BR102019011309A2 - Suplemento alimentar de alta-energia baseado em açúcares invertidos e produtos ergogênicos para uso em atividades físicas e seu processo de produção - Google Patents

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Abstract

suplemento alimentar de alta-energia baseado em açúcares invertidos e produtos ergogênicos para uso em atividades físicas e seu processo de produção a presente invenção refere-se ao processo de produção e às composições referentes a um suplemento alimentar altamente energético que tem como base açúcares escuros invertidos, originários primordialmente da cana-de-açúcar, apresentando vantagens na resposta aos exercícios e qualidades sensoriais superiores na opinião de atletas. o suplemento em gel da presente invenção obtém composições alimentícias ideais para a junção desta fonte de carboidratos (açúcares escuros) com outras fontes de carboidratos e produtos ergogênicos, assim como com vitaminas, fibras funcionais, minerais essenciais, aminoácidos e proteínas.

Description

SUPLEMENTO ALIMENTAR DE ALTA-ENERGIA BASEADO EM AÇÚCARES INVERTIDOS E PRODUTOS ERGOGÊNICOS PARA USO EM ATIVIDADES FÍSICAS E SEU PROCESSO DE PRODUÇÃO CAMPO DA INVENÇÃO
[1] A presente invenção refere-se à formulação de uma composição alimentícia de alto teor energético, baseada em açúcares invertidos, originários de açúcares, com preferência os açúcares mascavo, demerara, VHP e VVHP, voltada para esportistas em geral. Mais especificamente, voltada para atletas profissionais e amadores de alto desempenho. Trata-se de uma composição usada como suplemento alimentar, com a função de suprir a demanda energética antes, durante e/ou após o exercício, à base de carboidratos invertidos enzimaticamente e outros, por meio de um processo natural sem aditivos químicos. Além de seu conteudo natural, este produto pode ser aditivado com: minerais, vitaminas, fibras funcionais, produtos ergogênicos, termogênicos e outros.
[2] A composição alimentícia da presente invenção tem origem vegetal (cana-de-açúcar), está destinada à linha esportiva e apresenta características sensoriais melhores do que os energéticos presentes no mercado. Além disso, em funcao de sua elevada concentração de diferentes carboidratos, permite a ingestão de volume menor de produto o que pode apresentar maior eficiência na resposta muscular dos atletas, seja em exercícios de curta/longa duração, antes e após exercício. E pode ser usado inclusive como complemento alimentar para não esportistas que desejam aumentar sua energia em exercícios esporádicos.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
[3] A procura por uma vida saudável, com alimentação equilibrada unida aos exercícios físicos vem crescendo tanto entre aqueles que antes só se preocupavam com a estética, quanto em outros grupos com maior preocupação em relação à saúde [Pereira RF. Conhecimentos de nutrição e hábitos alimentares de alunos de academias de ginástica na cidade de São Paulo. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo, 1999].
[4] Segundo a Organização Mundial de Saúde, o consumo alimentar proposto de macronutrientes é composta por 55,0 a 75,0 % de carboidratos, 15,0 a 30,0 % de lipídeos e 10,0 a 15,0 % de proteínas [World Health Organization (WHO). Diet, nutrition and the prevention of chronic diseases. Report of a joint WHO/FAO expert consultation. Geneva; 2003. WHO - Technical Report Series, 916]. No entanto, há ainda muita falta de informações confiáveis em relação à nutrição, levando os praticantes de exercícios físicos a manterem hábitos alimentares inadequados, ou consumir erroneamente suplementos alimentares, prejudicando o alcance de seus objetivos com a prática de exercícios físicos [ADA Reports. Position of the American Dietetic Association, Dietiatians of Canada, and the American College of Sports Medicine: Nutrition and the athletic performance. J Am Diet Assoc 2000; 100 (12): 1543-556; Blanco B, Suarez S. Gimnasios: um mundo de información para la confusión em nutrición. Annais Venezolanos de Nutrición 1998; 11(1): 55-65; Pereira RF, Lajolo FM, Hirschbruch MD. Consumo de suplementos por alunos de academias de ginástica em São Paulo. Rev Nutr. 2003; 16 (3): 265-72].
[5] O exercício físico é uma condição na qual ocorre uma rápida mobilização e redistribuição energética para a execução do trabalho muscular. A realização das funções orgânicas deve-se principalmente à energia química, derivada da metabolização dos nutrientes ingeridos na alimentação, para a geração de adenosina trifosfato (ATP), combustível utilizado em todas as reações celulares.
[6] O metabolismo de carboidratos tem papel crucial no suprimento de energia para atividade física e para o exercício físico. No exercício de alta intensidade a maioria da demanda energética é suprida pela energia da degradação dos carboidratos. Tornam-se disponíveis para o organismo através da dieta, são armazenados em forma de glicogênio, muscular e hepático e sua falta leva a fadiga [Maughan SM, et al. Bioquímica do exercício e do treinamento. São Paulo, Manole, 2000, 241p.].
[7] O glicogênio hepático tem como função a manutenção da glicemia entre as refeições, funcionando como uma reserva de glicose para necessidades energéticas do cérebro, do sistema nervoso e de outros tecidos. Já o glicogênio muscular é usado pelo próprio músculo, como fonte de energia na contração muscular [Soares EA, Ferreira AMD, Ribeiro, BG. Consumo de carboidratos e lipídeos no desempenho em exercícios de ultra-resistência. Rev Bras Med Esporte, 7: 67-74, 2001].
[8] O glicogênio é um polissacarídio formado por milhares de unidades de glicose. Conforme os carboidratos presentes nos alimentos vão sendo digeridos pelo metabolismo humano, eles são absorvidos pelo intestino sendo transportado pelo sangue para todos os tecidos. Assim, a quantidade de glicose circulante no sangue se eleva. Quando essa quantidade passa a ser maior do que a necessidade orgânica, esse "excedente” vai sendo armazenado na forma de glicogênio. À medida que a quantidade de glicose circulante no sangue vai se reduzindo, o glicogênio armazenado vai sendo degradado em glicose, permitindo que a quantidade desta substância não atinja níveis muito baixos (hipoglicemia).
[9] O mecanismo do balanço de glicogênio muscular mostra uma correlação linear entre tempo de fadiga corporal e as concentrações de glicogênio no músculo, tendendo a ser difícil a manutenção da intensidade de exercício quando o glicogênio passa a ter baixos níveis no músculo [Lima-Silva AE, Fernandes TC, Oliveira FR, Nakamura FY, Gevaerd MS. Metabolismo do glicogênio muscular durante o exercício físico: mecanismos de regulação. Ver Nutr Campinas, 20, 417-429, 2007].
[10] A fadiga que ocorre em exercícios físicos prolongados e de alta intensidade está associada, em boa parte, com baixos estoques e depleção de glicogênio, hipoglicemia e desidratação. Como os estoques de carboidratos são limitados no organismo, a manipulação da dieta com alimentação rica em carboidratos é fundamental para a reposição muscular e hepática, bem como para a resposta imune. Entretanto, vários fatores como o estado nutricional e de treinamento; o tipo, a quantidade, o horário e a frequência de ingestão de carboidratos afetam a restauração de glicogênio [Coelho CF, Sakzenian VM, Burini RC. Ingestão de carboidratos e desempenho físico. Ver Nutr Pauta, 4: 67, 51-56, 2004].
[11] Desta maneira, uma disponibilidade adequada de carboidratos é imprescindível para o treinamento e o sucesso do desempenho atlético. Como o gasto energético durante o exercício aumenta em 2 a 3 vezes, a distribuição de macronutrientes da dieta se modifica nos indivíduos ativos e nos atletas [Matsudo SM. Nutrição, atividade física e desempenho. Ver Nutr Pauta, 2: 31-37, 2001].
[12] Os atletas devem consumir mais glicídios do que o recomendado para pessoas menos ativas, o que corresponde a 60 a 70% do valor calórico total. É recomendada uma ingestão entre 5 a 10 g/kg/dia de carboidratos dependendo do tipo e duração do exercício físico escolhido e das características específicas do indivíduo; como a hereditariedade, o gênero, a idade, o peso e a composição corporal, o condicionamento físico e a fase de treinamento. As necessidades de ingestão calórica recomendada são entre 37 a 41 kcal/kg de peso por dia, e dependendo dos objetivos, variando entre 30 a 50 kcal/kg/ de peso por dia [Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte, 2003].
[13] Carboidratos são importantes substratos energéticos para a contração muscular durante o exercício prolongado realizado sob intensidade moderada e em exercícios de alta intensidade e curta duração. A utilização de estratégias nutricionais envolvendo a ingestão de uma alimentação rica em carboidratos antes da prática de exercícios físicos aumentam as reservas de glicogênio, tanto muscular quanto hepático. Já a ingestão de carboidratos durante o esforço ajuda a manutenção da glicemia sanguínea e a oxidação destes substratos. Após o esforço, a ingestão de carboidratos visa repor os estoques depletados e garantir padrão anabólico [Cyrino ES, Zucas SM. Influência da ingestão de carboidratos sobre o desempenho físico. Rev Ed Fis/UEM 10:1: 73-79, 1999].
[14] Segundo Maughan e colaboradores [Maughan SM, et al. Bioquímica do exercício e do treinamento. São Paulo, Manole, 2000, 241p.], o conteúdo de glicogênio existente no músculo esquelético é de aproximadamente 14 a 18 g por quilograma de massa úmida (aproximadamente um total de 250 a 400 g nos músculos). O fígado também possui glicogênio; entre 80 a 110 g são estocados no fígado de um ser humano adulto em estado pós-absorvido e pode ser liberado na circulação para manter a concentração de glicose no sangue em mais ou menos 0,9 g por litro.
[15] Tais valores podem ser modificados de acordo com o nível de treinamento do indivíduo, associado à ingestão de dietas ricas em carboidratos [Biesek S, Alves, LA, Guerra, I. Estratégias de nutrição e suplementação no esporte. Editora Manole, 1a ed, Brasileira, 2005]. Nos exercícios de força, o treinamento físico associado ao uso de dietas ricas em carboidratos pode proporcionar um aumento nas reservas de glicogênio muscular, acentuando o processo de ganho de massa muscular (hipertrofia) [Cyrino ES, Zucas SM. Influência da ingestão de carboidratos sobre o desempenho físico. Rev Ed Fis/UEM 10:1: 73-79, 1999].
[16] Segundo Coyle [Coyle, EF. Altos e baixos das dietas à base de carboidratos. Esports Sci Exchange. São Paulo, 2005], os atletas e os não-atletas se interessam por informações sobre alimentação que sejam simples, práticas e fáceis para que consigam atingir seus objetivos físicos. Os estudos científicos afirmam que a quantidade e o tipo de carboidrato devem variar diretamente com a intensidade e o volume de exercício. Quanto maior a intensidade dos exercícios maior será a participação dos carboidratos como fornecedores de energia.
[17] Exercício prolongado reduz acentuadamente a concentração de glicogênio muscular, exigindo constante preocupação com a sua reposição, porém, apesar de tal constatação, tem sido observado um baixo consumo de carboidratos pelos praticantes de atividade física [Carvalho T. Modificações dietéticas, reposição hídrica, suplementos alimentares e drogas: comprovação de ação ergogênica e potenciais riscos para a saúde. Rev Bras Med Esporte, 9: 2, 43-56, 2003]. A restrição do carboidrato na dieta determina cetose e perda de proteínas musculares, acúmulo de lactato, causando danos ao músculo pela diminuição do pH, podendo ser letal para as células e contribuir com o processo de fadiga precoce [Sahlin, k. Metabolic factors of fadigue. Sports Medicine, 13, 99-107, 1992].
[18] Segundo Coyle [Coyle, EF. Altos e baixos das dietas à base de carboidratos. Esports Sci Exchange. São Paulo, 2005], indivíduos que ingerem uma dieta pobre em carboidratos devem apresentar uma tolerância reduzida ao exercício, assim como o comprometimento da capacidade de melhorar sua resistência física por meio de treinos. Em um estudo feito com rapazes que praticavam atividade física de 2 a 4 vezes por semana por sete dias comparando a ingestão de uma dieta rica em carboidratos com uma dieta pobre em carboidratos, verificou-se que a dieta pobre em carboidratos é prejudicial para praticantes de atividade física de longa duração.
[19] Além de toda a discussão sobre a bioquímica do açúcar, a busca de mecanismos para aumentar a performance de praticantes de atividade física vêm crescendo de forma acelerada. Outros mecanismos, relacionados com RECURSOS ERGOGÊNICOS, têm tido cada vez mais atenção. Tais recursos são divididos em 5 categorias: nutricionais, farmacológicos, fisiológicos, psicológicos e os mecânicos [Tirapegui J. Nutrição, metabolismo e suplementação na atividade física. 2a ed. São Paulo: Atheneu, 2012; Guerra I, Biesek S, Alves L. Estratégias de Nutrição e Suplementação no Esporte - 3a ed. São Paulo: Manole, 2015; Pereira, L. P. Utilização de recursos ergogênicos nutricionais e/ou farmacológicos em uma academia da cidade de Barra do Piraí, RJ. Rev. Bras. Nutr. Esp. 8: 58-64, 2014].
[20] Dentro desse contexto, os recursos ergogênicos nutricionais apresentam relevância significativa, uma vez que seu uso inadequado se associa a potenciais riscos aos usuários.
[21] Os recursos ergogênicos são definidos como mecanismos capazes de melhorar o desempenho em praticantes de atividade física por meio da potência física, força mental ou vantagem mecânica [Tirapegui J. Nutrição, metabolismo e suplementação na atividade física. 2a ed. São Paulo: Atheneu, 2012; Guerra I, Biesek S, Alves L. Estratégias de Nutrição e Suplementação no Esporte - 3a ed. São Paulo: Manole, 2015].
[22] Nesse sentido, a utilização de alguns suplementos nutricionais com potencial ergogênico tem-se mostrado eficiente por protelar o aparecimento da fadiga e aumentar o poder contrátil do músculo esquelético e/ou cardíaco, otimizando, portanto, a capacidade de realizar trabalho físico, ou seja, o desempenho físico [Applegate E. Effective nutritional ergogenic aids. Int J Sports Nutr 9(2): 229-239, 1999; Clarkson PM. Nutrition for improved sports performance. Current Issues on ergogenic aids. Sports Med 21(6): 393-401, 1996; Williams MH. Nutritional ergogenics in athletics. J Sports Sci 13: S63-74, 1995].
[23] Segundo Lemon [Lemon PWR. Effects of exercise on dietary protein requirements. Int J Sports Nutr 8(4): 426-47, 1998], pessoas envolvidas em treinos de resistência necessitam de 1,2 a 1,4 g de proteína por quilograma de peso ao dia, enquanto que atletas de força, 1,6 a 1,7g/kg de peso/dia, bem superior aos 0,8 a 1,0 g/kg de peso/dia, estabelecidos para indivíduos sedentários. A ingestão de proteína ou aminoácidos, após exercícios físicos, favorece a recuperação e a síntese protéica muscular [Borshein E, Aarsland A, Wolfe, RR. Effect of na amino acids, protein, and carbohydrate mixture in net muscle protein balance after resistance exercise. Int J Sports Nutr Exer Metab 14(3): 255-71, 2004; Lemon PWR. Effects of exercise on dietary protein requirements. Int J Sports Nutr 8(4): 426-47, 1998].
[24] Considerando-se os recursos ergogênicos nutricionais, os proteicos são amplamente utilizados atualmente. Segundo estudos com esportistas relatados por Vieira e Biesek [Vieira ACS, Biesek S. Avaliação do consumo de recursos ergogênicos nutricionais por praticantes de artes marciais em uma academia da cidade de Curitiba/ PR. Rev Bras Nutr Esp 09: 454-462, 2015] e Peçanha et al. [Peçanha MAC, Navarro F, Maia T N. O consumo de suplementos alimentares por atletas de culturismo. Rev Bras Nutr Esp 09: 215-222, 2015], aproximadamente de 63,6% a 100,0% dos atletas avaliados utilizavam recursos proteicos, dentre os quais, os mais utilizados foram Whey Protein e BCAAs, alcançando valores de 72,7% a 75,0% de utilização.
[25] As recomendações da ingestão diária de proteínas para atletas dependem do nível de treinamento e da intensidade e duração dos exercícios, consistindo em 1,2 a 1,7g/kg de peso corporal ou 12% a 15% do consumo energético total. Atletas de endurance (resistência) envolvidos em treinamento de moderada intensidade necessitam de uma ingestão proteica de 1,1 g/kg/dia, enquanto atletas de endurance de elite podem requerer até 1,6 g/kg/dia. Por outro lado, atletas de força podem necessitar de 1,6 a 1,7 g/kg/dia de proteína [Terada L C, Godoi MR, Silva TCV, Monteiro TL. Efeitos metabólicos da suplementação do Whey Protein em praticantes com pesos. Rev Bras Nutr Esp 3: 295-304, 2009].
[26] Nos próximos tópicos estão descritos de forma resumida os principais produtos utilizados como ergogênicos em suplementação esportiva:
Branched chain amino acids (BCAA)
[27] Os aminoácidos de cadeia ramificada, popularmente conhecidos como BCAA (branched chain amino acids), compreendem três aminoácidos essenciais, ou seja, aqueles que não são sintetizados endogenamente pelo corpo, quais sejam: leucina, isoleucina e valina [Gonçalves LA. A suplementação de leucina com relação à massa muscular em humanos. Rev Bras Nutr Esp 07: 212-223, 2013].
[28] Seis aminoácidos podem ser oxidados pelo músculo esquelético, são eles, a leucina, isoleucina, valina, glutamato, aspartato e asparagina, porém os BCAAs (leucina, isoleucina e valina) são os preferencialmente oxidados [Júnior MP. Aspectos atuais sobre aminoácidos de cadeia ramificada e seu efeito ergogênico no desempenho físico humano. Rev Bras Nutr Esp, v. 06: 436-448, 2012; Gonçalves LA. A suplementação de leucina com relação à massa muscular em humanos. Rev Bras Nutr Esp 07: 212-223, 2013; Wlock CL, Schneider G, Souza PC, Liberali R. Suplementação de aminoácidos de cadeia ramificada (AACR) e seu efeito sobre o balanço proteico muscular e a fadiga central em exercícios de endurance. Rev Bras Nutr Esp 02: 250-264, 2008].
[29] Estudos mais recentes sugerem que os mesmos promovem a diminuição da fadiga central durante o exercício prolongado [Júnior MP. Aspectos atuais sobre aminoácidos de cadeia ramificada e seu efeito ergogênico no desempenho físico humano. Rev Bras Nutr Esp, v. 06: 436448, 2012], condição essa a qual pode estar associada a fatores periféricos e centrais, dependentes do consumo de nutrientes, do nível de treinamento e da intensidade e duração dos exercícios realizados pelo indivíduo [Rogero MM, Tirapegui J. Aspectos atuais sobre os aminoácidos de cadeia ramificada. Rev Bras Ciênc Farm 44, n° 44, 2008].
[30] Além disso, os BCAAs são muito utilizados por praticantes de atividade física na premissa de que possam promover anabolismo proteico muscular, reduzir o grau de lesão muscular ocasionado pela prática de exercícios físicos [Júnior, M. P. Efeito da suplementação de aminoácidos de cadeia ramificada no desempenho físico humano. Rev Bras Nutr Esp 10: 157-164, 2016], facilitar a liberação de insulina e melhorar o desempenho do usuário. Além disso, são fontes de nitrogênio para a síntese de dois outros aminoácidos, a alanina e a glutamina [Júnior MP. Aspectos atuais sobre aminoácidos de cadeia ramificada e seu efeito ergogênico no desempenho físico humano. Rev Bras Nutr Esp, v. 06: 436-448, 2012].
[31] A recomendação diária de aminoácidos de cadeia ramificada para adultos segundo a FAO/OMS (2011) é de 20 mg/kg de isoleucina, 26 mg/kg de valina e 39 mg/kg de leucina. De acordo com Kleiner [Kleiner SM, Robinson MG. tradução Kelbert, R. Nutrição para o treinamento de força. 3a ed. -Barueri, SP: Manole, 2009], dosagens de 4 a 21g diárias de BCAA durante o treinamento e 2 a 4g/h com solução de glicose e eletrólitos de 6 a 8 % antes e durante exercício prolongado melhoram as respostas fisiológicas e psicológicas frente ao treinamento.
Leucina isolada
[32] Dos três aminoácidos que compreendem o BCAA, a leucina possui a maior taxa de oxidação em comparação com os outros dois e por isso é o maior alvo de investigações [Júnior MP. Aspectos atuais sobre aminoácidos de cadeia ramificada e seu efeito ergogênico no desempenho físico humano. Rev Bras Nutr Esp, v. 06: 436-448, 2012]. Além disso, a leucina também tem ganhado atenção por suas propriedades fisiológicas [Gonçalves LA. A suplementação de leucina com relação à massa muscular em humanos. Rev Bras Nutr Esp 07: 212-223, 2013].
[33] A mesma é apontada como um regulador dos processos metabólicos que envolvem a síntese e a degradação da proteína muscular [Júnior MP. Aspectos atuais sobre aminoácidos de cadeia ramificada e seu efeito ergogênico no desempenho físico humano. Rev Bras Nutr Esp, v. 06: 436-448, 2012]. Da mesma forma, tem demonstrado efeito promissor na terapia antiatrófica agindo através da inibição da proteólise ocasionada pelo estado catabólico quando o treino é intenso [Gonçalves LA. A suplementação de leucina com relação à massa muscular em humanos. Rev Bras Nutr Esp 07: 212-223, 2013]. O mesmo aminoácido encontra-se relacionado à liberação de precursores gliconeogênicos, como a alanina, através do músculo esquelético [Júnior MP. Aspectos atuais sobre aminoácidos de cadeia ramificada e seu efeito ergogênico no desempenho físico humano. Rev Bras Nutr Esp, v. 06: 436-448, 2012].
[34] Segundo a FAO/OMS (2011), um indivíduo normal necessita de 39 mg/kg de leucina diariamente.
Whey Protein (Proteína do soro de leite)
[35] Atletas, praticantes de atividades físicas, pessoas fisicamente ativas e até mesmo portadores de doenças, vêm procurando benefícios nessa fonte proteica.
[36] Evidências recentes sustentam a teoria de que as proteínas do leite, incluindo as proteínas do soro, além de seu alto valor biológico, possuem peptídeos bioativos, que atuam como agentes antimicrobianos, anti-hipertensivos, reguladores da função imune, assim como fatores de crescimento [Salzano Jr I. Nutritional supplements: practical applications in sports, human performance and life extension. Symposium series 007; São Paulo; 1996-2002. p.75-202; Groziak SM, Miller GD. Natural bioactive substances in milk and colostrum: effects on the arterial blood pressure system. Brit J Nutr 84(6):119-25, 2000; Lonnerdal B. Nutritional and physiologic significance of human milk proteins. Am J Clin Nutr 77(6):1537-43, 2003].
[37] O Whey Protein concentrado (WPS) possui concentração de proteínas entre 25% e 89%. Nesses produtos, ocorre retirada de constituintes não proteicos, fazendo com que ocorra aumento do teor de proteínas e redução do açúcar presente no leite [Carrilho LH. Benefícios da utilização da proteína do soro de leite Whey Protein. Rev Bras Nutr Esp 7: 195-203, 2013]. O isolado do soro de leite também conhecido como Whey Protein Isolado (WPI) contém entre 90,0% e 95,0% de proteína, com gordura e lactose em mínima proporção, podendo até não estar presente. Já a proteína hidrolisada do soro corresponde à fração isolada e concentrada, que é quebrada em peptídeos de alto valor nutricional e alta digestibilidade e absorção [Carrilho LH. Benefícios da utilização da proteína do soro de leite Whey Protein . Rev Bras Nutr Esp 7: 195-203, 2013].
[38] O Whey Protein é um suplemento amplamente utilizado no esporte com o objetivo de promover hipertrofia muscular [Carrilho LH. Benefícios da utilização da proteína do soro de leite Whey Protein. Rev Bras Nutr Esp 7: 195-203, 2013; Souza LBL, Palmeira ME, Palmeira EO. Eficácia do uso de Whey Protein associado ao exercício, comparada a outras fontes proteicas sobre a massa muscular de indivíduos jovens e saudáveis. Rev Bras Nutr Esp 9: 607-613, 2015]. Presentes em todos os tipos de leite, a proteína do leite bovino contém cerca de 80% de caseína e 20% de proteínas do soro. As proteínas do soro de leite são constituídas de: beta-lactoglobulina (BLG), alfa-lactoalbumina (ALA), albumina do soro bovino (BSA), imunoglobulinas (Ig‘s) e glicomacropeptídeos (GMP).
[39] Existem diferentes formas pelas quais o Whey Protein auxilia a hipertrofia muscular: a) promove aumento das concentrações de leucina, que favorece o anabolismo muscular [Carrilho LH. Benefícios da utilização da proteína do soro de leite Whey Protein. Rev Bras Nutr Esp 7: 195-203, 2013]; b) por ter sua composição de proteica similar às proteínas do músculo esquelético, fornecem quase todos os aminoácidos em proporção similar ao musculo esquelético, o que acarreta valor efetivo como suplemento anabólico [Ha E, Zemel MB. Functional properties of Whey, Whey components, and essential amino acids: mechanisms underlying health benefits for active people. J Nutr Biochem.; 14: 251-58, 2003].
[40] Através dos estudos conduzidos por Carrilho [Carrilho LH. Benefícios da utilização da proteína do soro de leite Whey Protein. Rev Bras Nutr Esp 7: 195-203, 2013] a suplementação de Whey Protein promoveu significativa redução da gordura corporal, aumento da massa muscular e força, aumento do glicogênio hepático e muscular e aumento da densidade mineral óssea sem a presença de condições adversas.
[41] Calbet e MacLean [Calbet JAL, MacLean DA. Plasma glucagon and insulin responses depend on the rate of appearance of amino acids after ingestion of different protein solutions in humans. J Nutr 132:2174-82, 2002] avaliaram o efeito de quatro diferentes soluções, uma contendo somente 25g/L de glicose (C) e três contendo 25g/L de glicose com 0,25g/kg de peso corporal de três diferentes fontes protéicas: ervilhas, proteínas do soro e leite integral sobre as concentrações de insulina e aminoácidos. Observaram que, após 20 minutos da ingestão, a solução contendo as proteínas do soro provocou elevação na concentração plasmática de insulina de forma significante (p<0,05). Essa elevação foi aproximadamente duas vezes maior que a observada com a solução contendo leite integral e quatro vezes maior que a solução contendo somente glicose. Observaram, também, que, após 20 minutos, a solução com Whey provocou uma maior elevação na concentração plasmática de aminoácidos essenciais, principalmente os BCAA, do que as outras soluções. O aumento na concentração de BCAA, induzido pelas proteínas do soro, pode atuar também inibindo a degradação proteica muscular [Werustsky CA. Inibição da degradação proteica muscular em atletas pela suplementação de aminoácidos. Nutrição Enteral e Esportiva 6:4-7, 1993].
[42] Layman e colaboradores, em seus vários estudos [Layman DK. The role of leucine in weight loss diets and glucose homeostasis. J Nutr 133(1): 261-7, 2003; Layman DK, Baum JI. Dietary protein impact on glycemic control during weight loss. J Nutr 134(4): 968s-73s, 2004; Layman DK, Shiue H, Sather C, Erickson D, Baum J. Increased dietary protein modifies glucose and insulin homeostasis in adult womanduring weight loss. J Nutr; 133(2):405-10, 2003] mostraram que dietas com maior relação proteína/carboidratos são mais eficientes para o controle da glicemia e da insulina, favorecendo, dessa forma, a redução da gordura corporal e a preservação da massa muscular durante a perda de peso.
[43] As referencias acima citadas demonstram que ainda é preciso desenvolver uma composição que combine de forma vantajosa fonte de carboidratos e de proteínas para fins de melhoria no desempenho de exercícios.
Creatina
[44] A creatina é um composto orgânico derivado dos aminoácidos L-glicina, L-arginina e L-metionina denominada ácido metil-quanidinoacético que estão presentes em nosso cérebro e fibras musculares e sua síntese ocorre inicialmente no rim, onde a glicina e arginina sofrem uma alteração e são transformadas em quanidinoacetato, devido à ação da enzima transaminase [TERENZI, G. A creatina como recurso ergogênico em exercícios de alta intensidade e curta duração: Uma revisão sistemática. Rev Bras Nutr Esp 7: 91-98, 2013].
[45] Estudos conduzidos por Souza e colaboradores [Souza Junior TP, Dubas JP, Pereira B, Oliveira PRO. Suplementação de creatina e treinamento de força: alterações na resultante de força máxima a oito semanas de treinamento de força(hipertrofia). Rev Bras Med Esporte 13: 303-309, 2007.] e Volek e colaboradores [Volek JS, Ratamess NA, Rubin MR, Gómez AL, French DN, McGuigan MM, Scheett TP, Sharman MJ, Hakkinen K, Kraemer WJ. The effects of creatine supplementation on muscular performance and body composition responses to short-term resistance training overreaching. Eur J Appl Physiol 91:628-37, 2004] mostraram que a suplementação com creatina aumentou consideravelmente a força em relação ao grupo controle e evidenciou que a massa corporal e a massa livre de gordura nas pernas foram maiores no grupo que utilizou a creatina.
[46] Carvalho e colaboradores [Carvalho FPP, Molina EG, Fontana EK. Suplementação com creatina associada ao treinamento resistido não altera as funções renal e hepática. Rev Bras Med Esp 17: 4, 2011] realizaram um estudo com objetivo de avaliar indivíduos sob suplementação de creatina para verificar se haveria mudanças na função renal e hepática. Sua duração foi de oito semanas de treinamento de musculação (exercícios resistidos). O estudo concluiu que a suplementação com creatina nas dosagens utilizadas (0,03g/kg e 5g/dia) associada ao treinamento com exercícios resistidos não altera a função hepática ou renal na amostra estudada. Na dose de 0,03g/kg, a saturação de creatina (20 g/dia por 5-7 dias) promove um aumento nas concentrações de creatina muscular, e desde então este protocolo passou a ser usado para verificar o efeito desta suplementação na performance de atletas [Falcão MEL. Saturação de creatina em indivíduos fisicamente ativos: Técnica eficaz ou desnecessária? Rev Bras Nutr Esp 10: 327-334, 2016]. Relatos de casos sugerem que a creatina pode ser um potencial agente nefrotóxico e, portanto, o uso desta substância deve ser acompanhado.
Glutamina
[47] A glutamina é classificada como um aminoácido não essencial, ou seja, ele é sintetizado pelo nosso organismo, entretanto, sob certas condições clínicas hipercatabólicas, passa a ser considerado um aminoácido condicionalmente essencial, pois, a síntese de glutamina não supre a demanda exigida pelo organismo [Cruzat FV, Alvarenga LM. Metabolismo e suplementação com glutamina no esporte. Rev Bras Nutr Esp 0: 242-253, 2010; Paula LS, Santos D, Oliveira MD. Glutamina como recurso ergogênico na prática do exercício físico. Rev Bras Nutr Esp 9: 261-270, 2015]. Aproximadamente 60% dos aminoácidos livres no corpo estão sobre a forma de glutamina.
[48] A suplementação com glutamina antes, durante e após o exercício, seja ele de caráter exaustivo ou não, tem sido estudada com a intenção de atenuar os efeitos catabólicos associados à redução da concentração de glutamina tanto em humanos como em modelos experimentais [Cruzat FV, Alvarenga LM. Metabolismo e suplementação com glutamina no esporte. Rev Bras Nutr Esp 0: 242-253, 2010; Vanelli B, Stragliotto KL, Lupion R. Uso da glutamina nas diferentes atividades físicas: Um estudo de revisão sistemática. Rev Bras Nutr Esp 09: 403-410, 2015].
[49] A suplementação de glutamina em atletas de resistência e de força tem como objetivo promover o anabolismo celular, reduzir o catabolismo e combater quadros de imunossupressão [Paula LS, Santos D, Oliveira MD. Glutamina como recurso ergogênico na prática do exercício físico. Rev Bras Nutr Esp 9: 261-270, 2015].
[50] Em situações de estresse, como atividade física de alta intensidade, a concentração intracelular e do plasma, desse aminoácido, diminui pela metade, estabelecendo assim um quadro de deficiência [Paula LS, Santos D, Oliveira MD. Glutamina como recurso ergogênico na prática do exercício físico. Rev Bras Nutr Esp 9: 261-270, 2015].
[51] Vários estudos apontam que a suplementação de glutamina por via oral, aumenta a concentração sérica e pouparia os substratos energéticos musculares, que promove uma melhora no desempenho de atletas de alto rendimento com atividades físicas de longa duração [Paula LS, Santos D, Oliveira MD. Glutamina como recurso ergogênico na prática do exercício físico. Rev Bras Nutr Esp 9: 261-270, 2015].
[52] Hoffman e colaboradores [Hoffman JR, Ratamess NA, Kang J, Rashti SL, Kelly N, Gonzalez AM, et al. Examination of the Efficacy of Acute L-alanylL-glutamine Ingestion During Hydration Stress in Endurance Exercise. J Int Soc Sport Nutr 7: 2-12, 2010] encontraram efeitos ergogênicos da suplementação com glutamina, com aumento do tempo de exaustão, que pode ter sido mediado pela melhora na absorção de eletrólitos e fluidos.
Arginina
[53] A administração oral de arginina tem sido relacionada com a melhora do desempenho físico por provável diminuição da fadiga muscular. Esse efeito seria associado à vasodilatação promovida pelo óxido nítrico, resultando no aumento da perfusão muscular, e pela diminuição do consumo de glicose pelos músculos esqueléticos em atividade. A produção no organismo humano de óxido nítrico ocorre quando o aminoácido L-arginina é convertido em L-citrulina. Como a administração prolongada de arginina aumenta a produção de óxido nítrico, sua suplementação tem sido relacionada à melhora da função contrátil do músculo esquelético [Angeli G, Barros LT, Barros LFD, Lima M. Investigação dos efeitos da suplementação oral de arginina no aumento de força e massa muscular. Rev Bras Nutr Esp 13: 2, 2007].
[54] A L-arginina precursora do óxido nítrico vêm sendo utilizada como recurso ergogênico no meio esportivo tanto no treinamento de endurance quanto de força com o intuito de melhorar a capacidade aeróbica, reduzir a fadiga e proporcionarem hipertrofia muscular.
[55] Efeitos extraordinários ao uso desse suplemento tais como, efeito de "Bombeado permanente" (após 5-7 dias de uso) que consiste numa volumização do músculo que literalmente não desaparece.
[56] Ao contrário da volumização induzida pelo exercício que rapidamente desaparece, o bombeamento permanente é virtualmente perpétuo; maior velocidade nas contrações musculares; aumento da força de contração muscular e da carga de treinamento; maior resistência e disposição para os treinamentos; rápida e completa recuperação muscular após treinamento; natural e sem efeitos colaterais [Ferreira AS, Gomes MPR, Navarro CA. Atuações do óxido nítrico e da suplementação de L-arginina nas respostas hemodinâmicas e metabólicas do organismo diante da prática do exercício físico. Rev Bras Nutr Esp 02: 364-373, 2008].
β-alanina
[57] A β-alanina é adquirida através do consumo de alimentos como carnes bovinas e aves, sua produção endógena é realizada no fígado [Trexler TE, Smith-Ryan AE; Stout JR, Hoffman JR, et al. International society of sports nutrition position stand: β-alanine. J Int Soc Sport Nutr 12: 30, 2015].
[58] Segundo Culbertson e colaboradores [Culbertson JY, Kreider RB, Greenwood M, Cooke M. Effects of beta-alanine on muscle carnosine and exercise performance: a review of the current literature. Nutrients 2(1):75-98, 2010] a suplementação de β-Alanina promoveu aumento significativo dos níveis de carnosina intramuscular, o que corresponde em melhorias no desempenho do exercício.
[59] A carnosina é conhecida por ser um antioxidante que é capaz de impedir a acumulação de produtos oxidados derivados de componentes lipídicos das membranas biológicas. O presente antioxidante tem demonstrado ainda efetividade na redução da peroxidação lipídica, reduzindo o estresse oxidativo quando combinado com exercícios aeróbicos em homens e mulheres [Trexler TE, Smith-Ryan AE; Stout JR, Hoffman JR, et al. International society of sports nutrition position stand: β-alanine. J Int Soc Sport Nutr 12: 30, 2015].
[60] Segundo Trexler e colaboradores [Trexler TE, Smith-Ryan AE; Stout JR, Hoffman JR, et al. International society of sports nutrition position stand: β-alanine. J Int Soc Sport Nutr 12: 30, 2015] doses de 4-6 g/dia de β-alanina em atletas de resistência promoveu aumento nas concentrações de carnosina muscular em até 64% após 4 semanas, e após 10 semanas aumentaram 80%, atuando assim como um tampão de pH intracelular.
[61] Por sua vez, Saunder e colaboradores [Saunders B, ElliottSale K, Artioli GG, et al. β-alanine supplementation to improve exercise capacity and performance: a systematic review and meta-analysis. Br J Sports Med 51:658-669, 2017] observaram que a suplementação de β-alanina é capaz de melhorar o desempenho em atividades diferentes protocolos de exercícios envolvendo sejam eles contínuos de alta intensidade ou múltiplas séries intermitentes de esforços e modalidade de exercício.
Cafeína
[62] A cafeína, embora não apresente qualquer valor nutricional tem sido considerada um ergogênico natural por estar presente em vários produtos alimentícios comercializados e consumidos diariamente [Spriet LL. Caffeine and performance. Int J Sport Nutr 5(1): 84-99, 1995]. Desse modo, a cafeína tem sido utilizada com grande frequência, particularmente por atletas, como substância ergogênica, previamente à realização de exercícios físicos, com o intuito de postergar a fadiga e consequentemente aprimorar o desempenho atlético [Altimari LR. et al. Efeitos ergogênicos da cafeína sobre o desempenho físico. Rev Paul Educ Fis 14(2):141-58, 2000; Braga LC, ALVES MP. A cafeína como recurso ergogênico nos exercícios de endurance. Rev Bras Ciên Mov 8(3): 33-37, 2000; Sinclair CJD, Geiger JD. Caffeine use in sport: a pharmacological review. J. Sports Med Phys Fitness 40(1): 71-79, 2000].
[63] A cafeína (1,3,7 trimetilxantina) é uma substância capaz de excitar ou restaurar as funções cerebrais e bulbares, sem, contudo, ser considerada uma droga terapêutica, sendo comumente utilizada e livremente comercializada, por apresentar uma baixa capacidade de indução à dependência [Rang HP, Dale MM. Farmacologia. 3.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996].
[64] Sua ação pode atingir todos os tecidos, pois a sua distribuição pelo organismo é feita pela corrente sanguínea, sendo posteriormente degradada, na forma de coprodutos, e excretada pela urina [Clarkson PM. Nutritional ergogenic aids: caffeine. Int. J. Sports Nutr 3(1): 103-111, 1993; Spriet LL. Caffeine and performance. Int J Sport Nutr 5(1): 84-99, 1995].
[65] A cafeína é uma substância absorvida de modo rápido e eficiente, via administração oral, através do trato gastrointestinal com aproximadamente 100% de biodisponibilidade, alcançando um pico de concentração máxima na corrente sanguínea após 15 a 120 minutos de sua ingestão [Sinclair CJD, Geiger JD. Caffeine use in sport: a pharmacological review. J. Sports Med Phys Fitness 40(1): 71-79, 2000].
[66] A segunda teoria pressupõe o efeito direto da cafeína sobre coprodutos do músculo esquelético. As possibilidades incluem: alteração de íons, particularmente sódio e potássio; inibição da fosfodiesterase (PDE), possibilitando um aumento na concentração de adenosina monofosfato cíclica (AMPc); efeito direto sobre a regulação metabólica de enzimas semelhantes às fosforilases (PHOS); e aumento na mobilização de cálcio através do retículo sarcoplasmático, o qual contribui para o potencialização da contração muscular.
[67] Estudos recentes têm apontado a cafeína como um poderoso agente modulador do desempenho físico em atividades físicas de diferentes naturezas. Neste sentido, a literatura tem apontado para uma melhoria no desempenho atlético em diferentes tipos de exercício físico, após a ingestão de apenas 3 a 6 mg de cafeína por quilograma de peso corporal [Altimari LR. et al. Efeitos ergogênicos da cafeína sobre o desempenho físico. Rev Paul Educ Fis 14(2):141-58, 2000].
[68] Backhouse e colaboradores [Backhouse SH, Biddle SJ, Bishop NC, Williams C. Caffeine ingestion, affect and perceived exertion during prolonged cycling. Appetite 57(1): 247-52, 2011], mostraram que moderadas doses de cafeína consumida uma hora antes de exercícios prolongados induziram alterações na sensação de prazer no exercício e que a percepção de exaustão foi menor quando comparado aos grupos controles.
[69] Outras pesquisas têm apontado um aumento da força muscular acompanhado de uma maior resistência à instalação do processo de fadiga muscular após a ingestão de cafeína [Kalmar JM, Cafarelli E. Effects of caffeine on neuromuscular function. J Appl Physiol 87(2): 801- 808, 1999; Lopes JM. et al. Effect of caffeine on skeletal muscle function before and after fatigue. J Appl Physiol 54(5): 1303-1305, 1983; Pinto S, Tarnopolsky M. Neuromuscular effects of caffeine in males and females. Can J Appl Physiol 22: S48, 1997; Roy B. et al. Caffeine and neuromuscular fatigue in endurance athletes. Can J Appl Physiol 19: S41, 1994]. Ainda não está totalmente esclarecido qual o mecanismo de ação responsável pelo aumento da força muscular; todavia, acredita-se que isso ocorra em maior intensidade muito mais pela ação direta da cafeína no SNC do que pela sua ação em nível periférico [Kalmar JM, Cafarelli E. Effects of caffeine on neuromuscular function. J Appl Physiol 87 (2): 801- 808, 1999].
[70] Com relação aos exercícios físicos prolongados os resultados sugerem que o uso da cafeína promove uma melhoria na eficiência metabólica dos sistemas energéticos durante o esforço contribuindo para um melhor desempenho físico [Altimari LR. et al. Efeitos ergogênicos da cafeína sobre o desempenho físico. Rev Paul Educ Fis 14(2):141-58, 2000; Braga LC, Alves M. A cafeína como recurso ergogênico nos exercícios de endurance. Rev Bras Ciên Mov 8(3): 33-37, 2000; Graham TE, Rush JW, Van Soeren MH. Caffeine and exercise: metabolism and performance. Can J Appl Physiol 19(2): 111-138, 1994; Sinclair CJD, Geiger JD. Caffeine use in sport: a pharmacological review. J Sports Med Phys Fitness 40 (1): 71-79, 2000; Spriet LL. Caffeine and performance. Int J Sport Nutr 5(1): 84-99, 1995].
Taurina
[71] [107] A taurina ou ácido 2-amino-etano-sulfônico é um beta-aminoácido sulfurado não proteinogênico. É o principal aminoácido livre da maior parte dos tecidos dos mamíferos [Camerino DC, Tricarico D, Pierno S, Desaphy J-F, Liantonio A, Pusch M, et al. Taurine and Skeletal Muscle Disorders. Neurochem Res 29:135-42, 2004; Zhang M, Izumi I, Kagamimori S, Sokejima S, Yamagami T, Liu Z, et al. Role of taurine supplementation to prevent exercise-induced oxidative stress in healthy young men. Amino Acids 26:203-7, 2004].
[72] O corpo o sintetiza por várias rotas de oxidação da cisteína. Embora a taurina seja sintetizada principalmente no fígado e no cérebro, foram encontrados altos níveis de taurina em tecidos do coração, retina, no músculo esquelético e no sistema nervoso central. Há evidências de que a taurina serve como neurotransmissor (um mensageiro químico para o sistema nervoso), um regulador de sal, do equilíbrio de água dentro das células, um estabilizador das membranas celulares, também participa na desintoxicação de substâncias químicas estranhas e também está envolvida na produção e ação da bílis [Del Río HS. La taurina: esse aminoácido desconocido. Disponível em URL: http://www.hector.solorzano.com/articulos/taurina.html].
[73] Outra função deste aminoácido é manter a correta composição da bílis e manter a solubilidade do colesterol. A taurina se liga a certos sais biliares, e por isso melhora sua habilidade de digerir as gorduras. Os estudos com animais têm demonstrado que a complementação com taurina pode inibir a formação de cálculos biliares [Del Río HS. La taurina: esse aminoácido desconocido].
[74] Apesar de apresentar características de um aminoácido, a taurina não participa na síntese proteica, no entanto é essencial para diversos processos biológicos como no desenvolvimento do sistema nervoso central e da retina, modulação de cálcio, estabilização da membrana, reprodução e imunidade [Ripps H, Shen W. Review: taurine: a “very essential” amino acid. Molecular Vision 18: 2673–2686, 2012; Schuller-Levis GB, Park E. Taurine: New implications for an old amino acid. FEMS Microbiol Let 226(2):195-202, 2003].
[75] No estudo de Silva [Silva LA, Silveira PCL, Ronsani MM, Souza PS, Scheffer D, Vieira LC, Pinho RA. Taurine supplementation decreases oxidative stress in skeletal muscle after eccentric exercise. Cell Biochem Func 29(1): 43–49, 2011] foi investigado o efeito da suplementação de 300 mg/kg de taurina sobre marcadores de stress oxidativo após a realização de exercício extenuante em ratos. A suplementação foi realizada durante o período de 15 dias. Foi observado que a suplementação de taurina reduziu a produção de radicais superóxidos, lipoperoxidação e carbonilação, comprovando o efeito protetor da taurina.
[76] Outro facto referenciado na literatura quanto à taurina é a regulação do metabolismo de hidratos de carbono. De acordo com Carneiro et al. [Carneiro E M, Latorraca MQ, Araujo E, Beltrá M, Oliveras MJ, Navarro M, Martín F. Taurine supplementation modulates glucose homeostasis and islet function. J Nutr Biochem 20(7): 503–511, 2009], a taurina auxilia no controle da homeostase da glicose através da regulação da expressão de genes necessários para estimular a secreção de insulina pelas células β, aumentando a sensibilidade periférica à insulina e a captação de glicose.
[77] Por sua vez, Vettorazzi et al. [Vettorazzi JF, Ribeiro RA, Santos-Silva J. C, Borck PC, Batista TM, Nardelli TR, Carneiro EM. Taurine supplementation increases KATP channel protein content, improving Ca2+ handling and insulin secretion in islets from malnou\rished mice fed on a high-fat diet. Amino Acids 46(9): 2123–2136, 2014] suplementou taurina a 5%, durante 8 semanas, em ratos e constatou que a taurina potencializou a ação da insulina no fígado e no músculo esquelético de camundongos. Foi constatada maior fosforilação de substratos de insulina e ativação da cascata de insulina, consequentemente houve aumento da translocação de transportadores de glicose para membrana citoplasmática, promovendo a entrada de glicose para o meio intracelular.
[78] Considerando a ação da taurina sobre a insulina, e que este produto apresenta um importante papel para os atletas por regular o metabolismo dos hidratos de carbono, a utilização de taurina poderia favorecer o aumento da disponibilidade de glicose e consequentemente resultar em maior produção de energia, maior estímulo à síntese proteica e à re-síntese de glicogênio e possivelmente pode favorecer o desempenho físico de atletas [Rocha, GP. Efeitos da suplementação de taurina no exercício físico. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, 2018].
[79] No Brasil, a Resolução RDC n° 273 de 22-09-2005, do Ministério da Saúde, estabelece o limite máximo de taurina como ingrediente, para o composto líquido pronto para consumo em 400 mg/100 mL [Brasil. Resolução RDC n° 273, de 22 de set. de 2005 da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 22 set. 2005. Seção 1, n°184, p. 375-6].
[80] Diferente dos outros ergogênicos citados, a Taurina é a primeira a descrever claramente as vantagens em utilizá-la em conjunto com fontes de carboidratos.
Proteínas vegetais
[81] A busca por novas fontes alimentares tem despertado o interesse da comunidade científica a respeito de proteínas vegetais alternativas, englobando culturas tradicionais e subprodutos gerados a partir do beneficiamento de produtos in natura [Ferri, P. Extração de proteínas de folhas de mandioca (Manihot esculenta Crants) para obtenção de concentrado protéico. 112f. Dissertação de Mestrado, Unoeste, 2006]. Dentre todos os constituintes orgânicos vegetais, especificamente as proteínas são encontradas em altos percentuais em sementes de leguminosas [Richardson M. Seed storage proteins: the enzyme inhibitors. In: L.J. Rogers. Methods in plant biochemistry. London: Academic Press. Vol. 5. p. 259-305, 1991]. Mundialmente, as proteínas vegetais mais comuns encontradas como produtos alimentícios são as derivadas de soja ou trigo [Egbert W R, Payne CT. Plant proteins. In R. Tarte (Ed.), Ingredients in meat products, properties, functionality and applications. Berlin: Springer. p. 111-131. 2009].
[82] Há uma variedade de outras proteínas de plantas que são ou podem ser comercialmente disponíveis no futuro, inclusive de ervilha, batata, milho, canola, arroz entre outras proteínas de leguminosas ou sementes oleaginosas. Porém, a maioria desses ingredientes possui algum tipo de limitação ao uso, como fatores antinutricionais e baixos níveis de aminoácidos essenciais [Egbert W R, Payne CT. Plant proteins. In R. Tarte (Ed.), Ingredients in meat products, properties, functionality and applications. Berlin: Springer. p. 111-131. 2009; Proll J, Petzke J, Ezeagu EI, Metges CC. Low nutritional quality of unconventional tropical crop seeds in rats. J Nutrit 128: 2014-2022, 1998].
Proteína de soja
[83] A proteína da soja é considerada completa pela grande quantidade de aminoácidos essenciais além de vários outros macronutrientes com um valor nutricional aproximado da proteína animal de alto valor biológico [Velasquez M, Bhathenal S. Role of Dietary Soy Protein in Obesity. Int J Med Sci 4: 72-82, 2007]. Além disso, a soja possui elevado teor de proteínas (38 a 42%), alta concentração de BCAAs, baixo custo e excelente qualidade, além de possuir isoflavonas. Isoflavonas são uma espécie de fitoestrógenos, substâncias ambientais naturais, ou seja, são produzidas pelas plantas e apresentam uma estrutura química diferente dos estrógenos, mas que atuam da mesma maneira. Os estrógenos são importantes na homeostase dos eventos celular e bioquímicos, sendo esse fato ilustrado pela grande gama de enfermidades ocasionadas pela deficiência desses hormônios.
[84] [125] Os fitoestrógenos ganharam bastante notoriedade por serem encontradas facilmente na soja como isoflavonas [Setchell KD. Phytoestrogens: the biochemistry, physiology, and implications for human health of soy isoflavones. Am J Clin Nutrit 68, 1998]. As principais isoflavonas encontradas na soja e seus derivados são a daidzeína, a genisteína e a gliciteína. Esses compostos têm propriedades antioxidantes e fazem inibição enzimática entre outros processos. Durante as últimas décadas, evidências científicas vêm demonstrando que as isoflavonas podem trazer benefícios no controle de doenças crônicas tais como câncer, diabetes mellitus, osteoporose e doenças cardiovasculares [Esteves El, Monteiro J. Efeitos benéficos das isoflavonas de soja em doenças crônicas. Rev Nutr Camp 14: 43-52, 2001].
[85] A suplementação com proteína de soja ajuda mulheres na perda de massa gorda, na diminuição do percentual de gordura e na diminuição da gordura subcutânea abdominal [Maesta N, Nahas EAP, Nahas-Neto J, Orsatti FL, Fernandes CE, Traiman P Burini RC. Effects of soy protein and resistance exercise on body composition and blood lipids in postmenopausal women. Maturitas 56: 350-380, 2007].
[86] Os benefícios para a saúde associados à proteína de soja estão relacionados componentes fisiologicamente ativos que fazem parte soja, como inibidores de protease, fitoesteróis, saponinas e isoflavonas [Potter SM. Soy— new health benefits associated with an ancient food. Nutrition Today 35, 53-60, 2000].
Outras fontes de proteínas
[135] Outras proteínas que podem ser aditivadas para o melhor desempenho de atletas tanto de fonte animal quanto de vegetal podem ser:
a) Proteínas de Lentilha, Ervilha, grão de bico, quinoa e arroz:
  • • A ervilha é rica em aminoácidos de cadeia ramificada (BCAAs) e hipoalergênica. Contém arginina, um aminoácido que auxilia no aumento da imunidade, luta contra a disfunção erétil e melhora a fertilidade. Outro composto presente na ervilha é a lisina, que ajuda na absorção do cálcio, diminuindo com isso a perda de cálcio na urina e ajudando a manter os ossos fortes [https://www.mundoboaforma.com.br/proteina-de-ervilha-e-boa-beneficios-e-propriedades/#PalSQgkwku3s GU3a.99].
  • • A proteína de arroz possui boa qualidade de aminoácidos, altas quantidades metionina e deficiente em lisina.
  • • As proteínas de lentilha, grão de bico e quinoa são de alta qualidade e ricas em aminoácidos e podem ser utilizadas como complementação proteica em suplementos veganos e/ou vegetarianos.
b) Proteína do Ovo - A albumina é um suplemento com elevada concentração de proteínas, obtida a partir da clara do ovo desidratada e pasteurizada, sendo facilmente digerida e absorvida, dentre os seus efeitos mais conhecidos estão a melhora da síntese proteica e redução do catabolismo muscular [Alves C, Lima RV. Uso de suplementos alimentares por adolescentes. J Ped 85: 287-294, 2009]. Em geral, são indicadas doses de 2 a 3g/kg de peso corporal. Após o treino, como substituto para o Whey Protein, a albumina pode ser ingerida juntamente com a maltodextrina, o que irá proporcionar ao atleta nutrientes para a recuperação muscular e atingir maiores ganhos de massa muscular. Por possuir absorção lenta, a albumina é mais indicada como proteína "time release”, sendo mais indicada para períodos os quais o organismo fica sem se alimentar. Neste caso, aconselha-se o consumo da proteína antes de dormir [https://infinitypharma.com.br/uploads/insumos/pdf/a/albumina-po.pdf].
c) Colostro bovino - aumenta a imunidade e possui substâncias estimulantes de desenvolvimento de tecidos e síntese de DNA [Kishikawa Y, Wantanabe DS, Watanabe T, Kubo S. Purification and characterization of cell growth factor in bovine colostrums. J Vet Med Sci 58, 47-53, 1996].
[87] Com exceção da proteína do ovo, pouco se conhece sobre a melhor composição destas fontes de proteína com fontes de carboidratos.
Maltodextrinas
[88] Atualmente, o carboidrato mais utilizado para a suplementação de atletas tem sido a maltodextrina [Rankin JW. Efeito da ingestão de carboidratos no desempenho de atletas em exercícios de alta intensidade. Gatorade Sports Science Institute, 2001], um carboidrato complexo, proveniente da conversão do amido, em geral de milho; e utilizado em diversos produtos industrializados.
[89] É frequentemente sugerido que existem diferenças na taxa de digestão e absorção de maltodextrinas em comparação com a glicose. Enquanto a glicose está imediatamente disponível para absorção na chegada ao intestino delgado [Man C, Camilleri M, Cobelli, C. A system model of oral glucose absorption: validation on gold standard data. Biomed. Eng IEEE Trans On 53: 2472–2478, 2006], as maltodextrinas precisam para ser digerida pela α-amilase e pela maltase primeiro, resultando em uma menor resposta glicêmica [Zhang G, Hamaker BR. Slowly digestible starch: concept, mechanism, and proposed extended glycemic index. Crit Rev Food Sci Nutr 49: 852–867, 2009]. Esta afirmação, no entanto, é um equívoco e não é suportado por quaisquer dados de pesquisa. Em contraste, a digestão enzimática de maltodextrinas parece ocorrer em uma alta taxa levando a uma taxa de absorção não diferente da absorção da glicose pura [Hawley JA, Dennis SC, Noakes TD. Oxidation of carbohydrate ingested during prolonged endurance exercise. Sports Med 14: 27–42, 1992; Wagenmakers AJ, Brouns F, Saris WH, Halliday D. Oxidation rates of orally ingested carbohydrates during prolonged exercise in men. J Appl Physiol 75: 2774–2780, 1993; Jeukendrup AE. Carbohydrate intake during exercise and performance. Nutrition 20:669–677, 2004].
[90] Foi demonstrado que uma combinação de maltodextrinas com proteínas e/ou aminoácidos pode promover o aumento de recuperação de glicogênio e estimular a síntese de proteína muscular após um protocolo de exercício intenso [Costill DL, Hargreaves M. Carbohydrate nutrition and fatigue. Sports Med 13: 86-92, 1992; Shi X, Summers RW, Schedl HP, Flanagan SW, Chang R, Gisolfi, CV. Effects of carbohydrate type and concentration and solution osmolality on water absorption. Med Sci Sports Exer 27:1607, 1995; Kerksick C, Harvey T, Stout J, Campbell B, Wilborn C, Kreider R, Kalman D, Ziegenfuss T, Lopez H, Landis J. International Society of Sports Nutrition position stand: Nutrient timing. J Int Soc Sport Nutr 5:17, 2008].
[91] As maltodextrinas se destacam por oferecerem excelentes resultados na nutrição esportiva. Além de não provocarem aumentos bruscos de glicemia, evita efeitos secundários indesejáveis, como esgotamento prematuro de glicogênio hepático e aumento dos níveis de ácido úrico, colesterol e triglicérides [http://aditivosingredientes.com.br/upload_arquivos/201603/201603004634 7001459191801.pdf].
A influência do tempo de ingestão em relação ao treino e das diferentes combinações de suplementos no resultado físico
[92] O equilíbrio proteico muscular é maior quando a disponibilidade de aminoácidos é aumentada após o exercício do que quando o atleta está em jejum. O suprimento intracelular de aminoácidos é um fator determinante na síntese de proteínas, embora esta seja afetada pela disponibilidade de aminoácidos extracelulares [Nissen SL, Sharp RL. Effect of dietary supplements on lean mass and strength gains with resistance exercise: a meta-analysis. J Appl Physiol 94: 651-659, 2003].
[93] Estudos demonstram que as proteínas do soro de leite são absorvidas mais rapidamente que outras, como a caseína, por exemplo. Essa rápida absorção faz com que as concentrações plasmáticas de muitos aminoácidos, inclusive a leucina, atinjam altos valores logo após a sua ingestão. Pode-se, dessa forma, hipotetizar que, se essa ingestão fosse realizada após uma sessão de exercícios, as proteínas do soro seriam mais eficientes no desencadeamento do processo de síntese proteica [Fischborn SC. A Influência do Tempo de Ingestão da Suplementação de Whey Protein em Relação à Atividade Física. Rev Bras Nutr Esport 3: 132-143, 2009].
[94] A ingestão de soluções contendo as proteínas do soro de leite aumenta, significativamente, a concentração de insulina plasmática, o que favorece a captação de aminoácidos para o interior da célula muscular, otimizando a síntese e reduzindo o catabolismo protéico [Haraguchi FK, Abreu WC, Paula H. Proteínas do Soro do Leite: Composição, Propriedades Nutricionais, Aplicações no Esporte e Benefícios para a Saúde humana. Rev Nutr 19: 479-488, 2006].
[95] Assim como já citado anteriormente Calbet e MacLean [Calbet JAL, MacLean DA. Plasma glucagon and insulin responses depend on the rate of appearance of amino acids after ingestion of different protein solutions in humans. J Nutr 132:2174-82, 2002] avaliaram o efeito de quatro diferentes soluções, uma contendo somente 25g/L de glicose (C) e três contendo 25g/L de glicose e 0,25g/kg de peso corporal de três diferentes fontes protéicas: ervilhas (E), proteínas do soro (W) e leite integral (L) sobre as concentrações de insulina e aminoácidos. Observaram que, após 20 minutos da ingestão, a solução contendo as proteínas do soro provocou elevação na concentração plasmática de insulina de forma significante. Houve resposta anabólica para a ingestão de 20 g de Whey Protein antes ou 1 h após o exercício. Além disso, afirmam que o fornecimento de aminoácidos, seja em sua forma livre ou como proteínas, associado a exercícios de força, aumenta a síntese protéica e favorece o equilíbrio proteico muscular.
[96] Em relação ao tempo, Rasmussen e colaboradores [Rasmussen BB, Tipton KD, Miller SL, Wolf SE, Wolfe RR. An Oral Essential Amino AcidCarbohydrate supplement Enhances Muscle Protein Anabolism After Resistance Exercise. J Appl Physiol 88: 386-392, 2000] demonstram que a resposta da suplementação de uma solução de aminoácidos essenciais e carboidratos, utilizada 1 hora após o treino é equivalente à da suplementação 3 horas após o treino aumenta a síntese de proteína. No entanto, ao utilizar esta solução antes do exercício, a resposta anabólica foi maior. A explicação para este fenômeno é que a ingestão antes do exercício aumenta o fluxo de aminoácidos ao músculo [Tipton KD, Elliott TA, Cree MG, Aarsland AA, Sanford AP, Wolfe RR. Stimulation of Net Muscle Protein Synthesis by Whey Protein Ingestion Before and After Exercise. Am J Physiol Endocrinol Metab 292: 71-76, 2007].
[97] Por sua vez, Esmarck e colaboradores [Esmarck B, Andersen JL, Olsen S, Richter EA, Mizuno M, Kjær M. Timing of Postexercise Protein Intake is Important for Muscle Hypertrophy with Resistance Training in Elderly Humans. J Physiol 535: 301-311, 2001] investigaram a importância do tempo de ingestão de suplementos proteicos após o treino de força. Foram avaliados dois grupos de 13 homens, que completaram 12 semanas de treino, recebendo a mesma suplementação de Whey Protein (10 gramas de proteína, 7 de carboidrato e 3 de gordura) imediatamente após e 2 horas após o treino. O grupo que recebeu suplementação logo após o treino teve um acréscimo entre 7,0 % a 22,0 % nas medidas do quadríceps, enquanto no grupo que recebeu suplementação 2 horas após o treino, não foram detectadas alterações significativas. Analogamente, a força muscular melhorou no primeiro grupo e não houve melhora significativa no segundo. Estes resultados indicam a importância do momento no qual a ingestão dos suplementos deve ser realizada, em relação à atividade física.
[98] Outro estudo mostrou que o efeito da suplementação no anabolismo muscular é ainda maior se aminoácidos (6g de aminoácidos essenciais mais 35 g de carboidratos) são ingeridos antes do treino [Tipton KD, Elliott TA, Cree MG, Aarsland AA, Sanford AP, Wolfe RR. Stimulation of Net Muscle Protein Synthesis by Whey Protein Ingestion Before and After Exercise. Am J Physiol Endocrinol Metab 292: 71-76, 2007]. Este resultado é explicado por Candow e colaboradores [Candow DG, Burke NC, SmithPalmer T, Burke D.G. Effect of Whey and Soy Protein Supplementation Combined With Resistance Training in Young Adults. Int J Sport Nutr Exerc Metabol 16: 233-244, 2006] levando a crer que o tempo para a ingestão de suplementos em relação ao treino é importante para criar um ambiente anabólico que favoreça o crescimento muscular.
[99] É de consenso científico que a redução de glicose no sangue pode desencadear um aumento da utilização das reservas de glicogênio muscular (glicogenólise) durante os estágios iniciais do exercício físico, comprometendo negativamente o desempenho, particularmente em esforços prolongados [Foster C. et al. Effects of pre-exercise feedings on endurance performance. Med & Sci Sport & Exerc 11(1): 1-5, 1979]. Dessa forma, segundo Coyle e colaboradores [Coyle E F, et al. Substrate usage during prolonged exercise following a pre-exercise meal. J Appl Physiol 59(3): 429-433, 1985] a ingestão rica em carboidratos, pré-exercício físico, deve ser administrada cerca de 3 horas ou 4 horas antes da prática, de modo que facilite o processo de digestão, normalize os níveis glicêmicos e insulinêmicos e garanta bons níveis energéticos.
[100] Durante o exercício físico, é importante que a suplementação de carboidratos ingerida seja rapidamente absorvida para que se mantenham os níveis da glicose sanguínea, principalmente em esforços realizados por períodos de tempo prolongados, quando os depósitos endógenos de carboidratos tendem a se reduzir significativamente [Mason W L, et al. Carbohydrate ingestion during exercise: liquid vs solid feedings. Med & Sci Sport & Exerc 25(8): 966-969, 1993].
[101] Desse modo, a administração de carboidratos pode resultar em aumento na disponibilidade da glicose sanguínea, reduzindo a depleção de glicogênio muscular observada nas fases iniciais do desempenho físico [Ahlborg B, et al. Muscle glycogen and muscle electrolytes during prolonged physical exercise. Act Physiol Scand 70: 129-142, 1967; Coyle E F, et al. Muscle glycogen utilization during prolonged strenuous exercise when fed carbohydrate. J Appl Physiol 61(1): 165-172, 1986]. Neste sentido, a ingestão de carboidratos a cada quinze minutos durante o esforço físico prolongado pode prevenir a hipoglicemia, sem causar alteração aparente na percepção subjetiva de esforço [Felig P, et al. Hypoglycemia during prolonged exercise in normal men. New Eng J Med 306: 895-900, 1982].
[102] Apesar de todas essas evidências, muitos estudos têm demonstrado que a suplementação de carboidratos melhora acentuadamente o desempenho físico apenas em esforços extremamente prolongados (superiores a duas horas) [Flynn MG, et al. Influence of selected carbohydrate drinks on cycling performance and glycogen use. Med & Sci Sport & Exerc 19(1): 37-40, 1987]. A suplementação indicada nesses casos deve ser à base de glicose, sacarose ou maltodextrina, devido à rápida taxa de absorção das mesmas.
[103] A maltodextrina aparentemente causa um esvaziamento gástrico mais rápido, além de não possuir um paladar adocicado como a glicose, não causando desconfortos gástricos para a maioria das pessoas [Coggan AR, Swanson SC. Nutritional manipulations before and during endurance exercise: effects on performance. Med & Sci Sport & Exerc 24(9): S331-335, 1992]. Assim, a maltodextrina tem recebido a preferência dos usuários de suplementações de carboidratos e também dos pesquisadores da área. A refeição à base de polímeros de glicose, como a maltodextrina, administrada durante exercícios prolongados, parece produzir energia necessária para protelar a fadiga, pelo menos em exercícios de intensidade [Coggan AR, Coyle EF. Reversal of fatigue during prolonged exercise by carbohydrate infusion or ingestion. J Appl Physiol. 63(6): 2388-2395, 1987; Coyle E F, et al. Muscle glycogen utilization during prolonged strenuous exercise when fed carbohydrate. J Appl Physiol 61(1): 165-172, 1986].
[104] Na pesquisa de Andersen e colaboradores [Andersen LL, et al. The effect of resistance training combined with timed ingestion of protein on muscle fiber size and muscle strength. Revista digital: Science Direct, 2005. Disponível em: http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S00260495 04003063], foram estudados a influência da suplementação de proteínas no treinamento de força em longo prazo e comparada com a suplementação de carboidrato. O estudo foi realizado com 22 indivíduos homens, com média de idade de 23 anos, durante 14 semanas. O grupo das proteínas recebeu uma solução contendo 25 g de proteínas (Whey Protein, caseína, albumina e glutamina) e o grupo do carboidrato recebeu 25 g de maltodextrina. Foi analisada a força no salto vertical a salto contra o solo com dinamômetro isocinético, e também biópsia muscular para verificar a secção transversa do músculo. Após as 14 semanas de treinamento de força foram observadas maior hipertrofia no grupo das proteínas em relação ao grupo do carboidrato.
[105] A pesquisa realizada por Cribb e colabotradores [Cribb PJ, Williams AD, Hayes A. Creatine-protein-carbohydrate supplement enhances responses to resistance training. Med Sci Sports Exerc 39(11):1960-8, 2007] mostra que é mais eficiente e significativa a hipertrofia muscular se combinar proteínas com outros suplementos, neste estudo o grupo que combinou proteína, carboidrato e creatina teve ganho significativos na massa corporal total e na massa corporal magra do que o grupo que utilizou apenas proteínas e o que utilizou proteínas com carboidratos.
[106] Após o exercício físico, a ingestão de carboidratos faz-se extremamente necessária para a reposição das reservas de glicogênio muscular depletadas durante a prática. Neste sentido, em repouso, a taxa de glicogênio muscular pode ser aumentada por meio da utilização de uma dieta rica em carboidratos, sendo esse procedimento recomendado, para facilitar a ressíntese do glicogênio muscular entre as sessões de treinamento [Liebman M, Wilkinson JG. Metabolismo dos carboidratos e condicionamento físico. In: Wolinsky, I. & Hickson Júnior, J. F. Nutrição no exercício e no esporte, p.15-50. São Paulo: Roca, 1996].
[107] A combinação de suplementos contendo carboidratos/proteínas, pós-exercícios físicos de resistência [Zawadzki KM, et al. Carbohydrate-protein complex increases the rate of muscle glycogen storage after exercise. J Appl Physiol 72(7): 1854-1859, 1992] e força [Roy BD, Tarnopolsky MA. Influence of differing macronutrient intakes on muscle glycogen resynthesis after resistance exercise. J Appl Physiol 84(3): 890-896, 1998], parece ser mais eficiente na ressíntese do glicogênio muscular do que a suplementação somente de carboidratos, além do que promove, um aumento mais significativo dos níveis de insulina plasmática, e isso pode atenuar a degradação e/ou aumentar a síntese proteica.
[108] A conclusão do Estado da Arte indica que a maioria dos estudos mostra que o uso de suplementos alimentares em combinações distintas é benéfico ao crescimento e proteção muscular em indivíduos que realizam atividade física, de forma mais rápida e mais eficiente do que a utilização isolada ou a não utilização de tais recursos. Apesar dos resultados serem diversos, há um norte nos trabalhos que indicam claramente que a suplementação é uma estratégia fundamental para ganho de força e manutenção da integralidade muscular.
Suplementação vitamínica e mineral
[109] Do ponto de vista fisiológico, a suplementação vitamínica só é defendida quando for utilizada para o tratamento de uma deficiência nutricional existente ou, ainda, para alcançar as quantidades recomendadas além do consumo alimentar. Apesar da alta necessidade energética dos praticantes de exercícios físicos, os requerimentos maiores de vitaminas podem ser alcançados com o consumo de uma alimentação variada e equilibrada. Por outro lado, Kleiner e Greenwood-Robinson, Krause e Tirapegui [Kleiner SM, Greenwood-Robinson M. Nutrição para o treinamento de força. 1a ed., São Paulo: Manole, 2002. 239 p; Krause. Alimentos, nutrição e dietoterapia. Editado por L. Kathleen Mahan, Sylvia Escott Stump; 11a ed., São Paulo: Roca, 2005. 1242 pg.; Tirapegui, J. Nutrição, metabolismo e suplementação na atividade física. São Paulo: Atheneu, 2005. 300 pg] afirmam que o aporte vitamínico e de minerais exige alterações no que diz respeito às vitaminas e aos minerais antioxidantes por participarem da neutralização dos radicais livres gerados tanto pela atividade aeróbia quanto anaeróbia. Segundo esses mesmos autores, as estruturas celulares são destruídas pelos radicais livres, sendo que as vitaminas C, E e β-caroteno e minerais, como selênio, zinco, cobre e magnésio podem proteger essas estruturas celulares.
[110] Tirapegui [Tirapegui, J. Nutrição, metabolismo e suplementação na atividade física. São Paulo: Atheneu, 2005. 300 pg] ressalta que no planejamento de uma dieta de um praticante de atividade física considera-se o aumento do gasto energético diário e desta forma, a complementação em treinos e exercícios físicos.
[111] Em geral há diferenças importantes entre as necessidades de suplementação entre homens e mulheres. Em geral, as mulheres precisam comer mais ferro do que homens para responder por perdas de sangue da menstruação. A parte complicada é que as mulheres comem menos que homens, mas precisam do ferro tanto quanto do homem. Em segundo lugar, o exercício pesado aumenta a requisição de ferro, aumentando as perdas de ferro do corpo principalmente através do suor.
[112] O sódio é essencial para a absorção de nutrientes durante a digestão. A glicose e os aminoácidos são transportados ativamente para dentro da maioria das células contra um grande gradiente de concentração. Indiretamente, o sódio também contribui para a manutenção do equilíbrio acido-básico, essencial para o bom funcionamento das células. Além disso o sódio auxilia na condução de impulsos nervosos e no controle da contração muscular. A concentração de sódio ajuda a regular a pressão sanguínea e na distribuição de fluidos e nutriente dentro e fora das células. Quando a concentração de sódio está fora do normal, um delicado balanço é deturbado e as funções corporais prejudicadas [Burke L, Cox G. The Complete Guide To Food Sports Performance. A Guide To Peak Nutrition For Your Sport. 3a Edition. Ed. Allen & Unwin: Crows Nest, Australia].
[113] Para homens e mulheres a ingestão recomendada de sódio segundo a Organização Mundial de Saúde é de 2,0 g/dia [https://www.minhavida.com.br/alimentacao/galerias/16038-oms-divulga-novas-orientacoes-no-consumo-de-sal-e-potassio-para-adultos-e-criancas]. Para atletas, o sal é excretado pelo suor e há necessidade de manutenção do nível deste elemento para manter o equilíbrio corpóreo.
FIBRAS
[114] O papel da ingestão das fibras tornou-se mais estudado nos últimos anos. O consumo adequado de fibras na dieta usual parece reduzir o risco de desenvolvimento de algumas doenças crônicas como: doença arterial coronariana [Liu S, Stampfer MJ, Hu FB, Giovannucci E, Rimm E, Manson JE, et al. Whole-grain consumption and risk of coronary heart disease: results from the Nurses’ Health study. Am J Clin Nutr 70(3):412-9, 1999], acidente vascular cerebral (AVC) [Steffen LM, Jacobs DR Jr, Stevens J, Shahar E, Carithers T, Folsom AR. Associations of whole-grain, refined grain, and fruit and vegetable consumption with risks of all-cause mortality and incident coronary artery disease and ischemic stroke: the Atherosclerosis Risk in Communities (ARIC) Study. Am J Clin Nutr 78(3):383-90, 2003], hipertensão arterial [Whelton SP, Hyre AD, Pedersen B, Yi Y, Whelton PK, He J. Effect of dietary fiber intake on blood pressure: a meta-analysis of randomized, controlled clinical trials. J Hypertens 23(3):475-81, 2005], diabetes melito [Montonen J, Knekt P, Jarvinen R, Aromaa A, Reunanen A. Whole-grain and fiber intake and the incidence of type 2 diabetes. Am J Clin Nutr 77(3):622-9, 2003] e algumas desordens gastrointestinais [Petruzziello L, Iacopini F, Bulajic M, Shah S, Costamagna G. Review article: uncomplicated diverticular disease of the colon. Aliment Pharmacol Ther 23(10):1379-91, 2006].
[115] A fibra alimentar, também denominada fibra dietética, é resistente à ação das enzimas digestivas humanas e é constituída de polímeros de carboidratos, com três ou mais unidades monoméricas, e mais a lignina - um polímero de fenilpropano [Anderson JW, Baird P, Davis RH Jr, Ferreri S, Knudtson M, Koraym A, et al. Health benefits of dietary fiber. Nutr Rev 67(4):188-205, 2009; Howlett JF, Betteridge VA, Champ M, Craig SAS, Meheust A, Jones JM. The definition of dietary fiber - discussions at the Ninth Vahouny Fiber Symposium: building scientific agreement. Food Nutr Res 54:5750, 2010]. Os componentes da fibra alimentar dividem-se nos grupos: polissacarídeos não amido, oligossacarídeos, carboidratos análogos (amido resistente e maltodextrinas resistentes), lignina, compostos associados à fibra alimentar (compostos fenólicos, proteína de parede celular, oxalatos, fitatos, ceras, cutina e suberina) e fibras de origem animal (quitina, quitosana, colágeno e condroitina) [Tungland BC, Mayer D. Nondigestible oligo- and polysaccharides (dietary fiber): their physiology and role in human health and food. Comp Rev Food Sci Food Saf 1:73-92, 2002].
[116] De forma simplificada, as fibras são classificadas como fibras solúveis, viscosas ou facilmente fermentáveis no cólon, como a pectina, ou como fibras insolúveis como o farelo de trigo que tem ação no aumento de volume do bolo fecal, mas com limitada fermentação no cólon [Anderson JW, Baird P, Davis RH Jr, Ferreri S, Knudtson M, Koraym A, et al. Health benefits of dietary fiber. Nutr Rev 67(4):188-205, 2009]. Os efeitos positivos das fibras estão relacionados, em parte, ao fato de que uma parcela da fermentação de seus componentes ocorre no intestino grosso, o que produz impacto sobre a velocidade do trânsito intestinal, sobre o pH do cólon e sobre a produção de subprodutos com importante função fisiológica [DeVries JW. On defining dietary fibre. Proc Nutr Soc 46(3):112-29, 2003].
[117] Neste cenário e considerando o estado da técnica apresenta suplementos nutricionais para aplicação na área esportiva em geral. Entretanto, diante do acima exposto, é possível observar que ainda não existe consenso sobre a melhor composição alimentícia para congregar os efeitos ergogênicos e a fonte ideal de carboidratos, para atingir os melhores resultados metabólicos voltados ao exercício e atividades físicas de diferentes tipos.
[118] Muitos estudos e produtos chamados de "energéticos” existentes no mercado focam em carboidratos originários do milho, como a maltodextrina.
Mas, poucos estudos avaliam a adequação dos açúcares escuros derivados da cana-de açúcar, invertidos enzimaticamente, para esta função.
[119] Seria portanto interessante se desenvolver diferentes tipos de suplementos alimentares voltados ao esporte e atividades físicas, contendo açúcares invertidos originários da cana-de-açúcar e diferentes produtos ergogênicos atingindo uma composição de alto desempenho e alto poder energético que poderia ser usada por atletas profissionais e amadores em diferentes momentos, antes, durante e após os exercícios, independentemente do sexo e idade.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[120] A presente invenção prevê, portanto o processo de produção e a composição assim obtida de um suplemento alimentar derivado de açúcares escuros, originários da cana-de-açúcar, apresentando vantagens na resposta aos exercícios e qualidades sensoriais superiores aos "energéticos” descritos no estado da técnica. Uma vez que esta invenção reporta diferentes formas de se obter composições ideais para a junção desta fonte de carboidratos com produtos ergogênicos, assim como ser rico em vitaminas, fibras funcionais, minerais essenciais, seja por adição destes elementos, seja por já estar contido originariamente nos açúcares usados como fonte de carboidratos. Além de conter dulçor natural, derivado da inversão da sacarose em glicose e frutose, levando a um sabor considerado superior ao energéticos a base de carboidratos de milho, na opinião de atletas em pesquisas realizadas para esta invenção.
[121] Em uma primeira modalidade desta invenção apresenta uma composição ou um suplemento alimentar de alto poder energético, que atende as necessidades fontes de carboidratos saudáveis a atletas e não atletas, fornecendo não só energia, como também vitaminas, fibras funcionais, aditivado em minerais essenciais e produtos ergogênicos, como por exemplo, proteínas (Whey Protein e proteína de soja), cafeína e maltodextrina. Além de apresentar a capacidade de gerar ganhos na efetividade das atividades físicas em diferentes estágios dos exercícios: baixa intensidade, média intensidade e exercícios de alto impacto, pois cada um deles exige uma disponibilidade de energia em forma de carboidratos. Todas passíveis de serem supridas por estas composições.
[122] Mais especificamente, as composições vão tomar a consistência de um gel, que é apropriado em casos de uso durante o exercício, quando comparado com energéticos líquidos. Este gel é rico em carboidratos. Carboidratos primordialmente oriundos da sacarose de cana de açúcar, invertida em glicose e frutose preferencialmente por meio de enzimas. Como por exemplo, fazendo uso da enzima invertase. Além disso, os açucares podem ser orgânicos e já serem naturalmente ricos em minerais e substâncias farmacologicamente ativas, tornando este suplemento alimentar, um alimento nutracêutico.
[123] Este produto, com todos os atributos já descritos, pode ser perfeitamente considerado um produto vegano, pois é fabricado à base de plantas, portanto, pode ser comercializado com este apelo comercial, desde que seus aditivos não tenham origem animal.
[124] Desta forma, as composições aqui apresentadas trazem vantagens quando comparada a produtos comerciais e descritos no estado da técnica, principalmente quando comparados com aqueles que utilizam carboidratos pobres em minerais e vitaminas, via de regra, advindos de amido de milho.
[125] Em uma segunda modalidade da presente invenção, apresenta-se os diferentes processos de produção das composições alimentícias acima citadas.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[126] A presente invenção descreve, portanto, um SUPLEMENTO ALIMENTAR DE ALTA-ENERGIA BASEADO EM AÇÚCARES INVERTIDOS E PRODUTOS ERGOGÊNICOS PARA USO EM ATIVIDADES FÍSICAS E SEU PROCESSO DE PRODUÇÃO que buscam atender as demandas dos praticantes de exercícios e atividades físicas de moderada até às de alto desempenho.
[127] O SUPLEMENTO EM GEL da presente invenção é formulado a partir de um xarope rico em carboidratos, oriundos da cana de açúcar e posteriormente invertidos enzimaticamente, que substitui com diversas vantagens os carboidratos provenientes de amido presentes nos produtos energéticos encontrados no mercado e descritos no estado da técnica.
[128] Por conter um teor muito reduzido de sacarose residual no xarope, uma quantidade ligeiramente menor de frutose em comparação com a glicose e a opcional adição de fibras funcionais, o gel da presente invenção apresenta um índice glicêmico baixo (< 55).
[129] Isso porque no processo de inversão enzimática, a taxa de inversão pode chegar acima de 98% e nesta situação, a sacarose é quase que completamente convertida em partes iguais de glicose e frutose, sem perder nenhuma característica nutricional quanto às vitaminas, antioxidantes e minerais presentes antes de sua inversão. Por usar preferencialmente um catalizador biológico, a enzima invertase (GMO free), este processo não forma compostos tóxicos, como os observados na inversão química e conserva as características primárias do produto.
[130] Pode se ainda ressaltar que com o processo de inversão enzimática, se potencializa o dulçor do açúcar convencional, elevando o mesmo ao patamar de 100 para até 120, com ganho de 20% em relação à sacarose. O que proporciona um suplemento naturalmente saboroso e saudável.
[131] Cabe frisar que em 100 gramas de açúcar VHP ou demerara há a presença de diversos minerais. Sendo que sua composição mineral depende diretamente do tipo de cultivar de cana, do trato agronômico, região de cultivo, entre outras. No entanto, diversos trabalhos mostram que quanto mais escuro, e obviamente, menos "tratado” o açúcar, mais minerais se conservam nele, conforme mostrado por Silva (2017) na Tabela 1 [SILVA, A.F.S. Caracterização e determinação de minerais em amostras de açúcares brasileiros. Tese de Mestrado. ESALQ, USP, Piracicaba, 2017]. Além de vitaminas B1, B2 e B6 e antioxidantes.
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[132] Compostos farmacológicos estão presentes nos açúcares VHP, Demerara e Mascavo, tais como flavonoides e ácidos fenólicos como luteolina, apigenina, tricina, quercetina, kamferol, ácido cafeico, apigenina, luteolina, tricina, ácido clorogênico, ácido cumárico e ácido ferúlico. Estes compostos estão diretamente ligados a diversas atividades farmacológicas tais como antioxidantes, anti-inflamatórias, antimicrobianos e até antitumorais [Valli V, Gomez-Caravaca A.M.; DI Nunzio M., Danesi F, Caboni MF, Bordoni A. Sugar cane and sugar beet molasses, antioxidante-rich alternatives to refined sugar. J. Agri Food Chem, 2012, 60, 12508-12515; Alves V.G, Souza AG, Chiavelli LUR, Ruiz ALTG, Carvalho JE, Pomini AM, Silva CC. Phenolic compounds and anticâncer activity of comercial sugarcane cultivated in Brazil. Na. Acad. Bras, Cienc. 2016, 88, 1201-1209; Taylor R P. Discovery of bioactive natural products from sugarcane. Master of Science Thesis. School of Environmental Science and Management, Southern Cross University, Lismore NSW, Austrália. 2018; Almeida JMD.
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Flavonóides e ácidos cinâmicos de cana-de-açúcar (Saccharum officinarum L. - Poaceae) e seus produtos. Identificação e atividade antioxidante e antiproliferativa. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo, 2006]. Estudos mostram que os açúcares escuros ajudam a manter o tônus muscular da parede do trato digestivo; melhoram a saúde do sistema nervoso; fortalecem a pele, unhas e cabelos; melhoram a funcionamento do fígado, aceleram cicatrização de lesões e previnem a anemia devido à presença de ferro.
[133] Portanto, trata-se de uma composição com efeitos inesperados, tanto na questão sensorial entre os "energéticos”, concentração de carboidratos, como no apelo nutricional e funcional muito superior aos atributos dos outros géis energéticos descritos no estado da técnica.
[134] Para melhor ilustrar esta afirmação, é apresentada a Tabela 2, na qual os produtos líderes de mercado (2019), nesta área de atuação, são comparados com o suplemento da presente invenção, que passará a ser chamado de Carbo Bio Gel. São eles: GU, Carb UP, Aoo, VO2 Energy Gel, Hammer Gel e Exceed Energy Gel. A base de formulação desses produtos são carboidratos provenientes de açúcares de digestão de amido: dextrose e maltodextrina, em geral de milho, que são pobres em minerais e vitaminas. Alguns são enriquecidos artificialmente com proteínas e vitaminas. No entanto, todos possuem em suas formulações conservantes químicos.
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[135] A necessidade de conservantes químicos nestes energéticos comerciais se dá pelo fato de que a concentração de dextrose não ser superior a 70% nos xaropes, pois sendo mais concentrada ocorre precipitação da dextrose e o material endurece e fica cristalizado. Por outro lado, o açúcar aqui proposto proveniente da sacarose de cana, pode ser produzido com concentrações altas, acima de 80%, o que limita sobremaneira a proliferação de contaminantes microbianos devido à pressão osmótica e, por consequência, não se faz necessário a utilização de conservantes químicos.
[136] Além destas vantagens citadas, a possibilidade de maior concentração de carboidratos no xarope do gel da presente invenção (Cacrbo Bio Gel) permite a formulação de géis energéticos mais potentes e a possibilidade de diversas formulações para oferecer ao cliente um produto mais saudável e natural em relação aos produtos similares anteriormente apresentados.
[137] Em estudo controlado, feito em laboratório para fins de análise sensorial, uma das formulações da presente invenção, sem aditivos, foi testada em 7 diferentes atletas amadores, que atuam em 3 diferentes áreas do esporte: futebol, tênis e maratona.Este estudo será descrito abaixo de forma sucinta apenas para ilustrar o potencial sensorial das formulações da presente invenção, por meio da opinião destes diferentes atletas. No estudo, obtivemos as seguintes respostas:
[138] Todos os atletas voluntários ao estudo afirmaram ser usuários de géis energéticos em suas atividades. A respeito da frequência de uso, os atletas afirmaram que: 42,9% usam géis energéticos de duas a três vezes por semana; 28,6% usam pelo menos uma vez por semana; 28,6% não fazem uso frequente e nenhum deles usam acima de três vezes por semana.
[139] Em uma primeira abordagem após experimentarem o Carbo Bio Gel, foi perguntado se "Você substituiria seu produto de uso frequente pelo Carbo Bio Gel?:
  • ✓ 71,4% dos atletas responderam que sim;
  • ✓14,3% responderam que não sabiam informar;
  • ✓14,3% responderam que não se aplica, pois não usam com frequencia suficiente para responder a pergunta com propriedade;
[140] Adicionalmente, 100% dos atletas entrevistados afirmaram que o Carbo Bio Gel desempenhou o papel de um suplemento energético e, dessa forma, otimizou o desempenho ao longo do exercício.
[141] Especificamente quanto ao sabor:
  • ✓ 71,4% dos atletas afirmaram que o sabor é melhor que os géis comerciais, enquanto 28,6% disseram que o sabor é igual. Não houve nenhuma afirmação de que o produto é pior.
[142] Os atletas também foram indagados se consideraram como "Muito importante" a seguinte pergunta a respeito de uma das características do Carbo Bio Gel: "O Carbo Bio Gel tem como uma de suas características/benefícios ter o maior percentual de carboidratos por peso dentre os concorrentes presentes no mercado, isso possibilita a ingestão de uma menor quantidade de gel para obter o mesmo valor energético. Quão importante é isso para você?":
  • ✓100% dos atletas consideraram como "Muito importante".
[143] Dentro deste estudo pode ser avaliado o nível de satisfação em relação ao produto por meio da avaliação da indicação do Carbo Bio Gel a outros atletas, neste sentido a pergunta de Net Promoter Score (NPS), "Em uma escala de 0 - 10, quanto você indicaria o Carbo Bio Gel para um amigo ou colega?":
  • ✓ 01 (um) atleta respondeu nota 8, sendo classificado como um consumidor neutro;
  • ✓06 (seis) atletas responderam notas entre 9 - 10, sendo classificados como consumidores promotores a respeito do Carbo Bio Gel.
[144] Como as respostas foram muito positivas, podemos aferir que a composição básica do Carbo Bio Gel, mesmo sem aditivos já apresentam características sensorirais e efetividade nas atividades físicas, mesmo que de alta performance, equivalentes e/ou melhores do que a de outros produtos existentes no mercado (até então).
[145] A presente invenção prevê adicionalmente um incremento na composição testada, no intuito de torná-lo ainda mais eficaz, mantendo porém o seu sabor. Pode-se melhorar a composição acima testada com alguns aditivos ergogênicos, que poderão ser adicionados ao produto para incrementar o poder energético do Carbo Bio Gel.
[146] Dentre os produtos ergogênicos que podem ser utilizados para aditivar o a composição em gel da presente invenção temos por exemplo a Maltodextrina, a cafeína, o guaraná, proteínas e aminoácidos em geral (Whey Protein e frações, BCAAs e proteínas vegetais) que estão apresentadas e detalhadas no estado da técnica conforme descrito nos antecedentes desta invenção.
[147] De forma não limitativa temos os seguintes produtos ergogênicos que poderiam ser usados nas composições da presente invenção: BCAAs, leucina isolada, Whey Protein, creatina, glutamina, Arginina, Alanina, Cafeína, Taurina, proteínas vegetais (ex.: soja, lentilhas, ervilhas, grão de bico, quinoa e arroz), proteínas do ovo, colostro bovino, maltodextrinas, entre outros exemplos de recursos ergogênicos nutricionais, farmacológicos e fisiológicos.
[148] As formulações diversas, consideradas aqui como as ideais para esta invenção, estão apresentadas nos Exemplos a seguir, onde a composição final novamente foi chamada de Carbo Bio Gel para diferenciar das composições anteriormente encontradas no estado da técnica e no mercado. Desta forma os exemplos de composição do Carbo Bio Gel são:
Exemplo 1 - Produção do Carbo Bio Gel a partir de açúcar cristal de cana invertido ENZIMATICAMENTE
  • 1. Sacarose sólida é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 a 82,0 ° Brix e aquecida a 80 °C para total dissolução do açúcar, sob agitação no tanque;
  • 2. O xarope é resfriado a 55,0 a 60,0 °C e o pH acertado a 4,5 com uso de ácido cítrico. Neste xarope a enzima invertase (GMO-free ou não) é adicionada conforme indicação de uso comercial e a reação é mantida pelo tempo necessário para garantir a porcentagem de inversão requerida;
  • 3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;
  • 4. O xarope filtrado pode ser aditivado com maltodextrina na proporção de 0,5 % a 33,0 % (p/p).
Desta forma, o EXEMPLO 1 refere-se a:
  • ✓ uso de AÇÚCAR CRISTAL (podendo ser orgânico, não orgânico ou refinado) como base do Carbo Bio Gel da presente invenção;
  • ✓ invertido ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose: até 98% de inversão);
  • ✓ aditivado com maltodextrina (de milho, de mandioca ou batata doce GMO-free ou convencional)
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Exemplo 2 - Produção do Carbo Bio Gel a partir de açúcar cristal de cana invertido QUIMICAMENTE
1. Sacarose sólida é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 a 82,0 ° Brix e aquecida a 80 °C para total dissolução do açúcar, sob agitação intensa no tanque;
  • • Adiciona-se ácido fosfórico no xarope até pH 2,0 a 2,5, mantendo-se a 95 °C até a taxa de inversão desejada;
2. O pH do xarope é corrigido com barrilha a pH 4,5 a 5,0;
3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;
4. O xarope filtrado pode ser aditivado com maltodextrina na proporção de 0,5 % a 33,0 % (p/p).
Desta forma, o EXEMPLO 2 refere-se a:
  • ✓ uso de AÇÚCAR CRISTAL (podendo ser orgânico, não orgânico ou refinado) como base do Carbo Bio Gel, conforme exemplo 1, porém sem uso de enzima;
  • ✓ invertido QUIMICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão);
  • ✓ aditivado com maltodextrina (de milho, de mandioca ou batata doce GMO-free ou convencional)
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[149] Cabe ressaltar que a inversão da sacarose pelo método tradicional químico o xarope inicial tem concentração máxima de 60 ° Brix devido a necessidade de filtrações para remoção de cor e odor, e após a inversão, o pH do xarope precisa ser corrigido com uso de barrilha, fato este que que satura o xarope com sulfatos indesejáveis e, sequencialmente, o xarope é filtrado e concentrado em evaporadores, o que diminui ainda mais a sua qualidade devido a formação adicional de substâncias indesejáveis como: furfural, hidrometilfurfural e principalmente sulfoximetilfurfural dadas as suas capacidades de reagir com o DNA e provocar mutações [Ogando FIB. Estudo da degradação térmica de sacarose e da contaminação microbiológica no processo de fabricação de açúcar. Teses de Mestrado, ESALQ/USP, 2015].
Exemplo 3 - Produção do Carbo Bio Gel a partir de açúcar cristal de cana orgânico invertido QUIMICAMENTE seguindo a Lista Positiva de Orgânicos
  • 1. Sacarose sólida é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 a 82,0 ° Brix e aquecida a 80 °C para total dissolução do açúcar, sob agitação intensa no tanque;
  • 2. Adiciona-se ácido no xarope até pH 2,0 a 2,5, mantendo-se a 95 °C até a taxa de inversão desejada. O ácido usado neste processo deve estar permitido pela Lista Positiva de Orgânicos (Instrução normativa n° 18, de 28 de maio de 2009, Lei 10,831 de 23 de dezembro de 2003): exemplo ácido cítrico.
  • 3. O pH do xarope é corrigido com produtos permitidos pela Lista Positiva de Orgânicos (Instrução normativa n° 18, de 28 de maio de 2009, Lei 10,831 de 23 de dezembro de 2003), a pH 4,5 a 5,0;
  • 4. O xarope é filtrado para retirada de particulados;
  • 5. O xarope filtrado pode ser aditivado com maltodextrina na proporção de 0,5 % a 33,0 % (p/p).
Desta forma, o EXEMPLO 3 refere -se a:
  • ✓ uso de AÇÚCAR CRISTAL ORGÂNICO como base do Carbo Bio Gel, conforme exemplo 2, porém fazendo uso da lista positiva de ácidos;
  • ✓ invertido QUIMICAMENTE com produtos permitidos pela Lista Positiva de Orgânicos em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão), sendo considerado um xarope orgânico;
  • ✓ aditivado com maltodextrina (de milho, de mandioca ou batata doce GMO-free ou convencional)
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Exemplo 4 - Produção do Carbo Bio Gel a partir de açúcar VHP ou VVHP
  • 1. Sacarose VVHP (Very Very High Polarization) ou VHP (Very High Polarization) sólida é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 a 82,0 °Brix e aquecida a 80 °C para total dissolução do açúcar, sob agitação no tanque;
  • 2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores;
  • 3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;
  • 4. O xarope filtrado pode ser aditivado com maltodextrina na proporção de 0,5 % a 33,0 % (p/p).
Desta forma, o EXEMPLO 4 refere-se a:
  • ✓ uso de açúcares VHP ou VVHP (orgânicos ou não) como base do Carbo Bio Gel;
  • ✓ invertidos QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão),
  • ✓ aditivado com maltodextrina (de milho, de mandioca ou batata doce GMO-free ou convencional)
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Exemplo 5 - Produção do Carbo Bio Gel a partir de açúcar Demerara
  • 1. Sacarose Demerara sólida é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 a 82,0 ° Brix e aquecida a 80 °C para total dissolução do açúcar, sob agitação no tanque;
  • 2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores;
  • 3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;
  • 4. O xarope filtrado pode ser aditivado com maltodextrina na proporção de 0,5 % a 33,0 % (p/p).
Desta forma, o EXEMPLO 5 refere-se a:
  • ✓ uso de açúcar DEMERARA (orgânico ou não) como base do Carbo Bio Gel;
  • ✓ invertido QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão);
  • ✓ aditivado com maltodextrina (de milho, de mandioca ou batata doce GMO-free ou convencional)
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Exemplo 6 - Produção do Carbo Bio Gel a partir de açúcar Mascavo
  • 1. Açúcar Mascavo sólido é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 a 82,0 ° Brix e aquecida a 80 °C para total dissolução do açúcar, sob agitação no tanque;
  • 2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores;
  • 3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;
  • 4. O xarope filtrado pode ser aditivado com maltodextrina na proporção de 0,5 % a 33,0 % (p/p).
Desta forma, o EXEMPLO 6 refere-se a:
  • ✓ uso de açúcar Açúcar Mascavo (orgânico ou não) como base do Carbo Bio Gel;
  • ✓ invertido QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão);
  • ✓ aditivado com maltodextrina (de milho, de mandioca ou batata doce GMO-free ou convencional)
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[150] Conforme apresentado nos exemplos anteriores, a base do Carbo Bio Gel é um xarope de carboidratos de cana invertido e aditivado com Maltodextrina. A partir desta base comum, todos as subsequentes formulações podem ser produzidas, conforme os exemplos subsequentes:
Exemplo 7 - Produção do Carbo Bio Gel a partir de açúcares: Cristal, VHP, VVHP, Demerara ou Mascavo enriquecidos com fibras solúveis
  • 1. Sacarose sólida de qualquer tipo de açúcar é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 a 82,0 ° Brix e aquecida a 80 °C para total dissolução do açúcar, sob agitação no tanque;
  • 2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores;
  • 3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;
  • 4. O xarope filtrado pode ser aditivado com maltodextrina na proporção de 0,5 % a 33,0 % (p/p).
  • 5. O xarope Carbo Bio Gel pode ser aditivado com 0,5 % a 20,0% de fibras solúveis orgânicas ou não, tais como, por exemplo: fibras do milho, polidextroses, maltodextrinas solúveis (exemplo: Promitor 70R/Grasse) ou fibras de mandioca (exemplo: LowPure Tapioca 900/Gramkow).
Desta forma, o EXEMPLO 7 refere-se a:
  • ✓ uso dos açúcares orgânicos ou não: Cristal, VHP, VVHP, Demerara ou Mascavo como Carbo Bio Gel;
  • ✓ invertidos QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão);
  • ✓ aditivado com maltodextrina (de milho, de mandioca ou batata doce GMO-free ou convencional)
  • ✓ Enriquecido com FIBRAS SOLÚVEIS.
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Exemplo 8- Produção do Carbo Bio Gel a partir de açúcares: Cristal, VHP, VVHP, Demerara ou Mascavo enriquecido com fibras insolúveis
  • 1. Sacarose sólida de qualquer tipo de açúcar é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 a 82,0 ° Brix e aquecida a 80 °C para total dissolução do açúcar, sob agitação no tanque;
  • 2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores;
  • 3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;
  • 4. O xarope filtrado pode ser aditivado com maltodextrina na proporção de 0,5 % a 33,0 % (p/p).
  • 5. O xarope Carbo Bio Gel pode ser aditivado com 0,5 % a 20,0% de fibras insolúveis orgânicas ou não, tais como, por exemplo fibras do milho ou mandioca (Exemplo: Fibervita - MF Carrier 125) ou de vegetais (Exemplo: inulina/Grasse).
Desta forma, o EXEMPLO 8 refere-se a:
  • ✓ uso dos açúcares orgânicos ou não: Cristal, VHP, VVHP ou DEMERARA como do Carbo Bio Gel;
  • ✓ invertidos QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão);
  • ✓ aditivado com maltodextrina (de milho, de mandioca ou batata doce GMO-free ou convencional)
  • ✓ Enriquecidos com FIBRAS INSOLÚVEIS.
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Exemplo 9 - Produção do Carbo Bio Gel a partir de açúcares: Cristal, VHP, VVHP, Demerara ou Mascavo enriquecido com fibras solúveis e insolúveis
  • 1. Sacarose sólida de qualquer tipo de açúcar é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 a 82,0 ° Brix e aquecida a 80°C para total dissolução do açúcar, sob agitação intensa no tanque;
  • 2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores;
  • 3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;
  • 4. O xarope filtrado pode ser aditivado com maltodextrina na proporção de 0,5 % a 33,0 % (p/p).
  • 5. O xarope pode ser aditivado na faixa de 1,0 % a 20,0% com fibras solúveis ou insolúveis na proporção de 1,0 a 99,0% de mistura entre os dois tipos de fibras.
Desta forma, o EXEMPLO 9 refere-se a:
  • ✓ uso dos açúcares orgânicos ou não: Cristal, VHP, VVHP, DEMERARA ou Mascavo como base do Carbo Bio Gel;
  • ✓ invertidos QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão);
  • ✓ aditivado com maltodextrina (de milho, de mandioca ou batata doce GMO-free ou convencional)
  • ✓ Enriquecidos com FIBRAS SOLÚVEIS E INSOLÚVEIS.
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Exemplo 10 - Produção do Carbo Bio Gel a partir de açúcares: Cristal, VHP, VVHP, Demerara ou Mascavo enriquecido com fibras e aditivado de minerais
  • 1. Sacarose sólida de qualquer tipo de açúcar é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 a 82,0 ° Brix e aquecida a 80 °C para total dissolução do açúcar, sob agitação no tanque;
  • 2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores;
  • 3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;
  • 4. O xarope filtrado pode ser aditivado com maltodextrina na proporção de 0,5 % a 33,0 % (p/p).
  • 5. O xarope pode ser aditivado na faixa de 1,0 % a 20,0% com fibras solúveis, insolúveis ou balanço entre solúveis/insolúveis;
  • 6. O xarope Carbo Bio Gel pode ser aditivado tomando-se como referência a faixa a dose de ingestão diária de minerais de Zinco, Cálcio, Fósforo, Ferro e Magnésio indicadas para as diversas faixas etárias ou grupo de carências segundo Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto n° 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 111, inciso I, alínea "e” do Regimento Interno aprovado pela Portaria n° 593, de 25 de agosto de 2000, publicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 6 de dezembro de 2004. Outras regulamentações nacionais ou internacionais também poderão ser utilizadas como referência. Também outros minerais, como exemplo cobre, selênio, manganês e fósforo, podem ser adicionados dentro dos limites segundo as referências das diversas regulamentações. O sódio pode ser complementado nos limites adequados para uso por esportistas.
Desta forma, o EXEMPLO 10 refere-se a:
  • ✓ uso dos açúcares orgânicos ou não: Cristal, VHP, VVHP, Demerara ou Mascavo como base do Carbo Bio Gel;
  • ✓ invertidos QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão);
  • ✓ aditivado com maltodextrina (de milho, de mandioca ou batata doce GMO-free ou convencional)
  • ✓ Enriquecido com FIBRAS SOLÚVEIS, INSOLÚVEIS OU SOLÚVEIS/INSOLÚVEIS;
  • ✓ Enriquecido com MINERAIS.
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Exemplo 11 - Produção do Carbo Bio Gel VHP a partir de açúcares: Cristal, VHP, VVHP, Demerara ou Mascavo enriquecido com fibras, minerais e vitaminas
  • 1. Sacarose sólida de qualquer tipo de açúcar é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 a 82,0 ° Brix e aquecida a 80 °C para total dissolução do açúcar, sob agitação no tanque;
  • 2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores;
  • 3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;
  • 4. O xarope filtrado pode ser aditivado com maltodextrina na proporção de 0,5 % a 33,0 % (p/p).
  • 5. O xarope pode ser aditivado na faixa de 1,0 % a 20,0% com fibras solúveis, insolúveis ou balanço entre solúveis/insolúveis;
  • 6. O xarope Carbo Bio Gel pode ser aditivado tomando-se como referência a faixa a dose de ingestão diária de minerais de Zinco, Cálcio, Fósforo, Ferro e Magnésio indicadas para as diversas faixas etárias ou grupo de carências segundo Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto n° 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 111, inciso I, alínea "e” do Regimento Interno aprovado pela Portaria n° 593, de 25 de agosto de 2000, publicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 6 de dezembro de 2004. Outras regulamentações nacionais ou internacionais também poderão ser utilizadas como referência. Também outros minerais, como exemplo cobre, selênio, manganês e fósforo, podem ser adicionados dentro dos limites segundo as referências das diversas regulamentações.
  • 7. O xarope Carbo Bio Gel pode ser aditivado tomando-se como referência a faixa a dose de ingestão diária de vitaminas (IDR) dos complexos A, B, C, D e E, ácido fólico, riboflavina, tiamina e niacina conforme indicadas a diversas faixas etárias ou grupo de carência segundo Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto n° 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 111, inciso I, alínea “e” do Regimento Interno aprovado pela Portaria n° 593, de 25 de agosto de 2000, publicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 6 de dezembro de 2004. Outras regulamentações nacionais ou internacionais também poderão ser utilizadas como referência. Outras vitaminas, como exemplo vitamina B5 - ácido pantotênico e vitamina K, podem ser aditivadas segundo as referências das diversas regulamentações.
Desta forma, o EXEMPLO 11 refere-se a:
  • ✓ uso dos açúcares orgânicos ou não: Cristal, VHP, VVHP, Demerara ou Mascavo como base Carbo Bio Gel;
  • ✓ invertidos QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão);
  • ✓ aditivado com maltodextrina (de milho, de mandioca ou batata doce GMO-free ou convencional)
  • ✓ Enriquecido com FIBRAS SOLÚVEIS, INSOLÚVEIS OU SOLÚVEIS/INSOLÚVEIS;
  • ✓ Enriquecido com MINERAIS;
  • ✓ Enriquecido com VITAMINAS;
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[151] Cabe ressaltar que, para preservar as vitaminas advindas naturalmente dos açúcares o método de inversão enzimática se faz preferencial, uma vez que, a inversão química, convencional ou seguindo a lista positiva de orgânicos, pode pela agressividade da reação química, degradar as vitaminas. A aditivação das vitaminas até o IDR, como proposto neste exemplo é sempre realizado após a inversão do açúcar e, portanto, o risco de degradação das vitaminas é mitigado.
Exemplo 12 - Produção do Carbo Bio Gel a partir de açúcares: Cristal, VHP, VVHP, Demerara ou Mascavo enriquecido com fibras, minerais, vitaminas e aminoácidos
  • 1. Sacarose sólida de qualquer tipo de açúcar é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 a 82,0 ° Brix e aquecida a 80 °C para total dissolução do açúcar, sob agitação intensa no tanque;
  • 2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores;
  • 3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;
  • 4. O xarope filtrado pode ser aditivado com maltodextrina na proporção de 0,5 % a 33,0 % (p/p).
  • 5. O xarope pode ser aditivado na faixa de 1,0 % a 20,0% com fibras solúveis, insolúveis ou balanço entre solúveis/insolúveis;
  • 6. O xarope Carbo Bio Gel pode ser aditivado tomando-se como referência a faixa a dose de ingestão diária de minerais de Zinco, Cálcio, Fósforo, Ferro e Magnésio indicadas para as diversas faixas etárias ou grupo de carências segundo Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto n° 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 111, inciso I, alínea "e” do Regimento Interno aprovado pela Portaria n° 593, de 25 de agosto de 2000, publicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 6 de dezembro de 2004. Outras regulamentações nacionais ou internacionais também poderão ser utilizadas como referência. Também outros minerais, como exemplo cobre, selênio, manganês e fósforo, podem ser adicionados dentro dos limites segundo as referências das diversas regulamentações.
  • 7. O xarope Carbo Bio Gel pode ser aditivado tomando-se como referência a faixa a dose de ingestão diária de vitaminas dos complexos A, B, C, D e E, ácido fólico, riboflavina, tiamina e niacina conforme indicadas a diversas faixas etárias ou grupo de carência segundo Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto n° 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 111, inciso I, alínea “e” do Regimento Interno aprovado pela Portaria n° 593, de 25 de agosto de 2000, publicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 6 de dezembro de 2004. Outras regulamentações nacionais ou internacionais também poderão ser utilizadas como referência. Outras vitaminas, como exemplo vitamina B5 - ácido pantotênico e vitamina K, podem ser aditivados segundo as referências das diversas regulamentações.
  • 8. O xarope Carbo Bio Gel pode ser aditivado com diversos tipos de aminoácidos como por exemplo: ácido glutâmico, ácido aspártico, glutamina, histidina, glicina, treonina, alanina, arginina, prolina, tirosina, valina, metionina, cisteina, leucina, fenilalanina, isoleucina, triptofano, ornitina e lisina, entre outros. A aditivação poderá ser feita por aminoácidos isolados, complexos de aminoácidos, creatina (glicina, L-arginina e L-metionina) e taurina. Conforme, já exposto no presente documento a aditivação com aminoácidos é de grande interesse.
Na Tabela 14 estão expostos os principais aminoácidos que podem ser aditivados no Carbo Bio Gel.
Desta forma, o EXEMPLO 12 refere-se a:
  • ✓ uso dos açúcares orgânicos ou não: Cristal, VHP, VVHP, Demerara ou Mascavo como base Carbo Bio Gel;
  • ✓ invertidos QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão);
  • ✓ aditivado com maltodextrina (de milho, de mandioca ou batata doce GMO-free ou convencional)
  • ✓ Enriquecido com FIBRAS SOLÚVEIS, INSOLÚVEIS OU SOLÚVEIS/INSOLÚVEIS;
  • ✓ Enriquecido com MINERAIS;
  • ✓ Enriquecido com VITAMINAS;
  • ✓ Enriquecido com AMINOÁCIDOS.
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[152] Cabe ressaltar que, para preservar os aminoácidos advindos naturalmente dos açúcares o método de inversão enzimática se faz preferencial, uma vez que, a inversão química, convencional ou seguindo a lista positiva de orgânicos, pode pela agressividade da reação química, degradar os aminoácidos. A aditivação dos aminoácidos até o IDR, como proposto neste exemplo é sempre realizado após a inversão do açúcar e, portanto, o risco de sua degradação é mitigado.
Exemplo 13 - Produção do Carbo Bio Gel a partir de açúcares: Cristal, VHP, VVHP, Demerara ou Mascavo enriquecido com fibras, minerais, vitaminas, aminoácidos e substâncias encapsuladas
  • 1. Sacarose sólida de qualquer tipo de açúcar é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 a 82,0 ° Brix e aquecida a 80 °C para total dissolução do açúcar, sob agitação intensa no tanque;
  • 2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores;
  • 3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;
  • 4. O xarope filtrado pode ser aditivado com maltodextrina na proporção de 0,5 % a 33,0 % (p/p).
  • 5. O xarope pode ser aditivado na faixa de 1,0 % a 20,0% com fibras solúveis, insolúveis ou balanço entre solúveis/insolúveis;
  • 6. O xarope Carbo Bio Gel pode ser aditivado tomando-se como referência a faixa a dose de ingestão diária de minerais de Zinco, Cálcio, Fósforo, Ferro e Magnésio indicadas para as diversas faixas etárias ou grupo de carências segundo Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto n° 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 111, inciso I, alínea “e” do Regimento Interno aprovado pela Portaria n° 593, de 25 de agosto de 2000, publicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 6 de dezembro de 2004. Outras regulamentações nacionais ou internacionais também poderão ser utilizadas como referência. Também outros minerais, como exemplo cobre, selênio, manganês e fósforo, podem ser adicionados dentro dos limites segundo as referências das diversas regulamentações.
  • 7. O xarope Carbo Bio Gel pode ser aditivado tomando-se como referência a faixa a dose de ingestão diária de vitaminas dos complexos A, B, C, D e E, ácido fólico, riboflavina, tiamina e niacina conforme indicadas a diversas faixas etárias ou grupo de carência segundo Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto n° 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 111, inciso I, alínea “e” do Regimento Interno aprovado pela Portaria n° 593, de 25 de agosto de 2000, publicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 6 de dezembro de 2004. Outras regulamentações nacionais ou internacionais também poderão ser utilizadas como referência. Outras vitaminas, como exemplo vitamina B5 - ácido pantotênico e vitamina K, podem ser aditivados segundo as referências das diversas regulamentações.
  • 8. O xarope Carbo Bio Gel pode ser aditivado com diversos tipos de aminoácidos como por exemplo: ácido glutâmico, ácido aspártico, glutamina, histidina, glicina, treonina, alanina, arginina, prolina, tirosina, valina, metionina, cisteina, leucina, fenilalanina, isoleucina, triptofano, ornitina e lisina, entre outros. A aditivição poderá ser feita por aminoácidos isolados ou complexo de aminoácidos.
  • 9. O xarope Carbo Bio Gel pode ser aditivado com substâncias encapsuladas, micro encapsuladas ou nano-encapsuladas, por exemplo, melaço de cana, mel de cana, compostos farmacológicos e nutracêuticos, extratos naturais de plantas, mas não limitando-se somente a estes. O processo de encapsulação preserva as propriedades farmacológicas dos produtos e mascara suas possíveis interferências nas propriedades organolépticas do Carbo Bio Gel, no entanto, mantem intactas suas propriedades funcionais. A proporção de aditivação dependerá do tipo de produto a ser aditivado e da concentração das substâncias de interesse, sendo entre 1,0 a 10,0% do xarope Carbo Bio Gel, mas podendo ser maior. Alguns dos aditivos como, vitaminas, aminoácidos e minerais também poderão ser encapsulados.
Desta forma, o EXEMPLO 13 refere-se a:
  • ✓ uso dos açúcares orgânicos ou não: Cristal, VHP, VVHP, Demerara ou Mascavo como base Carbo Bio Gel;
  • ✓ invertidos QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão);
  • ✓ aditivado com maltodextrina (de milho, de mandioca ou batata doce GMO-free ou convencional)
  • ✓ Enriquecido com FIBRAS SOLÚVEIS, INSOLÚVEIS OU SOLÚVEIS/INSOLÚVEIS;
  • ✓ Enriquecido com MINERAIS;
  • ✓ Enriquecido com VITAMINAS;
  • ✓ Enriquecido com AMINOÁCIDOS.
  • ✓ Enriquecido com SUBSTÂNCIAS ENCAPSULADAS.
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Exemplo 14 - Produção do Carbo Bio Gel a partir de açúcares: Cristal, VHP, VVHP, Demerara ou Mascavo enriquecido com fibras, minerais, vitaminas, aminoácidos, substâncias encapsuladas e cafeína
  • 1. Sacarose sólida de qualquer tipo de açúcar é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 a 82,0 ° Brix e aquecida a 80 °C para total dissolução do açúcar, sob agitação intensa no tanque;
  • 2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores;
  • 3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;
  • 4. O xarope filtrado pode ser aditivado com maltodextrina na proporção de 0,5 % a 33,0 % (p/p).
  • 5. O xarope pode ser aditivado na faixa de 1,0 % a 20,0% com fibras solúveis, insolúveis ou balanço entre solúveis/insolúveis;
  • 6. O xarope Carbo Bio Gel pode ser aditivado tomando-se como referência a faixa a dose de ingestão diária de minerais de Zinco, Cálcio, Fósforo, Ferro e Magnésio indicadas para as diversas faixas etárias ou grupo de carências segundo Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto n° 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 111, inciso I, alínea "e” do Regimento Interno aprovado pela Portaria n° 593, de 25 de agosto de 2000, publicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 6 de dezembro de 2004. Outras regulamentações nacionais ou internacionais também poderão ser utilizadas como referência. Também outros minerais, como exemplo cobre, selênio, manganês e fósforo, podem ser adicionados dentro dos limites segundo as referências das diversas regulamentações.
  • 7. O xarope Carbo Bio Gel pode ser aditivado tomando-se como referência a faixa a dose de ingestão diária de vitaminas dos complexos A, B, C, D e E, ácido fólico, riboflavina, tiamina e niacina conforme indicadas a diversas faixas etárias ou grupo de carência segundo Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto n° 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 111, inciso I, alínea "e” do Regimento Interno aprovado pela Portaria n° 593, de 25 de agosto de 2000, publicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 6 de dezembro de 2004. Outras regulamentações nacionais ou internacionais também poderão ser utilizadas como referência. Outras vitaminas, como exemplo vitamina B5 - ácido pantotênico e vitamina K, podem ser aditivados segundo as referências das diversas regulamentações.
  • 8. O xarope Carbo Bio Gel pode ser aditivado com diversos tipos de aminoácidos como por exemplo: ácido glutâmico, ácido aspártico, glutamina, histidina, glicina, treonina, alanina, arginina, prolina, tirosina, valina, metionina, cisteina, leucina, fenilalanina, isoleucina, triptofano, ornitina e lisina, entre outros. A aditivação poderá ser feita por aminoácidos isolados ou complexo de aminoácidos.
  • 9. O xarope Carbo Bio Gel pode ser aditivado com substâncias encapsuladas, micro encapsuladas ou nano-encapsuladas, por exemplo, melaço de cana, mel de cana, compostos farmacológicos e nutracêuticos, extratos naturais de plantas, mas não limitando-se somente a estes. O processo de encapsulação preserva as propriedades farmacológicas dos produtos e mascara suas possíveis interferências nas propriedades organolépticas do Carbo Bio Gel, no entanto, mantem intactas suas propriedades funcionais. A proporção de aditivação dependerá do tipo de produto a ser aditivado e da concentração das substâncias de interesse, sendo entre 1,0 a 10,0% do xarope Carbo Bio Gel, mas podendo ser maior. Alguns dos aditivos como, vitaminas, aminoácidos e minerais também poderão ser encapsulados.
  • 10. O xarope Carbo Bio Gel pode ser aditivado com cafeína entre 3 e 6 mg / kg de peso corporal.
Desta forma, o EXEMPLO 14 refere-se a:
  • ✓ uso dos açúcares orgânicos ou não: Cristal, VHP, VVHP, Demerara ou Mascavo como base Carbo Bio Gel;
  • ✓ invertidos QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão);
  • ✓ aditivado com maltodextrina (de milho, de mandioca ou batata doce GMO-free ou convencional)
  • ✓ Enriquecido com FIBRAS SOLÚVEIS, INSOLÚVEIS OU SOLÚVEIS/INSOLÚVEIS;
  • ✓ Enriquecido com MINERAIS;
  • ✓ Enriquecido com VITAMINAS;
  • ✓ Enriquecido com AMINOÁCIDOS.
  • ✓ Enriquecido com SUBSTÂNCIAS ENCAPSULADAS.
  • ✓ Enriquecido com CAFEÍNA
Tabela 16: Exemplo da composição do Carbo Bio Gel a partir de açúcar VHP invertido e seus aditivos.
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Exemplo 15 - Produção do Carbo Bio Gel a partir de açúcares: Cristal, VHP, VVHP, Demerara ou Mascavo enriquecido com fibras, minerais, vitaminas, aminoácidos, substâncias encapsuladas, cafeína e Proteínas
  • 1. Sacarose sólida de qualquer tipo de açúcar é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 a 82,0 ° Brix e aquecida a 80 °C para total dissolução do açúcar, sob agitação intensa no tanque;
  • 2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores;
  • 3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;
  • 4. O xarope filtrado pode ser aditivado com maltodextrina na proporção de 0,5 % a 33,0 % (p/p).
  • 5. O xarope pode ser aditivado na faixa de 1,0 % a 20,0% com fibras solúveis, insolúveis ou balanço entre solúveis/insolúveis;
  • 6. O xarope Carbo Bio Gel pode ser aditivado tomando-se como referência a faixa a dose de ingestão diária de minerais de Zinco, Cálcio, Fósforo, Ferro e Magnésio indicadas para as diversas faixas etárias ou grupo de carências segundo Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto n° 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 111, inciso I, alínea "e” do Regimento Interno aprovado pela Portaria n° 593, de 25 de agosto de 2000, publicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 6 de dezembro de 2004. Outras regulamentações nacionais ou internacionais também poderão ser utilizadas como referência. Também outros minerais, como exemplo cobre, selênio, manganês e fósforo, podem ser adicionados dentro dos limites segundo as referências das diversas regulamentações.
  • 7. O xarope Carbo Bio Gel pode ser aditivado tomando-se como referência a faixa a dose de ingestão diária de vitaminas dos complexos A, B, C, D e E, ácido fólico, riboflavina, tiamina e niacina conforme indicadas a diversas faixas etárias ou grupo de carência segundo Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto n° 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 111, inciso I, alínea "e” do Regimento Interno aprovado pela Portaria n° 593, de 25 de agosto de 2000, publicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 6 de dezembro de 2004. Outras regulamentações nacionais ou internacionais também poderão ser utilizadas como referência. Outras vitaminas, como exemplo vitamina B5 - ácido pantotênico e vitamina K, podem ser aditivados segundo as referências das diversas regulamentações.
  • 8. O xarope Carbo Bio Gel pode ser aditivado com diversos tipos de aminoácidos como por exemplo: ácido glutâmico, ácido aspártico, glutamina, histidina, glicina, treonina, alanina, arginina, prolina, tirosina, valina, metionina, cisteina, leucina, fenilalanina, isoleucina, triptofano, ornitina e lisina, entre outros. A aditivação poderá ser feita por aminoácidos isolados ou complexo de aminoácidos.
  • 9. O xarope Carbo Bio Gel pode ser aditivado com substâncias encapsuladas, micro encapsuladas ou nano-encapsuladas, por exemplo, melaço de cana, mel de cana, compostos farmacológicos e nutracêuticos, extratos naturais de plantas, mas não limitando-se somente a estes. O processo de encapsulação preserva as propriedades farmacológicas dos produtos e mascara suas possíveis interferências nas propriedades organolépticas do Carbo Bio Gel, no entanto, mantem intactas suas propriedades funcionais. A proporção de aditivação dependerá do tipo de produto a ser aditivado e da concentração das substâncias de interesse, sendo entre 1,0 a 10,0% do xarope Carbo Bio Gel, mas podendo ser maior. Alguns dos aditivos como, vitaminas, aminoácidos e minerais também poderão ser encapsulados.
  • 10. O xarope Carbo Bio Gel pode ser aditivado com cafeína entre 3 e 6 mg / kg de peso corporal.
  • 11. O xarope Carbo Bio Gel pode ser aditivado com Proteínas: Whey Protein concentrado, Whey Protein isolado e Hidrolisado de Whey protein, Caseína e Proteínas vegetais. As concentrações indicadas variam de 5 a 20 g/dia de consumo por um adulto normal, podendo ser superior conforme orientação profissional ou formulação.
Desta forma, o EXEMPLO 15 refere-se a:
  • ✓ uso dos açúcares orgânicos ou não: Cristal, VHP, VVHP, Demerara ou Mascavo como base Carbo Bio Gel;
  • ✓ invertidos QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão);
  • ✓ aditivado com maltodextrina (de milho, de mandioca ou batata doce GMO-free ou convencional)
  • ✓ Enriquecido com FIBRAS SOLÚVEIS, INSOLÚVEIS OU SOLÚVEIS/INSOLÚVEIS;
  • ✓ Enriquecido com MINERAIS;
  • ✓ Enriquecido com VITAMINAS;
  • ✓ Enriquecido com AMINOÁCIDOS.
  • ✓ Enriquecido com SUBSTÂNCIAS ENCAPSULADAS.
  • ✓ Enriquecido com CAFEÍNA
  • ✓ Enriquecido com PROTEÍNAS
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Exemplo 16 - Produção do Carbo Bio Gel a partir de açúcares: Cristal, VHP, VVHP, Demerara ou Mascavo enriquecido com fibras, minerais, vitaminas, aminoácidos, substâncias encapsuladas, cafeína, Proteínas e aromas
  • 1. Sacarose sólida de qualquer tipo de açúcar é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 a 82,0 ° Brix e aquecida a 80 °C para total dissolução do açúcar, sob agitação intensa no tanque;
  • 2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores;
  • 3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;
  • 4. O xarope filtrado pode ser aditivado com maltodextrina na proporção de 0,5 % a 33,0 % (p/p).
  • 5. O xarope pode ser aditivado na faixa de 1,0 % a 20,0% com fibras solúveis, insolúveis ou balanço entre solúveis/insolúveis;
  • 6. O xarope Carbo Bio Gel pode ser aditivado tomando-se como referência a faixa a dose de ingestão diária de minerais de Zinco, Cálcio, Fósforo, Ferro e Magnésio indicadas para as diversas faixas etárias ou grupo de carências segundo Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto n° 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 111, inciso I, alínea “e” do Regimento Interno aprovado pela Portaria n° 593, de 25 de agosto de 2000, publicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 6 de dezembro de 2004. Outras regulamentações nacionais ou internacionais também poderão ser utilizadas como referência. Também outros minerais, como exemplo cobre, selênio, manganês e fósforo, podem ser adicionados dentro dos limites segundo as referências das diversas regulamentações.
  • 7. O xarope Carbo Bio Gel pode ser aditivado tomando-se como referência a faixa a dose de ingestão diária de vitaminas dos complexos A, B, C, D e E, ácido fólico, riboflavina, tiamina e niacina conforme indicadas a diversas faixas etárias ou grupo de carência segundo Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto n° 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 111, inciso I, alínea "e” do Regimento Interno aprovado pela Portaria n° 593, de 25 de agosto de 2000, publicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 6 de dezembro de 2004. Outras regulamentações nacionais ou internacionais também poderão ser utilizadas como referência. Outras vitaminas, como exemplo vitamina B5 - ácido pantotênico e vitamina K, podem ser aditivados segundo as referências das diversas regulamentações.
  • 8. O xarope Carbo Bio Gel pode ser aditivado com diversos tipos de aminoácidos como por exemplo: ácido glutâmico, ácido aspártico, glutamina, histidina, glicina, treonina, alanina, arginina, prolina, tirosina, valina, metionina, cisteina, leucina, fenilalanina, isoleucina, triptofano, ornitina e lisina, entre outros. A aditivação poderá ser feita por aminoácidos isolados ou complexo de aminoácidos.
  • 9. O xarope Carbo Bio Gel pode ser aditivado com substâncias encapsuladas, micro encapsuladas ou nano-encapsuladas, por exemplo, melaço de cana, mel de cana, compostos farmacológicos e nutracêuticos, extratos naturais de plantas, mas não limitando-se somente a estes. O processo de encapsulação preserva as propriedades farmacológicas dos produtos e mascara suas possíveis interferências nas propriedades organolépticas do Carbo Bio Gel, no entanto, mantem intactas suas propriedades funcionais. A proporção de aditivação dependerá do tipo de produto a ser aditivado e da concentração das substâncias de interesse, sendo entre 1,0 a 10,0% do xarope Carbo Bio Gel, mas podendo ser maior. Alguns dos aditivos como, vitaminas, aminoácidos e minerais também poderão ser encapsulados.
  • 10. O xarope Carbo Bio Gel pode ser aditivado com cafeína entre 3 e 6 mg / kg de peso corporal.
  • 11. O xarope Carbo Bio Gel pode ser aditivado com Proteínas: Whey Protein concentrado, Whey Protein isolado e Hidrolisado de Whey protein, Caseína e Proteínas vegetais. As concentrações indicadas variam de 5 a 20 g/dia de consumo por um adulto normal, podendo ser superior conforme orientação profissional ou formulação.
  • 12. O xarope Carbo Bio Gel pode ser aromatizado com aroma natural, idêntico ao natural ou artificial buscando trazer ao produto diversos tipos de saborização como, por exemplo, aromas de: mel, baunilha, laranja, maracujá, guaraná, açaí, limão, chocolate, amora, tuti-frut, etc.
Desta forma, o EXEMPLO 16 refere-se a:
  • ✓ uso dos açúcares orgânicos ou não: Cristal, VHP, VVHP, Demerara ou Mascavo como base Carbo Bio Gel;
  • ✓ invertidos QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em
  • diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão);
  • ✓ aditivado com maltodextrina (de milho, de mandioca ou batata doce GMO-free ou convencional)
  • ✓ Enriquecido com FIBRAS SOLÚVEIS, INSOLÚVEIS OU SOLÚVEIS/INSOLÚVEIS;
  • ✓ Enriquecido com MINERAIS;
  • ✓ Enriquecido com VITAMINAS;
  • ✓ Enriquecido com AMINOÁCIDOS.
  • ✓ Enriquecido com SUBSTÂNCIAS ENCAPSULADAS.
  • ✓ Enriquecido com CAFEÍNA S Enriquecido com PROTEÍNAS
  • ✓ Aromatizado com AROMA NATURAL, IDÊNTICO AO NATURAL OU ARTIFICIAL de diferentes aromas
Exemplo 17 - Produção do Carbo Bio Gel a partir de açúcares: Cristal, VHP, VVHP, Demerara ou Mascavo enriquecido com fibras, minerais, vitaminas, aminoácidos, substâncias encapsuladas, cafeína, Proteínas, aromas e outros carboidratos
  • 1. Sacarose sólida de qualquer tipo de açúcar é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 a 82,0 ° Brix e aquecida a 80 °C para total dissolução do açúcar, sob agitação intensa no tanque;
  • 2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores;
  • 3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;
  • 4. O xarope filtrado pode ser aditivado com maltodextrina na proporção de 0,5 % a 33,0 % (p/p).
  • 5. O xarope pode ser aditivado na faixa de 1,0 % a 20,0% com fibras solúveis, insolúveis ou balanço entre solúveis/insolúveis;
  • 6. O xarope Carbo Bio Gel pode ser aditivado tomando-se como referência a faixa a dose de ingestão diária de minerais de Zinco, Cálcio, Fósforo, Ferro e Magnésio indicadas para as diversas faixas etárias ou grupo de carências segundo Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto n° 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 111, inciso I, alínea “e” do Regimento Interno aprovado pela Portaria n° 593, de 25 de agosto de 2000, publicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 6 de dezembro de 2004. Outras regulamentações nacionais ou internacionais também poderão ser utilizadas como referência. Também outros minerais, como exemplo cobre, selênio, manganês e fósforo, podem ser adicionados dentro dos limites segundo as referências das diversas regulamentações.
  • 7. O xarope Carbo Bio Gel pode ser aditivado tomando-se como referência a faixa a dose de ingestão diária de vitaminas dos complexos A, B, C, D e E, ácido fólico, riboflavina, tiamina e niacina conforme indicadas a diversas faixas etárias ou grupo de carência segundo Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto n° 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 111, inciso I, alínea "e” do Regimento Interno aprovado pela Portaria n° 593, de 25 de agosto de 2000, publicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 6 de dezembro de 2004. Outras regulamentações nacionais ou internacionais também poderão ser utilizadas como referência. Outras vitaminas, como exemplo vitamina B5 - ácido pantotênico e vitamina K, podem ser aditivados segundo as referências das diversas regulamentações.
  • 8. O xarope Carbo Bio Gel pode ser aditivado com diversos tipos de aminoácidos como por exemplo: ácido glutâmico, ácido aspártico, glutamina, histidina, glicina, treonina, alanina, arginina, prolina, tirosina, valina, metionina, cisteina, leucina, fenilalanina, isoleucina, triptofano, ornitina e lisina, entre outros. A aditivação poderá ser feita por aminoácidos isolados ou complexo de aminoácidos.
  • 9. O xarope Carbo Bio Gel pode ser aditivado com substâncias encapsuladas, micro encapsuladas ou nano-encapsuladas, por exemplo, melaço de cana, mel de cana, compostos farmacológicos e nutracêuticos, extratos naturais de plantas, mas não limitando-se somente a estes. O processo de encapsulação preserva as propriedades farmacológicas dos produtos e mascara suas possíveis interferências nas propriedades organolépticas do Carbo Bio Gel, no entanto, mantem intactas suas propriedades funcionais. A proporção de aditivação dependerá do tipo de produto a ser aditivado e da concentração das substâncias de interesse, sendo entre 1,0 a 10,0% do xarope Carbo Bio Gel, mas podendo ser maior. Alguns dos aditivos como, vitaminas, aminoácidos e minerais também poderão ser encapsulados.
  • 10. O xarope Carbo Bio Gel pode ser aditivado com cafeína entre 3 e 6 mg / kg de peso corporal.
  • 11. O xarope Carbo Bio Gel pode ser aditivado com Proteínas: Whey Protein concentrado, Whey Protein isolado e Hidrolisado de Whey protein, Caseína e Proteínas vegetais. As concentrações indicadas variam de 5 a 20 g/dia de consumo por um adulto normal, podendo ser superior conforme orientação profissional ou formulação.
  • 12. O xarope Carbo Bio Gel pode ser aromatizado com aroma natural, idêntico ao natural ou artificial buscando trazer ao produto diversos tipos de saborização como, por exemplo, aromas de: mel, baunilha, laranja, maracujá, guaraná, açaí, limão, chocolate, amora, tuti-frut, etc.
  • 13. O xarope Carbo Bio Gel pode ser enriquecido com outros carboidratos, como por exemplo, frutose, em diferentes concentrações. Por exemplo, xarope Carbo Bio Gel contendo 2 partes de glicose e 1 parte de frutose (2 glicose:1 frutose) para obter baixo índice glicêmico, mas mantendo sempre o teor energético preservado. Como exemplo, podemos usar outros açúcares como eritritol, palatinose, sorbitol, manitol entre outros.
Desta forma, o EXEMPLO 17 refere-se a:
  • ✓ uso dos açúcares orgânicos ou não: Cristal, VHP, VVHP, Demerara ou Mascavo como base Carbo Bio Gel;
  • ✓ invertidos QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão);
  • ✓ aditivado com maltodextrina (de milho, de mandioca ou batata doce GMO-free ou convencional)
  • ✓ Enriquecido com FIBRAS SOLÚVEIS, INSOLÚVEIS OU SOLÚVEIS/INSOLÚVEIS;
  • ✓ Enriquecido com MINERAIS;
  • ✓ Enriquecido com VITAMINAS;
  • ✓ Enriquecido com AMINOÁCIDOS.
  • ✓ Enriquecido com SUBSTÂNCIAS ENCAPSULADAS.
  • ✓ Enriquecido com CAFEÍNA
  • ✓ Enriquecido com PROTEÍNAS
  • ✓ Aromatizado com AROMA NATURAL, IDÊNTICO AO NATURAL OU ARTIFICIAL de diferentes aromas
  • ✓ Enriquecido com diferentes CARBOIDRATOS
Exemplo 18 - Produção do Carbo Bio Gel a partir de açúcares de açúcar de beterraba, côco e outros
  • 1. Açúcar de beterraba, côco e outros é diluída com água a um xarope de sacarose de 78,0 a 82,0 ° Brix e aquecida a 80°C para total dissolução do açúcar, sob agitação intensa no tanque;
  • 2. O xarope é invertido QUIMICAMENTE (produtos orgânicos ou não) ou ENZIMATICAMENTE como descrito nos exemplos anteriores;
  • 3. O xarope é filtrado para retirada de particulados;
  • 4. O xarope filtrado pode ser aditivado com maltodextrina na proporção de 0,5 % a 33,0 % (p/p).
  • 5. O xarope pode ser aditivado com substâncias conforme mostrado nos exemplos de 7 a 15.
Desta forma, o EXEMPLO 18 refere-se a:
  • ✓ uso do açúcar de beterraba, orgânica ou não como base do Carbo Bio Gel;
  • ✓ invertidos QUIMICAMENTE ou ENZIMATICAMENTE em diferentes taxas de inversão (relação sacarose/glicose+frutose de 0 a 98% de inversão);
  • ✓ aditivado com maltodextrina (de milho, de mandioca ou batata doce GMO-free ou convencional)
  • ✓ Podendo ser enriquecido conforme exemplos de 7 a 15.
[153] Neste sentido, o escopo da presente invenção também abarca os diferentes usos e aplicações de uma composição Carbo Bio Gel para uso não somente esportivo, mas também como complemento nutricional.
[154] Os exemplos acima foram descritos para ilustrar as diferentes formas de produção e composições do Carbo Bio Gel em função dos dois tipos de inversão, diversos tipos de matéria prima e aditivos, não devendo ser encarados como limitativos desta invenção, sabendo-se que pequenas variações do que fora acima descrito ainda farão parte do escopo desta invenção.

Claims (22)

  1. SUPLEMENTO ALIMENTAR DE ALTA ENERGIA caracterizado por ser um produto gelificado de qualidade controlada, seguro ao consumo humano, adequado a qualquer idade e sexo, efetivo em diferentes momentos da atividade física, antes, durante e depois, tendo como base uma quantidade determinada de sacarose invertida, originária da cana-de açúcar, ou coco, ou ainda beterraba, com certificação convencional ou orgânica, com alto grau de conversão da sacarose, até 98% de inversão, por via química ou enzimática, apresentando concentrações preferenciais de e 30 a 45% de frutose, 24 a 75% de glicose; 2 a 90% de sacarose, em conjunto com produtos ergogênicos com propriedades nutricionais, farmacológicas e fisiológicas melhoradas, possuindo pelo menos uma concentração de água entre 15 a 25%; minerais totais 0,1 a 2,0 %; podendo conter fibras totais de 1 a 20%; vitaminas até 0,2% e aminoácidos ou proteínas inteiras e suas frações até 20,0% a cada 100 g do produto final.
  2. SUPLEMENTO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pela sacarose ser preferencialmente um açúcar derivado da cana-de-açúcar, podendo ser selecionado dentre açúcar mascavo, açúcar VHP, VVHP, Demerara ou açúcar cristal.
  3. SUPLEMENTO, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo açúcar preferencial ser o açúcar VVHP, VHP ou demerara.
  4. SUPLEMENTO, de acordo com as reivindicações 1 a 3, caracterizado pela inversão do açúcar, quando realizada quimicamente, utilizar opcionalmente o ácido cítrico, ácido fosfórico ou ainda ácidos permitidos pela Lista Positiva, possibilitando neste último caso, a produção de um SUPLEMENTO EM GEL orgânico.
  5. SUPLEMENTO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pela inversão da sacarose ser preferencialmente realizada pela enzima invertase de fonte não animal, podendo ser: uma enzima natural ou recombinante, extraída ou isolada de micro-organismos cultivados em biorreatores, como bactérias e leveduras, desde que permitidas à alimentação humana.
  6. SUPLEMENTO, de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pela inversão ser preferencialmente realizada pela enzima invertase extraída de levedura sem qualquer tipo de modificação genética (GMO Free).
  7. SUPLEMENTO, de acordo com as reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo SUPLEMENTO EM GEL não conter a adição de pigmentos e conservantes artificiais ou qualquer outro aditivo químico, porém podendo conter a adição de minerais, vitaminas, fibras e aminoácidos com o intuito de se conceber maior eficácia em atividades físicas, assim como apresentar funções e propriedades nutracêuticas, farmacológicas e sensoriais ou organolépticas melhoradas.
  8. SUPLEMENTO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelas concentrações finais do SUPLEMENTO EM GEL ter mais especificamente a adição de produtos ergogênicos, selecionados dentre: BCAAs, leucina isolada, Whey Protein, creatina, glutamina, Arginina, Alanina, Cafeína, Taurina, proteínas vegetais (ex.: soja, lentilhas, ervilhas, grão de bico, quinoa e arroz), proteínas do ovo, colostro bovino, maltodextrinas, entre outros.
  9. SUPLEMENTO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelos minerais poderem apresentar os seguintes elementos a cada 100 g de SUPLEMENTO EM GEL a base de VHP invertido: 1,4 a 240 mg de sódio; 0,05 a 7,0 mg de zinco; 0,7 a 260,0 mg de magnésio; 3,0 a 1000,0 mg de cálcio; 0,03 a 14,0 mg de ferro.
  10. SUPLEMENTO, de acordo com as reivindicações 1 e 9, caracterizado por opcionalmente poderem ser adicionadas vitaminas no SUPLEMENTO EM GEL, tais como: vitamina do complexo B, Vitamina C, D e E para se assemelhar ou superar as composições de energéticos concorrentes que não apresentam este tipo de melhoria.
  11. SUPLEMENTO, de acordo com a reivindicação 10, caracterizado pela adição de vitamina do complexo B poder se dar preferencialmente entre 0,01 a 0,32 mg a cada 100 g do SUPLEMENTO EM GEL, de forma que a composição para ingestão diária final (mg/100g/dia) fique dentro dos seguintes parâmetros: até 1,2 de Vitamina B1; até 1,3 mg da vitamina B2; até 16 mg de vitamina B3; até 5,0 mg de vitamina B5, até 1,3 mg de vitamina B6; até 0,4 mg da vitamina B9; até 2,4 μg de vitamina B12; contendo outras vitaminas que se apresentam em até 0,6 mg de Vitamina A, até 45 mg de vitamina C; até 0,005 mg de vitamina D; até 10 mg de vitamina E a cada 100 g do SUPLEMENTO.
  12. SUPLEMENTO, de acordo com as reivindicações 1 a 11, caracterizado pela adição de outras fontes de carboidratos em diferentes concentrações, como frutose, glicose, maltodrextrina, eritritol, sorbitol, manitol e outros, seja feita de forma a atingir o índice de dulçor agradável ao atleta e que faça com que o SUPLEMENTO EM GEL final apresente um baixo índice glicêmico (<55).
  13. SUPLEMENTO, de acordo com as reivindicações 1 a 12, caracterizado pela adição de fibras poderem ser feitas com fibras solúveis e/ou insolúveis, orgânicas ou não, tais como, por exemplo: fibras do milho, polidextroses, maltodextrinas solúveis ou fibras de mandioca, inseridas na composição de forma isolada ou em conjunto, gerando um alimento final com índice glicêmico baixo e mais saudável.
  14. SUPLEMENTO, de acordo com as reivindicações 1 e 13, caracterizado pelas propriedades farmacológicas poderem englobar as atividades antioxidantes, anti-inflamatórias, antitumorais e antibacteriana oriundas da sacarose de açúcares escuros utilizada no processo.
  15. SUPLEMENTO, de acordo com a reivindicação 14, caracterizado pelas atividades farmacológicas poderem ser realizadas pela presença das seguintes substâncias derivadas dos açúcares selecionados nas reivindicações 1 a 3:
    • a. flavonoides, como luteolina, apigenina, tricina, quercetina, kamferol; e
    • b. Fenólicos, como ácido cafeico, apigenina, luteolina, tricina, ácido clorogênico, ácido cumárico, ácido ferúlico.
  16. SUPLEMENTO, de acordo com todas as reivindicações acima, caracterizado pelo SUPLEMENTO EM GEL poder ser aditivado com aminoácidos como: ácido glutâmico, ácido aspártico, glutamina, histidina, glicina, treonina, alanina, arginina, prolina, tirosina, valina, metionina, cisteína, leucina, fenilalanina, isoleucina, triptofano, ornitina e lisina, ou ainda por meio de aminoácidos isolados, complexos de aminoácidos, creatina (glicina, L-arginina e L-metionina) e taurina.
  17. SUPLEMENTO, de acordo com todas as reivindicações acima, caracterizado pelo SUPLEMENTO EM GEL poder ser aditivado com proteínas inteiras e suas frações, tais como 10 a 25 g/dia de proteína de soja; 10 a 20 g/dia de BCAA e/ou Whey Protein concentrado, isolado ou hidrolisado.
  18. SUPLEMENTO, de acordo com todas as reivindicações acima, caracterizado pelo SUPLEMENTO EM GEL poder ser aditivado com substâncias encapsuladas, micro encapsuladas ou nano-encapsuladas, por exemplo, melaço de cana, mel de cana, compostos farmacológicos e nutracêuticos, extratos naturais de plantas.
  19. SUPLEMENTO, de acordo com todas as reivindicações acima, caracterizado pelo SUPLEMENTO EM GEL poder ser aromatizado com aroma natural, idêntico ao natural ou artificial buscando trazer ao produto diversos tipos de saborização como, por exemplo, aromas de: mel, baunilha, laranja, maracujá, guaraná, açaí, limão, chocolate, amora, tuti-frut, entre outros.
  20. PROCESSO DE PRODUÇÃO DO SUPLEMENTO ALIMENTAR DE ALTA ENERGIA caracterizado por produzir as composições de suplemento alimentar gelificado das reivindicações 1 a 19, a partir de um xarope rico em carboidratos, oriundos da cana de açúcar e posteriormente invertidos em uma taxa de inversão que pode chegar acima de 98%, sem perder nenhuma característica nutricional quanto às vitaminas, antioxidantes e minerais presentes antes de sua inversão e mantendo o dulçor do açúcar, proporcionando um suplemento naturalmente saboroso e saudável com baixo índice glicêmico, compreendendo as seguintes etapas:
    • a. A sacarose sólida, presente na fonte de carboidrato selecionada, conforme descrito nas reivindicações 1 a 3, é diluída com água a um xarope de sacarose a cerca de 78 a 82° Brix e aquecida a cerca de 80 a 85°C para total dissolução do açúcar, sob agitação no tanque;
    • b. Quando a inversão é realizada enzimaticamente, o xarope é resfriado a 55 ± 1 °C e o pH acertado a 4,5 com uso dos ácidos descritos na reivindicação 4; adiciona-se ao xarope a enzima invertase descrita nas reivindicações 5 e 6;
    • c. Caso a inversão seja realizada quimicamente, com ácido fosfórico, por exemplo, atingindo um pH de cerca de 2,0-2,5, o meio deve ser acertado com barrilhas até o pH 4,5-5,0;
    • d. A reação é mantida até a taxa de inversão requerida da sacarose em glicose e frutose;
    • e. O xarope é filtrado para retirada de particulados e é preferencialmente aditivado com maltodextrina na proporção de 0,5% a 33,0% (p/p);
    • f. No caso da produção do suplemento com fibras, o xarope recebe a adição de cerca de 0,5 a 20% (p/p) de fibra fibras solúveis orgânicas ou não, tais como: fibras do milho, polidextroses, maltodextrinas solúveis ou fibras de mandioca;
    • g. opcionalmente, o xarope filtrado pode ser aditivado com: 0,5 % a 20,0% de fibras insolúveis, orgânicas ou não, tais como, fibras do milho ou mandioca ou de vegetais;
    • h. Opcionalmente, o mesmo xarope pode ser aditivado na faixa de 1,0% a 20,0% com fibras solúveis e insolúveis na proporção de 1,0 a 99,0% de mistura entre os dois tipos de fibras;
    • i. O xarope também pode receber a adição de vitaminas, minerais, antioxidantes, frutose e outros compostos que melhorem as propriedades do suplemento;
    • j. No caso dos minerais, o xarope pode ser aditivado na faixa de 1,0 a 100,0% da dose de ingestão diária de minerais de Zinco, Cálcio, Fósforo, Ferro e Magnésio, indicadas a uma pessoa adulta, além de poder conter a inserção de outros minerais, como exemplo cobre, selênio, manganês e fósforo;
    • k. Opcionalmente, o xarope pode ser aditivado com aminoácidos na faixa de 1,0 a 2,0% em peso, tais como, ácido glutâmico, ácido aspártico, glutamina, histidina, glicina, treonina, alanina, arginina, prolina, tirosina, valina, metionina, cisteína, leucina, fenilalanina, isoleucina, triptofano, ornitina e lisina, entre outros, como aminoácidos isolados, complexos de aminoácidos, creatina (glicina, L-arginina e L-metionina) e/ou taurina;
    • l. O xarope pode ser aditivado com substâncias encapsuladas, micro encapsuladas ou nano-encapsuladas, por exemplo, melaço de cana, mel de cana, compostos farmacológicos e nutracêuticos, extratos naturais de plantas; e/ou
    • m. Por fim, o xarope pode ser aditivado com produtos ergogênicos tais como BCAAs, leucina isolada, Whey Protein, creatina, glutamina, arginina, alanina, cafeína, taurina, proteínas do ovo, colostro bovino, maltodextrinas e/ou proteínas vegetais, como soja, lentilhas, ervilhas, grão de bico, quinoa e arroz.
  21. PROCESSO DE PRODUÇÃO DO SUPLEMENTO caracterizado pela combinação das etapas acima descritas poder gerar diferentes tipos de processo, tais como:
    • i. Produção do suplemento em gel a partir de açúcar cristal de cana invertido ENZIMATICAMENTE;
    • ii. Produção do item i, porém com a inversão sendo realizada QUIMICAMENTE;
    • iii. Produção dos itens i e ii porem seguindo a Lista Positiva de Orgânicos;
    • iv. Produção dos itens i, ii, iii a partir de açúcar Demerara, VHP ou VVHP orgânico ou não;
    • v. Produção dos itens acima com a adição de minerais;
    • vi. Produção de quaisquer itens acima enriquecidos com fibras solúveis e/ou insolúveis;
    • vii. Produção dos suplementos oriundos dos itens acima enriquecido com fibras, minerais e vitaminas;
    • viii. Produção dos itens acima enriquecidos com produtos ergogênicos, aminoácidos, proteínas e suas frações e substâncias encapsuladas;
    • ix. Produção de suplementos contendo diferentes tipos e concentrações de carboidratos; e
    • x. Produção dos suplementos acima nos quais a fonte de carboidrato não é de cana de açúcar, mas sim, de beterraba, coco e/ou outros vegetais.
  22. PROCESSO DE PRODUÇÃO DO SUPLEMENTO caracterizado pelos produtos ergogênicos preferenciais serem a maltodextrina, a cafeína e as proteínas inteiras.
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