BR102015013041A2 - equipamento para inativação de microrganismos e degradação de compostos químicos - Google Patents

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BR102015013041A2
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Ana Inés Borri Genovez
José Gilberto Filho Dalfré
Maiara Pereira Assis
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Unicamp
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Abstract

equipamento para inativação de microrganismos e degradação de compostos químicos. a presente invenção refere-se a um equipamento para inativação de microrganismos e degradação de compostos químicos excedentes do tipo cavitante com múltiplos jatos. o equipamento tem aplicação em estações de tratamento de água/efluentes para melhorar a qualidade da água.

Description

EQUIPAMENTO PARA INATIVAÇÃO DE MICRORGANISMOS E DEGRADAÇÃO DE COMPOSTOS QUÍMICOS
Campo da Invenção [001] A presente invenção refere-se a um equipamento para inativação de microrganismos e degradação de compostos químicos excedentes do tipo cavitante com múltiplos jatos. O equipamento tem aplicação em estações de tratamento de água/eftuentes para melhorar a qualidade da água. Fundamentos da Invenção [002] A presença de patógenos impõe um problema premente no tratamento de águas. Estes microrganismos podem ser erradicados por uma combinação da vaporização do líquido, e das altas pressões e impactos dos micro jatos gerados no momento da implosio das cavidades. A cavitação ocorre com o abaixamento da pressão num liquido, atingindo o valor da pressão de vapor e, como consequência, formando bolhas de vapor. Num local em que há a normalização das pressões, as bolhas implodem e podem gerar ruído, vibração e erosão nos sistemas hidráulicos, Estes efeitos sio gerados pela formação dos micro jatos.e das ondas de pressão de grande magnitude no interior do líquido.
[003} Wang et at. (2011) testaram a degradação do corante. K-2BP com a cavitação hidrodinâmica. a cavitação ultrassônica, a cavitação hidrodinâmica combinada da adição de peróxido de hidrogênio (H2O2) e a cavitação ultrassônica combinada com a adição de peróxido de hidrogênio (H2O2). O sistema possuía um tanque de 40 litros, no tempo final de tratamento de 7200 segundos, à pressão de 0,6 MPa, a temperatura atingiu 49,85 °C. Após os 7200 segundos de ensaio, a degradação do K-BP foi de 92,2% para uma concentração inicial de 10 mgl'1 do corante e de 24,7% para uma concentração de 50 mgl'1. Houve evidente efeito sinérgico entre a cavitação hidrodinâmica e o peróxido de hidrogênio e os autores investigaram uma variedade de parâmetros de reação para a degradação do K-2BP.
[004] Saharan et al, (2011) utilizaram a cavitação hidrodinâmica através de um tubo Venturi de metal e-a adição de H2O2 externamente ao fluido tratado em concentrações que variam de 0 a 3400 μΜ. O objetivo do estudo foi efetuar a degradação do corante Red 120 em concentração inicial constante em 50 ppm. A pressão de operação foi de 3,5 bar (0,35 MPa) e o volume tratado foi de 6 litros por 3 horas de ensaio. A temperatura variou durante os ensaios de 30 a 35 °C. As análises de absorbância do corante Red 120 foram monitoradas em Espectrofotômetro UV» calculadas em comprimento de onda de 513 nm. A pressão de entrada e número de cavitação Cv versus a taxa de fluxo do equipamento foram utilizadas para a otimização dos efeitos da cavitação. Os autores também se preocuparam com o estudo fotográfico de dentro do tubo Venturi, utilizando outra estrutura em acrílico com uma câmera da Canon EOS 1GG0D model para otimizar as condições de operação do equipamento.
[005] Braeutigam ei ai (2012) utilizaram um equipamento que possibilitou o tratamento de água por dois métodos de cavitação, o hídrodinâmico e o acústico. No trabalho os autores testaram a degradação do fármaeo carbamazepina que é um antiepiiético. nas concentrações de (1-50 pgL.· 1:). A degradação em 15 minutos em condições otimizadas de 5 pgL'1 de carbamazepina chegou a 96%. Além disso, a sinergia entre a cavitação hidrodinâmica. e a acústica somou 63% com base nos métodos individuais, devido ao aumento na geração de radicais OH. As concentrações de carbamazepina foram monitorados e depois de 60 minutos, sem metabolitos conhecidos foram detectáveis por espectrometria LG-MS/MS.
[006] Assis et ai (2010) verificaram a degradação do corante azul de metileno através da cavitação hidrodinâmica. Os experimentos foram realizados em diferentes pressões, a citar, 4, 8, 12 e 14 MPa. Na maioria dos resultados, pôde-se observar aumento da absorbância no tempo seguinte ao tempo inicial. Contudo, detecta-se nos tempos finais diminuição da absorbância em relação ao tempo inicial. O melhor resultado da degradação foi à pressão de 14 MPa. Nesta pressão, notou-se que a maior diferença de absorbância ocorreu na faixa visível, com redução de 11%; já na faixa do ultravioleta, a diferença de absorbância não foi significativa, atingindo menos que 0,35%. A temperatura final no tratamento chegou a 72°C.
[007] Assis et ai (2013), avaliaram as condições de testes como pressão, tempo e material componente da serpentina do sistema de refrigeração do sistema de jato cavitante. O trabalho foi apresentado no 35th IAHR World Congress, considerando a variável pressão de testes e mantendo-se o material cobre como componente da serpentina de refrigeração Obteve-se mais de 90% de inativaçio dos microrganismos, com pressões de 10,00 e 5,00 MPa. Para ambas as situações, a inativação é evidente, já nos primeiros 900 segundos de ensaio, Para a pressão de 0,80 MPa, ela é observada a partir de 1800 segundos de ensaio, alcançando-se a taxa de 90% de inativação. Todos os testes foram, realizados com águas naturais. Evidencia-se que baixas pressões são suficientes para inativar as bactérias dos grupos Escherichia coli e coliformes totais, em tempo de testes retatívamente curtos em águas naturais. Considerando o material componente da serpentina, para águas naturais e pressão de 0,00 MPa (sem bocal), a eficiência de 90% foi alcançada em 2700 segundos. Para a cepa de Escherichia coií (ATCC 25922) preparada em laboratório e inoculada no equipamento tipo jato cavitante, na operação com pressão de 0,00 MPa e com serpentina têxtil, a inativação foi de 11% em 2700 segundos. Já para a serpentina de cobre alcançou-se 100% em 2700 segundos (no tempo final dos testes). Como resultado observou-se que o equipamento tipo jato cavitante com o sistema de resfriamento em serpentina de cobre é mais eficiente que com a serpentina têxtil, na inativação de bactérias. O custo do material têxtil é 68,75% mais baixo que o uso do cobre, além da fácil instalação. Porém, deve-se ressaltar que a serpentina têxtil mostrou-se ineficiente para controlar as temperaturas dos testes abaixo de 30°C para pressões .superiores a 4,00 MPa. Dependendo do orçamento disponível e do tempo requerido pode-se configurá-lo de formas diversas para atender a uma necessidade específica.
[008] Verifica-se que os trabalhos de Kumar et ai. (2000) e Vichare et ai. (2000) Balasundaram e Harrison (2006), todos oriundos de um mesmo grupo de pesquisa, estudaram a cavitação hidrodinâmica com um bocal tipo '‘prato’’ com quantidade de orifícios intercambiáveis. Os resultados, contudo, não evidenciam correlação entre geometria dos bocais e a taxa de desinfecçio ou decomposição de compostos. Também não fica clara a obtenção de cada configuração: e o índice de cavitação e sua consequente correlação com o tratamento, da água Estudos de imagem também vim sendo utilizados para a otimização, das condições de operação. {009] Ensaios realizados por Datfré Filho et ai (2015) no mesmo equipamento mostraram a inativação de Escherichia coli usando diferentes geometrias de bocais: circular, cônico de 20° e cônico de 132°. Verificou-se redução, ao longo do tempo, do número de células viáveis. Esta redução, no fim dos testes com a pressão de 12 MPa, ficou em torno de 4 log. A temperatura durante· o tratamento não uitrapassou 40 °C.
[0010J Há um número crescente de pesquisas que utilizam o fenômeno da cavitação sozinho ou combinando métodos para a desínfecção de água com diferentes mícrorganismos e também para a degradação de poluentes persistentes, como os fármacos, corantes, efluentes industriais, pesticidas. Desta revisão, nota-se que. dentre os métodos para tratamento da água por cavitação, a cavitação hidrodinâmica é a mais estudada e difundida, tsto porque apresenta melhores resultados de tratamento, sendo considerada a mais eficiente .em termos de taxas de inativação. O equipamento tipo jato cavitante é uma destas técnicas de produzir cavitação hidrodinâmica. Porém, atualmente não existe um método padronizado para proceder a desínfecção da água com esta técnica, no que diz respeito às pressões e velocidades de testes. A sinergia entre o processo de cavitação e os processos oxidativos é um tema atual e relevante de pesquisa. Aproveitando-se da evidência da formação de radicais hidroxiia peio sistema cavitante. o aprofundamento nesta questão mostra-se promissor. É visível, na maioria dos trabalhos, uma necessária projeção dos reatores cavitacionais para operarem em grande escala, com as recomendações dos estudos teóricos e experimentais.
[0011] Considerando todos os trabalhos estudados e os trabalhos desenvolvidos no âmbito do grupo de pesquisa da FEC-UNICAMP» pode-se concluir que o fenômeno da cavitação torna-se relevante na aplicação para o tratamento de água. G estudo para o aprimoramento de técnicas de tratamento, seja em termos de aplicação ao saneamento, seja em temos de eficiência energética e de economia é importante para a sustentabilidade das atividades humanas relacionadas à água. Há muitos métodos disponíveis para auxiliar os processos de tratamento, com diferentes abordagens. Assim, dentre os métodos que podem ser empregados, os técnicos e empresas de saneamento devem ter uma clara definição do objetivo do tratamento para a sua definição.
[0012] A patente US20110179844A1 refere-se a um aparato que abrange jatos de bocais múltiplos para a geração de bolhas de cavitação, apresentando a característica de geração de jatos de alta pressão, A presente invenção difere da patente US20110179844A1 prineipalmente pelo fato de que estes jatos são usados para as bolhas da cavitação impiodírem próximos aos dois lados das lâminas BLISK, gerando deformações plásticas nas lâminas, sem depressões pontiagudas, isto é feito para fortalecer a resistência das lâminas, Nâo há o intuito de usar a tecnologia para inativação de bactérias. As dimensões e configuração do aparato não são convenientes para a inativação de bactérsas em agua. O equipamento da presente invenção foi desenvolvido para a inativação de bactérias em água. Sua estrutura, arranjo e condições de regulagem permitem a inativação ótima para o menor consumo energético.
[0013] A patente US8784608B2 refere-se um método de tratamento de águas de processo utilizando-se jatos de cavitação. Os jatos são aplicados em altas pressões (entre 2 MPa e 30 MPa), tal como proposto pela presente tecnologia. A presente invenção proposta difere da patente US8784608B2 principalmente pelo fato que nesta, a cavitação ocorre num processo da fabricação de papel, mais precisamente na fase polpa. A invenção retira contaminantes e/ou partículas inorgânicas depositados sobre as fibras de celulose, para reduzir a adesão dos microrganismos contaminantes da polpa e obter um produto (papel) de melhor qualidade. A invenção nâo foi desenvolvida para o tratamento da água, mas sim para o tratamento de polpa de celulose e não pode ser empregada nesta forma para inativação de bactérias em água. Na presente invenção, conhecendo a importância da limitação da temperatura durante os testes, foi feito o controle da temperatura necessário para a inativação usando um sistema de refrigeração, com material especialmente testado para esta finalidade. Outro ponto importante e a geometria do bocal que, na presente invenção, foi definida após varias alternativas testadas, assim como o arranjo para ser mais· eficiente, ou seja, maior taxa de inativação em menor consumo· de energia. Na patente,US8784608B2 é proposto o uso de adições .na água de ensaio para reduzir o atrito e melhorar o consumo de energia. Na presente invenção foram testadas diferentes pressões e tempos para a inativação e sem quaisquer adições na água. Na patente US87846Q8B2 também não foram realizados testes microbiológtcos específicos para provar a inativação das bactérias, o .equipamento patenteado se limitou a retirada de contaminantes e/ou partículas inorgânicas. ■[0014] A patente. GN1.02434102B usa uma forma distinta da nova invenção para produzir cavitação, pois a cavitação se dá pela rotação de um rotor (ou impulsor) A patente CN102434102B não se faz referencia a valores, .de pressão, diâmetros, fonte externa para produzir a rotação e, por consequência, a. cavitação. Nâo cita consumo de. energia ou eficiência energética do aparato. Neste sentido, os jatos cavitacionais são dirigidos horizontafmente contra o material a ser erodido (perfurado). Assim, da maneira como a invenção é proposta, ela .não é adequada para a ínativaçâo de bactérias em água. Logo, a patente CN1024341G2B não realizou testes microbiolôgicos específicos para provar a inativaçáo das bactérias e nem podería, pois, não há contato com a água e os bocais e, por consequência, com o jato (ou jatos) que inativam bactérias em,água. 10015] O documento WO200O28826A2 refere-se a um aparato para estimular a produção de ôleo em poços existentes. O aparato contém uma estrutura para formação de jatos cavítantes com múltiplos bocais (denominados na patente como pluralidade de canais radiais) que são inseridos no locai de extração, na formação geológica existente. Na nova invenção o jato ou jatos cavítantes atuam dentro de um reservatório de inativação. Os jatos são produzidos em altas pressões (entre 80 e 350 atm, ou 6 MPa e 35 Mpa). Porém nâo é adequada para inativação de bactérias em água na forma desenvolvida, pois ela foi idealizada para romper a estrutura geológica, em estrutura de poço, estimulando a extração de óleo pela implosão das bolhas cavítantes, O tempo de operação por ciclo é de uma hora β··ο reservatório para o processo usa agua e óleo e fundamentaimente não há contato do jato cavitante com água. Na presente invenção, o tempo para tratamento deve ser mmimo e deve haver contato com água, pontos esses que foram avaliados e otimizados na nova invenção. Não tem como se avaliar a eficiência dos múltiplos bocais para inativação do documento WO2Q0028826A2, o que está na presente invenção, já que os bocais foram testados com geométricas diversas. Além disto, não se tem controle de temperatura durante o processo no documento W0200028826A2, nem ensaios de otimização dos bocais para conseguir-se inativação. Nâo foram realizados testes microbiolôgicos específicos para provar a inativação das bactérias. 1,0016] Diante do estado da arte, um equipamento capaz de aprimorar as técnicas de inativação de microrgamsmos em, água, que podem ser patógenos; e a degradação de compostos, que consistem· na destruição de compostos químicos excedentes. Θ equipamento proposto nesta invenção, quando comparado com as tecnologias existentes, que empregam processo análogo para atingir os mesmos fins, possui alta eficiência energética na Inativação, ou seja. o equipamento inativa mais microrganismos em tempo menor (mais rapidamente), portanto com menor consumo.de energia elétrica. Além disso, apresenta, baixo custo de manutenção e pode ser empregado em plantas industriais e pequenas comunidades. Sobretudo, diminui a quantidade de químicos necessários para a inativação de microrganismos. É importante salientar que a eficiência da inativação usando o jato cavitante da presente invenção depende de uma combinação de fatores como pressão, geometria do bocal, velocidade do jato, tipo de jato e tempo de residência.
[Õ01.7] A presente invenção refere-se a um equipamento para inativação de microrganismos. e degradação de compostos químicos do tipo cavitante com múltiplos jatos. .[001.8] O equipamento para inativação de microrganismos e degradação de compostos químicos compreende múltiplos jatos eavitantes. e os seguintes. componentes: - bomba de deslocamento positivo (1); - válvula reguladora de pressão e .válvula de segurança (2); - tubulação de alimentação (3); - transdutor de pressão (4); - bocais (5) - reservatório de reação (6); - amostrador (7); - serpentina de resfriamento (8); e - tubulação de retorno (9).
Breve Descrioio das Figuras Figura 1: Esquema do equipamento tipo jato cavitante empregando múltiplos jatos, objeto desta patente com seus componentes: bomba de deslocamento positivo (1); válvula reguladora de pressão e válvula de segurança (2): tubulação de alimentação (3); transdutor de pressão (4); bocais (5); reservatório de reação (6): amostrador (7): serpentina de resfriamento (8); tubulação de retorno (9).
Figura 2: Gorte do reservatório de reação (6).
Figura 3: Gorte do sistema de bocais tridimensional com 6 bocais intercambiáveis, cada um com diâmetro de orifício 0,5x10‘3 m e geometria interna cônica de 132°.
Figura 4. Gorte do bocal único de diâmetro de orifício 1,5x10 3 m e geometria interna cônica de 132°.
Figura 5. Gorte do reservatório de reação que contém a serpentina de resfriamento em aço inox com as dimensões.
Figura 6. Resultados de degradação do composto persistente azul de metileno no equipamento "modelo" tipo jato cavitante, na faixa de comprimento de onda 664nm, Figura 7. interferência do material cobre e têxtil que compõem as serpentinas de resfriamento do equipamento “modelo” tipo jato cavitante na taxa de inativaçâo da E, coli em águas contaminadas naturalmente e em águas contaminadas arfíficialmente.
Descricio Detalhada da Invenção [0019] A presente invenção, refere-se a um equipamento para inativaçâo de mierorganismos e degradação de compostos químicos com múltiplos jatos cavitantes e compreende os seguintes componentes: - bomba de deslocamento positivo (1) com. pressão de operação entre 15,0 e 35,0-MPa e.vazão de operação entre 12,4 6-29,0.-L/min; - válvula reguladora de pressão e válvula, de segurança (2) para vazão de até 1201/mín.e.pressão de até 35.0 MPa; - tubulação.-çle-aiimentação (3): flexível de 1,80° para pressões de até 35-,0 MPa; - transdutor de pressão (4): range 0-40,0 MPa; precisão ±0,1,%; - bocais (5):. preferencialmente de aço inox, formato interno cônico de 132° em arranjo simples e arranjo tridimensional; - reservatório, de reação (6): prefere.ncialm.ente de aço inox, formato cilíndrico; - âmostrador (7); - serpentina, do. resfriamento (8): preferencialmente de aço inox; e - tubulaçâ0.de..retorr»o (9).
[0020] O equipamento pode ser visualizado esquematicamente na Figura 1, Uma bomba de deslocamento positivo (1) de faixa de operação de 15,0 até 35,0 MPa e vazão de 12,4 até 29,0 L/min {4,S3 x 10'4 m3/s) recircula a água a ser tratada. As pressões empregadas neste trabalho foram de 15,0; 20,0 e 30,0 MPa. Na saída da bomba de deslocamento positivo encontram-se uma válvula de controle de pressão, para controle das pressões de teste, e uma válvula de segurança, para evitar aumentos bruscos de pressões (2). Na tubulação de alimentação (3), é posicionado um transdutor de pressão (4) que registra instantaneamente as pressões do equipamento, No fina! da tubulação de alimentação, encontram-se os bocais intercambiáveis (5). Estes bocais estão dentro do reservatório de reação (6) de geometria cilíndrica de 0,68 m de diâmetro e 0,75 m de altura, confeccionado em aço inox, e reserva a água que circula pelo sistema de tratamento, em circuito fechado, totalizando 0,246 m3.
[0021] Na Figura 2 é apresentado o detalhamento do dispositivo do reservatório de reação. No reservatório de reação foi instalado um amostrador (7) por onde as amostras são retiradas e, também, em seu interior, está instalada a serpentina de resfriamento (8). Finalmente, o liquido a ser tratado retorna pelo equipamento via tubulação de retorno (9). Na saída da tubulação de alimentação (3) e dentro do reservatório de reação (6) foram instalados os bocais intercambiáveis (5), como visto na Figura 3. A geometria interna de todos os bocais è cônica de 132". como pode ser visto na Figura 4, Q diâmetro do orifício varia de acordo com a composição do número de bocais na instalação, uma vez que são intercambiáveis. Para esta pesquisa foram utilizadas as seguintes configurações, (a) sistema tridimensional de múltiplos bocais com 6 orifícios, cada um com diâmetro de orifício de 0,5x10”3 m (Figura 3) e (b) bocal único com diâmetro de orifício de 1,5x10”3 m (Figura 4).
[0022] O reservatório de reação (6) é abastecido com o líquido contaminado a ser tratado. Aciona-se a bomba de· deslocamento positivo, primeiramente sem pressão. Então, ajusta-se .a válvula de controle de pressão (2) na pressão de teste requerida, verificada pelo transdutor de pressão (4). Desta forma, o liquido contaminado que deixa o sistema de bocais (5) forma a jusante dele e, portanto, imerso no reservatório de reação (6) um jato cavitante submerso que pode ser caracterizado pela .equação .(1). (1) [0023] Em que Pe é a pressão no núcleo do jato» Pv a pressão de vapor» p a massa específica do liquido e vj a velocidade.do jato.
[0024] Para todas as pressões de ensaio» calculando-se a pressão no núcleo do jato (Pe) e a velocidade do jato (vj) para os respectivos bocais» considerando-se a massa específica da água (p) de 993,96 kg/m3 e a pressão de vapor (Pv) de 5849,00 Pa, obteve-se o índice de cavitação oj do equipamento igual a 1,01. Considerando-se o número de Mach (equação 2) e adotando-se o valor conservador da celeridade de 1496 m/s, tem-se, para todas as pressões empregadas nestes testes, Ma<0,2, ou seja, escoamento incompressivel. (2) [0025] Em que c ê a celeridade (m/s).
[0026] No esquema da Figura 5, pode-se observar o dispositivo com detalhes da serpentina de resfriamento que mantém a temperatura constante do líquido» podendo-se, assim, verificar a eficiência da cavitação na inativação ou decomposição de químicos excedentes, sem a interferência do aumento da temperatura nos testes.
[0027] O equipamento tipo jato cavitante, da presente invenção, com múltiplos jatos foi utilizado para a inativação de Escheríchia Coti e decomposição de químicos excedentes. Foram comparados resultados de um bocal único de geometria cônica de 132° e de um sistema tridimensional de seis bocais intercambiiveis, às pressões de 15,0; 20,0 e 30,0 MPa.
[0028] Para determinação das condições mais eficientes de ensaios, empregou-se o cálculo da eficiência energética com a equação 3, que relaciona, a taxa de inativação de cada condição de ensaio com a energia requerida. (3) [00293 Em que: EE: Eficiência energética (UFC/J) Cf: Concentração Final de £, cofí (UFC/mL);
Ci: Concentração Inicial de E. co//'{UF.C/mL); C : Volume tratado (ml): P: Potência do equipamento (W); e T: Tempo de tratamento (s), [0030] Foram então construídas tabelas para o sistema tridimensional de bocais (Tabela 1) e para o bocal único (Tabela 2).
[0031] Tabela 1. Cálculo da eficiência energética com o sistema tridimensional de bocais.
[0032] Tabela 2. Cálculo da eficiência energética com o bocal único.
[0033} Os resultados obtidos indicam que o boca! único com pressão de 15,0 MPa é o mais eficiente na inativaçâo das bactérias. O emprego do bocal único com alta pressão (30,0 MPa) e o sistema tridimensional de bocais com menor pressão (15,0 MPa) não apresentaram bons resultados. Assim, o bocal único operado a uma pressão de 15.0 MPa foi o mais eficiente em 'termos de inativaçâo do microrganismo com relação ao consumo de energia do sistema projetado. O sistema, tridimensional de bocais apresenta bons resultados de inativaçâo com pressões maiores (30,0 MPa), porém demanda um consumo maior de energia. Assim, a tendência observada foi melhores resultados de inativaçâo às menores pressões para o bocal único e melhores resultados de inativaçâo às maiores pressões para o sistema tridimensional de bocais.
REIVINDICAÇÕES

Claims (8)

1. Equipamento para inativação de microrganismos e degradação de compostos químicos caracterizado por compreender múltiplos jatos cavitantes e os seguintes componentes: - bomba de deslocamento positivo (1): - válvula reguladora de pressão e válvula de segurança (2): - tubulação de alimentação (3); - transdutor de pressão (4); - bocais .(5) - reservatório de reação (6); - amostrador (7); - serpentina de resfriamento (8); e - tubulação de retomo (9).
2. Equipamento, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato da bomba de deslocamento positivo operar com pressão entre 15,0 e 35 MPa e vazão entre 12,4 e 29,0 L/min.
3. Equipamento, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato da -válvula· reguladora de pressão e válvula de segurança (2) operar com vazão de até 1.20 l/min e pressão de até 35,0. MPa.
4. Equipamento, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato da tubulação de alimentação (3) ser flexível de 180° e suportar pressões de até 35,0 MPa.
5. Equipamento, de acordo com a reivindicação 1. caracterizado pelo fato do transdutor de pressão (4) detectar até 40,0 MPa com precisão ±0.1%.
6. Equipamento, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato dos bocais (5) serem preferencialmente de aço inox em formato interno cônico de 132r em arranjo simples e arranjo tridimensional.
7. Equipamento, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato do reservatório de reação (6) ser preferencialmente de aço inox em formato cilíndrico.
8. Equipamento, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado, pelo fato da- serpentína de resfriamento (8) ser preferen.ciafmente de aço inox.
BR102015013041A 2015-06-03 2015-06-03 equipamento para inativação de microrganismos e degradação de compostos químicos BR102015013041A2 (pt)

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