BRPI0703516B1 - Formulação nutricional com até 18% de umidade, para ser fornecida no período de pós-eclosão das aves - Google Patents

Formulação nutricional com até 18% de umidade, para ser fornecida no período de pós-eclosão das aves Download PDF

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Description

FORMULAÇÃO NUTRICIONAL COM ATÉ 18% DE UMIDADE, PARA SER FORNECIDA NO PERÍODO PÓS-ECLOSÃO DAS AVES
CAMPO DE APLICAÇÃO
Refere-se o presente relatório descritivo a FORMULAÇÃO
NUTRICIONAL COM ATÉ 18% DE UMIDADE, PARA SER FORNECIDA NO PE-RÍODO PÓS-ECLOSÃO DAS AVES, destinada, preferencialmente, a pintos criados para corte e fornecimento de carne de frango, com significativas características nutricionais e de ganho efetivo de peso, mas também a pintos criados para produção de ovos (poedeiras e matrizes), com significativo impacto sobre o sistema imune e desenvolvimento de órgãos internos, com o objetivo de maximizar a sobrevivência e o desempenho das aves.
FUNDAMENTOS DA INVENÇÃO O progresso genético ao qual as aves foram submetidas pela seleção rigorosa de linhagens comerciais cada vez mais produtivas, aliada à avanços nos conhecimentos relativos a nutrição, sanidade, ambiência, equipamentos e instalações, manejo, administração e economia, resultaram em uma evolução gigantesca dos resultados de campo obtidos na criação de frangos de corte conforme se pode observar no quadro 1.
Quadro 1 - evolução do desempenho de frangos de corte e do consumo per capita de carne de frango.
Adaptado: m - Desouzart (1994);m - UBA (2002) e EMBRAPA - CNPSA (2004);(3) - Worid Poultry (2004).
Aplicação de avançadas técnicas em sanidade e ambiência tem permitido a criação de frangos em densidades mais elevadas, e reduzido o impacto negativo de doenças sobre a criação. Sistemas sofisticados de controle de iluminação, temperatura e umidade no interior dos galpões, bem como o aumento da imunidade das aves, por meio de vacinas mais eficazes, tem permitido a expressão dos ganhos proporcionados pela genética. A utilização de modernos comedouros propiciam um menor desperdício de ração e um maior estímulo ao consumo.
Procedimentos de manejo específicos para as diversas fases da criação, desde o alojamento dos pintos à apanha das aves para o abate, bem como o seu transporte para o abatedouro, tem-se tornado rotina nas empresas do setor, proporcionando ganhos de produtividade com a redução de condenações de aves no abatedouro.
Por fim, a profissionalização do agronegócio com implantação de departamentos específicos de compras, vendas, economia e administração, tem proporcionado às empresas maior eficiência na compra de insumos de melhor qualidade, negociações de contratos de venda de frangos mais vantajosos e avaliações mais precisas sobre o retorno de investimentos em novas tecnologias, inclusive as de nutrição.
Observa-se, através do quadro 1 acima, que, em 1950, o peso da ave era de 1,4 kg, aos 70 dias de idade, enquanto que, em 2004, o peso médio se encontrava 34% acima, na metade do tempo, com uma eficiência alimentar 89% maior, o que implica em dizer que, enquanto em 1950 gastava-se 3,0 kg de ração para produzir 1,0 kg de peso de frango vivo, em 2004 este consumo caiu para 1,59 kg, representando uma redução de 47% no consumo de ração por kg de frango vivo, impactando significativa e favoravelmente o custo de produção, o que explica, em parte, o aumento no consumo, per capita, de carne de frango no Brasil, de 2,3 kg por habitante por ano em 1970, para 33,8 kg por habitante por ano em 2004 (EMBRAPA-CNPSA). Pode-se presumir ainda, pelo aumento observado na eficiência alimentar, uma sensível redução na produção de dejetos por kg de ave produzida.
Assim, nas últimas cinco décadas, a idade de abate da ave tem-se reduzido em aproximadamente um dia por ano. Em 1950, a primeira semana de vida correspondia a 10% do período de vida da ave, uma vez que o abate se dava aos 70 dias de idade, e onde a ave tinha aproximadamente 1,4 kg. Hoje, a primeira semana de vida corresponde a aproximadamente 20% do período de vida da ave, considerando que a ave é abatida aos 35 dias com 1,88 kg de peso, ou 17%, considerando a ave abatida aos 42 dias com 2,27 kg de peso, e o consumo de ração nesta fase representa apenas de 5% a 10% do volume total.
Levantamento recente, realizado junto às principais empresas avícolas do setor, bem como levantamento feito por Nascimento et al. (2005), Burin (2004) e Penne (2005), citado por Nascimento (2005), verificou-se que o uso de rações pré-iniciais para frangos de corte constitui-se hoje em uma prática comum adotada pela maioria das empresas brasileiras, contrastando com observações anteriores divulgadas em conferências no Brasil por Nir (1998), Penz e Vieira (1998) , Toledo et al. (2001), Vieira (2004) e Araújo (2004), de que, apesar de existirem comprovações inequívocas das vantagens do uso de uma dieta pré-inicial para frangos de corte (1 a 7 dias), ainda haveria resistência por parte de grandes empresas ao seu uso, devido, principalmente, à problemas de logística, relacionada com a fabricação e a distribuição de uma dieta a mais nas granjas.
Araújo (2004), mostrou que a alimentação nas primeiras horas de vida não se limita somente a promover maior velocidade de crescimento e eficiência alimentar às aves, mas envolve também a melhoria de destas resistência em relação aos diversos agentes patogênicos, além de conferir maior uniformidade do lote.
Pintos de 40g de peso no alojamento atingem, aos 7 dias, pesos de 160 a 200g, com média de 180g; ou seja, na primeira semana a ave no mínimo deveria quadruplicar o seu peso inicial, podendo quintuplica- lo, desde que condições especiais de nutrição, ambiência, manejo, sanidade e genética lhe sejam garantidos.
Experimentos tem demonstrado que ganhos de 10 gramas de peso aos 7 dia de idade, resultam em mais 50 a 70 gramas no peso aos 42 dias de idade (Navarro, 2004).
Algumas condições na pré-eclosão também são necessárias para otimização deste crescimento na pós-eclosão. A qualidade dos pintos é dependente das condições às quais as matrizes estão submetidas, tais como idade das matrizes, nutrição, ambiente, sanidade, manejo, genética e outras, bem como do incubatório; quais sejam, manipulação dos ovos, temperatura e umidade de incubação, higiene, treinamento da equipe de vacinação, dentre outros, assim como do transporte; como, por exemplo, higiene, temperatura e umidade, condições do veículo e da estrada, distância e tempo do incubatório ao destino, treinamento do motorista e outros (Kidd, 2002).
Conforme se pode observar no quadro 2, as diferenças no peso das aves ao nascer, oriundas dos efeitos de diferentes condições pré- eclosão, proporcionam diferenças expressivas no peso aos 21 e 42 dias.
Quadro 2 - Efeito do peso ao nascer de pintos sobre o peso aos 21 e 42 dias de idade de frangos de corte.
Adaptado de dados da Universidade de Alberta (Canadá) citados por Tzschentke, 2002. A nutrição do pinto, imediatamente após a eclosão, tornou-se uma grande preocupação na produção avícola atual. A alimentação, logo após o nascimento da ave, além de promover maior velocidade de crescimento e melhor eficiência do alimento, favorece também o desenvolvimento do sistema imunológico, tornando os animais mais resistentes frente aos organismos patogênicos.
Normalmente, os pintos permanecem em jejum por períodos prolongados, antes de serem alojados nas granjas de produção, o que definitivamente prejudica o desempenho zootécnico das aves, por outro lado, as aves que eclodem mais cedo, permanecem no nascedouro por várias horas, até que a eclosão se complete em toda a sala de nascimento. Após serem retirados dos nascedouros os pintos devem ser vacinados, sexados e colocados em caixas de transporte, o que aumenta ainda mais o tempo de permanência no incubatório e o estresse no período.
Este tempo de pré-alojamento pode ser superior a 40 horas, considerando também o período de transporte do incubatório até as granjas. No transporte, os pintos sofrem desidratação, ocorrendo, com isso, perda de peso, retardo no crescimento, diminuição de resistência às infecções e aumento na mortandade. O jejum pré-alojamento atrasa o desenvolvimento da mucosa intestinal da ave, prejudicando a absorção dos nutrientes. O desenvolvimento corporal dos pintos pode ser antecipado pela precocidade do acesso à dieta. O benefício desta antecipação de consumo mostra-se mais pronunciado no peso vivo na primeira semana, sendo que tal vantagem é mantida até o abate.
Fatores pós-eclosão e desempenho de frangos de corte: Para que se possa compreender com clareza os mecanismos pelos quais é possível manipular as condições de nutrição e manejo dos pintos, com o objetivo de melhorar seu desempenho, torna-se necessário, primeiramente, entender como se desenvolve o corpo da ave; ou seja, o crescimento alométrico dos órgãos vitais da ave; os padrões de secreção de enzimas digestivas destas, mudanças no metabolismo, e outros.
Mudanças no trato gastrointestinal após a eclosão: As enzimas digestivas já se encontram ativas no embrião, assim como mecanismos de absorção de nutrientes no intestino. As enzimas extracelulares, que são secretadas pela endoderme do saco vitelino, atuam sob o substrato, permitindo a absorção dos produtos da digestão, inclusive de macromoléculas. O conteúdo vitelino na eclosão representa aproximadamente 20% do peso do pinto, e é constituído de aproximadamente 46% de água, 20% de proteína e 34% de lipídios. Em outras palavras, um pinto de 40g de peso tem aproximadamente 8g de conteúdo vitelino sendo 2,72g de lipídios e 1,6g de proteínas (Sklan &
Noy, 2000). O conteúdo vitelino, no momento, da eclosão é oriundo de porções remanescentes da gema e do albúmen, sendo que este último flui para o saco vitelino no final da segunda semana de incubação, quando ocorre rompimento da conexão sero-amniótica, e qual é quase que totalmente “ingerido” pelo embrião; contudo, parte do albúmen migra para dentro do saco vitelino aumentando o seu conteúdo protéico (Vieira, 2004). O embrião absorve o conteúdo vitelino, simultaneamente, por duas vias principais: Em uma das vias, o conteúdo vitelino é transferido, sob a forma de lipoproteínas, diretamente para a circulação embrionária, por meio de processos de fagocitose ou endocitose.
Na outra via, o conteúdo vitelino é transferido para o intestino delgado, onde, por mecanismos de antiperistaltimos da mucosa, é conduzido à região proximal do intestino delgado, sofrendo ação de enzimas, como a lipase, possibilitando sua digestão e conseqüente absorção pela mucosa intestinal (Noy & Sklan, 1998). Deve-se ressaltar que a membrana do saco vitelino pode ser vista como uma extensão do intestino do embrião, estando sujeita às contrações e movimentos do mesmo (Vieira, 2004).
Estão presentes no intestino do embrião enzimas capazes de digerir proteínas como quimotripsina e carboxipeptidase A, estando também presente a tripsina, porém, com sua atividade inibida pela fração ovomucóide do albúmen, cujo significado evolutivo relaciona-se à inibição da atividade de outras enzimas proteolíticas ativadas pela tripsina, que resultaria na degradação de IgA e IgG, presentes no albúmen e importantes na imunidade passiva do pinto nos dias que sucedem a eclosão, período no qual seu sistema imunológico é imaturo (Vieira, 2004).
Cerca de 20% das proteínas do resíduo do saco vitelino são imunoglobulinas de alta diversidade de origem materna, que não teriam condições de serem produzidas pelo embrião. O uso desta fração protéica, como fonte de aminoácidos, para o metabolismo do embrião, privaria o neonato deste importante mecanismo de defesa imunológica na primeira semana de vida. Desta forma a utilização desta fração protéica nos casos de jejum, não deve ser interpretado como uma rota metabólica normal, mas sim como um mecanismo de sobrevivência do pinto, sendo que este desvio de função pode causar prejuízo ao desempenho potencial do pinto.
Os 80% restantes das proteínas do resíduo vitelino são compostos de proteínas séricas, presentes na matriz no momento da formação da gema, e podem conter antígenos aos quais o pinto poderá ser exposto no ambiente pós-eclosão.
Durante as primeiras 48 horas, a utilização do saco vitelino, por meio do sistema circulatório, permanece funcional, no entanto, após este período, a transferência começa a reduzir pela obstrução do pedúnculo vitelino por células linfóides, que se completa após, aproximadamente, 4 dias da eclosão. (Noy & Sklan, 1998).
Próximo à eclosão, entre o 19° e o 20° dia, o saco vitelino residual se internaliza na cavidade abdominal, e, no nascimento, o intestino contém um material viscoso proveniente da gema (Noy & Sklan, 1998).
Logo após a eclosão, os pintos já interagem fortemente com o ambiente, procurando bicar e ingerir partículas, havendo mudanças na estrutura morfo-fisiológicas do trato gastrointestinal, sendo que, com a ingestão de alimento, a maturação dos órgãos digestórios é acelerada, assim como a utilização das reservas do saco vitelino, devido, possivelmente, ao aumento de intensidade de movimentos antiperistálticos no intestino.
Experimentos conduzidos com pintos revelaram que a retirada do saco vitelino reduz o desempenho das aves, demonstrando a importância da reserva do saco vitelino para os pintos logo após a eclosão (Edwards et ai. 1962).
No período imediatamente após a eclosão, o peso do intestino do pinto aumenta com velocidade maior que a do seu peso corporal como um todo. Este processo de desenvolvimento do intestino do pinto atinge um pico máximo por volta de 6 a 8 dias; no entanto, outros órgãos do sistema digestório, como o pâncreas e a moela não apresentam o mesmo ritmo de crescimento quanto ao seu peso relativo.
Estudos acerca do desenvolvimento da área e da altura de vilosidades da mucosa intestinal demonstram haver diferenças significativas entre diferentes porções do intestino do pinto. A maior velocidade de crescimento relativo da área e altura das vilosidades intestinais atinge um platô com 6 a 8 dias, na porção do duodeno, e com 10 dias, nas porções do jejuno e do íleo (Noy & Sklan, 1998). A secreção de enzimas pancreáticas aumenta com a idade da ave e com o consumo de alimentos; todavia, quando calculada a secreção de enzimas por grama de alimento ingerido, não há mudanças significativas para as enzimas amilase, tripsina e lipase, entre 4 e 18 dias. Resultados semelhantes foram obtidos para as secreções de sais biliares e de ácidos graxos livres no duodeno. Entretanto, a quantidade de nitrogênio secretada no intestino por grama de alimento ingerido é pequena logo após a eclosão, e, aumenta com a idade (Noy & Sklan, 1998,2000). A alimentação de pintos estimula a secreção das enzimas pancreáticas, amilase, tripsina e lipase, e a utilização de níveis adequados de sódio é essencial para os mecanismos de absorção de nutrientes, em especial glicose e aminoácidos, pela mucosa intestinal. (Noy & Sklan, 2000) A atividade das enzimas maltase, sucrase, alfa-glutamiltransferase e fosfatase alcalina, liberadas pelas células da membrana da “borda em escova” (microvilosidades da mucosa intestinal) aumenta com a idade, estando este aumento da atividade correlacionado com o início da ingestão de alimentos (Noy & Sklan, 1998).
Mahagna & Nir (1996) observaram que a atividade das dissacaridases na mucosa intestinal aumenta com a idade dos pintos, sendo observada entretanto uma redução na atividade das dissacaridases durante o período de 0 a 4 dias de idade, que pode ser causada pela diluição do quimo no intestino, e pelo processo de maturação e turnover dos enterócitos. Considerando que a maltose é o principal produto da digestão do amido em dietas à base de milho e soja, Shapiro et ai. (1997) concluíram que a produção de dissacaridases na mucosa intestinal de pintos de corte pode limitar do desempenho. Estes autores realizaram experimento utilizando pintos de corte alimentados com dietas contendo 20% de glicose ou 20% de maltose. A suplementação da maltose reduziu de forma significativa o peso dos pintos, quando comparados com aves que foram alimentadas com dietas contendo 20% de glicose (Quadro 3).
Quadro 3 - Efeito da adição de glicose e maltose na dieta sobre o desempenho de pintos de corte.
Shapiro et al. (1997). A capacidade absortiva da mucosa intestinal, logo após a eclosão, também tem sido objeto de estudos. Experimentos in vitro e in situ demonstraram que no pinto, imediatamente após a eclosão, a absorção de metionina e glicose possui limitações, apresentando aumento com a idade, particularmente no duodeno. Por outro lado, a capacidade absortiva de ácidos graxos não apresenta mudanças com a idade, encontrando-se elevada imediatamente após a eclosão. Sklan (2003), sugere que, devido ao fato de no embrião existirem mecanismos ativos de digestão e absorção de gorduras provenientes do saco vitelino, na pós-eclosão estes mecanismos precisam de poucas adaptações ao novo substrato em que irão atuar. Por outro lado, a menor absorção de glicose se deve ao fato de que no conteúdo vitelino quase não há carboidratos.
Havendo ainda baixa concentração de sódio no intestino, requerido para o bom funcionamento dos cotransportadores de Na-glicose, e inibição da absorção de compostos hidrofílicos, como a glicose, devido ao caráter hidrofóbico do conteúdo vitelino (Richards, 1997).
Estudos prévios sugerem que pintos possuem absorção sub-ótima de lipídios da dieta (Krogdahl, 1985). Todavia, a determinação da absorção de lipídios por meio de ensaios de metabolismo é complicada pela presença de conteúdo residual vitelino nas excretas, o que causa subestimação da digestibilidade das gorduras. Entretando, Poiin &
Hussein (1982), verificaram que a suplementação da dieta com sais biliares aumenta a digestibilidade de gorduras em pintos de 7 dias de idade. Krogdahl (1985) observou que a secreção de sais biliares aumenta até o dia 21 após a eclosão quando então decresce. Noy &
Sklan (1995) observaram aumentos de 8 a 10 vezes na secreção de componentes da bile, como sais biliares e ácidos graxos, entre 4 e 21 dias de idade, sendo a maior parte dos ácidos graxos secretados na bile na forma de fosfolipídios. As secreções biliares são baixas após a eclosão e aumentam com a idade, e podem limitar a absorção de gorduras, pois, em alguns trabalhos, observou-se que a adição de ácido cólico melhora a digestão de gorduras em pintos (Serafim & Nesheim, 1967; Gomez & Polin, 1976; Polin et ai. 1980). A composição da fração lipídica da gema é de 65% de triacilgliceróis, 25% de fosfolipídios e 10% de ésteres de colesterol, sendo, respectivamente, os dois últimos importantes na formação de micelas de gordura no intestino, auxiliando a digestão das mesmas, e precursores da formação de sais biliares e hormônios.
Estudos recentes de Sklan (2003) demonstraram no pinto, após a eclosão, que a taxa de absorção de glicose na circulação aumenta com a idade, enquanto a taxa de utilização da mesma para produção de energia permanece constante. Em contraste, a taxa de absorção de gorduras é alta na eclosão, permanecendo inalterada com a idade, enquanto a utilização de ácidos graxos para produção de energia decresce com a idade. O aparecimento na circulação de lipídios originados do saco vitelino ou do intestino são altas e similares, apresentando aumento inicial na sua taxa de utilização, e, posteriormente, um declínio constante. A distribuição de lipídios marcados nas classes de lipídios e frações de lipoproteínas foi examinada, havendo poucas alterações nestes padrões com a idade. Todavia, lipídios marcados no resíduo vitelino foram preferencial mente encontrados na fração LDL, lipoproteínas de baixa densidade, o que corrobora observações anteriores de que significativa parte do conteúdo vitelino é transportada diretamente para a circulação. Lipoproteínas do embrião são sintetizadas, em parte, no epitélio endodermal da gema, e, parte das VLDL maternais presentes na gema são remodeladas nas células epiteliais endodérmicas. A concentração de LDL e HDL decresce rapidamente em pintos até 5 dias após a eclosão. Assim, pode-se concluir que logo após a eclosão, as lipoproteínas de origem da gema ou de sua endoderme são responsáveis pela maior parte do transporte de lipídios na circulação. Todavia estas lipoproteínas são metabolizadas imediatamente após a eclosão e assim a concentração de LDL e HDL caem afetando o turnover de lipídios plasmáticos, e, consequentemente seu uso para produção de energia. O transporte de lipídios recém- absorvidos no intestino delgado ocorre geralmente pelo fígado, aonde os mesmos são reexportados em novas partículas de lipoproteínas sintetizadas neste local.
Em resumo, no pinto, no momento imediatamente após a eclosão, os lipídeos do resíduo do conteúdo vitelino são transportados pela circulação na forma de lipoproteínas, sendo posteriormente oxidados para a produção de energia, enquanto o suprimento externo de glicose ainda é baixo. Após alguns dias, os lipídeos do conteúdo do resíduo vitelino e as lipoproteínas para seu transporte se reduzem, ocasionando assim queda no uso de ácidos graxos para produção de energia. É possível que a produção de lipoproteínas possa limitar, portanto, a utilização de gorduras na dieta, visto que os pintos parecem não responder a altos níveis de gordura em dietas pré-iniciais {Noy & Sklan, 2001 e 2002). Ainda, o fornecimento exógeno de glicose passa a ser a principal fonte de energia para o pinto. Assim, a mudança no metabolismo da dependência da utilização de lipídeos da resíduo vitelino, como principal fonte de energia, para a dependência para a utilização de glicose é acelerada pelo decréscimo na concentração de lipoproteínas na circulação. A velocidade com que os alimentos passam pelo trato gastrointestinal é importante, pois determina o tempo que os mesmos estarão expostos às enzimas digestivas e aos mecanismos de absorção dos nutrientes pela mucosa. Imediatamente após a eclosão, e, com a ingestão de alimentos, a taxa de passagem aumenta significativamente (Vergara et al. 1989), decrescendo, posteriormente, entre o 4o e o 10° dia após eclosão em aproximadamente 30%, embora o consumo de alimento aumente em até 3 vezes. O decréscimo observado na taxa de passagem é mais acentuado no duodeno. Entre o 10° e o 21° dia, não se observam mudanças na taxa de passagem, embora o consumo de alimento continue a aumentar (Noy & Sklan, 1995). Todavia em estudos anteriores de Sklan et al. (1975) observaram-se taxas de passagem menores no intestino delgado entre o 42° e o 49° dia (taxa de 67 minutos pelo intestino delgado) o que indica a possibilidade de haver nova redução entre o 21° e o 49° dia.
Estudos de Noy & Sklan (1995) relataram que aos 4 dias, em pintos recebendo dieta com 6% de gordura predominantemente insaturada, o coeficiente de digestibilidade da gordura foi acima de 85% aos 4 dias, com aumento leve até os 21 dias, indicando que quantidades suficientes de lipase e de sais biliares já estariam disponíveis aos 4 dias de idade. O mesmo foi observado com a digestão de carboidratos, com valores de digestibilidade também em torno de 85%. Já a digestibilidade da proteína aumentou de 78% e 80%, no 4o e no 7o dia, respectivamente, para cerca de 90% no 21° dia.
As reservas do saco vitelino são quase que totalmente esgotadas entre o 3o e o 4o dia após a eclosão. Porém, são suficientes para prover apenas 50% da energia e 43% da proteína no 1o dia de vida, sendo a utilização da gordura mais rápida que a da proteína (Murakami et al. 1988). Assim percebe-se que a principal função das reservas vitelinas é de auxílio na manutenção da vida da ave durante o período de transição para a sua independência, durante os primeiros momentos de aprendizado na busca de alimentos.
No processo evolutivo, a natureza fez do ovo da galinha, um alimento rico em energia e aminoácidos essenciais, vitaminas e outros compostos nutricionalmente importantes. Em seres humanos, a absorção dos nutrientes do ovo cozido chega a 95%. Sua proteína é considerada proteína padrão de valor relativo 100 no índice denominado de NPU (net protein utilization), enquanto a proteína do peixe tem valor médio de 85, a do leite de vaca 75, a do arroz 57, a da farinha de trigo 52 e do feijão 47. Alguns inibidores de enzimas digestivas estão presentes no ovo e sua função será discutida posteriormente, mas resumem-se a dificultar a digestão do mesmo por animais predadores na natureza, e, para possibilitar a transferência de imunoglobulinas (proteína) para o pinto. Conhecer a composição nutricional do ovo permite fazer inferências e planejar possíveis manipulações da dieta de pintos visando uma melhoria de sua performance. A incubação de um ovo é de aproximadamente 21 dias, sendo que neste período o embrião possui como única fonte de alimentos os constituintes do ovo. A presença de carboidratos é praticamente nula; todavia, alguns tecidos, tais como cérebro, hemácias, medula renal e outros, apenas conseguem utilizar como fonte de energia a glicose, salvo em condições especiais em que eventualmente poderíam usar corpos cetônicos. Assim a gliconeogênese, que é a formação de glicose a partir de outros compostos, por exemplo, aminoácidos, é um processo bastante ativo no embrião. A disponibilidade de glicose é especialmente importante no imediato momento que precede a eclosão, quando ocorre transição da respiração córion-alantóica para a completa dependência da respiração pulmonar (White, 1974, citado por Vieira, 2004).
Com o início da respiração pulmonar e a eclosão, a demanda por glicose aumenta no organismo. O principal órgão produtor de glicose, pela via da gliconeogênese, é o fígado, que responde por 90% do total, sendo que as reservas de glicose se esgotariam rapidamente, caso mecanismos de gliconeogênese não estivessem ativos. Períodos prolongados de jejum, em que carboidratos não estejam disponíveis para os pintos, aumentam a demanda por gliconeogênese de origem protéica, que é a formação de glicose com utilização de aminoácidos como substrato, e a utilização de gordura como fonte de energia, com respectivo aumento da concentração plasmática de corpos cetônicos, além de reduzir a quantidade de água metabólica, importante para a rehidratação da ave (Best, 1996 e Hammond, 1944, citados por Vieira, 2004). O alojamento dos pintos com acesso a água e alimento deve ser o mais rápido possível, respeitando o tempo necessário mínimo no nascedouro. A perda de peso e desidratação ocasionada por um jejum, ainda que mínima, pode causar aumento na mortalidade, retardo no desenvolvimento da mucosa intestinal, ocasionando, dessa forma, menor eficiência na digestão e absorção de nutrientes. Recomendações antigas de manejo citavam o jejum como uma prática para melhora do desempenho, pois favorecería uma reabsorção mais rápida do saco vitelino residual. Tal prática se provou inadequada visto que tem sido amplamente demonstrado que é a ingestão de alimentos exógenos que acelera a utilização do saco vitelino residual.
Normalmente, os pintos chegam às granjas 24 a 36 horas após a eclosão, tempo este gasto com procedimentos de sexagem, vacinação, transporte e outros, sendo que, durante este tempo, os pintos perdem peso pelo uso de nutrientes do saco vitelino, pelas excreções digestivas e renais, e pela desidratação. Noy & Sklan (1997) verificaram que o aumento de peso nos pintos só ocorre 36 a 48 horas após terem acesso à dieta. O início do crescimento pode ser antecipado pela precocidade deste acesso. O benefício desta antecipação de consumo mostra-se mais pronunciado no peso aos 7 e 10 dias de idade, sendo que a vantagem obtida mantém-se até o abate.
Noy & Sklan (2000) verificaram que pintos desprovidos de alimento exógeno por 48 horas após a eclosão sofrem diminuição no peso.
Todavia, durante estas 48 horas o peso do intestino delgado aumenta 60% em pintos desprovidos de alimento e 200% em pintos providos de alimentos. A energia de mantença requerida para o pinto nas primeiras 24 horas tem sido estimadas em aproximadamente 11 kcal (112 kcal . W °·75). Assumindo que todo o conteúdo residual do saco vitelino liberado nas primeiras 24 horas fosse usado somente como fonte de energia com 100% de eficiência, teríamos apenas 9,4 kcal. Assim, sem suprimento adicional de nutrientes o pinto entrará em balanço negativo de energia e certamente perderá peso (Dibner et al., 2005) Dietas específicas tem sido desenvolvidas para uso em situações antes praticamente desconsideradas pela comunidade científica. Por exemplo, a nutrição in ovo, e a nutrição ainda no incubatório, por meio de dietas especiais cujo objetivo é tornar a transição da vida pré-eclosão para a pós-eclosão mais suave, evitando grandes “saltos” na mudança do metabolismo que irá ocorrer. O eventual uso de probióticos para garantir a primeira colonização do trato digestório; uso de sais de sódio para suprir a deficiência da gema neste ingrediente, e o uso de sais biliares para possibilitar uma melhor utilização da gordura da dieta, tem sido testados obtendo resultados promissores.
Em geral, a completa adaptação do trato digestivo e do metabolismo do pinto para uso de uma dieta rica em carboidratos e relativamente pobre em gordura, em substituição à utilização do resíduo do saco vitelino, dura entre 3 a 4 dias. O trato digestivo do pinto no imediato momento pré-eclosão tem disponível apenas o resíduo do saco vitelino para efetuar os processos de digestão e absorção. Este substrato é rico em gorduras e proteínas e quase ausente de carboidratos, portanto com característica hidrofóbica muito elevada. A alimentação no momento pós-eclosão por ser rica em carboidratos, além de possuir característica pouco hidrofóbica, necessita de enzimas digestivas antes desnecessárias, tais como amilase, maltase e outras.
ANTECEDENTES DA TÉCNICA São conhecidas do estado da técnica algumas contribuições do estado da técnica na elaboração de uma formulação nutricional de ração para pintos; o documento de patente US 4556564 refere-se a uma formulação de alimento para pintos em que é aplicado um componente zeólita como ingrediente para melhorar a resistência da casca e as características gerais desejáveis no ovo. O documento de patente JP 2004329073 refere-se a um aditivo à ração para aves de corte que compreende um componente originado de uma alga marrom, e variedades de camellia e angélica em que a formulação proporciona um resultado melhorado de crescimento, produção em escala de criatório sem conferir estresse às aves confinadas. O documento de patente NZ 536677 refere-se a um aditivo a base de um alfa aminoácido dicarboxílico que proporciona uma biodisponibilidade de minerais e aminoácidos no animal sem gerar resíduos poluentes graves.
Em todos os casos, os ensinamentos do estado da técnica associam a alimentação a uma condição de engorda e ganho de peso, enquanto que a alimentação deve estar associada ao desenvolvimento do animal, que privilegia um maior aproveitamento de uma carne saudável e com teores nutricionais desejados.
OBJETIVO DA INVENÇÃO É objetivo da presente invenção proporcionar uma formulação nutricional de uma ração com até 18% de umidade, que trazem como resultado a melhora nos resultados de desempenho zootécnico das aves durante o seu ciclo de produção, a antecipação da maturação do sistema imune tornando as aves mais resistentes à doenças, melhorando a resposta às vacinas e aumentando a sobrevivência das aves; maior proteção da mucosa intestinal, e o desenvolvimento mais precoce dos órgãos do sistema digestivo e cardio-respiratórios para permitir às aves suportar um desempenho mais acelerado.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO A presente patente é referente à composição nutricional de uma ração com até 18% de umidade e o período e forma de fornecimento recomendado para a mesma, que trazem como resultado a melhora nos resultados de desempenho zootécnico das aves durante o seu ciclo de produção, a antecipação da maturação do sistema imune tornando as aves mais resistentes à doenças, melhorando a resposta às vacinas e aumentando a sobrevivência das aves; maior proteção da mucosa intestinal, e o desenvolvimento mais precoce dos órgãos do sistema digestivo e cardio-respiratórios para permitir às aves suportar um desempenho mais acelerado. 0 período recomendado para o fornecimento do produto compreende aquele entre a eclosão e o alojamento nas granjas, período este denominado doravante de pós-elosão. A ração pode ser fornecida no chão da caixa de transporte dos pintos, ou no chão das bandejas de nascedouros no incubatório. À sobra de ração observada na caixa de transporte, no momento do alojamento, recomenda-se ofertar às aves no chão sobre papel.
Esta ração pode ou não conter em sua composição um aditivo probiótico com a finalidade de colonizar o trato digestivo com cepas de microrganismos específicos, benéficos às aves. Em uma outra modalidade da patente, o aditivo probiótico pode ser acompanhado de um aditivo prebiótico, com a finalidade de servir de substrato às cepas de microorganismos anteriormente mencionadas, acelerando a multiplicação das mesmas no trato digestivo.
Em uma outra modalidade da patente, a ração pode conter substâncias de natureza coccidiostáticas ou anticoccidianas, como ionóforos, visando a redução na proliferação de Eimerias no trato digestivo das aves. Os agentes anticoccidianos ou coccidiostáticos podem ou não serem associados à antibióticos agentes promotores de crescimento, gram negativos e/ou gram positivos.
Opcionalmente, um ou mais dos seguintes componentes podem ser adicionados ao produto : Probióticos, Prebióticos, Anticoccidianos, coccidiostáticos, antibióticos, Cisteamina, enzimas, corantes alimentícios, adsorventes, mananooligossacarídeos, imunoglobulinas, transferrina, lecitinas, sais biliares, emulsificantes, glutamina, glicina, serina, lisina, metionina, treonina, arginina, triptofano, valina, leucina, isoleucina, nucleotídeos, boro, estrôncio, molibdênio, cromo, carnitina, ácidos graxos Omega 3 (DHA e EPA), amidos, dextrose, aditivo acidificante, colesterol e etc.
DESCRIÇÃO DA MODALIDADE PREFERIDA A presente invenção será descrita em termos de sua modalidade preferida a qual encerra um estudo de maximização do desenvolvimento animal.
Maximização do desenvolvimento muscular por meio de dietas pós- eclosão. A formação da fibra muscular esquelética é tida como finalizada com a eclosão nas aves, não sendo possível, sob condições normais, e após este momento, conseguir aumento do número de fibras musculares por meio de mitose das miofibrilas. Todavia, observa-se aumento significativo de DNA muscular durante o crescimento pós-eclosão das aves, sendo este processo essencial para a hipertrofia muscular. O aumento do DNA muscular é ocasionado devido á atividade das células satélites, precursores miogênicos presentes na musculatura esquelética, que iniciam seu desenvolvimento durante a última fase embrionária, sendo capazes de se proliferar, diferenciar e juntar-se às fibras já existentes, ou se fundirem com outras, formando novas fibras. No momento dá eclosão, há um elevado número de células satélites, que, com o início do crescimento, decrescem, permanecendo em repouso, sendo reativadas somente em caso de lesão muscular (Schultz et ai., 1978 e Mauro, 1961, citados por Araújo, 2004).
No momento imediatamente após a eclosão, há ainda grande quantidade destas células, cujos núcleos respondem por todos aqueles incorporados em fibras musculares normais após o nascimento. Cada DNA nas células musculares multinucleadas controla o volume de citoplasma imediatamente circundante por meio de RNAm. Assim a taxa de crescimento muscular (hipertrofia) depende da agregação de novos núcleos às fibras musculares. Disponibilizar alimentos após a eclosão dos pintos é condição primordial para estímulo à proliferação de células satélites e sua incorporação às fibras musculares, visando o máximo crescimento muscular (Moss & Leblond, 1971, Halevy et ai, 2000. citados por Vieira, 2004, Moore et ai. 2005).
Consequentemente, períodos de jejum prolongados que causassem “morte” de células musculares (apoptose), trariam danos irreparáveis ao desenvolvimento muscular das aves, afetando-lhes a qualidade da carcaça ao abate.
Dietas pós-eclosão e desenvolvimento do sistema imune. A seleção genética das aves, com o objetivo de aumentar a velocidade de crescimento teve um impacto negativo sobre sua imunocompetência. Houve redução na capacidade de produção de anticorpos, tornando-as menos resistentes a agentes patogênicos Bigot et al. 2001, citados por Araújo, 2004, conforme quadro 4.
Quadro 4 - Títulos de anticorpos de duas linhagens de frangos de corte de acordo com seu potencial genético.
Adaptado de Cheema et al (2003), citados por Araújo (2004) Por outro lado houve um aumento nas respostas inflamatórias mediadas por células com aumento na produção de linfócitos e macrófagos, consumindo nutrientes e ocasionando redução no consumo de ração, conforme quadro 5.
Quadro 5 - Proliferação de linfócitos e atividade dos macrófagos de duas linhagens de frangos de corte de acordo com o seu potencial genético.
Adaptado de Cheema et al (2003), citados por Araújo (2004) Com a seleção genética houve ainda diminuição do peso relativo de ógãos linfóides, embora os pesos absolutos destes tenham aumentado em função do aumento no peso médio das aves, conforme quadro 6.
Quadro 6 -Peso corporal e sua relação com os órgãos linfóides de duas linhagens de frangos de corte de acordo com o seu potencial genético.
Adaptado de Cheema et al (2003), citados por Araújo (2004) A capacidade das aves em lidar com situações de estresse foi alterada, em especial nas respostas moduladas ou reguladas por hormônios. As aves têm sido criadas sob densidades cada vez mais elevadas e submetidas a pressões microbianas maiores apesar do maior controle sanitário empregado nas granjas modernas. O sistema imunológico da ave inicia seu desenvolvimento na fase embrionária e encontra-se parcialmente desenvolvido no momento da eclosão. Os órgãos primários do sistema imune (timo e bursa) estão presentes e com tecido linfóide ativo. A migração dos linfócitos para o timo ocorre em ondas, com início no sexto dia de incubação. Passam pelo timo e então povoam tecidos periféricos. A proliferação de linfócitos na bursa ocorre entre o décimo e décimo quinto dia da fase embrionária. Estas células são células B diferenciadas, capazes de expressar IgM apenas no momento da eclosão.
Os órgãos imunológicos secundários como o baço, tonsilas cecais, divertículo de Mecke!’s, glândula de Harder e tecido linfóide difuso do intestino e do sistema respiratório, são imaturos à eclosão. No momento da eclosão, há nas tonsilas a presença de células B, todavia estas expressam apenas IgM. Na lâmina própria e epitélio intestinal, assim como em outros órgãos secundários do sistema imune há a presença de células T, porém imaturas, sem capacidade citotóxica ou de combate a antígenos até alguns dias após a eclosão. A habilidade de gerar uma resposta imune secundária, indicada pela presença de centros germinais, ou, de circulação de IgG e IgA, começa a manifestar-se apenas entre 1 e 4 semanas após a eclosão. A remoção do timo em neonatos não causa prejuízos severos às respostas mediadas por células, ou ao desenvolvimento da diversidade de células T, indicando alto grau de desenvolvimento durante a embriogênese. Por outro lado a remoção da Bursa no 18° dia de incubação, pode resultar em perda total de IgG e IgA, resultando apenas em respostas primárias de IgM de diversidade muito limitada como única capacidade de imunidade humoral.
Em pintos, no momento da eclosão, a imunoglobulina predominante na bursa é a IgM. Os linfócitos carreadores de IgM são os precursores de células produtoras de IgA e IgG. O IgG presente na Bursa no momento da eclosão se localiza no tecido conectivo interfolicular, especificamente, nos vasos sangüíneos, e tem sua origem na produção materna depositada no conteúdo vitelino. Assim, o pinto ao nascer, não possui capacidade de produção de IgG, e é totalmente dependente dos anticorpos maternos para proteção humoral. A IgA por sua vez não se encontra presente na Bursa, pois o pinto é incapaz de produzi-la. Observações semelhantes são encontradas nas tonsilas cecais e outros órgãos secundários do sistema imune. Assim pode-se concluir que o sistema imune do pinto à eclosão consiste na produção de IgM e dos estoques de IgG materno armazenados.
Privar o pinto de alimentação logo após a eclosão ocasiona redução no peso da Bursa, mais acentuada que a própria perda de massa corporal. O fornecimento de alimento no 3o dia pós-eclosão não corrige esta perda, persistindo a Bursa com menor tamanho pelo menos até os 21 dias de idade. A perda de peso relativo da Bursa associada ao jejum pode estar relacionada ao aumento de glicocorticóides que estão associados a involução de órgãos linfóides, ou ainda à baixa disponibilidade de substratos ou de presença de antígenos no organismo. 0 desenvolvimento de órgãos do sistema digestório de pintos após a eclosão sofreu forte influência dos processos de seleção. Alta prioridade deve ser dada aos sistemas digestivos, circulatório e respiratório, todavia hipotetiza-se que a partição de nutrientes para desenvolvimento dos órgãos e tecidos relacionados à resposta imune, tenha sido prejudicada. O desenvolvimento de órgãos secundários do sistema imune como baço, tonsilas cecais e glândula de Harder são claramente dependentes da Bursa e do Timo, mas, a exposição a antígenos é também fator importante. Pintos livres de patógenos (Germ-Free) apresentam tonsilas cecais pequenas, destituídas de centros germinativos, e apenas com 4 semanas, alguns poucos centros germinativos se mostram presente. A ingestão de ração por si só já é considerada uma exposição à antígenos, além de ser fonte de nutriente e evitar a depressão do sistema imune como acontece nos casos de jejum. Dibner et al. (1998) demonstraram que pintos alimentados com um suplemento nutricional hidratado apresentaram alta proliferação de linfócitos na Bursa 3 dias após a eclosão. Ao contrário, pintos mantidos em jejum apresentaram ausência de linfócitos, demonstrando que o conteúdo residual do saco vitelino presente no pinto após a eclosão não serve como substituto à alimentação exógena. O aparecimento de IgA (a última dos principais isotipos de Imunoglobulinas) é considerado um sinal de que o sistema humoral esteja plenamente desenvolvido. A presença desta imunoglobulina na secreção biliar de pintos que receberam suplemento alimentar hidratado por três dias após a eclosão aumentou mais rapidamente quando comparado à pintos submetidos à jejum por 3 dias. A presença de centros germinativos é outro sinal da imunocompetência das aves. Nestes locais há presença significativa de linfócitos T e B, e células receptoras de antígenos, importantes no desenvolvimento de uma memória do sistema imune, como por exemplo aquela requerida nas respostas vacinais. Estes centros germinativos nas tonsilas cecais já estavam presentes no oitavo dia após eclosão em pintos que receberam o suplemento alimentar por três dias, comparados à pintos submetidos à jejum, onde os centros só surgiram após 15 dias.
No mesmo estudo foi realizado ainda um desafio por coccidiose às aves. Aves desafiadas por coccidiose apresentaram menor ganho de peso e eficiência alimentar que aves não desafiadas. Por sua vez, aves que sofreram jejum de 3 dias logo após a eclosão apresentaram também menor ganho de peso e eficiência alimentar que aves que receberam suplemento alimentar hidratado.
Os mesmos autores citam que há 3 maneiras principais pelas quais a alimentação neonatal pode influenciar a imunidade das aves.
Primeiramente como fornecedora de substrato aos tecidos, órgãos, células especializadas, etc. do sistema imune, segundo por meio de substâncias imunomoduladoras presentes no alimento como ácidos graxos específicos como araquidônico, docohexanóico (DHA) e eicosanóico (EPA), e por fim , sendo veículo de antígenos que irão estimular o aparecimento de isotipos específicos de imunoglobulinas.
Wang et al. (2004), manipulando as concentrações de ácidos graxos específicos na dieta de matrizes leves, conseguiram influenciar na imunidade passiva (IgG) transmitida pelo ovo.
Klasing (1998) afirma que a deficiência de micronutrientes específicos pode ser tão ou mais danosa que a de macronutrientes no desenvolvimento do sistema imune. As vitaminas A e D atuam, por exemplo, nos processos de diferenciação das células precursoras do sistema imune. Deficiência de vitamina A na dieta resulta em aves com menor resistência aos desafios infecciosos. As exigências estimadas de vitamina A para máximo ganho de peso e para máxima imunocompetência das aves diferem em cerca de 10 a 20 vezes (Friedman & Sklan, 1997, citados por Araújo, 2004).
Valor nutricional de alimentos para pintos. O efeito da idade da ave sobre o valor nutricional dos alimentos, tem sido relatado em vários trabalhos. Estudos acerca do valor nutricional de alimentos tem sido realizados em maior quantidade em face de constatação de que os valores das tabelas de composição de alimentos, normalmente determinados com frangos de 16 a 25 dias ou com galos adultos, não são apropriados para uso em dietas de pintos.
Para Nir (1998), os valores de EM dos alimentos encontrados nas tabelas de composição, estão bem acima dos realmente utilizados pelos pintos na primeira semana, principalmente para aqueles alimentos que proporcionam um aumento da viscosidade intestinal. O quadro 7 apresenta valores de EM determinados com pintos na primeira semana (NIR, 1998) e em aves de diferentes idades; quais sejam pintos, galos e poedeiras (Rostagno et al., 2000).
Quadro 7 - Valores de EM (kcal/kg MS) dos alimentos com base na matéria seca determinados em pintos na primeira semana e em aves com 15 a 21 dias de idade.
De modo semelhante, Batal & Parsons (2002) demostraram que a idade das aves não somente interfere nos valores de energia metabolizável, mas também na digestibilidade aparente de vários nutrientes da dieta, conforme demonstrado no quadro 8, tendo sido observado também que, aplicando regressão linear e plateau, o valor de EM aumenta até o 14° dia e a digestibilidade da lisina até o 10° dia, a partir dos quais se mantém relativamente constante.
Quadro 8 - Efeito da idade dos pintos de corte sobre os valores de EM (kcal/kg) e coeficientes de digestibilidade aparente de lisina e treonina de diferentes dietas. (1) Aminoácidos (20,36%) e amido de milho (57,33%); w Dextrose (63,4%), caseína (20%) e aminoácidos (4,79%); Batal & Parsons (2002) Os valores energéticos e a digestibilidade dos aminoácidos da dieta dextrose-caseína, não foram afetados pela idade dos pintos, por outro lado os valores de EM da dieta com aminoácidos sintéticos e amido aumentou com a idade, o que mostra a dificuldade do pinto de corte em digerir amido (Quadro 9).
Quadro 9 - Efeito da idade dos pintos sobre os valores de EM e a digestibilidade aparente dos nutrientes da dieta de milho, torta de soja e óleo.
Regressão e plateau para EM = 14 dia; para lisina = 10 dias.
Batal & Parsons (2002).
Pesquisas recentes foram realizadas por Batal & Parsons (2003) com pintos de corte de 0 a 21 dias, onde foram determinados os valores de EM e a digestibilidade aparente dos aminoácidos de diversas fontes protéicas. Os resultados mostraram alta digestibilidade da proteína láctea (caseína) e baixa da torta de soja na primeira semana de vida, possivelmente pela presença dos oligossacarídeos, rafinose e estaquiose. O processamento da soja para concentrado e isolado protéico melhorou a utilização dos nutrientes por parte dos pintos, sendo os valores de energia e de digestibilidade dos aminoácidos do isolado protéico superiores ao do concentrado, não somente pela redução dos oligossacarídeos, como também pelo menor potencial de ocorrência de reação de Mailard que torna o complexo lisina-carboidrato indisponível para o metabolismo da ave, conforme demonstrado no quadro 10.
Quadro 10 - Efeito da idade dos pintos sobre os valores de energia metabolizável (EM) e coeficiente de digestibilidade aparente da lisina (%) em diferentes fontes protéicas.
Batal & Parsons (2003) Longo et al. (2003a), estudando diferentes ingredientes protéicos em dietas pré-iniciais de frangos de corte, verificaram que os animais que receberam como principal fonte protéica o isolado protéico de soja, ou, que tiveram o plasma sangüíneo na sua dieta obtiveram os menores índices de conversão alimentar e apresentaram em valores absolutos os maiores ganhos de peso, conforme demonstrado no quadro 11.
Quadro 11 ■ Desempenho de frangos de corte aos 7 dias de idade alimentados com diferentes fontes de proteína. Médias seguidas de diferentes letras na mesma coluna diferem entre si pelo teste de Tukey (p<0,05) Longo et al. (2003b) avaliando a EM de diferentes fontes de carboidratos para pintos de corte de 1 a 7 dias, verificaram que, exceto pela lactose, os demais ingredientes possuíam elevado potencial de fornecer energia, conforme demonstrado no quadro 12.
Quadro 12 - Valores de EM An (kcal/kg) de fontes de carboidratos determinados em pintos na primeira.
Batal & Parsons (2004) testaram diferentes fontes de carboidratos em dietas com farelo de soja, e verificaram que o uso de fontes de carboidratos rapidamente e altamente digestíveis, consistentemente proporcionaram às dietas valores de EMAn maiores até 7 dias de idade, conforme demonstrado no quadro 13, bem como ganho de peso superior, conforme demonstrado no quadro 14, com destaque ao ingrediente Dextrose (monossacarídeo).
Quadro 13 - Valores de EMAn para pintos de dietas farelo de soja- fonte de carboidrato em função da idade.
Os pintos de corte tem dificuldade para digerir gorduras saturadas, devido à ineficiente reciclagem de sais biliares. Esta menor digestibilidade de gordura dietética é provocada principalmente pela redução na digestibilidade dos ácidos graxos saturados (16:0 e 18:0) (Penz Jr. & Vieira, 1998; Rostagno et al., 2000a).
Sakomura (1996) citada por Rostagno (2004) avaliou o efeito da idade dos pintos de corte, entre o 1o e o 7o e 22 a 28 dias, sobre os valores de energia metabolizável (EMn) e a digestibilidade da gordura de diferentes tipos de soja. A autora observou que as aves de maior idade apresentaram valores mais altos de EMn e digestibilidade de gordura. O menor valor de EMn e digestibilidade da gordura observado na torta de soja associada ao óleo, com relação a soja extrusada, pode ser explicado pelo maior nível de lecitina nesta última, o que favoreceu a emulsificação e absorção dos iipídeos, conforme demonstrado no quadro 15.
Quadro 15 - Efeito da idade da ave sobre os valores de EMAn e digestibilidade da gordura de diferentes tipos de soja.
Sakomura (1996) Exigências nutricionais;
Grande evolução ocorreu nas tabelas brasileiras para aves e suínos editada pelo Prof. Horácio Rostagno da UFV. Em sua primeira versão (1983) não haviam recomendações específicas para a fase de 1 a 7 dias de idade de frangos de corte, assim como ocorre no NRC de aves de 1994. Porém nas edições de 2000 e 2005 das tabelas brasileiras, as exigências de 1 a 7 dias foram apresentadas. Os níveis nutricionais recomendados pelas tabelas brasileiras (Rostagno et ai., 2000 e 2005) e pelo NRC (1994) para frangos de corte nas fases pré- inícial e inicial são mostrados no quadro 16.
Quadro 16 - Níveis nutricionais recomendados por diferentes fontes para as fases pré-inicial e inicial.
Rostagno et al. (2005). *NRC (1994) Exigência de aminoácidos. O estabelecimento das exigências nutricionais de aminoácidos para frangos de corte é baseado em dois conceitos nutricionais importantes, sendo estes a expressão das exigências considerando a digestibilidade dos aminoácidos, e o estabelecimento da lisina como aminoácido padrão de modo que a exigência dos demais aminoácidos é estabelecida por uma relação com o nível de lisina - conceito da proteína ideal - conforme demonstrado no quadro 17.
Todavia três grandes particularidades devem ser abordadas quando do estabelecimento da exigência de aminoácidos para frangos de corte na primeira semana de vida: Essas relações podem ser diferentes quando considerado o período imediatamente pós-eclosão, devido às diferenças nas taxas de crescimento e de síntese teciduais nos primeiros dias de vida, bem como a interferência com a nutrição proveniente do conteúdo do saco vitelínico.
Dois outros aminoácidos (Glicina e Prolina) considerados dispensáveis na dieta de aves adultas são entretanto essenciais para pintos, embora a glicina possa ser substituída por serina na dieta. A digestibilidade dos aminoácidos dos alimentos na idade de 1 a 7 dias não é a mesma daquela determinada usualmente em aves de 14 a 25 dias ou galos adultos, que são aquelas informadas nas tabelas de composição de alimentos atualmente disponíveis.
Quadro 17 - Proteína Ideal - Relação aminoácido dig./lisina dig. para frangos de corte recomendadas em diferentes idades. 1. Rostagno et. al. (2000); 2. Baker (1997); 3. Degussa (1996); 4.
Lippens et al. (1997); 5. CVB (1996); Gruber (2002). Os valores entre parêntesis são de Tejedor (2002). Referências 2 a 6 citadas por Fisher (2002).
Butteri (2001), utilizando pintos de corte machos, alimentados com dietas baseadas em milho, farelo de soja e glúten de milho (3,1%), com 22% de proteína bruta, 3050 kcal de EM e diferentes níveis de lisina digestível, encontrou que a aves alimentadas com os níveis de 1,16% e 1,247% de lisina, apresentaram os melhores resultados de ganho de peso para o período de 1 a 7 e 1 a 14 dias de idade, respectivamente, conforme demonstrado no quadro 18.
Quadro 18 - Ganho de peso e consumo de lisina digestível em pintos de corte.
Butteri (2001) A qualidade do ambiente onde as aves são criadas, também 5 interfere na produtividade e nos requerimentos nutricionais das aves.
Esta afirmação é comprovada pelo trabalho de Toledo (2003) que estudou o efeito de 5 níveis de lisina digestível e do ambiente, limpo ou sujo, sem infecção e com cama reutilizada, sobre o desempenho de pintos e corte, observando que no período de 1 a 11 dias o ganho de io peso no ambiente limpo foi superior ao sujo. Nesta fase, o nível de lisina digestível recomendado foi de 1,30 e 1,26% para os ambientes limpo e sujo, respectivamente. No período de 12 a 22 dias o ambiente limpo também proporcionou o maior ganho e o requerimento de lisina foi de 1,24% para ganho de peso e conversão alimentar. No ambiente sujo o is requerimento foi de 1,14% de lisina digestível para os mesmos parâmetros. A glicina e serina são considerados aminoácidos essenciais para o desempenho dos pintos, principalmente por participar da formação da proteína corporal, do ácido úrico, creatina e purinas, assim, é de esperar 20 que sua exigência nutricional também varie para as diferentes idades.
Ngo & Coon (1976), estudando a suplementação de L-glicina, para pintos de corte machos, de 1 a 9 dias, observaram que as aves alimentadas com dietas suplementadas com 1,3% de glicina - 2,15% de gli+ser total - apresentaram maior ganho de peso que as aves 25 suplementadas com níveis inferiores, conforme demonstrado no quadro 19. Os autores sugerem que a administração de um nível ideal de glicina durante os primeiros dias, pode reduzir a exigência nas fases posteriores. Coon et al. (1974) observaram que a serina pode substituir a glicina nas dietas das aves, no período de 1 a 10 dias, desde que esta substituição seja feita na base equimolar.
Quadro 19 - Ganho de peso de pintos alimentados com diferentes níveis de suplementação de glicina no período de 1 a 9 dias de vida.
Ngo&Coon (1976) Segundo Schutte et al. (1997), as dietas para pintos de corte a base de milho e farelo de soja, não podem ter menos de 21% de proteína, porque os aminoácidos glicina + serina passariam a ser limitantes. Estes mesmos autores estimaram a exigência de glicina + serina em 1,85% enquanto o NRC (1994) recomenda 1,25% e Rostagno (2000) 1,44% para o período de 1 a 21 dias. Já Rostagno (2005), recomenda 2,26% de glicina + serina para a fase de 1 a 7 dias e 1,97% para 8 a 21 dias.
Rostagno et al. (2002ab), estudando a utilização de menores níveis de proteína bruta - 18 e 19% - com relação ao controle - 22% de proteína bruta - suplementados ou não com aminoácidos sintéticos, para pintos de corte de 8 a 21 dias de idade, encontraram que dentro dos aminoácidos estudados - Arginina, glicina, ácido glutâmico, valina e isoleucina - independente do nível de proteína utilizado, houve uma redução no desempenho das aves na ausência da suplementação com glicina. A continuação do estudo com pintos de corte da mesma idade, alimentados com dietas com diferentes níveis de glicina, mostrou que 2,11 de glicina + serina foi a exigência para a fase de 8 a 21 dias. Sendo assim, o nível de glicina + serina tem que ser levado em consideração como possíveis limitantes para o crescimento de aves alimentadas com baixa proteína na dieta (Rostagno et ai., 2002c). A proteína ideal permite calcular facilmente o requerimento de todos os aminoácidos utilizando como referência o nível de lisina da ração. Os níveis de nutrientes que resultaram em ótima produtividade dos pintos de corte - 1-11 dias - segundo Rostagno (2004) foram: Proteína bruta, 21-25%; Lisina dig., 1,18-1,24%; Glicina + Serina total, 2,10-2,30%; Sódio, 0,40%; nutrientes expressos em porcentagem de lisina digestível: Metionina + Cistina dig, 72%; Treonina dig., 67%;
Triptofano dig., 19% e Arginina dig., 108%.
Sklan & Noy (2003) entretanto definiram que a exigência para lisina total de 1 a 7 dias é de 1,08% e a de aminoácidos sulfurados totais é de 0,91%, o que resultaria em uma relação de 84%. Níveis de proteína bruta e energia.
As aves não tem uma exigência de proteína bruta como tal, porém necessitam de aminoácidos essenciais e de uma quantidade suficiente de aminoácidos não essenciais. As exigências do frango de corte no que se refere a aminoácidos essenciais e não essenciais parecem aumentar à medida que são utiíizados níveis maiores de proteína bruta na ração, sugerindo uma menor eficiência da utilização protéica associada ao desequilíbrio dos aminoácidos.
Estudos metabólicos indicam que a elevação do nível protéico da ração estimula o catabolismo protéico, através da maior síntese de enzimas pancreáticas e intestinais e também das enzimas envolvidas com a degradação dos aminoácidos. Em resumo, o aumento do requerimento de alguns aminoácidos essenciais se pode explicar em parte, pela menor conservação dos mesmos devido ao uso de altos níveis de proteína na dieta. O excesso de proteínas - aminoácidos essenciais + não essenciais - é catabolizado e excretado na forma de ácido úrico acompanhado de um custo energético para a ave (Sklan &
Noy, 2004).
Experimentos realizados na Universidade Federal de Viçosa, na década de 80, e por Costa (1981) indicam que é possível reduzir a proteína bruta da ração para 21,5% sem afetar o ganho de peso e a conversão alimentar dos frangos de corte.
Alguns autores argumentam que o uso de um alto nível de proteína bruta se deve ao fato que as aves na primeira fase de vida necessitam de um ambiente com temperatura elevada, assim, este excesso de aminoácidos serviría para suprir as aves da provável falta de aquecimento já que o catabolismo protéico resulta na liberação de calor.
Penz & Vieira (1998) relatam que o uso de dietas pré-iniciais com maior nível de proteína tem efeito benéfico em ambientes com temperaturas abaixo da zona de conforto.
Rocha et al (1999), estudando três níveis de proteína bruta na dieta pré-inicial, concluíram que níveis mais elevados de proteína bruta (26%), proporcionam um melhor desempenho das aves. Similarmente, Toledo (2002) realizou dois experimentos dividindo o período de 1 a 21 dias em fase pré-inicial - 1 a 7/10 dias - e inicial - 7/10 a 21 dias - mostrando que o uso de 300g de uma dieta pré-inicial com 25% de proteína - 1,18% de lisina dig. - resultou em melhor ganho de peso (754g) que os frangos alimentados com uma dieta inicial de 22% de proteína - 1,14% de lisina dig. e721g.
Dois experimentos foram realizados recentemente na Universidade Federal de Viçosa por Toledo (2003), para investigar os efeitos de diferentes níveis de proteína bruta e o tipo do ambiente, limpo e sujo - sem desinfecção e com cama reutilizada - usando pintos de corte -1-11 e 12-22 dias - chegando-se a conclusão que quando se mantém níveis adequados de aminoácidos, a proteína bruta das rações pré-inicial e inicial podem ser reduzida para 21% e 20%, respectivamente. As aves criadas no ambiente sujo apresentaram menor ganho de peso nos 2 períodos.
Sklan & Noy (2003) também verificaram efeitos positivos sobre o ganho de peso de pintos, de altos níveis de proteína na dieta pré-inicial de 1 a 7 dias de idade.
Rostagno (2005) recomenda 2950 kcal de EMA para pintos de 1 a 7 dias de idade. Nascimento et ai. 2005 verificou que os níveis utilizados pelas indústrias variou entre 2904 e 3040 kcal de EM, todavia não verificaram efeito de diferentes níveis de EM sobre o desempenho de pintos de 1 a 7 dias de idade. Níveis de sódio.
Grandes variações tem sido observadas na literatura quanto às recomendações nutricionais de sódio. O NRC (1994) recomenda o nível de 0,20% para o período de 1 a 21 dias. Murakami (2000) determinou para esta fase 0,250%, enquanto que Rostagno et ai. (2000 e 2005) recomendam 0,224% para o período de 1 a 7 dias e 0,216% de 8 a 21 dias. Estes valores estão muito abaixo dos requerimentos determinados para a fase de 1 a 7 dias por autores como Britton (1992), citado por Penz & Vieira (1998), que recomenda para a primeira semana 0,39%.
Maiorka et ai. (1998) sugerem o nível de 0,40% e ressaltam que este nível não apresenta efeito negativo sobre a qualidade da cama; Vieira et ai. (2000) recomendam 0,36% para os primeiros 7 dias e Vieira et al (2003) recomendam de 0,38 a 0,40% de sódio na primeira semana.
Pintos mantidos em jejum apresentam baixa atividade da Na+, K+ ATPase. O fornecimento de dietas ricas em sódio estimulam a atividade desta enzima, todavia dietas pobres em sódio deprimem ainda mais a sua atividade. As baixas absorções de glicose e metionina observadas logo após a eclosão estão não somente relacionadas a natureza hidrofóbica do resíduo vitelino presente no intestino, mas também a baixa concentração de sódio, já que o mesmo possui papel importante na absorção destes nutrientes que tem como mecanismo de absorção transportadores dependentes de sódio (Sklan & Noy, 2000). A ingestão de água é diretamente dependente da idade da ave e do nível de sódio da dieta. O aumento de sódio da dieta durante as primeiras semanas de vida das aves aumenta o consumo de água e pode comprometer a quaüdade da cama, sendo que este efeito é mais pronunciado na terceira semana. Segundo Penz & Vieira (1998), mesmo que haja a produção de excretas com maior nível de umidade nos primeiros sete dias de vida, a quantidade de excretas é pequena, e pouco afetaria a qualidade da cama até os 21 dias.
Embora a relação entre os íons sódio, cloro e potássio sejam importantes - balanço eletrolítico, os resultados experimentais são ainda contraditórios havendo recomendações de 160 a 340 meq/kg de dieta, estando todavia os resultados com uma tendência de um valor central de 240 meq na maioria dos trabalhos (Martins, 2003; Vieira, 2004; Vieira 2005 e Borges, 2002).
Granulometria da ração.
As rações utilizadas para frangos de corte são fornecidas nas formas fareiada, peletizada, extrusada ou triturada. Caso seja usada na forma fareiada na fase pré-inicial, deve-se ter atenção especial com a granulometria dos ingredientes para permitir um adequado consumo e digestibilidade dos ingredientes. Por outro lado, existem evidências de que frangos de corte recém-nascidos têm preferência por rações trituradas ou peletizadas.
Segundo Penz Jr. & Maiorka (1996), os nutricionistas possuem preferência por ingredientes finos e uniformemente moídos, com a expectativa de que estes sejam mais facilmente digeridos pelas enzimas presentes no trato gastrointestinal. Entretanto, partículas muito finas geraimente se aderem no bico das aves, reduzindo consumo e aumentando o desperdício, afetando assim o desempenho. A determinação da granulometria pelo seu diâmetro geométrico (DGM) parece ser o método mais eficiente na caracterização das partículas. Nir et ai. (1994c) chamam atenção que o diâmetro geométrico médio das rações podem apresentar valores semelhantes, no entanto são compostas por partículas muito diferentes. Então, para caracterizar adequadamente a granulometria é necessário além de estabelecer o DGM deve-se estabelecer o desvio geométrico padrão (DPG) das partículas, onde o menor DPG indica uma maior uniformidade.
Nir et al. (1994c) realizaram uma série de experimentos buscando identificar a granulometria mais adequada para as aves na fase pré- inicial e inicial. No Quadro 20 encontra-se um resumo das principais recomendações dos autores para essas fases. Valores similares de granulometria - 1050 a 1230 mm - para as rações pré-iniciais de frangos de corte foram recomendados por Toledo et al. (2001).
Quadro 20 - Tamanho médio de partículas da dieta ou do milho, recomendados para pintos de corte nas fases pré-inicial e inicial.
Tratando de justificar porque as menores granulometrias não melhoram o desempenho das aves, investigações tem sido realizadas no sentido de relacionar a granulometria com alterações do trato gastrointestinal das aves.
Nir et al. (1994b) realizou uma avaliação da influência da granulometria sobre o trato gastrointestinal de pintos de corte no período de 7 a 21 dias, alimentados com rações de granulometria grossa, média e fina. Foram observadas alterações no peso da moela, do duodeno, da gordura abdominal e do pH do conteúdo digestivo da moela e do intestino, conforme demonstrado no quadro 21. As alterações observadas no trato gastrointestinal sugerem que a granulometria pode interferir na taxa de passagem. As partículas maiores reduzem a velocidade de passagem melhorando a digestão da dieta; enquanto que as partículas finas, devido ao seu trânsito rápido, levariam a uma atrofia da moela e ligeira hipertrofia e baixo pH do intestino, o que em última instância, afetaria o apetite das aves e consequentemente seu desempenho. A presença de partículas muito finas nas dietas causam formação de uma pasta e aglomeração no bico, aumentando o consumo de água e o desperdício de dieta no bebedouro (Nir et al., 1994b).
Quadro 21. Efeito da granulometria da dieta sobre o trato gastrointestinal de pintos de corte no período de 7 a 21 dias de idade. Lópes & Baião (2000) concluíram que, para rações fareladas, a granulometria mais grossa dos ingredientes é a mais indicada, pois o aumento do diâmetro da partícula causa aumento do peso da moela.
Este efeito é devido à maior atividade do músculos e ao maior volume de dieta presente neste órgão. Kilburn & Edwards (2004) verificaram que dietas contendo partículas de soja de 1,239 mm de DGM proporcionaram maior ganho de peso as aves quando comparadas às dietas contendo partículas de soja de 0,891 mm de DGM.
Forma física da ração.
Nir et al. (1990) observaram que quando as aves podem escolher livremente entre as várias formas físicas da dieta, estas preferem a dieta peletizada e apresentam um melhor desempenho, o que pode ser explicado pela redução da energia utilizada para manutenção devido ao menor movimento durante o consumo da dieta peletizada. Concordando com essa afirmação, Leeson & Summers (1997) relataram que para o consumo de uma mesma quantidade de dieta, as aves que consumiram na forma farelada gastaram um tempo três vezes maior em relação às aves que receberam dieta na forma de peletes.
Reece et al. (1986), trabalhando com pintos de corte de 1 a 21 dias, utilizaram duas formas físicas da dieta - farelada e triturada, concluíram que as aves que receberam dieta triturada tiveram maior ganho de peso em relação àquelas que receberam dieta farelada. Os autores observaram que essa diferença no ganho de peso se manteve até os 47 dias. Zanoto et al. (1996) avaliaram duas formas físicas de dieta - farelada e triturada - para pintos de corte de 1 a 21 dias. A dieta triturada proporcionou maior peso corporal, maior consumo de dieta e melhor conversão aos 21 dias, sendo que essa diferença no ganho se manteve até o final do período experimental.
Souza et al. (2004) avaliaram diferentes formas físicas de dietas pré-iniciais e observaram que as aves tiveram pior desempenho quando receberam a dieta na forma farelada, sendo os melhores resultados alcançados com o uso de dieta na forma triturada, conforme demonstrado no quadro 22.
Quadro 22 - Desempenho de frangos de corte aos 7 dias de idade alimentados de acordo com a forma física da ração. A qualidade de uma ração pronta também é importante. Monitorar a resistência do pelete e a presença de finos é fator primordial para que os ganhos obtidos em conversão alimentar não sejam perdidos, principalmente se a ração for entregue a granel em caminhões.
Tecnologias de nutrição para a primeira semana. Não convencionais Uma alternativa ao uso de dietas pré-iniciais é a utilização de soluções nutritivas que podem ser fornecidas às aves via intubação no incubatório ou através da água de beber. Trabalhando com a segunda opção, Toledo (2002) concluiu que o uso de soluções nutritivas administradas às aves até o sétimo dia na água de beber, associado à dieta farelada, melhorou significativamente o peso das aves aos 21 dias, e esta diferença se manteve até os 40 dias de idade. Em outro experimento, o mesmo autor testou a associação da solução nutritiva com uso da dieta peletizada e observou que a solução foi efetiva na melhora do ganho de peso das aves no período de 1 a 21 dias, conforme demonstrado no quadro 23.
Quadro 23 - Efeito do fornecimento da solução nutritiva via água de beber - 7 dias - sobre o desempenho de frangos de corte recebendo dieta farelada e peletizada.
Outra opção que vêm sendo estudada para garantir a adequada nutrição das aves recém-nascidas é a alimentação pré-alojamento, isto é, o fornecimento de alimento aos pintos ainda no incubatório, com o objetivo de maximizar o ganho de peso, uma vez que do incubatório à granja, em média os pintos demoram cerca de 10 a 36 horas, tempo este necessário para as práticas de vacinação, sexagem e transporte propriamente dito. Noy & Pinchasov (1993), realizaram um experimento onde um grupo de pintos recebeu no incubatório, via intubação, uma solução nutritiva. As aves intubadas com solução nutritiva e que receberam acesso imediato à dieta apresentaram melhor desempenho, conforme desmonstrado no quadro 24.
Quadro 24 - Efeito do fornecimento de solução nutritiva via intubação, feita no incubatório sobre o desempenho de frangos de corte no período de 1 a 40 dias.
Noy & Sklan (1999) observaram que o fornecimento de dietas sólidas, semi-sólidas ou líquidas, imediatamente após a eclosão, proporcionaram maior ganho de peso do que animais mantidos em jejum até o seu alojamento, após 34 horas. A administração oral de 0,4 mL de solução nutritiva foi capaz de permitir um ganho de peso similar ao tratamento com alimentação á vontade. Observaram ainda que a alimentação logo após a eclosão ainda no incubatório proporcionou um aumento no percentual de peito na carcaça.
Toledo (2003) avaliou os efeitos da alimentação dos pintos de corte fêmeas com dieta úmida - dieta triturada ou peletizada + 20% de água - colocada em caixas de transporte (2g/ave). As aves permaneceram, aproximadamente 20 horas, no interior das caixas de transporte e posteriormente foram transferidas para o galpão pré-experimental onde foi determinado o desempenho até os 10 dias de vida. Os pintos alimentados com dieta úmida nas caixas mostraram melhor produtividade que o grupo controle - em jejum, conforme demonstrado no quadro 25.
Quadro 25 - Efeito do fornecimento de dieta úmida para pintos de corte, durante a permanência nas caixas de transporte, sobre o desempenho aos 10 dias.
Toledo (2003).
Por fim, a alimentação in ovo já não é uma realidade muito distante, faltando apenas maior volume de pesquisas na área para consolidar os já promissores resultados. Tako et ai. (2004) e Uni et ai (2005) mostraram ser possível com a administração in ovo de carboidratos e de Beta-hidroxi-beta-metilbutirato estimular o desenvolvimento intestinal do embrião conseguindo assim melhorar o ganho de peso do pinto após a eclosão e aumentar o percentual de músculo de peito na carcaça.
Recomendações de ingredientes especiais em dietas pré-iniciais.
As recomendações sobre o uso de alimentos nas dietas pré-iniciais de frangos de corte são: redução dos níveis de milho e farelo de soja e a inclusão de ingredientes com alto valor nutritivo - alta digestibilidade - como glicose, plasma sangüíneo, farinha de peixe, farelo de glúten de milho e concentrado protéico de soja ou isolado protéico de soja. O trigo, centeio e cevada devem ser evitados porque aumentam a viscosidade intestinal e reduzem a digestibilidade dos nutrientes. Altos níveis de óleo e gordura não são recomendados, mas a incorporação de 1 a 2% de óleo pode ser benéfico porque reduz a pulverulência da ração. O uso de plasma sangüíneo tem sido estudado como mecanismo de auxiliar a imunidade intestinal pela presença de anticorpos em sua composição, além de possuir elevado teor de proteína, rica em aminoácidos essenciais, de alta digestibilidade, essenciais para o desenvolvimento muscular da ave. Resultados de experimentos conduzidos com plasma sangüíneo na alimentação de aves mostram efeitos benéficos do uso deste ingrediente sobre o desempenho das aves (Rostagno et al. 2004). Todavia as diferenças estatísticas tem se manifestado apenas nas idades mais elevadas - 21 e 42 dias - e com uso contínuo do ingrediente.
Fontes de carboidratos de fácil digestão são também importantes.
Todavia o milho em grão já é rico em carboidratos de alta digestibilidade.
Como comentado anteriormente, os pintos após eclosão podem não possuir capacidade de digerir com eficiência grandes quantidades de maltose e outros dissacarídeos - os principais carboidratos formados no processo de digestão do amido, e portanto o fornecimento de monossacarídeos prontamente disponíveis para absorção é uma opção que tem demonstrado bons resultados, embora sejam ingredientes de elevado custo {Batal & Parsons, 2004).
Fosfolipídios e ésteres de colesterol representam cerca de 1 terço dos lipídeos do saco vitelino residual, sendo o restante representado por triglicerídios. A síntese no organismo de colesterol e fosfolipídios requer gasto energético considerável, e, ambos são componentes importantes na composição de membranas celulares além de atuarem nos processos de transporte de lipídios na circulação. Sob o ponto de vista bioquímico, seria extremamente ineficiente catabolizar fosfolipídios e colesterol, para ressintetiza-los posteriormente. A energia liberada pelo consumo de todo os triglicerídios liberados pelo saco vitelino no primeiro dia - considerando uma eficiência de 100% em sua utilização - seria de aproximadamente 9 kcal, inferior portanto às 11 kcal estimadas como exigência de energia de mantença apenas para o primeiro dia de vida da ave, portanto mesmo as reservas de triglicerídios devem ser vistas como auxílio a manutenção da vida do pinto e não como principal alimento no período pós-eclosão.
No fígado do pinto recém eclodido, acima de 80% dos lipídeos encontram-se sob a forma de esteres de colesterol. A esterificação de colesterol pode ser interpretada como uma maneira relativamente não tóxica de armazenar grandes quantidades de colesterol para uso no transporte de lipídeos na embriogênese. Após a eclosão, o colesterol poderá ser usado como componente estrutural de membrana ou ainda funcionalmente no transporte de lipídeos na circulação. O restante dos 20% de lipídeos encontrados no fígado são 4% de triglicerídios e 14% de fosfolipídios, ambos ricos em ácido araquidônico e docosahexanóico (DHA), os quais tem sua síntese nas células da membrana do saco vitelino a partir de outros ácidos graxos. Os ácidos araquidônico e DHA podem modificar o metabolismo dos ácidos eicosanóides, afetando assim as respostas imunes e antinflamatórias no neonato. Ainda, o ácido DHA é o ácido graxo mais utilizado na formação do sistema nervoso central e retina do embrião, tendo portanto maior valor para esta finalidade do que para fornecer energia para o embrião.
Por fim podemos supor que durante o processo evolucionário, tendo normalmente os pintos recém eclodidos fácil acesso a alimentos exógenos, este tenha provido o pinto de reservas de macromoléculas específicas que dificilmente seriam encontradas na natureza, como é o caso deste ácidos graxos específicos - araquidônico e DHA, colesterol e fosfolipídios presentes no ovo. O processo de incubação do ovo dura aproximadamente 21 dias.
Este tempo é, entretanto influenciado por fatores como o período de armazenamento dos ovos e temperatura da sala no período de Pré- Incubação, condições de incubação - em especial temperatura e umidade relativa nas incubadoras, linhagens genéticas e idade das matrizes, etc.
Devido a estes fatores, não raro se observam nos incubatórios variações maiores que 24 horas entre o nascimento de pintos de um mesmo lote, podendo esta variação chegar com facilidade à 48 horas.
Isto implica em um maior tempo de permanência no nascedouro dos pintos oriundos de ovos que eclodem mais cedo. Invariavelmente, estes pintos sofrerão, em menor ou maior grau, de um processo de desidratação que se inicia 2 horas após a eclosão dos ovos.
Tal fato pode ser agravado ainda mais se no processo de incubação, houver ocorrido períodos de baixa umidade relativa por longos períodos, ou se os pintos forem oriundos de matrizes jovens, possuindo assim menor peso ao nascer.
Da saída do nascedouro até o alojamento, os pintos são ainda classificados, vacinados, sexados e alojados nas caixas de transporte. É desejável que depois de alojadas nas caixas, as aves sejam destinadas às granjas no mesmo dia, todavia, não raro verificam-se casos em que as aves pernoitam nos incubatórios para serem entregues no dia seguinte. A distância do incubatório às granjas, a qualidade das estradas, e, a qualidade do caminhão de entrega podem determinar ainda tempo superior a 10 horas durante o transporte.
Todos estes atrasos implicam que as aves podem estar sendo alojadas cerca de 48 a 72 horas após o seu nascimento. Durante este tempo os pintos perdem peso pelo uso de nutrientes do saco vitelino, pelas excreções digestivas e renais, e pela desidratação. O alojamento dos pintos com acesso a água e alimento deve ser o mais rápido possível, respeitando o tempo necessário mínimo no nascedouro. A perda de peso e desidratação ocasionada por um jejum, ainda que mínima, pode causar aumento na mortalidade, retardo no desenvolvimento da mucosa intestinal, ocasionando assim menor eficiência na digestão e absorção de nutrientes.
Recomendações antigas de manejo citavam o jejum como uma prática para melhora do desempenho, pois favorecería uma reabsorção mais rápida do saco vitelino residual. Tal prática se provou inadequada uma vez que tem sido amplamente demonstrado que é a ingestão de alimentos exógenos que acelera a utilização do saco vitelino residual.
Noy & Sklan (2000) verificaram que pintos desprovidos de alimento exógeno por 48 horas após a eclosão sofrem diminuição no peso.
Todavia, durante estas 48 horas o peso do intestino delgado aumenta 60% em pintos desprovidos de alimento e 200% em pintos providos de alimentos.
Experimentos controlados mostraram que o fornecimento de uma solução nutritiva nos bebedouros aumentou o desempenho de frangos de corte em comparação com aves que não receberam este suplemento. 0 uso de suplementos líquidos-alimentares nesta fase final da incubação é, todavia considerado como um risco a biossegurança, por muitos incubatórios, além de se constituir em necessidade de adaptação dos equipamentos atuais - nascedouros.
No período imediatamente após a eclosão, o peso do intestino do pinto aumenta com maior velocidade do que o seu peso corporal como um todo. Este processo de rápido desenvolvimento atinge um pico máximo por volta de 6 a 8 dias para o intestino, entretanto, outros órgãos do sistema digestório como o pâncreas e moela não apresentam o mesmo ritmo de crescimento quanto ao seu peso relativo.
Noy & Sklan (1997) verificaram que o aumento de peso nos pintos só ocorre 36 a 48 horas após terem acesso à dieta. O início do crescimento pode ser antecipado pela precocidade do acesso à dieta. O benefício desta antecipação de consumo mostra-se mais pronunciado no peso aos 7 e 10 dias de idade, sendo que a vantagem obtida mantém-se até o abate. A energia de mantença requerida para o pinto nas primeiras 24 horas tem sido estimada em aproximadamente 11 kcal (112 kcal. W0,7S).
Assumindo que todo o conteúdo residual do saco vitelino liberado nas primeiras 24 horas seja usado somente como fonte de energia com 100% de eficiência, teríamos apenas 9,4 kcal. Assim, sem suprimento adicional de nutrientes o pinto entrará em balanço negativo de energia e certamente perderá peso (Dibner et ai. 2005) Além da perda de peso observada em pintos submetidos à jejuns acima de 72 horas após o nascimento, pode ser observada alta mortalidade no lote na primeira semana de alojamento, e baixa vitalidade dos pintos sobreviventes. 0 desenvolvimento de órgãos do sistema digestório de pintos após a eclosão sofreu forte influência dos processos de seleção. Alta prioridade deve ser dada aos sistemas digestivos, circulatório e respiratório, todavia supõe-se que a partição de nutrientes para desenvolvimento dos órgãos e tecidos relacionados à resposta imune, tenha sido prejudicada.
Privar o pinto de alimentação logo após a eclosão ocasiona redução no peso da Bursa, mais acentuada que a própria perda de massa corporal. O fornecimento de alimento no 3o dia pós-eclosão não corrige esta perda, persistindo a Bursa com menor tamanho pelo menos até os 21 dias de idade.
Dibner et al. (1998) demonstraram que pintos alimentados com um suplemento nutricional hidratado apresentaram alta proliferação de linfócitos na Bursa 3 dias após a eclosão. Ao contrário, pintos mantidos em jejum apresentaram ausência de linfócitos, demonstrando que o conteúdo residual do saco vitelino presente no pinto após a eclosão não serve como substituto à alimentação exógena.
Para amenizar o problema com os alojamentos de aves que já chegam debilitadas às granjas, os galpões deverão estar adequadamente preparados com pelo menos 24 horas de antecedência e medidas específicas devem ser adotadas para melhorar o desempenho dos lotes. - O galpão deve estar previamente aquecido, limpo e desinfetado. - A cama para receber lotes de pintos debilitados deverá ser nova - O galpão deverá ter boa vedação para evitar a entrada de correntes de ar - Fornecer bebedouros e comedouros em quantidade suficiente - A temperatura da água não poderá ser inferior a 18 0 C, e se possível deverá ser adicionada de um polivitamínico solúvel (ex: Provitam solúvel) - A ração oferecida deverá ser de preferência especial, apropriada para a fase imediata ao pós-alojamento. O uso de ração oferecida sobre folhas de papel, ajuda as aves a iniciarem mais rapidamente sua alimentação, também evitando que os pintos ingiram partículas da cama; - Os pintos deverão ser alojados com o máximo de cuidado, principalmente no seu manuseio, porém com agilidade. - Manter atenção total, monitorando o ambiente interno do galpão e o comportamento das aves, em especial na primeira semana de vida, relatando imediatamente as anormalidades ao responsável técnico que lhe atende. - Prover o galpão de iluminação e arejamento - renovação do ar - adequados. A melhor estratégia para maximizar o crescimento dos pintos, é certamente prove-los de alimento o mais rápido possível. A ingestão de nutrientes estimula o desenvolvimento dos órgãos digestórios, do sistema imune e da utilização do resíduo vitelino. A alimentação nas primeiras horas de vida possui vantagens incontestáveis que perduram até o abate dos pintos.
Em geral, a completa adaptação do trato digestivo e do metabolismo do pinto para uso de uma dieta rica em carboidratos e relativamente pobre em gordura em substituição à utilização do resíduo do saco vitelino, dura entre 3 a 4 dias. O trato digestivo do pinto no imediato momento pré-eclosão tem disponível apenas o resíduo do saco vitelino para efetuar os processos de digestão e absorção. Este substrato é rico em gorduras e proteínas e quase ausente de carboidratos, portanto com uma característica hidrofóbica elevada. A alimentação no momento pós-eclosão por ser rica em carboidratos, além de possuir uma característica pouco hidrofóbica, necessita de enzimas digestivas antes desnecessárias como amilase, maitase e outras. Nesta fase, é imprescindível o uso de uma dieta especial para que se maximize o desempenho das aves.
Esta dieta especial contendo ingredientes de alta digestibilidade, com o objetivo de facilitar a transição do metabolismo embrionário para o metabolismo pós-eclosão, com o uso de níveis nutricionais adequados, tamanhos de partículas e forma física apropriadas não são um gasto de luxo e sim uma poderosa tecnologia que hoje se encontra no mercado.
Atualmente, a ora requerente é a única empresa no mercado a disponibilizar uma ração pronta, triturada, desenvolvida especificamente para os quatro primeiros dias de vida, que irá estimular o crescimento das aves, o desenvolvimento do sistema imune e o aumento da vitalidade dos pintos, e também a oferecer um produto apropriado para ser fornecido na caixa de transporte do pinto às granjas na proporção de 5 gramas por ave.
Portanto, a melhor estratégia para maximizar o crescimento dos pintos é prove-los de alimento o mais rápido possível. A ingestão de nutrientes estimula o desenvolvimento dos órgãos digestórios do sistema imune e da utilização do resíduo viíelino. A alimentação nas primeiras horas de vida possui vantagens incontestáveis que perduram até o abate. A nutrição in ovo ainda tem pela frente vasto campo de pesquisa a fim de que se possa aproveitar ao máximo o seu potencial. O estudo do valor nutricional de ingredientes para pintos é outro campo que deve se desenvolver bastante, a fim de que possamos ampliar a base de dados atual para que tenhamos mais segurança na formulação de dietas para esta fase. A forma básica da invenção consiste em uma ração peletizada e triturada com tamanho de partícula próximo a 2 mm, onde os finos são removidos por auxílio de peneiras. Em outra modalidade da invenção, a ração pode ser apresentada nas formas micropeletizadas, microextrusadas ou prensadas.
As seguintes pesquisas foram utilizadas no desenvolvimento do produto ou nos testes de produtos acabados: Composição nutricional de alimentos para pintos de 1 a 4 dias. A composição nutricional do produto foi desenvolvida por meio de uma série de ensaios de metabolismo visando estudar os valores de energia metabolizável e nutrientes digestíveis de ingredientes para pintos de 1 a 4 dias de idade.
As necessidades nutricionais dos pintos de 1 a 4 dias de idade foram determinadas com base nos valores nutricionais de ingredientes determinados em pintos de 1 a 4 dias de idade - experimento anterior - usando para tais modelos experimentais de resposta do desempenho de pintos a doses crescentes de nutrientes na dieta.
Determinação do valor nutricional de alimentos para pintos de 1 a 4 dias de idade A Composição nutricional do produto foi desenvolvida por meio de uma série de ensaios de metabolismo visando estudar os valores de energia metabolizável e nutrientes digestíveis de ingredientes para pintos de 1 a 4 dias de idade. Com o auxílio da metodologia de alimentação controlada, e coleta total de excretas, ingredientes diversos tiveram seus valores nutricionais determinados. Para cada ingrediente foram usadas 6 gaiolas contendo 12 pintos cada, que receberam uma ração composta por uma dieta referência contendo de 10 a 40% do ingrediente teste.
Paralelo, a própria ração teste e um grupo de aves em jejum foram submetidos ao procedimento de coleta total de excretas a fim de determinar o valor nutricional da dieta teste e as perdas endógenas, a fim de possibilitar a determinação do valor nutricional dos ingredientes testes.
Os valores de EMVn e de aminoácidos digestíveis para pintos de 1 a 4 dia de idade se encontram nas tabelas abaixo: Avaliação do período de jejum e de diferentes tipos de rações, sob o desempenho e características imunológicas de frangos de corte. O objetivo deste experimento foi o de avaliar o aspecto imunológico de aves que consumiram a formulação nutricional da presente invenção.
Material e Métodos: Foram utilizados 150 frangos de corte da linhagem Cobb 500 oriundos de matrizes de 37 semanas de idade. Estas aves foram alojadas com um peso médio de 37,5 gramas. Para este experimento as aves foram vacinadas apenas contra doença de Marek no incubatório.
Estas aves foram separadas em três tratamentos, sendo que no primeiro as aves consumiram 10 dias de uma dieta pré-inicial farelada padrão; no segundo as aves receberam a formulação nutricional da presente invenção - 5g de consumo - sendo complementado com uma dieta pré-inicial farelada até os 10 dias; no terceiro tratamento as aves ficaram em jejum alimentar por 36 horas antes do alojamento e logo após o alojamento foi fornecido uma dieta pré-inicial farelada padrão.
Após o alojamento quatro aves de cada tratamento foram abatidas diariamente até o vigésimo dia, visando a colheita de tonsilas cecais para a averiguação de centros germinativos. No quinto e décimo quinto dia de idade 20 aves de cada tratamento foram abatidas para a colheita da Bursa de Fabricius visando a avaliação do percentual de linfócitos por diagnóstico por imagem.
No vigésimo dia as aves restantes foram vacinadas para doença de New Castle via ocular, sendo submetidos a colheita de sangue aos 40 dias de idade. Este material foi submetido a um laboratório de histopatologia para avaliação de títulos vacinais por sorologia pelo teste de Elisa.
Os resultados foram analisados pelo programa SAEG (2000) seguindo um delineamento inteiramente casualizado, sendo as médias comparadas pelo teste Tukey a 5% de probabilidade.
Resultados Obtidos: TABELA 1. Ganho de peso de frangos de corte de um a 21 dias de idade.
Onde: AMT = Título Médio Aritmético e GMT = Título Médio Geométrico Conclusões. - O jejum alimentar comprometeu o desempenho e os aspectos imunológicos das aves. As aves que receberam a formulação nutricional apresentaram maior ganho de peso comparadas as aves alimentadas apenas com a dieta farelada - Aos 5 dias de idade, as aves que receberam a formulação nutricional da presente invenção apresentaram maior percentual de linfócitos nos folículos bursais, principalmente aos 5 dias de idade; - As aves que receberam a formulação nutricional da presente invenção apresentaram centros germinativos em maior quantidade e em idades mais precoces, demonstrando a antecipação da maturação do sistema imune; - Os títulos de Hl para newcastle foram maiores e o coeficiente de variação dos títulos de anticorpos foi menor nas aves que receberam a formulação nutricional da presente invenção, demonstrando uma melhor uniformidade na resposta vacinai e melhor resposta do sistema imune aos desafios provocados.
Resultados do novo experimento Avaliação de formulação nutricional da presente invenção sob o desempenho e morfometria de órgão de frangos de corte. O objetivo deste experimento foi avaliar, em dois ensaios, o desempenho e os parâmetros morfométricos de frangos de corte, na fase de pós-eclosão, acondicionados em caixa de transporte com diferentes dietas na fase pré-inicial.
Foram conduzidos dois ensaios experimentais utilizando para isso 416 pintos de corte de uma linhagem comercial - Cobb 500. Em ambos os ensaios as aves foram distribuídas em um delineamento fatorial 2 - aves alimentadas ou não com 5 gramas da formulação nutricional da presente invenção seguida de ração farelada, seguindo as recomendações normais de consumo de cada dieta.
Estas aves foram adquiridas diretamente em um matrizeiro, sendo iniciado o transporte logo após a vacinação contra Marek, e onde foi fornecido aos animais a formulação nutricional da presente invenção. Do período de retirada das aves até o alojamento nas gaiolas foram respeitadas 24 horas, período médio do intervalo incubatório-galpão em condições normais - contando espera no nascedouro, período de processamento no incubatório, descanso das aves, expedição e transporte.
Após o T dia de idade todas as aves consumiram uma dieta inicial e de crescimento convencional.
No primeiro ensaio foram avaliados o desempenho - ganho de peso, consumo de ração e índice de conversão alimentar - de 192 aves distribuídas, seguindo um delineamento inteiramente casualizado, em 32 gaiolas - 8 repetições / tratamento - sendo as aves e as rações pesadas no alojamento, 7,14,21,28 e 35 dias de idade. Já no segundo ensaio foram avaliadas a morfometria - peso da ave viva, coração, fígado, intestino delgado e grosso, pâncreas e bursa - de 224 aves distribuídas, seguindo um delineamento inteiramente casualizado, em 32 gaiolas - 8 repetições / tratamento. Uma ave de cada repetição foi escolhida e sacrificada no 7o, 14°, 21°, 28° e 35 dias de idade.
Os resultados foram analisados pelo programa SAEG (2000) seguindo a análise fatorial de 2 aves alimentadas ou não com a formulação nutricional da presente invenção na fase caixa de transporte, e 2 aves alimentadas com a formulação nutricional da presente invenção e ração farelada, seguindo as recomendações normais de consumo de cada dieta, sendo as médias comparadas pelo teste Tukey a 5% de probabilidade. *CA 1 A 35 dias - CAIXA P=0,064 MORFOMETRIA: DIA 3 COR=CORAÇAO; MOEL = MOELA; PANC=PÂNCREAS; FIG = FÍGADO; ID=INTESTINO DELGADO; IG=INTESTINO
GROSSO; S.V)T=SACO VITELlNICO; CAR=CARCAÇA DIA 7 CAIXA
COR=CORAÇAO; MOEL = MOELA; PANC=PANCREAS; FIG = FÍGADO; ID=INTE$TINO DELGADO; IG=INTESTINO
GROSSO; S.VIT=SACO VITELlNICO; CAR=CARCAÇA DIA 14 CAIXA
COR=CORAÇAO; MOEL = MOELA; PANC=PANCREAS; FIG = FIGÀDO; ID=INTESTINO DELGADO; IG=INTESTINO
GROSSO; S.VIT=SACO VITELlNICO; CAR=CARCAÇA DIA 22 CAIXA
COR=CORAÇAO; MOEL = MOELA; PANC=PANCREAS; FIG = FlGADO; ID=INTESTINO DELGADO; IG=INTESTINO
GROSSO; S.VIT=SACO VITELlNICO; CAR=CARCAÇA DIA 35 CAIXA
COR-CORAÇÃO; MOEL = Μ0ΕΙΛ; PANC=PÂNCREAS; FÍG = FÍGADO; ID=IBTESTINO DELGADO; IG=INTESTINO
GROSSO; S,VIT=SACO VITELÍNICO; CAR=CARCAÇA ÍNDICE ASCÍTICO: Conclusões O uso da formulação nutricional propiciou maior ganho de peso e melhor conversão alimentar das aves ao final da primeira semana de vida, resultado este que persistiu até os 35 dias de idade. O peso relativo do coração e da Bursa foram maiores ao final da primeira semana nas aves que receberam a formulação nutricional na caixa de transporte. Aos 35 dias de idade as aves alimentadas com a formulação nutricional apresentaram menor peso relativo do ventrículo direito, reduzindo assim o risco de ascite nas aves, lembrando que conforme Aureliano 2000, as aves podem ser consideradas ascíticas quando o peso relativo do ventrículo direito for superior a 40% em relação ao peso do coração. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Araújo, L.F.; Nutrição Pós-Eclosão: Aspectos Teóricos e Práticos. In: Anais do II Simpósio sobre nutrição de aves e suínos. CBNA. Cascavel - PR. 2004.
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Claims (10)

1. Formulação nutricional com até 18% de umidade, para ser fornecida no período pós-eclosão das aves, caracteri- zada por compreender uma ração com um teor de umidade de até 18%, administrada para filhotes pós-eclodidos de aves, com- posta pelos seguintes ingredientes: Composição dos ingredientes da formulação: Níveis nutricionais da formulação nutricional
2. Formulação nutricional com até 18% de umidade, para ser fornecida no período pós-eclosão das aves, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de compreender uma ração peletizada e triturada com tamanho de partícula pró- ximo a 2 mm, onde os finos são removidos por auxílio de penei- ras.
3. Formulação nutricional com até 18% de umidade, para ser fornecida no período pós-eclosão das aves, de acordo com a reivindicação 2, caracterizada pelo fato de compreender uma ração micropeletizada, microextrusada ou prensada.
4. Formulação nutricional com até 18% de umidade, para ser fornecida no período pós-eclosão das aves, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato do período de administração da ração varia desde a eclosão do ovo até o quinto dia de idade.
5. Formulação nutricional com até 18% de umidade, para ser fornecida no período pós-eclosão das aves, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato da ração ser ad- ministrada após a eclosão das aves em uma quantidade de até 5g por filhote eclodido.
6. Formulação nutricional com até 18% de umidade, para ser fornecida no período pós-eclosão das aves, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato da ração conter um aditivo probiótico com a finalidade de colonizar o trato digesti- vo com cepas de microrganismos específicos, benéficos às aves;
7. Formulação nutricional com até 18% de umidade, para ser fornecida no período pós-eclosão das aves, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato da ração conter substâncias de natureza coccidiostáticas ou anticoccidianas, co- mo ionóforos, associados ou não a agentes antibióticos, visando a redução na proliferação de Eimerias no trato digestivo das aves.
8. Formulação nutricional com até 18% de umidade, para ser fornecida no período pós-eclosão das aves, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato da ração conter até 10% de farinha de carne.
9. Formulação nutricional com até 18% de umidade, para ser fornecida no período pós-eclosão das aves, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato da ração conter até 10% de plasma.
10. Formulação nutricional com até 18% de umidade, para ser fornecida no período pós-eclosão das aves, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato da ração conter um ou mais dos seguintes componentes selecionados a partir de: Probióticos, Prebióticos, Anticoccidianos, coccidiostáticos, antibió- ticos, Cisteamina, enzimas, adsorventes, mananooligossacarí- deos, imunoglobulinas, transferrina, lecitinas, sais biliares, emulsi- ficantes, glutamina, glicina, serina, lisina, metionina, treonina, ar- ginina, triptofano, valina, leucina, isoleucina, nucleotídeos, levedu- ras, boro, molibdênio, estrôncio, cromo, carnitina, ácidos graxos Ômega 3 (DHA e EPA), amidos, dextrose, aditivo acidificante, co- lesterol e similares.
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