PT95783B

PT95783B - Centrador para a haste de uma protrese intramedular

Info

Publication number: PT95783B
Application number: PT95783A
Authority: PT
Inventors: Alan Miles Ashby
Original assignee: Howmedica
Priority date: 1989-11-06
Filing date: 1990-11-05
Publication date: 1998-07-31
Also published as: PT95783A; DE69001289T2; EP0427444A1; AU622055B2; ES2040063T3; AU6583290A; DK0427444T3; JPH03261472A; DE9015067U1; JPH0568986B2; US5092892A; GB8924985D0; ATE87813T1; IE64856B1; DE69001289D1; IE903929A1; EP0427444B1

Description

CENTRADOR PARA A HASTE DE UMA PRÓTESE INTRAMEDULAR

A presente invenção diz respeito a um centrador para a haste de uma prótese intramedular.

São conhecidos dispositivos deste género, por exemplo como se descrevem no pedido de patente de invenção britânica N^s 2 104 391. Um inconveniente destes dispositivos é que os dedos elásticos e flexíveis que são proporcionados para centrar a extremidade da ponta da haste da prótese apenas podem ser empurrados para dentro numa certa extensão, podendo surgir dificuldades se o canal intramedular for particularmente estreito. Compreender-se-ã que o espaçador serve não só para centrar a extremidade da ponta da prótese como também para impedir que ela se encoste efeetivamente a uma parede do canal.

Um outro inconveniente dos dispositivos deste género é que tendem a deixar espaços vazios e bolhas de ar no cimento atrás dos mesmos, quando são empurrados para baixo, formando-se estes espaços vazios e as bolhas de ar também por detrás dos dedos, isto é, entre os dedos e o corpo do dispositivo. Isso deve ser evitado, pois pode tornar-se um ponto fraco e o início de uma fissura no interior do manto de cimento.

A presente invenção destina-se a evitar alguns dos inconvenientes atrás referidos.

E igualmente vantajoso proporcionar um centrador no qual, em certas circunstâncias, as forças que provocam subsidência, tais como uma carga elevada na prótese, são suficiente mente elevadas para fazer com que a haste se desloque mais para o interior do manto de cimento, e portanto mais para o interior do centrador, o que tem a vantagem de poder absorver es te movimento proporcionando meios para aceitar o movimento da co bertura da extremidade da haste, para desse modo impedir a con tinuação da perfuração no cimento e provocar a sua rotura.

Segundo a presente invenção, um centrador para a haste de uma prótese para introdução num canal intramedular compreen de uma parte de corpo anular para colocação na extremidade da ponta da referida haste e provida de três ou mais nervuras ou asas deformáveis elasticamente, que se projectam para fora a partir da mesma e que estão adaptadas para se dobrar perifericamente e para dentro no sentido da referida parte do corpo.

Assim, com esta construção, as nervuras são flectidas para dentro no sentido da parte do corpo quando a haste entra na parte mais estreita de um canal. Além disso, devido ao facto de as nervuras poderem ser feitas com uma secção relativamente fina, elas abrem o seu caminho através do cimento de ossos quando a haste é introduzida sem ter de escavar para abrir o caminho através do cimento, deixando espaços vazios no seu sulco. Assim, evitam-se ou reduzem-se os espaços vazios e as bolhas de ar.

Uma outra vantagem é que estas nervuras ou asas podem

ceder e baixar-se para dentro até um diâmetro menor do que 10 mm e portanto o cirurgião terá menos frequentemente a necessidade de ajustar os meios de guia no tubo central. Esta operação complementar tem sido muitas vezes necessária com as construções descritas no pedido de patente de invenção atrás referido.

De preferência, as nervuras ou asas estendem-se para baixo a partir da referida parte do corpo em direcções tangenciais, de modo que ficam alinhadas, prontas para a deformação na direcção correcta.

A parte do corpo pode estar provida de meios de controlo para permitir que a extremidade da ponta se mova mais para o seu interior depois do ajuste e depois de se terem cimentado no seu lugar a prótese e o centrador.

Com -esta disposição, a parte de corpo é de preferência modelada por forma a envolver a extremidade da ponta da haste da prótese.

Assim, a parte de corpo pode ter a forma de uma taça, uma de cujas extremidades é fechada e os meios de controlo estão providos de um colar de controlo deformável que pode estar num ponto médio ou na extremidade aberta de taça.

Assim, a extremidade da ponta está sempre envolvida, mesmo após alguma subsidência da prótese que se tenha verfificado, sem que a ponta se deforme como resistência a essa subsidência.

Em alternativa, o centrador pode ser proporcionado em

-4combinação com meios de envolvimento separados para alojar a extremidade da ponta da referida haste e que estão dotados de meios de controlo para permitir que a ponta se mova mais para o interior do referido alojamento para subsequentemente se ajustar.

Os meios de envolvimento podem ser proporcionados sob a forma de uma parte da taça, uma de cujas extremidades é fechada e sendo os meios de controlo a forma de um colar, no ponto médio ou na extremidade da taça.

centrador e/ou os meios de envolvimento podem ser feitos de um material semelhante a material de cimento de ossos, que assim permitirá que ele fique bem integrado com o manto de cimento e impedindo qualquer enfraquecimento ou criação de furos. Assim, ele pode ser feito de polimetacri1 ato de metilo a que e se adicionou um material de enchimento para proporcionar um pouco mais de flexibilidade. 0 cimento de ossos deslizará de modo que, depois de se integrar no centrador, o meio de controlo pode continuar a funcionar.

A presente invenção refere-se também a um centrador e/ /ou meios de envolvimento como atrás se referiu em combinação com um dispositivo protético, por exemplo a haste de uma prótese de substituição da anca ou do joelho.

A presente invenção pode ser realizada de várias maneiras, descrevendo-se a seguir algumas formas de realização, a título de exemplo e com referência aos desenhos anexos, cujas figuras representam

A fig. 1, num alçado lateral em corte, um centrador segundo a presente invenção;

A fig. 2, uma vista em planta do centrador representado na fig. 1;

A fig. 3, uma vista em planta de uma outra construção;

A fig. 4, uma vista lateral, com corte parcial, de uma outra construção do centrador montado em combinação com meios de envolvimento na haste de uma prótese intramedular;

A fig. 5, uma vista em planta do centrador representado na fig. 4; e

As figs. 6 e 7, uma outra forma de construção.

Como se representa na fig. 1, o centrador compreende meios para centrar uma prótese e ao mesmo tempo inclui meios para se adaptar uma subsidência subsequente da haste da prótese para o interior de uma manto polimerizado, curado ou de cimento solidificado num canal medular, depois da implantação cirúrgica.

dispositivo actua por forma a situar a extremidade da ponta (1) da haste (2) de um dispositivo de prótese da anca indicada pela linha a tracejado (3), colocando-a no interior do canal medular no qual é ajustado para impedir o contacto entre a haste do dispositivo da prótese da anca e o osso e para actuar por forma a compensar a referida subsidência.

centrador compreende uma parte de corpo (4) com a forma de uma taça com uma extremidade inferior fechada (5) e uma extremidade superior aberta (6). Esta extremidade superior (6) da taça é proporcionada como um colar (7) deformável. No dese-6·

nho, ο colar está representado na posição não aplicada, mas quando empurrado para uma prótese ele tende a deformar-se para fora, para a posição representada a tracejado em (8).

Podem proporcionar-se meios para manter a haste (1) afastada da parede de um canal medular, formados por três braços (10), (11) e (12), a distâncias iguais e projectando-se tangencialmente para fora.

As dimensões do colar de controlo (7) estão dispostas de modo que, quando o centrador for empurrado para a tampa da prótese, ele deforma-se ligeiramente para a posição representada a tracejado em (8), posição na qual é mantido. Ajusta-se agora a prótese empurrando-a para o interior do canal medular, que foi convenientemente preparado e que contém o cimento necessário, porque o cimento não foi ainda polimerizado, curado ou solidificado, não sendo por isso as forças suficientes para forçar o colar (7) no seu trajecto completo na ponta da haste (1).

A prótese é introduzida no lugar apropriado, deformando-se os braços (10), (11) e (12) para dentro, para garantir a sua localização correcta. Na fig. 2 está representada a tracejado uma posição deformada típica dos braços .

colar central (7) actua como uma vedação em torno da haste (1) e é efectivo para manter um pequeno espaço vazio distante da ponta da haste.

Na disposição descrita, o centrador é moldado de polimetacrilato de metilo a que se adiciona um material de enchimento, para proporcionar mais flexibilidade, sendo assim os

braços (10), (11) e (12) deformáveis elasticamente, tal como o é o colar de controlo (7).

Com o centrador em posição, o centrador de polimetacrilato de metilo integra-se bem com o cimento, que pode ser de um material análogo, sem o enchimento para a flexibilidade, impedindo-se assim qualquer enfraquecimento ou criação de furos.

Quando a prótese tiver sido utilizada durante algum tem po ela pode ter a tendência para se afundar mais no cimento. Is so pode ser compensado pelo colar de controlo que se deforma pa ra permitir que a prótese passe mais para o interior da taça (4). Compreeender-se-á que isso reduzirá consideravelmente as probabilidades de os braços (10), (11) e (12) se afastarem e sofrerem rotura ou a própria taça se afundar mais. 0 movimento é meramente compensado por deformação da taça e do manto de cimento que a envolve. Além disso, a ponta da prótese mantém-se completamente coberta, compensando assim o intervalo entre a ; extremidade inferior da prótese e a superfície interior (13) da extremidade inferior da taça o movimento.

Um dispositivo deste género pode ser usado com qualquer haste desde que as dimensões interiores da taça sejam suficientemente grandes e tenham uma geometria apropriada para se ajustar à extremidade da anca. Mas o dispositivo é particularmente apropriado para ser usado com próteses tais como a prótese

EXETER que não tem colar na parte superior. Este tipo de has te de prótese é concebido no princípio do encaixe cónico entre a haste metálica e o cimento. E importante que essa forma có,^ι

nica volte a encaixar-se se houver qualquer movimento no cimento e, para conseguir isso, é importante que não haja nenhum cimento em torno da ponta distante da haste.

A fig. 3 mostra uma construção alternativa, na qual se utilizam os mesmos números de referência para indicar partes semelhantes. Mas, nesta construção, as nervuras ou asas (10), (11) e (12) são direitas em vez de curvas, embora sejam tangentes à taça (4).

Mais uma vez esta representada uma taça com três nervuras ou asas, mas compreende-se que possam usar-se quatro ou cinco asas, se se desejar.

Na disposição representada nas figs. 4 e 5, proporcionam-se meios de envolvimento separados (15), os quais estão separados do centrador (16) e, como anteriormente, fixados na ponta da haste antes da inserção. A haste da prótese está indicada pela referência numérica (2) e a sua ponta pela referência numérica (1).

Os meios de envolvimento (15) são proporcionados por uma taça (17) que tem uma extremidade inferior (18) fechada e uma extremidade superior (19) aberta. A extremidade superior (19) da parte da taça está provida de um colar deformável (20).

A superfície interior da extremidade inferior da taça (17) está indicada pela referência numérica (21).

centrador (16) pode, por exemplo, ter uma vista em planta semelhante às figs. 2 e 3 mas, na forma de realização . representada, compreende quatro braços (22), (23), (24) e (25) ^9igualmente espaçados, que se estendem tangencialmente a partir de um anel ou colar (26). Este anel actua como meio de controlo para localizar o centrador na prótese.

centrador e os meios de envolvimento podem mais uma vez ser moldados de polimetacrilato de metilo ao qual se tenha adicionado um material de enchimento, para proporcionar maior flexibilidade, e de modo que os braços (22), (23), (24) e (25) sejam deformáveis elasticamente, como é o colar (26).

As dimensões do colar estão dispostas de modo que,quando o centrador é empurrado para a ponta da prótese, o anel deforma-se ligeiramente de modo que é mantido em posição. A taça (18) é agora empurrada para a ponta da prótese, deformando o colar de controlo (20) a mesma, para a manter na posição.

A prótese é agora montada da maneira descrita atrás, sendo usado o mesmo processo relativamente ao cimento e à prótese que nele mergulha, como se descreveu relativamente às figs. 1, 2 e 3.

Nos dispositivos descritos atrás, o colar de controlo susceptível de ser moldado (7) é proporcionado na taça na sua extremidade superior.aberta (6) e a taça tem lados substancialmente paralelos. Com a geometria interna cilíndrica, as hastes muito delgadas podem sair no fundo do centrador e, para hastes muito grossas, o centrador pode sair da haste antes da inserção, durante a cirurgia.

As figs. 6 e 7 representam uma outra construção que é mais adaptável às hastes de formas e dimensões variáveis. Nes-10-

ta construção, o centrador compreende uma taça com uma parte de corpo (30) e braços projectando-se tangencialmente, designados pela referência numérica (31). A parte superior da superfície interior da taça é cónica, como se mostra em (32), de modo que se proporciona um colar de controlo (33) efectivo num ponto deslocado da extremidade superior (34).

Na disposição representada na fig. 7, que é para uma haste estreita, a referência (R) indica o raio da ponta da haste. As dimensões são escolhidas de modo tal que o raio do. furo (35) da taça é igual ao raio da ponta da haste.

Fazendo a extremidade superior aberta do furo (35) cónica, da maneira descrita, verificou-se que uma dimensão única do centrador pode adaptar-se a várias dimensões da haste. Assim, a fig. 6 mostra a utilização de um centrador para uma haste de grandes dimensões e a fig. 7 ilustra a utilização do mesmo centrador com uma haste estreita.

Em qualquer dos casos ver-se-á que a parte da superfície interna do furo adjacente à mudança de dimensões nas superfícies laterais paralelas proporciona um colar de controlo.

Compreender-se-á que pode utilizar-se o mesmo tipo de configuração e dimensões internas para a taça com meios de envolvimento (15) separados do tipo representado na fig. 4. 0 centrador (16) da fig. 4 e da fig. 5 pode ter o furo interior de lados direitos ou pode ser inclinado a partir de uma extremidade para a outra ou, mais uma vez, em alternativa, poderia ter superfície inclinadas invertidas ou uma inclinação numa ex-

tremidade e substancialmente paralela na outra e como se vê a partir da fig. 5, a secção transversal do furo interno pode ser apropriada para a haste com a qual é usada, podendo por exemplo ser substancialmente rectangular, triangular, circular ou de qualquer outra forma apropriada.

Compreender-se-á que, devido ao material que é usado, as peças se tornam completamente integradas com o cimento, impedindo assim qualquer enfraquecimento ou criação de furos, mas pode compensar-se o movimento da prótese. A utilização de nervuras ou asas que se dobram para dentro permite usar a prótese em canais estreitos mas o mais vantajoso é o facto de se evitar a produção de espaços vazios, intervalos e furos por detrás das nervuras ou asas quando se insere a prótese no cimento.

Claims

REIVINDICAÇÕES

1.- Centrador para a haste de uma prótese para introdu ção num canal intramedular, caracterizado por compreender uma parte de corpo anular para colocação na extremidade da ponta da referida haste e provida de três ou mais nervuras ou aletas deformáveis elasticamente que se projectam para fora a partir da mesma e que estão adaptadas para se dobrar circularmente e para dentro no sentido da referida parte do corpo.
2.- Centrador de acordo com a terizado por as referidas nervuras ou ra fora a partir da referida parte de genciais.

reivindicação 1, caracaletas se estenderem pa corpo em direcções tan-13.*í
3. - Centrador de acordo com as reivindicações 1 ou 2, caracterizado por a referida parte de corpo estar provida de meios de controlo para permitir que a referida extremidade da ponta se desloque mais para o interior da mesma depois da sua montagem.
4. - Centrador de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por a referida parte de corpo ser formada de modo a encerrar a extremidade da ponta da referida prótese.
5. - Centrador de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por a referida parte de corpo ter a forma de uma ta ça, sendo uma das suas extremidades fechada, e por os meios de controlo serem proporcionados por um anel de controlo deformãvel na extremidade aberta da taça.
6. - Centrador de acordo com a reivindicação 3, em com binação com meios de contenção para alojar a extremidade da ponta da referida haste, caracterizado por os referidos meios estarem providos de meios de controlo para permitir que a pon ta se deloque mais para o interior dos referidos meios de con tenção depois da montagem.
7.- Centrador de acordo com a reivindicação 6, caracterizado por os referidos meios de contenção terem a forma de uma porção de taça, uma de cujas extremidades é fechada, e

-14por os meios de controlo terem a forma de um colar na outra ex tremidade da taça.
8. - Centrador de acordo com uma qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por o centrador e/ou os meios de contenção serem feitos de cimento de ossos.
9. - Centrador de acordo com a reivindicação 8, caracte rizado por ser feito de.polimetilmetacrilato a que se adicionou um material de enchimento.
10.- Centrador e/ou meios de contenção de acordo com qualquer das reivindicações anteriores, caracterizado por se promover a sua associação com., um dispositivo protético.