BR102016026436B1 - Câmara de pressão barométrica, sistema de controle eletrônico e método de controle de pressão - Google Patents

Câmara de pressão barométrica, sistema de controle eletrônico e método de controle de pressão Download PDF

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Abstract

CÂMARA DE PRESSÃO BAROMÉTRICA, SISTEMA DE CONTROLE ELETRÔNICO E MÉTODO DE CONTROLE DE PRESSÃO. A presente invenção refere-se a uma câmara de pressão barométrica, em que a pressão barométrica em seu interior é controlada de forma automatizada por um sistema eletrônico operado por um método de controle de pressão especialmente desenvolvido. A presente invenção faz referência a um sistema de controle para efetuar o controle da pressão e monitoramento da temperatura do ar no interior da câmara (6), em que o referido sistema ainda realiza a aquisição e o condicionamento de sinais elétricos do sensor de pressão barométrica (11) e do sensor de temperatura do ar (12), além de comandar a bomba para vácuo e compressão de ar (1) e as válvulas solenoides de controle do fluxo de ar durante a despressurização (4) e pressurização (5).

Description

Campo da invenção:
[001] A presente invenção se insere no campo das pesquisas do setor agrícola que envolvem estudos sobre a resposta de artrópodes e plantas às variações de pressão barométrica.
Fundamentos da invenção:
[002] A execução de estudos da resposta de artrópodes e plantas às variações de pressão barométrica sem o uso de uma câmara barométrica apresentam restrições. A realização de ensaios em condições de repetitividade, em termos de pressão barométrica, se torna difícil devido às variações naturais diárias de pressão atmosférica. Sobretudo, em condições naturais, é questionável atribuir a resposta de artrópodes ou plantas unicamente à pressão barométrica, visto que há outros fatores ambientais não controlados e variáveis ao longo do tempo, como, por exemplo, temperatura do ar, umidade do ar, vento, luminosidade e fotoperíodo.
[003] Além disso, para estudos específicos da resposta de artrópodes e plantas às variações de pressão barométrica, é essencial o uso de sistemas ou dispositivos que permitam variar apenas o fator de interesse, que, no caso, é a pressão barométrica. Mantendo-se os outros fatores ambientais estáveis, torna-se possível simular variações de pressão barométrica e identificar os respectivos efeitos na resposta de artrópodes e plantas.
[004] Por fim, o uso de ferramentas de automação é praticamente obrigatório para que se obtenha estabilidade, precisão e exatidão no controle das condições de ensaio. Para o caso da presente invenção, por exemplo, um sistema automatizado dedicado ao controle acurado da pressão barométrica no interior da câmara é especialmente desenvolvido.
Estado da técnica:
[005] O documento MU8901734-0U2, “Câmara para criação, reprodução e pesquisas de insetos de interesse forense, de saúde, agrícola, biotecnológica, e lazer exótico”, refere- se a uma câmara para criação, reprodução e pesquisas de insetos, a qual é de material transparente possuindo uma abertura frontal e um sistema de vedação e pressão. Muito embora o documento se destine a revelar um ambiente para observação do comportamento de insetos, sendo uma câmara transparente, esta câmara não dispõe de mecanismos para controle de condições ambientais que possam afetar o desenvolvimento ou comportamento de insetos. Além disso, este documento ainda apresenta outras limitações, como: não dispõe de mecanismos para controle ambiental; não descreve nenhum tipo de circuito eletrônico para aquisição de dados ou controle de variáveis ambientais e, finalmente, seu sistema de vedação visa apenas evitar a fuga de insetos, não sendo o sistema hermeticamente fechado, o que inviabiliza o controle ambiental acurado no interior da câmara.
[006] O documento US2007143088A1, “System and method for predicting biting insect conditions”, descreve um sistema que utiliza conjuntos de informações para analisar o comportamento de insetos, em que são definidos parâmetros particularmente interessantes ao estudo, como informações acerca do meio ambiente, de modo que o sistema possibilita exibir os níveis de atividade dos insetos por zonas geográficas. Entretanto, o circuito microcontrolado descrito tem a finalidade restrita de buscar informações da internet e predizer o nível de atividade de insetos. O sistema de predição de atividade de insetos baseia-se em condições climáticas, de modo que, sob dadas condições climáticas que favoreçam maior atividade de insetos, sistemas de aviso ou alerta podem ser disparados e o uso de repelentes ou outras medidas preventivas podem ser adotadas, sendo distinto do que objetiva a presente invenção.
[007] O documento “Design of a computer controlled pressure chamber for insect behavioral studies” faz referência a um sistema destinado à análise dos efeitos da pressão barométrica no comportamento de insetos. Contudo, o formato cilíndrico e as dimensões da câmara dificultam o acesso ao seu interior, para inserção de dispositivos, artrópodes e plantas. Além disso, o sistema opera com pressurização, utilizando cilindro de gás comprimido e despressurização, utilizando bomba de vácuo. A acurácia declarada do controle de pressão é de 1,1 mbar, que é um valor alto comparado com aquele apresentado nessa na presente invenção. A câmara descrita no referido documento é feita em acrílico, apresentando formato cilíndrico com 500 mm de altura e 200 mm de diâmetro. O acesso ao interior da câmara é realizado pela base ou pelo topo do cilindro, havendo tampas circulares e anéis de vedação nas duas extremidades. O fechamento da câmara é realizado por quatro hastes roscáveis metálicas, arruelas e porcas. Internamente a câmara referida possui dois compartimentos que permitem manter insetos separados, conforme necessidades do experimento. A separação dos compartimentos é efetuada por uma chapa circular de acrílico com 6,35 mm de espessura, que dispõe de um eixo central acionado externamente para permitir o tráfego de insetos entre os compartimentos internos da câmara. O sistema de controle de pressão utiliza duas válvulas solenoides, um sensor de pressão atmosférica, uma bomba de vácuo peristáltica, um sistema de aquisição de dados comercial e um computador de uso pessoal. O controle de pressão baseia-se numa lógica on/off, com aquisição de dados na frequência de 1Hz e tomada de decisão com base na comparação entre valor lido e valor desejado. A banda morta adotada no algoritmo é de ±1 mbar, ou seja, esse valor representa o limite de controle do sistema. Funcionalidades de pressurização ou despressurização obedecendo a longas rampas lineares, como previstas na presente invenção não estão disponíveis nesse sistema.
Vantagens da invenção
[008] A presente invenção refere-se a uma câmara de pressão barométrica, um sistema de controle eletrônico e um método de controle de pressão desenvolvidos especialmente para uso em pesquisas e visando estudo do comportamento de artrópodes e resposta de plantas a variações de pressão atmosférica. Por esse motivo, apresenta características especiais que são muito vantajosas em relação ao seu estado da técnica. Por exemplo, seu formato de um paralelepípedo, com dimensões maiores, permite fácil acesso ao interior da câmara através de uma tampa frontal com fixação por parafusos que é feita sem uso de ferramentas específicas. Adicionalmente, seu mecanismo de pressurização e despressurização é adaptado para utilizar uma bomba única que executa compressão e vácuo. Além disso, seu sistema de controle eletrônico permite controle de todas as variáveis úteis ao experimento, executando um controle de pressão com desvio-padrão máximo de 0,2 mbar, o que fornece maior acurácia na operação de controle. Por fim, a presente invenção ainda possibilita o uso em faixas mais amplas, de acordo com os ajustes simplificados da bomba de pressurização e despressurização.
Breve descrição da invenção:
[009] A presente invenção refere-se a uma câmara de pressão barométrica, em que a pressão barométrica em seu interior é controlada de forma automatizada por um sistema eletrônico que dispõe de um método de controle de pressão aqui revelados. O sistema de controle eletrônico efetua o controle da pressão barométrica e monitoramento da temperatura do ar no interior da câmara (6), sendo que este sistema dispõe de circuito eletrônico para aquisição e condicionamento de sinais elétricos do sensor de pressão barométrica (11) e do sensor de temperatura do ar (12), além de comandar a bomba para vácuo e compressão de ar (1) e as válvulas solenoides de controle do fluxo de ar durante a despressurização e pressurização.
Breve descrição das figuras:
[010] Para obter total e completa visualização do objeto desta invenção, são apresentadas as figuras as quais se faz referências, conforme se segue.
[011] A Figura 1 é uma representação gráfica, em perspectiva, da câmara barométrica da presente invenção.
[012] A Figura 2 é um diagrama em blocos que representa o sistema eletrônico de controle da presente invenção.
[013] A Figura 3A é uma representação gráfica, em perspectiva da primeira modalidade de instalação do painel com circuito eletrônico (j), acoplado à parte externa da câmara (6).
[014] A Figura 3B é uma representação gráfica frontal da segunda modalidade de instalação do painel com circuito eletrônico (j), externo à câmara (6).
[015] A Figura 4A é uma representação de uma rampa de pressurização, em que esta apresenta pressão inicial (p0), pressão final (p1) e duração de rampa igual a t1-t0.
[016] A Figura 4B é uma representação de uma ampliação de uma região da rampa com retângulo que ilustra uma subetapa de controle.
[017] As Figuras 5A a 5D representam gráficos ilustrando as etapas do controle de pressão da câmara barométrica em configurações exemplificativas de experimentos. As etapas que caracterizam o processo de controle nas Figuras 5A a 5D são representadas por letras minúsculas e devem ser interpretadas da seguinte forma: a - trecho que representa o tempo necessário para atingir a pressão de referência (Fase 1); b - ponto que representa a pressão de referência; c - trecho que representa o tempo estável na pressão de referência (Fase 2); d - trecho que representa o tempo necessário para atingir a pressão de ensaio (Fase 3); e - ponto que representa a pressão de ensaio, a qual é mantida constante até encerramento solicitado pelo usuário (Fase 4).
[018] A figura 6 é um fluxograma que representa o método de controle de pressão da presente invenção.
[019] A figura 7 é um esquema representativo dos regimes de pressão barométrica utilizados no projeto teste: pressão estável, alta e baixa.
[020] As figuras 8a, 8b e 8c são gráficos extraídos diretamente do projeto teste.
[021] As figuras 9 e 10 são ilustrativas dos dispositivos acessórios utilizados em conjunto com a câmara barométrica no teste discutido no presente relatório.
Descrição detalhada da invenção: Câmara de pressão barométrica
[022] A presente invenção refere-se a uma câmara de pressão barométrica, em que a pressão barométrica em seu interior é controlada de forma automatizada por um sistema eletrônico que dispõe de um método de controle de pressão aqui revelados.
[023] A câmara barométrica pode ser visualizada analisando-se a figura 1, em suas referências numéricas que acompanharão esta descrição detalhada.
[024] Para tanto, a câmara barométrica compreende: uma bomba para vácuo e compressão de ar (1), um tubo de despressurização (2), um tubo de pressurização (3), uma válvula solenoide para controle do fluxo de ar durante a despressurização (4), uma válvula solenoide para controle do fluxo de ar durante a pressurização (5), uma câmara (6), dispositivos de vedação (7), uma tampa da câmara (8), parafusos roscáveis para fixação manual (9), bases para conexão dos parafusos roscáveis (10), um sensor de pressão barométrica (11), um sensor de temperatura do ar (12) e dois conectores dos tubos (13).
[025] A câmara (6) é preferencialmente construída em material transparente que possibilite observar, ou filmar, externamente o comportamento de artrópodes ou o desenvolvimento de plantas em seu interior, por exemplo.
[026] Uma das faces da câmara (6), que corresponde à tampa da câmara (8), é móvel permitindo sua abertura e fechamento, a fim de que artrópodes e/ou plantas possam ser colocados no interior da referida câmara (6).
[027] Os parafusos roscáveis para fixação manual (9) e os dispositivos de vedação (7) são instalados entre a tampa da câmara (8) e a câmara (6), com a finalidade de assegurar a vedação da mesma, vedação essa de extrema importância para o controle e estabilidade da pressão.
[028] Ainda em relação à adaptação da tampa (8), a câmara (6) dispõe de bases para conexão manual dos parafusos roscáveis (10) no fechamento/abertura da tampa da câmara (8).
[029] A bomba para vácuo e compressão de ar (1) é utilizada para pressurizar e despressurizar a câmara.
[030] O tubo de despressurização (2), e o tubo de pressurização (3), são utilizados para interligar a bomba (1) e a câmara (6). O controle de fluxo de ar através do tubo de despressurização (2) é feito pela válvula solenoide para controle do fluxo de ar durante a despressurização (4), enquanto o controle do fluxo de ar através do tubo de pressurização (3) é feito pela válvula solenoide para controle do fluxo de ar durante a pressurização (5).
[031] O tubo de despressurização (2) e o tubo de pressurização (3) são conectados a dois orifícios existentes na câmara (6), que permitem a entrada ou saída de ar, dependendo da condição de ensaio. À altura destes orifícios, são dispostos conectores (13) utilizados para o acoplamento dos tubos de despressurização (2) e de pressurização (3) na câmara (6). Os orifícios devem ser posicionados na câmara de modo que, correntes de ar decorrentes da pressurização ou despressurização da câmara não atinjam diretamente espécimes de plantas ou artrópodes sob estudo.
[032] A câmara (6) preferencialmente se apresenta na geometria em paralelepípedo, conforme representada na Figura 1. O referido formato é apropriado para estudos comportamentais de insetos. Em relação ao tamanho, este se adequa conforme o estudo em questão. A câmara pode apresentar tamanho pequeno, com dimensões de poucos centímetros, ou, muito grande, com dimensões de metros, e o conceito da presente invenção atende a ambas as situações. O conceito ou lógica de operação da câmara, assim como os dispositivos necessários para o adequado funcionamento seriam os mesmos. Contudo, cabe ressaltar que variações da geometria e dimensões da câmara são perfeitamente possíveis, devendo ser definidas conforme requisitos de aplicações específicas.
[033] A bomba para vácuo e compressão de ar (1) utilizada para pressurização e despressurização deve ser compatível com as dimensões da câmara (6), devendo assegurar variações de pressão barométrica de ±50 mbar em relação à pressão barométrica do ambiente externo. Variações de pressão maiores que o valor apresentado não são, normalmente, observadas em fenômenos da natureza e, portanto, não são de interesse para as aplicações em questão na presente invenção.
[034] Os materiais de estudo, artrópodes, plantas ou dispositivos acessórios, só podem ser inseridos na câmara (6) antes do fechamento da tampa da câmara (8) e pressurização da câmara (6). Após pressurização, a câmara (6) torna-se um meio vedado que não permite acesso manual a itens localizados em seu interior.
[035] A filmagem do comportamento de artrópodes, preferencialmente, é realizada pelo uso de câmeras de alta resolução posicionadas estrategicamente do lado de fora da câmara barométrica. Essa é a única razão que justifica a construção preferencial da câmara (6) utilizando material transparente. Nessas condições, vidro, acrílico e policarbonato são materiais preferencialmente viáveis para construção da câmara barométrica, pois apresentam características de resistência e transparência apropriadas para a aplicação.
[036] Evidentemente, uma ou mais câmeras de filmagem e sistema de iluminação poderiam ser instalados no interior da própria câmara barométrica, sendo que nesse caso a câmara poderia ser construída de qualquer material, mesmo opaco, com características de resistência suficientes para tolerar pequenas variações de pressão, ±50 mbar.
[037] Embora atualmente a câmara disponha apenas de sistema para controle de pressão, em aplicações futuras, seria perfeitamente possível realizar adaptações que permitissem o controle de outras variáveis ambientais como temperatura, umidade do ar, intensidade luminosa e níveis de concentração de gases no interior da câmara.
[038] Outra possível alteração diz respeito ao tipo de válvula utilizada como atuador para controle de pressão. Inicialmente, são utilizadas válvulas solenoides (4 e 5) que possuem apenas dois estados lógicos, ou seja, aberto/ligado ou fechado/desligado, para controle do fluxo de ar durante a despressurização e pressurização, respectivamente. O método operado em conjunto com o sistema de controle aqui revelados, emprega uma lógica cuja saída de controle altera o intervalo entre pulsos de acionamento das válvulas. Como alternativa, as referidas válvulas solenoides (4 e 5) poderiam ser substituídas por válvulas proporcionais e, devido ao mecanismo de funcionamento dessas válvulas, a lógica e saída de controle seriam facilmente adaptadas.
Sistema de controle eletrônico
[039] Adicionalmente, a presente invenção faz referência a um sistema de controle para efetuar o controle da pressão e o monitoramento da temperatura do ar no interior da câmara (6), em que o referido sistema ainda realiza a aquisição e o condicionamento de sinais elétricos do sensor de pressão barométrica (11) e do sensor de temperatura do ar (12), além de comandar a bomba para vácuo e compressão de ar (1) e as válvulas solenoide de controle do fluxo de ar (4 e 5) durante despressurização e pressurização.
[040] Para tanto, o sistema de controle eletrônico revelado na presente invenção (Figura 2), compreende um circuito para controle de fonte de energia (a), alimentado por fonte de alimentação (b) e bateria para o sistema interno (c), sendo que o referido sistema ainda compreende um painel com circuito eletrônico (j) acoplado à câmara (6) em seu exterior, contendo um microcontrolador (i) e um circuito para controle de atuadores (h). Dentre outros dispositivos integrados ao microcontrolador (i), este dispõe de dispositivos de comunicação (e), conversores analógico-digital (f), controlador de entradas/saídas (l) e CPU (g).
[041] O diagrama em blocos explicativo do sistema de controle eletrônico pode ser encontrado na Figura 2. Além disso, a representação gráfica da parte do sistema externo à câmara (6), isto é, painel com circuito eletrônico (j), encontra-se nas Figuras 3A e 3B.
[042] O painel contendo o circuito eletrônico (j) contém: circuito eletrônico para controle de fonte de energia (a), fonte de alimentação (b), bateria 12V (c), circuito para controle de atuadores (h) e microcontrolador (i). Por sua vez, o microcontrolador (i) é constituído por dispositivos de comunicação (e), conversores analógico- digital (f), controlador de entradas/saídas (l) e CPU (g). O painel contendo o circuito de controle (j), bem como seus constituintes, é responsável pela aquisição e condicionamento de sinais elétricos do sensor de pressão barométrica (11) e do sensor de temperatura do ar (12), além do controle das válvulas solenoides para controle do fluxo de ar durante a despressurização (4) e pressurização (5). Desta forma, é feito o controle da pressão e monitoramento da temperatura do ar no interior da câmara (6).
[043] O microcontrolador (i) detém o controle da câmara barométrica por meio da execução do método aqui revelado, que será a seguir detalhado.
[044] Uma vez ativado, o referido circuito eletrônico é responsável pelo controle de pressão no interior da câmara (6) e pela transmissão de dados para dispositivos externos como, por exemplo, computadores, tablets, celulares e outros dispositivos. Por sua vez, ainda é prevista a instalação de um aplicativo em um computador para prover interface gráfica que possibilite ao usuário informar parâmetros de configuração da câmara barométrica e supervisão do processo.
[045] Em suma, o circuito eletrônico do painel com circuito eletrônico (j) tem como dispositivo principal o microcontrolador (i) e dispõe dos recursos de hardware que permitem: a comunicação com dispositivos externos; o controle de atuadores (válvula solenoide para controle do fluxo de ar durante despressurização (4), válvula solenoide para controle do fluxo de ar durante a pressurização (5) e bomba para vácuo e compressão de ar (1); o condicionamento de sinais elétricos do sensor de pressão barométrica (11) e do sensor de temperatura do ar (12); o controle da pressão barométrica no interior da câmara (6) conforme parâmetros informados pelo aplicativo computacional; fonte secundária para fornecimento de energia no caso de quedas de curta duração na fonte de alimentação (b) principal. Toda a lógica de controle necessária para o controle de pressão da câmara barométrica aqui revelada é gerenciada pelo microcontrolador (i). A temperatura do ar no interior da câmara (6), nesta modalidade, é apenas monitorada e registrada, pois o ambiente dentro do qual a câmara está instalada apresenta sistema para controle de temperatura não havendo motivos para duplicar esforços para controle de temperatura do ar.
[046] A fonte de alimentação (b) principal é ligada diretamente na rede elétrica e fornece energia para o painel contendo o circuito eletrônico (j). Porém, adicionalmente, o sistema de controle eletrônico aqui revelado possui uma fonte secundária, que é uma bateria responsável por manter o sistema eletrônico microcontrolado energizado no caso de quedas de energia de curta duração (<5 minutos) durante a execução de experimentos. A seleção ou decisão entre usar a fonte de alimentação principal (b) e a bateria (c) é realizada pelo circuito para controle de fonte de energia (a). No caso de quedas de energia na fonte principal (b), dispositivos eletrônicos automaticamente ativam o fornecimento de energia a partir da bateria (c). Sempre que há energia disponível na fonte de alimentação principal (b), a bateria (c) mantém-se ociosa. Esse circuito para controle de fonte de energia (a) é conectado ao microcontrolador (i) e permite monitoramento do estado de carga da bateria, sempre que essa for utilizada. Desse modo, o sistema avisa o usuário quando a bateria deve ser recarregada ou substituída. A função restringe-se a manter apenas o painel com circuito eletrônico (j) ativo, sendo que a bomba para vácuo e compressão de ar (1) e as válvulas para controle do fluxo de ar durante despressurização (4) e controle do fluxo de ar durante pressurização (5) permanecem desligadas no caso de queda na fonte de alimentação (b) principal. Portanto, a fonte secundária tem a função específica de evitar reinicialização do circuito microcontrolado devido a quedas de energia na rede. No caso de períodos de queda de energia com duração de 5 minutos ou mais, haverá despressurização da câmara (6) e o ensaio deve ser abortado. Para suportar quedas de energia por longos períodos seria necessário o uso de baterias de grande capacidade ou gerador de energia, o que é possível, dadas as devidas alterações requeridas por estas novas baterias.
[047] Adicionalmente, outros sensores (outros possíveis sensores) poderiam ser instalados para monitoramento de condições no interior da câmara (6), havendo apenas pequenas alterações no circuito elétrico do painel com circuito eletrônico (j) utilizado para condicionamento de sinais. Além disso, embora se utilize a comunicação RS-232 entre microcontrolador (i) e dispositivo externo (computador), o circuito eletrônico poderia ser adaptado para dispor de recursos para comunicação baseadas em diversas tecnologias, sejam essas com fio ou sem fio, por exemplo.
[048] Como outra alternativa para o aplicativo que fornece a interface de configuração ao usuário, o qual é instalado em um dispositivo externo, o circuito contido no painel (j) poderia dispor de uma Interface Homem-Máquina (IHM) para permitir a configuração de parâmetros de controle e supervisão do processo, dispensando o uso de um dispositivo externo. Dados coletados durante experimentos poderiam ser armazenados em memória interna ou em dispositivo de armazenamento de dados. Havendo disponibilidade de conexão do circuito eletrônico com a internet, seria possível ainda utilizar serviços de armazenamento de dados em nuvem, assim como o desenvolvimento de aplicações WEB para controle e supervisão remota de estados do processo.
Lógica do sistema de controle eletrônico
[049] Na modalidade preferencial da invenção aqui revelada, a aplicação para a qual a câmara foi desenvolvida envolve tempos de pressurização e despressurização geralmente longos (horas), a fim de reproduzir condições ambientais reais relacionadas a eventos climáticos que antecedem chuvas, ventos, tornados ou outros eventos climáticos.
[050] As rampas de pressurização e despressurização são lineares e obedecem aos parâmetros definidos pelo usuário. Além de rampas longas, é comum que a diferença de pressão entre o início e final de uma rampa de pressurização (ou despressurização) seja um valor pequeno (0,1 a 10 mbar).
[051] Na medida em que a câmara é pressurizada (ou despressurizada), a vazão de ar através dos orifícios minúsculos e indesejados aumenta e, portanto, o sistema de controle deve ser capaz de identificar e compensar esses vazamentos a fim de que seja mantida uma rampa de pressurização quase linear e que o valor desejado de pressão ao final da rampa seja atingido no tempo pré- estabelecido.
[052] A intensidade dos vazamentos não é a mesma entre experimentos, devido ao torque dos parafusos de fixação (9) instalados na face móvel (8) da câmara. Também, é esperado que haja uma deformação e desgaste das borrachas de vedação (7) instaladas entre a face móvel (8) e a câmara (6) devido aos ciclos de abertura e fechamento da câmara.
[053] O agrupamento do campo experimental acima descrito conduziu para o desenvolvimento da lógica de controle de pressão que é capaz de compensar os vazamentos esperados e manter a pressão barométrica estável durante as rampas de pressurização/despressurização e durante os períodos de manutenção de pressão.
[054] A pressão barométrica é continuamente monitorada e utilizada para ajustar o fluxo de ar visando ajuste de pressão no interior da câmara (sistema de controle malha fechada). O ajuste de pressão é feito através da frequência e duração de pulsos nas válvulas solenoides que controlam a pressurização ou despressurização da câmara. O sistema de controle aqui revelado assegura ajustes de pressão com limites de erro da ordem de 0,05 a 0,20 mbar de pressão barométrica.
[055] A Figura 4A ilustra uma rampa de pressurização desejada que parte de um ponto inicial (t0, p0) e termina em um ponto final (t1, p1).
[056] A lógica de controle desenvolvida consiste em subdividir a rampa de pressurização/despressurização em várias subetapas de controle, nas quais o sistema deve propiciar uma pequena variação de pressão (k) em um pequeno intervalo de tempo (tc). A pequena variação de pressão desejada em uma subetapa de controle foi definida experimentalmente e possui valor constante de 0,05 mbar para o protótipo em uso. Quanto menor o valor de k, mais subetapas de controle com menor duração são definidas e, potencialmente, melhor é a qualidade do controle de pressão. Entretanto, experimentalmente observou-se que a redução excessiva do valor de k propicia instabilidades no sistema de controle de pressão. Portanto, para um dado aparato, existe um valor de k (ou um intervalo de valores) que assegura operação adequada do sistema de controle de pressão. O intervalo de tempo entre subetapas de controle é calculado pela Eq. 1 e o número de subetapas de controle é calculado pela Eq. 2.
Figure img0001
Em que: tc: Duração de subetapas de controle (s); k: variação de pressão desejada na subetapa (constante definida como 0,05 mbar); Pd: Pressão barométrica desejada no interior da câmara e ao final da rampa de pressurização/despressurização (mbar); Pa: Pressão barométrica atual no interior da câmara (mbar); trampa: Duração da rampa de pressurização ou despressurização (s).
Figure img0002
Em que: Nc é o número de subetapas de controle (-).
[057] Cada subetapa possui uma pressão alvo (Ps) que deve ser atingida durante o intervalo de tempo tc, sendo Ps calculado pela Eq. 3.
Figure img0003
[058] Na eq. 3, emprega-se sinal positivo caso seja uma rotina de pressurização da câmara e sinal negativo caso seja uma rotina de despressurização da câmara.
Método de controle de pressão
[059] O conteúdo apresentado nesse tópico descreve o conjunto de tarefas desempenhadas pelo microcontrolador (i) nas rotinas de controle de pressão barométrica. O conteúdo aqui descrito visa esclarecer o fluxograma mostrado na Figura 6.
Etapa 1 - Definição dos parâmetros de entrada para o controle de pressão.
[060] Após inicializado, o microcontrolador (i) aguarda por um conjunto de parâmetros de entrada requeridos para execução do processo de controle de pressão.
[061] Para a presente modalidade, os parâmetros de entrada requeridos são: tempo para atingir a pressão de referência; pressão de referência; tempo na pressão de referência; tempo para atingir a pressão de ensaio; e, pressão de ensaio. As ilustrações apresentadas na Figura 5, auxiliam na compreensão do significado de cada um dos parâmetros de entrada citados.
[062] A pressão de referência representa uma condição média de pressão barométrica a ser mantida por um dado intervalo de tempo visando aclimatação dos organismos sob estudo, enquanto a pressão de ensaio representa um valor de pressão barométrica, opcionalmente superior ou inferior à pressão de referência, em que o comportamento de artrópodes ou a resposta de plantas é avaliado.
[063] As Figuras 5A a 5D representam gráficos ilustrando as etapas do controle de pressão da câmara barométrica em configurações exemplificativas de experimentos: as etapas que caracterizam o processo de controle nas Figuras 5A a 5D são representadas por letras minúsculas e devem ser interpretadas da seguinte forma: a - trecho que representa o tempo necessário para atingir a pressão de referência (Fase 1); b - ponto que representa a pressão de referência; c - tempo estável na pressão de referência (Fase 2); d - tempo necessário para atingir a pressão de ensaio (Fase 3); e - ponto que representa a pressão de ensaio, a qual é mantida até encerramento solicitado pelo usuário (Fase 4).
[064] Para a presente modalidade, os parâmetros de entrada são transmitidos para o microcontrolador (i) via comunicação serial. Entretanto, diversas outras opções para transmissão de dados, com ou sem fio, poderiam ser integradas ao circuito eletrônico. Também é adicionalmente previsto o uso de uma tela (display) acoplada ao microcontrolador, através da qual o usuário poderia informar os parâmetros de entrada sem a necessidade de uso de dispositivos externos, como computadores, tablets, entre outros.
Etapa 2 - Aquisição de dados.
[065] Uma vez que os parâmetros de entrada são informados, efetua-se a aquisição de dados de pressão barométrica no interior da câmara a fim de definir se a rotina a ser executada será uma operação de pressurização ou despressurização da câmara.
[066] Na sequência calcula-se a duração de subetapas de controle, tc (equação 1), e o número de subetapas de controle, Nc (equação 2).
[067] Se a pressão atual (Pa) for inferior a pressão alvo ou pressão desejada (Pd), então será executada a rotina de rampa de pressurização; caso contrário, seleciona-se a rampa de despressurização, configurando as seguintes subetapas alternativas:
Subetapa 2.1 - Execução da rampa de pressurização
[068] As rotinas denominadas rampa de pressurização e rampa de despressurização podem ser executadas tanto na Fase 1 quanto na Fase 3 do processo de controle de pressão, sendo que o significado de cada uma das fases do processo já foi explicado e é ilustrado na Figura 5.
[069] A rotina denominada rampa de pressurização visa elevar a pressão barométrica no interior da câmara seguindo uma variação linear ao longo do tempo. Na Fase 1, essa rotina tem duração igual ao tempo para atingir a pressão de referência, enquanto que na Fase 3, a duração é igual ao tempo para atingir a pressão de ensaio. De modo genérico, qualquer desses tempos é tratado como tempo de rampa (trampa). A rotina é ainda caracterizada por um bloco de repetição, no qual a cada repetição, efetua-se aquisição do valor atual de pressão barométrica no interior da câmara (Pa), calcula-se uma pressão alvo da subetapa, Ps (equação 3) e compara-se esse resultado com Pa. Conforme a magnitude da diferença entre Ps e Pa, o sistema pode optar por uma das três opções a seguir: (1) abrir a válvula de pressurização por um curto intervalo de tempo (pulsar a válvula de pressurização), caso Pa seja significativamente inferior ao valor esperado na subetapa; (2) abrir a válvula de vácuo por um curto intervalo de tempo (pulsar a válvula de vácuo), caso Pa seja significativamente superior ao valor esperado na subetapa; ou, (3) não acionar nenhuma das válvulas caso Pa esteja suficientemente próximo da pressão desejada na subetapa. Os intervalos ou limites de tolerância, recém mencionados pelo termo “significativamente”, foram determinados empiricamente, com base em testes realizados no protótipo construído e são definidos do fluxograma da Figura 6.
Subetapa 2.2 - Execução da rampa de despressurização
[070] A rotina denominada rampa de despressurização visa reduzir a pressão barométrica no interior da câmara seguindo uma variação linear ao longo do tempo. Conforme ilustrado na Figura 6, a sequência de tarefas executadas nessa rotina é bastante similar e segue a mesma lógica daquelas recém descritas e válidas para rotina denominada rampa de pressurização.
Etapa 3 - Aplicação da rotina de pressão estável
[071] Finalizada a rotina de rampa de pressurização ou despressurização, o próximo estado da aplicação é a rotina de pressão estável. Essa rotina aplica-se às Fases 2 e 4 do processo empregado nesta modalidade e visa manter a pressão estável (desvio-padrão máximo de 0,2 mbar) durante todo o período de permanência na rotina. Na Fase 2, a rotina encerra-se quando se atinge o valor informado no parâmetro de entrada denominado tempo na pressão de referência. Na Fase 4, a rotina é encerrada mediante solicitação do usuário. De qualquer modo, essa rotina contém um bloco de repetição no qual efetua-se leitura de Pa e compara-se esse valor com a pressão desejada (Ps). Conforme a magnitude da diferença entre Ps e Pa, o sistema pode optar por uma das três etapas alternativas a seguir:
Subetapa 3.1 - Pulsar a válvula de pressurização
[072] Em que esta subetapa alternativa compreende abrir a válvula de pressurização por um curto intervalo de tempo (pulsar a válvula de pressurização), caso Pa seja significativamente inferior a Ps.
Subetapa 3.2 - Pulsar a válvula de vácuo
[073] Em que esta subetapa alternativa compreende abrir a válvula de vácuo por um curto intervalo de tempo (pulsar a válvula de vácuo), caso Pa seja significativamente superior a Ps.
Subetapa 3.3 — Manter a configuração atual
[074] Em que esta subetapa alternativa compreende não acionar nenhuma das válvulas caso Pa esteja suficientemente próximo a Ps. A Figura 6 ilustra as tarefas executadas na referida rotina.
Exemplo de teste
[075] Um protótipo da câmara barométrica foi utilizado para a condução de pesquisas visando avaliar a influência de variações na pressão barométrica no comportamento de insetos. Os insetos foram inseridos no interior da câmara e submetidos a variações de pressão barométrica entre 940 e 960 mbar. Após inserção dos insetos no interior da câmara e fechamento da mesma, parâmetros de configuração necessários para o controle de pressão foram transmitidos para o sistema eletrônico microcontrolado. Para os estudos em questão, cinco parâmetros são necessários: (a) tempo para atingir pressão de referência, (b) pressão de referência, (c) tempo estável na pressão de referência, (d) pressão de ensaio e (e) tempo para atingir a pressão de ensaio. As Figuras 5A a 5D contêm gráficos ilustrando as etapas do controle de pressão da câmara barométrica em diversas configurações de experimentos. Os resultados mostraram que a câmara controla a pressão conforme as configurações estabelecidas na interface de controle, sem exigir manutenção ou substituição das peças.
[076] Mais concretamente, o protótipo foi utilizado para realização de experimentos visando determinar o efeito da pressão atmosférica no comportamento de insetos e na interação inseto-planta.
[077] Os experimentos aqui comentados envolvem o comportamento de alimentação, oviposição e parasitismo de diferentes espécies dos gêneros Coleoptera, Lepidoptera, Hymenoptera e Hemiptera. Já para a interação inseto-planta está sendo avaliada as emissões de voláteis constitutivos e induzidos pela herbivoria, assim como os níveis dos fitohormônios, utilizando o modelo de estudo milho (Zea mays L.) e Spodoptera frugiperda. Os tratamentos de variação de pressão se baseiam nos cinco parâmetros descritos para o controle da pressão. O tempo para atingir a pressão de referência é 1 h, sendo a pressão de referência fixada em 950 mbar. A pressão de referência é mantida por 3 h para então atingir a pressão de ensaio de 942 mbar, 958 mbar ou 950 mbar em 6 h. Após alcançar a pressão de ensaio, esta é mantida por 12h para avaliação dos parâmetros de comportamento ou resposta da planta. Assim, a variação total de pressão de interesse para os experimentos é de 8 mbar a partir da pressão estável (Figura 7).
[078] A principal vantagem do uso da câmara barométrica é o controle direto da pressão podendo ser simulada diferentes condições climáticas e avaliar seu efeito sobre o organismo de interesse. Outro ponto importante é que a influência de outros fatores abióticos, como temperatura e umidade, é controlada, já que são mantidos constantes durante a variação na pressão.
[079] Os experimentos conduzidos até o momento apresentaram alto grau de sucesso no que diz respeito ao funcionamento e controle da câmara barométrica. Apesar da variação de interesse nos experimentos realizados ser de 8 mbar, já foi observado que a câmara consegue atuar corretamente em variações maiores. Por exemplo, na realização do tratamento de queda na pressão, a pressão ambiente inicial era de 961 mbar sendo então reduzida até alcançar a pressão de ensaio de 942 mbar, totalizando 19 mbar de variação total.
[080] As Figuras 8a a 8c contêm gráficos obtidos diretamente do software de controle da câmara durante uso nos tratamentos de experimentos com insetos e plantas. Os gráficos demonstram que independente das condições de pressão do ambiente, o controle interno da pressão é realizado de acordo com os parâmetros e tempo pré- estabelecidos.
[081] A Tabela abaixo contém indicadores estatísticos que quantificam a acurácia e estabilidade do sistema de controle de pressão. Os dados provêm de 7 experimentos nos quais o sistema foi configurado para ajustar a pressão para o valor de 950 mbar em uma rampa com duração de 1 hora e, então, manter essa pressão estável por um período de pelo menos 20 horas. São apresentados dados obtidos após o período de rampa.
Figure img0004
Tabela 1 - Estatística descritiva referente a 7 experimentos realizados visando avaliação da acurácia e estabilidade do sistema de controle de pressão.
[082] Conforme mencionado, foram utilizados dispositivos automatizados no interior da câmara barométrica para armazenar/liberar insetos ou controlar ações que devem ocorrer após o fechamento da câmara. A Figura 9 ilustra alguns dos referidos dispositivos acessórios.
[083] Cabe ressaltar, por fim, que a reconfiguração do sistema para uso de parâmetros adicionais necessários para aplicações similares é possível.
[084] Os versados na arte valorizarão os conhecimentos aqui apresentados e poderão reproduzir a invenção nas modalidades apresentadas e em outras variantes, abrangidas no escopo das reivindicações anexas.

Claims (39)

1- Câmara de pressão barométrica caracterizada pelo fato de se aplicar ao estudo do comportamento de artrópodes ou desenvolvimento de plantas em seu interior, compreendendo uma bomba para vácuo e compressão de ar (1), um tubo de despressurização (2), um tubo de pressurização (3), uma válvula solenoide para controle do fluxo de ar durante a despressurização (4), uma válvula solenoide para controle do fluxo de ar durante a pressurização (5), uma câmara (6), dispositivos de vedação (7), uma tampa da câmara (8), parafusos roscáveis para fixação manual (9), bases para conexão dos parafusos roscáveis (10), um sensor de pressão barométrica (11), um sensor de temperatura do ar (12) e dois conectores dos tubos (13).
2- Câmara de pressão barométrica, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de ser preferencialmente na geometria de um paralelepípedo, construída em material transparente, tais como vidro, acrílico e policarbonato ou outro material de resistência e transparência.
3- Câmara de pressão barométrica, de acordo com a reivindicação 2, caracterizada pelo fato de opcionalmente ser elaborada em material opaco quando o experimento contiver dispositivos de iluminação e filmagem instalados no interior da câmara.
4- Câmara de pressão barométrica, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de a tampa da câmara (8) ser uma das faces da câmara (6) móvel no sentido de abertura e fechamento.
5- Câmara de pressão barométrica, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de os parafusos roscáveis para fixação manual (9) pressionarem os dispositivos de vedação (7), estando ambos instalados entre a tampa da câmara (8) e a câmara (6).
6- Câmara de pressão barométrica, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de as bases serem os suportes aos quais se encaixam os parafusos roscáveis para fixação manual (9) no fechamento e abertura da tampa da câmara (8).
7- Câmara de pressão barométrica, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de a bomba para vácuo e compressão de ar (1) ser o meio de pressurização e despressurização da câmara (6), sendo compatível com as dimensões da câmara (6) e assegurando variações de pressão barométrica de ±50 mbar em relação à pressão barométrica do ambiente externo.
8- Câmara de pressão barométrica, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de o tubo de despressurização (2) e o tubo de pressurização (3) serem a interligação entre a bomba para vácuo e compressão de ar (1) e a câmara (6).
9- Câmara de pressão barométrica, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de a válvula solenoide para controle do fluxo de ar durante a despressurização (4) controlar o fluxo de ar pelo tubo de despressurização (2).
10- Câmara de pressão barométrica, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de a válvula solenoide para controle do fluxo de ar durante a pressurização (5) controlar o fluxo de ar pelo tubo de pressurização (3).
11- Câmara de pressão barométrica, de acordo com as reivindicações 9 e 10, caracterizada pelo fato de o tubo de despressurização (2) e o tubo de pressurização (3) serem conectados por meio dos conectores (13) a dois orifícios perfurados na câmara (6), os quais são dispostos na altura em que correntes de ar decorrentes da pressurização ou despressurização da câmara não atinjam diretamente espécimes de plantas ou animais sob estudo.
12- Câmara de pressão barométrica, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de a filmagem do comportamento de artrópodes no interior da câmara (6) ser, preferencialmente, realizada por câmeras de alta resolução posicionadas do lado de fora da câmara barométrica e, opcionalmente, associadas com dispositivos de iluminação.
13- Sistema de controle eletrônico caracterizado pelo fato de compreender um circuito eletrônico (j) contendo um circuito para controle de fonte de energia (a), uma fonte de alimentação (b), uma bateria para o sistema interno (c), um circuito para controle de atuadores (h) e um microcontrolador (i), o qual compreende dispositivos de comunicação (e), conversores analógico-digital (f), controlador de entradas e saídas (l) e CPU (g).
14- Sistema de controle eletrônico de acordo com a reivindicação 13, caracterizado pelo fato de preferencialmente se acoplar ao exterior da câmara de pressão barométrica conforme definida em qualquer uma das reivindicações 1 a 12.
15- Sistema de controle eletrônico, de acordo com a reivindicação 13, caracterizado pelo fato de o painel contendo o circuito de controle (j) controlar a pressão e fazer o monitoramento da temperatura do ar no interior da câmara (6), além de adquirir, condicionar e transmitir sinais elétricos do sensor de pressão barométrica (11), do sensor de temperatura do ar (12) e comandar a bomba para vácuo e compressão de ar (1) e as válvulas solenoide de controle do fluxo de ar durante despressurização e pressurização (4 e 5) da câmara de pressão barométrica conforme definida em qualquer uma das reivindicações 1 a 12.
16- Sistema de controle eletrônico, de acordo com a reivindicação 15, caracterizado pelo fato de os dados administrados pelo painel contendo o circuito de controle (j) serem transmitidos para dispositivos externos, tais como computadores, tablets, celulares ou dispositivos microprocessados.
17- Sistema de controle eletrônico, de acordo com a reivindicação 13, caracterizado pelo fato de a fonte de alimentação (b) ser a fonte principal que conecta o painel com circuito eletrônico (j) à rede elétrica.
18- Sistema de controle eletrônico, de acordo com a reivindicação 13, caracterizado pelo fato de o circuito para controle de fonte de energia (a) ser conectado ao microcontrolador (i) no sentido de evitar reinicialização do sistema e manter o painel contendo circuito eletrônico (j) energizado no caso de quedas de energia de duração menor que 5 minutos quando na execução de experimentos, onde o circuito para controle de fonte de energia (a) e o microcontrolador (i) monitoram o estado de carga da bateria e alertam ao usuário sobre a necessidade de recarga ou substituição da mesma.
19- Sistema de controle eletrônico, de acordo com a reivindicação 17, caracterizado pelo fato de opcionalmente suportar quedas de energia por longos períodos pelo uso de baterias de maiores capacidades ou geradores de energia.
20- Método de controle de pressão caracterizado pelo fato de atuar no controle de uma câmara de pressão barométrica compreendendo as etapas de: - Etapa 1 - Definição dos parâmetros de entrada para o controle de pressão; - Etapa 2 - Aquisição de dados; - Etapa 3 - Aplicação da rotina de pressão estável; em que a Etapa 2 compreende as subetapas alternativas de: - Subetapa 2.1 - Execução da rampa de pressurização, ou - Subetapa 2.2 - Execução da rampa de despressurização; em que a Etapa 3 compreende as subetapas alternativas de: - Subetapa 3.1 - Pulsar a válvula de pressurização; - Subetapa 3.2 - Pulsar a válvula de vácuo, ou - Subetapa 3.2 - Manter a configuração atual.
21- Método de controle de pressão, de acordo com a reivindicação 20, caracterizado pelo fato de na Etapa 1 os parâmetros de entrada serem definidos pelo usuário em uma interface de comunicação eletrônica ligada a um microcontrolador com circuito eletrônico e comunicação serial, sendo ainda opcionalmente viável uma transmissão de dados, com ou sem fio.
22- Método de controle de pressão, de acordo com a reivindicação 21, caracterizado pelo fato de os parâmetros de entrada serem, preferencialmente, tempo para atingir a pressão de referência; pressão de referência; tempo na pressão de referência; tempo para atingir a pressão de ensaio; e, pressão de ensaio.
23- Método de controle de pressão, de acordo com a reivindicação 20, caracterizado pelo fato de a Etapa 2 compreender a aquisição de dados da pressão barométrica no interior da câmara barométrica, definindo a necessidade de executar uma operação de pressurização ou despressurização da câmara.
24- Método de controle de pressão, de acordo com a reivindicação 23, caracterizado pelo fato de a Etapa 2 de aquisição de dados ainda compreender: o cálculo duração de subetapas de controle (tc) pela (equação
Figure img0005
1) e o cálculo do o número de subetapas de controle (Nc) pela (equação
Figure img0006
2) onde, se a pressão atual (Pa) for inferior a pressão alvo ou pressão desejada (Pd), sugere-se a rotina de rampa de pressurização e, caso contrário, sugere-se a rotina de rampa de despressurização.
25- Método de controle de pressão, de acordo com a reivindicação 20 ou 24, caracterizado pelo fato de a Subetapa 2.1 alternativa elevar a pressão barométrica no interior da câmara seguindo uma variação linear ao longo do tempo, em que na Rampa de pressurização até a pressão de referência (Fase 1), a pressurização tem duração igual ao tempo necessário para atingir a pressão de referência e, na Rampa de pressurização até a pressão de ensaio (Fase 3), a pressurização tem duração igual ao tempo necessário para atingir a pressão de ensaio.
26- Método de controle de pressão, de acordo com a reivindicação 25, caracterizado pelo fato de a pressão de referência representar uma condição média de pressão barométrica a ser mantida por um dado intervalo de tempo visando aclimatação dos organismos sob estudo, enquanto a pressão de ensaio representa um valor de pressão barométrica, opcionalmente superior ou inferior à pressão de referência, em que o comportamento de artrópodes ou a resposta de plantas é avaliado.
27- Método de controle de pressão, de acordo com a reivindicação 26, caracterizado pelo fato de a Subetapa 2.1 ainda compreender uma rotina de repetição no sentido de acompanhamento da pressão no interior da câmara barométrica, em que efetua-se aquisição do valor atual de pressão barométrica no interior da câmara (Pa), calcula-se uma pressão alvo Ps pela Ps = P0 ± Se k (equação 3) e compara-se esse resultado com Pa, sendo que conforme a magnitude da diferença entre Ps e Pa, opta-se entre acionamentos de válvulas adequados.
28- Método de controle de pressão, de acordo com a reivindicação 20, caracterizado pelo fato de a Subetapa 2.2 alternativa reduzir a pressão barométrica no interior da câmara seguindo uma variação linear ao longo do tempo, em que na Rampa de pressurização até a pressão de referência (Fase 1), a pressurização tem duração igual ao tempo necessário para atingir a pressão de referência e, na Rampa de pressurização até a pressão de ensaio (Fase 3), a pressurização tem duração igual ao tempo necessário para atingir a pressão de ensaio.
29- Método de controle de pressão, de acordo com a reivindicação 28, caracterizado pelo fato de a Subetapa 2.2 ainda compreender uma rotina de repetição no sentido de acompanhamento da pressão no interior da câmara barométrica, em que efetua-se aquisição do valor atual de pressão barométrica no interior da câmara (Pa), calcula-se uma pressão alvo Ps pela Ps = P0±Sek (equação 3) e compara-seesse resultado com Pa, sendo que conforme a magnitude da diferença entre Ps e Pa, opta-se entre acionamentos de válvulas adequados.
30- Método de controle de pressão, de acordo com a reivindicação 20 ou 29, caracterizado pelo fato de a Etapa 3 manter a pressão dentro da câmara de pressão barométrica estável durante todo o período de permanência na rotina após a finalização da rotina de rampa de pressurização ou despressurização, em que esta Etapa 3 aplica-se às fases de Etapa de pressão estável na condição de referência (2) e de Etapa de pressão estável na condição de ensaio (4) durante o período de permanência na rotina.
31- Método de controle de pressão, de acordo com a reivindicação 30, caracterizado pelo fato de a estabilidade da pressão barométrica ser de 0,05 a 0,20 mbar.
32- Método de controle de pressão, de acordo com a reivindicação 30, caracterizado pelo fato de na Fase 2, a rotina encerrar-se quando se atinge o valor informado no parâmetro de entrada denominado tempo na pressão de referência.
33- Método de controle de pressão, de acordo com a reivindicação 30, caracterizado pelo fato de na Fase 4, a rotina encerra-se mediante solicitação do usuário.
34- Método de controle de pressão, de acordo com a reivindicação 30, caracterizado pelo fato de a rotina da Etapa 3 conter uma repetição na qual efetua-se a leitura de Pa e compara-se esse valor com a pressão desejada (Ps) e, conforme a magnitude da diferença entre Ps e Pa, optar pelo acionamento de válvulas adequado.
35- Método de controle de pressão, de acordo com as reivindicações 27, 29 e 34, caracterizado pelo fato de a opção entre acionamentos de válvulas adequado compreender as subetapas alternativas Subetapa 3.1, Subetapa 3.2 e Subetapa 3.3.
36- Método de controle de pressão, de acordo com a reivindicação 35, caracterizado pelo fato de a subetapa 3.1 alternativa compreender abrir a válvula de pressurização por um curto intervalo de tempo, caso Pa seja significativamente inferior a Ps.
37- Método de controle de pressão, de acordo com a reivindicação 35, caracterizado pelo fato de a subetapa 3.2 alternativa compreender abrir a válvula de vácuo por um curto intervalo de tempo (pulsar a válvula de vácuo), caso Pa seja significativamente superior a Ps.
38- Método de controle de pressão, de acordo com a reivindicação 35, caracterizado pelo fato de a subetapa 3.3 alternativa compreender não acionar nenhuma das válvulas caso Pa esteja suficientemente próximo a Ps.
39- Método de controle de pressão, de acordo com qualquer uma das reivindicações 20 a 39, caracterizado pelo fato de controlar, preferencialmente, a pressão barométrica da câmara de pressão barométrica, conforme definida em qualquer uma das reivindicações 1 a 12 através do sistema, conforme definido em qualquer uma das reivindicações 13 a 19.
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