BR102014021463A2 - processo para o tratamento de óleos ácidos por meio de reação de esterificação catalisada por enzimas de sólido fermentado - Google Patents

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Abstract

processo para o tratamento de óleos ácidos por meio de reação de esterificação catalisada por enzimas de sólido fermentado - [1] a presente invenção trata de um processo que visa tornar competitiva a produção de biodiesel, utilizando matérias-primas de baixo custo e com economia de energia, reduzindo o custo operacional de produção. [2] o processo prevê uma primeira etapa que consiste na redução da carga de ácidos graxos livres de óleos ácidos por meio de reação de esterificação catalisada por enzimas de baixo custo obtidas de sólido fermentado, e uma segunda etapa que consiste na transesterificação alcalina dos demais componentes presentes, mono-, di-, e triglicerídeos, visando à produção de biodiesel.

Description

PROCESSO PARA O TRATAMENTO DE ÓLEOS ÁCIDOS POR MEIO DE REAÇÃO DE ESTERIFICAÇÃO CATALISADA POR ENZIMAS DE
SÓLIDO FERMENTADO
CAMPO DA INVENÇÃO
[1] A presente invenção trata de um processo que visa tornar competitiva a produção de biodiesel, utilizando matérias-primas de baixo custo e com economia de energia, reduzindo o custo operacional de produção. Consiste inicialmente na redução da carga de ácidos graxos livres de óleos ácidos por meio de reações de esterificação ou esterificação e transesterificação combinadas, catalisadas por enzimas de baixo custo, de modo a permitir que o óleo neutro obtido possa ser utilizado em reação posterior de transesterificação alcalina para obtenção de ésteres com tamanho de cadeia na faixa do biodiesel.
FUNDAMENTOS DA INVENÇÃO
[2] O biodiesel consiste em uma mistura de ésteres derivados de ácidos graxos, ésteres alquílicos de ácidos carboxílicos de cadeia longa. É produzido industrialmente pela rota da transesterificação alcalina dos óleos obtidos de fontes alternativas, como sementes e frutos, em sua grande maioria. Entretanto, esta rota só permite o uso de óleos, previamente refinados, de baixa acidez, como matéria-prima, e, uma vez que estes óleos neutros são mais caros, o biodiesel não é economicamente competitivo com o diesel convencional devido ao custo do óleo, tornando-se dependente de apoio governamental sob a forma de subsídios ou mandatos para ter o uso viabilizado.
[3] Óleos ácidos apresentam um menor valor de mercado em relação aos óleos neutros e a possibilidade de emprego destes para a produção de biodiesel aumentaria significativamente sua competitividade econômica. Porém, um fator impeditivo ao seu uso é que estes óleos ácidos não podem ser empregados como matéria-prima para o processo de transesterificação alcalina sem um tratamento prévio.
[4] Dentre as fontes de matéria-prima para produção de biodiesel, a macaúba (Acrocomia aculeata) é uma palmeira cujo fruto apresenta uma alta produtividade em óleo rico em ácido oleico, de ótima qualidade para a produção de biodiesel. No entanto, este também apresenta um rápido aumento da sua acidez após destacado da palmeira.
[5] Portanto, por ser tornar um óleo ácido, exige um tratamento eficiente e de baixo custo para a redução do teor de ácidos graxos livres, a fim de torná-los possível matéria-prima para a produção de biodiesel pela rota da transesterificação alcalina.
[6] A redução da carga de ácidos graxos livres de óleos pode ser obtida por processo físico, químico ou enzimático.
[7] O processo físico reside na destilação dos ácidos graxos livres, gerando uma corrente de óleo neutro e uma corrente de ácidos graxos livres. A desvantagem encontrada nesta técnica é o menor rendimento do óleo em biodiesel uma vez que a corrente de ácidos graxos livres será destinada a outros fins que não a produção de biodiesel pela rota da transesterificação alcalina. A isso se soma o alto gasto energético necessário para o processo de destilação dos ácidos graxos livres.
[8] O processo químico de neutralização de óleos que é muito empregado industrialmente consiste na saponificação dos ácidos graxos livres usando NaOH. Neste caso, os sais de ácidos graxos gerados são removidos do óleo por lavagem com água e centrifugação e também não são destinados à produção de biodiesel. Esta técnica, porém, só pode ser empregada em óleos com acidez máxima próxima a 2%, pois concentrações mais altas de ácidos graxos livres levam a uma maior concentração de sabão que dificulta a quebra da emulsão e a separação deste sem o arraste de grande volume de óleo para a corrente de sabão. Pelo fato desta técnica não se aplicar a óleos com acidez acima de 2%, esta não compete com o objeto da invenção.
[9] Processos enzimáticos normalmente apresentam um elevado custo com a aquisição do biocatalisador o que os inviabiliza economicamente. Desta forma, o desenvolvimento de processos enzimáticos que utilizem biocatalisadores de baixo custo é essencial.
[10] A esterificação dos ácidos graxos livres de óleos ácidos com metanol ou etanol é uma vertente que objetiva evitar o desperdício desta porção do óleo. Neste caso, a neutralização do óleo é obtida por meio da esterificação de seus ácidos graxos livres e este óleo neutro pode então ser empregado como matéria-prima para o processo de transesterificação alcalina. Dessa forma, seus ácidos graxos livres são transformados em ésteres metílicos (ou etílicos) e constituirão parte do biodiesel final.
[11] Esta etapa de pré-esterificação dos ácidos graxos livres pode ser realizada empregando-se catalisadores ácidos ou enzimáticos (lipases). Catalisadores ácidos apresentam algumas desvantagens, tais como: o uso de temperaturas mais elevadas, o ataque do ácido aos equipamentos da planta e a difícil biodegradação após o descarte destes. Catalisadores enzimáticos, ou biocatalisadores, por outro lado, apresentam a vantagem de trabalhar a temperatura ambiente, pressão atmosférica, não causam degradação de equipamentos e são biodegradáveis. Todavia, o alto custo associado às lipases comerciais disponíveis no mercado ainda inviabiliza economicamente seu uso na produção de commodities, como o biodiesel.
[12] Pesquisas são continuamente desenvolvidas com o objetivo de produzir enzimas capazes de atuar de forma eficiente na produção comercial de biodiesel. Vários documentos de patente apresentam possíveis soluções para o problema.
[13] Na patente US4164506 os autores destacaram a importância de uma etapa de pré-esterificação para remoção de resíduos de ácidos graxos livres e impurezas, como fosfolipídios e polipeptídios, dos óleos e gorduras. No processo proposto, os ácidos graxos livres são esterificados com um álcool, preferencialmente metanol, adicionado em quantidade superior a sua solubilidade no óleo, na presença de um catalisador ácido (H2S04 ou ácido para-tolueno sulfônico), com temperatura entre 60°C e 120°C.
[14] Na patente US4719178, descreve-se um processo para a interesterifi cação de ácidos graxos em presença de lipase usada como catalisador com o objetivo de melhorar as propriedades de misturas de triglicerídeos presentes em óleos e gorduras. Neste processo lipases de diferentes origens são mencionadas, porém foi empregada como catalisador uma lipase específica, ativa para a posição 1-3 de glicerídeos. Os produtos resultantes destinam-se a diferentes aplicações.
[15] Na patente US6518049 relata-se um processo para a esterificação de composições de óleos marinhos, tais como óleo de peixe, contendo EPA e DHA como ácidos graxos livres, que reagem com glicerol, na presença de uma lipase - Rhizomucor miehei (RML) - usada como catalisador, com o objetivo de se obter frações enriquecidas com esses componentes (EPA E DHA), para serem utilizadas como complemento alimentar.
[16] O uso de lipase como catalisador em reações de esterificação de ácidos graxos há muito vem sendo estudado com o intuito de melhorar sua eficiência. Uma grande variedade de lipases continua a ser testadas. Como exemplo pode ser citado o documento US2012/0190088, que descreve um método para produzir ésteres alquílicos derivados de ácidos graxos empregando microrganismos com capacidade de produzir ácidos graxos livres. Nestes microrganismos são introduzidos ou amplificados genes de lipase, que lhe conferem habilidade de acumular ácidos graxos. Assim, tais microrganismos são cultivados, acumulam ácidos e posteriormente são induzidos a excretá-los para serem convertidos em ésteres. O método pode ser empregado para a produção de biodiesel.
[17] Como se pode depreender, os métodos descritos no estado da técnica são de custo elevado, seja pelo custo energético envolvido, seja pelos insumos necessários para a realização do processo, sem levar em consideração a eficiência alcançada.
[18] O processo agora proposto trata de um processo para produção de biodiesel a partir de matéria-prima cultivada no país, utilizando catalisador enzimático de baixo custo, produzido a partir de resíduos agroindustriais.
[19] Assim, a invenção agora proposta trata de um processo que visa tornar competitiva a produção de biodiesel, utilizando matérias-primas de baixo custo e com economia de energia, reduzindo o custo operacional. SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[20] A presente invenção trata de um processo para o tratamento de óleos ácidos que compreende uma primeira etapa que consiste na redução da carga de ácidos graxos livres de óleos ácidos por meio de reação de esterificação catalisada por enzimas de baixo custo obtidas de sólido fermentado, e uma segunda etapa que ocorre simultaneamente, a qual consiste na transesterificação dos demais componentes presentes (mono-, di-, e triglicerídeos), aumentando a concentração de ésteres produzidos, visando à futura produção de biodiesel por transesterificação alcalina.
[21] A reação de esterificação dos ácidos graxos livres dos óleos ácidos é conduzida preferencialmente com o metanol (podendo também ser realizada com o etanol), em esquema de batelada alimentada de álcool, em temperaturas de 30-40°C, catalisada por enzimas do sólido fermentado de baixo custo. O sólido fermentado é obtido por meio da fermentação no estado sólido de rejeitos agroindustriais, como as tortas de babaçu e de macaúba, pelo fungo Rhizomucor miehei. Ao final da fermentação o sólido fermentado é seco por liofilização ou por aeração forçada para então ser utilizado como biocatalisador.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[22] A invenção trata de um processo para tratamento de óleos ácidos livres visando à produção de biodiesel a partir de matéria-prima cultivada no país, utilizando catalisador enzimático de baixo custo, produzido a partir de resíduos agroindustriais.
[23] A palmeira Macaúba (.Acrocomia aculeata) é uma espécie nativa das florestas tropicais. Seu fruto é globoso, liso, e de coloração marrom-amarelada quando maduro. Popularmente são conhecidas pelo nome de macaúba, macaíba, boicaiuva, macaúva, coco-de-catarro, coco-baboso e coco-de-espinho. Recentemente, a espécie tem sido vista como uma excelente alternativa para a produção de biocombustível.
[24] Como mencionado anteriormente, o fruto da macaúba apresenta uma alta produtividade em óleo rico em ácido oleico, de ótima qualidade, porém também apresenta um rápido aumento da sua acidez após destacado da palmeira. Por consequência, o processo da invenção prevê uma primeira etapa que consiste na redução da carga de ácidos graxos livres de óleos ácidos por meio de reação de esterificação catalisada por enzimas de baixo custo obtidas de sólido fermentado, e uma segunda etapa que consiste na transesterificação alcalina dos demais componentes presentes, mono-, di-, e triglicerídeos, visando à futura produção de biodiesel.
[25] Para que o processo seja mais bem compreendido e avaliado sua descrição detalhada será feita a seguir. Deve ficar claro, entretanto, que os exemplos aqui apresentados possuem caráter meramente ilustrativo, não devendo ser considerados como limitantes da invenção.
[26] A presente invenção prevê um pré-tratamento enzimático de óleos ácidos, para que possam ser utilizados como matéria-prima para a produção de biodiesel pelo processo tradicional de transesterificação alcalina. É empregado como biocatalisador enzimas de baixo custo presentes em um sólido fermentado. O sólido fermentado é obtido por meio da fermentação no estado sólido de rejeitos agroindustriais, como as tortas de babaçu e de macaúba, pelo fungo Rhizomucor miehei.
[27] O preparado sólido fermentado de Rhizomucor miehei é obtido a partir da fermentação do microrganismo em tortas de rejeito agroindustrial, moída e peneirada (partículas com tamanho inferior a 1,18 mm). As fermentações são conduzidas em recipientes contendo 15 g de torta com umidade ajustada. Cada becher contendo a torta é esterilizado a 121°C por 15 minutos em autoclave; então a torta é inoculada com 107 esporos de R. miehei por grama de solido (peso seco) e incubada em estufa com injeção de ar úmido e deixada fermentar por um determinado período de tempo. A seguir o material contendo o fermentado, que será usado como biocatalisador, é submetido à secagem, que pode ser realizada por meio de liofilização ou por aeração forçada.
[28] As metodologias de análise utilizadas para comprovação da eficiência da enzima produzida serão descritas a seguir.
[29] A determinação da atividade lipásica das enzimas foi realizada utilizando-se como substrato o óleo de oliva (5%m/v) emulsionado por 3 minutos com goma arábica (5% m/v) em tampão fosfato de sódio pH 7,0 (100 mM). O sólido fermentado (PES) ou as lipases imobilizadas comerciais (0,2 g) foram adicionados a 19 ml_ da emulsão e incubados por 20 minutos a 35°C em banho com agitação a 200rpm. A reação foi interrompida pela adição de 20 ml_ de uma solução de acetona/etanol (1:1 v/v), que também promove a extração dos ácidos graxos liberados. Os ácidos graxos livres foram titulados com solução 0,04 mol.L"1 de NaOH em titulador automático Mettler modelo DG20 ate o valor de pH 11,0. O branco reacional foi obtido adicionando-se o preparado enzimático após a adição de 20 mL da solução de acetona/etanol.
[30] A atividade (U) foi determinada segundo a equação abaixo. Uma unidade de atividade enzimática (U) é definida como a quantidade de lipase que produz 1 μιτηοΙ de ácido graxo livre por minuto, nas condições de ensaio (Freire et al., 1997).
Onde: Va = volume de soda utilizado na titulacao da amostra (ml_) Vb = volume de soda utilizada na titulacao do branco (mL) M- molaridade da soda (mol.L'1) t = tempo de reação (min) e = massa de amostra utilizada (g) [31] As reações de esterificação foram conduzidas entre o ácido oleico e o álcool, em reator em batelada fechado, com capacidade de 30 mL, provido de agitação magnética. As reações foram conduzidas com razão molar álcool/ácido oleico 1:1, 10% (m/m de acido oleico) de sólido fermentado (PES) liofilizado, a 40°C, por 6h. As reações foram conduzidas em duplicata. O progresso das reações foi acompanhado pela retirada de alíquotas do meio reacional (100pL, em triplicata), que foram centrifugadas a 10.000rpm durante 5 min e analisadas por titulometria de neutralização. As amostras foram dissolvidas em 40 mL de acetona/etanol 1:1 e tituladas contra uma solução de NaOH 0,04mol.L"1 ate pH 11, empregando um titulador automático Mettler modelo DG20.
[32] A conversão do óleo foi determinada de acordo com a equação a seguir: Onde: V = volume de soda utilizado na titulação da amostra (mL) M= molaridade da solução de NaOH (mol.L'1) AG = massa molar de ácido oleico (g) m = massa de amostra (g) [33] A conversão de ácidos graxos foi calculada em função da acidez, e a taxa de conversão de ácido graxo livre em éster alquílico é calculada de acordo com as equações abaixo: e Onde: t= tempo de reação (h) e - massa de enzima na forma de preparado sólido (g) [34] A umidade da torta foi definida em analisador de umidade AND MX-50, a 105°C.
[35] Para determinar o teor de ésteres etííicos nos produtos das reações de esterifícação, alíquotas de 20 ml_ do produto foram diluídas em 480pL de n-heptano e injetadas em cromatógrafo. Foi utilizado cromatógrafo a gás (SHIMADZU 2010) equipado com detector de ionização de chama (FID) e coluna capilar omegawax (30m de comprimento, 0,25 mm de diâmetro interno e 0,25 pm de espessura do filme). As condições das analises foram: temperatura inicial do forno de 200°C por 5 minutos e, então, programada a uma taxa de 20°C/min até 260°C, permanecendo a 260°C por 6 min. As temperaturas do detector e do injetor foram de 250°C e 260°C, respectivamente. Hélio foi utilizado como gás de arraste, a uma vazão de 2,0 mL/min e a injeção foi feita em modo split de 1:20. Heptadecanoato de metila foi utilizado como padrão interno e o teor de ésteres foi calculado conforme a equação abaixo.
[36] Em linhas gerais o processo de pré-tratamento do óleo ácido compreende as seguintes etapas: — preparar o sólido fermentado a partir da fermentação pelo microrganismo Rhizomucor miehei em tortas de rejeito agroindustrial, tais como torta de babaçu ou torta de macauba; — adicionar a um reator provido com agitação e controle de temperatura e pressão, uma mistura de óleo ácido e um álcool de cadeia curta, preferencialmente metanol ou etanol, para evitar a degradação da enzima; — adicionar à mistura de óleo ácido e álcool, o sólido fermentado; — manter a mistura sob agitação, em pressão atmosférica e temperatura na faixa de 25 - 45°C para promover a esterificação dos ácidos graxos livres; — promover simultaneamente a transesterificação dos demais componentes presentes, mono-, di-, e triglicerídeos; — separar o sólido fermentado do óleo com reduzido teor de acidez, por centrifugação, filtração, decantação ou combinação destas operações; — obter uma corrente com elevado teor de ésteres alquílicos, adequada para a produção de biodiesel, por transesterificação alcalina.
EXEMPLOS
[37] Os exemplos apresentados a seguir, cujos dados foram obtidos a partir de experimentos em laboratório, procuram ilustrar a aplicabilidade do processo e sua competitividade econômica com os processos convencionais.
Exemplo 1: Produção do biocatalisador a partir do sólido fermentado [38] O preparado sólido fermentado de Rhizomucor miehei foi obtido a partir da fermentação pelo microrganismo em torta de resíduos agroindustrial, moída e peneirada para obter partículas com tamanho inferior a 1,18 mm. As fermentações foram conduzidas em recipientes contendo de 15 - 20 g de torta, com umidade ajustada. Cada recipiente contendo a torta foi esterilizado a 121 °C por 15 minutos em autoclave e a torta foi inoculada com 107 esporos de R.miehei por grama de sólido (peso seco) e incubada à temperatura de 30 - 40°C em estufa com injeção de ar úmido. Após este tempo, o rejeito fermentado foi prensado para obtenção do extrato enzimático e depois analisado pelo método titulométrico utilizando o óleo de oliva como substrato (Freire, D.M.G.,1996). O óleo de oliva em concentração de 5% m/v é empregado emulsionado com uma solução tampão, no pH ótimo de atuação da enzima. Após o tempo estabelecido, a reação é interrompida e procede-se a titulação com uma solução de NaOH. Uma unidade de atividade enzimática (U/g) é definida como a quantidade de enzima que produz 1 pmol de ácidos graxos livres por minuto nas condições de ensaio. O tempo a ser considerado é o de produção máxima de enzima.
[39] Foram utilizadas nos experimentos tortas de resíduo industrial para a produção de óleo de babaçu e óleo de macaúba.
[40] No preparado sólido fermentado a partir de torta de babaçu, utilizou-se 15g de torta com umidade ajustada para 65%, temperatura de incubação 30°C e tempo de fermentação de 72 h. Ao final da fermentação, o solido fermentado apresentou atividade hidrolítica de 41 ±4 U/g frente ao substrato óleo de oliva (média de 6 fermentações).
[41] No preparado sólido fermentado a partir de torta de macaúba com umidade inicial de 60%, utilizou-se 20g de torta suplementada com 2% de uréia. A temperatura de incubação foi de 40°C em câmara climática com umidade relativa de 90%, por 48h; ao final da fermentação o sólido fermentado apresentou taxa de conversão dos ácidos graxos livres em éster de 500 ± 167pg de éster/g de sólido fermentado (média de 4 fermentações).
Exemplo 2: Secagem do sólido fermentado [42] O sólido fermentado - biocatalisador - é secado após a realização dos testes. Podem ser empregadas as técnicas de secagem por liofilização ou por aeração forçada.
[43] Na técnica de secagem por liofilização o sólido fermentado é congelado a -20°C e submetido ao processo de liofilização por um período de tempo de 48h, ou até que o teor de unidade atinja um valor menor ou igual a 3%.
[44] Na técnica de aeração forçada um leito fixo de sólido fermentado é exposto à passagem forçada de ar atmosférico até que a umidade final alcance o valor final de 10%.
[45] Os exemplos a seguir apresentam os resultados de experimentos relativos à aplicação dos sólidos fermentados como biocatalisador nas reações de esterificação, visando à redução do teor de ácidos graxos livres (AGL) no óleo.
Exemplo 3: Uso do sólido fermentado obtido em torta de babaçu e liofilizado em presença de metanol [46] De acordo com o processo da invenção, o óleo de macaúba adicionado com metanol, na razão molar final de 6:1 metanol/ácidos graxos livres, foi alimentado a um reator em regime de batelada alimentada, segundo o qual são alimentadas quantidades de metanol de tempos em tempos, conforme a seguir: Tempo de reação Razão metanol/AGL 0 h 2:1 1 h 3:1 1,5 h 1:1 [47] O sólido fermentado de Rhizomucor miehei produzido - biocatalisador - foi adicionado na proporção de 30% m/m do óleo, e deixado reagir, sob agitação e pressão atmosférica, à temperatura de 30°C por 2,5 horas. O óleo da polpa de macaúba, com acidez de 10% teve sua acidez reduzida para 0,4% após a reação.
Exemplo 4: Uso do sólido fermentado obtido em torta de babaçu e liofilizado em presença de etanol [48] O experimento foi repetido de modo semelhante ao descrito no Exemplo 3, porém utilizando etanol na razão molar de 4:1 etanol/AGL, em regime de batelada alimentada, com adições de etanol de tempos em tempos, conforme a seguir: Tempo de reação Razão etanol/AGL
Oh 1:1 2 h 1:1 4 h 2:1 [49] O sólido fermentado foi adicionado na proporção de 30% m/m do óleo, e deixado reagir, sob agitação e pressão atmosférica, à temperatura de 30°C por 6 horas. O óleo da polpa de macaúba, com acidez de 10% teve sua acidez reduzida para 0,4% após a reação apresentando um teor de ésteres etílicos de 27%.
Exemplo 5: üso do sólido fermentado obtido em torta de polpa de macaúba e liofilizado. em presença de metanol, variando a razão molar álcool/AGL nas adições [50] O experimento foi repetido de modo semelhante ao descrito no Exemplo 3, porém empregando o fermentado sólido obtido a partir da torta de polpa de macaúba. Metanol foi adicionado na razão molar de 6:1 metanol/AGL, em regime de batelada alimentada, de tempos em tempos, conforme a seguir: Tempo de reação Razão metano/AGL 0 h 2:1 1 h 3:1 1,5 h 1:1 [51] O sólido fermentado foi adicionado na proporção de 30% m/m do óleo, e deixado reagir, sob agitação e pressão atmosférica, à temperatura de 30°C por 3 horas. O óleo da polpa de macaúba, com acidez de 9,2% teve sua acidez reduzida para 1,7% após a reação.
[52] Desta forma, óleos ácidos, como o óleo da polpa de macaúba, poderão ser empregados como matéria-prima para o processo de transesterificação alcalina e aumentarão a competitividade econômica do biodiesel uma vez que estes óleos apresentam menor valor de mercado. Assim, os ácidos graxos livres do óleo serão transformados em ésteres para constituírem o biodiesel final. Devido ao uso do sólido fermentado, o custo com a aquisição do biocatalisador será reduzido, barateando, portanto, o custo operacional do processo.
[53] A invenção foi descrita conforme suas realizações preferidas, as quais não devem ser consideradas como limitante da invenção. Todavia, os especialistas na matéria poderão fazer adequações, sem fugir de seu conceito inventivo.

Claims (9)

1. PROCESSO PARA O TRATAMENTO DE ÓLEOS ÁCIDOS POR MEIO DE REAÇÃO DE ESTERIFICAÇÃO CATALISADA POR ENZIMAS DE SÓLIDO FERMENTADO caracterizado por compreender basicamente as seguintes etapas: preparar o sólido fermentado a partir de fermentação pelo microrganismo Rhizomucor miehei em tortas de rejeito agroindustrial, tais como torta de babaçu ou torta de macaúba; adicionar a um reator provido com agitação e controle de temperatura e pressão, uma mistura de óleo ácido e um álcool de cadeia curta, preferencialmente metanol ou etanol, para evitar a degradação da enzima; adicionar à mistura de óleo ácido e álcool, o fermentado sólido de Rhizomucor miehei; manter a mistura sob agitação, em pressão atmosférica e temperatura na faixa de 25 - 45°C para promover a esterificação dos ácidos graxos livres; promover simultaneamente a transesterificação dos demais componentes presentes, mono-, di-, e triglicerídeos; separar o sólido fermentado do óleo com reduzido teor de acidez;
2. PROCESSO PARA O TRATAMENTO DE ÓLEOS ÁCIDOS POR MEIO DE REAÇÃO DE ESTERIFICAÇÃO CATALISADA POR ENZIMAS DE SÓLIDO FERMENTADO de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o fermentado sólido de Rhizomucor miehei ser preparado a partir da fermentação pelo microrganismo em torta de resíduo agroindustrial, moída e peneirada para obter partículas com tamanho inferior a 1,18 mm; conduzir fermentações sobre a torta com umidade ajustada, e esterilizada; a torta ser inoculada com 105-108 esporos de Rhizomucor miehei por grama de solido (peso seco) e incubada à temperatura de 30 - 40°C em estufa com injeção de ar úmido.
3. PROCESSO PARA O TRATAMENTO DE ÓLEOS ÁCIDOS POR MEIO DE REAÇÃO DE ESTERIFICAÇÃO CATALISADA POR ENZIMAS DE SÓLIDO FERMENTADO de acordo com a reivindicações 1 e 2, caracterizado por o fermentado sólido obtido ser submetido à secagem por meio de liofilização.
4. PROCESSO PARA O TRATAMENTO DE ÓLEOS ÁCIDOS POR MEIO DE REAÇÃO DE ESTERIFICAÇÃO CATALISADA POR ENZIMAS DE SÓLIDO FERMENTADO de acordo com a reivindicações 1 e 2, caracterizado por o fermentado sólido obtido ser submetido à secagem por meio de aeração forçada.
5. PROCESSO PARA O TRATAMENTO DE ÓLEOS ÁCIDOS POR MEIO DE REAÇÃO DE ESTERIFICAÇÃO CATALISADA POR ENZIMAS DE SÓLIDO FERMENTADO de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por as tortas de rejeitos industriais serem selecionadas entre torta de babaçu e torta de macaúba, e o óleo ácido tratado ser o óleo de macaúba.
6. PROCESSO PARA O TRATAMENTO DE ÓLEOS ÁCIDOS POR MEIO DE REAÇÃO DE ESTERIFICAÇÃO CATALISADA POR ENZIMAS DE SÓLIDO FERMENTADO de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o referido tratamento empregar o óleo de macaúba adicionado com um álcool de cadeia curta em uma razão molar final que varia numa faixa de 3:1 a 6:1 álcool/ácidos graxos livres, alimentado ao reator em regime de batelada alimentada, segundo o qual adições de álcool são alimentadas em intervalos de tempos determinados, que variam entre 1 - 2h.
7. PROCESSO PARA O TRATAMENTO DE ÓLEOS ÁCIDOS POR MEIO DE REAÇÃO DE ESTERIFICAÇÃO CATALISADA POR ENZIMAS DE SÓLIDO FERMENTADO de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por óleo da polpa de macaúba, com acidez de 10% ter sua acidez reduzida para uma faixa de 0,1% - 2,0% após a reação.
8. PROCESSO PARA O TRATAMENTO DE ÓLEOS ÁCIDOS POR MEIO DE REAÇÃO DE ESTERIFICAÇÃO CATALISADA POR ENZIMAS DE SÓLIDO FERMENTADO de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o tempo de tratamento variar entre 0,5 a 8 h.
9. PROCESSO PARA O TRATAMENTO DE ÓLEOS ÁCIDOS POR MEIO DE REAÇÃO DE ESTERIFICAÇÃO CATALISADA POR ENZIMAS DE SÓLIDO FERMENTADO de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a etapa de esterificação ou esterificação simultânea à transesterificação enzimática ser sucedida por uma etapa de transesterificação alcalina, para a produção de biodiesel.
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