020-03-18 Sistema para detecção de ondas eletromagnéticas cerebrais, método de detecção de ondas eletromagnéticas cerebrais em um indivíduo, e uso do sistema para detecção de ondas eletromagnéticas cerebrais BR102020005400A2 (pt)

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