PT1833434E

PT1833434E - Dispositivo plantar para estimulação vertical proprioceptiva, exteroceptiva, pressoceptiva e /ou reflexogénea

Info

Publication number: PT1833434E
Application number: PT05807180T
Authority: PT
Inventors: Maria Antonietta Fusco
Original assignee: Neuroreflex Ltd
Priority date: 2004-11-23
Filing date: 2005-11-21
Publication date: 2008-07-31
Also published as: WO2006056931A1; DE602005006323T2; ATE392873T1; DE602005006323D1; ITRM20040573A1; JP2008520323A; CA2589170A1; CA2589170C; EP1833434A1; DK1833434T3; EP1833434B1; PL1833434T3; ES2307213T3; AU2005308493A1; US20090188129A1

Description

DESCRIÇÃO

Dispositivo plantar para estimulação vertical proprioceptiva, exteroceptiva, pressoceptiva e / ou reflexogênea 0' presente invento refere-se a um dispositivo plantar do tipo adequado para ser usado para a estimulação proprioceptiva, exteroceptiva, pressoceptiva e / ou reflexogênea da sola do pé para a correcção de problemas músculo-esqueléticos, miofaciais e / ou perturbações vasculares.

Tal como é sabido, a refloxoterapia plantar consiste na estimulação de determinados pontos da planta do pé, correspondendo substancialmente às inserções musculares dos chamados músculos intrínsecos para a manutenção dos arcos plantares, com cuja estimulação é possível afectar a fisiologia geral do corpo humano para efeitos terapêuticos.

Em particular, é possível a correcção terapêutica das anomalias posturais ascendentes.

Com diapositivos plantares concebidos para o efeito é possível executar a dita estimulação durante muitas horas sem perturbar o paciente, usando apenas sapatos nos quais o dispositivo plantar foi, de facto, inserido ou incorporado. São conhecidos diferentes tipos de dispositivos plantares que têm como objectivo executar a estimulação, acima mencionada, de zonas escolhidas da planta do pé para objectivos reflexológicos, por exemplo para melhorar ou corrigir a deambulação ou posição da pessoa.

No entanto, os dispositivos plantares conhecidos têm, geralmente, elementos de estimulação, tais como, por exemplo, altos, todos do mesmo tipo e, assim, aptos para exercer uma acção única e não diferenciada nas várias zonas e subzonas da 1 planta do pé, não sendo, assim, selectivas em relação ao tipo de estimulação específica que pode ser mais adequado para cada zona única ou porção de zona da planta do pé e para cada paciente. Por causa disto, os dispositivos plantares conhecidos não são totalmente satisfatórios em termos de resultados terapêuticos obteníveis. A Patente US 4 345 38 7 revela uma palmilha tendo uma pluralidade de protuberâncias na forma de bolsas de ar. Tais protuberâncias podem ter alturas diferentes e proporcionar uma função de amortecimento e suporte.

Assim, o problema técnico posto e resolvido pelo presente invento consiste em proporcionar um dispositivo plantar para a estimulação proprioceptiva, exteroceptiva, pressoceptiva e / ou reflexogénea da sola do pé, permitindo ultrapassar as desvantagens mencionadas acima com referência à técnica conhecida.

Um tal problema é resolvido por um dispositivo plantar de acordo com a reivindicação 1.

As características preferidas do presente invento estão ilustradas nas reivindicações dependentes. 0 presente invento proporciona algumas vantagens importantes. A principal vantagem consiste no facto do dispositivo plantar do invento, tendo pelo menos dois tipos diferentes de elementos elásticos de estimulação colocados na mesma zona de estimulação - e possivelmente aí combinados - ou em zonas diferentes, permite obter uma estimulação e suporte específicos e selectivos. Em particular, no presente contexto, elementos de estimulação "substancialmente diferentes" significa que estes elementos têm deformabilidade elástica e / ou propriedades de estimulação diferentes. 2

Além disso, o dispositivo plantar exerce sempre uma pressão no sentido vertical, de modo a poder actuar no tono do sistema anti-gravitacional de toda o organismo.

Outras vantagens, características e modos de aplicação do presente invento serão tornados evidentes a partir da descrição detalhada seguinte de algumas representações, ilustradas por meio de exemplo e não para efeitos limitativos. Será feita referência âs figuras dos desenhos anexos, em que: - a figura 1 é uma planta de uma primeira representação do dispositivo plantar de acordo com o presente invento; a figura 2 é uma vista em corte transversal do dispositivo plantar da figura 1, ao longo da linha X - X desta última figura; - a figura 3 é uma planta de uma segunda representação do dispositivo plantar de acordo com o presente invento; a figura 4 é uma vista em corte transversal do dispositivo plantar da figura 3, ao longo da linha X-X desta última figura; - a figura 4A ilustra um detalhe ampliado do dispositivo plantar da figura 4; - a figura 5 é uma planta de uma terceira representação do dispositivo plantar de acordo com o presente invento; e - a figura 6 é uma planta de uma quarta representação do dispositivo plantar de acordo com o presente invento.

Com referência em primeiro lugar às figuras 1 e 2, um dispositivo plantar para a estimulação da planta do pé de acordo com uma primeira representação do invento é identificada globalmente com 1. 0 dispositivo plantar 1 é do tipo apto para ser extraído e introduzido de uma forma amovível num sapato. 3 0 dispositivo plantar 1 é implementado de modo a poder executar a estimulação proprioceptiva, exteroceptiva, pressoceptiva e / ou reflexogénea para a correcção de problemas músculo-esqueléticos, miofaciais e / ou perturbações vasculares de uma pessoa. o dispositivo plantar 1 compreende, de preferência, uma primeira camada inferior 2 apta a entrar em contacto com a sola interior do sapato e uma segunda camada superior 3 apta a entrar em contacto com a planta do pé da pessoa, cujas camadas 2 e 3 têm a mesma forma e dimensões e estão dispostas de uma forma sobreposta e acoplada. A primeira camada 2 fina e, de preferência, com uma espessura igual a cerca de 1 mm, é feita de preferência numa borracha não tõxica e num material substancialmente não alérgeno, tendo particularidades adequadas de longa duração. Como material de borracha, é preferido um material com origem natural e, em particular, borracha-do-pará ou cabedal natural regenerado e elástico. É claro que uma pessoa com experiencia na técnica pode tomar em consideração que pode ser usado qualquer outro tipo de material não alérgeno com propriedades mecânicas equivalentes. Em particular, poderiam ser usadas borrachas sintéticas, por exemplo borrachas de silicone. A segunda camada 3, também fina, é feita num material macio ao toque e adequado para a planta do pé, em particular do tipo que, ao toque, se pode assemelhar à camurça. Também neste caso é preferido um tecido de origem natural, e em particular alcantara. Variantes da representação podem então proporcionar a utilização de um tecido ou uma folha laminada de um material adequado para garantir a transpiração do pé e um conforto de contacto suficiente. 4 A primeira camada 2 e a segunda camada 3 são coladas entre elas em zonas adequadas, como será melhor descrito de seguida. A estrutura do dispositivo plantar 1 é reforçada por um cordão periférico 4, continuo ao longo do bordo 5 do dispositivo plantar l. A escolha dos materiais e da estrutura mencionada acima torna o dispositivo plantar muito resistente. Isto é muito importante, uma vez que este tipo de dispositivos plantares esta sujeito a um grande desgaste, principalmente devido à transpiração do pé e às tensões transversais determinadas pela pressão exercida pelo pé durante a deambulação, cujo desgaste pode afectar negativamente a capacidade de estimulação do dispositivo plantar que, pelo contrário, tem de permanecer inalterado durante um período de tempo suficientemente longo.

De acordo com o invento, o dispositivo plantar 1 inclui, então, uma pluralidade de elementos de estimulação colocados nos pontos proprioceptores, exteroceptores, pressoceptores e / ou reflexolõgicos da planta do pé.

Como é sabido pelos que têm experiência na técnica, como está lembrado na introdução, tais pontos proprioceptores, exteroceptores, pressoceptores e / ou reflexolõgicos, do tipo superficial, articular e profundo estão localizados substancialmente nas inserções musculares da planta do pé.

Ainda de acordo com o invento, os elementos de estimulação são de dois tipos substancialmente diferentes.

Um primeiro tipo de elemento de estimulação consiste em altos deformáveis elasticamente formados entre as primeira e segunda camadas 2 e 3. Para isto, o dispositivo plantar 1 está equipado com uma pluralidade de células 6, nas quais as primeira e segunda camadas 2 e 3 não têm adesivo que as 5 mantenha juntas. A periferia das células 6 pode ser definida e reforçada por cordões lineares respectivos 7.

No presente representação, cada célula 6 é cheia ou pode ser cheia com partículas elásticas discretas 8 tendo uma forma substancialmente irregular com superfícies e arestas, e feitas em borracha substancialmente não alérgena. As partículas 8 podem ser fabricadas cortando adequadamente em pequenos cubos a mesma placa de borracha-do-pará usada para embalar a primeira camada 2 do dispositivo plantar 1, tendo cada um, de preferência dimensões transversais (espessura) de cerca de 1 mm.

De preferência, o material de enchimento das células é do tipo conhecido sob o nome comercial Biotense®. Em alternativa, podem ser cheias com borracha natural.

Assim, as células 6 cheias com partículas 8 formam os altos mencionados acima.

Na presente representação, cada célula 6 tem uma abertura 9, disposta perto do cordão linear respectivo, para permitir o seu enchimento por meio de uma cânula ou dispositivo análogo. As aberturas 9 podem ser então fechadas logo que o seu enchimento tenha terminado.

As células 6 podem permanecer vazias até que, com base em prescrições médicas, sejam cheias com uma quantidade adequada de partículas elásticas 8. Subsequentemente, as aberturas 9 podem ser fechadas de novo, evitando que as partículas 8 saiam da sua sede. A espessura de cada alto, que é formado devido ao enchimento com as partículas e à elasticidade natural da alcantara e da borracha, é, de preferência, de 3 mm.

Uma pessoa com experiencia na técnica entenderá que, como alternativa ou em associação com as ditas partículas discretas 6 8, cada célula 6 pode ser cheia cora qualquer outro tipo de material elástico, por exemplo um material do tipo gel, que é fácil de ser manipulado e inserido nas células, ou com folhas de silicone, de preferência com uma espessura de cerca de 2 - 3 mm, ou mesmo com silicone ou outro material granulado elástico com forma regular ou irregular. A forma, a espessura e a elasticidade de cada alto são predeterminadas para uma tensão reflexoterapeutica correcta dos pontos proprioceptores, exteroceptores, pressoceptores e / ou reflexológicos em geral da planta do pé. Em particular, o enchimento das células 7 é executado com base nas indicações terapêuticas relacionadas com o paciente que tem de usar o dispositivo plantar 1.

No presente invento, cada dispositivo plantar 1 tem seis altos elásticos, com forma diferente de acordo com a sua posição, correspondendo âs respectivas áreas proprioceptiva e pressoceptiva da planta do pé. Em particular, um primeiro alto elástico 11 no adutor do dedo grande do pé, um segundo alto 12 para curto flexor do .dedo grande do pé, um terceiro alto 13 para o curto flexor do quinto dedo, um quarto alto 15 para a cunha supinadora, um quinto alto 16 para a cunha de pronação e um sexto alto 17 para o adutor do dedo grande do pé / adutor do quinto dedo. 0 segundo tipo de elementos de estimulação consiste numa ou mais molas helicoidais de compressão 18 que, no presente exemplo, estão colocadas no adutor do quinto dedo do pé e se prolongam na direcção substancialmente ortogonal à planta do pé. Tais molas estão representadas muito esquematicamente na figura 1, e em maior detalhe na figura 2. Pode ser proporcionada uma fixação entre as duas camadas do dispositivo plantar 1, por meio de linhas de cola e / ou cordões 7 periféricos, apenas na periferia da zona na qual a mola helicoidal ê colocada, tal como esta ilustrado esquematicamente na figura 1, de modo a proporcionar uma caixa de contenção ou célula para os elementos elásticos 18 colocados nessa zona.

Cada mola 18 tem uma primeira extremidade 41 presa na camada inferior 2, e uma segunda extremidade 42 apta para actuar na planta do pé. Para isto, nessa segunda extremidade 42, cada elemento elástico tem meios 19 para acoplamento com a planta do pé, que, no presente invento, é feito por meio de um elemento com a forma substancial de uma meia esfera, uma cúpula ou uma gota, e feito, de preferência, num material elástico tal como, por exemplo, silicone, borracha ou borracha-do-pará. No caso mencionado acima, no qual também as molas 18 estão encerradas numa invólucro, o contacto entre os meios 19 e a planta do pé será mediado pela camada superior 3 do dispositivo plantar 1.

Ainda com base numa representação preferida, os meios de acoplamento 19 têm uma altura compreendida num intervalo de cerca de 1 - 1.5mm, e uma largura plana de cerca de (2x2)mm.

Os meios de acoplamento 19 tornam confortável o assentamento da planta do pé no dispositivo plantar, e permitem que a onda de pressão se propague para uma área das zonas proprioceptiva, exteroceptiva, pressoceptiva e / ou reflexogénea da planta do pé sem criar decubití ou irritações.

Com base numa representação preferida, o corpo principal dos elementos elásticos compreendidos entre as duas extremidades 41 e 42 é feito num material fibroelástico tal como, por exemplo, fibra de carbono ou aço endurecido com deflexão controlada, que é específico paro o peso a que tem de ser sujeito e para as característícas antropométricas do doente. 8 A rigidez e / ou altura dos elementos elásticos 18 pode ser também diferenciado em zonas diferentes da planta do pé. Em particular, pode ser definido que a altura e a rigidez dos elementos elásticos 18 seja maior no centro da dita zona correspondente ao adutor do quinto dedo do pé.

Será entendido que, no entanto, a forma, a altura e o nível de rigidez de cada elemento elástico 18 pode ser escolhido de modo a conseguir-se uma tensão reflexoterapeutica dos pontos proprioceptores, exteroceptores, pressoceptores e / ou ref lexolõgicos em geral da planta do pé de cada doente específico e para cada patologia específica. Estes parâmetros são escolhidos com base nas indicações terapêuticas e necessidades de estimulação relacionadas com o paciente que tem de usar o dispositivo plantar 1.

As variantes da representação podem então proporcionar células e molas dispostas em posições correspondendo a qualquer outro ponto da estimulação exteroceptiva, pressoceptiva e reflexológica da planta do pé, em associação, ou não, com os sete pontos proprioceptivos mencionados acima. Além disso, a posição das molas helicoidais e dos altos poderia ser mudada para satisfazer necessidades de estimulação específicas. 0 dispositivo plantar 1 de acordo com o presente invento pode ser feito com vários tamanhos.

Com referência igualmente à figura 1, durante a deambulação, os altos 11, 12, 13, 15, 16 e 17 e os elementos elásticos 18 são esmagados sob o peso da pessoa e então, pouco a pouco, quando a carga é eliminada gradualmente, retornam para a sua posição de repousa estendida. De preferência, a rigidez dos elementos elásticos 18, ou pelo menos de uma parte, ê tal que, sob a carga máxima exercida pela pessoa, reduz a sua altura em cerca de 1/3 ou cerca de 1/2. 9 0 dispositivo plantar do invento está sujeito a várias representações alternativas à descrita até agora, algumas das quais serão descritas de agora em diante com referência aos elementos únicos que os diferencia do que foi ilustrado até agora.

Em primeiro lugar, o dispositivo plantar pode ser incorporado permanentemente num sapato, em vez de ser dele amovível.

Além disso, os elementos elásticos 18 podem proporcionar uma implementação diferente em relação â ilustrada acima, por exemplo através da substituição, em todos ou em alguns elementos, das molas helicoidais por molas de compressão espirais.

Com base na representação adicional ilustrada nas figuras 3, 4 e 4A, os elementos de estimulação diferente estão presentes, em simultâneo, numa ou mais zonas a serem estimuladas. Em particular, no exemplo ilustrado nas ditas figuras na zona correspondente à inserção do músculo adutor do dedo grande do pê, é proporcionado um alto 110, contendo, quer as partículas mencionadas acima com forma irregular 8, quer as molas helicoidais 18.

Em geral, no que diz respeito às zonas que podem necessitar ou beneficiar de uma estimulação dupla executada, quer com as molas de pressão vertical, quer com partículas elásticas, existe também o curto flexor do dedo grande do pé, uma vez que esta é a área com maior sobrecarga articular do pé, quer durante a deambulação, quer na posição erecta, a inserção do adutor do dedo grande do pé e as cunhas. No que diz respeito, em particular, ao adutor do dedo grande do pé e à cunha média, a dita estimulação combinada é útil na presença de pé chato do 2° ou 3o grau. No que diz respeito ao adutor do 10 quinto dedo do pé e à cunha lateral, a dita estimulação combinada é útil se existir pé cavo ou pê boto.

Além disso, nalgumas situações específicas da arquitectura tridimensional alterada dos três arcos da planta do pé, é necessária a estimulação dos músculos intrínsecos, não só do tipo elástico, mas também do tipo elasto-pressor com curso vertical do fundo até ao topo, tal como o proporcionado pelas molas 18. Isto é determinado pela estrutura particular do tipo abóbada dos nossos pés, que deveriam ter três arcos e mantê-los também na posição erecta. Como é bem sabido dos que têm experiência na técnica, os três arcos são; um arco transversal dianteiro que parte da articulação metatarso-falângica do primeiro dedo do pé até à articulação metatarso-f alângica do quinto dedo, um arco médio longitudinal que parte da articulação metatarso-falângica do primeiro dedo para o tubérculo inferior do osso do calcanhar e um arco lateral longitudinal que vai da articulação metatarso-falângica do quinto dedo até ao tubérculo inferior do osso do calcanhar. As alterações mais frequentes que são encontradas são carregadas com a saliência máxima dos três arcos e, em particular, das áreas de inserção do adutor do dedo grande do pé para o arco transversal dianteiro do adutor do dedo grande do pé até ao arco médio longitudinal, o adutor do quinto dedo até ao arco lateral longitudinal.

Nalgumas situações claramente mais patológicas, tal como o pé chato do terceiro grau com valgus do ante pé e inclinação média da fenda da articulação do tornozelo, ou o pé cavo do terceiro grau com ante pé varus e inclinação lateral da fenda da articulação do tornozelo, é importante e necessário para uma correcção completa, não só estimular as extremidades dos nervos exteroceptivo e proprioceptivo destas zonas, mas também poder 11 exercer uma tensão mecânica, ainda do tipo elástica, voltando à normalidade tão rapidamente quanto possível o eixo da articulação do tornozelo, para além dos músculos do pé.

Assim, a possibilidade de poder exercer em simultâneo estimulações nos vários pontos da planta do pé com elementos de estimulação de tipo diferente, tal como proporcionada no presente invento, resultará particularmente útil em caso de danos anatômicos do pé, em particular do pé boto congénito, como resultado de poliomielite ou miastenia grave, ou na reabilitação põs-cirúrgica ou pôs-traumática do pé.

Além disso, com base numa terceira representação ilustrada na figura 5, as zonas de estimulação adicionais existentes sob os dedos dos pés são proporcionadas, por exemplo, para a terapia do dedo em martelo ou em garra ou para o realinhamento. Na presente representação, são proporcionados três elementos adicionais de estimulação, identificados com 20, 21 e 22, respectivamente, que executam, de facto, uma estimulação e um suporte dos dedos dos pés. De preferência, estes três elementos de estimulação são altos do tipo já descrito, cheios com um material elástico, de preferência partículas discretas com forma irregular, já ilustradas. A figura 6, então, ilustra uma representação adicional, semelhante â anterior, mas na qual o elemento de estimulação colocado no dedo grande do pé, aqui identificado com 201, tem uma forma alongada substancialmente do tipo gota. Desta forma, este elemento 2 01 não estimula mais o curto flexor do dedo grande do pé, tal como na representação anterior, pelo contrário, o tendão do longo flexor do dedo grande do pê, que é um músculo extrínseco do pé (de facto, no pé, apenas o tendão deste músculo é inserido na articulação metatarso-falângica do primeiro dedo do pé para todo o comprimento da planta do pé). 12

Em particular, o elemento 201 tem a forma alongada substancialmente de uma gota mencionada acima, prolongando-se próxima em relação ao próprio dedo grande do pé no lado da ponta da própria gota, estreitando próxima em relação aos dedos do pé. O elemento 201, tal como estã ilustrado na figura 6, estende-se, de preferência, numa direcção substancialmente longitudinal em relação ao próprio pé.

Representações variantes adicionais podem proporcionar, num mesmo dispositivo plantar, qualquer combinação dos elementos de estimulação proporcionados nas diferentes representações ilustradas até agora. Por exemplo, podem ser proporcionadas diferentes células cheias com diferentes materiais, no caso de associação com elementos adicionais de estimulação baseados em molas de compressão, ou mesmo numa mesma célula, ou numa mesma zona de estimulação, uma combinação de diferentes materiais de enchimento e / ou de molas de compressão com diferentes propriedades de deformação e / ou uma combinação de um ou mais materiais de enchimento com uma ou mais molas.

Será tomado em consideração que o dispositivo plantar do invento pode proporcionar, ao doente, uma estimulação reflexoterapeutica óptima. Esta estimulação pode ser mantida inalterada durante um longo período de tempo, mesmo mais do que um ano.

Além disso, o dispositivo plantar não sofre de desgaste especial, e é sempre confortável de usar. Além disso, pode ser lavado e é fácil de usar e manter.

Os materiais a partir dos quais é constituído garantem não alergenicidade e não toxicidade do dispositivo plantar. 13

Além disso, o dispositivo plantar 1 garante um grande conforto durante um longo período de tempo, sem que o seu uso continuado reduza as propriedades terapêuticas. 0 presente invento foi descrito até agora com referência às representações preferidas. Deve entender-se que podem existir outras representações pertencentes ao mesmo princípio inventivo, todas incluídas no âmbito de protecção das reivindicações reportadas abaixo.

Lisboa, 22 de Julho de 2008 14

Claims

REIVINDICAÇÕES 1. Dispositivo plantar (1) apto para a estimulação proprioceptiva, exteroceptiva, pressoceptiva e / ou reflexogénea para a correcção de problemas músculo-esqueléticos, miofaciais e / ou vasculares da planta do pé, compreendendo uma pluralidade de elementos de estimulação (11-13, 16-17, 18) dispostos em zonas escolhidas da planta do pé para efectuar a dita estimulação por deformação elástica durante a deambulação do sujeito, no qual os ditos elementos de estimulação são pelo menos de duas categorias diferentes, cada categoria tendo uma deformabilidade elástica e / ou propriedades de estimulação diferentes da outra, caracterizado por uma primeira categoria de elementos de estimulação se compor de um alto deformável elasticamente (11-13, 16-17) e um segundo tipo de elemento de estimulação consistir numa ou mais moías de compressão (18) prolongando-se numa direcção substancialmente ortogonal a planta do pé.
2. Dispositivo plantar (1) de acordo com a reivindicação 1, no qual as dias zonas seleccionadas da planta do pé são seleccionadas de um grupo compreendendo zonas correspondentes a: adutor do dedo grande do pé; curto flexor do dedo grande do pé, curto flexor do quinto dedo, cunha supinadora, de pronação e adutor do dedo grande do pé e inserções musculares respectivas.
3. Dispositivo plantar (1) de acordo com as reivindicações 1 ou 2, compreendendo uma camada inferior (2) e uma camada superior (3), esta última podendo tocar a planta do pé, entre a qual foi obtida pelo menos uma célula (6) apta a alojar um ou mais dos ditos elementos de estimulação (11-13, 16-17, 18). 1
4. Dispositivo plantar (1) de acordo com a reivindicação precedente, no qual a dita primeira camada (2) é feita num material substancialmente não alérgeno.
5. Dispositivo plantar (1) de acordo com a reivindicação precedente, no qual o dito material substancialmente não alérgeno é um material natural.
6. Dispositivo plantar (1) de acordo com a reivindicação precedente, no qual o dito material substancialmente não alérgeno é uma borracha-do-parã ou cabedal natural regenerado e elástico.
7. Dispositivo plantar (1) de acordo com as reivindicações 3 a 6, no qual a dita segunda camada (2) é feita num material macio ao toque.
8. Dispositivo plantar (1) de acordo com a reivindicação precedente, no qual o dito material macio ao toque é um tecido natural substancialmente parecido com a pele de camurça ao toque.
9. Dispositivo plantar (1) de acordo com a reivindicação precedente, no qual o dito material macio ao toque é alcantara..
10. Dispositivo plantar (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 3 a 9, no qual a dita primeira camada (2) tem uma espessura de cerca de 1 mm.
11. Dispositivo plantar (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 3 a 10, no qual as ditas primeira (2) e segunda (3) camadas são coladas entre elas e não têm qualquer adesivo na pelo menos uma célula (6).
12. Dispositivo plantar (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 3 a 11, no qual a periferia da dita pelo menos uma célula (6) é definida por um cordão periférico respectivo (7) entre as ditas primeira (2) e segunda (3) camadas. 2
13. Dispositivo plantar (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, no qual o dito alto {11-13, 16-17} é cheio ou pode ser cheio com um material elástico formado por partículas elásticas discretas (8) .
14. Dispositivo plantar (1) de acordo com a reivindicação precedente, no qual as ditas partículas (8) têm uma forma substancialmente irregular.
15. Dispositivo plantar (1) de acordo com as reivindicações 13 ou 14, no qual, no qual as ditas partículas (8) são feitas numa borracha substancialmente não alérgenas.
16. Dispositivo plantar (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, no qual o dito alto (11-13, 16-17) é cheio ou pode ser cheio com um material elástico compreendendo um material tipo gel.
17. Dispositivo plantar (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 3 a 12, no qual a dita ou cada uma das ditas molas de compressão (18) tem uma primeira extremidade {41) presa à dita camada inferior (2) e uma segunda extremidade (41) coberta pela dita camada superior (3).
18. Dispositivo plantar (l) de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, no qual os ditos grupos de molas de compressão (18) são recebidos numa célula respectiva (6) .
19. Dispositivo plantar (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, compreendendo uma pluralidade de molas de compressão (18) cuja rigidez e / ou altura é diferenciada em diferentes níveis da planta do pé.
20. Dispositivo plantar (1) de acordo com a reivindicação precedente, no qual uma pluralidade de molas de compressão (18) está disposta em pelo menos uma das ditas zonas seleccionadas e de acordo com a qual a altura e / ou rigidez das ditas molas de compressão (18) é maior no centro da dita zona. 3
21. Dispositivo plantar (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, no qual a dita ou cada mola de compressão (18) tem uma extremidade superior {42} apta para actuar na planta do pé, cuja extremidade superior (42) compreende meios de acoplamento (5) para acoplamento com a própria planta do pê.
22. Dispositivo plantar (1) de acordo com a reivindicação precedente, no qual os ditos meios de acoplamento têm uma forma escolhida de um grupo compreendendo uma forma assemelhando-se substancialmente a uma meia esfera, substancialmente como uma cúpula e substancialmente como uma gota.
23. Dispositivo plantar (1) de acordo com as reivindicações 21 ou 22, no qual os ditos meios de acoplamento (5) são feitos num material elástico.
24. Dispositivo plantar {1} de acordo com a reivindicação precedente, no qual os ditos meios de acoplamento (5) são feitos num material escolhido de um grupo compreendendo silicone, caoutchouc e borracha-do-parã.
25. Dispositivo plantar (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 21 ou 24, no qual os ditos meios de acoplamento {5} têm uma altura compreendida dentro do intervalo de 1 a 1.5 mm.
26. Dispositivo plantar (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 21 a 25, no qual os ditos meios de acoplamento (5) têm uma largura plana igua.1 a cerca de (2x2) mm.
27. Dispositivo plantar (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, no qual a dita ou cada mola de compressão (18) tem uma rigidez de modo a reduzir a sua própria altura em cerca de 1/3 quando comprimida durante a deambulação.
28. Dispositivo plantar (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, no qual a dita ou cada mola de 4 compressão (18) tem uma rigidez de modo a reduzir a sua própria altura em cerca de 1/3 quando comprimida durante a deambulação.
29. Dispositivo plantar (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, no qual a dita ou cada mola de compressão (18) é feita num material fibroelãstico.
30. Dispositivo plantar (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, no qual a dita ou cada mola de compressão é uma mola helicoidal (18).
31. Dispositivo plantar (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, no qual a dita ou cada mola de compressão (18) ê uma mola espiral.
32. Dispositivo plantar (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, no qual um alto respectivo deformãvel elasticamente (110) está disposto sobre pelo menos uma das ditas áreas seleccionadas, contendo também pelo menos uma mola de compressão (18) no interior.
33. Dispositivo plantar (1) de acordo com a reivindicação precedente, no qual a dita presença combinada de um alto e de pelo menos uma mola de compressão (18) é possível numa zona seleccionada de um grupo compreendendo zonas correspondentes a: curto flexor do dedo grande do pé, adutor do dedo grande, cunhas plantares e adutor do quinto dedo e respectivas inserções musculares.
34. Dispositivo plantar (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, no qual um primeiro tipo de elementos de estimulação consistir num alto elástico tendo um primeiro tipo de material de enchimento, e um segundo tipo de elementos de estimulação consistir num alto elástico tendo um segundo material de enchimento diferente do primeiro.
35. Dispositivo plantar (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, que é um dispositivo plantar 5 que pode ser inserido de forma amovível e retirado de um sapato.
36. Dispositivo plantar (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 34, que é um dispositivo plantar incorporado num sapato.
37. Dispositivo plantar (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, compreendendo uma ou mais elementos de estimulação (20, 21, 22, 201) colocados nos dedos dos pés.
38. Dispositivo plantar (1) de acordo com a reivindicação precedente, no qual os ditos elementos de estimulação (20, 21, 22, 201) colocados nos dedos dos pés são adequados para a terapia de dedos em martelo ou em garra ou para o seu realinhamento.
39. Dispositivo plantar (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, compreendendo pelo menos um elemento de estimulação (201) colocado no dedo grande do pé.
40. Dispositivo plantar (1) de acordo com a reivindicação precedente, no qual o dito elemento de estimulação (201) colocado no dedo grande do pé tem uma forma substancialmente alongada.
41. Dispositivo plantar (1) de acordo com a reivindicação precedente, no qual o dito elemento de estimulação (201) colocado no dedo grande do pé tem substancialmente a forma de uma gota.
42. Dispositivo plantar (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 39 a 41, no qual o dito elemento de estimulação (2 01) colocado no dedo grande do pé tem uma forma que estreita numa direcção próxima em relação aos dedos dos pés.
43. Dispositivo plantar (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 39 a 41, no qual o dito elemento de 6 estimulação (201) colocado no dedo grande do pé se prolonga principalmente numa direcção longitudinal em relação ao próprio Pé- Lisboa, 22 de Julho de 2008 7