BR102017007231A2 - uso de extrato de pau ferro (caesalpinia ferrea mart.) em formulações farmacêuticas como agente antibacteriano - Google Patents

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Jordana Rodrigues De Santana
Emiliano de Oliveira Barreto
Renato Santos Rodarte
Regianne Umeko Kamiya
Emanuelle Xavier Alvelino
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Universidade Federal De Alagoas
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Abstract

a presente patente de invenção é representada por uma solução inventiva fundamentada no uso de extrato de pau-ferro (caesalpinia ferrea mart.) como agente antibacteriano por este apresentar atividade inibitória sobre o crescimento de cepas de staphylococcus aureus, pseudomonas aeruginosa, acinetobacter spp.e enterobactérias, as quais estão envolvidas em infecções de pele e são capazes de desenvolver resistência aos antibacterianos atualmente utilizados, podendo esses extratos serem utilizados na forma bruta ou extrato concentrado (fração acetato) em formulações farmacêuticas destinadas ao uso tópico.

Description

(54) Título: USO DE EXTRATO DE PAU FERRO (CAESALPINIA FERREA MART.) EM FORMULAÇÕES FARMACÊUTICAS COMO AGENTE ΑΝΤΙ BACTERIANO (51) Int. Cl.: A61K 36/48; A61K 127/00; A61P 31/04 (73) Titular(es): UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS (72) Inventor(es): JORDANA RODRIGUES DE SANTANA; EMILIANO DE OLIVEIRA BARRETO; RENATO SANTOS RODARTE; REGIANNE UMEKO KAMIYA; EMANUELLE XAVIER ALVELINO (85) Data do Início da Fase Nacional:
07/04/2017 (57) Resumo: A presente patente de invenção é representada por uma solução inventiva fundamentada no uso de extrato de pau-ferro (Caesalpinia ferrea Mart.) como agente antibacteriano por este apresentar atividade inibitória sobre o crescimento de cepas de Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter spp.e Enterobactérias, as quais estão envolvidas em infecções de pele e são capazes de desenvolver resistência aos antibacterianos atualmente utilizados, podendo esses extratos serem utilizados na forma bruta ou extrato concentrado (fração acetato) em formulações farmacêuticas destinadas ao uso tópico.
inibtção do cre$olmento de bactérias associadas à infecções cutâneas.
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Cepas com diversos perfis de rasisléncia à antibióticos de •Kajoftytoavcw acretrs. jWieroÍMCíer SCP·. Pseydompnss
Extraio bnjio aquoeo bqfilizado e fração acetato de etila, em preparaçóes d? prctfulos Farmacêuticos destinados ao USO lápico,
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Relatório Descritivo da Patente de Invenção para USO DE EXTRATO DE PAU FERRO (CAESALPINIA FERREA MART.) EM FORMULAÇÕES FARMACÊUTICAS COMO AGENTE ANTIBACTERIANO.
[001] O presente pedido de patente de invenção do título em epígrafe trata de um produto para uso tópico cuja função consiste em inibir o crescimento de bactérias patogênicas e resistentes a antimicrobianos disponíveis.
[002] O extrato das folhas de pau-ferro (Caesalpinia ferrea Mart.) é capaz de inibir o crescimento de bactérias associadas às infecções cutâneas, sendo comprovadamente eficaz em cepas com diversos perfis de resistência à antibióticos de Staphylococcus aureus, Acinetobacter spp., Pseudomonas aeruginosa e Enterobacteriaceae. Esta atividade antibacteriana, relatado pela primeira vez, decorre da presença de metabólitos secundários como flavonoides, taninos e xantonas.
[003] Por sua vez, o uso do extrato de pau-ferro (Caesalpinia ferrea Mart.) para fins antibacterianos pode se dar na forma de apresentação de extrato bruto aquoso liofilizado e fração acetato de etila, sempre nas preparações de produtos farmacêuticos destinados ao uso tópico.
[004] Assim, é conclusivo que o uso do extrato das folhas de pau-ferro (Caesalpinia ferrea Mart.) como agente antibacteriano tópico é provido de atividade inventiva, atendendo aos requisitos de patenteabilidade, conforme disposto no artigo 8° da Lei 9.279 (Lei de Patentes, Marcas e Direitos Conexos), de 14 de maio de 1996.
PROBLEMA QUE A INVENÇÃO SE PROPOE A RESOLVER [005] A fim de propiciar veracidade ao contexto explicitado no quadro introdutório, será apresentada uma breve explanação referente às infecções causadas por Staphyloccoccus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Enterobacteriaceae e Acinetocabter spp., explorando ainda a resistência bacteriana aos antibióticos de forma sucinta; dando, dessa forma, o embasamento para que o invento ora reivindicado traduzido no uso do extrato
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2/14 de pau-ferro (Caesalpinia ferrea Mart.) como agente anti bacteriano tópico seja compreendido por um técnico versado no assunto.
[006] Staphylococcus aureus, Pseudomonas spp., Escherichia coli, Enterobacter spp. e Proteus spp. são micro-organismos comumente envolvidos em infecções de pele (LIPSKY; HOEY, 2009; RUSSO et al., 2016; ESPOSITO et al., 2016). As infecções causadas por bactérias Gram-negativas são muito destrutivas e frequentemente associadas à Pseudomonas aeruginosa (FERREIRA; SANTOS, 2003; LICHTENFELS et al., 2008). Aproximadamente 25% das infecções cutâneas são polimicrobianas envolvendo micro-organismos Gram-negativos e Gram-positivos. Estas ocorrem em tecidos susceptíveis a compromentimento da perfusão vascular como em pés de pacientes diabéticos e em úlceras cutâneas de pacientes imobilizados por longo tempo. (LICHTENFELS et al., 2008; DRYDEN, 2010; ESPOSITO et al., 2016b). Infecções crônicas, em pacientes susceptíveisre querem tratamento com antibióticos de amplo espectro (DRYDEN, 2010). Diante destes fatos, estudos que promovam o desenvolvimento de novas formulações contendo princípios ativos com ações de com espectro expandido são considerados relevantes. [007] Infecções por Staphylococcus aureus·. Este micro-organismo Grampositivo oportunistada microbiota da pele, mucosa naso-orofaringeana e tratos geniturinário e intestinal traz riscos para pacientes em diálise, queimados, diabéticos e imunodeprimidos, causando diversos processos infecciosos, variando desde infecções cutâneas locais até complicações sistêmicas, acarretando sequelas ao paciente (SANTOS et al., 2007). Dentre as infecções cutâneas por S. aureus estão incluídas a foliculite simples, o impetigo bolhoso, assim como furúnculos, carbúnculos e hidradenites (RATTI; SOUSA, 2009). Este patógeno também está associado com frequência às infecções relacionadas à assistência em saúde (IRAS), com potencial para o desenvolvimento de infecções de feridas cirúrgicas, queimaduras, endocardites, osteomielites, pioartrites e formação de abscessos metastáticos (RATTI; SOUSA, 2009; PLATA et al., 2009).
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3/14 [008] Infecções por Pseudomonas aeruginosa·. É uma bactéria oportunista, toxigênica, capaz de causar infecções em pacientes imunocomprometidos e apresenta fatores de virulência capazes de inativar o sistema imune (MARQUES et al., 2007). É clinicamente responsável por infecções em ambiente doméstico e hospitalares, como infecções oculares (queratite), do aparelho auditivo (otite externa), no sangue (bacteremia e septicemia) e na pele (foliculite, dermatite, infecções de queimaduras e de feridas). Também tem sido associado à pneumonia adquirida em hospitais, bem como em infecções respiratória crônica e do trato geniturinário (HAUZER; OZER, 2011).
[009] Infecções por Acinetobacter spp. .Acinetobacter baumannii está envolvida em diferentes tipos de infecções como pneumonias, meningites, infecção urinária e de feridas, especialmente em pacientes imunocomprometidos, por ser um patógeno oportunista associado às infecções nosocomiais (MARTINS, BARTH, 2013).
[010] Infecções por Enterobacteriaceae·. As espécies dessa família são responsáveis por diversas manifestações clínicas, como diarréia, febre entérica, pneumonia, meningite, infecções oportunistas e infecção de feridas (MAHON et al., 2015).
[011] Antibióticos e a resistência antimicrobiana: Os antibióticos são compostos naturais ou sintéticos capazes de inibir o crescimento ou causar a morte de bactérias. Podem ser classificados como bactericidas, quando causam a morte da bactéria, ou bacteriostáticos, quando promovem a inibição do crescimento microbiano (GUIMARÃES et al., 2010). Estes compostos podem ainda ser caracterizados de acordo com seus mecanismos de ação, que incluem: (1) interferência na síntese da parede celular, (2) inibição da síntese de proteínas, (3) interferência na síntese de ácidos nucleicos, (4) inibição de uma cascata metabólica e (5) lise da membrana celular (TENOVER, 2006). No entanto, existem bactérias que resistem à ação de um ou vários tipos de antibióticos. A MDR (Multidrug Resistance) ou multirresistência é definida como a não suscetibilidade, ao menos a um agente, em três ou mais categorias de
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4/14 antibacterianos (MAGIORAKOS et al., 2012). Esses micro-organismos resistentes são capazes de persistir no hospedeiro gerando agravamento da infecção, fatores que dificultam o tratamento e que põe em risco a vida do paciente. O amplo uso de antibióticos aliado ao uso prolongado levam à emergência de micro-organismos multirresistentes. Consequentemente, a constante identificação de novos agentes antimicrobianos é de elevada importância para o tratamento de infecções bacterianas.
[012] A principal fonte de infecções comunitárias e hospitalares é a própria microbiota normal ou transitória dos indivíduos, assim a análise do efeito do extrato sobre bactérias isoladas de feridas cutâneas, bem como de bactérias da microbiota normal (cavidade bucal, pele, trato gastrointestinal) pode ser importante para validar o espectro de potenciais antimicrobianos. Em adição, os testes foram realizados sobre bactérias com diferentes perfis de resistência aos antibióticos.
ESTADO DA TÉCNICA [013] Com a emergência de bactérias resistentes aos antibióticos existentes e o dano que causam aos pacientes e o sistema de saúde, alguns compostos e formulações vêm sendo desenvolvidos, dos quais se podem citar alguns revelados de forma efetiva em pedidos de patentes, dentre os quais estão:
[014] Patente BR 11 2013 012120 3 A2, trata de composições com atividade antibacteriana e de cicatrização de feridas;
[015] Patente PI 1103269-3 A2, trata de composição farmacêutica antibacteriana, particularmente contra bactérias Staphylococcus, Bacillus cereus e Listeria monocytogenes.
[016] Patente US2014308326 (A1), trata de composições farmacêuticas contendo um antibiótico aminoglicosídeo e pelo menos um agente quelante com zinco em uma concentração específica; e métodos de inibição da colonização bacteriana, formação de biofilme para tratamento de infecções bacterianas.
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5/14 [017] Patente BR 10 2014 010104 7 A2, trata de composições farmacêuticas com atividade antibacteriana para assepsia de pele, mucosas e feridas contendo extratos de Jatropha curcas.
[018] Patente US2016015047 (A1), trata de composições contendo agentes quelantes, íons de sais metálicos, agentes espessantes ou tampões, antimicrobianos, agentes antibiofilmes para a prevenção e tratamento de infecções de feridas e doenças adquiridas pela alimentação, envolvendo biofilmes bacterianos.
[019] Patente BR 11 2015 026193 0 A2, trata da composição farmacêutica, método para formular uma composição farmacêutica, método para tratar um ferimento em um indivíduo, método para inibir a formação de biofilme em uma superfície, artigo fabricado para curativo e método para aumentar a eficácia antibacteriana da gentamicina.
[020] A deficiência da aplicabilidade industrial consiste em um ponto fraco da técnica existente, no entanto possui grandes chances de resolução. DESCRIÇÃO DA ABORDAGEM DO PROBLEMA TÉCNICO [021] Diante do exposto nos fundamentos da técnica, os requerentes idealizaram um produto de uso farmacêutico tópico, para o tratamento de infecção de feridas, levando à diminuição da infecção bacteriana através do extrato bruto aquoso liofilizado e da fração acetato deste extrato derivado das folhas de pau-ferro (Caesalpinia ferrea Mart.) [022] A espécie Caesalpinia ferrea Mart. conhecida popularmente também como jucá e pau-ferro é amplamente distribuída no Brasil e utilizada popularmente para diversas enfermidades. Estudos científicos com partes distintas da planta demonstram diversas propriedades biológicas, incluindo atividade anti-inflamatória, analgésica, estimulatória sobre o desenvolvimento das colônias de granulócitos-macrófagos (CFU-GM) e antimicrobiana (CARVALHO et al.,1996; LIMA et al., 2012; PEREIRA et al., 2012; SAMPAIO et al., 2009; QUEIROZ et al., 2001) dos frutos. Preparações obtidas a partir da casca desta planta exibiram efeito antiulcerogênico (BACCHI et al., 1995),
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6/14 hipotensor e vasodilatador em artéria mesentérica de ratos (MENEZES et al., 2007) e ações hipoglicemiantes (VASCONCELOS et al., 2011). É importante destacar que o uso na formulação de gel cicatrizante e antisséptico obtido dos frutos da C. ferrea foi incluído no Formulário de Fitoterápicos na Farmacopeia Brasileira (ANVISA, 2011). Essas propriedades farmacológicas estão associadas à presença de metabólitos secundários, como o ácido elágico, ácido gálico e gaiato de metila (NAKAMURA et al., 2002; HUEDA et al, 2001), assim como os alcalóides, terpenos, flavonoides, taninos, xantonas e saponinas. De acordo com a literatura científica, os flavonoides, taninos e xantonas são associados com atividade antibacteriana frente à várias espécies, como Staphylococcus aureus resistente à meticilina, Acinetobacter baumannii, Pseudomonas aeruginosa, Salmonella enterica, Escherichia coli e Micobacterium tuberculosis (METROUH-AMIR et al., 2015; MOHAMED et al., 2014; NEGI et al., 2013; DAGLIA, 2012; WATSON; PREEDY, 2008; BOONSRI et al., 2006; HATANO et al., 2005; HATANO et al., 2005; TALEB-CONTINI et al., 2003; PUUPPONEN-PIMIÀ, 2001).
[023] Os requerentes com o intuito de comprovar a condição mandatária de inovação, realizaram uma ampla pesquisa sobre produtos que levem em sua formulação a Caesalpinia ferrea Mart. (pau-ferro), cujo resultado prático revelou a existência de algumas aplicações da planta do gênero Caesalpinia, notadamente na forma de patentes, tais como:
[024] Patente PI0506067-2, trata do valor nutricional do pau-ferro (Caesalpinia ferrea Mart.) como fonte de sulfato ferroso para suplementação alimentar e combate a anemia humana e animal;
[025] Patente US 5411733 referente a um agente antiviral contendo droga vegetal bruta efetiva contra vários tipos de viroses;
[026] Patente US 4918099, referente a um fármaco obtido de plantas do gênero
Caesalpinia para tratamento de desordens microcirculatórias e diabetes mellitus;
[027] Patente CN20151708916 20151028, trata de métodos de preparação de uma composição da medicina tradicional chinesa para o tratamento de tosse;
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7/14 [028] Patente CN20151572813 20150910, trata de método de preparação de uma composição da medicina tradicional chinesa para o tratamento de câncer de pulmão;
[029] Patente CN20151648704 20151009, refere-se ao extrato de Caesalpinia decapetala e ao respectivo método de preparação para uso contra o envelhecimento cerebral;
[030] Patente CN20131743607 20131230, trata da composição com ação pesticida contendo raízes de “light yellow Sophora” e extratos de Caesalpinia crista-, [031] Patente KR20120055100 20120524, trata da composição contendo resíduo de extrato aquoso de Caesalpinia sappan L. para a prevenção ou tratamento de acne;
[032] Patente KR20110035458 20110418, trata da composição contendo extrato de Caesalpinia sappan L. para o tratamento ou prevenção de doença vascular;
[033] Patente WO2011KR06419 20110830, trata da composição para a prevenção e tratamento de câncer de próstata contendo extrato de Caesalpinia sappan L;
[034] Patente KR20070016144 20070215, trata da composição contendo extrato de Caesapinia sappan L. para prevenção e tratamento de arterioesclerose;
[035] Patente US19990135416P 19990521, trata do composto anti-hipertensivo de Caesalpinia brasiliensis.
[036] Patente US20020979376 20020502, trata do composto anti-hipertensivo de Caesalpinia brasiliensis.
[037] Patente KR20000000351 20000105, trata da droga anticâncer contendo protosappanin A separada de Caesalpinia sappan L.
[038] Como pode ser verificado e concluído, os pedidos de patente mencionados acima não têm em seu objetivo revelado e reivindicado nenhuma colidência com o objetivo máster desta cártula que reside em apresentar um
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8/14 produto ancorado na utilização de extratos de Caesalpinia ferrea Mart. como agente antibacteriano de uso tópico.
DESCRIÇÃO DAS FIGURAS [039] A complementar a presente descrição de modo a obter uma melhor compreensão das características do presente pedido de invenção, acompanha em anexo uma tabela, na qual contém dados referentes ao efeito antibacteriano, representados pela Concentração Inibitória Mínima - MIC (pg/mL), em bactérias de isolados clínicos de feridas apresentado pelo extrato bruto aquoso liofilizado e fração acetato das folhas de Caesalpinia ferrea Mart. assim como o perfil de resistência das cepas aos antibacterianos comumente utilizados.
[040] O presente documento também acompanha quatro fluxogramas o resumo do relatório descritivo (figura 1), obtenção do extrato aquoso bruto liofilizado das folhas de Caesalpinia ferrea Mart. (figura 2), obtenção das frações derivadas do extrato aquoso bruto liofilizado das folhas de Caesalpinia ferrea Mart. (figura 3) e da avaliação da atividade antibacteriana do extrato bruto e fração acetato das folhas de Caesalpinia ferrea Mart. (figura 4).
DESCRIÇÃO DA TÉCNICA [041] A seguinte descrição detalhada deve ser lida e interpretada com referência à tabela apresentada, não sendo intencionada a limitar o escopo do invento, este sim limitado apenas ao explicitado no quadro reivindicatório.
[042] A presente patente de invenção relata a utilização do extrato bruto aquoso liofilizado e fração acetato das folhas de Caesalpinia ferrea Mart. (pau-ferro) em produto para uso farmacêutico tópico voltado para atividade antibacteriana. [043] Princípio ativo do extrato: envolve a ação sinérgica de grupos de metabólitos secundários, incluindo taninos, flavonoides e xantonas, inibindo o crescimento de diversas cepas bacterianas, algumas exibindo perfil de resistência a antibacterianos.
[044] Apresentação natural da Caesalpinia ferrea Mart.: obtido a partir das folhas do pau-ferro.
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9/14 [045] Forma de apresentação: o extrato vegetal de Caesalpinia ferrea Mart. é apresentado na forma de extrato bruto aquoso obtido através da infusão da folha em água destilada na proporção de 1:5 (v/v). Após o processo, este extrato é filtrado e liofilizado. Após a obtenção da forma de pó, é realizada a separação líquido-líquido. As frações são obtidas através da partição em funil de separação do extrato aquoso liofilizado diluído em metanokágua (2:3), passando na proporção de 1:1 inicialmente por hexano, clorofórmio e chegando no acetato de etila sob subsequente rotaevaporação. Ao final, são obtidas as frações hexânica, clorofórmica, acetato de etila e metanokágua. Devido ao maior rendimento, a fração acetato e o extrato bruto (pó) foram diluídos em DMSO (dimetilsulfóxido, > 99,7%) para uso e testados para a avaliação da atividade antibacteriana.
[046] Estas afirmações são sustentadas por teste, conforme descrito nos parágrafos seguintes.
[047] Avaliação da atividade antibacteriana do extrato aquoso bruto e fração acetato obtidos da folha de Caesalpinia ferrea Mart.: avaliou-se nesse ensaio a atividade antibacteriana do extrato e fração de Caesalpinia ferrea. O extrato bruto foi incubado no intervalo de 62,5 a 4000 pg/mL e a fração no intervalo de 32,25 a 2000 pg/mL em cepas bacterianas de Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter spp.e Enterobactérias, tendo como objetivo a avaliação da MIC (Minimum Inhibitory Concentration), a qual refere-se a menor concentração do agente antimicrobiano que inibe o crescimento microbiano visível e através do uso de equipamentos.
[048] Para a quantificação destes parâmetros empregou-se a metodologia adaptada do protocolo CLSI (Clinicai and Laboratory Standards Institute) 2003 e 2009/2010 na qual cultura foi incubada com as cepas juntamente com o extrato e fração por um período de 24 horas. Após o ajuste de contagem da suspensão de colônias utilizando a escala de Mc Farland, a concentração final de bactérias em placa de 96 poços foi de 5x104 UFC por poço e, nesse ponto, uma leitura da absorbância em 640 nm foi feita para determinar o tempo inicial (0 h) em leitor de microplaca. Após incubação por 24 horas com o extrato e a fração em estufa
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10/14 a 37 °C, uma nova leitura foi realizada. O cálculo para definir o MIC foi proveniente da diminuição da absorbância final (24 h) pela absorbância inicial (0 h) e os dados analisados estatisticamente e comparados com o controle. Os resultados foram comparados através de análise de variância One-Way ANOVA, utilizando-se o pós-teste de Newman-Keuls.
RESULTADOS OBTIDOS [049] Efeitos do extrato bruto aquoso liofilizado das folhas de Caesalpinia ferrea
Mart. (pau-ferro) em cepas de Staphylococcus aureus isoladas de feridas cutâneas: Cepas de Staphylococcus aureus foram expostas ao extrato bruto aquoso liofilizado das folhas de Caesalpinia ferrea e este apresentou valor de MIC < 62,5 pg/mL para sete cepas testadas, onde o resultado pode ser verificado através da tabela 1.
[050] Efeitos do extrato bruto aquoso liofilizado das folhas de Caesalpinia ferrea
Mart. (pau-ferro) em cepas de Pseudomonas aeruginosa isoladas de feridas cutâneas: Cepas de Pseudomonas aeruginosa foram expostas ao extrato bruto aquoso liofilizado das folhas de Caesalpinia ferrea.Para esta cepa bacteriana a concentração inibitória mínima foi de MIC < 62,5 pg/mL. O resultado pode ser verificado através da tabela 1.
[051] Efeitos do extrato bruto aquoso liofilizado das folhas de Caesalpinia ferrea
Mart. (pau-ferro) em cepas de Acinetobacter spp. isoladas de feridas cutâneas:
Cepas de Acinetobacter spp. foram expostas ao extrato bruto aquoso liofilizado das folhas de Caesalpinia ferrea. Foi observada inibição do crescimento de duas cepas, sendo o valor de MIC < 62,5 pg/mL. O resultado pode ser verificado através da tabela 1.
[052] Efeitos do extrato bruto aquoso liofilizado das folhas de Caesalpinia ferrea
Mart. (pau-ferro) em cepas de Enterobactérias isoladas da cavidade bucal de indivíduos imunodeprimidos: Cepas de Enterobactérias foram expostas ao extrato bruto aquoso liofilizado das folhas de Caesalpinia ferrea. Foi observada inibição do crescimento de duas cepas, com valor de MIC < 62,5 pg/mL. O resultado pode ser verificado através da tabela 1.
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11/14 [053] Efeitos da fração acetato oriunda do extrato aquoso bruto liofilizado das folhas de Caesalpinia ferrea Mart. (pau-ferro) em cepas de Staphylococcus aureus isoladas de feridas cutâneas: O tratamento de cepas de Staphylococcus aureus por 24 horas com a fração acetato de etila resultou na inibição do crescimento de sete cepas testadas com um valor de MIC < 31,25 pg/mL. O resultado pode ser verificado através da tabela 1.
[054] Efeitos da fração acetato oriunda do extrato aquoso bruto liofilizado das folhas de Caesalpinia ferrea Mart. (pau-ferro) em cepas de Pseudomonas aeruginosa isoladas de feridas cutâneas: A fração acetato de etila promoveu inibição do crescimento de seis cepas de Pseudomonas aeruginosa testadas, apresentando o valor de MIC < 31,25 pg/mL. O resultado pode ser verificado através da tabela 1.
[055] Efeitos da fração acetato oriunda do extrato aquoso bruto liofilizado das folhas de Caesalpinia ferrea Mart. (pau-ferro) em cepas de Acinetobacter spp.
isoladas de feridas cutâneas: O tratamento de cepas de Acinetobacter spp. com a fração acetato de etila resultou na inibição do crescimento em três cepas, apresentando o valor de MIC < 31,25 pg/mL. O resultado pode ser verificado através da tabela 1.
[056] Efeitos da fração acetato oriunda do extrato bruto aquoso liofilizado das folhas de Caesalpinia ferrea Mart. (pau-ferro) em cepas de Enterobactérias isoladas de feridas cutâneas: O tratamento de cepas de Enterobactérias com a fração acetato de etila resultou na inibição do crescimento em três cepas, com valor de MIC < 31,25 pg/mL em duas cepas e < 62,5 pg/mL em uma cepa. O resultado pode ser verificado através da tabela 1.
[057] Levando em consideração a emergência de cepas resistentes aos antibacterianos atualmente disponíveis, e consequentemente a relevância do desenvolvimento de novas formulações contendo substâncias que inibam o crescimento bacteriano, os resultados obtidos pelos ensaios previamente listados, permitem concluir que:
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12/14 [058] O extrato bruto aquoso liofilizado e a fração acetato, obtidas das folhas de Caesalpinia ferrea Mart. foram capazes de apresentar efeitos antibacterianos por inibir o crescimento de bactérias Gram-positivas e Gram-negativas sensíveis e resistentes. Cepas de Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter spp., Staphylococcus aureus e Enterobactérias isoladas de feridas e cavidade bucal e foram susceptíveis à ação do extrato bruto e/ou fração em intensidades diferentes, com valores de MIC < 100 pg/mL, sendo classificadas pela literatura como extratos como detentores de ótima atividade antibacteriana.
[059] De acordo com o exposto, pode-se afirmar que o extrato bruto aquoso liofilizado e sua fração acetato obtida a aprtirdas folhas de Caesalpinia ferrea Mart. atuam na inibição do crescimento bacteriano, possivelmente pela presença de taninos, flavonoides e xantonas.
[060] Portanto, formulações farmacêuticas contendo o extrato bruto aquoso liofilizado ou a fração acetato das folhas de Caesalpinia ferrea Mart. mostram-se como produtos importantes para o tratamento de feridas cutâneas causadas por Staphylococcus aureus, Pseudmonas aeruginosa, Acinetobacter spp. e Enterobactérias, enquadrando-se nas normas que regem a patente de invenção à luz da Lei da Propriedade Industrial, sendo digna pelo que foi exposto, e, consequentemente o respectivo privilégio.
TABELA 1 - Concentração Inibitória Mínima - MIC (pg/mL) do extrato aquoso bruto liofilizado efração acetato de etila de Caesalpinia ferrea Mart em bactérias de isolados clínicos de feridas.
CEPA EXTRATO
BRUT O ACETAT O PERFIL DE RESISTÊNCIA À ANTIBIÓTICOS
Staphylococcus aureus
1 <62,5 <31,25 VISA
2 <62,5 <31,25 VISA
3 (MDR) <62,5 <31,25 MRSA e VISA
4 <62,5 <31,25 VISA
5 <62,5 >125 Sensível
Petição 870170023162, de 07/04/2017, pág. 19/25
13/14
6 <62,5 <31,25 Sensível
7 <62,5 <31,25 Sensível
25 (MDR) >4000 <31,25 MRSA e VISA
Pseudomonas aeruginosa
8 <62,5 <31,25 Sensível
10 >1000 <31,25 Sensível
11 >1000 <31,25 Sensível
13 >2000 <31,25 Ciprofloxacino
14 (MDR) <62,5 >250 Gentamicina, Cefepime, Amicacina, Piperacilina + Tazobactam
15 >1000 <31,25 Sensível
16 <62,5 <31,25 Sensível
Acinetobacter spp.
18 (MDR) <62,5 <31,25 Ceftriaxona, Ceftazidima, Cefepime, Imipenem, Meropenem, Piperacilina + Tazobactam, Sulfametoxazol + Trimetoprima
20 <62,5 <31,25 Amicacina, Aztreonam, Ceftazidima, Ciprofloxacino, Piperacilina + Tazobactam,
28 (MDR) >2000 <31,25 Ceftriaxona, Cefepime, Imipenem, Meropenem, Piperacilina + Tazobactam, Sulfametoxazol + Trimetoprima
[061] Nota: Os números das espécies correspondem à identificação do Laboratório de Bacteriologia para a realização dos experimentos. MRSA Staphylococcus aureus resistente à Meticilina; VISA - Staphylococcus aureus Intermediariamente resistente à Vancomicina; MDR (Multi-drug Resistant) cepas multirresistentes.
VANTAGENS DA PATENTE
Petição 870170023162, de 07/04/2017, pág. 20/25
14/14 [062] A patente apresenta a vantagem do uso de um produto natural seguro derivado de uma planta que já consta no formulário de fitoterápicos da Farmacopéia Brasileira.
Petição 870170023162, de 07/04/2017, pág. 21/25
1/1

Claims (3)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1 - USO DE EXTRATO DE PAU-FERRO (CAESALPINIA FERREA MART.) EM FORMULAÇÕES FARMACÊUTICAS COMO AGENTE ANTIBACTERIANO caracterizado por possuir atividade antibacteriana, onde o extrato e fração são obtidos das folhas do pau-ferro (Caesalpinia ferrea Mart.) por extração aquosa e liofilização seguido de partição com solventes orgânicos (hexano, clorofórmio, acetato de etila e metanol).
  2. 2 -“USO DE EXTRATO DE PAU-FERRO (Caesalpinia ferrea Mart.) EM FORMULAÇÕES FARMACÊUTICAS COMO AGENTE ANTIBACTERIANO” de acordo com as reivindicações 1, na qual o extrato é caracterizado por poder ser aplicado, nas concentrações máximas testadas (4000 pg/mL para o extrato bruto e 2000 pg/mL para a fração acetato), em formulações farmacêuticas destinadas ao uso tópico.
  3. 3- “USO DE EXTRATO DE PAU-FERRO (Caesalpinia ferrea Mart.) EM FORMULAÇÕES FARMACÊUTICAS COMO AGENTE ANTIBACTERIANO” de acordo com a reivindicação 1, na qual o extrato bruto e fração acetato apresentam atividade antibacteriana caracterizada pela ação inibitória no crescimento de cepas de Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter spp.e Enterobactérias, as quais estão intimamente relacionadas à infecções de feridas e ao desenvolvimento de mecanismos de resistência aos antimicrobianos atualmente utilizados.
    Petição 870170023162, de 07/04/2017, pág. 22/25
    1/2
    DESENHOS
    FIGURA 01
    Extrato das folhas de pau-ferro (Caesalpinia ferrea Mart.) < 7 .
    Z-\
    Inibição do crescimento de bactérias associadas à infecções cutâneas.
    <_>
    Presença de metabólitos secundários como flavonoides, , taninos e xantonas. , < > Cepas com diversos perfis de resistência à antibióticos de Staphylococcus aureus, Acinetobacter spp., Pseudomonas aeruginosa e Enterobacteríaceae.
    \_/
    Extrato bruto aquoso liofilizado e fração acetato de etila, em preparações de produtos farmacêuticos destinados ao uso tópico.
    FIGURA 02
    Petição 870170023162, de 07/04/2017, pág. 23/25
    2/2
    FIGURA 03
    FIGURA 04
    Z-\
    Avaliação da atividade bacteriana do extrato bruto e fração acetato em 24 cepas de bactérias isoladas de feridas com perfis diferenciados de resistência à antimicrobianos.
    s_>
    Z-\
    Microdiluição em placa. Tratamento com extrato e fração em contrações entre 62,5 a 4000 pg/mL e 32,25 a 2000 pg/mL, respectivamente.
    <_?
    Cálculo do valor do CIM (Concentração Inibitória Mínima) e resultados comparados através de análise de variância One-Way ANOVA, utilizando-se o pós-teste de NewmanKeuls.
    Petição 870170023162, de 07/04/2017, pág. 24/25
    1/1
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