BR102013019024A2 - calçado com sola melhorada - Google Patents
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Abstract
calçado com sola melhorada. a presente invenção refere-se a um calçado (1) que compreende uma sola externa (2) e um cano (9), a sola externa (2) se estendendo em comprimento a partir de uma extremidade traseira (3) até uma extremidade dianteira (4), em largura entre uma borda lateral (5) e uma borda média (6), e em altura entre uma face de contato (20) com o solo e uma face de ligação (21) com o cano (9), a sola (2) compreendendo uma primeira camada de reforço (22) que se estende em comprimento a partir de uma extremidade traseira (23) até uma extremidade dianteira (24), em largura entre uma borda lateral (25) e uma borda média (26), e em altura entre uma face distal (27) e uma face proximal (28), a primeira camada de reforço (22) apresentando fendas transversais (29). a sola (2) compreende uma camada de desgaste (30) e uma primeira camada de amortecimento (31), a camada de desgaste (30) delimitando a face de contato (20). a primeira camada de amortecimento (31) está situada entre a camada de desgaste (30) e a primeira camada de reforço (22)
Description
Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "CALÇADO COM SOLA MELHORADA". A presente invenção refere-se a um calçado, e refere-se nota-damente a um calçado destinado à prática de um esporte.
Esse calçado pode ser utilizado em campos tais como a caminhada, esportiva ou não, ou a corrida em terreno plano ou em montanha, o alpinismo, ou ainda o skate, um esporte com bola, ou outro campo. O calçado pode compreende um cano baixo ou um cano alto. O calçado pode também ser relativamente flexível ou ao contrário mais rígido. No entanto, qualquer que seja o aspecto geral ou a atividade praticada, o calçado deve responder às expectativas de um usuário. Esse último deve poder efetuar todos os movimentos necessários para sua atividade, transmitir impulsos, tomar apoios, ou ainda perceber as informações sensoríaís em proveniência do solo ou de elementos diversos.
Em especial, no caso da caminhada ou da corrida em terreno plano ou em montanha, é importante que o calçado permita, por um lado, um bom desenvolvimento do pé e, por outro lado, apoios transversais. Isso significa notadamente que a sola do calçado deve poder fletir íongitudinalmen-te, de acordo com um eixo transversal, ao mesmo tempo em que ê suficientemente resistente em ftexão transversal, pelo menos em certas zonas. A fim de responder a essas necessidades, a técnica anterior propôs soluções.
Por exemplo, de acordo com o documento FR 2 457 081, um calçado compreende uma sola estruturada para permitir uma flexão longitudinal ao mesmo tempo em que impede ou em que se opõe bastante a uma flexão transversal. Na prática, a sola divulgada por esse documento compreende uma camada de reforço embutida em uma matriz. A camada de reforço apresenta fendas transversais que, por definição, atravessam a espessura da camada e que, também, desembocam ao nível de uma borda lateral ou ao nível de uma borda média da camada. Duas fendas sucessivas desembocam ao nível de uma borda diferente da camada. O calçado de acordo com o documento FR 2 457 081 dá satisfação à medida que o usuário pode efetuar os movimentos úteis a sua atividade: ele pode notadamente livre- mente desenvolver o pé e tomar grandes apoios transversais. Esses últimos são estáveis, pois, entre duas fendas, o reforço traz à sola uma rigidez transversal. No entanto, esse calçado apresenta certos inconvenientes.
De fato, é revelado que ele apresenta o inconveniente de ter uma capacidade de aderência ao solo diminuída. Isso significa que ele pode, por exemplo, derrapar quando ele é submetido a uma solicitação que seria insuficiente para fazer derrapar um calçado de mesmo tamanho desprovido de camada de reforço. Esse fenômeno de derrapagem, ou de deslizamento intempestivo, pode se produzir por ocasião de tomadas de apoio no solo, notadamente em inclinação, assim como por ocasião de impulsos ligados a acelerações, frenagens, ou outro impulso. O fenômeno de derrapagem ou de deslizamento intempestivo se produz também na direção transversal. Disso resulta que a caminhada ou a corrida é menos precisa, menos segura e, o que é um paradoxo, fonte de fadiga para o usuário.
Em relação a isso, a invenção tem como objetivo geral melhorar os calçados de acordo com a arte anterior. Notadamente um objetivo da invenção é fazer de modo com que um calçado, do qual a soía compreende uma camada de reforço que apresenta fendas transversais, adira melhor ao solo. Em outros termos, trata-se de fazer de modo com que a aderência ao solo do calçado seja melhor por ocasião de tomadas de apoio em modo dinâmico, por exemplo por ocasião de acelerações, de frenagem, ou outros impulsos. Trata-se também de tornar a aderência melhor e os apoios mais estáveis e mais precisos, notadamente quando o contato entre a sola e o solo é pontual. Esse tipo de contato se produz, sobretudo, nos terrenos acidentados, ou por ocasião de um deslocamento em terreno inclinado em um sentido transversal em relação à inclinação. Ocorre que somente uma porção lateral ou somente uma porção média da sola entra em contato com o solo. Nessas condições um risco de derrapagem intempestiva é maior. Em termos mais concisos, o objetivo acima procurado é aumentar a aderência ao solo, qualquer que seja o modo de utilização do calçado.
Será visto na sequência que um outro objetivo da invenção é declinar essa aderência de maneira ampla, quer dizer, obíê-la tanto em ter- renas molhados, úmidos, ou sujos quanto em terrenos mais previsíveis, tais como terrenos secos.
Um objetivo ainda da invenção é trazer ao nível da sola externa uma certa capacidade de amortecimento. A invenção procura otimizar o comportamento da sola durante a integralídade, pelo menos uma parte significativa, de seu contato com o solo, em função da atividade praticada, e/ou do terreno encontrado.
Um outro objetivo da invenção é melhorar a precisão na transmissão das informações sensoríais ou dos impulsos ligados à caminhada ou à corrida.
Um objetivo ainda da invenção é reduzir tanto quanto for possível a massa da sola externa.
De maneira ampla um objetivo da invenção é reunir em um só calçado as aptidões de desenvolvimento livre e regular da sola no solo, da aderência suficiente em um solo regular, e da aderência suficiente ou da fixação em um solo irregular, isso quer dizer um calçado polivalente, mais eficaz em todas as situações, e em todos os terrenos.
Finalmente um objetivo suplementar da invenção é melhorar a operação conjunta de um calçado com um acessório tal como uma trava.
Para fazer isso, a invenção propõe um calçado que compreende uma sola externa e um cano, a sola externa se estendendo em comprimento a partir de uma extremidade traseira até uma extremidade dianteira, em largura entre uma borda lateral e uma borda média, e em altura entre uma face de contato com o solo e uma face de ligação com o cano, a sola compreendendo uma primeira camada de reforço que se estende em comprimento a partir de uma extremidade traseira até uma extremidade dianteira, em largura entre uma borda lateral e uma borda média, e em altura entre uma face distai e uma face proximal, a primeira camada de reforço apresentando fendas transversais, O calçado de acordo com a invenção é caracterizado pelo fato de que a sola compreende uma camada de desgaste e uma primeira camada de amortecimento, a camada de desgaste delimitando a face de contato, e pelo fato de que a primeira camada de amortecimento está situada entre a camada de desgaste e a primeira camada de reforço.. A camada de amortecimento amortece os choques, os impulsos ligados à corrida ou à caminhada, ou ainda as informações sensoriais que transitam entre a camada de desgaste e a camada de reforço. Em outros termos a camada de amortecimento serve de filtro mecânico. A esse título essa camada permite pequenos deslocamentos elásticos, que são feitos de maneira reversível, de subdivisões ou da totalidade da camada de desgaste em relação à camada de reforço.
Porque efa se deforma elasticamente de maneira reversível, no~ tadamente em compressão e/ou em ctsalhamento, a camada de amortecimento absorve excessos de energia ligados a apoios, a choques, a impulsos, a mudanças de terreno ou relevo, ou ao trânsito de informações senso-riais. Disso resulta que é preciso aplicar mais energia à sola externa, em relação a um calçado desprovido de camada de amortecimento, para obter uma derrapagem ou um deslizamento intempestivo.
Entre as vantagens que resultam disso, o calçado de acordo com a invenção apresenta uma melhor aderência ao solo do que um calçado do qual a sola é desprovida de camada de amortecimento sob a camada de reforço. A melhoria da aderência ao solo, para o calçado da invenção, é obtida em terrenos diversificados, quer dizer molhados, unidos, ou secos, planos ou em inclinação e lisos ou com relevos, notadamente devido à deformação elástica reversível mais progressiva da sola.
Por consequência, a camada de amortecimento melhora o comportamento da sola durante uma parte significativa, e mesmo a integralidade, de seu contato com o solo. A invenção melhora também a precisão na transmissão das informações sensoriais ou dos impulsos, porque as derrapagens são reduzidas, e mesmo inexistentes. A invenção minimiza a fadiga do usuário, conferindo para isso à sola externa uma massa pequena, pois a camada de amortecimento é leve, e proporcionando para isso um amortecimento melhorado dos choques.
Será visto melhor na sequência que, pelo menos para uma forma de realização, o calçado da invenção reúne as aptidões de desenvolvimento livre e regular da sola no solo, de apoio transversal franco e preciso, da aderência suficiente ou da fixação em um solo irregular. O calçado é, portanto, poíívalente, eficaz em todas as situações.
Igualmente, o calçado melhora a percepção das informações sensoriais e a transmissão dos impulsos ao solo quando ele é munido de uma trava.
Outras características e vantagens da invenção serão melhor compreendidas com o auxílio da descrição que acompanha, em referência ao desenho anexo que ilustra, de acordo com formas de realização não limi-tativas, como a invenção pode ser realizada, e no qual; - a figura 1 é uma vista em perspectiva dianteira por baixo de um calçado, de acordo com uma primeira forma de realização da invenção, - a figura 2 é similar à figura 1, com uma apresentação explodida da sola externa, - a figura 3 é um corte de acordo com IH-IH da figura 1, - a figura 4 é similar à figura 3, para uma variante de realização que faz parte da primeira forma de realização, - a figura 5 é uma vista no plano de uma camada de reforço da sola externa do calçado da figura 1, - a figura 6 é uma vista de lado do reforço da figura 5, em um caso no qual a sola externa é flexionada longitudinalmente, - a figura 7 é um corte de acordo com Vil-VH da figura 5, - a figura 8 é uma vista similar à figura 5, de acordo com uma segunda forma de realização da invenção. A primeira forma de realização que vai ser descrita abaixo refere-se mais especialmente a um calçado para a caminhada ou à corrida no piano ou em terreno movimentado. No entanto a invenção se aplica a outros domínios tais como aqueles evocados antes. A primeira forma é descrita abaixo com o auxílio das figuras 1 a 7.
Com o mostram as figuras 1 e 2, um calçado de caminhada é previsto para acolher o pé do usuário.
De maneira conhecida e geral, o calçado 1 compreende uma sola externa 2, que se estende de acordo com uma direção longitudinal L entre uma extremidade traseira 3 e uma extremidade dianteira 4, e de acordo com uma direção transversal W entre uma borda lateral 5 e uma borda média 6. A sola 2 compreende uma parte traseira, ou salto 7, assim como uma parte dianteira 8. De acordo com a primeira forma de realização a sola 2 é monob-loco, no sentido em que o salto 7 e a parte dianteira 8 se prolongam entre si. No entanto, essas partes 7, 8 poderíam ser separadas e espaçadas uma da outra.
Em complemento, o calçado 1 compreende um cano 9 disposto sobre a sola. Tai como representado, o cano 9 compreende uma porção baixa 10, prevista para circundar o pé, com exclusão de uma porção alta. No entanto, podería também ser previsto que o cano compreenda também uma porção alta. O cano 9 não está representado de modo detalhado. O cano 9 pode compreender notadamente uma porção lateral 12, uma porção média 13, e uma lingueta. Essa última, não visível nas figuras, liga entre si as porções 12, 13 para dar ao cano 9 sua continuidade. No entanto, podería ser previsto não utilizar lingueta. Nesse caso, as porções 12, 13 podem permanecer separadas ou se sobrepor.
Um dispositivo de aperto, não detalhado aqui, é geraimente previsto para apertar o cano 9 de maneira reversível. No entanto, o calçado 1 podería ser desprovido de dispositivo de aperto.
Qualquer que seja a estrutura do cano, a sola externa 2 se estende em altura entre uma face de contato 20 com o solo e uma face de ligação 21 ao cano. A face 20 é por definição destinada a entrar em contato com o solo ou com diversos suportes. A face 21, no que lhe diz respeito, liga a soia externa 2 ao cano 9, por um meio de ligação permanente ou não, tal como uma colagem, um encaixe, ou qualquer meio equivalente. É observado que a sola externa 2 compreende uma primeira camada de reforço 22 que se estende em comprimento, de acordo com a direção longitudinal L, a partir de uma extremidade traseira 23 até uma extremidade dianteira 24, em largura, de acordo com a direção transversal W, entre uma borda lateral 25 e uma borda média 26, e em altura entre uma face distai 27 e uma face proximal 28. A face dista! 27 é aquela das duas faces 27, 28 que está mais afastada do cano 9 enquanto que, por corolário, a face próxima! 28 é a mais aproximada. A primeira camada de reforço 22 apresenta fendas transversais 29, que serão descritas mais em detalhe a-baixo.
De acordo com a invenção, a sola externa 2 compreende uma camada de desgaste 30 e uma primeira camada de amortecimento 31, a camada de desgaste 30 delimitando a face de contato 20 com o solo, e a primeira camada de amortecimento está situada entre a camada de desgaste 30 e a primeira camada de reforço 22. A camada de amortecimento 31 amortece os choques, os impulsos ou outras solicitações que transitam na sola externa 2, notadamenie entre a camada de desgaste 30 e a camada de reforço 22. De fato, a totalidade ou subdivisões da camada de amortecimento 31 se deformam, elasticamente e de maneira reversível, para permitir um deslocamento relativo da camada de desgaste 30 ou de subdivisões dessa camada em relação à camada de reforço 22. As deformações da camada de amortecimento dissipam energia o que, por corolário, aumenta a intensidade de solicitação necessária para fazer o calçado derrapar. Elas permitem também uma melhor adaptação da camada de desgaste às diversas formas e relevos de terreno. Em outros termos, a aderência ao solo é melhor com o calçado da invenção.
De acordo ainda com a primeira forma de realização, como é compreendida com o auxílio do conjunto das figuras 1 a 4, a camada de a-mortecimento 31 apresenta uma espessura reduzida, compreendida entre 1 e 10 mm, sabendo que valores de 1 a 5 mm deram bons resultados, Isso confere a essa camada uma massa mínima. Disso resulta que o calçado 1 permanece leve, e que a fadiga do usuário é reduzida.
De acordo com a direção transversal W, a largura da primeira camada de reforço 22 é compreendida entre 25 e 100% da largura da sola externa 2, sabendo que valores compreendidos entre 75 e 100% deram bons resultados. A camada de reforço 22 desempenha notadamente um papel de enrijecimento transversal, pape! que é ainda mais significativo quanto maior for sua largura. O usuário pode, portanto, tomar apoios mais estáveis, ou melhor perceber as informações sensoriais, mesmo se um contato no solo é feito somente ao nível da borda lateral 5 ou somente ao nível da borda média 6 da sola 2, O usuário percebe também melhor as informações sensoriais, e transmite mais precisamente impulsos ao solo, em um caso no qual o calçado seja munido de uma trava.
De acordo com uma direção longitudinal L, o comprimento da primeira camada de reforço 22 é compreendido entre 25 e 100% do comprimento da sola externa 2. Isso significa que a primeira camada de reforço 22 pode ocupar, longitudinalmente, uma porção reduzida ou, ao contrário, elevada, da sola 2. Foi observado que comprimentos grandes, compreendidos entre 75 e 100% do comprimento da sola externa 2, deram bons resultados, isso está ligado ao fato de que os apoios transversais são melhorados em um comprimento significativo da sota 2. Aqui ainda a operação conjunta com uma trava é melhorada. É previsto, por exemplo, que as fendas 29 desembocam alternativamente ao nível da borda lateral 25 e ao nível da borda média 26 da primeira camada de reforço 22. Isso confere a cada uma das bordas 25, 26 a mesma aptidão para fíetir longitudinalmente, de acordo com um eixo transversal da camada de reforço 22. Para uma alternativa de construção é possível que as fendas 29 desemboquem ao nível de uma só das bordas laterais 25 e média 26 da primeira .camada de reforço 22. De acordo com esse caso em questão, que não está representado aqui, aquela das bordas ao nível da qual desembocam as fendas apresenta uma estrutura descontínua, enquanto que ao contrário, aquela das bordas ao nível da qual não desemboca nenhuma fenda apresenta uma estrutura contínua. A borda da qual a estrutura é contínua é mais rígida, ou menos flexível, em flexão longitudinal, em relação à borda de estrutura descontínua. Em outros termos as bordas 25, 26 se flexionam diferentemente em flexão, No final é possível, em função da disposição das fendas, conferir à sola externa 2 das propriedades mecânicas específicas a certos locais, De maneira geral, uma fenda 29 apresenta um comprimento compreendido entre 50 e 100% da largura da primeira camada de reforço 22, ao nível de uma seção transversal dada da sola externa 2. Quanto mais longa for a fenda 29, melhor será a aptidão em flexão longitudinal, O caso extremo é aquele de um comprimento de 100%. Isso significa que a estrutura longitudinal da camada de reforço 22 é nesse caso descontínua. O afastamento entre duas porções transversais da camada 22 permanece estável porque essas porções são solidarizadas, por exemplo, por colagem, ao resto da sola.
Na prática, uma fenda 29 apresenta uma largura compreendida entre 0,1 e 30 mm. Quanto mais estreitas forem as fendas, maior será a resistência em flexão transversal. Dito de outro modo, quanto mais estreitas forem as fendas, mais estável será o calçado nos apoios transversais.
De maneira não iimitativa, de acordo com a primeira forma de realização da invenção, fendas 29 são dispostas em todo o comprimento da primeira camada de reforço 22. Nesse caso é a integralidade dessa camada que é capaz de fletir longitudinalmente. O desenvolvimento do pé é por causa disso melhor, especialmente no caso em que a camada de reforço 22 se estende longitudínalmente em uma parte significativa da sola.
De maneira diferente, de acordo com variantes de realização não representadas, fendas 29 são dispostas somente entre a extremidade dianteira 24 da primeira camada de reforço 22, e um ponto recuado de um valor de 50% do comprimento dessa camada 22 a partir da extremidade dianteira 24. Trata-se aqui de favorecer a flexão longitudinal da parte dianteira da camada. Se essa última se estende de acordo com um comprimento substancial da sola externa 2, e mesmo de acordo com a totalidade, então é a parte dianteira da sola externa 2 que pode fletir longitudínalmente. Por corolário o desenvolvimento do pé é fácil, pois os arteihos estão mais livres. Além disso, os apoios transversais ao nível dos arteihos permanecem bas- tante fortes e precisos, em razão da resistência em ffexão transversa! da camada de reforço 22.
Diferentemente, ainda de acordo com outras variantes de realização não representadas, fendas 29 são dispostas somente entre um ponto recuado de um valor de 25% do comprimento da primeira camada de reforço 22 a partir da extremidade dianteira 24, e um ponto avançado de um valor de 25% do comprimento da primeira camada de reforço 22 a partir da extremidade traseira 23. Isso significa que é essencialmente a porção centra! da camada de reforço 22 que é própria para fletir longitudinalmente. Se essa camada 22 se estende em um comprimento substancia! da soía externa 2, e mesmo de acordo com a totalidade, é observado então que essa última 2 pode se deformar em torção longitudinal quer dizer de acordo com um eixo longitudinal Isso facilita as tomadas de apoio nas inclinações transversais.
Em referência à primeira forma de realização descrita da invenção, assim como às alternativas e variantes possíveis, as fendas 29 são paralelas entre si. Isso permite que a primeira camada de reforço 22, e, portanto, também a sola 2, se flexione longitudinalmente de modo regular. O desenvolvimento do pé tem tendência a ser feito no piano, o que convém bem para uma utilização em terreno plano. É alternativamente possível que pelo menos duas fendas 29 formem uma com a outra um ângulo do qual o vafor é compreendido entre 0 e 30°. Nesse caso o desenvolvimento do pé pode ser feito com uma leve torção longitudinal, o que favorece uma utilização em terreno acidentado.
Em todos os casos a primeira camada de reforço 22 é capaz de fletir longitudinalmente, ao mesmo tempo em que permanece plana transversalmente, como é compreendido considerando-se as figuras 5 a 7. Em consequência disso a sola externa 2 é própria para fletir longitudinalmente, o que convém para um bom desenvolvimento do pé, e para conservar sua forma natural transversalmente, o que toma os apoios transversais no solo muito mais precisos.
De maneira não limitativa, a primeira camada de reforço 22 é aqui constituída por uma matéria sintética armada de fibras. Essas últimas podem ser sintéticas ou naturais, como o carbono, o vidro, o linho, ou outro material. Essa constituição torna a primeira camada de reforço 22 ieve, o que beneficia o conjunto do calçado. Pode, no entanto, ser previsto utilizar outros materiais, como uma matéria plástica, um metal ou uma liga metálica, ou qualquer equivalente, para fabricar a camada de reforço 22, Em referência mais especificamente às figuras 2 a 4, é observado que a sola externa 2 compreende uma segunda camada de amortecimento 32, e que a primeira camada de reforço 22 está situada, no sentido da altura, entre a primeira camada de amortecimento 31 e a segunda camada de amortecimento 32. As primeira 31 e segunda 32 camadas de amortecimento são solidarizadas uma com a outra, por um meio tal como uma cola gem ou qualquer equivalente, para prender a primeira camada de reforço 22. Alternativamente é possível prever que as primeira 31 e segunda 32 camadas de amortecimento formem uma peça monobloco. Em outros termos, a primeira camada de reforço 22 é embutida em um conjunto que, no final, é uma camada de amortecimento situada entre a camada de desgaste 30 e o cano 9. A segunda forma de realização da invenção é apresentada abaixo com o auxílio da figura 8. Por razões de comodidade, os elementos comuns com a primeira forma são designados pelas mesmas referências. São essencialmente as diferenças que são colocadas em evidência. É reencontrada uma primeira camada de reforço 22, com uma extremidade traseira 23, uma extremidade dianteira 24, uma borda lateral 25 e uma borda média 26, assim como fendas transversais 29. O que é específico à segunda forma de realização, é que ao nível da parte traseira 7 da soía externa 2, a largura da primeira camada de reforço 22 é compreendida entre 25 e 50% da largura da sola externa 2, e ao nível da parte dianteira 8, a largura da primeira camada de reforço 22 é compreendida entre 50 e 100% da largura da sola externa 2. Isso supõe que a primeira camada de reforço 22 se estende de acordo com pelo menos 60% do comprimento da sola externa 2. No final, a primeira camada de reforço 22 é de preferência estreita na parte traseira e mais larga na parte dianteira.
Isso torna a sola externa 2 mais rígida transversaimente na parte dianteira do que na parte traseira.
Naturalmente, a invenção não está limitada às formas de realização acima descritas, e compreende todos os equivalentes técnicos que podem entrar no alcance das reivindicações que vão se seguir.
Notadamente, pode ser previsto utilizar várias camadas de reforço. Por exemplo, uma pode estar situada na direção da parte dianteira do calçado, a outra na direção da parte traseira. A camada de desgaste 30 pode ser descontínua, quer dizer, formada por elementos distintos solidarizados respectivamente à primeira camada de amortecimento 31.
Cada camada de amortecimento 31, 32 é constituída, por exemplo, por uma matéria sintética de baixa densidade, como EVA (etil-vinil-aceíato) ou qualquer material equivalente. A estrutura da sola externa 2 pode ser minimalista, quer dizer, compreender excfusivamente a camada de desgaste 30, a primeira camada de amortecimento 31 e a primeira camada de reforço 22, ou ainda a camada de desgaste 30, a primeira camada de amortecimento 31, a primeira camada de reforço 22 e a segunda camada de amortecimento 32, com exclusão de qualquer camada suplementar, ou com exclusão de qualquer elemento suplementar.
Claims (15)
1. Calçado (1) que compreende uma soía externa (2) e um cano (9), a soía externa (2) se estendendo em comprimento a partir de uma extremidade traseira (3) até uma extremidade dianteira {4}, em largura entre uma borda lateral (5) e uma borda média (6), e em altura entre uma face de contato (20) com o solo e uma face de ligação (21) com o cano (9), a sola (2) compreendendo uma primeira camada de reforço (22) que se estende em comprimento a partir de uma extremidade traseira (23) até uma extremidade dianteira (24), em largura entre uma borda lateral (25) e uma borda média (26), e em altura entre uma face distai (27) e uma face proximal (28), a primeira camada de reforço (22) apresentando fendas transversais (29), caracterizado pelo fato de que a sola (2) compreende uma camada de desgaste (30) e uma primeira camada de amortecimento (31), a camada de desgaste delimitando a face de contato (20), e pelo fato de que a primeira camada de amortecimento (31) está situada entre a camada de desgaste (30) e a primeira camada de reforço (22).
2. Calçado (1), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que de acordo com a direção transversal (W), a largura da primeira camada de reforço (22) é compreendida entre 25 e 100% da largura da sola externa (2).
3. Calçado (1), de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que de acordo com uma direção longitudinal (L), o comprimento da primeira camada de reforço (22) é compreendido entre 25 e 100% do comprimento da sola externa (2).
4. Calçado (1), de acordo com uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que as fendas (29) desembocam alternativamente ao nível da borda lateral (25) e ao nível da borda média (26) da primeira camada de reforço (22).
5. Calçado (1), de acordo com uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que as fendas (29) desembocam alternativamente ao nível da borda lateral (25) e ao nível da borda média (26) da primeira camada de reforço (22).
6. Calçado (1), de acordo com uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de que uma fenda (29) apresenta um comprimento compreendido entre 50 e 100% da largura da primeira camada de reforço (22).
7. Calçado (1), de acordo com uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo fato de que uma fenda (29) apresenta uma largura compreendida entre 0,1 e 30 mm.
8. Calçado (1), de acordo com uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que fendas (29) são dispostas em todo o comprimento da primeira camada de reforço (22).
9. Calçado (1), de acordo com uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que fendas (29) são dispostas somente entre a extremidade dianteira (24) da primeira camada de reforço (22), e um ponto recuado de um valor de 50% do comprimento dessa camada (22) a partir da extremidade dianteira (24).
10. Calçado (1), de acordo com uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que fendas (29) são dispostas somente entre um ponto recuado de um valor de 25% do comprimento da primeira camada de reforço (22) a partir da extremidade dianteira (24), e um ponto avançado de um valor de 25% do comprimento da primeira camada de reforço (22) a partir da extremidade traseira (23).
11. Calçado (1), de acordo com uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado pelo fato de que as fendas (29) são paralelas entre si.
12. Calçado (1), de acordo com uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado pelo fato de que pelo menos duas fendas (29) formam uma com a outra um ângulo do qual o valor é compreendido entre 0 e 30°.
13. Calçado (1), de acordo com uma das reivindicações 1 a 12, caracterizado pelo fato de que ao nível da parte traseira (7) da sola externa (2), a largura da primeira camada de reforço (22) é compreendida entre 25 e 50% da largura da sola externa (2), e peio fato de que ao nível da parte dianteira (8), a largura da primeira camada de reforço (22) é compreendida entre 50 e 100% da largura da sola externa (2).
14, Calçado (1), de acordo com uma das reivindicações 1 a 13, caracterizado pelo fato de que a primeira camada de reforço (22) é constituída por uma matéria sintética armada de fibras.
15. Calçado (1), de acordo com uma das reivindicações 1 a 14, caracterizado peto fato de que a sola externa (2) compreende uma segunda camada de amortecimento (32), e pelo fato de que a primeira camada de reforço (22) é situada, no sentido da altura, entre a primeira camada de a-mortecimento (31) e a segunda camada de amortecimento (32).
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