BR122013002046B1 - peça de chapa de aço resistente à abrasão - Google Patents
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Description
“PEÇA DE CHAPA DE AÇO RESISTENTE À ABRASÃO” Dividido do PI 0315697-4 depositado em 13/11/2003.
Campo da Invenção [001] A presente invenção refere-se a um aço resistente à abrasâo e ao seu processo de fabricação.
Fundamentos da Invenção [002] Os aços resistentes à abrasão são bem conhecidos e são, em geral, aços de dureza elevada (compreendida entre 400 e 500 Brineli) com uma estrutura martensítica e contêm de 0,12 a 0,3% de carbono. Admite-se, geralmente, que para aumentar a resistência ao desgaste, basta aumentar a dureza, mas isso é feito com prejuízo de outras propriedades, tais como a soldabilidade ou para a conformação por dobramento, por exemplo. Assim, para se obter aços que possuam, ao mesmo tempo, excelente resistência ao desgaste e boa conformabilidade, procuraram-se outros meios que não o aumento da dureza.
[003] Foi assim que se propôs nos documentos EP 0.527.276 e US 5.393,358 melhorar a resistência à abrasão de um aço que continha de 0,05 a 0,45% de carbono, até 1 % de silício, até 2% de manganês, até 2% de cobre, até 10% de níquel, até 3% de cromo, até 3% de molíbdênio, boro, níóbio e vanãdio, com adição de 0,015 a 1,5% de titânio, de modo a formar carbonetos de titânio grandes (gros). Esse aço é temperado e comporta, por isso, uma estrutura martensítica, o aumento de resistência à abrasão é obtido pela presença de carbonetos de titânio grandes. Mas, mais particularmente quando o aço é fundido em lingotes, essa melhora é limitada pois, devido à ação das solicitações abrasivas, os carbonetos são arrancados e não desempenham mais seu papel. Além disso, nesses aços, a presença de carbonetos de titânio brutos deteriora a dúctil idade. Isso faz com que as chapas fabricadas com esses aços sejam difíceis de aplainar e de dobrar, o que limita seus possíveis usos.
[004] A finalidade da presente invenção é corrigir esses inconvenientes, propondo uma chapa de aço resistente à abrasão com uma boa plane idade e que, guardadas as outras condições iguais, apresente uma resistência à abrasão superior à dos aços conhecidos.
Descrição Resumida da Invenção [005] Para esse fim, a presente invenção tem por objeto um processo para fabricar uma peça e, em particular, uma chapa de aço para abrasão cuja composição química compreende, em peso: 0,35% < C < 0,8% 0% <Si< 2% 0% < Al < 2% 0,35% < Si + Al < 2% 0% < Mn < 2t5% 0% <Ni< 5% 0% < Cr < 5% 0% <Mo< 0,50% 0% < W < 1,00% 0,1% < Mo + W/2 < 0,50% 0% < Cu < 1,5% 0% <B< 0,02% 0% < Ti < 2% 0% < Zr < 4% 0,05% < Ti + Zr/2 < 2% 0% < S < 0,15% N < 0,03% - eventualmente, pelo menos um elemento escolhido entre Nb, Ta e V, em teores tais que Nb/2 + Ta/4 + V<0,5%, - eventualmente, pelo menos um elemento escolhido entre Se, Te, Ca, Bi, Pb, em teores inferiores ou iguais a 0,1%, e o restante é ferro e impurezas que resultam da elaboração, sendo que a composição química satisfaz ainda às seguintes relações, com C* = C - Ti/4 - Zr/8 + 7xN/8: 0,10%<C*< 0,55% e: Ti + Zr/2 - 7xN/2 > 0,05% e: 1,05 x Mn + 0,54 x Ni + 0,50 x Cr + 0,3 x (Mo + W/2)1/2 + K > 1,8 ou melhor 2 com: K = 0,5 se B > 0,0005% e K = 0 se B < 0,0005%, de acordo com esse processo, a peça ou a chapa é submetida a um tratamento térmico de têmpera, efetuado na temperatura de conformação a quente, tal como a laminação, ou após a austenitização por reaquecimento em um forno, que consiste em: - resfriar a chapa a uma velocidade de resfriamento média superior a 0,5°C/s entre uma temperatura superior a AC3 e uma temperatura compreendida entre T = 800 - 270xC* - 90xMn - 37xNi - 70xCr - 83x(Mo + W/2), e T-50°C, sendo que a temperatura é expressa em °C e os teores de C*, Mn Ni, Cr, Mo e W são expressos em porcentagem (%) em peso, - e em resfriar em seguida a uma velocidade de resfriamento média no núcleo Vr < 1150 x esp-1’7 (em °C/s) e superior a 0,1°C/s entre a temperatura T e 100°C, sendo “esp” a espessura da chapa expressa em mm, - e em resfriar a chapa até a temperatura ambiente; eventualmente efetua-se um aplainamento.
[006] Eventualmente, a têmpera pode ser seguida de um revenido a uma temperatura inferior a 350°C e, de preferência, inferior a 250°C.
[007] A presente invenção refere-se ainda a uma peça e, em particular, de uma chapa obtida em particular por esse processo, sendo que o aço possui uma estrutura constituída por 5 a 20% de austenita retida e o restante da estrutura é martensítica ou martensito-bainítiea com carbonetos.
Quando a peça for uma chapa, sua espessura pode estar compreendida entre 2 mm e 150 mm e sua planeidade pode ser caracterizada por uma flecha inferior ou igual a 12 mm/m» e de preferência inferior a 5 mm/m.
Quando o teor de carbono for tal que: 0,1%<C-Ti/4-Zr/8 + 7xN/8 < 0,2% a dureza está, de preferência, compreendida entre 280 HB e 450 HB.
Quando o teor de carbono for tal que: 0,2% <C~ Ti/4 - Zr/8 + 7xN/8 < 0,3% a dureza está, de preferência, compreendida entre 380 HB e 550 HB.
Quando o teor de carbono for tal que: 0,3% < C - Ti/4 - Zr/8 +■ 7xN/8 < 0,5% a dureza está, de preferência, compreendida entre 450 HB e 650 HB.
[008] A presente invenção será agora descrita de modo mais preciso, mas não limitativo e ilustrada por exemplos.
Descricão Detalhada da Invenção [009] Para fabricar uma chapa de acordo com a presente invenção, elabora-se um aço cuja composição química compreende, em porcentagem (%) em peso: - de 0,35 a 0,8% de carbono e, de preferência, mais de 0,45%, e mesmo mais de 0,5%, e de 0 a 2% de titânio, de 0 a 4% de zircônio, teores esses que devem ser tais que: 0,05% < Ti + Zr/2 < 2%. O carbono destina-se, por um iado, a obter uma estrutura martensítica suficientemente dura e, por outro lado, a formar carbonetos de titânio e/ou de zircônio. A soma Ti + Zr/2 deve ser superior a 0,05%, de preferência, superior a 0,10% e, de maior preferência, superior a 0,3%, ou mesmo superior a 0,5% para que haja um mínimo de carbonetos formados, mas deve permanecer inferior a 2% e, de preferência, inferior ou igual a 0,9%, pois acima disso a tenacidade e a conformabilidade ficam deterioradas, - De 0 (ou vestígios) a 2% de silício e de 0 (ou vestígios) a 2% de alumínio, sendo que a soma Si + Al está compreendida entre 0,35 e 2% e, de preferência, superior a 0,5% e, de maior preferência, superior a 0,7%. Esses elementos, que são desoxidantes, possuem ainda o efeito de favorecer a obtenção de uma austenita retida metaestável fortemente carregada de carbono, cuja transformação em martensita é acompanhada por uma dilatação significativa que favorece a ancoragem dos carbonetos de titânio, - De 0 (ou vestígios) a 2% ou mesmo 2,5% de manganês, de 0 (ou vestígios) a 4% ou mesmo 5% de níquel e de 0 (ou vestígios) a 4% ou mesmo 5% de cromo, para se obter uma temperabilidade suficiente e ajustar as diferentes características mecânicas ou de uso. O níquel possui, em particular, um efeito favorável sobre a tenacidade, mas esse elemento é caro. O cromo forma também carbonetos finos na martensita ou na bainita, - De 0 (ou vestígios) a 0,50 de molibdênio. Esse elemento aumenta a temperabilidade e forma na martensita ou na bainita carbonetos finos e endurecedores, em particular por precipitação por auto-revenimento durante o resfriamento. Não é necessário ultrapassar um teor de 0,50% para se obter o efeito desejado, em particular, no que diz respeito à precipitação de carbonetos endurecedores. O molibdênio pode ser substituído, total ou parcialmente, por um peso duplo de tungstênio. Entretanto, essa substituição não é desejável na prática, pois não oferece vantagens em relação ao molibdênio e custa mais caro, - Eventualmente, de 0 a 1,5% de cobre. Esse elemento pode conferir um endurecimento adicional sem deteriorar a soldabilidade. Em teores superiores a 1,5%, ele não possui um efeito significativo, causa dificuldades de laminação a quente e eleva o custo inutilmente, - De 0 a 0,02% de boro. Esse elemento pode ser adicionado de modo opcional a fim de se aumentar a temperabilidade. Para que esse efeito seja obtido, o teor de boro deve, de preferência, ser superior a 0,0005% ou, melhor, 0,001% e não precisa ultrapassar sensivelmente 0,01%, - Até 0,15% de enxofre. Esse elemento é um residual em geral limitado a 0,005% ou menos, mas seu teor pode ser deliberadamente aumentado para melhorar a usinabilidade. Deve-se notar que na presença de enxofre, para evitar dificuldades de transformação a quente, o teor de manganês deve ser superior a 7 vezes o teor de enxofre, - Eventualmente, pelo menos um elemento escolhido entre o nióbio, o tântalo e o vanádio, em teores tais que Nb/2 + Ta/4 + V seja inferior a 0,5%, a fim de formar carbonetos relativamente grandes que melhorem a resistência à abrasão. Mas os carbonetos formados por esses elementos são menos eficazes que os formados pelo titânio ou pelo zircônio, e é por isso que são opcionais e adicionados em quantidade limitada, - Eventualmente, um ou mais elementos escolhidos entre o selênio, o telúrio, o cálcio, o bismuto e o chumbo em teores inferiores a 0,1% cada um. Esses elementos destinam-se a melhorar a usinabilidade. Deve-se notar que, quando o aço contiver Se e/ou Te, o teor de manganês deve ser suficiente, levando-se em conta o teor de enxofre, para que possam se formar selenietos ou teluretos de manganês, - O restante é ferro e impurezas resultantes da elaboração. Entre essas impurezas está, em particular, o nitrogênio cujo teor depende do processo de elaboração mas não ultrapassa em geral 0,03%. Esse elemento pode reagir com o titânio ou o zircônio para formar nitretos que não devem ser muito grandes para não deteriorar a tenacidade. A fim de evitar a formação de nitretos grandes, o titânio e o zircônio podem ser adicionados ao aço líquido de modo muito progressivo, por exemplo, colocando-se em contato com o aço líquido oxidado uma fase oxidada, tal como uma escória carregada de óxidos de titânio ou de zircônio, e desoxidando-se em seguida o aço líquido, de modo a fazer com que o titânio ou o zircônio se espalhe lentamente da fase oxidada para o aço líquido.
[010] Além disso, para obter propriedades satisfatórias, os teores de carbono, titânio, zircônio e nitrogênio devem ser tais que: 0,1 % < C - Ti/4 - Zr/8 + 7 x N/8 < 0,55% [011] A expressão C - Ti/4 - Zr/8 + 7 x N/8 = C* representa o teor de carbono livre após a precipitação dos carbonetos de titânio e de zircônio, levando-se em conta a formação de nitretos de titânio e de zircônio. Esse teor de carbono livre C* deve ser superior a 0,1% e, de preferência, superior ou igual a 0,22% para se ter uma martensita com uma dureza mínima, mas acima de 0,55%, a tenacidade e a conformabilidade ficam muito deterioradas.
[012] Além disso, a composição química deve ser escolhida de tal modo que a temperabilidade do aço seja suficiente, levando-se em conta a espessura da chapa que se deseja fabricar. Para isso, a composição deve corresponder à relação: Temp = 1,05 x Mn + 0,54 x Ni + 0,50 x Cr + 0,3 x (Mo + W/2)1/2 + K > 1,8 ou melhor 2 com : K = 0,5 se B > ou igual 0,0005% e K = 0 se B < 0,0005% [013] Deve-se notar que mais particularmente quando “Temp” estiver compreendido entre 1,8 e 2, é preferível que o teor de silício seja superior a 0,5 de modo a favorecer a formação de austenita retida.
[014] Além disso, os teores de Ti, Zr e N devem, de preferência, ser tais que: Ti + Zr/2 - 7 x N/2 > 0,05%, e melhor superior a 0,1%, e melhor ainda, superior a 0,3% para que o teor de carbonetos seja suficiente.
[015] Finalmente, e para obter uma boa resistência à abrasão, a estrutura micrográfica do aço é constituída por martensita ou bainita ou por uma mistura dessas duas estruturas, e de 5 a 20% de austenita retida. Essa estrutura compreende ainda grandes carbonetos de titânio ou de zircônio, e mesmo carbonetos de nióbio, tântalo ou vanádio, formados em alta temperatura. Os inventores constataram que a eficácia dos grandes carbonetos para a melhora da resistência à abrasão podia ser prejudicada pelo desgaste prematuro desses carbonetos e que esse desgaste podia ser evitado pela presença de austenita metaestável que se transforma em martensita fresca pela ação dos fenômenos de abrasão. A transformação da austenita metaestável em martensita fresca é feita por dilatação, e essa transformação na subcamada abrasada aumenta a resistência ao desgaste dos carbonetos e melhora, assim, a resistência à abrasão.
[016] De outro lado, a dureza elevada do aço e a presença de carbonetos de titânio fragilizantes exigem que se limite tanto quanto possível às operações de aplainamento. Nesse aspecto, os inventores constataram que diminuindo-se de modo suficiente o resfriamento no campo de transformação bainito-martensítico, reduziam-se as deformações residuais dos produtos, o que permite limitar as operações de aplainamento. Os inventores constataram que resfriando a peça ou a chapa a uma velocidade de resfriamento Vr < 1150 x esp-1’7 (nessa fórmula, esp é a espessura da chapa expressa em mm, e a velocidade de resfriamento é expressa em °C/s) abaixo de uma temperatura T = 800 - 270 x C* - 90 x Mn - 37 x Ni - 70 x Cr - 83 x (Mo + W/2) (expressa em °C), de um lado favorecia-se a obtenção de uma proporção significativa de austenita residual, e de outro lado, reduziam-se as tensões residuais provocadas pelas mudanças de fase.
[017] Para fabricar uma chapa com boa resistência à abrasão e bem plana, elabora-se o aço, que é fundido em forma de placa ou de lingote. Lamina-se a quente a placa ou o lingote para se obter uma chapa que é submetida a um tratamento térmico que permite, ao mesmo tempo, se obter a estrutura desejada e uma boa planeidade sem aplainamento ulterior ou com um aplainamento limitado. O tratamento térmico pode ser efetuado diretamente na temperatura de laminação ou realizado mais tarde, eventualmente após um aplainamento a frio ou a semiquente.
[018] Para realizar o tratamento térmico: - aquece-se o aço acima do ponto AC3, de modo a lhe conferir uma estrutura inteiramente austenítica, - em seguida, resfria-se 0 aço a uma velocidade de resfriamento média superior à velocidade crítica de transformação bainítica até uma temperatura igual ou ligeiramente inferior (de menos de cerca de 50°C) a uma temperatura T = 800 - 270 x C* - 90 x Mn - 37 x Ni - 70 x Cr - 83 x (Mo + W/2), (expressa em C°), - e, entre a temperatura assim definida (ou seja, compreendida entre T e cerca de T-50°C) e cerca de 100°C, resfria-se a chapa a uma velocidade de resfriamento média no núcleo Vr compreendida entre 0,1°C/s para se obter uma dureza suficiente e 1150 x esp'17, se para obter a estrutura desejada, - e resfria-se a chapa até a temperatura ambiente, de preferência, sem que isso seja obrigatório, a uma velocidade lenta.
[019] Além disso, pode-se efetuar um tratamento térmico de alívio de tensões a uma temperatura inferior ou igual a 350°C e, de preferência, inferior ou igual a 250°C.
[020] Obtém-se assim uma chapa, cuja espessura está compreendida entre 2 mm e 150 mm, que possui excelente planeidade, caracterizada por uma flecha inferior a 12 mm por metro sem aplainamento ou com um aplainamento moderado. A chapa possui uma dureza compreendida entre 280HB e 650HB. Essa dureza depende principalmente do teor de carbono livre C* = C - Ti/4 - Zr/8 + 7 x N/8.
[021] Em função dos teores de carbono livre C*, pode-se definir diversos campos que correspondem a níveis de dureza crescente e, em particular: a) 0,1% < C* < 0,2%, a dureza está compreendida entre cerca de 280HB e 450HB, b) 0,2% < C* < 0,3%, a dureza está compreendida entre cerca de 380HB e 550HB, c) 0,3% < C* < 0,5%, a dureza está compreendida entre cerca de 450HB e 650HB.
[022] Como a dureza é função do teor de carbono livre C*, a mesma dureza pode ser obtida com teores de titânio ou zircônio muito diferentes. Se a dureza for igual, a resistência à abrasão será tanto mais elevada quanto maior for o teor de titânio ou zircônio. Da mesma forma, se o teor de titânio ou zircônio for igual, a resistência à abrasão será tanto melhor quanto mais elevada por a dureza. Além disso, a utilização do aço será tanto mais fácil quanto menor for o teor de carbono livre, mas se o teor de carbono livre for igual, a ductilidade será tanto melhor quanto menor for o teor de titânio. O conjunto dessas considerações permite escolher os teores de carbono e titânio ou zircônio que conduzem ao conjunto de propriedades mais adequadas para cada campo de aplicação.
[023] De acordo com os níveis de dureza, os usos são, por exemplo: - 280 a 450 HB: alcatruzes, caçambas de caminhões e de caminhões com carrocerias móveis, blindagem de ciclones, canouras, moldes de perpianhos, - 350 a 550 HB: blindagens de moinhos de percussão, lâminas de ataque de bulldozer, lâminas de caçamba de escavadeira, grelhas para peneiras, - 450 a 650 HB: placas de blindagem de moinho de cilindros, reforços de aleatruzes, reforços sob lâmina de ataque, protetor de lâmina para perfurar, bordo de ataque.
[024] A título de exemplo, consideram-se chapas de aço identificadas pelas letras A a G de acordo com a presente invenção e H a J de acordo com o estado da técnica. As composições químicas dos aços, expressas em 10 3% em peso, bem como a dureza, o teor de austenita residual da estrutura e um índice de resistência ao desgaste Rus, estão indicados na Tabela 1.
Tabelat em todas as composições apresentadas, o restante se compõe de ferro e inevitáveis impurezas (tais como fósforo e enxofre), [025] O índice de resistência ao desgaste Rus varia como o logaritmo do inverso da perda de peso de um corpo de prova prismático colocado em rotação em um recipiente que contém granulados de quartzito.
[026] Todas as chapas possuem uma espessura de 30 mm, e as chapas que correspondem aos aços A a G foram temperadas de acordo com a presente invenção, após austenitização a 900°C.
[027] Depois da austenitização, as condições de resfriamento são: - para as chapas de aço B e D: resfriamento a uma velocidade média de 0,7°C/s acima da temperatura T definida acima, e a uma velocidade média de 0,13°C/s abaixo, de acordo com a presente invenção; - para as chapas de aço A, C, E, F. G: resfriamento a uma velocidade média de 6°C/s acima da temperatura T definida acima, e a uma velocidade média de 1,4°s abaixo, de acordo com a presente invenção; - para as chapas de aço Η, I, J, dadas a título de comparação: austenitização 900°C seguida de resfriamento a uma velocidade média de 20°C/s acima da temperatura T definida acima, e a uma velocidade média de 12°C/s abaixo.
[028] As chapas de acordo com a presente invenção possuem uma estrutura martensito-bainítica que contém de 5 a 20% de austenita retida, ao passo que as chapas dadas a título de comparação possuem uma estrutura inteiramente martensítica, ou seja, martensítica e que não contém mais de 2 ou 3% de austenita retida. Todas essas chapas contêm carbonetos.
[029] A comparação das resistências ao desgaste mostra que, se a dureza e o teor de titânio foram próximos, as chapas de acordo com a presente invenção possuem um coeficiente Rus em média superior em 0,5 ao das chapas de acordo com o estado da técnica. Em particular, a comparação dos exemplos A e H que diferem essencialmente pela estrutura (teor de austenita residual de 10% para A, estrutura inteiramente martensítica para H), mostra a incidência da presença de austenita residual na estrutura. Deve-se notar que a diferença de teor de austenita residual resulta, ao mesmo tempo, da diferença entre os tratamentos térmicos e da diferença entre os teores de silício.
[030] Pode-se observar ainda que, guardadas as outras condições sensivelmente iguais, a contribuição à resistência ao desgaste atribuível aos carbonetos de titânio é signifícatívamente mais elevada quando sua presença está combinada com a presença de austenita residual, de acordo com a presente invenção, do que quando esses carbonetos são precipitados em uma matriz essencialmente desprovida de austenita residual. Assim, para diferenças similares de teores de titânio (e, portanto, de TiC, o carbono estando sempre em excesso), o par de aços F, G (de acordo com a presente invenção) diferencia-se nitidamente do par de aços I, J, em termos de ganho de resistência conferido pelo titânio. Para F, G, o ganho de resistência Rus conferido por 0,245% de Tí é de 0,46, ao passo que eíe só é de 0,31 para uma diferença de 0,265% de Ti no caso do par lt J.
[031] Essa observação é atribuível ao efeito de corrugação (“sertissage) aumentado dos carbonetos de titânio pela matriz circundante, quando ela contém austenita residual suscetível de se transformar em martensita dura com dilatação sob o efeito das solicitações abrasivas, [032] Além disso, a deformação após resfriamento, sem aplainamento, para as chapas de aço de acordo com a presente invenção, é inferior a 10 mm/m e é de cerca de 15 mm/m para a chapa de aço H.
[033] Disso resulta, na prática, seja a possibilidade de fornecer os produtos sem aplainamento, seja a execução de um aplainamento para atender a uma exigência de planeidade mais rígida (por exemplo 5mm/m), mas realizada mais facilmente e introduzindo menos restrições devido à deformação original menor dos produtos de acordo com a presente invenção.
Reivindicações
Claims (11)
1. PEÇA DE CHAPA DE AÇO RESISTENTE À ABRASÃO, cuja composição química é caracterizada por compreender, em % em peso: 0,35 áC<0,8 0,37 < Si <2,0 0,025 < Al < 2,0 0,35 < Si + Al < 2,0 0,40 < Mn < 2,50 0,25 < Ni < 5,0 0,70 < Cr < 5,0 0,10 <Mo< 0,5 0<W< 1,0 0,1 < Mo + W/2 < 0,5 0 < B < 0,02 0,16 < Ti <2,0 0 < Zr < 4,0 0,05 < Ti + Zr/2 < 2,0 N < 0,03 Fe: restante e impurezas que resultam da elaboração, sendo que a composição química satisfaz ainda às seguintes relações: 0,1 % < C - Ti/4 - Zr/8 + 7 x N/8 < 0,55% e: Ti + Zr/2 - 7 x N/2 > 0,05% e: 1,05 x Mn + 0,54 x Ni + 0,50 x Cr + 0,3 x (Mo + W/2) 1/2 + K > 1,8 com: K = 0,5 se B > 0,0005% e K = 0 se B < 0,0005%, sendo que o aço possui uma estrutura martensito-bainítica, e essa estrutura contém ainda de 5 a 20% de austenita retida e carbonetos de titânio e/ou de zircônio grandes (gros).
2. PEÇA, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de: 1,05 x Mn + 0,54 x Ni + 0,50 x Cr + 0,3 x (Mo + W/2)1/2 + K > 2.
3. PEÇA, de acordo com uma das reivindicações 1 ou 2, caracterizada pelo fato de que C > 0,45%.
4. PEÇA, de acordo com uma das reivindicações 1 a 3, caracterizada pelo fato de que Si + Al > 0,5%.
5. PEÇA, de acordo com uma das reivindicações 1 a 4, caracterizada pelo fato de que Ti + Zr/2 > 0,10%.
6. PEÇA, de acordo com uma das reivindicações 1 a 5, caracterizada pelo fato de que Ti + Zr/2 > 0,30%.
7. PEÇA, de acordo com uma das reivindicações 1 a 6, caracterizada pelo fato de que C* > 0,22% com C* = C - Ti/4 - Zr/8 + 7 x N/8.
8. PEÇA, de acordo com uma das reivindicações 1 a 7, caracterizada pelo fato de ser uma chapa de espessura compreendida entre 2 mm e 150 mm e cuja planeidade se qualifica por uma flecha inferior a 12 mm/m.
9. PEÇA, de acordo com uma das reivindicações 1 a 8, caracterizada pelo fato da dureza estar compreendida entre 280 HB e 450 HB e 0,1 % < C - Ti/4 - Zr/8 + 7 x N/8 < 0,2%.
10. PEÇA, de acordo com uma das reivindicações 1 a 8, caracterizada pelo fato da dureza estar compreendida entre 380 HB e 550 HB e 0,2% < C - Ti/4 - Zr/8 + 7 x N/8 < 0,3%.
11. PEÇA, de acordo com uma das reivindicações 1 a 8, caracterizada pelo fato da dureza estar compreendida entre 450 HB e 650 HB e 0,3% < C - Ti/4 - Zr/8 + 7 x N/8 < 0,5%.
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