PROCESSO PARA PRODUÇÃO DE AGREGADO FINO PARA CIMENTO A PARTIR DA LAMA VERMELHA RESULTANTE DO PROCESSO DE BENEFICIAMENTO DE BAUXITA (PROCESSO BAYER)
Campo da invenção
A presente invenção refere-se à produção em escala industrial de agregado fino a partir do rejeito proveniente do processo de beneficiamento de bauxita, "processo Bayer", conhecido neste setor industrial como lama vermelha. O processo consiste basicamente em submeter a lama vermelha em associação ou não a outros componentes minerais, a etapas de secagem, desagregação, mistura e posterior tratamento térmico de modo a formar as fases de interesse, para desenvolvimento de desempenho em serviço e diminuir a lixiviação de compostos indesejáveis. A água de constituição de algumas fases minerais presentes também é removida por meio do tratamento térmico, alterando sua estrutura mineralógica e desenvolvendo o caráter pozolânico. Na atualidade não se tem registros que produtos comerciais sejam efetivamente produzidos com este resíduo, muito embora a literatura científica aponte determinadas potencialidades de aplicação. O registro mais significativo está relacionado a incorporação de determinada quantidade de lama vermelha para a produção de tijolos para a construção civil. A literatura científica também sugere que determinadas lamas vermelhas de alguma região específica, apresente, por si só, sem qualquer tipo de tratamento, exceto secagem, alguma atividade pozolânica de baixa intensidade. Outros autores efetuaram tratamentos térmicos em faixas de temperatura diferentes das empregadas no presente processo e em alguns casos específicos concluíram que poderiam dosar certa quantidade de lama vermelha como pozolana. Na prática os resíduos continuam sendo depositados em bacias de contenção. As principais limitações de todas as referências encontradas estão relacionadas
com a pequena quantidade de lama vermelha que efetivamente substitui a fração cimentícia e em seu desempenho quanto à resistência mecânica dos corpos-de-prova. Outros estudos apontam o uso da lama vermelha na composição do clinquer, em percentuais inferiores a 5%, com resultados compatíveis, ou em alguns casos melhorados, em relação ao material de referência. No caso da presente invenção o aditivo desenvolvido não faz parte da composição do clinquer, mas pode substituir frações de até 40% em substituição ao cimento Portland sem que a resistência mecânica caia abaixo dos patamares estabelecidos por normas técnicas.
Estado da técnica
Materiais pozolânicos substitutos ou complementares ao cimento tipo Portland tornaram-se parte importante para as novas exigências técnicas e mercadológicas da construção civil. Geralmente, o seu emprego em concretos e argamassas aumentam as propriedades mecânicas e a durabilidade dos produtos a base de cimento. As fontes destes materiais podem ser de ocorrência natural, resíduos industriais, subprodutos ou matérias-primas industrializadas para este fim. Os materiais mais comuns empregados atualmente são: cinzas volantes, microsílica, escória de alto forno, cinza de casca de arroz e metacaulim. Este último é indicado como uma referência em termos de material pozolânico industrializado, pois é obtido a partir da calcinação de caulins, de alta pureza, em um intervalo de temperatura entre 650 e 800°C. Outro exemplo são as cinzas volantes que são obtidas como um subproduto da combustão de carvão mineral em temperaturas superiores a 1000°C em usinas de geração de eletricidade.
A eficiência dos materiais pozolânicos, assim como o cimento tipo
Portland está relacionada com a reação de hidratação do produto final, a qual o resultado depende das condições de processamento e da qualidade das matérias-primas empregadas.
O nível de reatividade que caracteriza a atividade pozolânica de um produto pode ser medido por meio do ensaio de Chapelle, no qual associa o consumo de hidróxido de cálcio Ca(OH)2 por grama de pozolana reagida. A quantidade de Ca(OH)2 reagido pode ser determinado por uma análise termogravimétrica diferencial (ATD - TG). Um metacaulim comercial possui valor de atividade pozolânica entre 700 e 1000 mgCa(OH)2/g. Este valor é superior aos normalmente encontrados em pozolanas a partir de escória de alto-forno (427 mgCa(OH)2/g), mas compatíveis com os obtidos de cinza volante (875 mgCa(OH)2 g). Os produtos com valores abaixo de 330 mgCa(OH)2 g são considerados de baixa atividade e não são considerados pozolânicos.
Outro ensaio normatizado (NBR 5751/92) para medir o nível de atividade pozolânica constitui em misturar 1 (uma) parte de cal hidratada, 9 (nove) de areia normal (NBR 7214/82) e o material pozolânico a se testar. Confecciona-se corpos de prova de 50 mm de diâmetro e 100 mm de altura. Cura ocorre durante 6 dias em moldes lacrados à 55°C. Para que o material seja aprovado o corpo-de-prova deverá apresentar resistência mecânica, em ensaio compressão, superior a 6 MPa no sétimo dia.
Um terceiro método, também normatizado (NBR 5752/92) empregado para determinar o nível de atividade pozolânica consiste basicamente em preparar corpos-de-prova de argamassa (50 mm de diâmetro e 100 mm de altura) com proporção 1:3, cimento: areia normal, sendo que 30% (em volume) da fração do cimento é substituída pelo material pozolânico. Após 28 dias de cura, lacrada, em estufa a 38°C mede-se a resistência mecânica a compressão, comparando-se com corpos-de-prova padrão (testemunho) que não levam a pozolana em sua composição. Para o material ser considerado uma pozolana de qualidade, deve possuir resistência superior a 70% em relação à referência. Na prática este ensaio acaba sendo o mais
empregado, uma vez que já leva em consideração a reação direta com o cimento Portland. Por outro lado não mede diretamente a reação da pozolana com o hidróxido de cálcio.
O tratamento térmico (calcinação) é o processo mais adotado industrialmente devido a suas vantagens operacionais e económicas. Quanto aos parâmetros deste processo, há duas variáveis importantes e que devem ser avaliadas: a temperatura e o tempo de residência.
Quanto aos tempos de residência ou tempo de tratamento térmico, estes podem variar de segundos (calcinação flash) até horas. A calcinação flash apresenta como diferença a baixa tendência de recristalização dos materiais ao passo que tempos de residência mais elevados podem provocar cristalizações que eventualmente interferem a atividade pozolânica.
Apesar do caulim ser o argilomineral mais utilizado, outros materiais podem desenvolver atividade pozolânica, que atenda os requisitos das normas, desde que submetidos a processamento adequado. Os metacaulins comerciais são provenientes da mineração de caulim de elevada pureza (>90% em caulinita). Na maioria dos casos este teor de pureza só é obtido após processo de beneficiamento, o que provocam aumento dos custos de produção e dos impactos ambientais.
Como indicado, a temperatura e o tempo de residência são variáveis importantes. Portanto, ao se selecionar as matérias primas para produção de pozolanas deve-se avaliar muito bem as faixas de temperatura que ocorrem as reações de dehidroxilação/amofização bem como a faixa de temperatura que ocorre recristalização de alguns compostos.
O cimento tipo Portland ainda é o material cimentício predominante mundialmente, a sua produção é realizada a partir de minerais que aportam carbonato de cálcio (CaC03), sílica, alumina e óxido de ferro. As matérias- primas reagem entre si à elevada temperatura, 1450°C, as quais ao serem
resfriada dão origem ao clinquer. Apesar dos excelentes resultados técnicos e a facilidade de aplicação, a fabricação deste produto exige uma grande quantidade de energia e promove a emissão de gases do efeito estufa em larga escala. Dados atualizados indicam que a fabricação de cimento é responsável por 7,5% de toda emissão de C02 do planeta. Diante disso, há uma necessidade crescente de novos produtos substitutos do cimento Portland como forma de reduzir sua participação na composição do concreto, substituindo-o parcialmente em concretos convencionais ou totalmente em cimentos geopoliméricos.
Desta forma, a presente invenção fornece um processo de produção de aditivo fino cimento, e este podendo ser empregado tanto em concreto como em argamassas, a partir de lama vermelha, resíduo do processo Bayer de beneficiamento de bauxita. A bauxita é a principal fonte de alumina, que por sua vez é a matéria-prima para a produção do Alumínio metálico. O Brasil ocupa lugar de destaque na produção de alumina. Estima-se que 50% da massa de toda a bauxita minerada seja de Lama Vermelha, cujo destino são bacias de contenção, sem qualquer tipo de utilização, e oferecendo risco permanente à contaminação de corpos dsagua em caso e transbordo ou rompimento.
Em síntese, o processo Bayer consiste na digestão da bauxita por soda cáustica em vaso de pressão. Nessa etapa do processo a maior parte da alumina contida na bauxita é solubilizada, dando origem a um licor. Uma grande quantidade de impurezas não são solubilizadas, propositalmente, sendo separadas do licor por decantação e/ou filtração. O licor clarificado segue para etapas posteriores até a obtenção da alumina. A borra ou torta resultante da filtração constituem a Lama Vermelha. A composição química da Lama vermelha varia de acordo com as características da jazida de bauxita, mas em geral são constituídas por óxido de ferro, que representa a maior
fração, óxido de silício, óxido de alumínio, óxido de sódio e óxido de titânio como principais constituintes. As principais fases mineralógicas presentes são: hematita, sodalita, gibsita. Podendo ainda ser identificado: silico aluminatos de sódio, quartzo, rutilo, anastásio. Outra característica comum das lamas vermelhas é a presença de soda residual livre. Também é comum que a lama vermelha solubilize alguns metais e sulfatos acima dos padrões, o que obriga o seu depósito em bacias de contenção impermeável.
Portanto, de forma a proporcionar uma aplicação comercial para a Lama Vermelha e contribuir para amenizar ou solucionar parte dos problemas ambientais causados pelo processo Bayer, a presente invenção provê um processo para produção de aditivos finos para cimento a partir do beneficiamento e processamento da Lama Vermelha.
Objetivos da Invenção
A presente invenção tem como objetivo prover um processo para a produção de aditivo fino para cimento a partir de Lama Vermelha do processo Bayer mediante tratamento térmico em temperatura apropriada.
Descrição dos desenhos
Para melhor compreensão da presente invenção é feita em seguida uma descrição detalhada da mesma, fazendo-se referências aos desenhos anexos, onde a:
FIGURA 1 mostra um fluxograma esquemático do processo de produção de pozolanas da presente invenção.
Descrição detalhada da invenção
O processo de produção de pozolanas a partir da lama vermelha subprodutos do beneficiamento da bauxita pelo processo Bayer da presente invenção tem como operações unitárias principais as seguintes etapas:
1- Etapa de dosagem e mistura - esta primeira etapa do processo contempla a dosagem e mistura de eventuais matérias-primas ou subprodutos
que venham ser incorporados à lama vermelha, numa fração de até 30%, como por exemplo: argilominerais e/ou cinza volante. Nesta fase a composição da pozolana final pode ser ajustada de forma a melhorar o desempenho do produto final e maximizar o consumo dos subprodutos na mesma proporção em que são gerados. Vários mecanismos de deslocamento e dosagens podem ser utilizados para efetuar a atividade de mistura entre os subprodutos, como pás carregadeiras, caixões alimentadores e correias. Por outro lado, a homogeneização poderá ser feita em misturador horizontal, de forma a garantir o maior controle sobre a estabilidade do produto final. O emprego desta etapa é facultativo, uma vez que a lama vermelha pura também pode ser processada.
2- Etapa de secagem- nesta etapa a formulação do produto final já está determinada e tem o objetivo de preparar composto para o processo de cominuição, haja vista que estes materiais úmidos dificultam a operação. O processo de secagem pode ser realizado em secadores rotativos, ciclônicos, grelha móvel, leito fixo ou fluidizado. A fonte de ar quente pode ser própria ou proveniente de ar de recuperação térmica. Ela pode ainda ser acoplada diretamente a etapa 4.
3- Etapa de cominuição 1 - os materiais devidamente dosados e homogeneizados passam por uma etapa de cominuição para moer e/ou desagregar o material de granulação mais grosseira. Esta cominuição pode ocorrer por compressão, choque, atrito e/ou cizalhamento. Para isto pode ser empregado britadores de mandíbulas, de cilindros horizontais ou de martelos. A granulometria resultante dos diferentes tipos de moinhos poderá variar desde pó passante em malha de 0,045 mm, até grãos passante em malhas de 25 mm. Este parâmetro será fundamental para determinar o tempo de residência no processo de tratamento térmico posterior.
Vale destacar que esta etapa de cominuição pode ser desnecessária dependendo do tipo de tecnologia e equipamento a ser selecionado para a
etapa dosagem e mistura.
7- Etapa de tratamento térmico - esta etapa é a principal de todo o processo, pois determina a qualidade e as característica pozolânicas do produto final. Os compostos combinados na forma de pó são submetidos a um tratamento térmico na faixa de temperatura de 1100 a 1250°C. O tempo de residência, na temperatura máxima pode variar entre 5 segundos até 240 minutos.
A composição dos gases da atmosfera no interior da câmara irá depender do tipo de tecnologia de forno selecionada para esta etapa, bem como do tipo de combustível adotado. Entre as opções de fornos avaliadas e possíveis de serem utilizadas neste processo estão: forno contínuo ou batelada, com grelha móvel, com vagonetas, rotativo, leito fixo, leito fluidizado ou ciclônico do tipo flash. Quanto ao tipo de matriz energética pode-se optar por: elétrica, gás natural, biomassa, biomassa gaseificada, carvão mineral, carvão mineral gaseificado, coque ou óleo combustível. Como isso a presença de oxigénio na câmara irá variar de 3 a 20 % de oxigénio.
8- Etapa de cominuição 2 - após o tratamento térmico o material poderá ser submetido a um novo processo de moagem ou desagregação, a seco, para alcançar a granulometria necessária ao bom desempenho técnico do produto comercial, estimado em aproximadamente > 95% passante em malha de aproximadamente < 100 μπι.
As etapas descritas anteriormente podem assumir diferentes configurações quanto a existência ou não de dosagem, secagem ou cominuição. Efetivamente, tais definições e dependente do tipo de tecnologia empregada na etapa de tratamento térmico. Entretanto, independente da escolha do tipo de tratamento térmico, existe a necessidade de, pelo menos, uma etapa de comunição, seja ela anterior ou posterior ao tratamento térmico. Quanto à secagem, ela sempre vai existir, uma vez que a lama vermelha
sempre é um produto de uma filtração em meio aquoso. Entretanto, este processo pode ocorrer no próprio forno onde será conduzido o tratamento térmico.
O produto final obtido no processo detalhado pelas etapas anteriormente citadas, pode também ser obtido mediante um processamento semelhante àquele empregado na produção de clínquer de cimento. Neste caso as temperaturas, tanto dos pré calcinadores quanto do forno rotativo, devem ser adequadamente reguladas para os valores supra citados.
Quanto ao seu aspecto visual, as matérias-primas antes do processo apresentam coloração avermelhada, tendendo ao claro. Após o processamento a coloração do produto final mantém o tom avermelhado, tendendo a ser mais escuro.
Um melhor entendimento do processo proposto é melhor detalhado a seguir por meio de exemplos:
Exemplo 1
Uma amostra de Lama Vermelha foi coletada diretamente da bacia de contenção de uma refinaria brasileira, secas em estufa a 110°C, moídas em moinho de bolas intermitente por 30 minutos e peneiradas em malha com abertura 0,063 mm. O pó foi calcinado em temperatura de 1000°C em forno elétrico com tempo de permanência na temperatura máxima de 60 min. O desempenho material produzido foi medido de acordo a norma NBR 5752/92, que determina o nível de atividade pozolânica conforme descrito anteriormente. O resultado de resistência mecânica a compressão relativa foi de 81±4%, superior aos 70% exigidos por norma; somatório dos óxidos de silício, alumínio e ferro de 79,6%, superior aos 70%; perda ao fogo de 0,0%,inferior a 10%; consumo de água de amassamento de 110%, inferior a 115%; área de superfície especifica (B.E.T) de 16 m2/g. No ensaio de com a cal, NBR 5751/92, a resistência obtida foi de 3,1 MPa, inferior a 6 MPa.
Dessa forma o desempenho do material produzido em associação ao cimento Portland é superior ao necessário para uma pozolana.
Exemplo 2
A mistura de pós devidamente seca e moída, preparada conforme descrito no exemplo 1 foi calcinada em forno elétrico à 800°C por um período de 60 min. O resultado de resistência mecânica a compressão relativa foi de 81 ±4%, superior aos 70% exigidos por norma; somatório dos óxidos de silício, alumínio e ferro de 79,6%, superior aos 70%; perda ao fogo de 0,0%; inferior a 10%; consumo de água de amassamento de 110%, inferior a 115% ; e área de superfície específica (B.E.T) de 26 m2/g. No ensaio de com a cal, NBR 5751/92, a resistência obtida foi de 3,0 MPa, inferior a 6 MPa. Dessa forma o desempenho do material produzido em associação ao cimento Portland é superior ao necessário para uma pozolana.
Exemplo 3
A mistura de pós devidamente seca e moída, preparada conforme descrito no exemplo 1 foi calcinada em forno elétrico à 600°C por um período de 60 min. O resultado de resistência mecânica a compressão relativa foi de 65±4%, inferior aos 70% exigidos por norma; somatório de óxidos de silicio, alumínio e ferro de 78,7%, superior aos 70%; perda ao fogo de l,0%,inferior a 10%; consumo de água de amassamento de 110%, inferior a 115% ; e área de superfície específica de 22 m2/g. No ensaio de com a cal, NBR 5751/92, a resistência obtida foi de 2,9 MPa, inferior a 6 MPa. Dessa forma o desempenho do material produzido em associação ao cimento Portland é superior ao necessário para uma pozolana.
Exemplo 4
A mistura de pós devidamente seca e moída, preparada conforme descrito no exemplo 1 foi calcinada em forno rotativo à 1200°C por um período de 15 min. O resultado de resistência mecânica a compressão relativa
foi de 80±4%, superior aos 70% exigidos por norma; alumínio e ferro de 79,6%, superior aos 70%; perda ao fogo de 0,0%,inferior a 10%; consumo de água de amassamento de 110%, inferior a 115%; área de superfície especifica (B.E.T) de 12 m2/g. No ensaio de com a cal, NBR 5751/92, a resistência obtida foi de 3,5 MPa, inferior a 6 MPa. Dessa forma o desempenho do material produzido em associação ao cimento Portland é superior ao necessário para uma pozolana.
Exemplo 5
A mistura contento 80% de lama vermelha e 20% de uma argila plástica típica foi devidamente dosada, seca e moída, preparada conforme descrito no exemplo 1 foi calcinada em forno elétrico rotativo à 1200°C por um período de 15 min. O resultado de resistência mecânica a compressão relativa foi de 90±4%, superior aos 70% exigidos por norma; somatório dos óxidos de silício, alumínio e ferro de 78%, superior aos 70%; perda ao fogo de 0,0%, inferior a 10%; consumo de água de amassamento de 105%, inferior a 115%; No ensaio de com a cal, NBR 5751/92, a resistência obtida foi de 4,0 MPa, inferior a 6 MPa. Dessa forma o desempenho do material produzido em associação ao cimento Portland é superior ao necessário para uma pozolana.
Legenda das Figuras
Figura 1: Fluxo-grama qualitativo do processo de produção de pozolana a partir de lama vermelha.
1 - Entrada de lama vermelha;
2 - Entrada de outros materiais ou mistura dos mesmos (argilominerais, caulins, cinzas pesas ou volantes, proveniente da queima de carvão mineral, ou escorias de alto forno);
3 - Pozolana.