BR102017002460A2 - Proteção eletrônica de estruturas metálicas contra a corrosão - Google Patents

Proteção eletrônica de estruturas metálicas contra a corrosão Download PDF

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(54) Título: PROTEÇÃO ELETRÔNICA DE ESTRUTURAS METÁLICAS CONTRA A CORROSÃO (51) Int. Cl.: C23F 13/10 (73) Titular(es): PAULO FERNANDO GRACIADIO (72) Inventor(es): PAULO FERNANDO GRACIADIO (85) Data do Início da Fase Nacional:
07/02/2017 (57) Resumo: PROTEÇÃO ELETRÔNICA DE ESTRUTURAS METÁLICAS CONTRA A CORROSÃO. A invenção compreende um anodo eletrônico (1) para paralisar processos corrosivos em evolução e também evitar que novos processos se instalem em estruturas constituídas de praticamente qualquer metal ou liga metálica; estando o anodo eletrônico (1) acoplado a uma estrutura metálica (E), com circulação de corrente eletrônica mostrada na seta (S). A invenção tem como foco de atuação proteger contra os processos corrosivos as estruturas (pintadas ou não pintadas), compostas de metais e/ou ligas metálicas, podendo ser do tipo padronizadas (tais como: veículos automotores, máquinas agrícolas, embarcações, grades, gradis, portões e eletrodomésticos) ou do tipo não padronizadas (tais como: estruturas metálicas industriais diversas, maquinários de usos específicos e tubulações). Podendo, essas estruturas, estarem expostas aos diferentes meios corrosivos, tanto naturais (por exemplo: atmosferas com maresia ou gases sulfurosos, água salgada ou doce e solos), como antropogênicos (por exemplo: atmosferas urbanas e industriais, solos e águas contaminadas).
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PROTEÇÃO ELETRÔNICA DE ESTRUTURAS METÁLICAS CONTRA A CORROSÃO CAMPO DA INVENÇÃO [001] Trata a presente solicitação de Patente de Invenção de proteção eletrônica de estruturas metálicas contra a corrosão, cujo campo de aplicação pode ser atribuído às engenharias química e eletrônica.
[002] Particularmente, a invenção tem como foco de atuação proteger contra os processos corrosivos as estruturas (pintadas ou não pintadas), compostas de metais e/ou ligas metálicas, podendo ser do tipo padronizadas (tais como: veículos automotores, máquinas agrícolas, embarcações, grades, gradis, portões e eletrodomésticos) ou do tipo não padronizadas (tais como: estruturas metálicas industriais diversas, maquinários de usos específicos e tubulações). [003] Podendo, essas estruturas, estarem expostas aos diferentes meios corrosivos, tanto naturais (por exemplo: atmosferas com maresia ou gases sulfurosos, água salgada ou doce e solos), como antropogênicos (por exemplo: atmosferas urbanas e industriais, solos e águas contaminadas).
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO [004] Tomando como base o mecanismo eletroquímico dos processos corrosivos é possível identificar quatro formas genéricas de combate à corrosão:
• Trocar o material metálico: Substituir o metal (ou liga metálica) que está sendo corroído por outro menos suscetível à corrosão no meio de operação da estrutura;
• Modificar o meio de operação da estrutura: Modificar o meio de operação da estrutura para controlar a natureza das substâncias corrosivas nele existentes;
• Isolar a estrutura metálica de seu meio: Aplicar revestimentos para evitar que as substâncias corrosivas alcancem a superfície metálica;
• Modificar o potencial eletroquímico da estrutura metálica: Aplicar energia na estrutura ou no seu meio, com o objetivo de estabilizar energeticamente os átomos do metal ou liga metálica, reduzindo ou anulando sua tendência de doar elétrons ao meio.
[005] A escolha do método anticorrosivo mais adequado a cada caso, baseia-se sempre nas características do processo corrosivo que está ocorrendo e, principalmente, na relação custo x benefício do método a ser empregado.
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2/11 [006] Devido às dificuldades práticas que normalmente aparecem para a troca do material metálico ou para implementar modificações no meio de operação de uma estrutura, os métodos protetivos contra a corrosão mais utilizados são os que buscam isolar a superfície metálica (pintura, aplicação de óxidos, etc.) e os que visam modificar o potencial eletroquímico da estrutura (proteção catódica ou anódica).
[007] São analisados, abaixo, rapidamente os principais métodos anticorrosivos:
• Proteção por barreira: Os revestimentos anticorrosivos, via de regra, são aplicados com a finalidade de evitar que as substâncias corrosivas alcancem a superfície metálica. Por esse motivo, o mecanismo de proteção dos revestimentos é também denominado de proteção por barreira. Esse revestimento pode ser uma pintura, camada de óxido ou metálica.
A pintura industrial é um revestimento largamente empregado principalmente para a proteção de estruturas metálicas sujeitas à ação corrosiva da atmosfera;
• Proteção catódica: Se uma área da estrutura metálica sofre corrosão é porque apresenta um comportamento eletroquímico anódico, em relação ao seu meio. A proteção catódica consiste em modificar o potencial eletroquímico da estrutura metálica, deslocando-a para uma situação mais favorável em termos energéticos, ou seja, para um potencial eletroquímico catódico, em relação ao meio.
A proteção catódica convencional pode ser realizada por corrente impressa ou por anodo de sacrifício, dependendo da condutividade elétrica do meio onde a estrutura opera. Em meios suficientemente condutivos é possível a utilização de anodos de sacrifício, enquanto nos meios de baixa condutividade elétrica apenas é viável a proteção catódica por corrente impressa.
Uma instalação típica de proteção catódica convencional por corrente impressa necessita de, ao menos, três elementos: retificadores, leito de anodos e condutores elétricos; sendo que a proteção catódica convencional por anodos de sacrifício dispensa a necessidade de retificadores.
- Problemas, deficiências e desvantagens da proteção anticorrosiva por barreira (revestimentos)
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3/11 [008] O grau e a durabilidade da proteção fornecida por um revestimento dependem principalmente da qualidade da adesão do revestimento na superfície metálica, da sua espessura e permeabilidade aos elementos corrosivos existentes no meio.
[009] Como não existem revestimentos 100% impermeáveis, nesses casos os revestimentos atuam como retardadores do processo corrosivo, porém, depois de algum tempo os elementos corrosivos terminam por permear através da película protetiva e o processo de degradação tem início. Soma-se a isso o fato dos revestimentos pintados estarem sujeitos à degradação devida à ação da intempérie, exigindo manutenção periódica.
[010] Como os revestimentos pintados exigem manutenção periódica, são utilizados para estruturas submersas (embarcações, bóias, etc.), desde que estas estruturas possam ser retiradas periodicamente da água para manutenção da pintura e para estruturas enterradas apenas em casos excepcionais (devido à dificuldade de manutenção que essas estruturas apresentam).
[011] As tintas também apresentam o inconveniente de serem de difícil aplicação em estruturas com geometria irregular como as que apresentam frestas, peças ocas ou com partes de difícil acesso.
- Problemas, deficiências e desvantagens da proteção catódica convencional (por anodo de sacrifício e corrente impressa) [012] Como a proteção catódica convencional depende, para seu funcionamento, da possibilidade de condução elétrica através do meio, esse método não se aplica às estruturas metálicas expostas à atmosfera.
[013] No caso a proteção catódica por corrente impressa esta normalmente representa um consumo elevado de energia, por ser necessário vencer a resistência elétrica do meio, antes de prover a proteção anticorrosiva adequada à estrutura metálica.
ESTADO DA TÉCNICA [014] É conhecido do estado da técnica o documento BR102012011082 2, depositado em 10/05/2012 e publicado em 08/04/2014, sob o título de SISTEMA DE PROTEÇÃO ANTICORROSIVA ATRAVÉS DE PROTEÇÃO CATÓDICA, que descreve um pedido de registro de patente de invenção, cuja finalidade é propiciar o aumento na expectativa de vida útil nos
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4/11 equipamentos voltados para irrigação. De modo geral, esses tubos e os equipamentos da torres de aspersão recebem galvanização em sua parte externa e interna, sendo que a parte externa que fica exposta à atmosfera é suficiente protegida contra a corrosão, entretanto, a parte interna dos tubos sofre um processo de corrosão acentuado. O sistema de proteção anticorrosiva através de proteção catódica, é constituído por anodos do tipo ARS - 1,3/m, podendo ser utilizadas dimensões conforme os equipamentos a serem protegidos. Os anodos deverão ser soldados em peças de vergalhões de 1/8 e colocados nos tubos de PVC de 1/2 e após a preparação do conjunto, deve-se soldar em cada extremidade do tubo os anodos. O sistema de proteção anticorrosiva através de proteção catódica permite ampliar o tempo de vida útil de pivôs centrais utilizados na irrigação através de aplicação de proteção anticorrosiva que se caracteriza pelo método de combate a corrosão que consiste na transformação da estrutura para proteger o catodo de uma célula eletroquímica ou eletrolítica.
[015] O documento BR102012005980 0, depositado em 16/03/2012 e publicado em 29/10/2013, sob o título de ÂNODO PARA PROTEÇÃO CATÓDICA DE EQUIPAMENTO LOCALIZADO DEBAIXO D'ÁGUA E MÉTODO PARA FORNECER PROTEÇÃO CONTRA CORROSÃO DE EQUIPAMENTO LOCALIZADO DEBAIXO D'ÁGUA, descreve um ânodo para proteção catódica de equipamento localizado debaixo d'água que compreende: um corpo de suporte; material de sacrifício retido pelo corpo de suporte; e meios de fixação para fixar de modo liberável o ânodo ao equipamento.
[016] Portanto, os documentos recentes do estado da técnica confirmam os antecedentes da técnica citados.
DA INVENÇÃO [017] A invenção trata de uma nova forma de proteção anticorrosiva denominada de Proteção Catódica por Anodo Eletrônico, que também atua modificando o potencial eletroquímico da estrutura metálica até valores catódicos em relação ao seu meio, assim como as técnicas de proteção catódica convencionais (por anodo de sacrifício e corrente impressa).
[018] Porém a Proteção Catódica por Anodo Eletrônico, quando comparada aos métodos de proteção catódica convencional (anodo de sacrifício e corrente impressa), traz as seguintes inovações:
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- Fornece proteção anticorrosiva a estruturas metálicas sujeitas à corrosão atmosférica, não apenas às estruturas enterradas ou submersas;
- Apresenta consumo de energia muito menor que o método de proteção catódica por corrente impressa, já que a aplicação do Anodo Eletrônico independe da condutividade do meio;
- Simplicidade de aplicação, quando comparada aos métodos convencionais de proteção catódica (anodo de sacrifício e corrente impressa), já que não necessita de retificadores e leitos de anodo, resultando em custos mais baixos de instalação e manutenção.
JUSTIFICATIVA VERDE [019] Quando comparado ao método de proteção por barreira (revestimentos pintados), a Proteção Catódica por Anodo Eletrônico apresenta como inovações:
- Proteção também às frestas e partes da estrutura onde o revestimento não pode ser aplicado;
- Custo de manutenção bem mais baixo e maior durabilidade, por não sofrer degradação com os efeitos da intempérie.
[020] O presente pedido de patente possui os requisitos necessários para ser enquadrado como patente verde, por exemplo, na gestão de resíduos, dentre outros, sendo observados os seguintes parâmetros:
- Corrosão metálica em termos energéticos: como minério o metal está na forma química de mais baixa energia em relação ao seu meio. Por esse motivo, para obter o metal puro é necessário empregar altas quantidades de energia, com a finalidade de reverter o processo de formação do minério, que a natureza demorou milênios para realizar. Essa é a função do processamento siderúrgico: purificar o metal e deixá-lo em um estado energético de alta energia e quimicamente instável, já que tudo na natureza tende a retornar ao menor nível energético possível.
[021] Portanto, em termos energéticos, a corrosão metálica é o processo inverso do processo siderúrgico, já que, ao sofrer corrosão, o metal realiza combinações químicas sucessivas com elementos de seu meio, até retornar ao seu estado de minério, devolvendo à natureza a energia que armazenou no processo siderúrgico. Esse processo de decaimento energético é espontâneo, uma vez que tudo na natureza procura o estado de menor energia.
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6/11 [022] Aos elementos do meio que combinam quimicamente com o metal no seu retorno ao estado de equilíbrio, dá-se o nome genérico de substâncias corrosivas, por causarem a degradação da estrutura metálica.
[023] Portanto, todo esforço para se evitar a corrosão são providências para retardar o processo natural da busca pelo equilíbrio energético, conforme mostra o gráfico da Erro! Fonte de referência não encontrada..
[024] Custo ambiental da corrosão: Em uma reunião sobre corrosão, realizada em Bruxelas, Bélgica, em 1937, já se lia a seguinte frase: Enquanto você lê este painel, 750 kg de ferro estão sendo corroídos (POURBAIX,M. Lectures on Electrochemical Corrosion, Plenum Press, NY, 1973, pág.2.).
[025] Portanto, um aspecto importante a considerar com respeito aos métodos anticorrosivos relaciona-se com a conservação das reservas de minérios. Tendo em vista a permanente destruição dos materiais metálicos pela corrosão, há necessidade de uma produção adicional desses materiais para repor o que foi deteriorado. E a reposição desses materiais faz com que as reservas naturais de alguns metais tendam ao esgotamento, além de, na maioria das vezes, transformar regiões montanhosas e cobertas com florestas naturais em vales com acentuadas profundidades e sem vegetação.
[026] Essa produção adicional pode chegar a 40% de toda a produção mundial do aço, segundo um relatório publicado pelo NBS dos USA em 1965 [Materials Protection, Vol. 6, n. 4, Apr. 1962, pág. 19 NACE, Houston, Texas, EUA.}.
[027] Os processos corrosivos ocorrem nos mais variados setores, tais como, químico, petrolífero, petroquímico, naval, construção civil, automobilístico, aeronáutico, ferroviário, telecomunicações, etc.
[028] As perdas provocadas pela corrosão podem ser classificadas em diretas e indiretas [VICENTE, V. Corrosão, LTC Editora, Rio de Janeiro - RJ, 4° Edição, 2003).
[029] As perdas diretas incluem os custos de substituição das peças ou equipamentos degradados, incluindo a mão de obra e energia necessárias para essa substituição, além de incluir os custos relacionados com as operações necessárias para prevenir que os processos corrosivos não ocorram.
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7/11 [030] As perdas indiretas são mais difíceis de contabilizar por incluírem externalidades muitas vezes imponderáveis, porém podem atingir custos e impactos ambientais bem mais elevados que as perdas diretas. São exemplos de perdas indiretas:
- As paralisações acidentais de equipamento essencial à produção de uma fábrica, como por exemplo, a parada de uma caldeira para a substituição de um tubo corroído. Nesse caso a paralisação da produção pode gerar prejuízos financeiros e ambientais muito maiores que o custo direto associado à substituição do tubo;
- As perdas de produtos, tais como óleo, soluções, gás ou água, através de tubulações corroídas até se fazer o reparo;
- A perda de eficiência de um equipamento, como por exemplo, a diminuição da transferência de calor em trocadores de calor, devido à incrustação de produtos da corrosão no interior de tubos; ou o aumento do consumo de óleo lubrificante e combustível de motores automotivos, quando os anéis e os cilindros são corroídos pelos gases de combustão, provocando a perda das dimensões críticas;
- As questões de segurança representadas pela corrosão localizada, que pode resultar em fraturas repentinas de partes críticas de aviões, trens, automóveis ou pontes, causando desastres que podem envolver agressão ao meio ambiente e perdas de vidas humanas;
- A contaminação ambiental que pode resultar de vazamentos em oleodutos, causando poluição em mares, rios, lagos e solos.
INOVAÇÃO VERDE DO ANODO ELETRÔNICO [031] São os seguintes os Métodos de proteção anticorrosiva: tomando como base o mecanismo eletroquímico dos processos corrosivos é possível identificar quatro formas genéricas de combate à corrosão:
• Trocar o material metálico: Substituir o metal (ou liga metálica) que está sendo corroído por outro menos suscetível à corrosão no meio de operação da estrutura;
• Modificar o meio de operação da estrutura: Modificar o meio de operação da estrutura para controlar a natureza das substâncias corrosivas nele existentes;
• Isolar a estrutura metálica de seu meio: Aplicar revestimentos para evitar que as substâncias corrosivas alcancem a superfície metálica;
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8/11 • Modificar o potencial eletroquímico da estrutura metálica: Aplicar energia na estrutura ou no seu meio, com o objetivo de estabilizar energeticamente os átomos do metal ou liga metálica, reduzindo ou anulando sua tendência de doar elétrons ao meio.
[032] A escolha do método anticorrosivo mais adequado a cada caso, baseia-se sempre nas características do processo corrosivo que está ocorrendo e, principalmente, na relação custo x benefício do método a ser empregado.
[033] Devido às dificuldades práticas que normalmente aparecem para a troca do material metálico ou para implementar modificações no meio de operação de uma estrutura, os métodos protetivos contra a corrosão mais utilizados são os que buscam isolar a superfície metálica (pintura, aplicação de óxidos, etc.) e os que visam modificar o potencial eletroquímico da estrutura (proteção catódica ou anódica).
[034] Com relação aos principais métodos anticorrosivos, destacamos:
• Proteção por barreira: Os revestimentos anticorrosivos, via de regra, são aplicados com a finalidade de evitar que as substâncias corrosivas alcancem a superfície metálica. Por esse motivo, o mecanismo de proteção dos revestimentos é também denominado de proteção por barreira. Esse revestimento pode ser uma pintura, camada de óxido ou metálica.
A pintura industrial é um revestimento largamente empregado principalmente para a proteção de estruturas metálicas sujeitas à ação corrosiva da atmosfera.
• Proteção catódica: Se uma área da estrutura metálica sofre corrosão é porque apresenta um comportamento eletroquímico anódico, em relação ao seu meio. A proteção catódica consiste em modificar o potencial eletroquímico da estrutura metálica, deslocando-a para uma situação mais favorável em termos energéticos, ou seja, para um potencial eletroquímico catódico, em relação ao meio.
A proteção catódica convencional pode ser realizada por corrente impressa ou por anodo de sacrifício, dependendo da condutividade elétrica do meio onde a estrutura opera. Em meios suficientemente condutivos é possível a utilização de anodos de sacrifício, enquanto nos meios de baixa condutividade elétrica apenas é viável a proteção catódica por corrente impressa.
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Uma instalação típica de proteção catódica convencional por corrente impressa necessita de, ao menos, três elementos: retificadores, leito de anodos e condutores elétricos; sendo que a proteção catódica convencional por anodos de sacrifício dispensa a necessidade de retificadores, conforme mostrado na Figura 2A.
A INVENÇÃO SEGUNDO A JUSTIFICATIVA VERDE [035] Basicamente a ação do Anodo Eletrônico consiste em manter um excesso de elétrons na estrutura metálica a ser protegida. Esse excesso de elétrons exerce basicamente três funções distintas que, em conjunto, concorrem para reduzir sensivelmente ou mesmo anular a velocidade dos processos corrosivos:
• A função de reduzir a diferença de potencial eletroquímico entre as diferentes regiões existentes na estrutura metálica: Uma estrutura metálica possui diferentes regiões que apresentam entre si diferenças de potencial eletroquímico que, dependendo das características do meio, podem resultar em processos corrosivos.
O excesso de elétrons provido pelo Anodo Eletrônico concorre para nivelar os potenciais eletroquímicos das diferentes regiões da estrutura, reduzindo as diferenças entre esses potenciais, eliminando a possibilidade de corrosão;
• A função de formar uma camada protetora sobre a superfície metálica: Como o Anodo Eletrônico mantém um excesso de elétrons na superfície metálica, os não-metais existentes no meio são atraídos, estabilizados e permanecem aderidos à superfície da estrutura. Esse fato termina por formar uma camada aderente e compacta que passiva a superfície metálica e reduz substancialmente a velocidade do processo corrosivo;
• A função de converter produtos de corrosão pré-existentes em uma camada protetiva: Em regiões da estrutura onde já existem processos corrosivos instalados, as camadas de óxido pré-existentes normalmente são porosas, solúveis e pouco aderentes à superfície do metal. Com o excesso de elétrons provido pelo Anodo Eletrônico essas camadas são gradualmente trocadas por uma camada de passivação, praticamente paralisando os processos corrosivos já iniciados.
DESCRIÇÃO GERAL DA INVENÇÃO
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10/11 [036] A invenção descreve uma Proteção Catódica por Anodo Eletrônico baseia-se em um circuito eletrônico, chamado de Anodo Eletrônico, desenvolvido especificamente para paralisar processos corrosivos em evolução e também evitar que novos processos se instalem em estruturas constituídas de praticamente qualquer metal ou liga metálica.
[037] O Anodo Eletrônico pode ser adaptado e instalado nas mais diferentes estruturas metálicas, expostas aos mais variados meios corrosivos: atmosféricos, enterrados, submersos e na maioria das condições agressivas que ocorre no setor industrial.
[038] Basicamente a ação do Anodo Eletrônico consiste em manter um excesso de elétrons na estrutura metálica a ser protegida. Esse excesso de elétrons exerce basicamente três funções distintas que, em conjunto, concorrem para reduzir sensivelmente ou mesmo anular a velocidade dos processos corrosivos.
DESCRIÇÃO DOS DESENHOS [039] A invenção será, a seguir, explicada em uma forma de realização, sendo que, para melhor entendimento, referências serão feitas aos desenhos anexos, nos quais estão representadas:
FIGURA 1: Vista geral mostrando os processos de siderurgia e de corrosão, em termos energéticos;
FIGURA 2: Desenho esquemático da proteção catódica convencional por anodo de sacrifício;
FIGURA 3: Desenho esquemático de proteção catódica convencional por corrente impressa;
FIGURA 4: Desenho esquemático de proteção catódica por anodo eletrônico;
FIGURA 5: Vista geral em perspectiva ilustrando uma forma de realização da proteção catódica por anodo eletrônico.
DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO [040] A PROTEÇÃO ELETRÔNICA DE ESTRUTURAS METÁLICAS CONTRA A CORROSÃO, objeto desta solicitação de Patente de Invenção, compreende um anodo eletrônico baseia-se em um circuito eletrônico, chamado de anodo eletrônico (1), desenvolvido especificamente para paralisar processos corrosivos em evolução e também evitar que novos processos se instalem em estruturas constituídas de praticamente qualquer metal ou liga metálica.
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11/11 [041] O anodo eletrônico (1) pode ser adaptado e instalado nas mais diferentes estruturas metálicas (E), expostas aos mais variados meios corrosivos: atmosféricos, enterrados, submersos e na maioria das condições agressivas que ocorre no setor industrial.
[042] De acordo com a Figura 4, o anodo eletrônico (1) está acoplado a uma estrutura metálica (E), mostrando o sentido da corrente eletrônica através da seta (S).
[043] A ação do anodo eletrônico (1) consiste em manter um excesso de elétrons na estrutura metálica (E) a ser protegida. Esse excesso de elétrons exerce basicamente três funções distintas que, em conjunto, concorrem para reduzir sensivelmente ou mesmo anular a velocidade dos processos corrosivos.
[044] De acordo com a Figura 5, uma caixa (1B) aloja placas eletrônicas que produzem elétrons, ao passo que os fios amarelos (2) são emissores de elétrons e o preto (3) é o terra da placa eletrônica. Quando os emissores são ligados numa extremidade de uma liga metálica - fio amarelo (2) - é - necessário que se ligue o fio preto (3) na outra extremidade da liga metálica; desta forma, sabe-se que os emissores estão colocando os elétrons no metal da estrutura (E) e o fio preto (3) está captando estes elétrons na outra extremidade para reciclar dentro da placa eletrônica e colocar de volta na liga metálica como se fosse uma bomba de elétrons, usando a estrutura metálica (E) para fazer circular os elétrons tornando assim a liga metálica protegida contra o ataque das substâncias corrosivas do meio ambiente.
[045] Portanto, de acordo com a presente invenção, as ligas metálicas em geral, em diferentes circunstâncias de uso e operações, são mantidas isoladas de oxidação enquanto operante a proteção; ao passo que, estruturas (E) já atingidas pela oxidação, podem formar camadas protetoras que impedem a intensificação da camada de oxidação.
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Claims (4)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1) PROTEÇÃO ELETRÔNICA DE ESTRUTURAS METÁLICAS CONTRA A CORROSÃO, compreendendo um anodo eletrônico baseado em um circuito eletrônico, caracterizado por um anodo eletrônico (1) para paralisar processos corrosivos em evolução e também evitar que novos processos se instalem em estruturas constituídas de praticamente qualquer metal ou liga metálica; estando o anodo eletrônico (1) acoplado a uma estrutura metálica (E), com circulação de corrente eletrônica mostrada na seta (S).
  2. 2) PROTEÇÃO ELETRÔNICA DE ESTRUTURAS METÁLICAS CONTRA A CORROSÃO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por uma caixa (1B) que aloja placas eletrônicas que produzem elétrons, ao passo que os fios amarelos (2) são emissores de elétrons e o preto (3) é o terra da placa eletrônica.
  3. 3) PROTEÇÃO ELETRÔNICA DE ESTRUTURAS METÁLICAS CONTRA A CORROSÃO, de acordo com as reivindicações 1 e 2, caracterizado por emissores (2) serem ligados numa extremidade de uma liga metálica - fio amarelo (2), enquanto o fio preto (3) é ligado na outra extremidade da liga metálica; desta forma os emissores (2) colocam os elétrons no metal da estrutura (E) e o fio preto (3) capta estes elétrons na outra extremidade para reciclar dentro da placa eletrônica e colocar de volta na liga metálica como se fosse uma bomba de elétrons, usando a estrutura metálica (E) para fazer circular os elétrons.
  4. 4) PROTEÇÃO ELETRÔNICA DE ESTRUTURAS METÁLICAS CONTRA A CORROSÃO, de acordo com as reivindicações 1, 2 e 3, caracterizado pelo anodo eletrônico (1) manter um excesso de elétrons na estrutura metálica (E) a ser protegida.
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