BR102018005239A2 - Agente antioxidante para aplicação em formulações de medicamentos, cosméticos e alimentos a partir do epicarso em pó da mauritia flexuosa - Google Patents

Agente antioxidante para aplicação em formulações de medicamentos, cosméticos e alimentos a partir do epicarso em pó da mauritia flexuosa Download PDF

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Inventor
Paulo Michel Pinheiro Pereira
Joilane Alves Pereira Freire
George Laylson Da Silva Oliveira
Stella Regina Arcanjo Medeiros
Joaquim Soares Da Costa
Larissa Araujo Rolim
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Universidade Federal Do Piauí
Instituto Federal Do Piaui
Universidade Federal Do Vale Do São Francisco
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Abstract

a presente invenção diz respeito ao uso do epicarpo em pó de mauritia flexuosa (casca de buriti) que pode ser previamente processada através de liofilização, usado como agente antioxidante para aplicação em formulações de medicamentos, cosméticos, ingrediente alimentício e produtos nutracêuticos. a capacidade antioxidante foi confirmada em várias concentrações (0,5-8 mg/ml) contra o radical 2,2-difenil-1-picrilhidrazil (dpph?), ácido 2,2?-azinobis-3-etilbenzotiazolina-6-sulfônico (abts¨), óxido nítrico (no), bem como a sua capacidade de transferir elétrons pelo potencial redutor e inibição do dano oxidativo induzido em eritrócitos pelo dihidrocloridrato de 2-2?-azobis 2-metilpropinamida. os resultados obtidos são relevantes ao demonstrar promissora capacidade antioxidante do epicarpo em pó de mauritia flexuosa e porque demonstrou que este produto é fonte de excelentes compostos bioativos como a catequina e epicatequina, portanto possui excelentes possibilidades de aplicação em pesquisa & desenvolvimento de produtos biotecnológicos com ação antioxidante.

Description

Relatório de Patente de Invenção “AGENTE ANTIOXIDANTE PARA APLICAÇÃO EM FORMULAÇÕES DE MEDICAMENTOS, COSMÉTICOS E ALIMENTOS A PARTIR DO EPICARPO EM PÓ DA MAURITIA FLEXUOSA”.
Campo de Invenção
Γ0011 A presente invenção trata de um ingrediente em pó a partir da casca do fruto de buriti (epicarpo da Mauritia flexuosa L.) desidratada por liofilização e com aplicação na área de biotecnologia sustentável, indústria alimentícia e farmacêutica, proporcionando maior variedade na aplicação de farinhas integrais, corantes naturais e/ou produção de alimentos funcionais com propriedades antíoxidantes, bem como ampliar a utilização de produtos naturais ricos em compostos bioativos e com capacidade antioxidante para aplicação em cosméticos, visando proporcionar maior valor nutricional e agregar qualidade aos produtos farmacêuticos e cosméticos, reduzindo os custos, uma vez que emprega subprodutos da agroindústria brasileira, agregando potencial nutracêutico e atividades biológicas aos alimentos enriquecidos a partir da presente invenção. Desta forma, a invenção emprega formas inovadoras de aproveitamento dos resíduos industriais, resultando em novos produtos com maior valor agregado e menor impacto ao meio ambiente. A atividade antioxidante do epicarpo da M. flexuosa foi confirmada por intermédio de ensaios de atividade antioxidante in vitro e ex vivo.
Fundamentos da invenção:
[002] Atualmente, as farinhas integrais alimentícias existentes estão concentradas na utilização da polpa (mesocarpo) do fruto obtido por secagem em estufa, que possui elevado valor nutricional e é rica em compostos bioativos, entretanto, possui desvantagens por agregar ao produto alimentício enriquecido, um elevado valor calórico, como visto na patente Pl 0800470-6 A2, além de possível perda de nutrientes devido ao processo de secagem em estufa. É sabido que, a operação de secagem das frutas, determina a perda ou a maior quantidade de compostos bioativos no produto final (ROY, M.K.; TAKENAKA, M.; ISOBE, S.; TSUSHIDA, T.
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Antioxidant potential, anti-proliferative activities, and phenolic content in water-soluble fractions of some commonly consumed vegetables: effects of thermal treatment. Food Chemistry., v.103, n.1, p.106-114, 2007). Foram encontrados alguns documentos relevantes no âmbito patentário que discorrem sobre o uso do mesocarpo do fruto da M. flexuosa em pó e de outros frutos e vegetais, entretanto não foi localizada nenhuma patente referente ao uso do epicarpo em pó de buriti e, ainda, demonstrando a sua atividade antioxidante e os benefícios proporcionados pelo processo de secagem da presente invenção.
[003] O documento PI 0800470-6 A2 (BARRA DE CEREAIS COM BANANA E POLPA DE BURITI DESIDRATADA) refere-se à patente de um produto alimentício formulado a base de ingredientes selecionados em função do valor nutricional e suas características funcionais, sendo utilizados flocos de soja, flocos de milho, flocos de arroz, farinha da polpa de buriti desidratada, banana desidratada e glicose e destinados à incorporação de hábitos mais saudáveis em indivíduos sadios, já que os ingredientes adicionados possuem benefícios funcionais que podem prevenir doenças crônicas não transmissíveis. A presente invenção difere deste documento por não utilizar polpa de buriti na composição, bem como por apresentar apenas um ingrediente com excelente propriedade antioxidante que poderá ser empregado na indústria farmacêutica ou como ingrediente alimentar, preparado à base de subprodutos obtidos da casca (epicarpo) do buriti (Mauritia flexuosa). Nossos resultados demonstram que o epicarpo apresenta menor valor calórico em relação à polpa desse fruto e demonstram também possuir relevante teor de compostos bioativos e de atividade antioxidante.
[004] O documento de AQUI NO et al (Processamento de biscoitos adicionados de óleo de buriti (Mauritia flexuosa L.); uma alternativa para o consumo de alimentos fontes de vitamina A na merenda escolar. Rev Nutr., vol.25, n.6., pag. 765-774, 2012), um artigo científico que relata sobre o desenvolvimento de biscoitos tipo cookie adicionado de óleo de buriti a fim de se analisarem sua aceitação sensorial e seu valor nutricional, visando a sua utilização na merenda escolar, bem como avaliar o consumo de
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3/13 alimentos fontes de vitamina A por escolares. Tal documento difere da presente invenção, pois esta trata apenas do uso da casca de buriti e sua aplicação como ingrediente com propriedade antioxidante, portanto nossa invenção poderá ter diversas aplicações tecnológicas, inclusive a inserção desta como ingrediente alimentar ampliando o desenvolvimento de alimentos funcionais. Outro documento de Becker et al (Incorporation of Buriti Endocarp Flour in Gluten-free Whole Cookíes as Potential Source of Dietary Fiber. Plant Foods Hum Nutr., vol. 69, n.1, pag. 344-350, 2014), um artigo científico que relata a preparação de um biscoito tipo cookie sem glúten, substituindo a farinha de arroz e de milho pela farinha do endocarpo de buriti, obtida por secagem a quente (65°C, por 24horas). O documento citado acima difere da presente invenção porque utilizamos o processo de liofilização, que se trata de uma desidratação à frio caracterizada por manter as propriedades nutricionais do alimento, além disso, na presente invenção foi utilizado o epicarpo de buriti, que posteriormente poderá ser inserido em biscoitos ou outras preparações a fim de aumentar a disponibilidade de fonte de ingredientes funcionais como por exemplo, de fibra dietética para consumidores celíacos ou não, assim como agregar valor econômico à subprodutos e diminuir os resíduos gerados pelo processamento de buriti na agroindústria. Portanto, de acordo com a literatura pesquisada, não foram encontrados documentos antecipando ou sugerindo os ensinamentos da atual invenção, de forma que a solução aqui proposta possui novidade e atividade inventiva frente ao estado da técnica.
£005] Durante o processo de secagem por liofilização, as propriedades nutritivas dos alimentos são mantidas, uma vez que o processo não rompe as membranas das células de proteínas e vitaminas. Entretanto, esse processo de liofilização está normalmente associado à secagem de produtos alimentícios de alto valor agregado, pois este é um processo oneroso em comparação a outros tipos de secagem. Porém, a liofilização continua sendo o melhor método de secagem para manter a qualidade nutricional e características sensoriais, como sabor e aroma, especialmente em frutos como o buriti, rico em compostos bioativos, de sabor e aroma fortes, mas que precisam ser utilizados de forma integral, além da polpa, os demais
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4/13 subprodutos (epicarpo e endocarpo) que atualmente são produtos de descarte, devem ser aproveitados para favorecer a aplicação destes produtos em biotecnologia e em diversas áreas da indústria. Vale destacar que a present4e invenção poderá ser aplicada na indústria de cosméticos, como ingrediente de ação antioxidante, possível efeito hidratante em virtude da ação hidratante dos ácidos graxos monoinsaturados, como o ácido graxo oleico, componente majoritário dos ácidos graxos constituintes da casca do fruto em questão.
Técnica relacionada da invenção:
1006] Com o intuito de solucionar tais problemas desenvolveu-se a presente invenção, pois aspectos importantes devem ser considerados na elaboração de novos produtos alimentícios, como a escolha do produto, de forma a manter o equilíbrio entre o sabor e a vida de prateleira, a caracterização físico-química e sua estabilidade no processamento, além de propor a utilização de subprodutos, antes sem interesse para consumo alimentar, mas que revelou ser um produto com potencial e comprovada atividade antioxidante in vitro e ex vivo, provavelmente devido à quantidade de compostos fenólicos e flavonOides que este possui.
[007] Dessa forma, o enriquecimento de alimentos com a inserção desse novo produto alimentício, proposto na atual patente, é uma tendência no setor de alimentos saudáveis, o que beneficia e amplia o mercado de alimentos funcionais, devido ao elevado valor nutricional do novo produto em questão, bem como a possibilidade de redução do valor do produto final e consequentemente, redução de custos. Outro ponto a considerar de positivo na presente invenção é a atual preocupação com a quantidade e a diversidade de resíduos agroindustriais em consequência da colheita e do processamento de frutos, uma vez que, quando armazenados em locais inadequados, representam problemas de contaminação ambiental, além de maior valor econômico para as empresas. A transformação dos resíduos em coprodutos/subprodutos comercializáveis é uma estratégia para solucionar este problema.
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Sumário da invenção:
[0081 A presente invenção refere-se à elaboração de farinha do epicarpo em pó de buriti, suplemento alimentar rico em compostos bioativos, com o objetivo de melhoramento das características nutricionais e sensoriais dos produtos alimentícios, tais como aumento da atividade antioxidante, controle da cor (utilização como corantes naturais), textura e estabilidade, o que pode trazer vantagens econômicas para os produtores, uma vez que é um produto sustentável, com fontes baratas e que tem uma imensa demanda, visto que há hoje no mercado diversos produtos que empregam corantes e antioxidantes naturais. A invenção também descreve um processo de obtenção de extrato de farinha de epicarpo de buriti com propriedades antioxidantes que vêm a somar mais uma alternativa na produção de gêneros alimentícios. É, portanto, objeto da presente invenção, o processo de obtenção de um produto comestível com propriedades antioxidantes. Neste contexto os presentes inventores após estudos in vitro e ex vivo, demonstraram que o extrato aquoso do epicarpo liofilizado da Maurítia flexuosa apresenta relevante potencial antioxidante. É relevante ressaltar que a presente invenção poderá ser imediatamente valorizada pelos versados na arte e pelas empresas com interesses no segmento, e na descrição a seguir, serão descritos em detalhes suficientes para sua reprodução.
Descrição detalhada da invenção:
[009] A invenção poderá ser melhor compreendida através da descrição detalhada do processo de obtenção do novo produto funcional, a farinha de epicarpo de buriti:
[010] Os frutos foram colhidos na cidade de Água Branca, estado do Piauí, no mês de dezembro de 2014, e levados ao Laboratório do Instituto Federal do Piauí (IFPI), para iniciar o processo de despolpa e separação das partes do fruto para desidratação por liofilização e preparo da farinha. A exsicata da planta e fruto foi depositada com o N° 30.567, no Herbário Graziela Barroso da Universidade Federal do Piauí (UFPI). As etapas do processo de produção da farinha foram: (1) recepção e separação dos frutos com injúrias e/ou deteriorações; (2) higienização dos frutos selecionados
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6/13 com água potável e solução de hipoclorito de sódio (50ppm) durante 10 minutos; (3) processo de despolpa e separação de todas as partes do fruto, que posteriormente foram mantidos em temperatura de -18°C até processamento e posterior análise; (4) Pesagem de todas as partes do fruto para posterior análise de rendimento; (5) processo de liofilização - O epicarpo foi seco em liofilizador (Modelo L101, LIOTOP, Brasil), pertencente ao Laboratório do Instituto Federal do Piauí (IFPI). A princípio a amostra a ser liofilizada passou por congelamento em ultra freezer a -70 ’C (o processo de congelamento rápido melhora a qualidade do produto final) para em seguida, o material congelado ser levado ao liofilizador, durante 72 horas. O processo de liofilização foi conduzido sob os seguintes parâmetros de processamento: temperatura baixa (-55*0), pressão à vácuo abaixo de 500 pHg e velocidade de liofilização de 1 m/h (unidade de vazão); (6) passagem do material vegetal seco em moinho para a produção da farinha do epicarpo de buriti. Calculou-se o rendimento de antes e após a elaboração do pó liofilizado de epicarpo de buriti. Após a liofilização, o produto desidratado foi armazenado sob refrigeração, longe da exposição solar direta, até a realização das análises.
[0111 Após obtenção do epicarpo liofilizado, foram realizadas as análises para avaliar a atividade antioxidante “in vitro\ para tanto foi obtido o extrato aquoso do produto. O epicarpo que foi triturado em moinho para obtenção da farinha do produto, foi posteriormente submetido à extração aquosa com maceração em gral de pistilo, durante 10 minutos (1/10, amostra/solvente) e em seguida, a amostra foi centrifugada durante 4 minutos, 4000 rpm. Com esse extrato aquoso, foram realizados os ensaios de capacidade antioxidante in vitro e contra a hemólise oxidativa ex vivo.
Γ0121 Para o método DPPH*, alíquotas de 100 pL do extrato aquoso do epicarpo liofilizado foram distribuídas em tubos de ensaios conforme as concentrações de 0,5, 1, 2, 4 e 8 mg/mL, em seguida foi adicionado uma solução estoque de DPPH’ (40 pg/mL), etanol/água (50:50, v/v), agitada vigorosamente e incubada em temperatura ambiente na ausência de luz por 30 minutos (OLIVEIRA, G.L.S.; OLIVEIRA, F.R.A.M,; ALENCAR, M.V.O.B.; JUNIOR, A.L.G.; ARAÚJO, A. S,; CAVALCANTE, A.A.C,; FREITAS, R.M.
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Evaluation of anfioxidant capacity of the aqueous extra ct of Cynara scolymus L. (Asteraceae) in vitro and in Saccharomyces cerevisiae. African Journal of Pharmacy and Pharmacology, v. 8, n. 5, p. 136-147, 2014). A avaliação antioxidante foi realizada em quintuplicata e os valores das absorbâncías foram expressos como porcentagem de inibição da absorbância da solução de DPPH' pela seguinte equação: % de inibição do radical DPPH’ = {(Acontrole Amjstura reaciona i) x 100}/Ac0ntrO|e na qual, A-01-t,-Cie é a absorbância inicial da solução etanólica de DPPH e Amistura reacional θ a absorbância da mistura reacional contendo o radical DPPH' e as concentrações do epícarpo liofilizado. A concentração efetiva (CE50) do epícarpo liofilizado necessária para reduzir a absorbância do radical DPPH' em 50% a 515 nm foi determinada. O mesmo procedimento foi utilizado com o controle positivo Trolox (0,5 mg)
Γ013] Para a determinação da capacidade antioxidante pelo método do ABTS’+, uma solução de ABTS'+ foi diluída em etanol até obter uma solução com absorbância de 1,00 (± 0,05), a 734 nm (RE, R.; PELLEGRINI, N.; PROTEGGENTE, A.; PANNALA, A.; YANG, M.; RICE-EVANS, C. Antioxidant activity applying an improved ABTS radical cation decolorization assay. Free Radical Biology and Medicine, v. 26, n. 9-10, p. 1231-1237, 1999). Em ambiente escuro e em temperatura ambiente foi transferida uma alíquota de 100 μΙ_ das concentrações do extrato aquoso do epícarpo liofilizado (0,5, 1,0, 2,0, 4,0, 8,0 mg/mL) para tubos de ensaio com 1960 μί_ do radical ABTS'+. Foi realizada a leitura da absorbância à temperatura ambiente no tempo de 6 minutos em espectrofotômetro a 734 nm e os resultados foram expressos como porcentagem de inibição da absorbância da solução de ABTS‘+ pela seguinte equação: % inibição do radical ABTS'+ = {(Acontrole ~ Altura reacional) X 100}/ Acontrole, Πθ qual, Acontrole θ 3 absorbância inicial da solução etanólica de ABTS'+ e Amistura waojonai é a absorbância da mistura contendo o radical ABTS’+ e as concentrações do epícarpo liofilizado. A concentração efetiva (CE50) do epícarpo liofilizado necessária para reduzir a absorbância do radical ABTS'* em 50% a 734 nm foi determinada. O mesmo procedimento foi utilizado com 0 controle positivo Trolox (0,5 mg/mL).
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8/13 [014] Para a determinação do poder redutor do extrato aquoso pela redução direta do ferricianeto de potássio (F3+) para ferrocianeto de potássio (F2+), foi preparada uma mistura reacional contendo várias concentrações do epicarpo em pó (0,5, 1,0, 2,0, 4,0, 8,0 mg/mL), 0,5 mL de ferricianeto de potássio 1% e 0,5 mL de tampão fosfato de sódio (0,2 M, pH 6,6). A mistura reacional foi incubada a 50 °C durante 20 minutos, seguido pela adição de 0,5 mL de ácido tricloroacético 10% para ser centrifugado a 3000 rpm durante 10 minutos (SINGHAL, M.; PAUL, A.; SINGH, Η. P. Synthesis and reducing power assay of methyl semícarbazone derívatives, Journal of Saudi Chemical Society, v. 18, n. 2, p. 121-127, 2014). O sobrenadante da mistura reacional foi misturado em 0,5 mL de água destilada e 150 pL de cloreto férrico (FeC^) 0,1%. Finalmente, a absorbância foi medida a 700 nm contra o branco que continha apenas tampão de fosfato. O mesmo procedimento experimental foi utilizado com o controle positivo Trolox (0,5 mg/mL).
[015] Para a determinação da capacidade antioxidante pela remoção de óxido nítrico, uma mistura reacional contendo o composto nitroprussiato de sódio (1 mL) em tampão fosfato 10 mM e o epicarpo em pó em diferentes concentrações (0,5; 1,0; 2,0; 4,0; 8,0 mg/mL) foram incubadas a 37 °C durante 1 hora (MACHADO, K. C.; OLIVEIRA, G. L. S.; DE SOUSA, É. B. V.; COSTA, I. H. F.; MACHADO, K. C.; DE SOUSA, D. P.; SATYAL, P.; DE FREITAS, R. M. Spectroscopic studies on the in vitro antioxidant capacity of isopentyl ferulate. Chemico-Bioiogical Interactions, v. 225, n. 0, p. 47-53, 2015). Depois deste tempo, uma alíquota de 0,5 mL foi retirada e misturada com 0,5 mL de reagente de Gríess e logo em seguida foi realizada a leitura da absorbância em espectrofotômetro (540 nm). A porcentagem de inibição do óxido nítrico gerado foi medida por meio da comparação dos valores de absorbância dos controles negativos (nitroprussiato de sódio 10 mM). Os resultados foram expressos em porcentagem de nitrito formado por nitroprussiato de sódio (NPS) sozinho.
Γ0161 Para os ensaios antioxidantes usando eritrócitos de ratos (ex vivo), o sangue dos animais (5-10 mL) foi obtido a partir da cavidade retroorbital de Ratos Wistar fêmeas pesando entre 180-220 g. Os animais foram
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9/13 anestesiados com cetamina (100 mg/kg, intraperitoneal) e o sangue foi colhido pelo plexo retro-orbital em tubos heparinizados. As amostras de sangue obtidas passaram por 3 centrifugações consecutivas em 2000 rpm pelo tempo de 5 minutos com solução de PBS (Tampão fosfato salino: NaCI = 8 g/L, KCI = 0,2 g/L, Na2HPO4 = 1,44 g/L e KH2PO4 = 0,24 g/L; pH 7,4 para remoção do sobrenadante (plasma e células brancas)) e obtenção dos eritrócitos [FREITAS, R.; DA SILVA, O. G.; DE FREITAS, R.; BARREIROS, A.; DAVID, J.; ALVES, C.; PINTO, C.; DAVID, J. In Vitro Effects of Arylhydrocoumarin on Free Radicais and Oxidative Stress in Erythrocytes. Current pharmaceutical biotechnology, 2014], Os eritrócitos assim obtidos foram finalmente suspensos em PBS para obtenção da suspensão de células em 10%. Todas as etapas dos experimentos em animais foram aprovadas pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal da Universidade Federal do Piauí (CEEA/UFPI N°034/2015).
Í017] Para avaliação da capacidade antioxidante pela inibição da hemólise oxidativa, várias concentrações do epicarpo em pó (0,5, 1,0, 2,0, 4,0, 8,0 mg/mL) foi misturado com 300 pL de suspensão de eritrócitos 10% e adicionado 500 pL do AAPH (dihidrocloridrato de 2,2’-azobis 2metilpropinamída em PBS, pH 7,4). A mistura reacional foi incubada em 37 °C pelo tempo de 120 minutos. Após o intervalo de reação, a mistura reacional foi diluída com 2400 pL de PBS seguida pela centrifugação em 2000 rpm durante 5 minutos para determinar a taxa de hemólise em 540 nm (ZHANG, J.; HOU, X.; AHMAD, H.; ZHANG, H.; ZHANG, L; WANG, T. Assessment of free radicais scavenging activity of seven natural pigments and protective effects in AAPH-challenged chicken erythrocytes. Food Chemistry, v. 145, n. 4, p. 57-65, 2014). Os resultados foram expressos como porcentagem de inibição da hemólise em relação à hemólise completa da suspenção de eritrócitos induzido pelo AAPH. Para comparação, o mesmo procedimento experimental foi utilizado para o controle positivo Trolox (0,5 mg/mL).
Breve descrição das figuras:
Í0181 O resultado correspondente à capacidade antioxidante do epicarpo liofilizado contra o radical DPPH‘ nas concentrações de 0,5; 1,0;
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2,0; 4,0 e 8,0 mg/mL foram de 70,98 ± 0,85, 87,73 ± 0,36, 93,93 ± 0,27, 95,49 ± 0,13 e 96,90 ± 0,21%, respectivamente (FIGURA 1). Ao realizar a comparação do resultado antioxidante apresentado pelo Trolox na concentração de 0,5 mg/mL (95,17 ± 0,46%) com as concentrações de 2,0, 4,0, e 8,0 mg/mL do epicarpo liofilizado, diferenças estatísticas não foram observadas (p > 0,05). De acordo com os resultados da capacidade antioxidante na inibição do radical DPPH’, o valor da CE50 foi de 0,13 ± 0,01 mg/mL.
ÍQ19] O resultado correspondente à capacidade antioxidante do epicarpo liofilizado contra o radical ABTS‘+ nas concentrações de 0,5; 1,0; 2,0; 4,0; 8,0 mg/mL foram de 66,77 ± 0,75, 75,67 ± 0,55, 82,36 ± 0,31,86,52 ± 0,58 e 89,88 ± 0,29%, respectivamente (FIGURA 2). Ao realizar a comparação do resultado antioxidante apresentado pelo Trolox na concentração de 0,5 mg/mL (98,82 ± 0,13%), foi observado diferenças estatísticas em relação aos resultados obtidos pelo epicarpo liofilizado em todas as concentrações avaliadas (p<0,05). De acordo com os resultados da capacidade antioxidante na inibição do radical ABTS‘+, o valor da CE50 foi de 0,11 ± 0,01 mg/mL.
[020] O resultado correspondente a capacidade antioxidante do epicarpo liofilizado pelo seu potencial redutor está representado na FIGURA
3. O aumento da absorbância em 700 nm nas concentrações de 0,5; 1,0; 2,0; 4,0 e 8,0 mg/mL demonstra o potencial redutor do epicarpo liofilizado, sendo que a partir da concentração de 4,0 e 8,0 mg/mL, esse aumento ocorreu de forma significativa em relação ao Trolox (p<0,05).
Í0211 O resultado da capacidade antioxidante do epicarpo liofilizado correspondente à inibição do oxido nítrico nas concentrações de 0,5, 1,0, 2,0, 4,0 e 8,0 mg/mL foram de 29,40 ± 0,28, 50,23 ± 1,03, 65,48 ± 0,55, 80,10 ± 0,43 e 86,10 ± 0,19%, respectivamente (FIGURA 4). O resultado da capacidade antioxidante apresentado pelo Trolox na concentração de 0,5 mg/mL foi de 88,15 ± 0,08% e como demonstrado na FIGURA 4, diferenças estatísticas em relação aos resultados obtidos para o epicarpo liofilizado foram observadas em todas as concentrações avaliadas (p<0,05). De acordo
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11/13 com os resultados da capacidade antioxidante, o valor da CE50 foi de 1,09 ± 0,01 mg/mL.
£022] O resultado correspondente à capacidade antioxidante do epicarpo liofilizado contra a hemólise oxidativa nas concentrações de 0,5; 1,0; 2,0; 4,0; 8,0 mg/mL foram de 14,96 ± 1,08, 26,93 ± 0,69, 27,56 ± 0,36, 36,81 ± 0,03 e 49,27 ± 2,65%, respectivamente (FIGURA 5), O resultado da capacidade antioxidante apresentado pelo Trolox na concentração de 0,5 mg/mL foi de 73,15 ± 0,54% e como demonstrado na FIGURA 5, diferenças estatísticas em relação aos resultados obtidos para o epicarpo liofilizado foram observadas nas 0,5; 1,0; 2,0; 4,0 (p<0,05). Já a concentração de 8 mg/mL não apresentou diferença estatística quando comparado ao Trolox (p>0,05). De igual modo, e de acordo com os resultados da capacidade antioxidante na inibição da hemólise oxidativa, o valor da CE50 foi de 1,8 ± 0,04 mg/mL para casca liofilizada em pó do fruto de buriti.
[23] A FIGURA 1 representa a capacidade antioxidante do epicarpo liofilizado em concentrações de 0,5 a 8,0 mg/mL, pela inibição do radical DPPH'. Os valores representam a média ± E.P.M. dos valores de inibição in vitro, n = 5, dos experimentos em duplicata. a p<0,05 em relação ao Trolox (0,5mg/mL) (ANOVA e Student-Neuman-Keuls como post hoc teste).
[24] A FIGURA 2 representa a capacidade antioxidante do epicarpo liofilizado em concentrações de 0,5 a 8,0 mg/mL, pela inibição do radical ABTS’+. Os valores representam a média ± E.P.M. dos valores de inibição in vitro, n = 5, dos experimentos em duplicata. a p<0,05 em relação ao Trolox (0,5mg/mL) (ANOVA e Student-Neuman-Keuls como post hoc teste).
[0251 A FIGURA 3 representa o potencial redutor (Fe3+/Fe2+) do epicarpo liofilizado em concentrações de 0,5 a 8,0 mg/mL. Os valores representam a média ± E.P.M. dos valores de inibição in vitro, n = 5, dos experimentos em duplicata. ap<0,05 em relação ao Trolox (0,5mg/mL) (ANOVA e Student-Neuman-Keuls como post hoc teste).
[026] A FIGURA 4 representa a capacidade antioxidante do epicarpo liofilizado em concentrações de 0,5 a 8,0 mg/mL, contra a produção de íons nitritos gerados pela decomposição do nitroprussiato de sódio (NPS). Os valores representam a média ± E.P.M. dos valores de inibição in vitro, n = 5,
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12/13 dos experimentos em duplicata. ap<0,05 em relação ao Trolox (0,5mg/mL) (ANOVA e Student-Neuman-Keuls como post hoc teste).
[027] A FIGURA 5 representa a capacidade antioxidante do epicarpo liofilizado em concentrações de 0,5 a 8,0 mg/mL, pela inibição da hemólise oxidativa. Os valores representam a média ± E.P.M. dos valores de inibição in vivo, n = 5, dos experimentos em duplicata. ap<0,05 em relação ao Trolox (0,5mg/mL) (ANOVA e Student-Neuman-Keuls como post hoc teste).
[028] A FIGURA 6 representa a análise qualitativa por HPLC do epicarpo/casca liofilizado de buriti, mostrando os compostos bioativos existentes na casca, catequina (1) e epicatequina (2). Ambos são de grande relevância e apresentam atividade farmacológica comprovada e ação antitumoral e antioxidante.
Exemplos demonstrativos não limitantes:
Γ029] Mais especificamente, a presente invenção consiste na fabricação de um novo agente antioxidante inovador que pode ser amplamente utilizado em biotecnologia sustentável, preferencial mente na indústria de alimentos e na aplicação em produtos farmacêuticos e cosméticos, pois além de ter baixo impacto para o meio ambiente possibilita o aproveitamento de resíduo que vem sendo descartado para o meio ambiente após o beneficiamento e exploração do fruto da Mauritia flexuosa para a retirada da polpa.
[0301 Em um segundo aspecto a presente invenção também se refere à preparação de um produto com atividade funcional, em pó, que pode ser consumido sozinho ou agregado a alimentos, como um ingrediente de pão, bolos, biscoitos, assim como utilizá-lo como aditivo alimentar e/ou corante natural com atividade antioxidante, em sucos, sorvetes, e inclusive carnes e molhos, tais informações são exemplos demonstrativos não limitantes.
[031] Em um terceiro aspecto a invenção se refere à preparação de extrato aquoso á base de casca de buriti, neste caso, através da mistura de pó da casca do fruto, resíduo descartado do beneficiamento de frutos tropicais, o buriti. Sem processamento industrial que limite e provoque perdas de nutrientes, pois foi utilizado o processo de liofilização e moagem,
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13/13 além de água e maceração em gral de pistilo, contendo ou não outros aglomerantes e aditivos com propriedades de extração dos compostos bioativos e melhoramento do produto final. O interesse por novas fontes de antioxidantes naturais reside nas características diferenciadas e vantajosas que elas apresentam. As principais vantagens de sua utilização são: larga ocorrência em ecossistemas importantes do ponto de vista social e econômico como o Cerrado e a Caatinga, onde sua exploração poderá ser feita de forma sustentável, permitindo a continuidade da produção e alto rendimento a partir de utilização integral do fruto. Além do seu poder antioxidante, vários estudos têm provado que a Mauritia fíexuosa (óleo, polpa e casca, devido á composição química, ricos em compostos bioativos) possuem atividade antiagregante plaquetária, hipolipemiante, hipoglicemíante, e inclusive, o seu consumo protege contra diversos tipos de câncer, portanto, a inserção dessa invenção na alimentação propiciará muitos efeitos benéficos à saúde, como redução da incidência de câncer, redução dos níveis de colesterol, triglicérides e glicemia no sangue.
[032] Como apresentado nas reinvindicações do presente documento, destaca-se a atual invenção, que o emprego das cascas em pó de Maurítia fíexuosa possui potencial aplicabilidade na indústria de alimentos, farmacêutica e em cosméticos, a partir de um processo simples e de custo reduzido para a fabricação de antioxidantes naturais, aditivos alimentares e/ou produtos/compostos nutracêuticos isolados, dentre outras aplicações.
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REINVINDICAÇÕES
1. ‘'AGENTE ANTIOXIDANTE PARA APLICAÇÃO EM FORMULAÇÕES DE MEDICAMENTOS, COSMÉTICOS E ALIMENTOS A PARTIR DO EPICARPO EM PÓ DA MAURITIA FLEXUOSA constituído pelo epicarpo do fruto após processo de secagem à frio, por liofilização e moagem da substância após desidratação, caracterizado por apresentar capacidade antioxidante confirmada com a realização de métodos in vitm como DPPH, ABTS, poder redutor e óxido nítrlco com a concentração efetiva necessária (CEj^) para a ação antioxidante do epicarpo em pó variando de 0,13 a 1,8 mg/mL, conforme os métodos citados acima. A capacidade antioxidante também foi confirmada pelo método ex vivo ao avaliar hemólise oxidativa em eritrócitos de ratos Wistar, em que o percentual para a capacidade antioxidante do epicarpo variou de aproximadamente 15% a 50%, da menor para a maior concentração utilizada (0,5 - 8,0 mg/mL).
2. “AGENTE ANTIOXIDANTE PARA APLICAÇÃO EM FORMULAÇÕES DE MEDICAMENTOS, COSMÉTICOS E ALIMENTOS A PARTIR DO EPICARPO EM PÓ DA MAURITIA FLEXUOSA de acordo com a reivindicação 1. caracterizado por utilizar metodologias antioxidantes contra os radicais 2,2-difenil-1picnlhidrazil (DPPH), ácido 2.2’-azinobis-3-etilbenzotiazolina-<5sulfônico (ABTS·*), oxido nítrico (NO), bem como a sua capacidade de transferir elétrons pelo potencial redutor e inibição do dano oxidativo induzido em eritrócitos pelo dihidrocloridrato de 2,2’-azobis 2-metilpropinamida.
3. “AGENTE ANTIOXIDANTE PARA APLICAÇÃO EM FORMULAÇÕES DE MEDICAMENTOS, COSMÉTICOS E ALIMENTOS A PARTIR DO EPICARPO EM PÓ DA MAURITIA FLEXUOSA de acordo com a reivindicação 1 e 2, caracterizado
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2/2 por utilizar o epicarpo e/ou seus derivados que incluem extratos brutos, fracionados e/ou compostos bioativos com capacidade antioxidante, concentrados e/ou purificados como agentes antioxidantes para inserir em alimentos, preparo de nutracêuticos, bem formulações cosméticas.
4. “AGENTE ANTIOXIDANTE PARA APLICAÇÃO EM FORMULAÇÕES DE MEDICAMENTOS, COSMÉTICOS E ALIMENTOS A PARTIR DO EPICARPO EM PÓ DA MAURÍTIA FLEXUOSA de acordo com a reivindicação 1, 2 e 3, caracterizado por ser um agente com propriedades antioxidantes em várias concentrações, entre 0.1 e 100 mg/mL. sendo preferencialmente 8 mg/mL.
5. “AGENTE ANTIOXIDANTE PARA APLICAÇÃO EM FORMULAÇÕES DE MEDICAMENTOS, COSMÉTICOS E ALIMENTOS A PARTIR DO EPICARPO EM PÓ DA MAURÍTIA FLEXUOSA de acordo com a reivindicação 1, 2, 3 e 4, caracterizado por compreender um produto biotecnológico antioxidante nas formas sólidas, semissólidas e/ou liquidas para conservar e/ou suplementar nutricionalmente alimentos sólidos e/ou bebidas.
6. “AGENTE ANTIOXIDANTE PARA APLICAÇÃO EM FORMULAÇÕES DE MEDICAMENTOS, COSMÉTICOS E ALIMENTOS A PARTIR DO EPICARPO EM PÓ DA MAURÍTIA FLEXUOSA” de acordo com a reivindicação 1, 2, 3, 4 e 5 caracterizado por compreender um produto biotecnológico antioxidante nas formas sólidas, semissólidas e/ou líquidas para aplicação em formulações de medicamentos, cosméticos e/ou produtos nutracêuticos.

Claims (6)

  1. REINVINDICAÇÕES
    1. “AGENTE ANTIOXIDANTE PARA APLICAÇÃO EM FORMULAÇÕES DE MEDICAMENTOS, COSMÉTICOS E ALIMENTOS A PARTIR DO EPICARPO EM PÓ DA MAURITIA FLEXUOSA” constituído pelo epicarpo do fruto após processo de secagem à frio, por liofilização e moagem da substância após desidratação, caracterizado por apresentar capacidade antioxidante confirmada com a realização de métodos in vitro como DPPH, ABTS, poder redutor e óxido nítrico com a concentração efetiva necessária (CE50%) para a ação antioxidante do epicarpo em pó variando de 0,13 a 1,8 mg/mL, conforme os métodos citados acima. A capacidade antioxidante também foi confirmada pelo método ex vivo ao avaliar hemólise oxidativa em erítrócitos de ratos Wístar, em que o percentual para a capacidade antioxidante do epicarpo variou de aproximadamente 15% a 50%, da menor para a maior concentração utilizada (0,5 - 8,0 mg/mL).
  2. 2. “AGENTE ANTIOXIDANTE PARA APLICAÇÃO EM FORMULAÇÕES DE MEDICAMENTOS, COSMÉTICOS E ALIMENTOS A PARTIR DO EPICARPO EM PÓ DA MAURITIA FLEXUOSA de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por utilizar metodoíogias antioxidantes contra os radicais 2,2-difenii-1picrilhidrazil (DPPH*), ácido 2,2'-azinobis-3-etilbenzotiazolina-6sulfônico (ABTS*+), oxido nítrico (NO), bem como a sua capacidade de transferir elétrons pelo potencial redutor e inibição do dano oxidativo induzido em erítrócitos pelo dihidrocloridrato de 2,2’-azobis 2-metilpropinamida.
  3. 3. “AGENTE ANTIOXIDANTE PARA APLICAÇÃO EM FORMULAÇÕES DE MEDICAMENTOS, COSMÉTICOS E ALIMENTOS A PARTIR DO EPICARPO EM PÓ DA MAURITIA FLEXUOSA” de acordo com a reivindicação 1 e 2, caracterizado
    Petição 870180021147, de 16/03/2018, pág. 23/49
    2/2 por utilizar o epicarpo e/ou seus derivados que incluem extratos brutos, fracionados e/ou compostos bioativos com capacidade antioxidante, concentrados e/ou purificados como agentes antioxidantes para inserir em alimentos, preparo de nutracêuticos, bem formulações cosméticas.
  4. 4. “AGENTE ANTIOXIDANTE PARA APLICAÇÃO EM FORMULAÇÕES DE MEDICAMENTOS, COSMÉTICOS E ALIMENTOS A PARTIR DO EPICARPO EM PÓ DA MAURITIA FLEXUOSA” de acordo com a reivindicação 1, 2 e 3, caracterizado por ser um agente com propriedades antioxidantes em várias concentrações, entre 0,1 e 100 mg/mL, sendo preferencialmente 8 mg/mL.
  5. 5. “AGENTE ANTIOXIDANTE PARA APLICAÇÃO EM FORMULAÇÕES DE MEDICAMENTOS, COSMÉTICOS E ALIMENTOS A PARTIR DO EPICARPO EM PÓ DA MAURITIA FLEXUOSA” de acordo com a reivindicação 1, 2, 3 e 4, caracterizado por compreender um produto biotecnológico antioxidante nas formas sólidas, semissólidas e/ou líquidas para conservar e/ou suplementar nutricionalmente alimentos sólidos e/ou bebidas.
  6. 6. “AGENTE ANTIOXIDANTE PARA APLICAÇÃO EM FORMULAÇÕES DE MEDICAMENTOS, COSMÉTICOS E ALIMENTOS A PARTIR DO EPICARPO EM PÓ DA MAURITIA FLEXUOSA” de acordo com a reivindicação 1, 2, 3, 4 e 5 caracterizado por compreender um produto biotecnológico antioxidante nas formas sólidas, semissólidas e/ou líquidas para aplicação em formulações de medicamentos, cosméticos e/ou produtos nutracêuticos.
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