BR102019004934A2 - Uso dos derivados ácido 1-(4-acetamidofenil)-1h-pirazo-4-il como analgésicos e/ou anti-inflamatórios e sais farmaceuticamente aceitáveis, composições farmacêuticas contendo os mesmos e processos de preparação - Google Patents

Uso dos derivados ácido 1-(4-acetamidofenil)-1h-pirazo-4-il como analgésicos e/ou anti-inflamatórios e sais farmaceuticamente aceitáveis, composições farmacêuticas contendo os mesmos e processos de preparação Download PDF

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Ricardo Menegatti
Luiz Carlos Da Cunha
Luciano Morais Lião
Elson Alves Costa
Anna Cláudia Diniz Cardoso
Daniela Cristina Vinhal
Daiany Priscilla Bueno Da Silva
Roberta Campos Lino
Dayane Moreira Da Silva
Iziara Ferreira Florentino
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Universidade Federal De Goiás
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são descritos uso dos derivados ácido 1-(4-acetamidofenil)-1h-pirazo-4-il como analgésicos e/ou anti-inflamatórios e sais farmaceuticamente aceitáveis, composições farmacêuticas contendo os mesmos e processos de preparação, que atuam como compostos analgésicos e anti-inflamatórios, com ação em modelos de nocicepção e de inflamação, sendo portanto úteis no tratamento de dores agudas e de doenças inflamatórias. foi verificado que o composto lqfm102 (1) apresenta baixa toxicidade quando administrado pela via oral. neste estudo também são descritas composições farmacêuticas contendo os referidos compostos e sais farmaceuticamente aceitáveis, processos para sua preparação, bem como ferramenta farmacológica.

Description

USO DOS DERIVADOS ÁCIDO 1-(4-ACETAMIDOFENIL)-1H-PIRAZO-4-IL COMO ANALGÉSICOS E/OU ANTI-INFLAMATÓRIOS E SAIS FARMACEUTICAMENTE ACEITÁVEIS, COMPOSIÇÕES FARMACÊUTICAS CONTENDO OS MESMOS E PROCESSOS DE PREPARAÇÃO CAMPO DA INVENÇÃO
[001] O mercado farmacêutico global movimentou, em 2014, aproximadamente $ 1,057 trilhões de dólares (Total Unaudited and Audited Global Pharmaceutical Market 2005 - 2014. Disponível em: http://www.imshealth.com/files/web/Corporate/News/Top-Line%20Market%20Data/2014/World%20figures%202014.pdf. Acesso em: 12 de maio de 2016) e liderando esse ranking encontra-se a América do Norte responsável por 38,4% deste montante o que corresponde a $ 406 bilhões do dólares, seguida pela Europa com aproximadamente 22,9% (US $ 243 bilhões), Ásia, África e Austrália com 19% (US $201,5 bilhões), Japão com 8,3% (US $ 88 bilhões) e América Latina com 7,1% (US $ 75,5 bilhões) (http://www.imshealth.com/files/web/Corporate/News/Top-Line%20Market%20Data/Global%20Prescription%20Sales%20Information5%2 0World%20figures%20by%20Region%202015-2019.pdf. (Total Unaudited and Audited Global Pharmaceutical Market 2005 - 2014. Disponível em: Acesso em: 12 de maio de 2016).
[002] Dentre os dez fármacos que mais faturaram em 2014 temos na 1a, 5a, 8a e 10a posição os anti-corpos monoclonais, Alalimumab (Humira®), Etanercept (Enbrel®), Infliximab (Remicade®) e Rituximab (Mabthera®) respectivamente, que atuam inibindo o fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), utilizados principalmente no combate à artrite reumatóide, e na 6a posição encontra-se a associação Fluticasona + Salmeterol (Seretide®) empregado na terapêutica contra a asma. Apenas estes cinco fármacos somados representam cerca de $ 43,6 bilhões de dólares o que corresponde aproximadamente a uma fatia de 4,2% de todo o mercado farmacêutico global (Top 20 Global Produtcs 2014. Disponível em: http://www.imshealth.com/files/web/Corporate/News/Top- Line%20Market%20Data/2014/Top_20_Global_Products_2014.pdf. Acesso em: 12 de maio de 2016). Além disso, em 3a posição temos a classe dos analgésicos que sozinha faturou cerca de $ 59,7 bilhões de dólares (5,7% do montante total movimentado pelo mercado farmacêutico global em 2014) (Top 20 Global Therapy Areas 2014. Disponível em: http://www.imshealth.com/files/web/Corporate/News/Top-Line%20Market%20Data/2014/Top_20_Global_Therapy_Classes_2014.pdf. Acesso em: 12 de maio de 2016).
[003] Em 2014 "Pharmaceutical Research and Manufacturers of America (PHRMA)” publicou um relatório com 100 novos candidatos a protótipos de fármacos anti-inflamatórios, os quais se encontram distribuídos nas diferentes fases de estudo clínicos, sendo estes três entidades farmacológicas para artrite juvenil, cinco para artrite gotosa, cinco para espondilite anquilosante, sete para artrite psiriática, dez para osteoartrite, 15 para dores musculoesqueléticas e 55 para artrite reumatoide (Medicines in Development Arthritis - A Reporto n Arthritis and Related Musculoskeletal Diseases. 2014. Disponível em: http://www.phrma.org/sites/default/files/pdf/2014-meds-in-dev-arthritis.pdf. Acesso em: 12 de maio de 2016).
[004] Os compostos pirazolínicos são compostos de origem sintética que possuem em sua estrutura um anel pirazolínico, sendo este, um heterociclo de cinco membros com dois átomos de nitrogênio adjacentes e três de carbono e apenas uma dupla ligação entre os carbonos 3-4, as pirazolonas além destas características possui uma carbonila na posição 5 (BORNE R.F. Nonsteroidal anti - inflammatory drugs. Medicinal Chemistry. 1995, p. 535-580; Gursoy, A., Demirayak, S. Eur. J. Med. Chem. 2000, v. 35, p. 359-364). Já os pirazolas são formados por um heterocíclico com dois átomos de nitrogênio, três de carbono e duas duplas ligações nas posições 2-3 e 4-5, respectivamente.
[005] A descoberta destas classes de fármacos proporcionou o desenvolvimento de vários outros fármacos (Rahman, A., Siddiqui, A. A. Int. J. Pharm. Sci. Drug Res. 2010, v. 2(3), p. 165-175). O uso de modificações moleculares proporcionou o estudo de vários protótipos de fármacos com imprevisibilidade e uma considerável variedade de atividade farmacológica. De forma que, os derivados pirazolas são conhecidos por ter atividades: antipirética, analgésica, anti-inflamatória, tranquilizante, relaxante muscular, antiepiléptica, anti-depressiva e antimicrobiana (Rahman, A., Siddiqui, A. Int. J. Pharm. Sci. Drug Res. 2010, v. 2(3), p. 165-175).
[006] O primeiro derivado pirazolônico, estruturalmente relacionado aos W-fenilpirazóis, sintetizado foi à antipirina, que possui atividade analgésica, antipirética e antireumática, porém apresenta alto grau de toxicidade. Contudo, foi a partir da antipirina que o laboratório Hoechst, em 1921, obteve a dipirona®. Estudos em animais e humanos revelam que este fármaco é um potente antipirético, apresenta boa atividade analgésica, mas uma fraca atividade anti-inflamatória (Lecannelier, S. Anti-inflamatorios não esteroidais. In: Marcondes, J. Farmacologia. Buenos Aires: Intermédica, 1976).
[007] A dipirona® é um dos derivados pirazolônicos mais utilizado na clínica, no entanto, existem muitas controvérsias em relação à segurança do uso clínico. Muitos estudos têm sido realizados na tentativa de desvendar o seu mecanismo de ação, visto que, este não é completamente conhecido. No entanto, existem evidências de que sua atividade analgésica esteja relacionada à inibição da síntese de prostaglandinas tanto no sistema nervoso periférico quanto central devido à inibição da enzima cicloxigenase (Campos, D. I., Cunha, F. Q., Ferreira, S. H. Bra. J. Med. Biol. Res. 1998, v. 21, p. 565-568; Campos, C. Eur. J. Pharmacol. 1999, v. 378, p. 339-3 47) podendo também modular a liberação de endorfinas (Vasquez, E., Vanegas, H. Brain Res. 2000, v. 854, p. 249-252) e de óxido nítrico (Duarte, I. D. G., et al. Eur. J. Pharmacol. 1992, v. 217, p. 225-227).
[008] Devido à necessidade de analgésicos e anti-inflamatórios mais efetivos, seguros e com menor incidência de efeitos colaterais, muitos derivados pirazólicos foram sintetizados e avaliados quanto a sua atividade biológica (Goel, A., Madan, A. K. J. Chem. Inf. Comput. Sci. 1995, v. 35(3), p. 510-524). Embora os mecanismos dos efeitos analgésicos e antipiréticos destes novos derivados pirazólicos ainda não estarem bem caracterizados, alguns estudos mostram a participação das vias opióide, noradrenérgica e serotoninérgica em seus efeitos (Godoy, M. C. M. et al. Eur. J. Pharmacol. 2004, v. 496, p. 93-97; Prokopp, C. R., et al. Braz J. Med. Biol. Res. 2006, v. 39(6), p. 795-799).
[009] Para se ter uma ideia da potencialidade deste grupo, dentre uma série de dez derivados pirazólicos sintetizados e testados quanto a sua atividade antinociceptiva e antiedematogênica em camundongos, os derivados 3-etil-5-hidroxi-5-trifluorometil-4,5-diidro-1 H-1 -carboxiamidapirazola (EPFCA3) e o 4-metil-5-hidroxi-5-trifluorometil-4,5-dihidro-1 H-1 -carboxiamidapirazola (MPFCA4) mostraram efeito antinoceptivo no teste da formalina e anti-edematogênica no modelo de edema induzido por carragenina (Sauzem, P. D., et al. Eur. J. Med. Chem. 2007, v. 43, p. 1237-1247). Em outro trabalho realizado pelo mesmo grupo de pesquisadores também foi observado que os compostos EPFCA3 e MPFCA4 apresentam bom efeitos antinociceptivo no modelo crônico de dor inflamatória induzida por CFA em ratos (Sauzem, P. D., et al. Eur. J. Pharmacol. 2009, v. 616, p. 91-100). Nesta mesma perspectiva vários trabalhos na literatura mostram as atividades analgésica e anti-inflamatória, em diferentes modelos experimentais in vivo, de novos derivados pirazólicos, além disso, estes trabalhos mostram que estes derivados apresentam atividade com baixas doses e uma baixa toxicidade gástrica (Rani, P., Srivastava, V. K., Kumar, A. Eur. J. Med. Chem. 2004, v. 39, p. 449-452; Kelekc, N. G., et al. Bioorg Med Chem. 2007, v. 15, p. 5775-5786; Amir, M., Kumar, H., Khan, S.A. Bioorg. Med. Chem. Lett. 2008, v. 18, p. 918-922; Rathish, I.G., et al. Bioorg. Med. Chem. Lett. 2008, v. 21, p. 212-213).
[010] O principal mecanismo de ação os anti-inflamatórios não esteroidais é a inibição da enzima cicloxigenase (COX) que consequentemente leva à inibição da formação de eicosanoides, os quais apresentam um papel importante no desenvolvimento do processo inflamatório e da dor. Sendo assim, as inibições de enzimas envolvidas nesta cascata são alvos interessantes na pesquisa de novos anti-inflamatórios e analgésicos (Gaddi, A., Arrigo, C. F. G., Egidio, P. J. Gerontol. Geriatr. 2004, v. 38, p. 201-212).
[011] Um estudo conduzido por Reddy et al., 2008 mostrou que dentre uma série de vinte novas pirazolanas nas quais foi realizado uma triagem in vitro da possível atividade anti-inflamatória, todos os compostos testados foram capazes de inibir tanto as ciclo-oxigenases (COX-1 e COX-2) quanto às lipoxigenases (LOX-5, 12-LOX e LOX-15). No entanto, o composto 4-(5-(1 H-indol-3-il)-3-(trifluorometil)-2-pirazolin-1 -1 il)benzenosulfonamida, mostrou-se mais potente em inibir atividade da COX-2. Através de estudos teóricos e comparação de modelos moleculares foi verificado que esta atividade era mais potente que a do celecoxibe e que, além disso, um enatiômero do composto apresentou moderada atividade em inibir a atividade da LOX-5 e LOX-15, que foi comparável ao do celecoxibe e mais potente que o rofecoxibe.
[012] Em relação ao nosso objetivo de trabalho o derivado pirazolínico ácido 1-(4-acetamidofenil)-1H-pirazo-4-il (LQFM102) (1), o qual é um protótipo que foi originalmente planejado a partir da hibridação molecular entre o celecoxibe (2) um anti-inflamatório seletivo para COX-2 e o paracetamol (3), um analgésico com baixa atividade anti-inflamatória.
[013] É conhecido que o uso terapêutico de AINES não seletivos é limitado devido aos danos causado à mucosa gástrica. Isso porque a enzima COX-1, constutivamente expressa, é fonte predominante de prostaglandinas citoprotetoras presentes no epitélio gastrointestinal. Após descoberta sobre a expressão predominantemente de COX-2 durante um processo inflamatório iniciou-se o desenvolvimento dos inibidores seletivos para COX-2, também conhecidos como coxibes, baseando-se na hipótese de que estes inibidores teriam uma maior tolerabilidade no trato gastrointestinal (Grosser, T., Smyth, E., FitzGerald, G. A. Agentes anti-inflamatórios, antipiréticos e analgésicos; farmacoterapia da gota. In Goodman & Gilman: As bases farmacológicas da terapêutica. 2012. Brunton, L. L.; Chabner, B. A.; Knollman, B. C. Porto Alegre, AMGH Editora, 12a ed.).
[014] Após a introdução no mercado, os coxibes (rofecoxibe, valdecoxibe, e celecoxibe) tornaram-se rapidamente os AINEs de escolha. No entanto, significativos riscos cardiovasculares foram encontrados em associação com a administração de rofecoxibe e valdecoxibe e os mesmos foram retirados do mercado nos anos de 2004 e 2005, respectivamente. Atualmente o único coxibe aprovado para uso nos EUA é o celecoxibe (Burnier, M. 2005. The safety of rofecoxib. Expert Opin. Drug Saf. 4,491; FDA, US Food and Drug Administration. Propoxyphene: Withdrawal—Risk of Cardiac Toxicity, 2010.).
[015] Além disto, os AINEs COX-2 seletivos também são capazes de desenvolver efeitos adversos relacionados ao sistema renal, semelhantes aos ocasionados pelos AINES convencionais (Kummer, C. L.; Coelho, T. C. R. B. Cycloxygenase-2 Inhibitors Nonsteroid Anti-Inflammatory Drugs: Current Issues. Rev Bras Anestesiol. 2002; 52: 4: 498 - 512.).
[016] O paracetamol ou acetoaminofeno tem sido utilizado mundialmente por suas ações analgésica e antitérmica, no entanto seu mecanismo de ação tem sido incerto, sendo geralmente aceito a inibição das enzimas COX-1 e COX-2 e, consequentemente, a síntese de prostaglandinas (Graham, G. G., Davies, M. J., Day, R. O., Mohamudally, A., Scott, K. F. Inflammopharmacology. 2013, v. 21, p. 201-232). A baixa atividade anti-inflamatória apresentada pelo paracetamol deve-se à presença de grandes concentrações de peróxidos produzidos por leucócitos no local da inflamação, o que limita a capacidade do paracetamol em inibir as enzimas cicloxigenases (Grosser, T., Smyth, E.; FitzGerald, G. A. Agentes anti-inflamatórios, antipiréticos e analgésicos; farmacoterapia da gota. In Goodman & Gilman: As bases farmacológicas da terapêutica. 2012. Brunton, L. L.; Chabner, B. A.; Knollman, B. C. Porto Alegre, AMGH Editora, 12a ed.).
[017] Como referido anteriormente, na busca por novos agentes anti-inflamatórios que causem menos efeitos colaterais, novos derivados pirazolas têm se destacado como possíveis protótipos de fármacos (Assogba, L., et al. Eur. J. Med. Chem. 2005, v. 40(9), p. 850-861). Além disso, existe o consenso de que as doenças multifatoriais podem ser originadas a partir de várias fontes, por isso a busca por novos agentes com perfis duplos que podem ser expressos através de mais de uma janela bioquímica seria útil para o tratamento de muitos tipos de doenças (Barreiro, E. J.; Fraga, C. A. M. Current Drug Therapy. 2008. Vol. 3, p. 1-13; Gilroy, D. W.; Lawrence, T.; Perretti, M.; Rossi, A. G. Nature Reviews Drug Discovery. 2004. Vol 3, p. 401-416).
Sumário da invenção
[018] O objetivo da presente invenção é proporcionar alternativas terapêuticas em relação aos compostos empregados como analgésicos e anti-inflamatórios atualmente disponíveis.
[019] Os compostos e sais farmaceuticamente aceitáveis da presente invenção são particularmente úteis como analgésicos e anti-inflamatórios. Portanto, um adicional objetivo é proporcionar composições farmacêuticas para o tratamento de doenças inflamatórias e da dor em patologias crônicas como artrite reumática. Dadas às vantagens decorrentes da seletividade dos compostos desta invenção, as composições farmacêuticas podem ser administradas em uma maior variedade de formas de apresentação, o que resulta em benefícios para o usuário e maior flexibilidade de produção. Portanto, outro objetivo da presente invenção é proporcionar alternativas para as limitações da administração de composições farmacêuticas para o tratamento de doenças inflamatórias e dor.
[020] Os compostos e sais farmaceuticamente aceitáveis da presente invenção têm vias de síntese distintas dos outros compostos utilizados atualmente para o tratamento de doenças inflamatórias ou dor. Ademais, o composto LQFM102 (1) e seus análogos é aquiral, sendo obtidos em sete etapas sintéticas, com reagentes de fácil acesso e biaxo custo, o que torna a produção dos mesmos, na presente invenção, mais simples e menos onerosas, resultando em vantagens sob o ponto de vista industrial. Portanto, um adicional objetivo da presente invenção é proporcionar processos para a produção dos compostos anti-inflamatórios e analgésicos.
Breve Descrição das Figuras
[021] A figura 1 mostra o efeito de LQFM102 (0,3; 0,6 e 1,2 mmol/kg), no teste da dor induzida por formalina, primeira fase (0-5 min) e segunda fase (1530 min). As barras verticais representam as médias ± erro padrão das médias, do tempo de reatividade dos animais expresso em segundos (n=7). Celecoxibe 0,6 mmol/kg e Paracetamol 0,6 mmol/kg foram utilizadas como controles positivos. ** p ≤ 0,05; ** p ≤ 0,01 e *** p ≤ 0,001 indicam o nível de significância das diferenças entre os grupos tratados com o veículo, na primeira e segunda fase, segundo análise de variância, seguido do pós-teste Newman Keuls.
[022] A figura 2 mostra o efeito de LQFM102 (0,6 mmol/kg) sobre a latência ao estímulo térmico no teste da flexão de cauda (A) e da placa quente (B). Nas ordenadas estão representados os tempos de latência ao estímulo térmico expressos em segundos. Os símbolos indicam as médias ± erro padrão das médias dos tempos para reação dos animais (n=8) ao estímulo térmico nos diferentes tempos do tratamento. Paracetamol 0,6 mmol/kg e Morfina 0,017 mmol/kg foram utilizados como controles positivos. *** p ≤ 0,001 indica o nível de significância da diferença entre os grupos tratados e o controle, segundo análise de variância de duas vias seguida do pós-teste Bonferroni.
[023] A figura 3 mostra o efeito de LQFM102 (0,6 mmol/kg) sobre a hiperalgesia induzida por carragenina no teste do Randall Selitto. Nas ordenadas estão representadas as diferenças do limiar de retirada de pata expresso em gramas em resposta ao estímulo mecânico nos diferentes tempos do tratamento dos animais. Os símbolos indicam as médias ± erro padrão das médias da diferença de limiar em resposta ao estímulo mecânico provocado nos animais (n=8) de acordo com os diferentes tempos de tratamento. Paracetamol 0,6 mmol/kg e Celecoxibe 0,6 mmol/kg foram utilizados como controles positivos. *** p ≤ 0,001 indica o nível de significância da diferença entre os grupos tratados e o controle, segundo análise de variância de duas vias seguida do pós-teste Bonferroni.
[024] A figura 4 mostra o efeito de LQFM102 (0,6 mmol/kg) no teste do edema de pata induzida por carragenina. Nas ordenadas são representadas as diferenças de volume (µL) entre as patas em diferentes tempos após a aplicação da carragenina na pata direita e salina na esquerda. Os símbolos indicam as médias ± erro padrão das médias das diferenças de volume (µL) entre as patas dos animais (n=8) em relação ao tempo de aplicação do agente flogístico. Celecoxibe e paracetamol na dose de 0,6 mmol/kg foram utilizados como controles positivos. * p ≤ 0,05 e *** p ≤ 0,001 indicam o nível de significância das diferenças entre os grupos tratados e o controle, segundo análise de variância de duas vias seguida do pós-teste de Bonferroni.
[025] A figura 5 mostra o efeito de LQFM102 (0,6 mmol/kg) no teste da pleurisia induzida por carragenina. A figura representa o efeito de LQFM-102 (0,6 mmol/kg) sobre (A) a migração celular, (B) atividade da mieloperoxidase, (C) níveis de TNF-α e (D) IL-1 β. As barras verticais representam as médias ± erro padrão das médias, dos diferentes parâmetros analisados a partir do exsudato pleural dos animais (n=8). Celecoxibe e paracetamol na dose de 0,6 mmol/kg foram utilizados como controles positivos. * p ≤ 0,05; ** p ≤ 0,01 e *** p ≤ 0,001 indicam o nível de significância da diferença entre os grupos tratados e o grupo controle, segundo análise de variância, seguido do pós-teste Newman-Keuls.
[026] A figura 6 mostra o efeito do tratamento subcrônico (15 dias) com LQFM102 (0,3 mmol/kg) sobre o edema de orelha induzido por óleo de cróton. As barras verticais representam as médias ± erro padrão das médias, da diferença de peso das orelhas (Δ Edema %) após aplicação do óleo de cróton (orelha direita) e acetona (orelha esquerda) (n=8). Paracetamol 0,3 mmol/kg e Celecoxibe 0,3 mmol/kg foram utilizados como controles positivos. *** p ≤ 0,001 indica o nível de significância da diferença entre os grupos tratados e o grupo controle, segundo análise de variância seguida do pós-teste Newman-Keuls.
[027] A figura 7 mostra o efeito do tratamento subcrônico (15 dias) com LQFM102 (0,3 mmol/kg) sobre níveis séricos de AST, ALT, uréia e creatinina. As barras verticais representam as médias ± erro padrão das médias, dos níveis séricos dos marcadores de toxicidade hepática e renal após tratamento com LQFM102 durante 15 dias (n=8). Paracetamol 0,3 mmol/kg e Celecoxibe 0,3 mmol/kg foram utilizados como controles positivos. * p ≤ 0,05 e ** p ≤ 0,01 indicam o nível de significância da diferença entre os grupos tratados e o grupo controle, segundo análise de variância seguida do pós-teste Newman-Keuls.
[028] A figura 8 mostra o efeito do tratamento subcrônico com LQFM102 (0,3 mmol/kg) sobre (A) níveis de GSH no fígado e o (B) índice de lesão na mucosa gástrica após 15 dias de tratamento. As barras verticais representam as médias ± erro padrão das médias dos níveis de GSH no fígado e do índice de lesão na mucosa gástrica dos animais (n=8). Paracetamol 0,3 mmol/kg e Celecoxibe 0,3 mmol/kg foram utilizados como controles positivos. * p ≤ 0,05 e ** p ≤ 0,01 indicam o nível de significância da diferença entre os grupos tratados e o grupo controle, segundo análise de variância seguida do pós-teste Newman-Keuls.
Descrição Detalhada da Invenção
[029] Tendo feito uma breve referência aos objetivos da presente invenção, passaremos agora a descrevê-la em seus detalhes, usando, sempre que oportuno, as concretizações preferenciais da invenção.
[030] Esta invenção tem como uma das características inovadoras a síntese de derivados heterocíclicos funcionalizados (1), e sais farmaceuticamente aceitáveis, derivados do sistema ácido 1-(4-acetamidofenil)-1H-pirazo-4-il. Estes derivados e sais farmaceuticamente aceitáveis apresentam como principais características estruturais o padrão heterocíclicos ácido 1-(W-acetamidofenil)-1H-pirazo-4-il funcionalizados na subunidade W-fenila (anel A), heterocíclo central (anel B), posição Y pode ter o heteroátomo N ou CH, espaçador "n” com ou sem remificação alquílicas, além da subunidade subunidade ácido carboxílico (C) ou seus bioisóstero tetrazol, consistem nos grupo farmacofóricos envolvidos no reconhecimento da atividade anti-inflamatória; as demais subunidades, atuam como grupos farmacofóricos secundários, com características biofóricas (eletrônica e hidrofóbica), necessárias para o reconhecimento pelas enzimas-alvo, através de interações de van der Waals entre seu anel aromático e sítios de semelhantes.
[031] O uso deste padrão estrutural em análogos de anti-inflamatórios não foi relatado anteriormente, e, portanto, os compostos descritos nesta invenção e sua metodologia sintética representam uma inovação entre os agentes anti-inflamatórios.
[032] VOs compostos e sais farmaceuticamente aceitáveis de que trata esta invenção pertencem à classe dos derivados, de estrutura geral (I):
Figure img0001
onde X é CH ou N
n é (CH2)n onde n=0, 1, 2, 3, sem ramificações ou com ramificações com uma metila;
A é o-alquila com 1 a 4 átomos de carbono, m-alquila com 1 a 4 átomos de carbono, p-alquila com 1 a 4 átomos de carbono, o-cicloalquila com 3 a 6 átomos de carbono, m-cicloalquila com 3 a 6 átomos de carbono, p-cicloalquila com 3 a 6 átomos de carbono; o-fenila, m-fenila, p-fenila; furila, tiofenil, piridil, pirimidinil, pirroil, tiazolil, quinazoil ou isoquinolil; o-flúor, m-flúor, p-flúor; o-cloro, m-cloro, p-cloro; o-bromo, m-bromo, p-bromo; o-nitro, m-nitro, p-nitro; o-amina, m-amina, p-amina; o-metilsulfonamida, m-metilsulfonamida, p- metilsulfonamida; o-trifluormetil, m-trifluormetil, p-trifluormetil; o-alcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, m-alcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, p-alcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, o-cicloalcoxila, m-cicloalcoxila, p-cicloalcoxila, o-tioxila com 0 a 4 átomos de carbono, m-tioxila com 0 a 4 átomos de carbono, p-tioxila com 0 a 4 átomos de carbono, o-arioxila, m-arioxila, p-arioxila, o-sulfonas, m-sulfonas, p-sulfonas, o-sulfetos, m-sulfetos, p-sulfetos, o-sulfóxidos, m-sulfóxidos, p-sulfóxidos, orto-sulfonatos, m-sulfonatos, p-sulfonatos, o-sulfonamidas, m-sulfonamidas, p-sulfonamidas, o-amido com 1 a 4 átomos de carbono, m-amido com 1 a 4 átomos de carbono, p-amido com 1 a 4 átomos de carbono, o-carboalcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, m-carboalcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, p-carboalcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, o-carbotioalcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, m-carbotioalcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, p-carbotioalcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, o-ciano, m-ciano, p-ciano, (2-succinilcolesterol-etil), 1-[6-(hidroximetil)oxano-2,3,4,5-tetrol], {2-1-[6-(hidroximetil)oxano-2,3,4,5-tetrol]-etil}, 1-ácido (2S)-2-amino-4-carbamoilbutanóico, (2-1-ácido (2S)-2-amino-4-carbamoilbutanóico-etil;
[033] Em uma realização preferencial, o composto (1) e sais farmaceuticamente aceitáveis corresponde à fórmula geral (I) onde: W é p-acetamida; X é CH; n do (CH2)n igual a 0.
[034] O composto ácido 1-(W-acetamidofenil)-1H-pirazo-4-il (1) foi obtido empregando-se metodologia sintética aqui descrita. Esta metodologia de síntese se caracteriza por apresentar apenas sete etapas, com rendimentos satisfatórios e utilizando como ponto de partida compostos comercialmente disponíveis, o que qualifica esta metodologia sintética para utilização industrial.
[035] Os compostos e sais farmaceuticamente aceitáveis da presente invenção foram planejados através de estratégias de síntese linear, utilizando reações clássicas. Mais especificamente, os compostos de fórmula (I) da presente invenção pode ser preparado em processo que compreende as etapas de:
  • - Condensação;
  • - Reação de Duff;
  • - Reação de oxidação de aldeido;
  • - Reação de esterificação de Fischer;
  • - Reação de redução de nitro;
  • - Reação de aminólise;
  • - Reação de hidrólise de éster;
[036] Mais especificamente, os compostos de fórmula (1) e sais farmacéuticamente aceitáveis da presente invenção podem ser preparados por um processo que compreende as etapas de:
  • - condensação da fenilhidrazinas funcionalizadas de fórmula geral (II) com 1,1,3,3-tetrametoxipropano, em etanol e ácido clorídrico;
Figure img0002
- formilação de W-fenilpirazóis de fórmula geral (III) através da adaptação das condições de DUFF;
Figure img0003
- síntese de ácido de fórmula geral (V) a partir da reação de oxidação de aldeídos;
Figure img0004
- síntese do éster de fórmula geral (VI) a partir da reação de esterificação de Fischer;
Figure img0005
- síntese da amina de fórmula geral (VII) a partir de nitrocompostos de fórmula geral (VI);
Figure img0006
- síntese da acetamida de fórmula geral (VIII) a partir da amina de fórmula geral (VII);
Figure img0007
- síntese de ácido de fórmula geral (IX) a partir do éster de fórmula geral (VIII);
Figure img0008
[037] Os processos acima citados não limitam a invenção, servindo apenas de exemplo de um dos inúmeros modos de se realizar a invenção.
[038] A título de exemplificação, neste relatório, descrevemos a síntese dos compostos:
1-(3-fluorfenil)-1H-pirazol (Finar, I.; Hurlock, R.; J. Chem. Soc. 1957, p. 30243027.)
1-(4-fluorfenil)-1H-pirazol-4-carbaldeído (De Oliveira, C. H. A. et al. Synth. Commun. 2013, v. 43, p. 1633-1639);
Ácido 1-(4-nitrofenil)-1H-pirazol-4-il (Kleiderer, E. C.; Shriner, R. L. Org. Synth. 1943, 2,538-)
1-(4-nitrofenil)-1H-pirazola-4-carboxilato de metila (Moumne, R.; Lavielle, S.; Karoyan, P. J. Org. Chem., 2006, v. 71, p. 3332-3334.)
1-(4-aminofenil)-1H-pirazola-4-carboxilato de metila (Petrini, M.; ballini, R.; Rosini, G. Synthesis. 1987, v. 8, p. 713)
1-(4-acetamidophenyl)-1H-pyrazola-4-carboxilato de metila (Phukan, P. Tetrahedron Lett. 2004, v. 45, p. 4785-4787.)
Ácido 1-(4-acetamidofenil)-1H-pirazol-4-il (Khurana, M. J. et al. Monatsh. Chem. 2004, n.135, p. 83-87)
[039] Composição Farmacêutica
[040] A composição farmacêutica da presente invenção é tal que compreende:
a) um composto e sais farmaceuticamente aceitáveis de acordo com a fórmula geral (I):
Figure img0009
; e
b) um veículo farmaceuticamente aceitável.
[041] A composição farmacêutica está na forma adequada para que proporcione uma administração por via oral, enteral, parenteral, tópica, retal ou qualquer outra forma de administração disponível no estado da arte.
[042] Uma descrição detalhada dos métodos sintéticos desta invenção para alguns dos compostos reivindicados é relatada a seguir, incluindo-se os dados espectroscópicos relevantes a sua caracterização. Os exemplos seguintes ilustram, mas não limitam a presente invenção.
Exemplo 1 Preparação dos derivados 1- (4-nitrofenil) -1H-pirazol Procedimento geral
[043] Foram adicionados a um balão de 25,0 mL, 1,0 mmol de 4-Nitrofenilhidrazina, 1,2 mmol de 1,1,3,3-tetrametoxipropano, 10 mL de etanol e 0,07 mL de ácido clorídrico concentrado. A mistura foi mantida à temperatura de refluxo por 1-2 horas. A formação do 1- (4-nitrofenil) -1H-pirazol foi acompanhada por CCD. Ao término da reação, a mesma foi vertida em banho de gelo e na sequência foi neutralizada com solução de bicarbonato de sódio (p/v) a 10%. Por fim fez-se uma extração com alíquotas (3x20mL) de clorofórmio, a fase orgânica foi seca com sulfato de sódio anidro e concentrada em evaporador rotatório. O composto foi obtido em redimento de 85%.
RMN de 1H (500,13 MHz) CDCl3 / TMS (δ): 8,34 (2H, m, H-3’); 8,34 (2H, m, H-5’); 8,04 (1H, dd, J= 0,78 e 2,67 Hz, H-5); 7,89 (2H, m, H-2’); 7,89 (2H, m, H-6’); 7,80 (1H, dd, J= 0,78 e 1,88 Hz, H-3); 6,57 (1H, dd, J= 1,88 e 2,67 Hz, H-4).
Exemplo 2 Preparação dos derivados 1 - (4-nitrofenil) -1H-pirazol-4-carbaldeído Procedimento geral
[044] Foram transferidos para um balão de 50,0 mL, acoplado a um condensador de refluxo, 1,0 mmol do composto 1 - (4-nitrofenil) -1H- pirazol, 1,5 mmol de hexametilenotetramina (HMTA) e 2 mL de ácido trifluoracético, permanecendo a mistura reacional sob refluxo e agitação por 12 horas. A reação foi acompanhada por CCD, empregando o revelador 2,4 dinitrofenilhidrazina, na qual uma mancha alaranjada foi observada, comprovando a presença de aldeído. Ao término da reação, a mistura reacional foi vertida em banho de gelo e na sequência foi neutralizada com solução de bicarbonato de sódio (p/v) a 10%. Por fim o sobrenadante formado foi filtrado à vácuo e secado à temperatura ambiente. O composto foi obtido em redimento de 92%.
RMN- 1H (500,13 MHz) CDCl3 / TMS (δ): 10,02 (1H, s, CHO); 8,63 (1H, d, J= 0,5Hz; H-5); 8,40 (1H, dd, J= 10,0 e 2,1Hz, H-3’); 8,40 (1H, dd, J= 9,1 e 2,1Hz, H-5’); 8,23 (1H, d, J= 0,5Hz, H-3); 7,98 (1H, dd, J=10,0 e 2,9Hz, H-2’); 7,98 (1H, dd, J=9,1 e 2,9Hz, H-6’)
Exemplo 3 Preparação dos derivados 1 -(4-nitrofenil)-1 H-pirazol-4-ácido carboxílico
[045] Em um balão de fundo redondo de 25,0 mL, acoplado a um condensador de refluxo, foram adicionados 1,0 mmol de aldeído e 4 moles de água destilada. A mistura reacional foi mantida sob agitação à temperatura de refluxo, em seguida foi adicionado uma solução de permanganato de potássio, 1 mmol em 4 mL de água, gota-a-gota. Após o término da adição do permanganato de potássio a mistura reacional permaneceu sob agitação à temperatura de refluxo por 1 hora e a reação foi acompanhada por meio de CCD. Posteriormente adicionou-se uma solução de hidróxido de potássio a 10%,100mL.
[046] Ao término da reação, a mesma foi vertida em banho de gelo, acidificada com 12 mL de solução de ácido clorídrico 10% até pH 2, e o precipitado formado foi filtrado à vácuo. O composto foi obtido em redimento de 86%.
RMN- 1H (500,13 MHz) DMSO-d6 / TMS (δ): 12,92 (1H, s, OH); 9,29 (1H, s, H-5); 8,42 (2H, d, J= 9,2 Hz, H-3 e 5’); 8,26 (2H, d, J= 9,2 Hz, H-2 e 6’); 8,24 (1H, s, H-3);
Exemplo 4 Preparação dos derivados 1-(4-nitrofenil)-1H-pirazola-4-carboxilato de metila Procedimento geral
[047] Em um balão de fundo redondo de 25,0 mL, acoplado a um condensador de refluxo, foram adicionados 1,0 mmol de carbaldeído, 5,8 mL de metanol e 0,1 mL de ácido sulfúrico. A mistura reacional foi mantida sob agitação à temperatura de refluxo por 24 horas. Após o término da reação, a mesma foi concentrada em rotaevaporador. O composto foi obtido em redimento de 95%.
RMN- 1H (500 MHz) DMSO-de / TMS (δ): 9,45 (1H, s, H-5); 8,47 (2H, d, J= 8,8Hz, H-3 e 5’); 8,36 (1H, s, H-3); 8,32 (2H, d, J=8,9, H-2’ e 6’); 3,92 (3H, s, H-OCHs);
Exemplo 5 Preparação dos derivados 1-(4-aminofenil)-1H-pirazola-4-carboxilate Procedimento geral
[048] Em um balão de fundo redondo de 25,0 mL, mantido sob agitação foram adicionados 1,0 mmol de carboxilato, 2,5 de borohidreto de sódio, 0,04g de paládio e 4 mL de metanol. O boroidreto foi divido em três porções iguais e adicionado à reação em intervalos de 10 minutos. Após o termino da adição, a reação foi mantida à temperatura de refluxo por 1 hora. Ao termino da reação a mesma foi filtrada a vácuo, usando filtro cinterizado com celite para retirada do paládio. O filtrado foi acidificado com ácido clorídrico até pH 6 e extraiu-se com alíquotas (3x20mL) de clorofórmio. E a fase orgânica foi seca com sulfato de sódio anidro e concentrada em evaporador rotatório. O composto foi obtido em redimento de 43%.
RMN- 1H (500 MHz) DMSO-d6 / TMS (δ): 8,85 (1H, s, H-5); 8,10 (1H, s, H-3); 7,59 (2H, d, J= 8,8Hz, H-2’ e 6’); 6,73 (2H, d, J=8,9, H-3’ e 5’); 3,84 (3H, s, H-OCH3);
Exemplo 6 Preparação dos derivados 1-(4-acetamidofenil)-1H-pirazola-4-carboxilato de metila Procedimento geral
[049] Em um balão de fundo redondo de 25,0 mL, foram adicionados, 1,0 mmol do aminofenil, 0,1 mmol de iodo (I2) e 1,05 mmol de anidrido acético, mantendo-se a agitação a temperatura ambiente por 30 minutos. Após o término da reação, o iodo foi retirado por adição de solução de tiossulfato de sódio saturado. Em seguida a reação foi neutralizada com solução de bicarbonato de sódio (p/v) a 10%. Por fim fez-se uma extração com alíquotas (3x20mL) de clorofórmio e a fase orgânica foi seca com sulfato de sódio anidro e concentrada em evaporador rotatório. O composto foi obtido em redimento de 32%.
RMN- 1H (500 MHz) DMSO-d6 / TMS (δ): 10,21 (1H, s, H-NH); 9,07 (1H, s, H-5); 8,18 (1H, s, H-3); 7,90 (2H, d, J= 8,9 Hz, H-2’ e 6’); 7,78 (2H, d, J=8,9 Hz, H-3’ e 5’); 3,86 (3H, s, H-OCH3); 3,46 (3H, s, H-COCH3);
Exemplo 7 Preparação dos derivados ácido 1-(4-acetamidofenil)-1H-pirazola-4-carboxílico Procedimento geral
[050] Em um balão de fundo redondo de 25,0 mL, foram adicionados, 1,0 mmol do formamido, 5,88 mL de tetrahidrofurano, 1,96 mL de metanol, 1,96 mL de água e 24,22 mmol de hidróxido de potássio, mantendo-se a agitação a temperatura ambiente por 2 horas. Após o término da reação a mesma foi vertida em banho de gelo e em seguida acidificada com ácido clorídrico até pH 4. O precipitado formado foi filtrado e o sobrenadante foi extraído com alíquotas (3x20mL) de clorofórmio. Por fim, a fase orgânica foi seca com sulfato de sódio anidro e concentrada em evaporador rotatório. O composto foi obtido em redimento de 39%.
RMN- 1H (500 MHz) DMSO-d6 / TMS (δ): 10,24 (1H, s, H-NH); 8,97 (1H, s, H-5); 8,11 (1H, s, H-3); 7,89 (2H, d, J= 8,8 Hz, H-2’ e 6’); 7,78 (2H, d, J=8,8 Hz, H-3’ e 5’); 2,13 (3H, s, H-COCH3);
Avaliação Farmacológica
[051] Possíveis atividades analgésicas e anti-inflamatórias do novo composto (1) foram avaliadas in vivo através de metodologias específicas descritas abaixo. Os resultados obtidos demonstraram importantes atividades analgésica e anti-inflamatória para o composto (1).
Ensaios de atividade farmacológica do Composto LQFM102 (1) Efeitos de LQFM102 (1) obtidos no método para avaliação da atividade antinociceptiva em modelo agudo Efeito de LQFM102 (1) no teste da dor Induzida pela Formalina
[052] Com o intuito de caracterizar o efeito analgésico usamos o teste da dor induzida pela formalina, que permite diferenciar dois tipos de dor. A primeira fase que ocorre nos 5 minutos primeiros minutos após a aplicação da formalina, é conhecida como neurogênica, sendo esta devido à estimulação química direta dos nociceptores pela formalina e participação de mediadores periféricos (Hunskaar, S. and Hole, K. Pain. 1987, v. 30, p. 103-114; Shibata, et al. Pain. 1989, v. 38(3), p. 347-352; Corrêa, C.R., Calixto, J.B. Br. J. Pharmacol. 1993, v. 110(1), p. 193-198; Munro G. Eur. J. Pharmacol. 2007, v. 575(1-3), p. 66-74). Já a segunda fase ocorre entre 15-30 minutos após a injeção de formalina, sendo esta, relacionada com a estimulação dos nociceptores associada à produção e liberação de vários mediadores pró-inflamatórios como histamina, bradicinina, serotonina, prostaglandinas, taquicininas e glutamato (Fujimaki, et al. Int. Arch. Allergy Immunol. 1992, v. 98(4), p. 324-331; Santos, A. R., Calixto, J. B. Neuropeptides. 1997, v. 31, p. 381-389; Cao, et al. Nature, 1998, v. 6674(4), p. 390-392; Omote, et al. Brain Res. 1998, v. 787(1), p. 161164; Beirith, A., Santos, A.R., Calixto, J. B. Brain Res. 2002, v. 924(2), p. 219228).
[053] Na primeira fase (0-5 min.) do teste de dor induzida pela formalina os tratamentos com LQFM102 (1) nas doses 0,3; 0,6 e 1,2 mmol/kg ou paracetamol (0,6 mmol/kg) reduziram significativamente o tempo de reatividade à dor em 36, 42 e 46 e 36%, respectivamente. Na segunda fase (15-30 min.), as mesmas doses de LQFM102 (1), reduziram o tempo de reatividade à dor em 29, 35 e 60%, respectivamente, os controles positivos celecoxibe (0,6 mmol/kg) e paracetamol (0,6 mmol/kg) reduziram o tempo de reatividade a dor em 28% e 22%, respectivamente, em relação ao grupo controle (Veículo 10 mL/kg), (Figura 1). Com estes resultados, foi possível observar uma ação sugestiva de atividade antinociceptiva central de LQFM102 devido à redução da dor em ambas as fases do teste, não sendo possível diferenciar este efeito de uma atividade anti-inflamatória que é determinada quando há redução significativa apenas na segunda fase do teste, fazendo-se necessário avaliar o composto em modelos mais específicos de dor e inflamação.
Efeito de LQFM102 (1) no teste da Flexão de Cauda e Placa Quente
[054] Com intuito de investigar se o efeito antinociceptivo de LQFM102 observado no teste de dor induzida por formalina, era decorrente de uma ação central foi realizado o teste de flexão de cauda que mostra uma ação central-espinhal e o teste da placa quente que mostra uma ação supra-espinhal. Ambos os testes usam o estímulo térmico para avaliar a atividade antinociceptiva mediada por mecanismos centrais. O teste de flexão de cauda é realizado utilizando uma fonte de calor que é emitida no terço distal da cauda do animal promovendo um movimento reflexo de retirada devido à alta temperatura. Já o teste da placa quente é feito utilizando a superfície de uma placa de metal previamente aquecida, onde os animais são colocados e então é cronometrado o tempo em que o animal leva para reagir ao estímulo térmico, sendo esta uma resposta supra-espinal. Vale ressaltar que temperaturas muito elevadas em ambos os testes não são adequadas devido ao risco de queimaduras (D’Amour, F. E.; Smith, F. L. Journal of Pharmacology and Experimental Therapeutics, 1941, v. 72, p. 74-79.; Woolfe, G.; Macdonald, A. D. Journal of Pharmacology and Experimental Therapeutics, 1944, v. 80, p. 300307.; BARROT, M. Neuroscience, 2012, v. 211, p. 39-50). Os tratamentos dos animais com LQFM-102 na dose de 0,6 mmol/kg não aumentou a latência ao estímulo térmico nos testes de flexão de cauda e placa quente, sugerindo uma atividade antinociceptiva periférica.
Efeito de LQFM102 (1) no teste do Randall Selitto
[055] Para avaliar o efeito de LQFM102 sobre a hiperalgesia induzida por carregenina foi utilizada a metodologia proposta por Randall e Selitto (1957). Nesse método, o animal é mantido em decúbito ventral pela mão do experimentador o que permite que qualquer uma das patas traseiras seja colocada entre uma superfície fixa e um sistema de contrapeso deslizante que exerce uma pressão (em gramas) constante. O parâmetro medido é o limiar (em gramas) para o aparecimento de um determinado comportamento do animal, que pode ser um reflexo de retirada ou uma vocalização. Os tratamentos dos animais com LQFM102 (0,6 mmol/kg) celecoxibe (0,6 mmol/kg) ou paracetamol (0,6 mmol/kg) diminuíram a diferença de limiar mecânico em 45, 32 e 47% na primeira hora, 53, 46 e 43% na segunda hora, 50, 26 e 34% na terceira hora e 43, 31 e 41% na quarta hora, respectivamente, demonstrando então uma ação anti-hiperalgica.
Efeito anti-inflamatório de LQFM102 (1) em modelos agudos de inflamação Efeito de LQFM102 (1) no teste do edema de pata induzido por carragenina
[056] Para investigação a possível atividade anti-inflamatória do composto LQFM102, foi realizado o teste de edema de pata induzido por carragenina, o qual permite avaliar a ação de fármacos com propriedades anti-inflamatórias sobre a formação do edema, um dos sinais cardinais da inflamação formado a partir de uma leve vasoconstrição, seguida de dilatação, aumento do fluxo local e da permeabilidade vascular que leva ao extravasamento de líquidos e proteínas para o interstício (Garcia, L. J.; Hamamura, L.; Leite, M. P.; Rocha, S. M. British Journal of Pharmacology, 1973, v. 48, p. 88-96.; Morris, C. J. Methods in Molecular Biology, 2003, v. 225, p. 115-121).
[057] A injeção subplantar de carragenina na pata dos animais provoca um processo inflamatório agudo, não imune, onde há a formação do edema que é constituído de três fases. Na primeira hora, logo após a injeção da carragenina, há aumento da permeabilidade vascular mediada principalmente por histamina e serotonina. Na segunda hora, o aumento da permeabilidade é ocasionado predominantemente por cininas e na terceira hora pela ação das prostaglandinas (Winter, C. A.; Risley, E. A.; Nuss, G. W. Proceedings of the Society for Experimental Biology and Medicine, 1962, v. 111, p. 544-7.; Di Rosa, M.; Giroud, J. P.; Willoughby, D. A. The Journal of Pathology, 1971, v. 104, p. 15-29).
[058] Os resultados mostram que os tratamentos dos animais com LQFM102, ou celecoxibe em doses equimolares de 0,6 mmol/kg foram capazes de reduzir o edema de pata em todas as horas do teste em 21 e 17% na primeira hora, 28% e 20% na segunda hora, 35% e 30% na terceira hora e por fim 33% e 35% na quarta hora, respectivamente, mostrando assim, que este composto possui atividade anti-edematogênica e um provável efeito anti-inflamatório que pode estar contribuindo para o efeito antinociceptivo visto na segunda fase do teste da formalina.
Efeito de LQFM102 (1) no teste da pleurisia induzida por carragenina
[059] Outro teste realizado para confirmar o efeito anti-inflamatório de LQFM102 foi o teste da pleurisia induzida por carragenina, modelo caracterizado pelo acúmulo de exsudato e infiltração de leucócitos na cavidade pleural. A pleurisia induzida por carragenina é um modelo de inflamação aguda usualmente utilizado para avaliar os efeitos anti-inflamatórios de novos compostos candidatos a fármacos, bem como alguns de seus mecanismos de ação a partir da avaliação de mediadores inflamatórios presentes no exsutado coletado (Ahmad, S. F.; Zoheir, K. M.; Abdel-Hamied, H. E.; Alrashidi, I.; Attia, S. M.; Bakheet, S. A.; Ashour, A. E.; Abd-Allah, A. R. The Journal of Immunology, 2014, v. 142, p. 374-83.; Murai, N.; Nagai, K.; Fujisawa, H.; Hatanaka, K.; Kawamura, M.; Harada, Y. Journal of Leukocyte Biology, 2003, v. 73, p. 456-63).
[060] Desta forma, a partir do tratamento com LQFM102 foi possível avaliar parâmetros como migração celular, atividade da enzima mieloperoxidase e quantificar as citocinas TNF-α e IL-1 β. Logo, foi observado que o tratamento com LQFM102 na dose de 0,6 mmol/kg reduziu o número de leucócitos polimorfonucleares em 34%, a atividade da mieloperoxidase em 39% e os níveis de TNF-α e IL-1 β em 37 e 17%respectivamente, quando comparados ao grupo controle, confirmando a atividade anti-inflamatória do composto LQFM102 observada na segunda fase da formalina e no teste do edema de pata induzido por carragenina. De forma semelhante o tratamento com celecoxibe também na dose de 0,6 mmol/kg reduziu o número de leucócitos polimorfonucleares em 21%, a atividade da mieloperoxidase em 58% e os níveis de IL-1 β em 19% respectivamente, quando comparado ao grupo controle. Nesta dose celecoxibe não reduziu os níveis de TNF-α. Além disto, o controle paracetamol também não foi capaz de reduzir a migração celular nem a atividade da enzima mieloperoxidase.
Efeito do tratamento subcrônico de LQFM102 (1) no teste do edema de orelha induzido por óleo de cróton
[061] Para avaliação do efeito anti-inflamatório de LQFM102, após tratamento subcrônico, foi realizado o teste do edema de orelha induzido pelo óleo de cróton, o qual permite avaliar a ação de fármacos com propriedades anti-inflamatórias sobre a formação do edema, um dos sinais clássicos da inflamação. O óleo de cróton é extraído de Croton tiglium L. (Euphorbiaceae), sendo composto de ésteres de forbol, em especial o 13-acetato de tetradecanoilforbol, mais conhecido como TPA, que ao ser aplicado topicamente mobiliza fosfolipídeos de membrana das células epiteliais desencadeando a cascata do ácido araquidônico e consequentemente promovendo um processo inflamatório (Hecker, E. Cocarcinogenic principles from the seed oil of Croton tiglium and from other Euphorbiaceae. Cancer Res. 28 (11): 2338-49. 1968; Sorg, B.; Fürstenberger, G.; Berry, D. L.; Hecker, E.; Marks, F. Preparation of retinoic acid esters of phorbol derivatives. J Lipid Res. 23 (3): 443-7. 1982; RAO, T. S. et al. Comparative evaluation of arachidonic acid (AA) - and tetradecanoylphorbol acetate (TPA)-induced dermal inflammation. Inflammation, v.17, p.723-41, 1993).
[062] Sendo assim, a partir do tratamento durante 15 dias com LQFM102 foi possível avaliar o efeito deste composto sobre a formação do edema de orelha. Logo, foi observado que o tratamento subcrônico com LQFM102 na dose de 0,3 mmol/kg reduziu a formação do edema em 67% em comparação com o grupo veículo. Os controles posivitos celecoxibe e paracetamol também reduziram a formação do edema em 53 e 40%, respectivamente, comparados ao grupo veículo.
Avaliação da toxicidade crônica oral de LQFM102 (1) Efeito do tratamento subcrônico de LQFM102 (1) sobre marcadores de toxicidade
[063] Para investigar se o tratamento subcrônico com LQFM102 (0,3 mmol/kg) celecoxibe (0,3 mmol/kg) ou paracetamol (0,3 mmol/kg) durante 15 dias poderia causar algum dano ao fígado, foram dosados os níveis séricos das enzimas Alanina Aminotransferase (ALT), que está presente nos hepatócitos e quando há lesão celular ela atinge a corrente sanguínea podendo assim, ser mensurada; e da Aspartato Aminotransferase (AST) que tem função similar à ALT, mas além das células hepáticas ela está presente em hemácias, músculos esqueléticos e cardíacos (Pagana K.D., Pagana T.J., Diagnostic and Laboratory Test Reference, 78-80, 1992; Henry, J.B., Clinical Diagnosis and Management by Laboratory Methods, 268-280, 19a edição, 1996). Os níveis dessas enzimas foram mensurados e apresentaram-se elevados apenas no soro dos animais tratados com o controle positivo paracetamol (0,3 mmol/kg) comparados aos grupos controles.
[064] Além disto, foi realizada a quantificação dos níveis de glutationa no fígado dos animais, proteína esta que exerce uma importante função desentoxicante no organismo. Sabe-se que após dosagens terapêuticas de paracetamol, as reservas de glutationa excedem em muito a quantidade necessária para destoxificar o metabólito tóxico formado. Este reage então com o grupo sulfidrilo da glutationa, produzindo um conjugado não tóxico que é posteriormente excretado pelos rins. No entanto, após excessivas doses de paracetamol a taxa de formação do metabólito tóxico e a sua quantidade irão superar a quantidade de glutationa disponível e a taxa de produção da mesma, causando assim um acumulaco do mesmo, o qual induz uma série de eventos que podem resultar em morte celular (Lopes, J.; Matheus, M. E. Risk of hepatotoxicity with Acetaminophen. Rev. Bras. Farm. 93(4): 411-414, 2012). Sendo assim, para avaliar se LQFM102 (0,3 mmol/kg) celecoxibe (0,3 mmol/kg) ou paracetamol (0,3 mmol/kg) estariam causando alguma influência nos níveis de glutationa, esta proteína foi quantificada a partir de homogenatos de fígados dos animais e foi observado que apenas os animais tratados com paracetamol (0,3 mmol/kg) tiveram os seus níveis de glutationa reduzidos, comparados aos grupos controles.
[065] Foram dosados também os níveis séricos de uréia e creatinina para avaliação da função renal após tratamento subcrônico dos animais com LQFM102 (0,3 mmol/kg) celecoxibe (0,3 mmol/kg) ou paracetamol (0,3 mmol/kg). A ureia, principal produto final do metabolismo proteico, é responsável por 80% do nitrogênio não proteico excretado na urina em condições normais. A elevação da taxa de ureia de causa renal é mais observada nas glomerulonefrites, nefroscleroses, rins policísticos e naquelas condições em que há necrose tubular (Ravel R.: Laboratório clínico - aplicações clínicas dos achados laboratoriais, 4a edição, 429, 1988.; Henry, J.B.: Clinical diagnosis and management by laboratory methods,19a ed, 164-165, 1996). Já a creatinina é eliminada pelos rins em velocidade relativamente constante, através de filtração glomerular e excreção tubular ativa. A concentração de creatinina sérica é mais sensível e específica do que a concentração de ureia sérica no estudo da função renal. Valores aumentados indicam problemas de função renal. Geralmente o nível sérico de creatinina é proporcional à severidade da enfermidade (Ravel R.: Laboratório clínico - aplicações clínicas dos achados laboratoriais, 4a edição, 429, 1988; Henry, J.B.: Clinical diagnosis and management by laboratory methods,19a ed, 164-165, 1996). Em nossas avaliações foi observado que os grupos experimentais tratados com os controles paracetamol (0,3 mmol/kg) ou celecoxibe (0,3 mmol/kg) tiveram os níveis de uréia e creatinina aumentados, comparados aos grupos controles. No entanto não houve diferença significativa nos níveis destes marcadores entre os animais tratados com LQFM102 ou veículo.
[066] Por fim, para investigar a influência do tratamento subcrônico com LQFM102 (0,3 mmol/kg) celecoxibe (0,3 mmol/kg) ou paracetamol (0,3 mmol/kg) sobre a mucosa gástrica, os animais tiveram seus estômagos removidos e foi avaliado o índice de lesão gástrica através da soma total de pontos obtidos na observação da mucosa, considerando as seguintes pontuações, segundo o grau de lesão produzido: leve (1 ponto), moderado (2 pontos) ou intenso (3 pontos). Esses graus de severidade foram atribuídos aos parâmetros como a presença de edema, a presença de petéquias, a perda da camada de muco e o grau de hemorragia. Outros parâmetros considerados foram a coloração ou a hiperemia da mucosa, perda de pregas, além do número total de úlceras por cm2 (MACAÚBAS, C. I. P.; OLIVEIRA, M. G. M.; FORMIGONI, M. L. O. S.; et al. Estudo de eventual ação antiúlcera gástrica do bálsamo (Sedum sp.), folha-da-fortuna (Bryophyllum calycinum), couve (Brassica olerceae) e da espinheira-santa (Maytenos ilicifolia) em ratos. In Carlini (org): Estudo da ação antiúlcera gástrica de plantas brasileiras (Maytenos ilicifolia “espinheira-santa e outras). Brasília: Ministério da Saúde/CEME, p.5-20, 1988). Desta forma, foi observado que apenas o grupo tratado com o controle positivo paracetamol (0,3 mmol/kg) apresentou um aumento no índice de lesão na mucosa gástrica quando comparado ao grupo controle.

Claims (7)

  1. Os processos e produtos do uso dos derivados ácido 1-(4-acetamidofenil)-1h-pirazo-4-il como analgésicos e/ou anti-inflamatórios e sais farmaceuticamente aceitáveis, composições farmacêuticas contendo os mesmos e processos de preparação, bem como uso de compostos e seus sais farmaceuticamente acetiáveis, caracterizado por estrutura de fórmula geral (I)
    onde
    X é CH ou N
    n é (CH2)n onde n=0, 1, 2, 3 ou 4, sem ramificações ou com ramificações com uma metila;
    A é o-alquila com 1 a 4 átomos de carbono, m-alquila com 1 a 4 átomos de carbono, p-alquila com 1 a 4 átomos de carbono, o-cicloalquila com 3 a 6 átomos de carbono, m-cicloalquila com 3 a 6 átomos de carbono, p-cicloalquila com 3 a 6 átomos de carbono; o-fenila, m-fenila, p-fenila; furila, tiofenil, piridil, pirimidinil, pirroil, tiazolil, quinazoil ou isoquinolil; o-flúor, m-flúor, p-flúor; o-cloro, m-cloro, p-cloro; o-bromo, m-bromo, p-bromo; o-nitro, m-nitro, p-nitro; o-amina, m-amina, p-amina; o-metilsulfonamida, m-metilsulfonamida, p-metilsulfonamida; o-trifluormetil, m- trifluormetil, p-trifluormetil; o-alcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, m-alcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, p-alcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, o-cicloalcoxila, m-cicloalcoxila, p-cicloalcoxila, o-tioxila com 0 a 4 átomos de carbono, m-tioxila com 0 a 4 átomos de carbono, p-tioxila com 0 a 4 átomos de carbono, o-arioxila, m-arioxila, p-arioxila, o-sulfonas, m-sulfonas, p-sulfonas, o-sulfetos, m-sulfetos, p-sulfetos, o-sulfóxidos, m-sulfóxidos, p-sulfóxidos, orto-sulfonatos, m-sulfonatos, p-sulfonatos, o-sulfonamidas, m-sulfonamidas, p-sulfonamidas, o-amido com 1 a 4 átomos de carbono, m-amido com 1 a 4 átomos de carbono, p-amido com 1 a 4 átomos de carbono, o-carboalcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, m-carboalcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, p-carboalcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, o-carbotioalcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, m-carbotioalcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, p-carbotioalcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, o-ciano, m-ciano, p-ciano, (2-succinilcolesterol-etil), 1-[6-(hidroximetil)oxano-2,3,4,5-tetrol], {21 -[6-(hidroximetil)oxano-2,3,4,5-tetrol]-etil}, 1 -ácido (2S)-2-amino-4- carbamoilbutanóico, (2-1-ácido (2S)-2-amino-4-carbamoilbutanóico-etil; para a produção de formulações anti-inflamatórias.
  2. Derivados, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo composto, e seus sais farmaceuticamente acetiáveis, corresponder a fórmula geral (I) onde: A é p-amido com 1 átomo de carbono, X é CH e n é (CH2)n, n é 0.
  3. Processo de preparo de compostos e seus sais farmaceuticamente acetiáveis para o uso como anti-inflamatórios de acordo com a fórmula geral (I):
    onde
    X é CH ou N
    n é (CH2)n onde n=0, 1, 2, 3 ou 4, sem ramificações ou com ramificações com uma metila;
    A é o-alquila com 1 a 4 átomos de carbono, m-alquila com 1 a 4 átomos de carbono, p-alquila com 1 a 4 átomos de carbono, o-cicloalquila com 3 a 6 átomos de carbono, m-cicloalquila com 3 a 6 átomos de carbono, p-cicloalquila com 3 a 6 átomos de carbono; o-fenila, m-fenila, p-fenila; furila, tiofenil, piridil, pirimidinil, pirroil, tiazolil, quinazoil ou isoquinolil; o-flúor, m-flúor, p-flúor; o-cloro, m-cloro, p-cloro; o-bromo, m-bromo, p-bromo; o-nitro, m-nitro, p-nitro; o-amina, m-amina, p-amina; o-metilsulfonamida, m-metilsulfonamida, p-metilsulfonamida; o-trifluormetil, m-trifluormetil, p-trifluormetil; o-alcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, m-alcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, p-alcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, o-cicloalcoxila, m-cicloalcoxila, p-cicloalcoxila, o-tioxila com 0 a 4 átomos de carbono, m-tioxila com 0 a 4 átomos de carbono, p-tioxila com 0 a 4 átomos de carbono, o-arioxila, m-arioxila, p-arioxila, o-sulfonas, m-sulfonas, p-sulfonas, o-sulfetos, m-sulfetos, p-sulfetos, o-sulfóxidos, m-sulfóxidos, p-sulfóxidos, orto-sulfonatos, m-sulfonatos, p-sulfonatos, o-sulfonamidas, m-sulfonamidas, p-sulfonamidas, o-amido com 1 a 4 átomos de carbono, m-amido com 1 a 4 átomos de carbono, p-amido com 1 a 4 átomos de carbono, o-carboalcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, m-carboalcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, p-carboalcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, o-carbotioalcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, m-carbotioalcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, p-carbotioalcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, o-ciano, m-ciano, p-ciano, (2-succinilcolesterol-etil), 1-[6-(hidroximetil)oxano-2,3,4,5-tetrol], {21 -[6-(hidroximetil)oxano-2,3,4,5-tetrol]-etil}, 1-ácido (2S)-2-amino-4- carbamoilbutanóico, (2-1 -ácido (2S)-2-amino-4-carbamoilbutanóico-etil;
    • - condensação da fenilhidrazinas funcionalizadas de fórmula geral (II) com 1,1,3,3-tetrametoxipropano, em etanol e ácido clorídrico;
    • - formilação de W-fenilpirazóis de fórmula geral (III) através da adaptação das condições de DUFF;
    • - síntese de ácido de fórmula geral (V) a partir da reação de oxidação de aldeídos;
    • - síntese do éster de fórmula geral (VI) a partir da reação de esterificação de Fischer;
    • - síntese da amina de fórmula geral (VII) a partir de nitrocompostos de fórmula geral (VI);
    • - síntese da acetamida de fórmula geral (VIII) a partir da amina de fórmula geral (VII);
    • - síntese de ácido de fórmula geral (IX) a partir do éster de fórmula geral (VIII);
  4. O uso dos compostos e seus sais farmaceuticamente acetiáveis para fabricar medicamento para uso como analgésicos e/ou anti-inflamatórios caracterizados por compreender:
    a) um composto e seus sais farmaceuticamente acetiáveis com estrutura conforme fórmula geral (I):
    onde
    X é CH ou N
    n é (CH2)n onde n=0, 1, 2, 3 ou 4, sem ramificações ou com ramificações com uma metila;
    A é o-alquila com 1 a 4 átomos de carbono, m-alquila com 1 a 4 átomos de carbono, p-alquila com 1 a 4 átomos de carbono, o-cicloalquila com 3 a 6 átomos de carbono, m-cicloalquila com 3 a 6 átomos de carbono, p-cicloalquila com 3 a 6 átomos de carbono; o-fenila, m-fenila, p-fenila; furila, tiofenil, piridil, pirimidinil, pirroil, tiazolil, quinazoil ou isoquinolil; o-flúor, m-flúor, p-flúor; o-cloro, m-cloro, p-cloro; o-bromo, m-bromo, p-bromo; o-nitro, m-nitro, p-nitro; o-amina, m-amina, p-amina; o-metilsulfonamida, m-metilsulfonamida, p-metilsulfonamida; o-trifluormetil, m-trifluormetil, p-trifluormetil; o-alcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, m-alcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, p-alcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, o-cicloalcoxila, m-cicloalcoxila, p-cicloalcoxila, o-tioxila com 0 a 4 átomos de carbono, m-tioxila com 0 a 4 átomos de carbono, p-tioxila com 0 a 4 átomos de carbono, o-arioxila, m-arioxila, p-arioxila, o-sulfonas, m-sulfonas, p-sulfonas, o-sulfetos, m-sulfetos, p-sulfetos, o-sulfóxidos, m-sulfóxidos, p-sulfóxidos, orto-sulfonatos, m-sulfonatos, p-sulfonatos, o-sulfonamidas, m-sulfonamidas, p-sulfonamidas, o-amido com 1 a 4 átomos de carbono, m-amido com 1 a 4 átomos de carbono, p-amido com 1 a 4 átomos de carbono, o-carboalcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, m-carboalcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, p-carboalcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, o-carbotioalcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, m-carbotioalcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, p-carbotioalcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, o-ciano, m-ciano, p-ciano, (2-succinilcolesterol-etil), 1-[6-(hidroximetil)oxano-2,3,4,5-tetrol], {21 -[6-(hidroximetil)oxano-2,3,4,5-tetrol]-etil}, 1 -ácido (2S)-2-amino-4- carbamoilbutanóico, (2-1 -ácido (2S)-2-amino-4-carbamoilbutanóico-etil;
    b) um veículo farmaceuticamente aceitável;
  5. Composição farmacêutica, conforme reivindicação 5, caracterizada pelo composto e seus sais farmaceuticamente acetiáveis para o uso como anti-inflamatórios de a fórmula geral (I) onde: A é p-amido com 1 átomo de carbono, X é CH e n é (CH2)n, n é 0.
  6. Composição farmacêutica, conforme reivindicação 6, caracterizada por ser administrada pela via oral, enteral, parenteral, retal, intratecal e combinações das mesmas.
  7. Uso de compostos e seus sais farmaceuticamente acetiáveis de acordo com a fórmula geral (I):
    onde
    X é CH ou N
    n é (CH2)n onde n=0, 1, 2, 3 ou 4, sem ramificações ou com ramificações com uma metila;
    A é o-alquila com 1 a 4 átomos de carbono, m-alquila com 1 a 4 átomos de carbono, p-alquila com 1 a 4 átomos de carbono, o-cicloalquila com 3 a 6 átomos de carbono, m-cicloalquila com 3 a 6 átomos de carbono, p-cicloalquila com 3 a 6 átomos de carbono; o-fenila, m-fenila, p-fenila; furila, tiofenil, piridil, pirimidinil, pirroil, tiazolil, quinazoil ou isoquinolil; o-flúor, m-flúor, p-flúor; o-cloro, m-cloro, p-cloro; o-bromo, m-bromo, p-bromo; o-nitro, m-nitro, p-nitro; o-amina, m-amina, p-amina; o-metilsulfonamida, m-metilsulfonamida, p-metilsulfonamida; o-trifluormetil, m-trifluormetil, p-trifluormetil; o-alcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, m-alcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, p-alcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, o-cicloalcoxila, m-cicloalcoxila, p-cicloalcoxila, o-tioxila com 0 a 4 átomos de carbono, m-tioxila com 0 a 4 átomos de carbono, p-tioxila com 0 a 4 átomos de carbono, o-arioxila, m-arioxila, p-arioxila, o-sulfonas, m-sulfonas, p-sulfonas, o-sulfetos, m-sulfetos, p-sulfetos, o-sulfóxidos, m-sulfóxidos, p-sulfóxidos, orto-sulfonatos, m-sulfonatos, p-sulfonatos, o-sulfonamidas, m-sulfonamidas, p-sulfonamidas, o-amido com 1 a 4 átomos de carbono, m-amido com 1 a 4 átomos de carbono, p-amido com 1 a 4 átomos de carbono, o-carboalcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, m-carboalcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, p-carboalcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, o-carbotioalcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, m-carbotioalcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, p-carbotioalcoxila com 1 a 4 átomos de carbono, o-ciano, m-ciano, p-ciano, (2-succinilcolesterol-etil), 1-[6-(hidroximetil)oxano-2,3,4,5-tetrol], {2-1-[6-(hidroximetil)oxano-2,3,4,5-tetrol]-etil}, 1-ácido (2S)-2-amino-4-carbamoilbutanóico, (2-1-ácido (2S)-2-amino-4-carbamoilbutanóico-etil; caracterizado por ser no tratamento de doenças inflamatórias.
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