BR102017023542A2

BR102017023542A2 - Dispositivo eletroquímico para acoplamento em micropipetas e uso

Info

Publication number: BR102017023542A2
Application number: BR102017023542-4A
Authority: BR
Inventors: José Tiago Claudino Barragan; Lauro Tatsuo Kubota
Original assignee: Universidade Estadual De Campinas - Unicamp
Priority date: 2017-10-31
Filing date: 2017-10-31
Publication date: 2019-06-04

Abstract

dispositivo eletroquímico para acoplamento em micropipetas e uso a presente invenção se refere a um dispositivo eletroquímico para ser acoplado em micropipetas. o acoplamento da célula eletroquímica às micropipetas permite que manuseios precisos de volumes de líquidos e medidas analíticas possam ser realizados de modo mais versátil, ágil, portátil, com menor consumo de reagentes e menores volumes de resíduos gerados para descarte. a presente invenção pode ser aplicada nos campos de análises eletroquímicas ou eletroanalíticas

Description

DISPOSITIVO ELETROQUÍMICO PARA ACOPLAMENTO EM MICROPIPETAS E USO

CAMPO DA INVENÇÃO:

[001] A presente invenção se insere no campo da química e se refere a um dispositivo eletroquímico para ser acoplado em instrumentos analíticos do tipo micropipetas. Neste dispositivo as conexões com micropipetas, ponteiras e três eletrodos na forma de fios ou na forma de plataforma de eletrodos são realizados de modo intercambiável.

FUNDAMENTOS DA INVENÇÃO:

[002] Micropipetas são empregadas na transferência quantitativa de líquidos e são instrumentos essenciais em laboratórios analíticos. A invenção da micropipeta é atribuída ao físico alemão Dr Heinrich Schnitger, que em 1957 patenteou uma versão de volume fixo (DE000001090449). Esse invento permitiu uma maior facilidade em pipetar pequenos volumes, maior velocidade na pipetagem e diminuição da possibilidade de contaminações quando comparado às pipetas clássicas de vidro.

[003] Após seu invento foram desenvolvidas versões ajustáveis, capazes de operar em diferentes volumes (US3827305), versões multicanais (US4215092A; US20120121483A1) e nos dias atuais já se encontram opções de micropipetas eletrônicas (US20170021348A1; US20010055547A1) contendo dispositivos eletromecânicos controlados por comandos digitais de volume, mistura e velocidade de pipetagem.

[004] No ramo da eletroanalítica, as micropipetas desempenham um importante papel e são frequentemente empregadas nas etapas de preparação, diluição e adição de

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2/14 soluções de eletrólitos, padrões, reagentes e amostras na célula eletroquímica de medida.

[005] Atualmente as células convencionais disponíveis no mercado necessitam de volumes maiores que 5 mL. Isso é um inconveniente levando-se em conta o custo dos reagentes, que é elevado, ou o volume das amostras, que é limitado, além de gerar maior volume de resíduos que podem ser prejudiciais ao meio ambiente.

[006] A preparação desses sistemas para a realização de medidas consecutivas é acompanhado da necessidade de enxague e drenagem independente do corpo da célula e dos eletrodos, adição de eletrólito suporte, adição de amostra, adições de padrões e outras operações manuais que demandam tempo.

[007] A automação desses sistemas ajuda a evitar esse inconveniente, entretanto, a necessidade de bombas, válvulas, tubulações, frascos e sistemas de controle aumentam grandemente os custos e ainda não garantem drenagem completa e diminuem a versatilidade e agilidade necessária ao desenvolvimento de métodos analíticos e à pesquisa cientifica.

[008] Este fato se dá pela necessidade de enxaguar e ambientar todo o sistema ao trocar as soluções presentes nos frascos reservatórios e também por contribuírem para o aumento do volume de resíduos gerados. A necessidade de bancada e rede elétrica de alimentação também é outra característica comum entre esses sistemas.

[009] O invento das plataformas de eletrodos contribuiu significativamente para um aumento da portabilidade das eletroanálises. As plataformas de

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3/14 eletrodos geralmente consistem de um substrato de cerâmica, vidro, plástico ou papel com eletrodos impressos em sua superfície por técnicas de serigrafia, impressão com jato de tinta, ou de modo manual utilizando canetas.

[010] A introdução dessas plataformas também possibilitou a realização de medidas em volumes tão pequenos quanto equivalentes a uma gota de amostra (~ 50 pL), na qual é adicionada sobre a superfície da plataforma.

Apesar de essa abordagem ser relevante, principalmente em análises de fluidos biológicos, como sangue, lagrima ou urina, utilização de métodos de quantificação por adição de padrão, ou até mesmo o de curvas analíticas em um mesmo dispositivo, levantamento

são difíceis	de	serem obti
mecanicamente	a	superfície,
sensibilidade	do	eletrodo, e
independente	dos	eletrodos,
sejam mais bem empregadas em
medida. [012]	Em	complemento

de amostra sobre das.

de manter os interferentes, conhecido por

A dificuldade em polir modo à reestabelecer a a dificuldade de substituição faz com que essas plataformas analises a isso, a sua superfície da eletrodos como, por interferir sujeitos exemplo, o envolvendo uma única a adição de uma gota plataforma resulta em contaminantes oxigênio atmosférico, nas medidas eletroquímicas em regiões catódicas. Uma alternativa a esses inconvenientes é a imersão da plataforma de eletrodos em uma célula eletroquímica que possui tampa. No entanto, nesse caso, o sistema se caracteriza por se assemelhar a uma célula eletroquímica convencional e assim, traz consigo, os mesmos inconvenientes descritos anteriormente.

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Tanto em células convencionais, como também em plataformas de eletrodos, a utilização de micropipetas é muito frequente, principalmente na tarefa de inserção de amostras nos dispositivos e células de medida. Outra característica em comum nesses casos é a realização de medidas com a solução mantida em condição estacionária.

Exceção a essa regra se destacam principalmente os métodos de analise em fluxo. Nesses casos a solução de medida é submetida a uma condição de convecção forçada, que aumenta o transporte de espécies em direção à superfície do eletrodo de medição (eletrodo de trabalho ET).

Entre esses, a análise por injeção em batelada

BIA (US5192416A) merece ser mencionada em mais detalhes, por necessitar de apenas um pequeno volume de amostra e principalmente por utilizar micropipetas como parte integrante do sistema de detecção. A utilização de micropipetas, nesses casos, é dada de forma ligeiramente diferente do modo convencional de utilização, pois agrega também a função de conduzir um jato de solução em direção ao eletrodo de trabalho.

Essa característica resulta em uma maior sensibilidade quando comparado sistemas equivalentes, em que a solução é mantida estacionária.

[015]

O aumento da sensibilidade é atribuído a um maior sinal analítico oriundo do maior transporte de espécies eletroativas em direção à superfície do sensor. Devido às características de o jato estar diretamente relacionadas aos sinais analíticos obtidos, micropipetas eletrônicas é preferível para essas aplicações, de modo a obter resultados mais precisos e reprodutíveis.

[016] Pelo mesmo propósito, a posição entre a ponta

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5/14 da micropipeta e a superfície do eletrodo de trabalho, também devem ser rigorosamente controladas. O volume da célula se caracteriza por ser cerca de 20000 a 50000 vezes o volume da amostra injetada.

[017] Deste modo, uma célula eletroquímica de grande volume, geralmente superior a 200 mL, é desejável para ocasionar uma grande diluição do conteúdo injetado e consequentemente resultar em mudanças imperceptíveis na linha de base. Com o propósito de promover uma rápida dispersão da amostra injetada, e homogeneização da solução da célula, a agitação magnética quase sempre também é empregada, e favorece o aumento da frequência analítica. Devido a grande diluição e mistura da amostra injetada na célula, a mesma dificilmente pode ser recuperada.

[018] No que diz respeito à portabilidade, os dispositivos da BIA, apresentam alguma portabilidade, no entanto se deve ter cuidado com o posicionamento da célula de modo a evitar vazamentos pelos orifícios.

[019] No que se refere à técnicas eletroquímicas, as mais utilizadas são cronoamperometria e cronopotenciometria. Técnicas eletroquímicas de varredura, como, voltametria cíclica, voltametria de pulso diferencial, voltametria de onda quadrada, voltametria de corrente alternada e espectroscopia de impedância eletroquímica são muito difíceis de serem empregadas, devido às mudanças na velocidade do jato que ocorrem durante a etapa de injeção.

[020] Em virtude das soluções e desafios da química eletroanalítica moderna é possível afirmar que para seu progresso são fundamentais melhorias e novos inventos que proporcionem cada vez mais a obtenção de resultados precisos

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6/14 e exatos, de modo ágil, versátil, portátil, com menor consumo de amostras, menor consumo de reagentes, e menor quantidade de resíduos gerados. Consideramos que o invento descrito aqui vem a contribuir com essas características.

ESTADO DA TÉCNICA:

[021] O documento US6396584B1 faz referência a um adaptador de micropipetas e um aparato instrumental para medidas de absorbância. A invenção permite conexão com micropipetas e é caracterizado por permitir a passagem de um feixe de luz pelo interior da ponteira que é direcionado a um sistema fotodetector. A invenção se restringe a medidas ópticas e deste modo difere de um dispositivo eletroquímico por não apresentar conexões para eletrodos e consequentemente eletroquímicas.

não pode ser empregado para medidas [022]

Já o documento Construção e caracterização de micro-células voltamétricas para análises em volumes reduzidos, dissertação de Rodrigo Amorim

Bezerra da Silva, refere-se ao desenvolvimento de microdispositivos eletroquímicos para análises de volumes reduzidos. Foram criadas duas configurações, sendo uma delas com três eletrodos na extremidade de ponteiras de micropipetas (interna e externa). Entretanto, apesar da utilização de uma ponteira de micropipeta, a mesma é utilizada na função de molde e suporte físico para unir um conjunto de 3 eletrodos, em que um dos eletrodos é colocado na parte interna da ponteira e outros dois nas paredes laterais externas. Para isso o interior da ponteira é preenchido com resina epóxi.

Essa condição encerra a possibilidade de realizar processos de aspersão e dispersão de fluidos através da ponteira, como

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7/14 também suprime a possibilidade de conexão às micropipetas. Na invenção proposta à ponteira tem a função de corpo da célula eletroquímica responsável por acondicionar em seu interior todos os eletrodos necessários às medidas eletroquímicas, como também os diferentes volumes de fluidos aspergidos pela micropipeta. A possibilidade de conexão à ponteira, à micropipeta e a todos os eletrodos de modo a mantê-los acondicionados no interior da ponteira sem afetar a capacidade de deslocamento dos fluidos, é uma característica essencial alcançada com o invento proposto.

[023] O documento US5192416 refere-se a um dispositivo para análises eletroquímicas, que utiliza uma célula com três eletrodos e uma pipeta. O dispositivo é utilizado para análise em batelada em que se utiliza uma micropipeta e uma célula eletroquímica de três eletrodos para utilização de técnicas eletroquímicas. O invento difere por utilizar os eletrodos alocados na parte externa à ponteira da micropipeta e imersos em uma célula de grande volume de 20000 a 50000 vezes maior que o volume de amostra. A função da micropipeta neste caso é apenas de inserção de pequenos volumes em direção ao eletrodo de trabalho. Adicionalmente, a portabilidade do dispositivo é limitada devido a vazamentos de solução pelos orifícios e técnicas eletroquímicas de varredura e de espectroscopia de impedância eletroquímica são impraticáveis devidos á natureza transiente do jato de solução na etapa de injeção da amostra.

[024] O documento US5294325A faz referência a um dispositivo para transporte de líquidos para o propósito de encher micropipetas ou ter a função de eletrodo de íons

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8/14 seletivo. Esse dispositivo difere por utilizar um capilar ao invés de ponteiras de micropipetas e deste modo também não pode ser acoplado a micropipetas convencionais a que se destina a presente invenção.

[025] Diante do exposto, esta claro que nenhum dos documentos encontrados no estado da técnica antecipa um dispositivo eletroquímico para ser acoplado em instrumentos analíticos do tipo micropipetas e que ainda permita à realização de procedimentos de aspersão e dispersão de líquidos, a substituição independente dos eletrodos ou ponteira, a conexão dos eletrodos de referência, auxiliar e de trabalho no interior da ponteira de maneira intercambiável, o enxágue, juntamente com a possibilidade de realizar medidas eletroquímicas de pequenos volumes de modo mais preciso, versátil, portátil e ágil em procedimentos analíticos, sem que haja vazamento de solução ao manusear o equipamento.

BREVE DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO:

[026] Dispositivo eletroquímico que compreende um corpo estruturante, uma ponteira e eletrodos intercambiáveis acondicionados no interior da ponteira, para acoplamento em micropipeta.

[027] O dispositivo da presente invenção permite a realização de procedimentos de aspersão e dispersão de líquidos, a substituição independente de eletrodos ou ponteira, de maneira intercambiável.

DESCRIÇÃO DAS FIGURAS:

[028] A invenção poderá ser compreendida através da seguinte descrição detalhada e em acordo com as figuras em anexo:

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9/14 [029] As FIGURAS 1 a e b representam uma visão externa e seccionada do dispositivo eletroquímico conectado a uma ponteira de micropipeta.

[030] A FIGURA 2 mostra o dispositivo eletroquímico contendo detalhes do rebaixo cônico configurado para encaixe de plataformas de eletrodos.

[031] A FIGURA 3 mostra o dispositivo eletroquímico contendo detalhes do rebaixo cônico configurado para encaixe de eletrodos na forma de fios.

[032] A FIGURA 4 mostra uma imagem real do dispositivo eletroquímico conectado a uma micropipeta e durante a realização de medidas eletroquímicas.

DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO:

[033] eletroquímico

A presente invenção se refere a um dispositivo que compreende um corpo estruturante, uma ponteira eletrodos intercambiáveis que ficam acondicionados no interior da dita ponteira e que, ainda, pode ser acoplado em micropipetas.

No presente dispositivo, representado na

Figura 1a, corpo estruturante (1) preferencialmente cilíndrico apresenta um diâmetro de

0,5 a 5,0 cm, confeccionado em material polimérico, selecionado do grupo de polieteretercetona, polietileno, polipropileno, politetrafluoretileno, poliestireno, polimetaacrilato, policloreto de vinila, policarbonato, resina epoxi ou compósitos contendo os mesmos, apresentando em sua posição superior uma cavidade cônica para encaixe de micropipetas, além de um rebaixo cilíndrico em sua posição inferior e um furo lateral não passante.

[035] A cavidade cônica e o rebaixo cilíndrico

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10/14 apresentam um ângulo raso variável entre 0,5 e 30 graus com o eixo longitudinal da peça.

[036] O furo lateral é empregado para encaixe de um cilindro de vedação (2) que permite a passagem ou conexão de um cabo contendo três ou quatro fios internos (3) que se conectam eletricamente aos eletrodos/sensores e instrumentos externos.

[037] Os eletrodos acondicionados no interior da ponteira são três eletrodos na forma de fios cobertos por um filme polimérico, sendo eles um eletrodo de referência, um eletrodo de trabalho ou eletrodo indicador e um contra eletrodo ou eletrodo auxiliar, ou ainda na forma de uma plataforma de eletrodos serigrafiados ou impressos, que pode ser de cerâmica, plástico, papel ou vidro e de comprimento variável entre 1 e 15 cm e largura variável entre 0,1 e 1 cm.

[038] Os possíveis materiais empregados como eletrodo de referência são prata, prata/cloreto de prata, prata/íon prata, prata/óxido de prata, mercúrio/cloreto de mercúrio, mercúrio/óxido de mercúrio ou paládio/óxido de paládio; para o eletrodo de trabalho ou eletrodo indicador são ouro, platina, carbono grafite, prata, cobre, níquel, mercúrio ou diamante dopado com boro; e para o contra eletrodo ou eletrodo auxiliar são platina, carbono, ouro ou aço inox.

[039] A conexão dos eletrodos no corpo estruturante é realizada de forma independente e intercambiável e permite a realização de operações de diluições, adição de padrão, enxague dos eletrodos, enxague da célula, drenagem e medidas eletroquímicas que possam ser realizadas de modo mais ágil,

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11/14 com menor consumo de reagentes, com menor consumo de amostras, maior versatilidade, maior velocidade analítica e maior portabilidade.

[040] Esse invento permite que diferentes opções de eletrodos na forma de fios cobertos por um filme polimérico ou na forma de plataformas de eletrodos, serigrafiados ou impressos, possam ser empregadas nos procedimentos. Devido aos conectores desenvolvidos, os eletrodos podem ser substituídos de modo fácil e independente.

[041] Além dos eletrodos, a micropipeta, seja ela manual ou eletrônica, e o corpo da célula eletroquímica (ponteira), também podem ser facilmente substituídos nesse invento.

[042] As ponteiras das micropipetas (4), preferencialmente com volumes compreendidos entre 1 e 5000 pL e que, neste caso também agregam a função de corpo da célula eletroquímica, são acopladas a um rebaixo cônico (5) no qual é mantido de forma fixa na parte inferior da peça (1). Duas opções de rebaixo cônico serão descritos, um para configuração de encaixe de plataformas de eletrodos (FIGURA 2) e outro para configuração de encaixe de eletrodos na forma de fios (FIGURA 3).

[043] A FIGURA 2 representa o dispositivo eletroquímico com o rebaixo cônico configurado para encaixe de plataformas de eletrodos (6) . Esse apresenta um furo passante em seu centro que acomoda um semicilindro com raias (7) e um semicilindro com rebaixos (8). No plano central dos semicilindros são acomodados os conectores elétricos (9), (10) e (11) para condução elétrica entre os fios do cabo (3) e as plataformas de eletrodos em uma de suas extremidades

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12/14 nas posições (12), (13) e (14). As conexões elétricas nessas plataformas se estendem até a extremidade oposta em que são suportadas por uma base isolante (15). Na extremidade oposta se encontra o eletrodo de referência (16), o contra eletrodo (17) e o eletrodo de trabalho (18). Sobre as plataformas de eletrodos se encontram um filme polimérico isolante (19) de modo a expor apenas a extremidade das conexões elétricas e a extremidade que contém os eletrodos. Durante as medidas eletroquímicas, a extremidade contendo os eletrodos é mantida em contato com as soluções contidas na ponteira da micropipeta.

[044] A FIGURA 3 representa o dispositivo eletroquímico com o rebaixo cônico configurado para encaixe de eletrodos na forma de fios (20). Esse apresenta quatro furos passantes, sendo um furo central, responsável por permitir o fluxo de gases entre a ponteira e a micropipeta, e três furos periféricos contendo um pequeno rebaixo, que permite acomodar os conectores elétricos (21), (22) e (23). Os conectores elétricos permitem a condução elétrica entre os fios do cabo (3) e os eletrodos, de referência (24), contra eletrodo (25) e de trabalho (26). Com o propósito de se ter um controle sobre a área exposta dos eletrodos e também diminuir a possibilidade de curto circuito, em alguns casos se emprega uma cobertura dos condutores com auxílio de um filme polimérico (27). Considerando as extremidades em contato com as soluções contidas nas ponteiras, algumas preferencias de cobertura podem ser destacadas. Para o eletrodo de referencia (24) a base e uma porção lateral são preferencialmente não isoladas. Para o contra eletrodo (25), preferencialmente, nenhuma cobertura é emprega, de modo a

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13/14 exibir a maior área exposta possível. Para o eletrodo de trabalho (26) somente a base na forma de disco é preferencialmente não isolada. Uma condição especial de cobertura também pode ser mencionada (28) . Neste caso o eletrodo coberto por um filme polimérico é submetido a um processo de corrosão que resulta na obtenção de um rebaixo cilíndrico. Esse eletrodo com aspecto oco pode ser preenchido com outros tipos de materiais, como materiais na forma de pasta, pó, ou outro material sólido mais raro que o condutor.

[045] O filme polimérico isolante pode ser selecionado do grupo de resina epóxi, polieteretercetona, politetrafluoretileno, acetato de celulose, polietileno, polipropileno e ter comprimento variável entre 1 e 15 cm e diâmetro variável entre 0,2 e 2000 pm.

[046] O presente dispositivo permite a conexão a dispositivos eletroquímicos de medida, como potenciostatos, potenciômetros, galvanostatos, voltímetros, amperímetros, condutivimetros, osciloscópios, analisadores de resposta em frequência ou multímetros.

[047] Adicionalmente, o presente dispositivo pode ser utilizado para análises eletroquímicas ou eletroanalíticas utilizando técnicas eletroquímicas como voltametria cíclica, ou voltametria linear, ou voltametria de pulso diferencial, ou voltametria de onda quadrada, ou voltametria de corrente alternada, ou cronoamperometria, ou cronoamperometria pulsada, ou cronopotenciometria, ou cronopotenciometria de corrente zero, ou espectroscopia de impedância eletroquímica.

[048] A FIGURA 4 por sua vez mostra uma imagem real do dispositivo eletroquímico conectado a uma micropipeta

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14/14 durante a realização de medidas eletroquímicas.

Claims

REIVINDICAÇÕES

1. Dispositivo eletroquímico caracterizado por compreender um corpo estruturante, conectado a uma ponteira, contendo eletrodos intercambiáveis acondicionados em seu interior.
2. Dispositivo eletroquímico, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por ser acoplado em equipamentos de transferência quantitativa de líquidos.
3. Dispositivo eletroquímico, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato dos equipamentos de transferência quantitativa de líquidos serem, preferencialmente, micropipetas.
4. Dispositivo eletroquímico, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo corpo estruturante (1) ser preferencialmente cilíndrico e apresentar um diâmetro de 0,5 a 5,0 cm.
5.

Dispositivo eletroquímico, de acordo com as reivindicações 1 e 2, caracterizado pelo fato do corpo estruturante (1) ser de material selecionado do grupo de polieteretercetona, polietileno, polipropileno, politetrafluoretileno, poliestireno, polimetaacrilato, policloreto de vinila, policarbonato, resina epoxi ou compósitos contendo os mesmos.

Dispositivo eletroquímico, de acordo com as reivindicações 1 e 5, caracterizado pelo fato de apresentar pelo menos um furo lateral (2) empregado para encaixe de um cilindro de vedação (3).
7. Dispositivo eletroquímico, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato dos eletrodos localizados no interior da ponteira (4) serem três eletrodos na forma de fios cobertos por um filme polimérico (27) ou uma plataforma de eletrodos serigrafiados ou impressos (12;

13; ou 14).

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8. Dispositivo eletroquímico, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato dos três eletrodos serem um eletrodo de referência (16), um eletrodo de trabalho ou eletrodo indicador (18) e um contra eletrodo ou eletrodo auxiliar (17).
9. Dispositivo eletroquímico, de acordo com a reivindicação 4 e 5, caracterizado pelo fato dos eletrodos serem conectados de modo intercambiável a um rebaixo do corpo estruturante (5) quando na forma de fios ou plataforma e, ainda, de modo independente quando na forma de fios.
10. Dispositivo eletroquímico, de acordo com as reivindicações 1, 7 e 8, caracterizado pelo fato do material empregado como eletrodo de referência ser selecionado do grupo de prata, prata/cloreto de prata, prata/íon prata, prata/óxido de prata, mercúrio/cloreto de mercúrio, mercúrio/óxido de mercúrio ou paládio/óxido de paládio; o material empregado como eletrodo de trabalho ou eletrodo indicador ser selecionado do grupo de ouro, platina, carbono, prata, cobre, níquel, mercúrio ou diamante dopado com boro; e o material empregado como contra eletrodo ou eletrodo auxiliar ser selecionado do grupo de platina, carbono, ouro ou aço inox.
11. Dispositivo eletroquímico, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato da plataforma (12; 13; ou 14) de eletrodos ser de cerâmica ou plástico ou papel ou vidro e de comprimento variável entre 1 e 15 cm e largura variável entre 0,1 e 1 cm.
12. Dispositivo eletroquímico, de acordo com as reivindicações 7 e 11, caracterizado pelo fato de, quando configurado para o encaixe de plataformas de eletrodos, apresentar um orifício em seu centro, que acomoda um semicilindro com raias (7) ou um semicilindro com rebaixos (8), que por sua vez, acomodam em seu plano central conectores elétricos (9; 10; 11).

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13. Dispositivo eletroquímico, de acordo com a reivindicações 7 e 11, caracterizado pelo fato de, quando configurado para o encaixe de fios (20), apresentar quatro orifícios, em que pelo menos um acomoda conectores elétricos (21; 22; 23).
14. Dispositivo eletroquímico, de acordo com a reivindicações 12 e 13, caracterizado pelo fato de os condutores elétricos alternativamente apresentarem uma cobertura polimérica selecionada do grupo resina epóxi, polieteretercetona, politetrafluoretileno, acetato de celulose, polietileno, polipropileno isolada ou não.
15. Dispositivo eletroquímico, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato dos eletrodos na forma de fios serem cobertos com um filme polimérico isolante (27) selecionado do grupo de resina epóxi, polieteretercetona, politetrafluoretileno, acetato de celulose polietileno, polipropileno e de comprimento varável entre 1 e 15 cm e diâmetro variável entre 0,2 e 2000 pm.
16. Dispositivo eletroquímico, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por apresentar uma cavidade cônica em sua parte superior para encaixe de micropipetas e um rebaixo cônico (5) em sua parte inferior para encaixe de ponteiras.
17. Dispositivo eletroquímico, de acordo com a reivindicação 16, caracterizado pelo fato da cavidade cônica e o rebaixo apresentarem um ângulo raso variável entre 0,5 e 30 graus com o eixo longitudinal da peça.
18. Dispositivo eletroquímico, de acordo com a reivindicação 16, caracterizado pelo fato das ponteiras serem preferencialmente de volumes compreendidos entre 1 e 5000 pL.
19. Dispositivo eletroquímico, de acordo com as reivindicações 1 a 18, caracterizado pelo fato de permitir conexão a dispositivos eletroquímicos de medida, como

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4/4 potenciostatos, potenciômetros, galvanostatos, voltímetros, amperímetros, condutivimetros, osciloscópios, analisadores de resposta em frequência ou multímetros.
20. Uso do dispositivo, de acordo com as reivindicações 1 a 19, caracterizado pelo fato de ser para análises eletroquímicas ou eletroanalíticas utilizando técnicas eletroquímicas como voltametria cíclica, ou voltametria linear, ou voltametria de pulso diferencial, ou voltametria de onda quadrada, ou voltametria de corrente alternada, ou cronoamperometria, ou cronoamperometria pulsada, ou cronopotenciometria, ou cronopotenciometria de corrente zero, ou espectroscopia de impedância eletroquímica.