PT1660668E - Processo para produção enzimática de emulsionantes contendo mono- e diacilglicéridos - Google Patents

Processo para produção enzimática de emulsionantes contendo mono- e diacilglicéridos Download PDF

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PT1660668E
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Michael Volland
Thomas Loetzbeyer
Volker Sieber
Eva Wittmann
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Cargill Inc
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    • C12P7/00Preparation of oxygen-containing organic compounds

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Description

ΕΡ 1 660 668/ΡΤ DESCRIÇÃO "Processo para a produção enzimática de emulsionantes contendo mono- e diacilglicéridos"
Objecto do presente invento é um processo para a produção enzimática de emulsionantes contendo mono- e diacilglicéridos e sua utilização.
Lecitinas e lisolecitinas são utilizadas como emulsionantes em diversas aplicações. São encontradas em alimentos, produtos cosméticos, aditivos alimentares e formulações químicas. Geralmente são obtidas como produtos secundários na produção de óleos, por exemplo de soja ou de colza, ou são extraídas directamente da respectiva matéria-prima, como por exemplo gema de ovo. Na maioria dos casos, as lecitinas e lisolecitinas representam uma mistura complexa de fosfolípidos (fosfato de 1,2-diacilglicerol), lisofosfolípidos (fosfato de 1- ou 2-monoacilglicerol como derivado da hidrólise de fosfolípidos), glicolípidos e triacilglicéridos. Os teores das fracções individuais no produto final podem variar fortemente conforme o método de processamento. A lecitina bruta é uma lecitina não normalizada, por exemplo obtida na refinação de óleos vegetais num lagar, como produto secundário. O termo "óleo" compreende óleos vegetais refinados ou não refinados, óleos vegetais parcial ou totalmente hidrogenados ou gorduras animais, sendo os triacilglicéridos o componente principal de todos eles.
Os mono-, di- e triacilglicéridos apresentam um, dois ou três grupos acilo provenientes de um ácido gordo saturado ou mono- ou poliinsaturado de cadeia comprida. De preferência, os grupos acilo apresentam 6 a 35 átomos de C, em especial 10 a 30 átomos de C, preferindo-se ainda mais 12 a 26 átomos de C. Os monoacilglicéridos podem ser 1- ou 2-monoacil-glicéridos, podendo os diglicéridos ser 1,2- ou 1,3-diacil-glicéridos.
Teores mais elevados de lisolecitinas podem ser obtidos por meio de uma hidrólise enzimática dos respectivos fosfolípidos através da separação de um ou dois radicais de 2 ΕΡ 1 660 668/ΡΤ ácidos gordos obtendo-se os respectivos lisofosfolípidos.
Por "lisolecitina" deve entender-se não só no presente contexto, como também no sentido comercial e no sentido da legislação alimentar, uma mistura de lipidos neutros e polares parcialmente hidrolisados enzimaticamente, apresentando, pelo menos, uma percentagem de 56% de componentes insolúveis em acetona. Neste âmbito, a parte insolúvel em acetona é um dos parâmetros de análise mais importantes que é considerado para a avaliação de lecitina sob o ponto de vista da legislação alimentar e que descreve a percentagem dos lipidos polares na lecitina que não são solúveis em acetona.
Existem boas descrições da hidrólise de lipidos e fosfolipidos por meio de lipases e fosfolipases (Adlercreutz, Patrick, 1994: "Enzyme-catalyzed lipid modification"; Biotechnology & Genetic Engineering Reviews 12, 231-254).
Além disso, uma multiplicidade de documentos de patente trata também da hidrólise enzimática de fosfolipidos, obtendo lisolecitinas.
Em ep-a 260573 descreve-se a produção de lisolecitina por se adicionar 5-30% em peso de água a uma lecitina, transformando-a na presença de um sal de cálcio assim como de uma enzima que hidrolisa a lecitina, em lisolecitina.
Em WO 91/03565 ensina-se a hidrólise de fosfolipidos isolados, em solventes orgânicos, por meio de uma lipase imobilizada, enquanto que em EP-A 870840 se descreve a hidrólise de uma solução aquosa de lecitina com fosfolipases, em que os lisofosfolípidos resultantes são libertados de substâncias concomitantes através de extracção com um solvente (acetona).
Um outro processo para a produção de uma lisolecitina está descrito em JP 10042884, onde o produto desejado é produzido através de hidrólise de lecitina por meio de fosfolipase A2 numa mistura de um solvente/água.
Em WO 97/28270 ensina-se um processo para a produção de 3 ΕΡ 1 660 668/ΡΤ lisofosfatidilcolina partindo do substrato fosfatidilcolina, por meio de uma fosfolipase A2. A reacção é realizada numa dispersão do substrato com um outro agente do grupo dos monoacilglicéridos, diacilglicéridos, ésteres de poliglicerol, sacarose e sorbitano com ácidos gordos, assim como glicerol, na presença de água.
Além das lecitinas e lisolecitinas, também os mono- e diacilglicéridos actuam como estabilizadores para emulsões. Na maioria dos casos são obtidos através de saponificação alcalina de triacilglicéridos a elevadas temperaturas, devendo no entanto ser purificados a seguir a esta etapa de hidrólise, o que implica elevados custos.
Um método alternativo para a produção de monoacilglicéridos é descrito em WO 02/11543. Por meio de uma lipase são obtidos mais de 40% sob a forma de monoacilglicéridos, a partir do respectivo triacilglicérido numa mistura de poliol/água. A lecitina e também as gorduras são adicionadas, neste caso, exclusivamente para alargar o espectro de substratos.
Geralmente, os mono- e diacilglicéridos são utilizados em combinação com lisolecitinas para a estabilização de emulsões na área dos produtos de padaria/pastelaria e das margarinas. Para este efeito, os componentes individuais são até à data, na maioria dos casos produzidos e purificados separadamente e misturados na concentração desejada.
Em WO 00/52190 descreve-se um processo para a produção de uma mistura de lisolipidos, lisofosfolipidos, monoacilglicéridos e diacilglicéridos através de reacção de lecitina numa mistura de água/poliol na presença de uma combinação de lipase e fosfolipase. O ponto central é, neste caso, a conversão tão completa quanto possível dos fosfolípidos, a uma taxa de transformação de 80% em relação à proporção entre lisofosfatidilcolina/fosfatidilcolina. No entanto, devido ao elevado teor de água da solução reaccional de cerca de 60%, a obtenção do produto final implica um elevado investimento em energia e despesas. Porém, este processo não permite um ajuste definido da proporção entre lisolecitina/mono- e diacilglicéridos, uma vez que domina sempre a parte 4 ΕΡ 1 660 668/ΡΤ lisofosfolipídica e a parte dos monoacilglicéridos fica sempre substancialmente superior à parte dos diacil-glicéridos, devido à adição do glicerol.
No entanto, a proporção entre os mono- e diacil-glicéridos assim como lisofosfolípidos no produto a estabilizar pode variar fortemente em função da respectiva aplicação. Assim por exemplo, para a estabilização de margarina são adicionados mono-/diacilglicéridos e lisolecitina na proporção de 1,7:1, enquanto que na área dos produtos de padaria/pastelaria predomina a parte da lisolecitina, existindo a respectiva mistura na proporção de 0,4:1.
Partindo deste estado de conhecimentos, o presente invento propôs-se resolver o problema de disponibilizar um processo para a produção enzimática de emulsionantes contendo mono- e diacilglicéridos que permitisse, sem a adição habitual de cálcio, de polióis ou de solventes orgânicos, uma produção não dispendiosa de misturas de mono- e diacilglicéridos assim como lisofosfolípidos e que, além disso, tornasse possível um ajuste flexível da proporção entre os mono- e diacilglicéridos assim como lisofosfolípidos através de variação da composição da mistura reaccional ou das condições reaccionais.
Este problema foi resolvido com um processo adequado, no qual a) é preparada uma mistura de um componente fosfolipídico e de um componente de triacilglicérido, b) é adicionada à mistura da etapa processual a) uma solução aquosa contendo (fosfo)lipase numa quantidade tal, que o teor de água da mistura fique entre os 3 e 15 % em peso e particularmente entre os 5 e 12 % em peso, em seguida c) é feita reagir a mistura obtida na etapa processual b), a temperaturas entre os 20° e 80 °C durante um espaço de tempo de pelo menos 2 horas e, finalmente, d) é seca a mistura após o fim da reacção.
Inesperadamente, verificou-se na transformação simultânea de acordo com o invento de fosfolípidos (lecitina) e 5 ΕΡ 1 660 668/ΡΤ triacilglicéridos (óleo) em lisofosfolípidos e mono- assim como diacilglicéridos, gue a composição do produto reaccional pode ser ajustada com precisão através da escolha dos parâmetros temperatura, tempo de incubação, proporção entre lecitina e óleo, lecitina e água ou óleo e água ou/e da guantidade de enzima adicionada. Assim, por exemplo, é possível ajustar de forma planeada, através da proporção entre lecitina e óleo, a qual pode ser definida através da percentagem de substância insolúvel em acetona, numa hidrólise com lipase e uma determinada percentagem de água, a quota-parte de monoacilglicéridos e de 1,2-diacilglicéridos na parte total de mono-/diacilglicéridos, mantendo-se a parte de 1,3-diacilglicéridos comparavelmente constante. Em alternativa no entanto, a parte de monoacilglicéridos e de 1,3-diacilglicéridos na parte total de mono-/diacilglicéridos pode também ser variada através do tempo de incubação, por exemplo a uma temperatura de 60°C com 0,05% em peso de lipase numa mistura de lecitina bruta/óleo com uma parte de 50% de substância insolúvel em acetona, com uma percentagem de 10% de água, mantendo-se a parte de 1,2-diacilglicéridos na parte total de mono-/diacilglicéridos comparavelmente constante. Tendo em conta a simplicidade da gestão do processo, não era de esperar tamanha dimensão destas vantagens.
Verificou-se que como componente fosfolipídico de acordo com o invento é particularmente adequada uma lecitina e, de particular preferência, lecitina bruta, devendo uma lecitina bruta de soja ser considerada particularmente adequada.
No âmbito do presente invento, óleos vegetais e/ou animais, de preferência sob a forma refinada e/ou pelo menos parcialmente hidrogenada, são representantes particularmente adequados do componente de triacilglicérido, que é utilizado na etapa processual a).
No que se refere à gestão do processo pode ser preparada, numa variante especial, na etapa processual a), uma mistura que apresenta uma percentagem de componente fosfolipídico entre os 10 e 80% em peso e/ou uma percentagem de componente de triacilglicérido entre os 20 e 90% em peso. A proporção em peso entre a parte do componente fosfolipídico e a parte do componente de triacilglicérido é, com vantagem, 6 ΕΡ 1 660 668/ΡΤ de 1:0,25 a 1:4.
Em geral, a etapa processual a) não está sujeita a nenhuma limitação especial, podendo no entanto ser conveniente sob certas condições, que a mistura na etapa processual a) seja aquecida a uma temperatura entre os 35° e 60°C, o que o presente invento também considera.
No que se refere à etapa processual b) deve considerar-se como sendo preferido se for utilizada uma lipase e/ou fosfolipase de origem microbiana, de preferência de Candida e/ou Aspergillus. Neste caso, estirpes particularmente preferidas são Aspergillus niger e Candida cylindracea, podendo evidentemente ser escolhida também qualquer outra fonte enzimática apropriada.
Como já se explicou, uma grande vantagem do presente processo consiste em que a proporção entre mono- e diacilglicéridos no produto de efeito emulsionante pode ser ajustada de forma planeada. Por esta razão, o invento também prevê que na etapa processual b) seja utilizada uma quantidade de (fosfo) lipase de 0,05 a 10,0 mg por ml de mistura reaccional e de preferência 0,1 a 5 mg por ml de mistura reaccional. Neste contexto é evidente que a respectiva quantidade de enzima desejada pode também ser aplicada em função da actividade enzimática, sendo por isso recomendável uma respectiva quantidade entre 0,1 e 120 u por ml de mistura reaccional. De um modo geral, a proporção entre a lipase e a fosfolipase no componente enzimático utilizado pode ser variada dentro de uma margem ampla, podendo desta maneira a composição do produto (do emulsionante) obtido ser influenciada de forma planeada.
No que se refere à etapa processual c) deve ser considerada como sendo preferida uma temperatura que se encontre entre os 40 e 50°C. De preferência, o tempo de reacção na etapa processual c) deveria ser de 5 a 20 horas e de particular preferência de 8 a 12 h. A etapa final de secagem d) não é, uma vez mais, de forma nenhuma limitadora no presente invento e pode ser realizada utilizando qualquer método habitual. No entanto 7 ΕΡ 1 660 668/ΡΤ convém dar atenção à existência de condições suaves, sendo por isso particularmente adequadas temperaturas que se encontrem entre os 60° e 80°C. A realização da secagem sob vácuo é particularmente recomendável.
Normalmente, o processo de acordo com o invento é realizado por se juntar lecitina com óleo numa proporção especifica, por ajustar a mistura a uma temperatura entre os 35°-60°C e misturá-la agitando-a. Neste âmbito, uma fonte possível da lecitina é lecitina bruta de soja, podendo ser utilizada em vez de lecitina bruta também uma lecitina normalizada, desoleifiçada ou fraccionada. Como óleo podem ser utilizados óleos vegetais, como por exemplo óleo de soja, ou um óleo vegetal hidrogenado, como por exemplo gordura de palma, ou também óleos e gorduras animais. O componente enzimático é adicionado sob a forma de lipase numa solução aquosa à mistura de lecitina/óleo, encontrando-se a percentagem total de água de preferência no intervalo de 6 a 12% em peso. Fontes possíveis de enzimas lipase são, neste caso, em especial Candida cylindracea (compare-se Biocatalysts, Pontypridd, País de Gales) ou Aspergillus niger (compare-se Amano, Nagoya, Japão). A seguir, a mistura reaccional é agitada a uma determinada temperatura e durante um determinado tempo, podendo a temperatura estar, por exemplo, à volta de 50°C. Como tempo de incubação prevê-se de preferência um espaço de tempo entre 2 e 15 horas. A seguir a esta reacção, a mistura é seca sob vácuo a uma temperatura de cerca de 70°C e, eventualmente, o produto é ainda cristalizado.
Como produto preferido, o presente invento reivindica uma mistura que consiste em lisolecitina, mono- e diacilglicéridos, sendo conveniente que as percentagens preferidas no que se refere à lisolecitina se encontrem entre os 3,0 e 55% em peso e no que se refere aos monoacil-glicéridos, entre os 2,0 a 20% em peso. Em relação a parte de diacilglicérido recomendam-se quantidades entre os 6,0 e 40% em peso.
Alternativamente, o invento prevê como produto do processo reivindicado, uma mistura na qual a proporção entre o componente fosfolipídico e o componente combinado de mono- 8 ΕΡ 1 660 668/ΡΤ e diacilglicéridos seja de 1:0,25 a 4,0.
Os produtos reaccionais podem ser utilizados a seguir à secagem directamente como emulsionantes em processos normalizados para a fabricação de margarina ou misturas para a fabricação de produtos de padaria/pastelaria, não sendo necessária nenhuma adição de outros componentes, como por exemplo mono- ou diacilglicéridos adicionais.
Além do processo em si e das misturas produzidas com o mesmo, o presente invento reivindica de acordo com a reivindicação 14 também a utilização das misturas produziveis com o processo, para a fabricação de emulsões e cremes na área alimentar, em especial sob a forma de gelados, margarinas e produtos de padaria/pastelaria, e na área da cosmética.
No âmbito deste invento verificou-se, finalmente, que ao contrário dos emulsionantes comercializados até à data, os quais são produzidos através de mistura dos componentes de lisolecitina e mono- e diacilglicéridos puros, os produtos e, por conseguinte, o emulsionante podem existir também sob a forma líquida, sendo por isso utilizáveis facilmente sem outro tratamento adicional, sem sofrerem no entanto perdas de qualidade.
Com o processo reivindicado é conseguida de uma maneira fácil a produção de emulsionantes através da transformação enzimática simultânea de fosfolípidos (lecitina) e triacilglicéridos (óleo) em lisofosfolípidos e mono-/diacil-glicéridos. Neste caso, a transformação de lecitina em lisolecitina é realizada através de uma hidrólise enzimática, sem que para isso seja necessária a adição de solventes orgânicos, de polióis e/ou de cálcio ou sem que seja necessário utilizar uma percentagem >15% em peso de água. Além disso, no âmbito do processo de acordo com o invento é possível uma ajuste exacto planeado das percentagens de componentes lipídicos individuais no produto, pela variação de parâmetros iniciais seleccionados. Finalmente, uma outra vantagem do invento tem de ser vista no facto de os emulsionantes desta maneira obtidos poderem também ser obtidos directamente sob a forma líquida. 9 ΕΡ 1 660 668/ΡΤ
No processo descrito para a produção enzimática de emulsionantes contendo mono- e diacilglicéridos é preparada numa primeira etapa processual a), uma mistura de um componente fosfolipidico e de um componente de triacilglicérido, é adicionada a seguir, na etapa processual b), à mistura desta maneira obtida, uma solução aquosa contendo (fosfo) lipase numa quantidade tal, que o teor de água da mistura fique entre 3 e 15% em peso. A seguir é feita reagir na etapa processual c), a mistura obtida na etapa anterior, a temperaturas entre 20° e 80°C durante o espaço de tempo de pelo menos duas horas e, finalmente, esta mistura é seca. Como componentes particularmente adequados revelaram-se lecitina bruta de soja e óleos vegetais e/ou animais que são feitos reagir juntamente com uma mistura de lipase e/ou fosfolipase como componente enzimático. Com este processo, que pode ser realizado sem a adição de solventes orgânicos, polióis ou aditivos iónicos que se usam habitualmente, assim como com uma percentagem reduzida de água, são obtidos emulsionantes cuja composição de lisofosfolipidos e mono-/diacilglicéridos pode ser ajustada de forma planeada. Estes emulsionantes, que podem também ser obtidos sob a forma liquida, são utilizados na área alimentar e na área da cosmética.
Os exemplos que se seguem ilustram as vantagens mencionadas do processo reivindicado para a produção enzimática de emulsionantes.
Exemplos A lecitina bruta utilizada nos exemplos que se seguem, era proveniente da Honeymead, Estados Unidos; no óleo de soja tratava-se de mercadoria comercial habitual, de venda livre. A composição dos respectivos produtos obtidos foi analisada por meio de HPLC, HPTLC e com métodos gravimétricos. Para a HPLC foi utilizada como fase estacionária uma coluna de silica gel Si60. A fase móvel era composta de n-hexano/ 2-propanol/água (0,25/4/1 [v/v/v]), que foi colocada na coluna com uma taxa de fluxo de 1,2 mL/min. Através dos tempos de retenção diferentes pôde ser quantificado o teor de fosfatidilcolina e lisofosfatidilcolina. As amostras tinham sido dissolvidas anteriormente em n-hexano/2-propanol (2/1 10 ΕΡ 1 660 668/ΡΤ [ν/ν]). A HPTLC foi realizada com silica gel Si60 aplicada numa placa de vidro (formato 20x10 cm), como fase estacionária. Como fase móvel serviu éter dietilico/benzina de petróleo/ácido acético glacial na proporção de 40/59/1 [v/v/v]). A seguir à realização da análise e a secagem da placa, as bandas obtidas foram derivatizadas com uma solução de sulfato de cobre (II) (10% em peso de sulfato de cobre dissolvido em ácido fosfórico a 8%) e foi quantificado o teor de monoacilglicéridos assim como de 1,2- e 1,3-diacil-glicéridos. As amostras tinham sido dissolvidos anteriormente em clorofórmio. O método gravimétrico foi utilizado para a determinação das substância insolúvel em acetona. Para este efeito, foi adicionada acetona à amostra, o residuo obtido foi separado, seco e pesado.
Exemplo 1
Misturaram-se 45 g de lecitina bruta com 55 g de óleo de soja e agitados a uma temperatura de 47,5°C. Dissolveram-se 0,13 g de lipase de Candida cylindracea (da Biocatalysts, UK) em 9 g de água e adicionados a seguir, sob agitação, à mistura de lecitina/óleo. Esta mistura foi agitada a 47,5°C e, depois de um tempo reaccional de 8,5 h, seca sob um vácuo de 0,1 bar e temperatura de 80°C.
Resultado: O produto obtido continha 28% em peso de substância insolúvel em acetona, o que corresponde a uma percentagem de lecitina de 43%, e além disso 2% em peso de lisofosfatidilcolina, 4,5% em peso de monoacilglicéridos e 11% em peso de diacilglicéridos. A proporção entre lecitina e mono-/diacilglicéridos era de 1:0,34.
Exemplo 2
Misturaram-se 135 g de lecitina bruta com 165 g de óleo de soja e 27 g de água e agitados a uma temperatura de 47,5°C. Juntaram-se 0,15 g de lipase de Candida cylindracea, sob agitação, à mistura de lecitina/óleo. Esta mistura foi agitada a 47,5°C e, depois de um tempo reaccional de 8,5 h, seca sob um vácuo de 0,1 bar e temperatura de 80°C.
Resultado: O produto obtido continha 27% em peso de substância insolúvel em acetona, o que corresponde a uma percentagem de lecitina de 42%, e além disso 2,5% em peso de 11 ΕΡ 1 660 668/ΡΤ lisofosfatidilcolina, 5% em peso de monoacilglicéridos e 10% em peso de diacilglicéridos. A proporção entre lecitina e mono-/diacilglicéridos era de 1:0,36.
Exemplo 3
Misturaram-se 10 g de lecitina bruta com 90 g de óleo de soja e agitados a uma temperatura de 35°C. Dissolveram-se 0,1 g de lipase de Candida cylindracea foram dissolvidos em 12 g de água e adicionados a seguir, sob agitação, à mistura de lecitina/óleo. Esta mistura foi agitada a 35°C e, depois de um tempo reaccional de 15 h, seca sob um vácuo de 0,1 bar e temperatura de 60°C.
Resultado: O produto obtido continha 6% em peso de substância insolúvel em acetona, o que corresponde a uma percentagem de lecitina de 9,5%, e além disso 0,2% em peso de lisofosfatidilcolina, 4% em peso de monoacilglicéridos e 10 % em peso de diacilglicéridos. A proporção entre lecitina e mono-/diacilglicéridos era de 1:1,5.
Exemplo 4
Misturaram-se 30 g de lecitina bruta com 270 g de óleo de soja e agitados a uma temperatura de 60°C. Dissolveram-se 0,3 g de lipase de Candida cylindracea em 18 g de água e adicionados a seguir sob agitação à mistura de lecitina/óleo. Esta mistura foi agitada a 60°C e, depois de um tempo reaccional de 15 h, seca sob um vácuo de 0,1 bar e temperatura de 80°C.
Resultado: O produto obtido continha 6% em peso de substância insolúvel em acetona, o que corresponde a uma percentagem de lecitina de 9,5%, e além disso 0,2% em peso de lisofosfatidilcolina, 2% em peso de monoacilglicéridos e 12% em peso de diacilglicéridos. A proporção entre lecitina e mono-/diacilglicéridos era de 1:1,5.
Exemplo 5
Misturaram-se 70 g de lecitina bruta com 30 g de óleo de soja e agitados a uma temperatura de 35°C. Dissolveram-se 0,1 g de lipase de Candida cylindracea em 12 g de água e juntou-se a seguir, sob agitação, à mistura de lecitina/óleo. Esta 12 ΕΡ 1 660 668/ΡΤ mistura foi agitada a 35°C e, depois de um tempo reaccional de 2 h, seca sob um vácuo de 0,1 bar e temperatura de 60°C.
Resultado: O produto obtido apresentava uma percentagem de substância insolúvel em acetona de cerca de 45% em peso e continha 3% em peso de lisofosfatidilcolina, 6,5% em peso de monoacilglicéridos e 9% em peso de diacilglicéridos.
Exemplo 6
Misturaram-se 75 g de lecitina bruta com 25 g de óleo de soja e agitados a uma temperatura de 47,5°C. Dissolveram-se 0,05 g de lipase de Candida cylindracea em 9 g de água e juntou-se a seguir, sob agitação, à mistura de lecitina/óleo. Esta mistura foi agitada a 47,5°C durante um espaço de tempo de 8,5 h e em seguida seca sob um vácuo de 0,1 bar e temperatura de 80°C.
Resultado: O produto obtido apresentava uma percentagem de substância insolúvel em acetona de cerca de 50% em peso e continha 4% em peso de lisof osf atidilcolina, 5% em peso de monoacilglicéridos e 6% em peso de diacilglicéridos.
Exemplo 7
Misturaram-se 225 g de lecitina bruta com 275 g de óleo de soja e agitados a uma temperatura de 47,5°C. Dissolveram-se 0,25 g de lipase de Candida cylindracea em 70 g de água e adicionaram-se a seguir, sob agitação, à mistura de lecitina/óleo. Esta mistura foi agitada a 47,5°C e, depois de um tempo reaccional de 8,5 h, seca sob um vácuo de 0,1 bar e temperatura de 60°C.
Resultado: O produto obtido apresentava uma percentagem de substância insolúvel em acetona de cerca de 30% em peso e continha 2% em peso de lisof osf atidilcolina, 6% em peso de monoacilglicéridos e 8,5% em peso de diacilglicéridos.
Exemplo 8
Misturaram-se 70 g de lecitina bruta com 30 g de óleo de soja e agitados a uma temperatura de 60°C. Dissolveram-se 0,1 g de lipase de Aspergillus niger em 12 g de água e adicionaram-se a seguir, sob agitação, à mistura de lecitina/óleo. Esta mistura foi agitada a 60°C e, depois de 13
ΕΡ 1 660 6 68/PT um tempo reaccional de 15 h, seca sob um vácuo de 0,1 bar e temperatura de 60°C.
Resultado: O produto obtido apresentava uma percentagem de substância insolúvel em acetona de cerca de 45% em peso e continha 3% em peso de lisofosfatidilcolina, 5% em peso de monoacilglicéridos e 10% em peso de diacilglicéridos.
Exemplo 9
Misturaram-se 70 g de lecitina bruta com 30 g de gordura de palma hidrogenada e agitados a uma temperatura de 45°C. Dissolveram-se 0,05 g de lipase de Candida cylindracea em 10 g de água e adicionaram-se a seguir, sob agitação, à mistura de lecitina/óleo. Esta mistura foi agitada a 45°C e, depois de um tempo reaccional de 8 h, seca sob um vácuo de 0,1 bar e temperatura de 60°C. A seguir, o produto foi arrefecido e cristalizado.
Resultado: O emulsionante continha uma percentagem de substância insolúvel em acetona de cerca de 45% em peso e além disso, 3% em peso de lisofosfatidilcolina, 5% em peso de monoacilglicéridos e 10% em peso de diacilglicéridos.
Exemplo 10 (Exemplo de aplicação) O emulsionante produzido de acordo com o Exemplo 9 foi utilizado num processo normalizado para a produção de margarina de acordo com a receita seguinte: 47,5% em peso de 31,5% em peso de 19,8% em peso de 0,1% em peso de 0,07% em peso de 0,03% em peso de 1,0% em peso de óleo de soja óleo de palma água sal de cozinha proteína de soro de leite ácido citrico emulsionante
Resultado: Foi obtida uma margarina que em relação à sua textura, seu comportamento de fusão e sua capacidade de ser barrada é equivalente a margarinas padrão.
Lisboa,

Claims (14)

  1. ΕΡ 1 660 6 68/PT 1/2 REIVINDICAÇÕES 1. Processo para a produção enzimática de emulsionantes contendo mono- e diacilglicéridos, caracterizado por a) ser preparada uma mistura de um componente fosfolipídico e de um componente de triacilglicérido, b) ser adicionada à mistura da etapa processual a) uma solução aquosa contendo (fosfo)lipase, numa quantidade tal que o teor de água da mistura fique entre 3 e 15% em peso, em seguida c) a mistura obtida na etapa processual b) reagir a temperaturas entre 20° e 80°C durante um período de pelo menos 2 horas e, finalmente, d) a mistura ser seca após o fim da reacção.
  2. 2. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por se utilizar como componente fosfolipídico uma lecitina, de preferência lecitina bruta, e de particular preferência uma lecitina bruta de soja.
  3. 3. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 ou 2, caracterizado por se utilizar como componente de triacilglicérido um óleo vegetal e/ou animal, de preferência sob a forma refinada e/ou pelo menos parcialmente hidrogenada.
  4. 4. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado por se preparar na etapa processual a) uma mistura com uma percentagem de componente fosfolipídico entre 10 e 80% em peso.
  5. 5. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado por se preparar na etapa processual a) uma mistura com uma percentagem de componente de triacilglicérido entre 20 e 90% em peso.
  6. 6. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado por a mistura na etapa processual a) ser aquecida a uma temperatura entre 35° e 60°C.
  7. 7. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado por se utilizar na etapa processual b) uma lipase e/ou fosfolipase de origem microbiana, de preferência ΕΡ 1 6 60 6 6 8/PT 2/2 de Candida e/ou Aspergillus.
  8. 8. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado por se utilizar uma quantidade de (fosfo)lipase de 0,05 a 10 mg/ml.
  9. 9. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 8, caracterizado por se ajustar na etapa processual c) uma temperatura entre 40° e 50°C.
  10. 10. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado por o tempo reaccional na etapa processual c) ser de 5 a 20 horas.
  11. 11. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado por a etapa de secagem d) ser realizada a temperaturas entre 60 e 80°C.
  12. 12. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 11, caracterizado por se obter uma mistura de lisolecitina, mono- e diacilglicéridos em percentagens preferidas entre 3,0 e 75% em peso de lisolecitina, 2,0 a 20% em peso de monoacilglicéridos e 6,0 a 40% em peso de diacilglicéridos.
  13. 13. Processo de acordo com uma das reivindicações 1 a 11, caracterizado por se obter uma mistura com uma proporção de componente fosfolipidico:componente de mono- e diacilglicéridos de 1:0,25 a 4,0.
  14. 14. Processo para a produção de emulsões e cremes na área alimentar, em especial na forma de gelados, margarinas e produtos de padaria/pastelaria, e na área da cosmética, que compreende i) a produção enzimática de emulsionantes contendo mono- e diacilglicéridos de acordo com uma das reivindicações 1 a 13, e ii) a produção de emulsionantes e cremes na área alimentar, em especial na forma de gelados, margarinas e produtos de padaria/pastelaria, e na área da cosmética, utilizando os emulsionantes obtidos em i). Lisboa,
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