BR112019018429A2 - anticorpo, métodos para tratar uma doença ou distúrbio mediado pela via do complemento em um indíviduo e para reduzir a atividade de um sistema complemento de um indivíduo, e, célula - Google Patents

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Abstract

esta invenção se refere a inibição da sinalização do complemento usando um anticorpo c5. especificamente, a invenção se refere aos métodos para tratar uma doença mediada pelo complemento ou distúrbio mediado pelo complemento em um indivíduo, colocando o indivíduo em contato com um anticorpo anti-c5.

Description

ANTICORPO, MÉTODOS PARA TRATAR UMA DOENÇA OU DISTÚRBIO MEDIADO PELA VIA DO COMPLEMENTO EM UM INDIVÍDUO E PARA REDUZIR A ATIVIDADE DE UM SISTEMA COMPLEMENTO DE UM INDIVÍDUO, E, CÉLULA
REFERÊNCIA CRUZADA AO PEDIDO RELACIONADO [001] Este pedido reivindica prioridade do pedido provisório de patente U.S. 62/467.498, depositado em 6 de março de 2017, cujos conteúdo são aqui incorporados pela referência na sua íntegra.
DECLARAÇÃO RELATIVA À PESQUISA OU DESENVOLVIMENTO PATROCINADO PELO GOVERNO FEDERAL [002] Esta invenção foi realizada com suporte do Governo sob NIH
AI44970, concedida pelo National Institutes of Health (NIH). O Governo tem certos direitos na invenção.
FUNDAMENTOS DA INVENÇÃO [003] O sistema complemento é parte da imunidade inata que desempenha um papel na defesa do hospedeiro. Entretanto, o complemento ativado também apresenta o potencial para causar lesão e destruição tecidual significativa, e observou-se que a atividade desregulada do complemento atividade está associada a inúmeras doenças raras e comuns, tais como hemoglobinúria paroxística noturna (PNH), sindrome hemolítico-urêmica atípica, artrite reumatoide, degeneração macular relacionada à idade etc. Assim, a terapia anti-complemento é uma maneira promissora de tratar estes distúrbios humanos.
[004] C5 do complemento é uma proteína importante na via terminal da ativação do complemento, e é a proteína precursora para gerar o potente mediador pro-inflamatório C5a, bem como o complexo de ataque à membrana citolítica (MAC).
[005] Inúmeras doenças inflamatórias e autoimunes são mediadas por C5a e/ou MAC, e bloquear a ativação de C5 pode prevenir a geração de
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C5a e MAC e apresentar valor terapêutico. Um mAb C5 anti-humano de camundongo humanizado, eculizumab, tem sido usado para tratar duas doenças mediadas pelo complemento, hemoglobinúria paroxística noturna (PNH) e síndrome hemolítico-urêmica atípica (SHUa). Entretanto, nem todos os pacientes com PNH são responsivos aos tratamentos com eculizumab, e uma das razões para a ausência de resposta é o polimorfismo genético de C5 de humano com perda de epítopo que se liga ao eculizumab.
[006] Assim, existe uma necessidade na técnica de mAbs C5 antihumano que possa inibir a atividade do complemento terminal por meio de diferentes mecanismos e sítios de contato em C5 e, por meio disso, tratar mais eficientemente patologias dependentes do complemento. A presente invenção se refere e atende estas e outras necessidades.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO [007] Em uma modalidade, a invenção compreende um anticorpo que se liga especificamente à C5. Em uma modalidade, a C5 é C5 de humano. Em uma modalidade, o anticorpo é um anticorpo monoclonal. Em uma modalidade, o anticorpo é um anticorpo humanizado. Em uma modalidade, o anticorpo é um anticorpo quimérico. Em algumas modalidades, o anticorpo é um anticorpo de tamanho completo. Em algumas modalidades, o anticorpo é um fragmento de anticorpo que inclui, mas sem limitação, Fab, Fab’, F(ab)2, F(ab’)2, e scFv. Em algumas modalidades, o anticorpo é parte de uma construção, por exemplo, uma construção de fusão compreendendo o anticorpo e uma fração de direcionamento ou uma fração efetora. Em algumas modalidades, o anticorpo é parte de uma construção de conjugado, tal como uma construção de conjugado fármaco anticorpo.
[008] Em uma modalidade, o anticorpo compreende pelo menos uma das CDRs selecionadas do grupo que consiste em: VH-CDR1: SEQ ID NO:3;
VH-CDR2: SEQ ID NO:4; VH-CDR3: SEQ ID NO:5; VL-CDR1: SEQ ID
NO:8; VL-CDR2: SEQ ID NO:9; e VL-CDR3: SEQ ID NO: 10, ou uma
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3/118 variação ou variações das mesmas. Em uma modalidade, o anticorpo compreende as CDRs: VH-CDR1: SEQ ID NO:3; VH-CDR2: SEQ ID NO:4; VH-CDR3: SEQ ID NO:5; VL-CDR1: SEQ ID NO:8; VL-CDR2: SEQ ID NO:9; e VL-CDR3: SEQ ID NO: 10, ou uma variação ou variações das mesmas.
[009] Em uma modalidade, o anticorpo compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:2, ou uma variação da mesma. Em uma modalidade, o anticorpo compreende uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:7, ou uma variação da mesma. Em uma modalidade, o anticorpo compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:2 e uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:7, ou uma variação ou variações das mesmas.
[0010] Em uma modalidade, o anticorpo compreende pelo menos uma das CDRs selecionadas do grupo que consiste em: VH-CDR1: SEQ ID NO: 13; VH-CDR2: SEQ ID NO: 14; VH-CDR3: SEQ ID NO: 15; VL-CDR1: SEQ ID NO: 18; VL-CDR2: SEQ ID NO: 19; e VL-CDR3: SEQ ID NO:20, ou uma variação ou variações das mesmas. Em uma modalidade, o anticorpo compreende as CDRs: VH-CDR1: SEQ ID NO: 13; VH-CDR2: SEQ ID NO:14; VH-CDR3: SEQ ID NO:15; VL-CDR1: SEQ ID NO:18; VL-CDR2: SEQ ID NO: 19; e VL-CDR3: SEQ ID NO:20, ou uma variação ou variações das mesmas.
[0011] Em uma modalidade, o anticorpo compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 12, ou uma variação da mesma. Em uma modalidade, o anticorpo compreende uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 17, ou uma variação da mesma. Em uma modalidade, o anticorpo compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 12 e uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID
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NO: 17, ou uma variação ou variações das mesmas.
[0012] Em uma modalidade, o anticorpo compreende pelo menos uma das CDRs selecionadas do grupo que consiste em: VH-CDR1: SEQ ID NO:23; VH-CDR2: SEQ ID NO:24; VH-CDR3: SEQ ID NO:25; VL-CDR1: SEQ ID NO:28; e VL-CDR2: SEQ ID NO:29, ou uma variação ou variações das mesmas. Em uma modalidade, o anticorpo compreende as CDRs: VHCDR1: SEQ ID NO:23; VH-CDR2: SEQ ID NO:24; VH-CDR3: SEQ ID NO:25; VL-CDR1: SEQ ID NO:28; e VL-CDR2: SEQ ID NO:29, ou uma variação ou variações das mesmas.
[0013] Em uma modalidade, o anticorpo compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:22, ou uma variação da mesma. Em uma modalidade, o anticorpo compreende uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:27, ou uma variação da mesma. Em uma modalidade, o anticorpo compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:22 e uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:27, ou uma variação ou variações das mesmas.
[0014] Em uma modalidade, o anticorpo compreende pelo menos uma das CDRs selecionadas do grupo que consiste em: VH-CDR1: SEQ ID NO:32; VH-CDR2: SEQ ID NO:33; VH-CDR3: SEQ ID NO:34; VL-CDR1: SEQ ID NO:37; VL-CDR2: SEQ ID NO:38, VL-CDR3: SEQ ID NO:39, ou uma variação ou variações das mesmas. Em uma modalidade, o anticorpo compreende as CDRs: VH-CDR1: SEQ ID NO:32; VH-CDR2: SEQ ID NO:33; VH-CDR3: SEQ ID NO:34; VL-CDR1: SEQ ID NO:37; VL-CDR2: SEQ ID NO:38, VL-CDR3: SEQ ID NO:39, ou uma variação ou variações das mesmas.
[0015] Em uma modalidade, o anticorpo compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:31, ou uma variação da mesma. Em uma modalidade, o anticorpo compreende uma
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5/118 cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:36, ou uma variação da mesma. Em uma modalidade, o anticorpo compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:31 e uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:36, ou uma variação ou variações das mesmas.
[0016] Em uma modalidade, o anticorpo compreende pelo menos uma das CDRs selecionadas do grupo que consiste em: VH-CDR1: SEQ ID NO:42; VH-CDR2: SEQ ID NO:43; VH-CDR3: SEQ ID NO:44; VL-CDR1: SEQ ID NO:47; VL-CDR2: SEQ ID NO:48, VL-CDR3: SEQ ID NO:49, ou uma variação ou variações das mesmas. Em uma modalidade, o anticorpo compreende as CDRs: VH-CDR1: SEQ ID NO:42; VH-CDR2: SEQ ID NO:43; VH-CDR3: SEQ ID NO:44; VL-CDR1: SEQ ID NO:47; VL-CDR2: SEQ ID NO :48, VL-CDR3: SEQ ID NO :49, ou uma variação ou variações das mesmas.
[0017] Em uma modalidade, o anticorpo compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 41, ou uma variação da mesma. Em uma modalidade, o anticorpo compreende uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:46, ou uma variação da mesma. Em uma modalidade, o anticorpo compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:41 e uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:46, ou uma variação ou variações das mesmas.
[0018] Em uma modalidade, o anticorpo compreende pelo menos uma das CDRs selecionadas do grupo que consiste em: VH-CDR1: SEQ ID NO:52; VH-CDR2: SEQ ID NO:53; VH-CDR3: SEQ ID NO:54; VL-CDR1: SEQ ID NO:57; VL-CDR2: SEQ ID NO:58, VL-CDR3: SEQ ID NO:59, ou uma variação ou variações das mesmas. Em uma modalidade, o anticorpo compreende as CDRs: VH-CDR1: SEQ ID NO:52; VH-CDR2: SEQ ID NO:53; VH-CDR3: SEQ ID NO:54; VL-CDR1: SEQ ID NO:57; VL-CDR2:
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SEQ ID NO:58, VL-CDR3: SEQ ID NO:59, ou uma variação ou variações das mesmas.
[0019] Em uma modalidade, o anticorpo compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:51, ou uma variação da mesma. Em uma modalidade, o anticorpo compreende uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:56, ou uma variação da mesma. Em uma modalidade, o anticorpo compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:51 e uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:56, ou uma variação ou variações das mesmas.
[0020] Em uma modalidade, o anticorpo é pelo menos um selecionado do grupo que consiste em 2G1, 8E1, 4E7, 9G6, 11C5 e 11D6.
[0021] Em uma modalidade, a presente invenção se refere a um método para tratar uma doença ou distúrbio mediado pela via do complemento em um indivíduo, compreendendo a etapa de administrar ao dito indivíduo o anticorpo anti-C5 Da reivindicação. Em uma modalidade, a doença ou distúrbio é pelo menos selecionada do grupo que consiste em: degeneração macular (MD), degeneração macular relacionada à idade (AMD), lesão de isquemia-reperfusão, artrite, artrite reumatoide, asma, asma alérgica, lúpus, colite ulcerativa, acidente vascular cerebral, síndrome inflamatória sistêmica pós-cirurgia, asma, asma alérgica, doença pulmonar obstrutiva crônica (COPD), síndrome da hemoglobinúria paroxística noturna (PNH), miastenia grave, neuromielite ótica, (NMO), esclerose múltipla, função retardada do enxerto, rejeição mediada por anticorpo, síndrome hemolítico-urêmica atípica (SHUa), oclusão da veia retinal central (CRVO), oclusão da artéria retinal central (CRAO), epidermólise bolhosa, sepse, transplante de órgão, inflamação (incluindo, mas sem limitação, inflamação associada à cirurgia de circulação extracorpórea e diálise renal), glomerulopatia de C3, nefropatia membranosa, nefropatia por IgA,
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7/118 glomerulonefrite (incluindo, mas sem limitação, glomerulonefrite mediada por anticorpo citoplasmático antineutrófilo (ANCA), nefrite lúpica, e combinações das mesmas), vasculite mediada por ANCA, SHU induzida por toxina Shiga, e aborto induzido por anticorpo antifosfolipídico, ou quaisquer combinações dos mesmos. Em algumas modalidades, a doença mediada por AP é glomerulopatia de C3. Em algumas modalidades, a doença mediada por AP é degeneração macular, tal como degeneração macular relacionada à idade. Em uma modalidade, a administração do anticorpo anti-C5 inibe a geração de uma proteína C5a ou C5b.
[0022] Em uma modalidade, a presente invenção se refere a um método para reduzir a atividade de um sistema complemento de um indivíduo, em que o método compreende administrar um anticorpo ao indivíduo por meio de uma via de administração selecionada do grupo que consiste em administração enteral, administração parenteral, e uma combinação das mesmas, e em que o anticorpo compreende seis regiões determinantes de complementaridade apresentando as seguintes sequências de aminoácido: SEQ ID NO: 3, SEQ ID NO: 4, SEQ ID NO: 5, SEQ ID NO: 8, SEQ ID NO: 9, e SEQ ID NO: 10, ou uma variação ou variações das mesmas. Em uma modalidade, o anticorpo é um fragmento de anticorpo selecionado do grupo que consiste em um Fab, Fab’, F(ab)2, F(ab’)2, scFv, e combinações dos mesmos.
[0023] Em uma modalidade, a presente invenção se refere a um método para reduzir a atividade de um sistema complemento de um indivíduo, em que o método compreende administrar um anticorpo ao indivíduo por meio de uma via de administração selecionada do grupo que consiste em administração enteral, administração parenteral, e uma combinação das mesmas, e em que o anticorpo compreende seis regiões determinantes de complementaridade apresentando as seguintes sequências de aminoácido: SEQ ID NO: 13, SEQ ID NO: 14, e SEQ ID NO: 15, SEQ ID NO: 18, SEQ
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ID NO: 19, e SEQ ID NO: 20, ou uma variação ou variações das mesmas. Em uma modalidade, o anticorpo é um fragmento de anticorpo selecionado do grupo que consiste em um Fab, Fab’, F(ab)2, F(ab’)2, scFv, e combinações dos mesmos.
[0024] Em uma modalidade, a presente invenção se refere a um método para reduzir a atividade de um sistema complemento de um indivíduo, em que o método compreende administrar um anticorpo ao indivíduo por meio de uma via de administração selecionada do grupo que consiste em administração enteral, administração parenteral, e uma combinação das mesmas, e em que o anticorpo compreende seis regiões determinantes de complementaridade apresentando as seguintes sequências de aminoácido: SEQ ID NO: 23, SEQ ID NO: 24, SEQ ID NO: 25, SEQ ID NO: 28, SEQ ID NO: 29, ou uma variação ou variações das mesmas. Em uma modalidade, o anticorpo é um fragmento de anticorpo selecionado do grupo que consiste em um Fab, Fab’, F(ab)2, F(ab’)2, scFv, e combinações dos mesmos.
[0025] Em uma modalidade, a presente invenção se refere a um método para reduzir a atividade de um sistema complemento de um indivíduo, em que o método compreende administrar um anticorpo ao indivíduo por meio de uma via de administração selecionada do grupo que consiste em administração enteral, administração parenteral, e uma combinação das mesmas, e em que o anticorpo compreende seis regiões determinantes de complementaridade apresentando as seguintes sequências de aminoácido: SEQ ID NO: 32, SEQ ID NO: 33, SEQ ID NO: 34, SEQ ID NO: 37, SEQ ID NO: 38, e SEQ ID NO: 39, ou uma variação ou variações das mesmas. Em uma modalidade, o anticorpo é um fragmento de anticorpo selecionado do grupo que consiste em um Fab, Fab’, F(ab)2, F(ab’)2, scFv, e combinações dos mesmos.
[0026] Em uma modalidade, a presente invenção se refere a um método para reduzir a atividade de um sistema complemento de um indivíduo,
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9/118 em que o método compreende administrar um anticorpo ao indivíduo por meio de uma via de administração selecionada do grupo que consiste em administração enteral, administração parenteral, e uma combinação das mesmas, e em que o anticorpo compreende seis regiões determinantes de complementaridade apresentando as seguintes sequências de aminoácido: SEQ ID NO: 42, SEQ ID NO: 43, SEQ ID NO: 44, SEQ ID NO: 47, SEQ ID NO: 48, e SEQ ID NO: 49, ou uma variação ou variações das mesmas. Em uma modalidade, o anticorpo é um fragmento de anticorpo selecionado do grupo que consiste em um Fab, Fab’, F(ab)2, F(ab’)2, scFv, e combinações dos mesmos.
[0027] Em uma modalidade, a presente invenção se refere a um método para reduzir a atividade de um sistema complemento de um indivíduo, em que o método compreende administrar um anticorpo ao indivíduo por meio de uma via de administração selecionada do grupo que consiste em administração enteral, administração parenteral, e uma combinação das mesmas, e em que o anticorpo compreende seis regiões determinantes de complementaridade apresentando as seguintes sequências de aminoácido: SEQ ID NO: 52, SEQ ID NO: 53, SEQ ID NO: 54, SEQ ID NO: 57, SEQ ID NO: 58, e SEQ ID NO: 59, ou uma variação ou variações das mesmas. Em uma modalidade, o anticorpo é um fragmento de anticorpo selecionado do grupo que consiste em um Fab, Fab’, F(ab)2, F(ab’)2, scFv, e combinações dos mesmos.
[0028] Em algumas modalidades, a presente invenção é um anticorpo contra C5 de humano, em que o anticorpo apresenta uma região variável de cadeia pesada (vH) que apresenta uma sequência de aminoácido que é mais de cerca de 90 % (tal como mais que qualquer de 91 %, 92 %, 93 %, 94 %, 95 %, 96 %, 97 %, 98 %, ou 99 %) idêntica à SEQ ID NO: 2, ou uma variação da mesma. Em uma modalidade, o anticorpo é um fragmento de anticorpo selecionado do grupo que consiste em um Fab, Fab’, F(ab)2, F(ab’)2, scFv, e
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10/118 combinações dos mesmos.
[0029] Em algumas modalidades, a presente invenção é um anticorpo contra C5 de humano, em que o anticorpo apresenta uma região variável de cadeia leve (vL) que apresenta uma sequência de aminoácido que é mais de cerca de 90 % (tal como mais que qualquer de 91 %, 92 %, 93 %, 94 %, 95 %, 96 %, 97 %, 98 %, ou 99 %) idêntica à SEQ ID NO: 7, ou uma variação da mesma. Em uma modalidade, o anticorpo é um fragmento de anticorpo selecionado do grupo que consiste em um Fab, Fab’, F(ab)2, F(ab’)2, scFv, e combinações dos mesmos.
[0030] Em algumas modalidades, a presente invenção se refere a um anticorpo contra C5 de humano, em que o anticorpo apresenta uma região variável de cadeia pesada (vH) e uma região variável de cadeia leve (vE), em que a região vH apresenta uma sequência de aminoácido que é mais de cerca de 90 % (tal como mais que qualquer de 91 %, 92 %, 93 %, 94 %, 95 %, 96 %, 97 %, 98 %, ou 99 %) idêntica à SEQ ID NO: 2, e em que a região vL apresenta uma sequência de aminoácido que é mais de cerca de 90 % (tal como mais que qualquer de 91 %, 92 %, 93 %, 94 %, 95 %, 96 %, 97 %, 98 %, ou 99 %) idêntica à SEQ ID NO: 7. Em uma modalidade, o anticorpo é um fragmento de anticorpo selecionado do grupo que consiste em um Fab, Fab’, F(ab)2, F(ab’)2, scFv, e combinações dos mesmos.
[0031] Em algumas modalidades, a presente invenção se refere a um anticorpo contra C5 de humano, em que o anticorpo apresenta uma região variável de cadeia pesada (vH) que apresenta uma sequência de aminoácido que é mais de cerca de 90 % (tal como mais que qualquer de 91 %, 92 %, 93 %, 94 %, 95 %, 96 %, 97 %, 98 %, ou 99 %) idêntica à SEQ ID NO: 12. Em uma modalidade, o anticorpo é um fragmento de anticorpo selecionado do grupo que consiste em um Fab, Fab’, F(ab)2, F(ab’)2, scFv, e combinações dos mesmos.
[0032] Em algumas modalidades, a presente invenção se refere a um
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11/118 anticorpo contra C5 de humano, em que o anticorpo apresenta uma região variável de cadeia leve (vL) que apresenta uma sequência de aminoácido que é mais de cerca de 90 % (tal como mais que qualquer de 91 %, 92 %, 93 %, 94 %, 95 %, 96 %, 97 %, 98 %, ou 99 %) idêntica à SEQ ID NO: 17. Em uma modalidade, o anticorpo é um fragmento de anticorpo selecionado do grupo que consiste em um Fab, Fab’, F(ab)2, F(ab’)2, scFv, e combinações dos mesmos.
[0033] Em algumas modalidades, a presente invenção se refere a um anticorpo contra C5 de humano, em que o anticorpo apresenta uma região variável de cadeia pesada (vH) e uma região variável de cadeia leve (vL), em que a região vH apresenta uma sequência de aminoácido que é mais de cerca de 90 % (tal como mais que qualquer de 91 %, 92 %, 93 %, 94 %, 95 %, 96 %, 97 %, 98 %, ou 99 %) idêntica à SEQ ID NO: 12, e em que a região vL apresenta uma sequência de aminoácido que é mais de cerca de 90 % (tal como mais que qualquer de 91 %, 92 %, 93 %, 94 %, 95 %, 96 %, 97 %, 98 %, ou 99 %) idêntica à SEQ ID NO: 17. Em uma modalidade, o anticorpo é um fragmento de anticorpo selecionado do grupo que consiste em um Fab, Fab’, F(ab)2, F(ab’)2, scFv, e combinações dos mesmos.
[0034] Em algumas modalidades, a presente invenção se refere a um anticorpo contra C5 de humano, em que o anticorpo apresenta uma região variável de cadeia pesada (vH) que apresenta uma sequência de aminoácido que é mais de cerca de 90 % (tal como mais que qualquer de 91 %, 92 %, 93 %, 94 %, 95 %, 96 %, 97 %, 98 %, ou 99 %) idêntica à SEQ ID NO: 22. Em uma modalidade, o anticorpo é um fragmento de anticorpo selecionado do grupo que consiste em um Fab, Fab’, F(ab)2, F(ab’)2, scFv, e combinações dos mesmos.
[0035] Em algumas modalidades, a presente invenção se refere a um anticorpo contra C5 de humano, em que o anticorpo apresenta uma região variável de cadeia leve (vL) que apresenta uma sequência de aminoácido que
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12/118 é mais de cerca de 90 % (tal como mais que qualquer de 91 %, 92 %, 93 %, 94 %, 95 %, 96 %, 97 %, 98 %, ou 99 %) idêntica à SEQ ID NO: 27. Em uma modalidade, o anticorpo é um fragmento de anticorpo selecionado do grupo que consiste em um Fab, Fab’, F(ab)2, F(ab’)2, scFv, e combinações dos mesmos.
[0036] Em algumas modalidades, a presente invenção se refere a um anticorpo contra C5 de humano, em que o anticorpo apresenta uma região variável de cadeia pesada (vH) e uma região variável de cadeia leve (vL), em que a região vH apresenta uma sequência de aminoácido que é mais de cerca de 90 % (tal como mais que qualquer de 91 %, 92 %, 93 %, 94 %, 95 %, 96 %, 97 %, 98 %, ou 99 %) idêntica à SEQ ID NO: 22, e em que a região vL apresenta uma sequência de aminoácido que é mais de cerca de 90 % (tal como mais que qualquer de 91 %, 92 %, 93 %, 94 %, 95 %, 96 %, 97 %, 98 %, ou 99 %) idêntica à SEQ ID NO: 27. Em uma modalidade, o anticorpo é um fragmento de anticorpo selecionado do grupo que consiste em um Fab, Fab’, F(ab)2, F(ab’)2, scFv, e combinações dos mesmos.
[0037] Em algumas modalidades, a presente invenção se refere a um anticorpo contra C5 de humano, em que o anticorpo apresenta uma região variável de cadeia pesada (vH) que apresenta uma sequência de aminoácido que é mais de cerca de 90 % (tal como mais que qualquer de 91 %, 92 %, 93 %, 94 %, 95 %, 96 %, 97 %, 98 %, ou 99 %) idêntica à SEQ ID NO: 31. Em uma modalidade, o anticorpo é um fragmento de anticorpo selecionado do grupo que consiste em um Fab, Fab’, F(ab)2, F(ab’)2, scFv, e combinações dos mesmos.
[0038] Em uma modalidade, a presente invenção se refere a um anticorpo contra C5 de humano, em que o anticorpo apresenta uma região variável de cadeia leve (vL) que apresenta uma sequência de aminoácido que é mais de cerca de 90 % (tal como mais que qualquer de 91 %, 92 %, 93 %, %, 95 %, 96 %, 97 %, 98 %, ou 99 %) idêntica à SEQ ID NO: 36. Em uma
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13/118 modalidade, o anticorpo é um fragmento de anticorpo selecionado do grupo que consiste em um Fab, Fab’, F(ab)2, F(ab’)2, scFv, e combinações dos mesmos.
[0039] Em algumas modalidades, a presente invenção se refere a um anticorpo contra C5 de humano, em que o anticorpo apresenta uma região variável de cadeia pesada (vH) e uma região variável de cadeia leve (vL), em que a região vH apresenta uma sequência de aminoácido que é mais de cerca de 90 % (tal como mais que qualquer de 91 %, 92 %, 93 %, 94 %, 95 %, 96 %, 97 %, 98 %, ou 99 %) idêntica à SEQ ID NO: 31, e em que a região vL apresenta uma sequência de aminoácido que é mais de cerca de 90 % (tal como mais que qualquer de 91 %, 92 %, 93 %, 94 %, 95 %, 96 %, 97 %, 98 %, ou 99 %) idêntica à SEQ ID NO: 36. Em uma modalidade, o anticorpo é um fragmento de anticorpo selecionado do grupo que consiste em um Fab, Fab’, F(ab)2, F(ab’)2, scFv, e combinações dos mesmos.
[0040] Em algumas modalidades, a presente invenção se refere a um anticorpo contra C5 de humano, em que o anticorpo apresenta uma região variável de cadeia pesada (vH) que apresenta uma sequência de aminoácido que é mais de cerca de 90 % (tal como mais que qualquer de 91 %, 92 %, 93 %, 94 %, 95 %, 96 %, 97 %, 98 %, ou 99 %) idêntica à SEQ ID NO: 41. Em uma modalidade, o anticorpo é um fragmento de anticorpo selecionado do grupo que consiste em um Fab, Fab’, F(ab)2, F(ab’)2, scFv, e combinações dos mesmos.
[0041] Em algumas modalidades, a presente invenção se refere a um anticorpo contra C5 de humano, em que o anticorpo apresenta uma região variável de cadeia leve (vL) que apresenta uma sequência de aminoácido que é mais de cerca de 90 % (tal como mais que qualquer de 91 %, 92 %, 93 %, 94 %, 95 %, 96 %, 97 %, 98 %, ou 99 %) idêntica à SEQ ID NO: 46. Em uma modalidade, o anticorpo é um fragmento de anticorpo selecionado do grupo que consiste em um Fab, Fab’, F(ab)2, F(ab’)2, scFv, e combinações dos
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14/118 mesmos.
[0042] Em algumas modalidades, a presente invenção se refere a um anticorpo contra C5 de humano, em que o anticorpo apresenta uma região variável de cadeia pesada (vH) e uma região variável de cadeia leve (vL), em que a região vH apresenta uma sequência de aminoácido que é mais de cerca de 90 % (tal como mais que qualquer de 91 %, 92 %, 93 %, 94 %, 95 %, 96 %, 97 %, 98 %, ou 99 %) idêntica à SEQ ID NO: 41, e em que a região vL apresenta uma sequência de aminoácido que é mais de cerca de 90 % (tal como mais que qualquer de 91 %, 92 %, 93 %, 94 %, 95 %, 96 %, 97 %, 98 %, ou 99 %) idêntica à SEQ ID NO: 46. Em uma modalidade, o anticorpo é um fragmento de anticorpo selecionado do grupo que consiste em um Fab, Fab’, F(ab)2, F(ab’)2, scFv, e combinações dos mesmos.
[0043] Em algumas modalidades, a presente invenção se refere a um anticorpo contra C5 de humano, em que o anticorpo apresenta uma região variável de cadeia pesada (vH) que apresenta uma sequência de aminoácido que é mais de cerca de 90 % (tal como mais que qualquer de 91 %, 92 %, 93 %, 94 %, 95 %, 96 %, 97 %, 98 %, ou 99 %) idêntica à SEQ ID NO: 51. Em uma modalidade, o anticorpo é um fragmento de anticorpo selecionado do grupo que consiste em um Fab, Fab’, F(ab)2, F(ab’)2, scFv, e combinações dos mesmos.
[0044] Em uma modalidade, a presente invenção se refere a um anticorpo contra C5 de humano, em que o anticorpo apresenta uma região variável de cadeia leve (vL) que apresenta uma sequência de aminoácido que é mais de cerca de 90 % (tal como mais que qualquer de 91 %, 92 %, 93 %, 94 %, 95 %, 96 %, 97 %, 98 %, ou 99 %) idêntica à SEQ ID NO: 56. Em uma modalidade, o anticorpo é um fragmento de anticorpo selecionado do grupo que consiste em um Fab, Fab’, F(ab)2, F(ab’)2, scFv, e combinações dos mesmos.
[0045] Em algumas modalidades, a presente invenção se refere a um
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15/118 anticorpo contra C5 de humano, em que o anticorpo apresenta uma região variável de cadeia pesada (vH) e uma região variável de cadeia leve (vL), em que a região vH apresenta uma sequência de aminoácido que é mais de cerca de 90 % (tal como mais que qualquer de 91 %, 92 %, 93 %, 94 %, 95 %, 96 %, 97 %, 98 %, ou 99 %) idêntica à SEQ ID NO: 51, e em que a região vL apresenta uma sequência de aminoácido que é mais de cerca de 90 % (tal como mais que qualquer de 91 %, 92 %, 93 %, 94 %, 95 %, 96 %, 97 %, 98 %, ou 99 %) idêntica à SEQ ID NO: 56. Em uma modalidade, o anticorpo é um fragmento de anticorpo selecionado do grupo que consiste em um Fab, Fab’, F(ab)2, F(ab’)2, scFv, e combinações dos mesmos.
[0046] Em uma modalidade, a presente invenção se refere a uma célula compreendendo pelo menos um dos anticorpos aqui descritos em outra parte. Em algumas modalidades, a célula produz o anticorpo de pelo menos um dos anticorpos aqui descritos em outra parte. Em uma modalidade, a célula é um hibridoma.
[0047] Em uma modalidade, a presente invenção é uma linhagem celular compreendendo pelo menos um dos anticorpos aqui descritos em outra parte. Em algumas modalidades, a linhagem celular produz pelo menos um dos anticorpos aqui descritos em outra parte. Em algumas modalidades, a linhagem celular é uma linhagem celular de hibridoma.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS [0048] O sumário precedente, bem como a descrição detalhada a seguir das modalidades exemplares da invenção, será melhor entendido quando lido juntamente com os desenhos em anexo. Deve-se entender, entretanto, que a invenção não é limitada aos arranjos e instrumentalidades exatos das modalidades mostradas nos desenhos. Nos desenhos:
Figura 1 representa resultados a partir de um ensaio de ELISA demonstrando a ligação de mAbs C5 anti-humano 4E7, 9G6, 11C5, 2G1,
11D9 e 8E1 à C5 de humano. ELISA de ligação direta ao antígeno, em que
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16/118 mAbs são diluídos em série através de placas de microtitulação revestidas com C5 de humano purificado. Todos os seis mAbs mostraram alta reatividade com C5 de humano.
[0049] As figuras 2-7 representam os resultados de experimentos que avaliam afinidades de ligação de mAb anti-C5 2G1, 8E1, 4E7, 9G6, 11C5 e 11D9 à C5. mAb IgG am de coelho (RAMFc) purificado foi acoplado em um chipe CM4 usando o método de acoplamento de amina. A seguir, mAbs antiC5 foram capturados em RAMFc imobilizado. Análises Biacore foram realizadas em um instrumento Biacore-2000.
[0050] A figura 8 representa inibição dose-dependente de produção de C5a induzida por LPS por mAbs C5 anti-humano 4E7, 9G6, 11C5, 2G1, 11D9 e 8E1. Para avaliar o efeito de mAbs C5 anti-humano na produção de C5a induzida por LPS, uma combinação de dois ensaios foi usada: a produção de C5a induzida por LPS e ELISA sanduíche de C5 de humano. Todos os seis mAbs inibiram eficientemente a produção de C5a induzida por LPS quando adicionados ao soro de humano normal 10 % (NHS), em uma concentração final de 12,5 pg/mL.
[0051] A figura 9, compreendendo Figura 9A e Figura 9B, representa os efeitos de mAbs C5 anti-humano 4E7, 9G6, 11C5, 2G1, 11D9 e 8E1 na hemólise mediada pelo complemento. A figura 9A ilustra a lise de células vermelhas do sangue (RBC) determinada avaliando a absorbância em OD405, após RBCs de ovelha sensibilizadas com anticorpo serem incubadas com NHS 50 % contendo diluições seriadas de cada mAb anti-C5 a 37°C por 1 hora. A lise de RBC foi determinada avaliando a absorbância em OD405 nm. Em 120 pg/mL, todos os mAbs inibiram a lise de eritrócito de ovelha mediado por NHS 50 %. Em doses menores (por exemplo, 30-60 pg/mL), 9G6 foi menos potente em prevenir a hemólise do que outros mAbs. A figura 9B ilustra que em 30pg/mL, mAb 2G1 e 8E1 foram mais potentes em inibir hemólise mediada pelo complemento do que 4E7, 9G6, 11C5 e 11D9.
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17/118 [0052] A figura 10 representa os resultados de experimentos que avaliam os efeitos de mAbs C5 anti-humano 4E7, 9G6, 11C5, 2G1, 11D9, 8E1 na hemólise mediada pelo complemento, usando soros de diferentes espécies de animais. RBCs de galinha sensibilizadas por anticorpo foram incubadas com NHS 50 %, soro de coelho normal, soro de macaco Rhesus ou soro de macaco Cinomolgo contendo cada mAb anti-C5 (concentração final: 50 qg/mL) a 37°C por 1 hora. A lise de RBC foi determinada avaliando a absorbância em OD405 nm, e normalizada contra soro e EDTA como controle negativo (0 %), e contra soro e nenhum anticorpo como controle positivo (100 %). No ensaio hemolítico usando NHS, cinco de seis mAbs C5 anti-humano inibiram a hemólise significativamente, isto é, em mais de 50 %. Especialmente, amostras de NHS contendo 2G1 mostraram inibição quase completa de hemólise. Quando tratada com mAb 9G6 ou 2G1, a atividade hemolítica em soro de coelho foi significativamente reduzida. Por outro lado, nenhum dos mAbs inibiu significativamente a hemólise mediada pelo complemento usando soros de macaco (Rhesus e Cinomolgo).
[0053] A figura 11 representa os resultados de um experimento que avalia os efeitos de mAbs C5 anti-humano 2G1 e 8E1 na hemólise mediada pelo complemento. RBCs de galinha sensibilizadas por anticorpo foram incubadas com NHS 50 % contendo diluições seriadas de 2G1 ou 8E1, ou mAb controle (MOPC, IgGl de camundongo) a 37°C por 1 hora. A lise de RBC foi determinada avaliando a absorbância em OD405 nm. mAb 2G1 e 8E1 apresentaram atividades similares neste ensaio.
[0054] A figura 12 representa os resultados de experimentos que avaliam o efeito de mAb C5 anti-humano 2G1 na hemólise de RBCs PNH. RBCs de pacientes com hemoglobinúria paroxística noturna (PNH) foram submetidas ao teste de soro acidificado de Ham na presença ou ausência de mAb 2G1. RBCs foram incubadas com NHS 50 % contendo diluições seriadas de 2G1 a 37 °C por 1 hora. A lise de RBC foi determinada avaliando
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18/118 a absorbância em OD405 nm. Na ausência de mAb, cerca de 35 % de RBCs foram lisadas por soro acidificado, enquanto tratamento com mAb 2G1 causou 70 % de redução de atividade hemolitica em 25 redução em 40 qg/mL.
[0055] A figura 13 representa cadeias pesadas e leves de mAb 2G1.
[0056] A figura 14 representa cadeias pesadas e leves de mAb 8E1.
[0057] A figura 15 representa cadeias pesadas e leves de mAb 4E7.
[0058] A figura 16 representa cadeias pesadas e leves de mAb 9G6.
[0059] A figura 17 representa cadeias pesadas e leves de mAb 11C5.
[0060] A figura 18 representa cadeias pesadas e leves de mAb 11D9.
[0061] A figura 19 representa sequências de aminoácido de região constante de cadeia pesada de IgG4 de humano, com uma serina 228 em mutação de prolina (isto é, S228P), e região constante de cadeia leve kappa de humano. Estas sequências foram usadas para construir anticorpo anti-humano C5 (2G1) quimérico (região variável de camundongo + regiões constantes de humano) e humanizado (região variável de camundongo humanizada + regiões constantes de humano).
[0062] A figura 20 representa resultados a partir de experimentos que avaliam a reatividade de mAb quimérico de IgG4 de humano 2G1 com C5 de humano. 2G1 quimérico foi preparado unindo as regiões variáveis de mAb 2G1 com região constante de cadeia pesada de IgG4 de humano carregando uma mutação S228P, e região constante de cadeia leve kappa de humano. Uma placa foi revestida com C5 de humano. Após incubação com mAb 2G1 qg/mL e 85 % de
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19/118 quimérico diluído em série, mAb quimérico ligado foi detectado por IgG4 anti-humano conjugado com HRP. 2G1 quimérico se ligou ao C5 de humano de uma maneira dose-dependente.
[0063] A figura 21 representa resultados a partir de experimentos que avaliam os efeitos de IgG4de humano -mAb 2G1 quimérico na hemólise mediada pela via clássica do complemento. RBCs de ovelha sensibilizadas foram incubadas com NHS 50 % contendo 2G1 quimérico diluído em série a 37 °C por 1 hora. A lise de RBC foi determinada avaliando a absorbância em OD405 nm. O resultado mostrou que em 30 pg/mL e concentrações maiores, mAb 2G1 quimérico inibiu eficientemente a lise de eritrócito de ovelha mediada por NHS.
[0064] A figura 22 representa sequências de nucleotídeo e aminoácido de uma cadeia pesada variável humanizada (VH) de mAb 2G1 (2G1 VH11801 humanizado). A humanização foi atingida por rede de CDR de mAb 2G1 VH de murino em um quadro VH de humano codificado por linhagem germinativa (11801). A sequência de aminoácido de peptídeo sinal está sublinhada e aquela de CDR1, CDR2 e CDR3 está em negrito e sombreada.
[0065] Figura 23 representa sequências de nucleotídeo e aminoácido de uma outra VH humanizada de mAb 2G1 (2G1 VH-16901 humanizado). A humanização foi atingida por rede de CDR de mAb 2G1 VH de murino em um quadro VH de humano codificado por linhagem germinativa (16901). A sequência de aminoácido de peptídeo sinal está sublinhada e aquela de CDR1, CDR2 e CDR3 está em negrito e sombreada.
[0066] A figura 24 representa sequências de nucleotídeo e aminoácido de uma cadeia leve variável humanizada (VL) de mAb 2G1 (2G1 VL-1901 humanizado). A humanização foi atingida por rede de CDR de mAb 2G1 VL de murino em um quadro VL de humano codificado por linhagem germinativa (1901). A sequência de aminoácido de peptídeo sinal está sublinhada e aquela de CDR1, CDR2 e CDR3 está em negrito e sombreada.
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20/118 [0067] A figura 25 representa resultados a partir de experimentos que avaliam a reatividade de 2G1 humanizado (VH-11801/VL-1901) com C5 de humano. 2G1 humanizado (VH-11801/VL-1901) foi expresso como um mAb IgG4 de humano com mutação S228P no domínio Fc. Uma placa foi revestida com C5 de humano. Após incubação com 2G1 humanizado diluído em série (VH-11801/VL-1901), mAb ligado foi detectado por IgG4 anti-humano conjugada com HRP. 2G1 humanizado (VH-11801/VL-1901) se ligou a C5 de humano de uma maneira dose-dependente.
[0068] A figura 26 representa resultados a partir de experimentos que avaliam a reatividade de 2G1 humanizado (VH-16901/VL-1901) com C5 de humano. 2G1 humanizado (VH-16901/VL-1901) foi expresso como um mAb IgG4 de humano com mutação S228P no domínio Fc. Uma placa foi revestida com C5 de humano. Após incubação com 2G1 humanizado diluído em série (VH-16901/VL-1901), Ab ligado foi detectado por IgG4 anti-humano conjugada a HRP. 2G1 humanizado (VH-16901/VL-1901) se ligou a C5 de humano de uma maneira dose-dependente.
[0069] A figura 27 representa resultados a partir de experimentos que avaliam os efeitos do 2G1 humanizado (VH-11801/VL-1901) na hemólise mediada pela via clássica do complemento. 2G1 humanizado (VH-11801/VL1901) foi expresso como um mAb IgG4 de humano com mutação S228P no domínio Fc. RBCs de ovelha sensibilizadas com anticorpo foram incubadas com NHS 10 % contendo 2G1 humanizado diluído em série (VH-11801/VL1901) a 37°C por 1 hora. A lise de RBC foi determinada avaliando a absorbância em OD405 nm. 2G1 humanizado (VH-11801/VL-1901) inibiu significativamente a lise de eritrócito de ovelha mediada por NHS 10 % em concentrações de mAb 10 pg/mL e mais elevadas.
[0070] A figura 28 representa resultados a partir de experimentos que avaliam os efeitos do 2G1 humanizado (VH-16901/VL-1901) na hemólise mediada pela via clássica do complemento. 2G1 humanizado (VH-16901/VLPetição 870190104600, de 16/10/2019, pág. 27/167
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1901) foi expresso como um mAb IgG4 de humano com mutação S228P no domínio Fc. RBCs de ovelha sensibilizadas com anticorpo foram incubadas com NHS 10 % contendo 2G1 humanizado diluído em série (VH-16901/VL1901) a 37°C por 1 hora. A lise de RBC foi determinada avaliando a absorbância em OD405 nm. 2G1 humanizado (VH-16901/VL-1901) inibiu significativamente a lise de eritrócito de ovelha mediada por NHS 10 % em concentrações de mAb 10 pg/mL e mais elevadas.
[0071] A figura 29, compreendendo as figuras 29A e 29B, representa resultados a partir de experimentos usando Western blotting para detectar C5 de humano usando mAb 2G1-3 (Figura 29A) e um mAb QDC5 controle (Figura 29B), mostrando que mAb 2G1-3 se liga à β cadeia de C5 de humano. C5 de humano (Ipg foi usado por canaleta, de Comptech, cat#A120) foi corrido em SDS-PAGE em condições de não redução (NR) ou de redução (R) de SDS-PAGE. O mAb controle QDC5 é um mAb IgG4 recombinante humano que apresenta sequências VH e VL de um mAb C5 anti-humano de camundongo humanizado, da maneira descrita em Thomas et al. (Mol Immunol. Dezembro de 1996;33(17-18): 1389-401). Este mAb é conhecido por se ligar a um epítopo na α-cadeia de C5 de humano. Da maneira esperada, tanto mAb 2G1-3 quanto QDC5 se ligaram a C5 de humano não reduzido de maneira similar. Em condições de redução, QDC5 se ligou à α cadeia de C5 de humano da maneira esperada, ao passo que mAb 2G1-3 se ligou a uma banda diferente, que corresponde à β cadeia de C5 de humano. Após SDSPAGE, as proteínas foram transferidas para membrana PVDF e bloqueadas com leite em pó desnatado 5 % em TBS por 1 hora em temperatura ambiente. As membranas foram incubadas com 10 pg/mL de 2G1-3 ou QDC5 por 1 hora em temperatura ambiente. Após lavar em TBS com Tween-20 0,1 % (TBST) por 6 x 5min, diluição 1:4.000 de IgG α-camundongo de coelho-HRP ou IgG α-humano-HRP foi adicionada às membranas e incubada por 1 hora em temperatura ambiente. Após lavagem final, as proteínas foram detectadas
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22/118 usando substrato de Western Blotting Pierce™ ECL 2, de acordo com as instruções do fabricante.
[0072] A figura 30, compreendendo figuras 30A e 30B, representa a estrutura de domínio e as sequências de C5 de humano. C5 de humano é composto de cadeias α e β separadas por um pequeno segmento C5a, que é liberado mediante ativação de C5 (Figura 30A). C5 de humano β cadeia é por sua vez composto de 6 domínios MG com sequências de aminoácido da maneira listada (Figura 30B).
[0073] A figura 31, compreendendo figuras 31A e 31B, representa a detecção por Western blot de β cadeia de C5 de humano e mutantes de eliminação de β cadeia de C5 de humano desprovidos de domínios MG individuais. (Figura 31 A). Western blotting, usando um anticorpo policlonal C5 anti-humano de cabra, detectou a β cadeia intacta e os 6 mutantes de eliminação de domínio MG expressos transientemente em células HEK. Os sobrenadantes das células HEK transfectadas foram usados para análise. Os números 1, 2, 3, 4, 5, 6 indicam mutantes de eliminação MG1, MG2, MG3, MG4, MG5 e MG6. Os sobrenadantes de células HEK não transfectadas (Branco) foram usados como um controle negativo. Estes resultados demonstraram que todos os mutantes de eliminação foram expressos. (Figura 31B) Pesos moleculares calculados em kDa de β cadeia de C5 de humano e os 6 mutantes de eliminação de MG são consistentes com as bandas detectadas em Western blot.
[0074] A figura 32 representa os resultados de um ensaio de ELISA sanduíche para avaliar os domínios MG importantes com β cadeia de C5 de humano para ligação de mAb 2G1-3. mAb 2G1-3 foi revestido em placa de 96 poços e os sobrenadantes das células HEK não transfectadas ou transfectadas foram adicionados. Após incubação e lavagem, a β cadeia ligada ou proteínas mutantes de eliminação foram detectadas por um segundo mAb SKY59 C5 anti-humano (Fukuzawa et al., Sei Rep. 2017 Apr 24;7(l):1080.
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23/118 doi: 10.1038/s41598-017-01087-7), que é conhecido por ligar sequências no domínio MG1 de C5 de humano. Os dados demonstraram que os sinais para mutantes de eliminação MG2, MG3, MG5 e MG6 ainda foram detectados, sugerindo que estes domínios não estavam envolvidos na ligação tanto de 2G1-3 quanto de SKY59. Por outro lado, os mutantes de eliminação MG1 e MG4 perderam a ligação, sugerindo que são importantes para a ligação de C5 de humano tanto por 2G1-3 quanto por SKY59, ou ambos. Soro de humano normal (NHS) e sobrenadante de célula transfectada com β cadeia intacta foram usados como controles positivos, e o sobrenadante de célula HEK não transfectada (branco) foi usado como um controle negativo.
[0075] A figura 32 representa os resultados de um ensaio de ELISA sanduíche usando anticorpo policlonal anti-C5 para detecção, demonstrando que o domínio MG4 em β cadeia de C5 de humano é importante para a ligação de mAb 2G1-3. 2G1-3 foi revestido em placa de 96 poços e os sobrenadantes das células HEK não transfectadas ou transfectadas foram adicionados. Após incubação e lavagem, a β cadeia ligada ou proteínas e mutante de eliminação nos sobrenadantes de transfecção foram detectados por um anticorpo policlonal C5 anti-humano de cabra. Os sinais foram detectados no soro de humano normal (NHS) e nos sobrenadantes de cadeia β intacta de humano e mutante de eliminação MG1, mas não mutante de eliminação MG4, sugerindo que MG4, mas não MG1, na β cadeia é importante para a ligação 2G1-3.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO [0076] Esta invenção se refere à inibição de sinalização do complemento usando um anticorpo anti-C5. Em várias modalidades, a invenção se refere a composições e métodos para tratar uma doença mediada pelo complemento, ou distúrbio mediado pelo complemento, em um indivíduo, colocando o indivíduo em contato com um anticorpo anti-C5. As patologias e condições mediadas pelo complemento que podem ser tratadas
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24/118 com as composições e métodos da invenção incluem, mas sem limitação, degeneração macular (MD), degeneração macular relacionada à idade (AMD), lesão de isquemia-reperfusão, artrite, artrite reumatoide, lúpus, colite ulcerativa, acidente vascular cerebral, síndrome inflamatória sistêmica póscirurgia, asma, asma alérgica, doença pulmonar obstrutiva crônica (COPD), síndrome da hemoglobinúria paroxística noturna (PNH), miastenia grave, neuromielite ótica, (NMO), esclerose múltipla, função retardada do enxerto, rejeição mediada por anticorpo, síndrome hemolítico-urêmica atípica (SHUa), oclusão da veia retinal central (CRVO), oclusão da artéria retinal central (CRAO), epidermólise bolhosa, sepse, transplante de órgão, inflamação (incluindo, mas sem limitação, inflamação associada à cirurgia de circulação extracorpórea e diálise renal), glomerulopatia de C3, nefropatia membranosa, nefropatia por IgA, glomerulonefrite (incluindo, mas sem limitação, glomerulonefrite mediada por anticorpo citoplasmático antineutrófilo (ANCA), nefrite lúpica, e combinações das mesmas), vasculite mediada por ANCA, SHU induzida por toxina Shiga, e aborto induzido por anticorpo antifosfolipídico, ou quaisquer combinações dos mesmos.
Definições [0077] A menos que de outra forma definida, todos os termos técnicos e científicos aqui usados apresentam o mesmo significado comumente entendido pelos versados na técnica, aos quais essa invenção pertence. Embora quaisquer métodos e materiais similares ou equivalentes àqueles aqui descritos possam ser usados na prática ou teste da presente invenção, métodos e materiais exemplares são descritos.
[0078] Da maneira aqui usada, cada um dos seguintes termos apresenta o significado associado ao mesmo nesta seção.
[0079] Os artigos “um” e “uma” são aqui usados para se referir a um ou a mais de um (isto é, a pelo menos um) do objeto gramatical do artigo. A título de exemplo, “um elemento” significa um elemento ou mais de um
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25/118 elemento.
[0080] Os termos “inibir” e “inibição”, da maneira aqui usada, significam reduzir, suprimir, diminuir ou bloquear uma atividade ou função em pelo menos cerca de 10 %, com relação a um valor controle. Em algumas modalidades, a atividade é suprimida ou bloqueada em pelo menos cerca de 50 %, comparada a um valor controle. Em algumas modalidades, a atividade é suprimida ou bloqueada em pelo menos cerca de 75 %. Em algumas modalidades, a atividade é suprimida ou bloqueada em pelo menos cerca de 95 %.
[0081] Os termos “quantidade eficiente” e “quantidade farmaceuticamente eficiente” se referem a uma quantidade suficiente de um agente para prover o resultado biológico desejado. Este resultado pode ser redução e/ou alívio dos sinais, sintomas, ou causas de uma doença ou distúrbio, ou qualquer outra alteração desejada de um sistema biológico. Uma quantidade eficiente apropriada em qualquer caso individual pode ser determinada pelos versados na técnica usando experimento de rotina.
[0082] Os termos “paciente”, “sujeito”, “indivíduo” e similares são aqui usados indiferentemente, e se referem a qualquer animal, em algumas modalidades um mamífero, e em algumas modalidades um humano, com um sistema complemento, incluindo um humano que precisa de terapia para, ou susceptível a, uma condição ou suas sequelas. O indivíduo pode incluir, por exemplo, cachorros, gatos, porcos, vacas, ovelhas, cabras, cavalos, ratos, macacos, e camundongos e humanos.
[0083] O termo “anormal”, quando usado no contexto de organismos, tecidos, células ou componentes dos mesmos, se refere a aqueles organismos, tecidos, células ou componentes dos mesmos que diferem em pelo menos uma característica observável ou detectável (por exemplo, idade, tratamento, período do dia, etc.) daqueles organismos, tecidos, células ou componentes dos mesmos que exibem a respectiva característica “normal”
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26/118 (esperada/homeostática). As características que são normais ou esperadas para uma célula, tipo de tecido, ou sujeito podem ser anormais para uma célula ou tipo de tecido diferente.
[0084] Uma “doença” é um estado de saúde de um sujeito no qual o sujeito não consegue manter a homeostase, e no qual se a doença não for melhorada, então a saúde do sujeito continua a piorar.
[0085] Ao contrário, um “distúrbio” em um sujeito é um estado de saúde no qual o sujeito é capaz de manter a homeostase, mas no qual o estado de saúde o sujeito é menos favorável do que seria na ausência do distúrbio. Se não for tratado, um distúrbio não necessariamente causa uma diminuição adicional no estado de saúde do sujeito.
[0086] Uma doença ou distúrbio é “aliviado” se a gravidade de um sinal ou sintoma da doença ou distúrbio, a frequência com a qual um sinal ou sintoma como este é experimentado por um paciente, ou ambos, for reduzida. [0087] Uma “quantidade eficiente” ou “quantidade terapeuticamente eficiente” de um composto é aquela quantidade de composto que é suficiente para prover um efeito benéfico ao sujeito no qual o composto é administrado.
[0088] Da maneira aqui usada, um “material com instruções” inclui uma publicação, um registro, um diagrama, ou qualquer outro meio de expressão que pode ser usado para comunicar a utilidade de um composto, composição, vetor, ou sistema de liberação da invenção no kit para efetuar alívio das várias doenças ou distúrbios aqui citados. Opcionalmente, ou altemativamente, o material com instruções pode descrever um ou mais métodos para aliviar as doenças ou distúrbios em uma célula ou um tecido de um mamífero. O material com instruções do kit da invenção, por exemplo, pode ser fixado em um recipiente que contém o composto, composição, vetor, ou sistema de liberação identificado da invenção, ou ser enviado junto com o recipiente que contém o composto, composição, vetor, ou sistema de liberação identificado. Altemativamente, o material com instruções pode ser
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27/118 enviado separadamente do recipiente com a intenção de que o material com instruções e o composto sejam usados cooperativamente pelo destinatário.
[0089] ‘Operavelmente ligado” ou “operativamente ligado”, da maneira aqui usada, pode significar que a expressão de um gene está sob o controle de um promotor com o qual espacialmente conectado. Um promotor pode ser posicionado 5’ (à montante) ou 3’ (à jusante) de um gene sob seu controle. A distância entre o promotor e um gene pode ser aproximadamente a mesma distância entre este promotor e o gene que controla o gene a partir do qual o promotor é derivado. Da maneira conhecida na técnica, a variação nesta distância pode ser ajustada sem perda de função do promotor.
[0090] Um “tratamento terapêutico” é um tratamento administrado a um sujeito que exibe sinais de doença ou distúrbio, com o propósito de diminuir ou eliminar esses sinais.
[0091] Da maneira aqui usada, “tratar uma doença ou distúrbio” significa reduzir a frequência e/ou gravidade de um sinal e/ou sintoma da doença ou distúrbio que é experimentado por um paciente.
[0092] O termo “amostra biológica”, “amostra” ou “espécime”, da maneira aqui usada, é pretendido para incluir qualquer amostra compreendendo uma célula, um tecido, ou um fluido corporal no qual a expressão de um ácido nucleico ou polipeptideo pode ser detectada. A amostra biológica pode conter qualquer material biológico adequado para detectar os biomarcadores desejados, e pode compreender material celular e/ou não celular obtido a partir do indivíduo. Exemplos de tais amostras biológicas incluem, mas sem limitação, sangue, linfa, medula óssea, biópsias e manchas. Amostras que são de natureza líquida são aqui referidas como “fluidos corporais”. Amostras biológicas podem ser obtidas a partir de um paciente por uma variedade de técnicas incluindo, por exemplo, raspando ou esfregando um swab em uma área, ou usando uma agulha para obter fluidos corporais. Métodos para coletar várias amostras corporais são bem conhecidos
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28/118 na técnica.
[0093] O termo “anticorpo”, da maneira aqui usada, se refere a uma molécula de imunoglobulina que é capaz de se ligar especificamente a um epítopo específico de um antígeno. Anticorpos podem ser imunoglobulinas intactas derivadas a partir de fontes naturais, ou a partir de fontes recombinantes, e podem ser porções imunorreativas de imunoglobulinas intactas. Os anticorpos na presente invenção podem existir em uma variedade de formas incluindo, por exemplo, anticorpos policlonais, anticorpos monoclonais, anticorpos intracelulares (“intracorpos”), Fv, Fab, Fab’, F(ab)2 e F(ab’)2, bem como anticorpos de cadeia única (scFv), anticorpos de cadeia pesada, tais como anticorpos de camelídeos e anticorpos humanizados (Harlow et al., 1999, Using Antibodies: A Laboratory Manual, Cold Spring Harbor Laboratory Press, NY; Harlow et al., 1989, Antibodies: A Laboratory Manual, Cold Spring Harbor, New York; Houston et al., 1988, Proc. Natl. Acad. Sei. USA 85:5879-5883; Bird et al., 1988, Science 242:423-426).
[0094] O termo “anticorpo sintético”, da maneira aqui usada, significa um anticorpo que é gerado usando tecnologia do DNA recombinante tal como, por exemplo, um anticorpo expresso por um bacteriófago. O termo também deve ser interpretado para significar um anticorpo que foi gerado pela síntese de uma molécula de DNA que codifica o anticorpo, e cuja molécula de DNA expressa uma proteína de anticorpo, ou uma sequência de aminoácido que especifica o anticorpo, em que o DNA ou sequência de aminoácido foi obtida usando tecnologia de sequência sintética de DNA ou de aminoácido, que é disponível e bem conhecida na técnica.
[0095] Da maneira aqui usada, o termo “anticorpo de cadeia pesada” ou “anticorpos de cadeia pesada” compreende moléculas de imunoglobulina derivadas de espécies de camelídeo, tanto por imunização com um peptídeo e subsequente isolamento dos soros, quanto pela clonagem e expressão de sequências de ácido nucleico que codificam tais anticorpos. O termo
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29/118 “anticorpo de cadeia pesada” ou “anticorpos de cadeia pesada” inclui adicionalmente moléculas de imunoglobulina isoladas de um sujeito com doença de cadeia pesada, ou preparadas pela clonagem e expressão de genes de VH (imunoglobulina variável de cadeia pesada) de um sujeito.
[0096] Um “anticorpo quimérico” se refere a um tipo de anticorpo geneticamente modificado que contém uma região variável de ocorrência natural (cadeia leve e cadeias pesadas) derivada de um anticorpo doador, em associação com regiões constantes de cadeia leve e pesada derivadas de um anticorpo receptor.
[0097] Um “anticorpo humanizado” se refere a um tipo de anticorpo geneticamente modificado com suas CDRs derivadas de uma imunoglobulina doadora não humana, as partes da molécula derivadas da imunoglobulina restante sendo derivadas de uma (ou mais) imunoglobulina(s) humana(s). Além disso, resíduos de suporte de estrutura podem ser alterados para conservar afinidade de ligação (vide, por exemplo, 1989, Queen et al., Proc. Natl. Acad Sci Estados Unidos, 86:10029-10032; 1991, Hodgson et al., Bio/Technology, 9:421). Um anticorpo receptor humano adequado pode ser um selecionado de uma base de dados convencional, por exemplo, a base de dados KABAT, base de dados Los Alamos e base de dados Swiss Protein, por homologia com as sequências de nucleotídeo e aminoácido do anticorpo doador. Um anticorpo humano distinguido por uma homologia com as regiões de estrutura do anticorpo doador (em uma base de aminoácido) pode ser adequado para prover uma região constante de cadeia pesada e/ou uma região de estrutura variável de cadeia pesada para inserção das CDRs doadoras. Um anticorpo receptor adequado capaz de doar regiões de estrutura constante ou variável de cadeia leve pode ser selecionado de uma maneira similar. Pode-se observar que não é necessário que as cadeias pesadas e leves do anticorpo receptor se originem a partir do mesmo anticorpo receptor. A técnica prévia descreve várias maneiras de produzir tais anticorpos humanizados (vide, por
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30/118 exemplo, EP-A-0239400 e EP-A-054951).
[0098] O termo “anticorpo doador” se refere a um anticorpo (monoclonal e/ou recombinante) que contribui com as sequências de aminoácido de suas regiões variáveis, CDRs, ou outros fragmentos funcionais ou análogos dos mesmos para um primeiro parceiro de imunoglobulina, de maneira a prover a região de codificação de imunoglobulina alterada e resultar em anticorpo alterado expresso com a especificidade antigênica e atividade de neutralização característica do anticorpo doador.
[0099] O termo “anticorpo receptor” se refere a um anticorpo (monoclonal e/ou recombinante) heterólogo ao anticorpo doador, que contribui com todas (ou qualquer porção, mas em algumas modalidades todas) as sequências de aminoácido que codificam suas regiões de estrutura de cadeia pesada e/ou leve, e/ou suas regiões constante de cadeia pesada e/ou leve para o primeiro parceiro de imunoglobulina. Em certas modalidades, um anticorpo de humano é o anticorpo receptor.
[00100] “CDRs” são definidas como as sequências de aminoácido de região determinante de complementaridade de um anticorpo, que são as regiões hipervariáveis de cadeias pesadas e leves de imunoglobulina. Vide, por exemplo, Kabat et al., Sequences of Proteins of Immunological Interest, 4a Ed., U.S. Department of Health and Human Services, National Institutes of Health (1987). Existem três CDRs de cadeia pesada e três de cadeia leve (ou regiões de CDR) na porção variável de uma imunoglobulina. Assim, “CDRs” da maneira aqui usada, se refere a todas as três CDRs de cadeia pesada, ou todas as três CDRs de cadeia leve (ou tanto todas as CDRs de cadeia pesada quanto todas de cadeia leve, se apropriado). A estrutura e dobramento de proteína do anticorpo pode significar que outros resíduos são considerados parte da região de ligação de antígeno, e será entendido assim pelos versados na técnica. Vide, por exemplo, Chothia et al., (1989) Conformations of immunoglobulin hypervariable regions; Nature 342, p 877-883.
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31/118 [00101] Da maneira aqui usada, um “imunoensaio” se refere a qualquer ensaio de ligação que usa um anticorpo capaz de se ligar especificamente a uma molécula alvo para detectar e quantificar a molécula alvo.
[00102] O termo “liga especificamente”, da maneira aqui usada com relação a um anticorpo, significa um anticorpo que reconhece e se liga a uma molécula alvo específica, mas não reconhece substancialmente ou se liga a outras moléculas em uma amostra. Em alguns exemplos, os termos “ligação específica” ou “que se liga especificamente”, são usados para significar que o reconhecimento e ligação são dependentes da presença de uma estrutura particular (por exemplo, um determinante antigênico ou epítopo) na molécula alvo. Se, por exemplo, um anticorpo se ligar especificamente ao epítopo “A”, a presença de uma molécula não marcada contendo epítopo A (ou livre, não marcada A) em uma reação contendo marcação “A” e o anticorpo reduzirá a quantidade de marcação A ligada ao anticorpo.
[00103] Uma “região de codificação” de um gene consiste nos resíduos de nucleotídeo da fita codificante do gene e nos nucleotídeos da fita não codificante do gene, os quais são homólogos ou complementares, respectivamente, à região de codificação de uma molécula de RNAm que é produzida por transcrição do gene.
[00104] Uma “região de codificação” de uma molécula de RNAm também consiste nos resíduos de nucleotídeo da molécula de RNAm, os quais são combinados com uma região anticodon de uma molécula de RNA de transferência durante a tradução da molécula de RNAm, ou que codificam um códon de parada. A região de codificação pode assim incluir resíduos de nucleotídeo compreendendo códons para resíduos de aminoácido que não estão presentes na proteína madura codificada pela molécula de RNAm (por exemplo, resíduos de aminoácido em uma sequência sinal de exportação de proteína).
[00105] “Expressão diferencialmente diminuída” ou “infrarregulação”
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32/118 se refere aos níveis de produto biomarcador que são pelo menos 10 % ou mais, por exemplo, 20 %, 30 %, 40 %, ou 50 %, 60 %, 70 %, 80 %, 90 % inferiores ou menos, e/ou 2,0 vezes, 1,8 vezes, 1,6 vezes, 1,4 vezes, 1,2 vezes, 1,1 vezes inferiores ou menos, e qualquer e todos acréscimos totais ou parciais entre estes em relação a um controle.
[00106] “Expressão diferencialmente aumentada” ou “suprarregulação” se refere aos níveis do produto biomarcador que são pelo menos 10 % ou mais, por exemplo, 20 %, 30 %, 40 %, ou 50 %, 60 %, 70 %, 80 %, 90 % superiores ou mais, e/ou 1,1 vezes, 1,2 vezes, 1,4 vezes, 1,6 vezes, 1,8 vezes, 2,0 vezes superiores ou mais, e qualquer e todos os acréscimos totais ou parciais entre estes em relação a um controle.
[00107] “Complementaridade”, da maneira aqui usada, se refere a um ácido nucleico, se refere ao amplo conceito de complementaridade de sequência entre regiões de duas fitas de ácido nucleico ou entre duas regiões da mesma fita de ácido nucleico. Sabe-se que um resíduo de adenina de uma primeira região de ácido nucleico é capaz de formar ligações específicas de hidrogênio (“pareamento de base”) com um resíduo de uma segunda região de ácido nucleico, que é antiparalela à primeira região se o resíduo for timina ou uracila. Similarmente, sabe-se que um resíduo de citosina de uma primeira fita de ácido nucleico é capaz de parear base com um resíduo de uma segunda fita de ácido nucleico, que é antiparalela à primeira fita se o resíduo for guanina. Uma primeira região de um ácido nucleico é complementar a uma segunda região do mesmo ácido nucleico ou de um diferente se, quando as duas regiões são arranjadas de uma maneira antiparalela, pelo menos um resíduo de nucleotídeo da primeira região for capaz de parear base com um resíduo da segunda região. Em algumas modalidades, a primeira região compreende uma primeira porção e a segunda região compreende uma segunda porção por meio da qual, quando a primeira e segunda porções são arranjadas de uma maneira antiparalela, pelo menos cerca de 50 %, e ou pelo
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33/118 menos cerca de 75 %, ou pelo menos cerca de 90 %, ou pelo menos cerca de 95 % dos resíduos de nucleotídeo da primeira porção são capazes de parear base com resíduos de nucleotídeo na segunda porção. Em algumas modalidades, todos os resíduos de nucleotídeo da primeira porção são capazes de parear base com resíduos de nucleotídeo na segunda porção.
[00108] O termo “DNA”, da maneira aqui usada, é definido como ácido desoxirribonucleico.
[00109] “Codificar” se refere à propriedade inerente de sequências específicas de nucleotídeos em um polinucleotídeo, tal como um gene, um DNAc, ou um RNAm, para desempenhar a função como moldes para a síntese de outros polímeros e macromoléculas em processos biológicos, tanto com uma sequência definida de nucleotídeo (isto é, RNAr, RNAt e RNAm) quanto uma sequência definida de aminoácidos, e as propriedades biológicas resultantes das mesmas. Assim, um gene codifica uma proteína se a transcrição e tradução de RNAm que corresponde àquele gene produzir a proteína em uma célula ou outro sistema biológico. Tanto a fita codificante, a sequência de nucleotídeo que é idêntica à sequência de RNAm e é em geral provida nas listagens de sequências, quanto a fita não codificante, usada como o molde para transcrição de um gene ou DNAc, pode ser referida como codificando a proteína ou outro produto deste gene ou DNAc.
[00110] A menos que de outra forma especificada, uma “sequência de nucleotídeo que codifica uma sequência de aminoácido” inclui todas as sequências de nucleotídeo que são versões degeneradas umas das outras, e que codificam a mesma sequência de aminoácido. A frase sequência de nucleotídeo que codifica uma proteína ou um RNA também pode incluir introns, na medida em que a sequência de nucleotídeo que codifica a proteína pode conter em alguma versão um(s) intron(s).
[00111] “Isolado” significa alterado ou removido do seu estado natural.
Por exemplo, um ácido nucleico ou um peptídeo naturalmente presente em
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34/118 seu contexto normal em um sujeito vivo não é “isolado”, mas o mesmo ácido nucleico ou peptídeo parcialmente ou completamente separado dos materiais coexistentes de seu contexto natural é “isolado”. Um ácido nucleico ou proteína isolada pode existir na forma substancialmente purificada, ou pode existir em um ambiente não natural tal como, por exemplo, uma célula hospedeira.
[00112] O termo “hibridoma”, da maneira aqui usada, se refere a uma célula que resulta da fusão de um linfócito B e um parceiro de fusão tal como uma célula de mieloma. Um hibridoma pode ser clonado e mantido indefinidamente na cultura de células, e é capaz de produzir anticorpos monoclonais. Um hibridoma também pode ser considerado como uma célula híbrida.
[00113] Um “ácido nucleico isolado” se refere a um segmento ou fragmento de ácido nucleico que foi separado das sequências que o flanqueiam em um estado de ocorrência natural, isto é, um fragmento de DNA que foi removido das sequências que são normalmente adjacentes ao fragmento, isto é, as sequências adjacentes ao fragmento em um genoma no qual ocorre naturalmente. O termo também se aplica aos ácidos nucleicos que foram purificados substancialmente a partir de outros componentes que acompanham naturalmente o ácido nucleico, isto é, RNA ou DNA ou proteínas que o acompanham naturalmente na célula. Portanto, o termo inclui, por exemplo, um DNA recombinante que é incorporado em um vetor, em um plasmídeo ou vírus que se replica autonomamente, ou no DNA genômico de um procarioto ou eucarioto, ou que existe como uma molécula separada (isto é, como um DNAc ou um fragmento genômico ou de DNAc, produzido por PCR ou digestão com enzima de restrição) independente de outras sequências. Também inclui um DNA recombinante que é parte de um gene híbrido que codifica sequência adicional de polipeptídeo.
[00114] No contexto da presente invenção, as seguintes abreviações
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35/118 para as bases de ácido nucleico de ocorrência comum são usadas. “A” se refere à adenosina, “C” se refere à citosina, “G” se refere à guanosina, “T” se refere à timidina, e “U” se refere à uridina.
[00115] O termo “polinucleotídeo”, da maneira aqui usada, é definido como uma cadeia de nucleotideos. Além disso, os ácidos nucleicos são polímeros de nucleotideos. Assim, ácidos nucleicos e polinucleotídeos são aqui usados indiferentemente. Os versados na técnica apresentam o conhecimento geral de que os ácidos nucleicos são polinucleotídeos, os quais podem ser hidrolisados nos “nucleotideos” monoméricos. Os nucleotideos monoméricos podem ser hidrolisados em nucleosídeos. Da maneira aqui usada, os polinucleotídeos incluem, mas sem limitação, todas as sequências de ácido nucleico que são obtidas por quaisquer meios disponíveis na técnica incluindo, sem limitação, meios recombinantes, isto é, a clonagem de sequências de ácido nucleico a partir de uma biblioteca recombinante ou um genoma de célula, usando tecnologia de clonagem comum e PCR, e similares, e por meios sintéticos.
[00116] Da maneira aqui usada, os termos “peptídeo”, “polipeptideo” e “proteína” são usados indiferentemente, e se referem a um composto compreendido de resíduos de aminoácido covalentemente ligados por ligações de peptídeo. Uma proteína ou peptídeo deve conter pelo menos dois aminoácidos, e nenhuma limitação é inserida no número máximo de aminoácidos que podem compreender uma sequência de proteína ou de peptídeo. Os polipeptídeos incluem qualquer peptídeo ou proteína compreendendo dois ou mais aminoácidos unidos um no outro por ligações de peptídeo. Da maneira aqui usada, o termo se refere tanto às cadeias curtas, que também são comumente referidas na técnica como peptídeo, oligopeptídeos e oligômeros, por exemplo, quanto às cadeias mais longas, que geralmente são referidas na técnica como proteínas, das quais existem muitos tipos. “Polipeptídeos” incluem, por exemplo, fragmentos biologicamente
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36/118 ativos, polipeptídeos substancialmente homólogos, oligopeptídeos, homodímeros, heterodímeros, variações de polipeptídeos, polipeptídeos modificados, derivados, análogos, proteínas de fusão, entre outros. Os polipeptídeos incluem peptídeos naturais, peptídeos recombinantes, peptídeos sintéticos, ou uma combinação dos mesmos.
[00117] O termo “progênie”, da maneira aqui usada, se refere a um descendente ou prole e inclui a prole de um mamífero, e também inclui a célula descendente diferenciada ou não diferenciada derivada de uma célula parental. Em uma aplicação, o termo progênie se refere a uma célula descendente que é geneticamente idêntica à parental. Em uma outra aplicação, o termo progênie se refere a uma célula descendente que é geneticamente e fenotipicamente idêntica à parental. Ainda em uma outra aplicação, o termo progênie se refere a uma célula descendente que foi diferenciada a partir da célula parental.
[00118] O termo “RNA”, da maneira aqui usada, é definido como ácido ribonucleico.
[00119] O termo “DNA recombinante”, da maneira aqui usada, é definido como DNA produzido juntando pedaços de DNA de diferentes fontes.
[00120] O termo “polipeptídeo recombinante”, da maneira aqui usada, é definido como um polipeptídeo produzido usando métodos de DNA recombinante.
[00121] Da maneira aqui usada, “conjugado” se refere à anexação covalente de uma molécula a uma segunda molécula.
[00122] “Variação”, da maneira como o termo é aqui usado, é uma sequência de ácido nucleico ou uma sequência de peptídeo que difere em sequência de uma sequência de ácido nucleico ou sequência de peptídeo de referência, respectivamente, mas mantém as propriedades biológicas essenciais da molécula de referência. Alterações na sequência de uma
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37/118 variação de ácido nucleico podem não alterar a sequência de aminoácido de um peptídeo codificado pelo ácido nucleico de referência, ou podem resultar em substituições, adições, eliminações, fusões e truncações de aminoácido. Alterações na sequência de variações de peptídeo são tipicamente limitadas ou conservativas, de maneira tal que as sequências do peptídeo de referência e a variação sejam muito similares no geral e, em muitas regiões, idênticas. Um peptídeo de variação e de referência podem diferir em sequência de aminoácido em uma ou mais substituições, adições, eliminações em qualquer combinação. Uma variação de um ácido nucleico ou peptídeo pode ser de ocorrência natural, tal como uma variação alélica, ou pode ser uma variação que não é conhecida por ocorrer naturalmente. As variações de ocorrência não natural de ácidos nucleicos e peptídeos podem ser realizadas por técnicas de mutagênese ou por síntese direta. Em várias modalidades, a sequência de variação é pelo menos 99 %, pelo menos 98 %, pelo menos 97 %, pelo menos 96 %, pelo menos 95 %, pelo menos 94 %, pelo menos 93 %, pelo menos 92 %, pelo menos 91 %, pelo menos 90 %, pelo menos 89 %, pelo menos 88 %, pelo menos 87 %, pelo menos 86 %, pelo menos 85 % idêntica à sequência de referência.
[00123] O termo “regulação”, da maneira aqui usada, pode significar qualquer método de alterar o nível ou atividade de um substrato. Exemplos não limitantes de regulação, com relação a uma proteína, incluem afetar a expressão (incluindo transcrição e/ou tradução), afetar o dobramento, afetar a degradação ou rotatividade de proteína, e afetar a localização de uma proteína. Exemplos não limitantes de regulação, com relação a uma enzima, incluem adicionalmente afetar a atividade enzimática. “Regulador” se refere a uma molécula cuja atividade inclui afetar o nível ou atividade de um substrato. Um regulador pode ser direto ou indireto. Um regulador pode funcionar para ativar, ou inibir, ou de outra forma modular seu substrato.
[00124] Uma “janela de verificação”, da maneira aqui usada, se refere
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38/118 a um segmento de inúmeras posições contíguas nas quais uma sequência pode ser avaliada, independentemente de qualquer sequência flanqueadora. Uma janela de verificação geralmente é deslocada adicionalmente ao longo do tamanho de uma sequência a ser avaliada, com cada novo segmento sendo avaliado independentemente. Um deslocamento adicional pode ser de 1 ou mais de uma posição.
[00125] “Vetor” da maneira aqui usada pode significar uma sequência de ácido nucleico contendo uma origem de replicação. Um vetor pode ser um plasmídeo, bacteriófago, cromossomo bacteriano artificial ou cromossomo artificial de levedura. Um vetor pode ser um vetor de DNA ou RNA. Um vetor pode ser tanto um vetor extracromossômico auto-replicante, quanto um vetor que se integra no genoma de um hospedeiro.
[00126] Faixas: em toda esta descrição, vários aspectos da invenção podem ser apresentados em um formato de faixa. Pode-se entender que a descrição no formato de faixa é meramente para conveniência e rapidez, e não deve ser interpretada como uma limitação inflexível no escopo da invenção. Dessa maneira, a descrição de uma faixa deve ser considerada como tendo descrito especificamente todas as possíveis subfaixas, bem como valores numéricos individuais nesta faixa. Por exemplo, a descrição de uma faixa tal como de 1 a 6 pode ser considerada como apresentando descrição especificamente de subfaixas tais como de 1 a 3, de 1 a 4, de 1 a 5, de 2 a 4, de 2 a 6, de 3 a 6 etc., bem como números individuais nesta faixa, por exemplo, 1, 2, 2.7, 3, 4, 5, 5,3 e 6. Isto se aplica independentemente da amplitude da faixa.
Descrição [00127] Esta invenção se refere à inibição da sinalização do complemento e distúrbios relacionados ao complemento usando um anticorpo
C5 anti-humano. Em uma modalidade, a invenção se refere a inibição da sinalização da cascata do complemento alvejando especificamente a proteína
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C5 do componente de complemento, ou um fragmento da proteína C5a ou C5b. Em uma modalidade, a invenção se refere aos métodos de tratar e prevenir a inflamação e doenças autoimunes mediadas por ativação não desejada, não controlada, excessiva do complemento. Em uma modalidade, a invenção se refere ao tratamento de doença mediada pelo complemento ou distúrbio mediado pelo complemento em um indivíduo, colocando o indivíduo em contato com um anticorpo anti-C5.
[00128] Em uma modalidade, a invenção é um método para tratar uma doença ou distúrbio mediado pelo complemento em um indivíduo, compreendendo a etapa de administrar ao dito indivíduo um anticorpo antiC5, inibindo por meio disso a geração de uma proteína C5a ou C5b e formação de MAC. Exemplos de patologias mediadas pelo complemento que podem ser tratadas usando os métodos da invenção incluem, mas sem limitação, degeneração macular (MD), degeneração macular relacionada à idade (AMD), lesão de isquemia-reperfusão, artrite, artrite reumatoide, lúpus, colite ulcerativa, acidente vascular cerebral, síndrome inflamatória sistêmica pós-cirurgia, asma, asma alérgica, doença pulmonar obstrutiva crônica (COPD), síndrome da hemoglobinúria paroxística noturna (PNH), miastenia grave, neuromielite ótica, (NMO), esclerose múltipla, função retardada do enxerto, rejeição mediada por anticorpo, síndrome hemolítico-urêmica atípica (SHUa), oclusão da veia retinal central (CRVO), oclusão da artéria retinal central (CRAO), epidermólise bolhosa, sepse, transplante de órgão, inflamação (incluindo, mas sem limitação, inflamação associada à cirurgia de circulação extracorpórea e diálise renal), glomerulopatia de C3, nefropatia membranosa, nefropatia por IgA, glomerulonefrite (incluindo, mas sem limitação, glomerulonefrite mediada por anticorpo citoplasmático antineutrófilo (ANCA), nefrite lúpica, e combinações das mesmas), vasculite mediada por ANCA, SHU induzida por toxina Shiga, e aborto induzido por anticorpo antifosfolipídico, ou quaisquer combinações dos mesmos. Em
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40/118 algumas modalidades, as composições e métodos da invenção são usados para tratar o sujeito, incluindo sujeitos com PNH, que não são responsivos ao tratamento com eculizumab. A título de exemplo não limitante, alguns sujeitos podem apresentar uma mutação na cadeia alfa de C5, que pode tomálos resistentes ao tratamento de eculizumab (vide Genetic variants in C5 and poor response to eculizumab. Nishimura J, et al., N Engl J Med. 13 de fevereiro de 2014;370(7):632-9).
[00129] A capacidade do sistema imune em discriminar entre antigenos “próprios” e “não próprios” é vital para o funcionamento do sistema imune como uma defesa específica contra micro-organismos invasores. Antigenos “não próprios” são aqueles antigenos em substâncias que penetram ou estão presentes no corpo, que são detectavelmente diferentes ou estranhas em relação aos próprios constituintes do sujeito, ao passo que antigenos “próprio” são aqueles que, no sujeito saudável, não são detectavelmente diferentes ou estranhos em relação aos seus próprios constituintes. Em várias modalidades dos métodos, a ativação do complemento que é inibida é aquela que foi ativada em pelo menos um do grupo que consiste em um antígeno microbiano, uma superfícies estranha não biológica, próprio tecido alterado, ou combinações dos mesmos. Um exemplo de uma superfície estranha não biológica é tubo de sangue, tal como aquele usado em cirurgia com circulação extracorpórea ou diálise renal. Exemplos de tecidos próprios alterados incluem tecidos e células apoptóticas, necróticas e estressadas por isquemia, ou combinações dos mesmos.
[00130] Em algumas modalidades, os anticorpos anti-C5 da invenção inibem os efeitos de ativação à jusante da via alternativa do complemento (AP), a via clássica (CP), ou a via da lectina (LP). Geralmente, a CP é iniciada por complexos antígeno-anticorpo, a LP é ativada pela ligação de lectinas às moléculas de açúcar nas superfícies microbianas, enquanto a AP é constitutivamente ativa em um baixo nível, mas pode ser rapidamente
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41/118 amplificada nas superfícies bacterianas, virais e de células parasitas devido a carência de proteínas reguladoras. As células hospedeiras são em geral protegidas da ativação da AP do complemento por proteínas reguladoras. Mas, em algumas situações, tal como quando as proteínas reguladoras são deficientes ou ausentes, a AP também pode ser ativada de maneira incontrolável em células hospedeiras, levando à doença mediada pelo complemento ou distúrbio. A CP consiste em componentes Cl, C2, C4 e converge com o AP na etapa de ativação de C3 etapa. A LP consiste em lectinas de ligação à manose (MBLs) e senna proteases associadas à MBL (Masps), e compartilha com a CP os componentes C4 e C2. A AP consiste em componentes C3 e vários fatores, tais como fator B, fator D, properdina, C5 e o fator H regulador de fase fluida. A ativação do complemento consiste em três estágios: (a) reconhecimento, (b) ativação enzimática e (c) ataque à membrana levando à morte da célula. A primeira fase de ativação de CP do complemento começa com Cl. Cl é constituído de três proteínas distintas: uma subunidade de reconhecimento, Clq, e os subcomponentes de serina protease, Clr e Cls, que são ligados juntos em um complexo tetramérico dependente de cálcio, Clr2 s2. Um complexo Cl intacto é necessário para a ativação fisiológica de Cl ocorrer. A ativação ocorre quando o complexo Cl intato se liga à imunoglobulina complexada com antígeno. Esta ligação ativa Cls, que por sua vez cliva ambas as proteínas C4 e C2 para gerar C4a e C4b, bem como C2a e C2b. Os fragmentos C4b e C2a combinam para formar a C3 convertase, C4b2a, que por sua vez cliva C3 para formar C3a e C3b. A ativação da LP é iniciada ligando MBL a certos açúcares na superfície alvo, e isto desencadeia a ativação de serina proteases associadas à MBL (MASPs), que então cliva C4 e C2 de uma maneira análoga à atividade de Cls da CP, resultando na geração da C3 convertase, C4b2a. Assim, a CP e LP são ativadas por mecanismos diferentes, mas compartilham os mesmos componentes C4 e C2, e ambas as vias levam à geração da mesma C3
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42/118 convertase, C4b2a. A divagem de C3 por C4b2a em C3b e C3a é um evento central da via do complemento por duas razões. Inicia a alça de amplificação de AP em decorrência de C3b depositado na superfície ser um intermediário central da AP. Tanto C3a quanto C3b são biologicamente importantes. C3a é pro-inflamatório e junto com C5a são referidos como as anafilatoxinas. C3b e seus produtos de clivagem adicionais também se ligam aos receptores do complemento presentes em neutrófilos, eosinófilos, monócitos e macrófagos, facilitando assim a fagocitose e depuração de partículas opsonizadas por C3b. Finalmente, C3b pode se associar com C4b2a para formar a C5 convertase da CP e LP para ativar a sequência terminal do complemento, levando à produção de C5a, um potente mediador pro-inflamatório, e à montagem do complexo lítico de ataque à membrana (MAC), C5-C9.
[00131] Em uma modalidade, a atividade da via do complemento que é inibida usando um método da invenção é ativação da via do complemento induzida por pelo menos um do grupo selecionado a partir de um lipopolissacarídeo (LPS), lipo-oligossacarídeo (LOS), padrões moleculares associados ao patógeno (PAMPs) e padrões moleculares associados aos danos (DAMPs). Em uma outra modalidade, a atividade de sinalização do complemento que é inibida usando um método da invenção é a geração de proteína C5a. Em uma outra modalidade, a atividade de sinalização do complemento que é inibida usando um método da invenção é a geração de proteína C5b. Em uma outra modalidade, a atividade de sinalização do complemento que é inibida usando um método da invenção é a formação de MAC. Em uma outra modalidade, a atividade da via do complemento que é inibida usando um método da invenção é dependente de C5.
[00132] Em uma modalidade, a invenção é um método para inibir o início da ativação do complemento terminal em um indivíduo, compreendendo a etapa de administrar ao dito indivíduo um anticorpo antiC5, inibindo por meio disso o início da ativação do complemento terminal
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43/118 que se origina a partir da ativação de CP, LP ou AP em um indivíduo. Exemplos destas modalidades são pacientes PNH que sofrem de hemólise mediada pelo complemento e indivíduos que sofre de SHUa mediada pelo complemento, asma, lesão isquêmica/por reperfusão, artrite reumatoide e doenças renais mediadas por ANCA. Em várias modalidades da invenção, doenças e distúrbios que podem ser tratados usando as composições e métodos da invenção incluem, mas sem limitação, hemólise mediada pelo complemento, SHUa mediada pelo complemento, glomerulopatia de C3, neuromielite ótica, miastenia grave, asma, lesão isquêmica/por reperfusão, artrite reumatoide e doenças renais mediadas por ANCA ou distúrbios.
[00133] Em várias outras modalidades, são aqui providos métodos para identificar um potencial anticorpo anti-C5 com efeitos inibitórios na sinalização do complemento. Um método como este inclui as etapas de : a) revestir uma placa com lipopolissacarídeo (LPS); b) lavar a placa para remover LPS não ligado; c) adicionar albumina sérica bovina (BSA) em salina tamponada com fosfato (PBS); d) lavar a placa para remover BSA não ligada; e) adicionar uma mistura de um composto de anticorpo anti-C5 candidate que foi pré-incubado com soro, e é misturada em soro humano normal; f) lavar a placa; g) adicionar um anticorpo C3 anti-humano conjugado com HRP; h) lavar a placa para remover anticorpo não ligado; i) adicionar reagente do substrato HRP; j) adicionar ácido sulfúrico para parar a reação; k) avaliar a densidade ótica em 450 nm; 1) comparar a densidade ótica da placa contendo o composto de anticorpo anti-C5 candidato com a densidade ótica de um controle comparador positivo e um controle comparador negativo; em que quando a densidade ótica é diminuída, da maneira comparada com o controle comparador positivo, o anticorpo anti-C5 é identificado.
Anticorpos anti-C5 [00134] Em algumas modalidades, a invenção inclui composições compreendendo um anticorpo que se liga especificamente à C5. Em uma
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44/118 modalidade, o anticorpo anti-C5 é um anticorpo policlonal. Em uma outra modalidade, o anticorpo anti-C5 é um anticorpo monoclonal. Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 é um anticorpo quimérico. Em modalidades adicionais, o anticorpo anti-C5 é um anticorpo humanizado. Em algumas modalidades, o anticorpo é um fragmento de anticorpo. Em algumas modalidades, a C5 é C5 de humano.
[00135] Em algumas modalidades, a ligação do anticorpo ou do fragmento do anticorpo à C5 de humano está associada a uma redução na geração de C5a ou C5b, e a formação de MAC na via de ativação do complemento em um organismo intacto. Em algumas modalidades, a invenção é uma proteína ou um polipeptídeo capaz de se ligar à C5 de humano. Em algumas modalidades, o anticorpo ou fragmento de anticorpo; a proteína ou o polipeptídeo se liga a uma porção ou fração relevante, ou epítopo de C5 de humano; e a ligação do anticorpo, ou do fragmento de anticorpo do mesmo, ou da proteína ou do polipeptídeo à porção relevante da C5 de humano está associada a uma redução na geração de C5a ou C5b e à formação de MAC em um organismo intacto.
[00136] Em algumas modalidades, o anticorpo de ligação à C5 de humano ou um fragmento de anticorpo de ligação à C5 do mesmo é adicionalmente conjugado a uma proteína, um peptídeo ou um outro composto. Em algumas modalidades, o anticorpo de ligação à C5 de humano, ou um fragmento de anticorpo do mesmo, é conjugado a uma proteína, um peptídeo ou outro composto. Em algumas modalidades, a proteína, peptídeo ou outro composto, no qual o anticorpo de ligação à C5 de humano ou fragmento de anticorpo do mesmo é conjugado, é uma fração de direcionamento (isto é, a fração de direcionamento se liga especificamente a uma molécula sem ser C5 de humano). Em algumas modalidades, a proteína, peptídeo, ou outro composto no qual o anticorpo de ligação à C5 de humano ou fragmento de anticorpo do mesmo é conjugado é uma molécula efetora
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45/118 (por exemplo, uma molécula citotóxica).
[00137] Em uma modalidade, o anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende pelo menos uma das CDRs selecionadas do grupo que consiste em: VH-CDR1: SEQ ID NO:3; VHCDR2: SEQ ID NO:4; VH-CDR3: SEQ ID NO:5; VL-CDR1: SEQ ID NO:8; VL-CDR2: SEQ ID NO:9; e VL-CDR3: SEQ ID NO: 10, ou uma variação ou variações das mesmas. Em uma outra modalidade, o anticorpo anti-C5 compreende todas as CDRs do grupo que consiste em: VH-CDR1: SEQ ID NO:3; VH-CDR2: SEQ ID NO:4; VH-CDR3: SEQ ID NO:5; VL-CDR1: SEQ ID NO:8; VL-CDR2: SEQ ID NO:9; e VL-CDR3: SEQ ID NO: 10, ou uma variação ou variações das mesmas.
[00138] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:3 ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VL-CDR1: SEQ ID NO:8, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido. Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VHCDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:3; e VLCDR1: SEQ ID NO:8.
[00139] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:4, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VL-CDR2: SEQ ID NO:9, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido. Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VHPetição 870190104600, de 16/10/2019, pág. 52/167
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CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:4; e VLCDR2: SEQ ID NO:9.
[00140] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:5, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VL-CDR3: SEQ ID NO: 10, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido. Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:5; e VL-CDR3: SEQ ID NO: 10.
[00141] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:3, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VH-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:4, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VH-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:5, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VLCDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:8, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VL-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:9, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VL-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 10, ou uma
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47/118 variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1,2, ou 3) substituições de aminoácido.
[00142] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:3, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VH-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:4, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1,2, ou 3) substituições de aminoácido; VH-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:5; VL-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:8, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1,2, ou 3) substituições de aminoácido; VL-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:9, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VL-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 10.
[00143] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:3; VH-CDR2 compreendendoa sequência de aminoácido de SEQ ID NO:4; VH-CDR3 compreendendoa sequência de aminoácido de SEQ ID NO:5; VL-CDR1 compreendendoa sequência de aminoácido de SEQ ID NO:8; VL-CDR2 compreendendoa sequência de aminoácido de SEQ ID NO:9; e VL-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 10.
[00144] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:2, ou uma variação da mesma. Em outras modalidades, o anticorpo anti-C5 compreende
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48/118 uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:7, ou uma variação da mesma. Em uma outra modalidade, o anticorpo anti-C5 é mAb 2G1, ou uma variação da mesma. O anticorpo monoclonal mAb anti-C5 2G1 compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:2 e uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:7. Em algumas modalidades, o anticorpo monoclonal anti-C5 é humanizado. Em algumas modalidades o anticorpo monoclonal anti-C5 é um anticorpo quimérico.
[00145] Em uma modalidade, o anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende pelo menos uma das CDRs selecionadas do grupo que consiste em: VH-CDR1: SEQ ID NO: 13; VHCDR2: SEQ ID NO: 14; VH-CDR3: SEQ ID NO: 15, VL-CDR1: SEQ ID NO: 18; VL-CDR2: SEQ ID NO: 19; e VL-CDR3: SEQ ID NO:20, ou uma variação ou variações das mesmas. Em uma outra modalidade, o anticorpo anti-C5 compreende todas as CDRs do grupo que consiste em: VH-CDR1: SEQ ID NO: 13; VH-CDR2: SEQ ID NO: 14; VH-CDR3: SEQ ID NO: 15, VL-CDR1: SEQ ID NO: 18; VL-CDR2: SEQ ID NO: 19; e VL-CDR3: SEQ ID NO:20, ou uma variação ou variações das mesmas.
[00146] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 13 ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VL-CDR1: SEQ ID NO: 18, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido. Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:13;e VL-CDR1: SEQ ID NO: 18.
[00147] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento
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49/118 de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 14, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VL-CDR2: SEQ ID NO: 19, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido. Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 14; e VL-CDR2: SEQ ID NO: 19.
[00148] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 15, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VL-CDR3: SEQ ID NO:20, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido. Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 15; e VL-CDR3: SEQ ID NO:20.
[00149] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 13, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VH-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 14, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VH-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 15, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VLPetição 870190104600, de 16/10/2019, pág. 56/167
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CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 18, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VL-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 19, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VL-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:20, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1,2, ou 3) substituições de aminoácido.
[00150] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 13, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VH-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 14, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1,2, ou 3) substituições de aminoácido; VH-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 15; VL-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 18, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1,2, ou 3) substituições de aminoácido; VL-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 19, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VL-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:20.
[00151] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 13; VH-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 14; VH-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 15; VL-CDR1 compreendendo a
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51/118 sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 18; VL-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 19; e VL-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:20.
[00152] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 12, ou uma variação da mesma. Em outras modalidades, o anticorpo antiC5 compreende uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 17, ou uma variação da mesma. Em uma outra modalidade, o anticorpo anti-C5 é mAb 8E1, ou uma variação da mesma. O anticorpo monoclonal mAb anti-C5 8E1 compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 12 e uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 17. Em algumas modalidades, o anticorpo monoclonal anti-C5 é humanizado. Em algumas modalidades o anticorpo monoclonal anti-C5 é um anticorpo quimérico.
[00153] Em uma modalidade, o anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende pelo menos uma das CDRs selecionadas do grupo que consiste em: VH-CDR1: SEQ ID NO:23; VHCDR2: SEQ ID NO:24; VH-CDR3: SEQ ID NO:25, VL-CDR1: SEQ ID NO:28; e VL-CDR3: SEQ ID NO:29, ou uma variação ou variações das mesmas. Em uma outra modalidade, o anticorpo anti-C5 compreende todas as CDRs do grupo que consiste em: VH-CDR1: SEQ ID NO:23; VH-CDR2: SEQ ID NO:24; VH-CDR3: SEQ ID NO:25; VL-CDR1: SEQ ID NO:28; e VL-CDR3: SEQ ID NO:29, ou uma variação ou variações das mesmas.
[00154] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:23 ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VL-CDR1: SEQ ID NO:28, ou uma variação
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52/118 da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido. Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:23; e VL-CDR1: SEQ ID NO:28.
[00155] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:24, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VL-CDR2: SEQ ID NO:29, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido. Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:24; e VL-CDR2: SEQ ID NO:29.
[00156] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:25, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido. Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:25.
[00157] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:23, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VH-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:24, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de
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53/118 aminoácido; VH-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO :25, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VLCDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:28, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VL-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:29, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1,2, ou 3) substituições de aminoácido.
[00158] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:23, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VH-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:24, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1,2, ou 3) substituições de aminoácido; VH-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 15; VL-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO :28, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VLCDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:29, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1,2, ou 3) substituições de aminoácido.
[00159] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendoa sequência de aminoácido de SEQ ID NO:23; VH-CDR2 compreendendoa sequência de aminoácido de SEQ ID NO:24; VH-CDR3 compreendendoa sequência de aminoácido de SEQ ID NO:25; VL-CDR1 compreendendoa sequência de aminoácido de SEQ ID NO:28; e VL-CDR2 compreendendo a
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54/118 sequência de aminoácido de SEQ ID NO:29.
[00160] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:22, ou uma variação da mesma. Em outras modalidades, o anticorpo anti-C5 compreende uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO :27, ou uma variação da mesma. Em uma outra modalidade, o anticorpo anti-C5 é mAb 4E7, ou uma variação da mesma. O anticorpo monoclonal mAb anti-C5 4E7 compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:22 e uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:27. Em algumas modalidades, o anticorpo monoclonal anti-C5 é humanizado. Em algumas modalidades o anticorpo monoclonal anti-C5 é um anticorpo quimérico.
[00161] Em uma modalidade, o anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende pelo menos uma das CDRs selecionadas do grupo que consiste em: VH-CDR1: SEQ ID NO:32; VHCDR2: SEQ ID NO:33; VH-CDR3: SEQ ID NO:34; VL-CDR1: SEQ ID NO:37; VL-CDR2: SEQ ID NO:38; e VL-CDR3: SEQ ID NO:39, ou uma variação ou variações das mesmas. Em uma outra modalidade, o anticorpo anti-C5 compreende todas as CDRs do grupo que consiste em VH-CDR1: SEQ ID NO:32; VH-CDR2: SEQ ID NO:33; VH-CDR3: SEQ ID NO:34; VL-CDR1: SEQ ID NO:37; VL-CDR2: SEQ ID NO:38; e VL-CDR3: SEQ ID NO:39, ou uma variação ou variações das mesmas.
[00162] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:32 ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VL-CDR1: SEQ ID NO:37, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de
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1, 2, ou 3) substituições de aminoácido. Em algumas modalidades, ο anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:32; e VL-CDR1: SEQ ID NO:37.
[00163] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:33, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VL-CDR2: SEQ ID NO:38, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido. Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:33; e VL-CDR2: SEQ ID NO:38.
[00164] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:34, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VL-CDR3: SEQ ID NO:39, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido. Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:34; e VL-CDR3: SEQ ID NO:39.
[00165] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:32, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VH-CDR2 compreendendo a sequência de
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56/118 aminoácido de SEQ ID NO:33, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1,2, ou 3) substituições de aminoácido; VH-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:34, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VLCDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:37, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VL-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:38, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VL-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 39, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1,2, ou 3) substituições de aminoácido.
[00166] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:32, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VH-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:33, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VH-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:34; VL-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:37, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1,2, ou 3) substituições de aminoácido; VL-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:38, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VL-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:39.
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57/118 [00167] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:32; VH-CDR2 compreendendoa sequência de aminoácido de SEQ ID NO:33; VH-CDR3 compreendendoa sequência de aminoácido de SEQ ID NO:34; VL-CDR1 compreendendoa sequência de aminoácido de SEQ ID NO:37; VL-CDR2 compreendendoa sequência de aminoácido de SEQ ID NO:38; e VL-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:39.
[00168] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:31, ou uma variação da mesma. Em outras modalidades, o anticorpo anti-C5 compreende uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:36, ou uma variação da mesma. Em uma outra modalidade, o anticorpo anti-C5 é mAb 9G6, ou uma variação da mesma. O anticorpo monoclonal mAb anti-C5 9G6 compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:31 e uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:36. Em algumas modalidades, o anticorpo monoclonal anti-C5 é humanizado. Em algumas modalidades o anticorpo monoclonal anti-C5 é um anticorpo quimérico.
[00169] Em uma modalidade, o anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende pelo menos uma das CDRs selecionadas do grupo que consiste em: VH-CDR1: SEQ ID NO: 42; VHCDR2: SEQ ID NO:43; VH-CDR3: SEQ ID NO:44; VL-CDR1: SEQ ID NO:47; VL-CDR2: SEQ ID NO:48; e VL-CDR3: SEQ ID NO:49, ou uma variação ou variações das mesmas. Em uma outra modalidade, o anticorpo anti-C5 compreende todas as CDRs do grupo que consiste em: VH-CDR1: SEQ ID NO:42; VH-CDR2: SEQ ID NO:43; VH-CDR3: SEQ ID NO:44;
VL-CDR1: SEQ ID NO:47; VL-CDR2: SEQ ID NO:48; e VL-CDR3: SEQ
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ID NO:49, ou uma variação ou variações das mesmas.
[00170] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:42 ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VL-CDR1: SEQ ID NO:47, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido. Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:42; e VL-CDR1: SEQ ID NO:47.
[00171] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:43, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VL-CDR2: SEQ ID NO:48, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido. Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:43; e VL-CDR2: SEQ ID NO:48.
[00172] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:44, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VL-CDR3: SEQ ID NO:49, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido. Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo
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59/118 compreende: VH-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:44; e VL-CDR3: SEQ ID NO:49.
[00173] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:42, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VH-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO :43, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1,2, ou 3) substituições de aminoácido; VH-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:44, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VLCDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:47, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VL-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:48, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VL-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:49, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1,2, ou 3) substituições de aminoácido.
[00174] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:42, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VH-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO :43, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VH-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ
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ID NO:44; VL-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO :47, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1,2, ou 3) substituições de aminoácido; VL-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:48, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VL-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:49.
[00175] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:42; VH-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:43; VH-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:44; VL-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:47; VL-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:48; e VL-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:49.
[00176] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 41, ou uma variação da mesma. Em outras modalidades, o anticorpo anti-C5 compreende uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:46, ou uma variação da mesma. Em uma outra modalidade, o anticorpo anti-C5 é mAb 11C5, ou uma variação da mesma. O anticorpo monoclonal anti-C5 denominado mAb 11C5 compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:41 e uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:46. Em algumas modalidades, o anticorpo monoclonal anti-C5 é humanizado. Em algumas modalidades o anticorpo monoclonal anti-C5 é um anticorpo quimérico.
[00177] Em uma modalidade, o anticorpo anti-C5 ou um fragmento de
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61/118 ligação ao antígeno do mesmo compreende pelo menos uma das CDRs selecionadas do grupo que consiste em: VH-CDR1: SEQ ID NO:52; VHCDR2: SEQ ID NO:53; VH-CDR3: SEQ ID NO:54; VL-CDR1: SEQ ID NO:57; VL-CDR2: SEQ ID NO:58; e VL-CDR3: SEQ ID NO:59, ou uma variação ou variações das mesmas. Em uma outra modalidade, o anticorpo anti-C5 compreende todas as CDRs do grupo que consiste em: VH-CDR1: SEQ ID NO:52; VH-CDR2: SEQ ID NO:53; VH-CDR3: SEQ ID NO:54; VL-CDR1: SEQ ID NO:57; VL-CDR2: SEQ ID NO:58; e VL-CDR3: SEQ ID NO:59, ou uma variação ou variações das mesmas.
[00178] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:52 ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VL-CDR1: SEQ ID NO:57, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido. Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:52; e VL-CDR1: SEQ ID NO:57.
[00179] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:53, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VL-CDR2: SEQ ID NO:58, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido. Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:53; e VL-CDR2: SEQ ID NO:58.
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62/118 [00180] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:54, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VL-CDR3: SEQ ID NO:59, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido. Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:54; e VL-CDR3: SEQ ID NO:59.
[00181] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:52, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VH-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:53, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VH-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:54, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VLCDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:57, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VL-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:58, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VL-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:59, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1,2, ou 3) substituições de aminoácido.
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63/118 [00182] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:52, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VH-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:53, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1,2, ou 3) substituições de aminoácido; VH-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:54; VL-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:57, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1,2, ou 3) substituições de aminoácido; VL-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:58, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VL-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:59.
[00183] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:52; VH-CDR2 compreendendoa sequência de aminoácido de SEQ ID NO:53; VH-CDR3 compreendendoa sequência de aminoácido de SEQ ID NO:54; VL-CDR1 compreendendoa sequência de aminoácido de SEQ ID NO:57; VL-CDR2 compreendendoa sequência de aminoácido de SEQ ID NO:58; e VL-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:59.
[00184] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:51, ou uma variação da mesma. Em outras modalidades, o anticorpo anti-C5 compreende uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID
NO:56, ou uma variação da mesma. Em uma outra modalidade, o anticorpo
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64/118 anti-C5 é mAb 11D9, ou uma variação da mesma. O anticorpo monoclonal anti-C5 denominado mAb 11D9 compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:51 e uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:56. Em algumas modalidades, o anticorpo monoclonal anti-C5 é humanizado. Em algumas modalidades o anticorpo monoclonal anti-C5 é um anticorpo quimérico.
[00185] Em uma modalidade, o anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende pelo menos uma das CDRs selecionadas do grupo que consiste em: VH-CDR1: SEQ ID NO:64; VHCDR2: SEQ ID NO:65; VH-CDR3: SEQ ID NO:66; VL-CDR1: SEQ ID NO:74; VL-CDR2: SEQ ID NO:75; e VL-CDR3: SEQ ID NO:76, ou uma variação ou variações das mesmas. Em uma outra modalidade, o anticorpo anti-C5 compreende todas as CDRs do grupo que consiste em: VH-CDR1: SEQ ID NO:64; VH-CDR2: SEQ ID NO:65; VH-CDR3: SEQ ID NO:66; VL-CDR1: SEQ ID NO:74; VL-CDR2: SEQ ID NO:75; e VL-CDR3: SEQ ID NO:76, ou uma variação ou variações das mesmas.
[00186] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:64 ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VL-CDR1: SEQ ID NO:74, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido. Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:64; e VL-CDR1: SEQ ID NO:74.
[00187] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR2 compreendendo a
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65/118 sequência de aminoácido de SEQ ID NO:65, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VL-CDR2: SEQ ID NO:75, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido. Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:65; e VL-CDR2: SEQ ID NO:75.
[00188] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:66, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VL-CDR3: SEQ ID NO:76, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido. Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:66; e VL-CDR3: SEQ ID NO:76.
[00189] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:64, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VH-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO :65, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VH-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO :66, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VLCDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:74, ou uma
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66/118 variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VL-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:75, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VL-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:76, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1,2, ou 3) substituições de aminoácido.
[00190] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:64, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VH-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO :65, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1,2, ou 3) substituições de aminoácido; VH-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:66; VL-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:74, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1,2, ou 3) substituições de aminoácido; VL-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:75, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VL-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:76.
[00191] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:64; VH-CDR2 compreendendoa sequência de aminoácido de SEQ ID NO:65; VH-CDR3 compreendendoa sequência de aminoácido de SEQ ID NO:66; VL-CDR1 compreendendoa sequência de aminoácido de SEQ ID NO:74; VL-CDR2 compreendendoa
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67/118 sequência de aminoácido de SEQ ID NO:75; e VL-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:76.
[00192] Em uma modalidade, o anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende pelo menos uma das CDRs selecionadas do grupo que consiste em: VH-CDR1: SEQ ID NO:69; VHCDR2: SEQ ID NO:70; VH-CDR3: SEQ ID NO:71; VL-CDR1: SEQ ID NO:74; VL-CDR2: SEQ ID NO:75; e VL-CDR3: SEQ ID NO:76, ou uma variação ou variações das mesmas. Em uma outra modalidade, o anticorpo anti-C5 compreende todas as CDRs do grupo que consiste em: VH-CDR1: SEQ ID NO:69; VH-CDR2: SEQ ID NO:70; VH-CDR3: SEQ ID NO:71; VL-CDR1: SEQ ID NO:74; VL-CDR2: SEQ ID NO:75; e VL-CDR3: SEQ ID NO:76, ou uma variação ou variações das mesmas.
[00193] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:69 ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VL-CDR1: SEQ ID NO:74, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido. Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:69; e VL-CDR1: SEQ ID NO:74.
[00194] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:70, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VL-CDR2: SEQ ID NO:75, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido. Em algumas modalidades, o
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68/118 anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:70; e VL-CDR2: SEQ ID NO:75.
[00195] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:71, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VL-CDR3: SEQ ID NO:76, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido. Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:71; e VL-CDR3: SEQ ID NO:76.
[00196] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:69, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VH-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:70, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VH-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:71, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VLCDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:74, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VL-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:75, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VL-CDR3
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69/118 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:76, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1,2, ou 3) substituições de aminoácido.
[00197] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:69, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; VH-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:70, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1,2, ou 3) substituições de aminoácido; VH-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:71; VL-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:74, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1,2, ou 3) substituições de aminoácido; VL-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:75, ou uma variação da mesma que compreende até cerca de 3 (tal como cerca de qualquer uma de 1, 2, ou 3) substituições de aminoácido; e VL-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:76.
[00198] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende: VH-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:69; VH-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:70; VH-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:71; VL-CDR1 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:74; VL-CDR2 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:75; e VL-CDR3 compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:76.
[00199] Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:68, ou uma
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70/118 variação da mesma. Em outras modalidades, o anticorpo anti-C5 compreende uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:73, ou uma variação da mesma. Em uma outra modalidade, o anticorpo anti-C5 é mAb 2G1, ou uma variação da mesma. O anticorpo monoclonal mAb anti-C5 2G1 compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:68 e uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:73. Em algumas modalidades, o anticorpo monoclonal anti-C5 é humanizado. Em algumas modalidades o anticorpo monoclonal anti-C5 é um anticorpo quimérico. Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 ou um fragmento de ligação ao antígeno do mesmo compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:63, ou uma variação da mesma. Em outras modalidades, o anticorpo anti-C5 compreende uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:73, ou uma variação da mesma. Em uma outra modalidade, o anticorpo anti-C5 é mAb 2G1, ou uma variação da mesma. O anticorpo monoclonal mAb anti-C5 2G1 compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:63 e uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:73. Em algumas modalidades, o anticorpo monoclonal anti-C5 é humanizado. Em algumas modalidades o anticorpo monoclonal anti-C5 é um anticorpo quimérico.
[00200] Em algumas modalidades os anticorpos são anticorpos quiméricos. Em algumas modalidades, o anticorpo C5 anti-humano pode compreender regiões constantes de cadeia leve de humano e de cadeia pesada de humano em combinação com as sequências CDR de região variável descritas na especificação anterior. Os versados na técnica são capazes de preparar e obter um anticorpo quimérico usando técnicas conhecidas de trocar domínios relevantes de anticorpos específicos de interesse. Um anticorpo como este é facilmente preparado enxertando domínios de anticorpo
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71/ 118 heterogêneo, incorporando uma ou mais sequências CDR descritas neste pedido. Usando tecnologia recombinante conhecida, é possível obter e preparar um anticorpo recombinante que compreende regiões constantes de cadeia pesada e leve, codificadas pelas sequências de ácido nucleico de regiões constantes de cadeia pesada e leve de humano; e as regiões variáveis de cadeia pesada e leve compreendendo CDRs codificadas pelas sequências de ácido nucleico que correspondem às sequências de CDR apresentadas na descrição. Os versados na técnica podem preparar um anticorpo C5 antihumano compreendendo uma ou mais sequências de CDR descritas nesta descrição, em que porções da cadeia leve sozinha ou porções da cadeia pesada sozinha são substituídas por regiões de um anticorpo que pertencem a uma outra espécie tal como, por exemplo, humano. Um anticorpo anti-humano C5 de humano compreendendo regiões variáveis com uma ou mais sequências de CDR selecionadas a partir de SEQ ID NOs: 3-5, 8-10, 13-15, 18-20, 23-25, 28-29, 32-34, 37-39, 42-44, 47-49, 52-54 e 57-59, ou uma variação ou variações das mesmas, em combinação com elementos estruturais de anticorpo de murino ou não murino, fora das regiões de CDR, pode ser preparado por métodos de rotina conhecidos na técnica. Em algumas modalidades, os anticorpos ou fragmentos de anticorpo são humanizados adicionalmente usando técnicas conhecidas na tecnologia.
[00201] Em várias modalidades, quaisquer dos anticorpos da invenção aqui descritos, com quaisquer das regiões variáveis aqui descritas, podem compreender uma cadeia pesada constante de IgG4 de humano. SEQ ID NO: 104 é um exemplo de sequência de aminoácido de uma cadeia pesada constante de IgG4 de humano. Em algumas modalidades, o anticorpo da invenção compreende uma cadeia pesada constante de IgG4 de humano com uma mutação S228P. SEQ ID NO: 60 é um exemplo da sequência de aminoácido de uma cadeia pesada constante de IgG4 de humano com uma mutação S228P.
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72/118 [00202] Em algumas modalidades o anticorpo anti-C5 compreende um anticorpo com pelo menos cerca de 85 % (tal como pelo menos cerca de qualquer de 85 %, 86 %, 87 %, 88 %, 89 %, 90 %, 91 %, 92 %, 93 %, 94 %, 95 %, 96 %, 97 %, 98 %, 99 %, ou 100 %) de identidade de aminoácido com a sequência CDR aqui descrita, listada em SEQ ID NOs 3-5, 8-10, 13-15, 1820, 23-25, 28-29, 32-34, 37-39, 42-44, 47-49, 52-54 e 57-59.
[00203] Em uma modalidade, a presente descrição inclui um anticorpo anti-C5 com sequências de CDR de pelo menos cerca de 85 % (tal como pelo menos cerca de qualquer de 85 %, 86 %, 87 %, 88 %, 89 %, 90 %, 91 %, 92 %, 93 %, 94 %, 95 %, 96 %, 97 %, 98 %, 99 %, ou 100 %) de identidade com as sequências de CDR descritas anteriormente. Em uma modalidade, o anticorpo contra C5 de humano apresenta uma região variável de cadeia pesada (vH) e uma região variável de cadeia leve (vL), em que a região vH apresenta uma sequência de aminoácido que é mais de cerca de 90 % (tal como mais de cerca de qualquer de 90 %, 91 %, 92 %, 93 %, 94 %, 95 %, 96 %, 97 %, 98 %, 99 %, ou 100 %) idêntica àquela selecionada a partir de SEQ ID NOs 2, 12, 22, 31, 41, 51, 63, e 68, e em que a região vL apresenta uma sequência de aminoácido que é mais de cerca de 90 % (tal como mais de cerca de qualquer de 90 %, 91 %, 92 %, 93 %, 94 %, 95 %, 96 %, 97 %, 98 %, 99 %, ou 100 %) idêntica àquela selecionada a partir de SEQ ID NOs 7, 17, 27, 36, 46, 56 e 73.
[00204] Em algumas modalidades o anticorpo ou o fragmento de anticorpo é modificado. Em algumas modalidades, as modificações incluem fusão do anticorpo ou o fragmento de ligação ao antígeno do mesmo com porções de uma outra proteína, ou um fragmento de proteína. Em algumas modalidades, o anticorpo ou o fragmento de anticorpo do mesmo da invenção é modificado para aumentar a meia vida circulante do mesmo in vivo. Por exemplo, o anticorpo do fragmento pode ser fundido a uma molécula FcRn, que também é conhecida como receptor Fc neonatal para estabilizar o
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73/118 anticorpo in vivo. (Nature Reviews Immunology 7:715-725). Em algumas modalidades, o anticorpo ou fragmento de ligação ao antígeno do mesmo é conjugado (por exemplo, fundido) com uma molécula efetora, e/ou uma outra fração de direcionamento (tal como um anticorpo ou fragmento de anticorpo que reconhece uma molécula diferente, antígeno diferente ou um epítopo diferente).
[00205] Os versados na técnica serão capazes de preparar C5 de humano que se liga ao fragmento variável de cadeia simples (scFv), compreendendo pelo menos uma sequência de CDR específica selecionada a partir de SEQ ID NOs 3-5, 8-10, 13-15, 18-20, 23-25, 28-29, 32-34, 37-39, 42-44, 47-49, 52-54 e 57-59, ou uma variação ou variações das mesmas. Um scFv pode compreender sequências de região variável de cadeia pesada determinadas em SEQ ID NOs 3-5, ou uma variação ou variações das mesmas, e regiões variáveis de cadeia leve determinadas em SEQ ID NOs 810, ou uma variação ou variações das mesmas. Um scFv pode compreender sequências de região variável de cadeia pesada determinadas em SEQ ID NOs 13-15, ou uma variação ou variações das mesmas, e regiões variáveis de cadeia leve determinadas em SEQ ID NOs 18-20, ou uma variação ou variações das mesmas. Um scFv pode compreender sequências de região variável de cadeia pesada determinadas em SEQ ID NOs 23-25, ou uma variação ou variações das mesmas, e regiões variáveis de cadeia leve determinadas em SEQ ID NOs 28-29, ou uma variação ou variações das mesmas. Um scFv pode compreender sequências de região variável de cadeia pesada determinadas em SEQ ID NOs 32-34, ou uma variação ou variações das mesmas, e regiões variáveis de cadeia leve determinadas em SEQ ID NOs 37-39, ou uma variação ou variações das mesmas. Um scFv pode compreender sequências de região variável de cadeia pesada determinadas em SEQ ID NOs 42-44, ou uma variação ou variações das mesmas, e regiões variáveis de cadeia leve determinadas em SEQ ID NOs 47-49, ou uma
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74/118 variação ou variações das mesmas. Um scFv pode compreender sequências de região variável de cadeia pesada determinadas em SEQ ID NOs 52-54, ou uma variação ou variações das mesmas, e regiões variáveis de cadeia leve determinadas em SEQ ID NOs 57-59, ou uma variação ou variações das mesmas. Sequências de CDR incorporadas no scFv com identidade de sequência de aminoácido de pelo menos cerca de 85 % 86 %, 87 %, 88 %, 89 %, 90 %, 91 %, 92 %, 93 %, 94 %, 95 %, 96 %, 97 %, 98 %, ou 99 % com as sequências de CDR descritas na presente descrição são incluídas no escopo da presente descrição.
[00206] Em algumas modalidades, o anticorpo isolado se liga a C5 de humano, em que o anticorpo se liga a um epítopo de C5 de humano. Em algumas modalidades, o anticorpo C5 de humano da invenção é aquele que se liga a um epítopo específico de C5 de humano. Em algumas modalidades, o epítopo inclui pelo menos um aminoácido na α-cadeia de C5. Em algumas modalidades, o epítopo inclui pelo menos um aminoácido na β-cadeia de C5.
[00207] Em algumas modalidades, o epítopo inclui pelo menos um aminoácido no domínio MG7 da α-cadeia de C5. Em algumas modalidades, o epítopo inclui pelo menos um aminoácido no domínio CUB da α-cadeia de C5. Em algumas modalidades, o epítopo inclui pelo menos um aminoácido no domínio C5d da α-cadeia de C5. Em algumas modalidades, o epítopo inclui pelo menos um aminoácido no domínio MG8 da α-cadeia de C5. Em algumas modalidades, o epítopo inclui pelo menos um aminoácido no domínio C345C da α-cadeia de C5.
[00208] Em algumas modalidades, o epítopo inclui pelo menos um aminoácido no domínio MG1 da β-cadeia de C5. Em algumas modalidades, o epítopo inclui pelo menos um aminoácido no domínio MG2 da β-cadeia de C5. Em algumas modalidades, o epítopo inclui pelo menos um aminoácido no domínio MG3 da β-cadeia de C5. Em algumas modalidades, o epítopo inclui pelo menos um aminoácido no domínio MG4 da β-cadeia de C5. Em algumas
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75/118 modalidades, o epítopo inclui pelo menos um aminoácido no domínio MG5 da β-cadeia de C5. Em algumas modalidades, o epítopo inclui pelo menos um aminoácido no domínio MG6 da β-cadeia de C5.
[00209] Em algumas modalidades, o anticorpo, ou porção de ligação do mesmo, se liga a pelo menos um aminoácido no domínio MG7 da a-cadeia de C5. Em algumas modalidades, o anticorpo, ou porção de ligação do mesmo, se liga a pelo menos um aminoácido no domínio CUB da α-cadeia de C5. Em algumas modalidades, o anticorpo, ou porção de ligação do mesmo, se liga a pelo menos um aminoácido no domínio C5d da α-cadeia de C5. Em algumas modalidades, o anticorpo, ou porção de ligação do mesmo, se liga a pelo menos um aminoácido no domínio MG8 da α-cadeia de C5. Em algumas modalidades, o anticorpo, ou porção de ligação do mesmo, se liga a pelo menos um aminoácido no domínio C345C da α-cadeia de C5.
[00210] Em algumas modalidades, o anticorpo, ou porção de ligação do mesmo, se liga a pelo menos um aminoácido no domínio MG1 da β-cadeia de C5. Em algumas modalidades, o anticorpo, ou porção de ligação do mesmo, se liga a pelo menos um aminoácido no domínio MG2 da β-cadeia de C5. Em algumas modalidades, o anticorpo, ou porção de ligação do mesmo, se liga a pelo menos um aminoácido no domínio MG3 da β-cadeia de C5. Em algumas modalidades, o anticorpo, ou porção de ligação do mesmo, se liga a pelo menos um aminoácido no domínio MG4 da β-cadeia de C5. Em algumas modalidades, o anticorpo, ou porção de ligação do mesmo, se liga a pelo menos um aminoácido no domínio MG5 da β-cadeia de C5. Em algumas modalidades, o anticorpo, ou porção de ligação do mesmo, se liga a pelo menos um aminoácido no domínio MG6 da β-cadeia de C5.
[00211] Em uma modalidade, pelo menos um (tal como pelo menos 1,
2, 3, ou 4) dos aminoácidos de SEQ ID NO: 84 está no epítopo do anticorpo
C5 de humano. Em uma modalidade, pelo menos um (tal como pelo menos 1,
2, 3, ou 4) dos aminoácidos de SEQ ID NO: 85 está no epítopo do anticorpo
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C5 de humano. Em uma modalidade, pelo menos um (tal como pelo menos 1, 2, 3, ou 4) dos aminoácidos de SEQ ID NO: 86 está no epítopo do anticorpo C5 de humano. Em uma modalidade, pelo menos um (tal como pelo menos 1, 2, 3, ou 4) dos aminoácidos de SEQ ID NO: 87 está no epítopo do anticorpo C5 de humano. Em uma modalidade, pelo menos um (tal como pelo menos 1, 2, 3, ou 4) dos aminoácidos de SEQ ID NO: 88 está no epítopo do anticorpo C5 de humano. Em uma modalidade, pelo menos um (tal como pelo menos 1, 2, 3, ou 4) dos aminoácidos de SEQ ID NO: 89 está no epítopo do anticorpo C5 de humano.
[00212] Em uma modalidade, o anticorpo ou fragmento de ligação do mesmo da invenção se liga a pelo menos um (tal como pelo menos 1, 2, 3, ou 4) dos aminoácidos de SEQ ID NO: 84. Em uma modalidade, o anticorpo ou fragmento de ligação do mesmo da invenção se liga a pelo menos um (tal como pelo menos 1, 2, 3, ou 4) dos aminoácidos de SEQ ID NO: 85. Em uma modalidade, o anticorpo ou fragmento de ligação do mesmo da invenção se liga a pelo menos um (tal como pelo menos 1, 2, 3, ou 4) dos aminoácidos de SEQ ID NO: 86. Em uma modalidade, o anticorpo ou fragmento de ligação do mesmo da invenção se liga a pelo menos um (tal como pelo menos 1, 2, 3, ou 4) dos aminoácidos de SEQ ID NO: 87. Em uma modalidade, o anticorpo ou fragmento de ligação do mesmo da invenção se liga a pelo menos um (tal como pelo menos 1, 2, 3, ou 4) dos aminoácidos de SEQ ID NO: 88 Em uma modalidade, o anticorpo ou fragmento de ligação do mesmo da invenção se liga a pelo menos um (tal como pelo menos 1, 2, 3, ou 4) dos aminoácidos de SEQ ID NO: 89.
Ensaios de triagem [00213] A presente invenção apresenta aplicação em vários ensaios de triagem, incluindo determinar se um anticorpo anti-C5 candidato pode inibir a atividade do complemento.
[00214] Em algumas modalidades, o nível de atividade do
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77/118 complemento na presença do anticorpo anti-C5 candidato é comparado com a atividade do complemento detectada em um controle comparador positivo. O controle comparador positivo compreende a ativação do complemento na ausência de composto teste adicionado. Em algumas modalidades, o anticorpo anti-C5 candidato é identificado como um inibidor do complemento quando a atividade do complemento, na presença do anticorpo anti-C5 candidato, é menos de cerca de 70 % da atividade do complemento detectada em um controle comparador positivo; isto corresponde a mais de cerca de 30 % de inibição de atividade do complemento na presença do composto teste. Em outras modalidades, o anticorpo anti-C5 candidato é identificado como um inibidor do complemento quando a atividade do complemento, na presença do anticorpo anti-C5 candidato, é menos de cerca de 80 % da atividade do complemento detectada em um controle comparador positivo; isto corresponde a mais de cerca de 20 % de inibição de atividade do complemento na presença do composto teste. Ainda em outras modalidades, o anticorpo anti-C5 candidato é identificado como um inibidor do complemento quando a atividade do complemento, na presença do anticorpo anti-C5 candidato, é menos de cerca de 90 % da atividade do complemento detectada em um controle comparador positivo; isto corresponde a mais de cerca de 10 % de inibição de atividade do complemento na presença do composto teste. Em algumas modalidades, o nível de complemento inibição pelo anticorpo anti-C5 candidato é comparado ao nível de inibição detectado em um controle comparador negativo.
[00215] Uma variedade de formatos de imunoensaio, incluindo formatos de imunoensaio competitivos e não competitivos, ensaios de captura de antígeno, ensaios sanduíche com dois anticorpos e ensaios sanduíche com três anticorpos são métodos usados da invenção (Self et al., 1996, Curr. Opin. Biotechnol. 7:60-65). A invenção não deve ser interpretada como limitada a nenhum tipo de ensaio conhecido ou até o momento desconhecido, contanto
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78/118 que o ensaio seja capaz de detectar a inibição do complemento.
[00216] Ensaios imunoabsorventes ligados à enzima (ELISAs) são usados nos métodos da invenção. Uma enzima tal como, mas sem limitação, peroxidase de rábano silvestre (HRP), fosfatase alcalina, beta-galactosidase ou urease pode ser ligada, por exemplo, a um anticorpo anti-C3 ou a um anticorpo secundário para uso em um método da invenção. Um sistema de detecção de peroxidase de rábano silvestre pode ser usado, por exemplo, com o substrato cromogênico tetrametilbenzidina (TMB), que rende um produto solúvel na presença de peróxido de hidrogênio, que é detectável em 450 nm. Outros sistemas ligados à enzima convenientes incluem, por exemplo, o sistema de detecção de fosfatase alcalina, que pode ser usado com o substrato cromogênico p-nitrofenil fosfato para render um produto solúvel facilmente detectável em 405 nm. De maneira similar, um sistema de detecção de betagalactosidase pode ser usado com o substrato cromogênico o-nitrofenil-betaD-galactopiranosida (ONPG) para render um produto solúvel detectável em 410 nm. Alternativamente, um sistema de detecção de urease pode ser usado com um substrato tal como ureia-púrpura de bromocresol (Sigma Immunochemicals, St. Louis, MO). Anticorpos primários e secundários ligados à enzima usados podem ser obtidos de quaisquer das inúmeras fontes comerciais.
[00217] A detecção quimioluminescente também é usada para detectar a inibição da AP. Anticorpos secundários quimioluminescentes podem ser obtidos de quaisquer das inúmeras fontes comerciais.
[00218] A detecção fluorescente também é usada para detectar a inibição da AP. Os fluorocromos usados incluem, mas sem limitação, DAPI, fluoresceína, Hoechst 33258, R-ficocianina, B-ficoeritrina, R- ficoeritrina, rodamina, vermelho Texas e anticorpos marcados lissamina, fluoresceína ou rodamina.
[00219] Os radioimunoensaios (RIAs) também são usados nos métodos
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79/118 da invenção. Tais ensaios são bem conhecidos na técnica e são descritos, por exemplo, em Brophy et al. (1990, Biochem. Biophys. Res. Comm. 167:898903) e Guechot et al. (1996, Clin. Chem. 42:558-563). Radioimunoensaios são realizados, por exemplo, usando anticorpos primário ou secundário marcado com Iodo-125 (Harlow et al., supra, 1999).
[00220] Um sinal emitido a partir de um anticorpo detectável é analisado, por exemplo, usando um espectrofotômetro para detectar a cor de um substrato cromogênico; um contador de radiação para detectar radiação, tal como um contador gama para detecção de Iodo-125; ou um fluorômetro para detectar fluorescência na presença de luz de um certo comprimento de onda. Onde um ensaio ligado à enzima é usado, a análise quantitativa é realizada usando um espectrofotômetro. Entende-se que os ensaios da invenção podem ser realizados manualmente ou, se desejado, podem ser automatizados, e este sinal emitido a partir de múltiplas amostras pode ser detectado simultaneamente em muitos sistemas disponíveis comercialmente.
[00221] Os métodos da invenção também incluem o uso de imunoensaios baseados em eletroforese capilar (CEIA), o qual pode ser automatizado, se desejado. Os imunoensaios também podem ser usados em conjunto com fluorescência induzida por laser da maneira descrita, por exemplo, em Schmalzing et al. (1997, Electrophoresis 18:2184-2193) e Bao (1997, J. Chromatogr. B. Biomed. Sei. 699:463-480). Imunoensaios com lipossoma, tais como imunoensaios com lipossoma por injeção em fluxo e imunossensores de lipossoma, também podem ser usados de acordo com os métodos da invenção (Rongen et al., 1997, J. Immunol. Methods 204:105133).
[00222] Western blotting quantitativo também pode ser usado para determinar o nível de inibição do complemento nos métodos da invenção.
Western blots são quantificados usando métodos bem conhecidos, tal como densitometria de varredura (Parra et al., 1998, J. Vase. Surg. 28:669-675).
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Métodos de Administração [00223] Os métodos da invenção compreendem administrar uma quantidade terapeuticamente eficiente de pelo menos um anticorpo anti-C5, ou fragmento de ligação do mesmo (tais como quaisquer dos anticorpos ou fragmentos do mesmo aqui descritos em outra parte) a um indivíduo identificado com uma doença ou distúrbio mediado pelo complemento. Em uma modalidade, o indivíduo é um mamífero com um sistema complemento. Em uma modalidade, o indivíduo é um humano. Em várias modalidades, o pelo menos um anticorpo anti-C5, ou fragmento de ligação do mesmo, é administrado localmente, regionalmente ou sistemicamente.
[00224] Em várias modalidades, a doença ou distúrbio é pelo menos selecionada do grupo que consiste em: degeneração macular (MD), degeneração macular relacionada à idade (AMD), lesão de isquemiareperfusão, artrite, artrite reumatoide, asma, asma alérgica, lúpus, colite ulcerativa, acidente vascular cerebral, sindrome inflamatória sistêmica póscirurgia, asma, asma alérgica, doença pulmonar obstrutiva crônica (COPD), sindrome da hemoglobinúria paroxística noturna (PNH), miastenia grave, neuromielite ótica, (NMO), esclerose múltipla, função retardada do enxerto, rejeição mediada por anticorpo, sindrome hemolítico-urêmica atípica (SHUa), oclusão da veia retinal central (CRVO), oclusão da artéria retinal central (CRAO), epidermólise bolhosa, sepse, transplante de órgão, inflamação (incluindo, mas sem limitação, inflamação associada à cirurgia de circulação extracorpórea e diálise renal), glomerulopatia de C3, nefropatia membranosa, nefropatia por IgA, glomerulonefrite (incluindo, mas sem limitação, glomerulonefrite mediada por anticorpo citoplasmático antineutrófilo (ANCA), nefrite lúpica, e combinações das mesmas), vasculite mediada por ANCA, SHU induzida por toxina Shiga, e aborto induzido por anticorpo antifosfolipídico, ou quaisquer combinações dos mesmos. Em algumas modalidades, a doença mediada por AP é glomerulopatia de C3. Em algumas
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81/118 modalidades, a doença mediada por AP é degeneração macular, tal como degeneração macular relacionada à idade. Em uma modalidade, a administração do anticorpo anti-C5 inibe a geração de uma proteína C5a ou C5b. Em algumas modalidades, as composições e métodos da invenção são usados para tratar o sujeito, incluindo sujeitos com PNH, que não são responsivos ao tratamento com eculizumab. A título de exemplo não limitante, alguns sujeitos podem apresentar uma mutação na cadeia alfa de C5 que pode tomá-los resistentes ao tratamento de eculizumab (vide Genetic variants in C5 and poor response to eculizumab. Nishimura J, et al., N Engl J Med. 13 de fevereiro de 2014;370(7):632-9).
[00225] Os métodos da invenção podem compreender a administração de pelo menos um anticorpo anti-C5, ou fragmento de ligação do mesmo, mas a presente invenção não deve ser de maneira alguma interpretada como limitada aos anticorpos anti-C5 aqui descritos, mas certamente deve ser interpretada para incluir qualquer anticorpo anti-C5, tanto conhecido quanto desconhecido, que diminui e reduz a ativação do complemento.
[00226] O método da invenção compreende administrar uma quantidade terapeuticamente eficiente de pelo menos um anticorpo anti-C5, ou fragmento de ligação do mesmo, a um indivíduo em que uma composição da presente invenção compreende pelo menos um anticorpo anti-C5, ou fragmento de ligação do mesmo, tanto sozinho quanto em combinação com pelo menos um outro agente terapêutico. A invenção pode ser usada em combinação com outras modalidades de tratamento tais como, por exemplo, terapias anti-inflamatórias e similares. Exemplos de terapias antiinflamatórias que podem ser usadas em combinação com os métodos da invenção incluem, por exemplo, terapias que empregam fármacos esteroidais, bem como terapias que empregam fármacos não esteroidais.
[00227] O método da invenção compreende administrar uma quantidade terapeuticamente eficiente de um anticorpo anti-C5, ou um
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82/118 fragmento de ligação ao antígeno do mesmo, a um sujeito. Em algumas modalidades, a invenção inclui um método de tratamento de C5 relacionado às doenças que envolvem a desregulação da sinalização do complemento administrando uma quantidade terapeuticamente eficiente de um anticorpo da invenção, ou uma quantidade terapeuticamente eficiente de um fragmento de anticorpo do mesmo, de maneira tal que uma redução de C5a ou C5b formação de MAC seja realizada no sujeito. Em algumas modalidades, a invenção inclui um método de tratamento de doenças relacionadas à C5 envolvendo a desregulação de sinalização do complemento, administrando uma quantidade terapeuticamente eficiente de um anticorpo ou um fragmento de anticorpo. Em algumas modalidades, a invenção inclui um método de tratamento de doenças relacionadas à C5 envolvendo a desregulação de sinalização do complemento, administrando a um sujeito uma quantidade eficiente de um anticorpo, um fragmento de anticorpo, um polipeptídeo, um peptídeo, um peptídeo conjugado, de maneira tal que a ativação da via do complemento seja reduzida no sujeito. Em algumas modalidades, o método de tratamento inclui administrar a um sujeito uma dose sistemicamente eficiente de um anticorpo ou um fragmento de anticorpo, através da qual a redução sistêmica de C5a ou C5b ou formação de MAC é realizada no sujeito.
[00228] As composições farmacêuticas usadas para realizar a invenção podem ser administradas para liberar uma dose de pelo menos cerca de 1 ng/kg, pelo menos cerca de 5 ng/kg, pelo menos cerca de 10 ng/kg, pelo menos cerca de 25 ng/kg, pelo menos cerca de 50 ng/kg, pelo menos cerca de 100 ng/kg, pelo menos cerca de 500 ng/kg, pelo menos cerca de 1 qg/kg, pelo menos cerca de 5 qg/kg, pelo menos cerca de 10 qg/kg, pelo menos cerca de 25 qg/kg, pelo menos cerca de 50 qg/kg, pelo menos cerca de 100 qg/kg, pelo menos cerca de 500 qg/kg, pelo menos cerca de 1 mg/kg, pelo menos cerca de 5 mg/kg, pelo menos cerca de 10 mg/kg, pelo menos cerca de 25 mg/kg, pelo menos cerca de 50 mg/kg, pelo menos cerca de 100 mg/kg, pelo menos cerca
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83/118 de 200 mg/kg, pelo menos cerca de 300 mg/kg, pelo menos cerca de 400 mg/kg, e pelo menos cerca de 500 mg/kg de peso corporal do sujeito. Em uma modalidade, a invenção administra uma dose que resulta em uma concentração do anticorpo anti-C5 da presente invenção de pelo menos cerca de 1 pM, pelo menos cerca de 10 pM, pelo menos cerca de 100 pM, pelo menos cerca de 1 nM, pelo menos cerca de 10 nM, pelo menos cerca de lOOnM, pelo menos cerca de 1 μΜ, pelo menos cerca de 2 μΜ, pelo menos cerca de 3 μΜ, pelo menos cerca de 4 μΜ, pelo menos cerca de 5 μΜ, pelo menos cerca de 6 μΜ, pelo menos cerca de 7 μΜ, pelo menos cerca de 8 μΜ, pelo menos cerca de 9 μΜ e pelo menos cerca de 10 μΜ em um indivíduo. Em uma outra modalidade, a invenção prevê a administração de uma dose que resulta em uma concentração do anticorpo anti-C5 da presente invenção entre pelo menos cerca de 1 pM, pelo menos cerca de 10 pM, pelo menos cerca de 100 pM, pelo menos cerca de 1 nM, pelo menos cerca de 10 nM, pelo menos cerca de lOOnM, pelo menos cerca de 1 μΜ, pelo menos cerca de 2 μΜ, pelo menos cerca de 3 μΜ, pelo menos cerca de 4 μΜ, pelo menos cerca de 5 μΜ, pelo menos cerca de 6 μΜ, pelo menos cerca de 7 μΜ, pelo menos cerca de 8 μΜ, pelo menos cerca de 9 μΜ e pelo menos cerca de 10 μΜ no plasma de um indivíduo.
[00229] Em algumas modalidades, as composições farmacêuticas usadas para realizar a invenção podem ser administradas para liberar uma dose de não mais de cerca de 1 ng/kg, não mais de cerca de 5 ng/kg, não mais de cerca de 10 ng/kg, não mais de cerca de 25 ng/kg, não mais de cerca de 50 ng/kg, não mais de cerca de 100 ng/kg, não mais de cerca de 500 ng/kg, não mais de cerca de 1 pg/kg, não mais de cerca de 5 pg/kg, não mais de cerca de 10 pg/kg, não mais de cerca de 25 pg/kg, não mais de cerca de 50 pg/kg, não mais de cerca de 100 pg/kg, não mais de cerca de 500 pg/kg, não mais de cerca de 1 mg/kg, não mais de cerca de 5 mg/kg, não mais de cerca de 10 mg/kg, não mais de cerca de 25 mg/kg, não mais de cerca de 50 mg/kg, não
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84/118 mais de cerca de 100 mg/kg, não mais de cerca de 200 mg/kg, não mais de cerca de 300 mg/kg, não mais de cerca de 400 mg/kg, e não mais de cerca de 500 mg/kg de peso corporal do sujeito. Em uma modalidade, a invenção administra uma dose que resulta em uma concentração do anticorpo anti-C5 da presente invenção de não mais de cerca de 1 pM, não mais de cerca de 10 pM, não mais de cerca de 100 pM, não mais de cerca de 1 nM, não mais de cerca de 10 nM, não mais de cerca de lOOnM, não mais de cerca de 1 μΜ, não mais de cerca de 2 μΜ, não mais de cerca de 3 μΜ, não mais de cerca de 4 μΜ, não mais de cerca de 5 μΜ, não mais de cerca de 6 μΜ, não mais de cerca de 7 μΜ, não mais de cerca de 8 μΜ, não mais de cerca de 9 μΜ e não mais de cerca de 10 μΜ em um indivíduo. Em uma outra modalidade, a invenção prevê administração de uma dose que resulta em uma concentração do anticorpo anti-C5 da presente invenção entre não mais de cerca de 1 pM, não mais de cerca de 10 pM, não mais de cerca de 100 pM, não mais de cerca de 1 nM, não mais de cerca de 10 nM, não mais de cerca de lOOnM, não mais de cerca de 1 μΜ, não mais de cerca de 2 μΜ, não mais de cerca de 3 μΜ, não mais de cerca de 4 μΜ, não mais de cerca de 5 μΜ, não mais de cerca de 6 μΜ, não mais de cerca de 7 μΜ, não mais de cerca de 8 μΜ, não mais de cerca de 9 μΜ e não mais de cerca de 10 μΜ em o plasma de um indivíduo. São também contempladas as faixas de dosagem entre quaisquer das doses aqui descritas.
[00230] Tipicamente, as dosagens que podem ser administradas em um método da invenção a um sujeito, em algumas modalidades um humano, variam em quantidade de 0,5 qg a cerca de 50 mg por quilograma de peso corporal do sujeito. Embora a dosagem exata administrada possa variar dependendo de inúmeros fatores incluindo, mas sem limitação, o tipo de sujeito e tipo de estágio da doença que está sendo tratada, a idade do sujeito e a via de administração. Em algumas modalidades, a dosagem do composto variará de cerca de 1 qg a cerca de 10 mg por quilograma de peso corporal do
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85/118 sujeito. Em outras modalidades, a dosagem variará de cerca de 3 gg a cerca de 1 mg por quilograma de peso corporal do sujeito.
[00231] O anticorpo pode ser administrado a um sujeito tão frequentemente quanto várias vezes ao dia, ou pode ser administrado menos frequentemente, tal como uma vez ao dia, duas vezes ao dia, três vezes ao dia, uma vez ao mês, duas vezes por semana, três vezes por semana, uma vez a cada duas semanas, duas vezes a cada duas semanas, três vezes a cada duas semanas, uma vez ao mês, duas vezes ao mês, três vezes ao mês, ou ainda menos frequentemente, tal como uma vez a cada vários meses, ou ainda uma vez ou poucas vezes ao ano ou menos. A frequência da dose será facilmente evidente aos versados na técnica e dependerá de qualquer dos inúmeros fatores tais como, mas sem limitação, o tipo e a gravidade da doença que está sendo tratada, o tipo e a idade do sujeito etc. As formulações das composições farmacêuticas podem ser preparadas por qualquer método conhecido ou futuramente desenvolvido na técnica de farmacologia. Em geral, tais métodos preparatórios incluem a etapa de incluir o ingrediente ativo em associação com um carreador ou um ou mais outros ingredientes acessórios e, a seguir, se necessário ou desejável, moldar ou embalar o produto em uma unidade de dose única ou multi-dose desejada.
[00232] Embora a descrição das composições farmacêuticas aqui providas seja direcionada principalmente às composições farmacêuticas que são adequadas para a administração ética aos humanos, será entendido pelos versados na técnica que tais composições são geralmente adequadas para administração aos sujeitos de todos os tipos. A modificação de composições farmacêuticas adequadas para administração em humanos, a fim de tomar as composições adequadas para administração em vários sujeitos, é bem entendida e os versados na técnica de farmacologia veterinária podem elaborar e realizar tal modificação com experimentação, caso exista, meramente comum. Os indivíduos para os quais a administração das
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86/118 composições farmacêuticas da invenção é contemplada incluem, mas sem limitação, humanos e outros primatas, mamíferos incluindo mamíferos comercialmente relevantes tais como primatas não humanos, gado, porcos, cavalos, ovelhas, gatos e cachorros.
[00233] As composições farmacêuticas que são usadas nos métodos da invenção podem ser preparadas, embaladas, ou comercializadas em formulações adequadas para vias de administração oftálmica, oral, retal, vaginal, parenteral, tópica, pulmonar, intranasal, bucal, intraocular, intravítrea, intramuscular, intradérmica e intravenosa. Outras formulações contempladas incluem nanopartículas projetadas, preparações lipossomais, eritrócitos resselados contendo o ingrediente ativo, e formulações com base imunológica.
[00234] Uma composição farmacêutica da invenção pode ser preparada, embalada, ou vendida a granel como uma dose unitária única, ou como uma pluralidade de doses unitárias únicas. Uma dose única é a quantidade discreta da composição farmacêutica compreendendo uma quantidade pré-determinada do ingrediente ativo. A quantidade do ingrediente ativo é geralmente igual à dosagem do ingrediente ativo que pode ser administrado a um indivíduo, ou uma fração conveniente de uma dosagem como esta, por exemplo, metade ou um terço de uma dosagem como esta.
[00235] As quantidades relativas do ingrediente ativo, do carreador farmaceuticamente aceitável, e quaisquer dos ingredientes adicionais em uma composição farmacêutica da invenção variarão, dependendo da identidade, tamanho e condição do indivíduo tratado, e dependendo adicionalmente da via pela qual a composição deve ser administrada. A título de exemplo, a composição pode compreender entre 0,1 % e 100 % (p/p) do ingrediente ativo. Em várias modalidades, a composição compreende pelo menos cerca de 1 %, pelo menos cerca de 2 %, pelo menos cerca de 3 %, pelo menos cerca de 4 %, pelo menos cerca de 5 %, pelo menos cerca de 6 %, pelo menos cerca de
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87/118 %, pelo menos cerca de 8 %, pelo menos cerca de 9 %, pelo menos cerca de 10 %, pelo menos cerca de 11 %, pelo menos cerca de 12 %, pelo menos cerca de 13 %, pelo menos cerca de 14 %, pelo menos cerca de 15 %, pelo menos cerca de 16 %, pelo menos cerca de 17 %, pelo menos cerca de 18 %, pelo menos cerca de 19 %, pelo menos cerca de 20 %, pelo menos cerca de 21 %, pelo menos cerca de 22 %, pelo menos cerca de 23 %, pelo menos cerca de 24 %, pelo menos cerca de 25 %, pelo menos cerca de 26 %, pelo menos cerca de 27 %, pelo menos cerca de 28 %, pelo menos cerca de 29 %, pelo menos cerca de 30 %, pelo menos cerca de 31 %, pelo menos cerca de 32 %, pelo menos cerca de 33 %, pelo menos cerca de 34 %, pelo menos cerca de 35 %, pelo menos cerca de 36 %, pelo menos cerca de 37 %, pelo menos cerca de 38 %, pelo menos cerca de 39 %, pelo menos cerca de 40 %, pelo menos cerca de 41 %, pelo menos cerca de 42 %, pelo menos cerca de 43 %, pelo menos cerca de 44 %, pelo menos cerca de 45 %, pelo menos cerca de 46 %, pelo menos cerca de 47 %, pelo menos cerca de 48 %, pelo menos cerca de 49 %, pelo menos cerca de 50 %, pelo menos cerca de 51 %, pelo menos cerca de 52 %, pelo menos cerca de 53 %, pelo menos cerca de 54 %, pelo menos cerca de 55 %, pelo menos cerca de 56 %, pelo menos cerca de 57 %, pelo menos cerca de 58 %, pelo menos cerca de 59 %, pelo menos cerca de 60 %, pelo menos cerca de 61 %, pelo menos cerca de 62 %, pelo menos cerca de 63 %, pelo menos cerca de 64 %, pelo menos cerca de 65 %, pelo menos cerca de 66 %, pelo menos cerca de 67 %, pelo menos cerca de 68 %, pelo menos cerca de 69 %, pelo menos cerca de 70 %, pelo menos cerca de 71 %, pelo menos cerca de 72 %, pelo menos cerca de 73 %, pelo menos cerca de 74 %, pelo menos cerca de 75 %, pelo menos cerca de 76 %, pelo menos cerca de 77 %, pelo menos cerca de 78 %, pelo menos cerca de 79 %, pelo menos cerca de 80 %, pelo menos cerca de 81 %, pelo menos cerca de 82 %, pelo menos cerca de 83 %, pelo menos cerca de 84 %, pelo menos cerca de 85 %, pelo menos cerca de 86 %, pelo menos cerca de 87 %, pelo menos cerca de 88 %,
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88/118 pelo menos cerca de 89 %, pelo menos cerca de 90 %, pelo menos cerca de 91 %, pelo menos cerca de 92 %, pelo menos cerca de 93 %, pelo menos cerca de 94 %, pelo menos cerca de 95 %, pelo menos cerca de 96 %, pelo menos cerca de 97 %, pelo menos cerca de 98 %, pelo menos cerca de 99 %, ou pelo menos cerca de 100 % (p/p) do ingrediente ativo.
[00236] Além do ingrediente ativo, uma composição farmacêutica da invenção pode compreender adicionalmente um ou mais agentes farmaceuticamente ativos adicionais.
[00237] Formulações de liberação controlada ou contínua de uma composição farmacêutica da invenção podem ser preparadas usando tecnologia convencional.
[00238] A administração parenteral de uma composição farmacêutica inclui qualquer via de administração distinguida por rompimento físico de um tecido de um indivíduo, e administração da composição farmacêutica através da ruptura no tecido. A administração parenteral pode ser local, regional ou sistêmica. A administração parenteral inclui assim, mas sem limitação, administração de uma composição farmacêutica por injeção da composição, por aplicação da composição através de uma incisão cirúrgica, por aplicação da composição através uma ferida não cirúrgica que penetra no tecido e similares. Em particular, a administração parenteral é contemplada para incluir, mas sem limitação, injeção intravenosa, intraocular, intravítrea, subcutânea, intraperitoneal, intramuscular, intradérmica, injeção intraestemal e intratumoral.
[00239] As formulações de uma composição farmacêutica adequadas para administração parenteral compreendem o ingrediente ativo combinado com um carreador farmaceuticamente aceitável, tal como água estéril ou salina isotônica estéril. Tais formulações podem ser preparadas, embaladas ou comercializadas em uma forma adequada para administração em bolo ou para administração contínua. As formulações injetáveis podem ser preparadas,
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89/118 embaladas, ou comercializadas na forma de dosagem única, tal como em ampolas ou em recipientes multi-dose contendo um conservante. As formulações para administração parenteral incluem, mas sem limitação, suspensões, soluções, emulsões em veículos oleosos ou aquosos, pastas e formulações biodegradáveis ou de liberação contínua implantáveis. Tais formulações podem compreender adicionalmente um ou mais ingredientes adicionais incluindo, mas sem limitação, agentes de suspensão, estabilização ou dispersão. Em uma modalidade de uma formulação para administração parenteral, o ingrediente ativo é provido na forma seca (isto é, pó ou granular) para reconstituição com um veículo adequado (por exemplo, água livre de pirogênio estéril) antes da administração parenteral da composição reconstituída.
[00240] As composições farmacêuticas podem ser preparadas, embaladas ou comercializadas na forma de uma suspensão ou solução aquosa ou oleosa injetável estéril. Esta suspensão ou solução pode ser formulada de acordo com a técnica conhecida e pode compreender, além do ingrediente ativo, ingredientes adicionais tais como os agentes de dispersão, agentes de umectação ou agentes de suspensão. Tais formulações injetáveis estéreis podem ser preparadas usando um diluente ou solvente parenteralmente aceitável não tóxico, tal como água ou 1,3-butano diol, por exemplo. Outros diluentes e solventes adequados incluem, mas sem limitação, solução de Ringer, solução de cloreto de sódio isotônico, e óleos fixos tais como mono ou di-glicerídeos sintéticos. Outras formulações administradas parenteralmente que são usadas incluem aquelas que compreendem o ingrediente ativo na forma microcristalina, em uma preparação lipossomal, ou como um componente de um sistema de polímero biodegradável. Composições para liberação contínua ou implantação podem compreender materiais poliméricos ou hidrofóbicos farmaceuticamente aceitáveis, tal como uma emulsão, uma resina de troca iônica, um polímero moderadamente
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90/118 solúvel, ou um sal pouco solúvel.
[00241] Uma composição farmacêutica da invenção pode ser preparada, embalada ou comercializada em uma formulação adequada para administração pulmonar por meio da cavidade bucal. Uma formulação como esta pode compreender partículas secas que compreendem o ingrediente ativo e que apresentam um diâmetro na faixa de cerca de 0,5 a cerca de 7 nanômetros, e em algumas modalidades de cerca de 1 a cerca de 6 nanômetros. Tais composições estão convenientemente na forma de pós secos para administração usando um dispositivo que compreende um reservatório de pó seco, no qual um fluxo de propulsor pode ser direcionado para dispersar o pó ou usando um recipiente de dispersão de solvente/pó auto-propulsado, tal como um dispositivo compreendendo o ingrediente ativo dissolvido ou suspenso em um propulsor de baixo ponto de ebulição, um recipiente selado. Em algumas modalidades, tais pós compreendem partículas nas quais pelo menos 98 % das partículas, em peso, apresentam um diâmetro maior que 0,5 nanômetros e pelo menos 95 % das partículas, em número, apresentam um diâmetro menor que 7 nanômetros. Em algumas modalidades, pelo menos 95 % das partículas, em peso, apresentam um diâmetro maior que 1 nanômetro e pelo menos 90 % das partículas, em número, apresentam um diâmetro menor que 6 nanômetros. Em algumas modalidades, composições de pó seco incluem um diluente em pó fino sólido, tal como açúcar, e são convenientemente providos em uma forma de dose única.
[00242] Os propulsores com baixo ponto de ebulição geralmente incluem propulsores líquidos com um ponto de ebulição abaixo de 18,33 °C (65 °F) em pressão atmosférica. Geralmente, o propulsor pode constituir 50 a 99,9 % (p/p) da composição, e o ingrediente ativo pode constituir 0,1 a 20 % (p/p) da composição. O propulsor pode compreender adicionalmente ingredientes adicionais, tal como um agente tensoativo não iônico líquido ou aniônico sólido, ou um diluente sólido (em algumas modalidades, com um
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91/118 tamanho de partícula da mesma ordem das partículas compreendendo o ingrediente ativo).
[00243] As composições farmacêuticas da invenção, formuladas para liberação pulmonar, também podem prover o ingrediente ativo na forma de gotas de uma solução ou suspensão. Tais formulações podem ser preparadas, embaladas ou comercializadas como soluções ou suspensões aquosas ou alcóolicas diluídas, opcionalmente estéreis, compreendendo o ingrediente ativo, e podem ser convenientemente administradas usando qualquer dispositivo de nebulização ou atomização. Tais formulações podem compreender adicionalmente um ou mais ingredientes adicionais incluindo, mas sem limitação, um agente flavorizante, tal como sacarina sódica, um óleo volátil, um agente de tamponamento, um agente ativo de superfície, ou um conservante tal como metil-hidroxibenzoato. Em algumas modalidades, as gotas providas por esta via de administração apresentam um diâmetro médio na faixa de cerca de 0,1 a cerca de 200 nanômetros.
[00244] As formulações também são usadas para liberação intranasal de uma composição farmacêutica da invenção.
[00245] Uma outra formulação adequada para administração intranasal é um pó grosso compreendendo o ingrediente ativo e com uma partícula média de cerca de 0,2 a 500 micrômetros. Uma formulação como esta é administrada à medida em que o rapé é levado, isto é, por inalação rápida, através da passagem nasal a partir de um recipiente do pó mantido próximo das narinas.
[00246] As formulações adequadas para administração nasal, por exemplo, podem compreender de cerca de tão pouco quanto 0,1 % (p/p) e tanto quanto 100 % (p/p) do ingrediente ativo, e podem compreender adicionalmente um ou mais ingredientes adicionais.
[00247] Uma composição farmacêutica da invenção pode ser preparada, embalada ou comercializada em uma formulação adequada para
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92/118 administração bucal. Tais formulações, por exemplo, podem estar na forma de comprimidos ou pastilhas preparadas usando métodos convencionais e, por exemplo, podem apresentar 0,1 a 20 % (p/p) do ingrediente ativo, o equilíbrio compreendendo uma composição dissolvível ou degradável oralmente e, opcionalmente, um ou mais ingredientes adicionais. Altemativamente, as formulações adequadas para administração bucal podem compreender um pó ou uma solução ou suspensão aerossolizada ou atomizada compreendendo o ingrediente ativo. Em algumas modalidades, tais formulações em pó, aerossolizadas, ou aerossolizadas, quando dispersas apresentam um tamanho médio de partícula ou de gota na faixa de cerca de 0,1 a cerca de 200 nanômetros, e podem compreender adicionalmente um ou mais ingredientes adicionais.
[00248] Da maneira aqui usada, “ingredientes adicionais” incluem, mas sem limitação, um ou mais dos seguintes: excipientes; agentes ativos de superfície; agentes de dispersão; diluentes inertes; agentes de granulação e desintegração; agentes de ligação; agentes lubrificantes; agentes adoçantes; agentes flavorizantes; agentes de coloração; conservantes; composições fisiologicamente degradáveis, tal como gelatina; veículos aquosos e solventes; veículos oleosos e solventes; agentes de suspensão; agentes de dispersão ou umectação; agentes de emulsificação, demulcentes; tampões; sais; agentes espessantes; cargas; agentes emulsificantes; antioxidantes; antibióticos; agentes antifúngicos; agentes estabilizante; e materiais poliméricos ou hidrofóbicos farmaceuticamente adequados. Outros “ingredientes adicionais” que podem ser incluídos nas composições farmacêuticas da invenção são conhecidos na técnica e descritos, por exemplo, em Remington’s Pharmaceutical Sciences (1985, Genaro, ed., Mack Publishing Co., Easton, PA), que é aqui incorporado pela referência.
Células produtoras de anticorpos e fragmentos de ligação ao antígeno dos mesmos
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93/118 [00249] Em algumas modalidades, a invenção é uma célula ou linhagem celular (tais como células hospedeiras) que produz pelo menos um dos anticorpos anti-C5, ou fragmentos de ligação ao antígeno, aqui descrita. Em uma modalidade, a célula ou linhagem celular é uma célula geneticamente modificada que produz pelo menos um dos anticorpos anti-C5, ou fragmentos de ligação ao antígeno, aqui descrita. Em uma modalidade, a célula ou linhagem celular é um hibridoma que produz pelo menos um dos anticorpos anti-C5, ou fragmentos de ligação ao antígeno, aqui descrita.
[00250] As células híbridas (hibridomas) são geralmente produzidas a partir de fusões de massa entre esplenócitos de murino, que são muito enriquecidos por linfócitos B e mieloma “células parceiras de fusão” (Alberts et al., Molecular Biology of the Cell (Garland Publishing, Inc. 1994); Harlow et al., Antibodies. A Laboratory Manual (Cold Spring Harbor Laboratory, Cold Spring Harbor, 1988). As células na fusão são subsequentemente distribuídas em agrupamentos que podem ser analisados quanto a produção de anticorpos com a especificidade desejada. Os agrupamentos com teste positivo podem ser adicionalmente subdivididos até clones de uma única célula serem identificados, os quais produzem anticorpos da especificidade desejada. Os anticorpos produzidos por tais clones são referidos como anticorpos monoclonais.
[00251] São também providos ácidos nucléicos que codificam quaisquer dos anticorpos, ou fragmentos de anticorpo, aqui descritos, bem como vetores compreendendo os ácidos nucleicos. Assim, os anticorpos e fragmentos da invenção podem ser gerados expressando o ácido nucleico em uma célula ou uma linhagem celular, tais como as linhagens celulares tipicamente usadas para a expressão de imunoglobulinas recombinantes ou humanizadas. Assim, os anticorpos e fragmentos da invenção também podem ser gerados clonando os ácidos nucleicos em um ou mais vetores de expressão, e transformando o vetor em uma linhagem celular, tais como as
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94/118 linhagens celulares tipicamente usadas para a expressão de imunoglobulinas recombinantes ou humanizadas.
[00252] Os genes que codificam as cadeias pesadas e leves de imunoglobulinas, ou fragmentos do mesmo, podem ser geneticamente modificados, de acordo com os métodos, incluindo, mas sem limitação, a reação em cadeia da polimerase (PCR), conhecidos na técnica (vide, por exemplo, Sambrook et al., Molecular Cloning: A Laboratory Manual, 2a ed., Cold Spring Harbor, N.Y., 1989; Berger & Kimmel, Methods in Enzymology, Vol. 152: Guide to Molecular Cloning Techniques, Academic Press, Inc., San Diego, Calif., 1987; Co et al., 1992, J. Immunol. 148:1149). Por exemplo, genes que codificam cadeias pesadas e leves, ou fragmentos dos mesmos, podem ser clonados a partir de um DNA genômico da célula que secreta anticorpo, ou DNAc é produzido por transcrição reversa do RNA da célula. A clonagem é realizada por técnicas convencionais, incluindo o uso de oligonucleotídeos iniciadores de PCR que hibridizam nas sequências que flanqueiam ou se sobrepõem aos genes, ou segmentos de genes, a serem clonados.
[00253] Ácidos nucleicos que codificam o anticorpo da invenção, ou a cadeia pesada ou cadeia leve, ou fragmentos do mesmo, podem ser obtidos e usados de acordo com técnicas de ácido nucleico recombinante para a produção da imunoglobulina específica, cadeia de imunoglobulina, ou um fragmento ou variação do mesmo, em uma variedade de células hospedeiras ou em um sistema de tradução in vitro. Por exemplo, os ácidos nucleicos que codificam anticorpo, ou fragmentos dos mesmos, podem ser posicionados em vetores procariotos ou eucariotos adequados, por exemplo, vetores de expressão, e introduzidos em uma célula hospedeira adequada por um método apropriado, por exemplo, transformação, transfecção, eletroporação, infeção, de maneira tal que o ácido nucleico seja operavelmente ligado a um ou mais elementos de controle de expressão, por exemplo, no vetor ou integrado no
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95/118 genoma da célula hospedeira.
[00254] Em algumas modalidades, as cadeias pesadas e leves, ou fragmentos do mesmo, podem ser montadas em dois vetores de expressão diferentes, os quais podem ser usados para co-transfectar uma célula receptora. Em algumas modalidades, cada vetor pode conter dois ou mais genes selecionáveis, um para seleção em um sistema bacteriano e um para seleção em um sistema eucarioto. Estes vetores permitem a produção e amplificação dos genes em um sistema bacteriano, e subsequente cotransfecção de células eucarióticas e seleção das células co-transfectadas. O procedimento de seleção pode ser usado para selecionar a expressão de ácidos nucleicos de anticorpo introduzidos em dois vetores de DNA diferentes, em uma célula eucariota.
[00255] Altemativamente, os ácidos nucleicos que codificam as cadeias pesadas e leves, ou fragmentos do mesmo, podem ser expressos a partir de um vetor. Embora as cadeias pesadas e leves sejam codificadas por genes separados, estas podem ser unidas usando métodos recombinantes. Por exemplo, os dois polipeptídeos podem ser unidos por um ligador sintético que permite que sejam preparados como uma cadeia de proteína única, em que as regiões Vl e Vh pareiam para formar moléculas monovalentes (conhecidas como Fv de cadeia única (scFv); vide, por exemplo, Bird et al., 1988, Science 242: 423-426; e Huston et al., 1988, Proc. Natl. Acad. Sei. USA 85:58795883).
[00256] A invenção provê uma molécula isolada de ácido nucleico compreendendo uma sequência de ácido nucleico que codifica uma cadeia pesada e/ou uma cadeia leve, bem como fragmentos do mesmo. Uma molécula de ácido nucleico compreendendo as sequências que codificam tanto a cadeia leve quanto pesada, ou fragmentos da mesma, pode ser geneticamente modificada para conter uma sequência sinal sintética para secreção do anticorpo, ou fragmento, quando produzida em uma célula. Além
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96/118 disso, a molécula de ácido nucleico pode conter ligações específicas de DNA que permitem a inserção de outras sequências de anticorpo e mantêm o quadro de leitura translational, de maneira a não alterar os aminoácidos normalmente encontrados nas sequências do anticorpo.
[00257] De acordo com a presente invenção, sequências de ácido nucleico que codificam anticorpo podem ser inseridas em um vetor de expressão apropriado. Em várias modalidades, o vetor de expressão compreende os elementos necessários para transcrição e tradução do ácido nucleico que codifica anticorpo inserido, de maneira a gerar moléculas de DNA recombinantes que direcionam a expressão de sequências de anticorpo para a formação de um anticorpo, ou um fragmento do mesmo.
[00258] Os ácidos nucleicos que codificam anticorpo, ou fragmentos do mesmo, podem ser submetidos a várias técnicas de ácido nucleico recombinante conhecidas pelos versados na técnica, tal como mutagênese sítio-direcionada.
[00259] Uma variedade de métodos pode ser usada para expressar ácidos nucleicos em uma célula. Ácidos nucleicos podem ser clonados em inúmeros tipos de vetores. Entretanto, a presente invenção não deve ser interpretada como limitada a nenhum vetor particular. Ao contrário, a presente invenção deve ser interpretada para incluir uma ampla variedade de vetores que são facilmente disponíveis e/ou conhecidos na técnica. Por exemplo, o ácido nucleico da invenção pode ser clonado em um vetor incluindo, mas sem limitação, um plasmídeo, um fagemídeo, um derivado de fago, um vírus animal e um cosmídeo. Vetores de interesse particular incluem vetores de expressão, vetores de replicação, vetores de geração de sonda, e vetores de sequenciamento.
[00260] Em modalidades específicas, o vetor de expressão é selecionado do grupo que consiste em um vetor viral, um vetor bacteriano e um vetor de célula de mamífero. Vários sistemas de vetor de expressão que
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97/118 existem compreendem pelo menos uma parte ou todas as composições discutidas anteriormente. Os sistemas a base de vetor de procarioto e/ou eucarioto podem ser empregados para uso com a presente invenção para produzir polinucleotídeos, ou seus polipeptídeos cognatos. Muitos de tais sistemas são comercialmente e amplamente disponíveis.
[00261] A tecnologia do vetor viral é bem conhecida na técnica e é descrita, por exemplo, em Sambrook et al. (2012), e em Ausubel et al. (1999), e em outros manuais de virologia e biologia molecular. Os vírus que são usados como vetores incluem, mas sem limitação, retrovirus, adenovirus, vírus associado a adeno, herpesvirus e lentivírus. Em algumas modalidades, um vetor de vírus de célula tronco de murino (MSCV) é usado para expressar um ácido nucleico desejado. Vetores de MSCV demonstraram expressar de maneira eficiente os ácidos nucleicos desejados nas células. Entretanto, a invenção não deve ser limitada a apenas usar um vetor de MSCV, preferencialmente qualquer método de expressão retroviral é incluído na invenção. Outros exemplos de vetores virais são aqueles baseados no vírus da leucemia murina de Moloney (MoMuLV) e HIV. Em algumas modalidades, um vetor adequado contém uma origem de replicação funcional em pelo menos um organismo, uma sequência promotora, sítios de endonuclease de restrição convenientes, e um ou mais marcadores selecionáveis. (Vide, por exemplo, WO 01/96584; WO 01/29058 e patente U.S. 6.326.193).
[00262] Elementos regulatórios adicionais, por exemplo, intensificadores, podem ser usados para modular a frequência de iniciação transcricional. Um promotor pode ser aquele naturalmente associado a uma sequência de gene ou ácida nucleico, uma vez que pode ser obtido isolando as sequências não codificantes 5’, localizadas à montante do segmento codificante e/ou éxon. Um promotor como este pode ser referido como “endógeno”. De maneira similar, um intensificador pode ser um naturalmente associado a uma sequência de ácido nucleico, localizado tanto à jusante
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98/118 quanto à montante desta sequência. Altemativamente, certas vantagens serão obtidas posicionando o segmento de ácido nucleico codificante no controle de um promotor recombinante ou heterólogo, que se refere a um promotor que não está normalmente associado a uma sequência de ácido nucleico em seu ambiente natural. Um intensificador recombinante ou heterólogo se refere também a um intensificador normalmente não associado a uma sequência de ácido nucleico em seu ambiente natural. Tais promotores ou intensificadores podem incluir promotores ou intensificadores de outros genes, e promotores ou intensificadores isolados de qualquer outra célula procariota, viral ou eucariota, e promotores ou intensificadores de “ocorrência não natural”, por exemplo, contendo diferentes elementos de diferentes regiões regulatórias transcricionais, e/ou mutações que alteram a expressão. Além de produzir as sequências de ácido nucleico de promotores e intensificadores sinteticamente, as sequências podem ser produzidas usando tecnologia de clonagem recombinante e/ou amplificação de ácido nucleico, incluindo PCR, junto com as composições aqui descritas (patente U.S. 4.683.202, patente U.S. 5.928.906). Além disso, considera-se que as sequências controle que direcionam a transcrição e/ou expressão de sequências em organelas não nucleares, tais como mitocôndria, cloroplastos e similares, podem ser igualmente empregadas.
[00263] Naturalmente, seria importante empregar um promotor e/ou intensificador que direciona de maneira eficiente a expressão do segmento de DNA no tipo de célula, organela e organismo escolhido para expressão. Os versados na técnica de biologia molecular geralmente sabem como usar promotores, intensificadores e combinações de tipo de célula para a expressão de proteínas, por exemplo, vide Sambrook et al. (2012). Os promotores empregados podem ser constitutivos, específicos de tecido, induzíveis e/ou usados nas condições apropriadas para direcionar a expressão em alto nível do segmento de DNA introduzido, tal como é vantajoso na produção em larga
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99/118 escala de proteínas recombinantes e fragmentos das mesmas.
[00264] Um exemplo de um promotor é a sequência promotora precoce imediata de citomegalovírus (CMV). Esta sequência promotora é uma sequência promotora constitutiva forte, capaz de direcionar altos níveis de expressão de qualquer sequência de polinucleotídeo operativamente ligada para a mesma. Entretanto, outras sequências promotoras constitutivas também podem ser usadas incluindo, mas sem limitação o promotor precoce de vírus símio 40 (SV40), vírus de tumor mamário de camundongo (MMTV), promotor da repetição terminal longa (LTR) do vírus da imunodeficiência humana (HIV), promotor do vírus de Moloney, o promotor do vírus da leucemia aviária, promotor precoce imediato do vírus Epstein-Barr, promotor do vírus do sarcoma de Rous, bem como promotores de gene humano tais como, mas sem limitação, o promotor de actina, o promotor de miosina, o promotor de hemoglobina, e o promotor de creatina muscular. Adicionalmente, a invenção não deve ser limitada ao uso de promotores constitutivos. Promotores induzíveis também são contemplados como parte da invenção. O uso de um promotor induzível na invenção provê uma troca molecular capaz de ativar a expressão da sequência de polinucleotídeo, que é operativamente ligada quando tal expressão é desejada, ou desativando a expressão quando a expressão não é desejada. Exemplos de promotores induzíveis incluem, mas sem limitação, um promotor de metalotionina, um promotor de glicocorticóide, um promotor de progesterona, e um promotor de tetraciclina. Adicionalmente, a invenção inclui o uso de um promotor específico de tecido ou promotor específico de tipo celular, que é um promotor que é ativo apenas em um tecido ou célula desejado. Os promotores específicos de tecido são bem conhecidos na técnica e incluem, mas sem limitação, o promotor HER-2 e as sequências promotoras associadas a PSA.
[00265] A fim de avaliar a expressão dos ácidos nucleicos, o vetor de expressão a ser introduzido em uma célula também pode conter tanto um gene
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100/118 marcador selecionável quanto um gene repórter, ou ambos, para facilitar a identificação e seleção de células que expressam, a partir da população de células pretendida para ser transfectada ou infectada através dos vetores virais. Em outras modalidades, o marcador selecionável pode ser transportado em um ácido nucleico separado, e usado em um procedimento de cotransfecção. Tanto os marcadores selecionáveis quanto os genes repórteres podem ser flanquados com sequências regulatórias apropriadas para possibilitar a expressão nas células hospedeiras. Os marcadores selecionáveis usados são conhecidos na técnica e incluem, por exemplo, genes de resistência a antibiótico, tais como neo e similares.
[00266] Genes repórteres são usados para identificar células potencialmente transfectadas e para avaliar a funcionalidade de sequências regulatórias. Os genes repórteres que codificam proteínas facilmente testáveis são bem conhecidos na técnica. Em geral, um gene repórter é um gene que não está presente ou é expresso pelo organismo ou tecido receptor, e que codifica uma proteína cuja expressão é manifestada por alguma propriedade facilmente detectável, por exemplo, atividade enzimática. A expressão do gene repórter é ensaiada em um período adequado após o DNA ser introduzido nas células receptoras.
[00267] Os genes repórteres adequados podem incluir genes que codificam luciferase, beta-galactosidase, cloranfenicol acetil transferase, fosfatase alcalina secretada, ou o gene da proteína fluorescente verde (vide, por exemplo, Ui-Tei et al., 2000 FEBS Lett. 479:79-82). Os sistemas de expressão adequados são bem conhecidos e podem ser preparados usando técnicas bem conhecidas ou obtidos comercialmente. Em geral, a construção com a região flanqueadora mínima 5’, que mostra o nível de expressão mais elevado do gene repórter, é identificada como o promotor. Tais regiões promotoras podem ser ligadas a um gene repórter e usadas para avaliar agentes em relação à capacidade para modular a transcrição direcionada pelo
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101/118 promotor.
[00268] Os métodos para introduzir e expressar ácidos nucleicos em uma célula são conhecidos na técnica. No contexto de um vetor de expressão, o vetor pode ser facilmente introduzido em uma célula hospedeira, por exemplo, células de mamífero, bacteriana, levedura ou inseto, por qualquer método na técnica. Por exemplo, o vetor de expressão pode ser transferido para uma célula hospedeira por meios físicos, químicos ou biológicos.
[00269] Os métodos físicos para introduzir um polinucleotídeo em uma célula hospedeira incluem precipitação de fosfato de cálcio, lipofecção, bombardeamento de partícula, microinjeção, eletroporação, laserporação e similares. Métodos para produzir células compreendendo vetores e/ou ácidos nucleicos exógenos são bem conhecidos na técnica. Vide, por exemplo, Sambrook et al. (2012) e Ausubel et al. (1999).
[00270] Métodos biológicos para introduzir um ácido nucleico de interesse em uma célula hospedeira incluem o uso de vetores de DNA e RNA. Os vetores virais, e especialmente os vetores retrovirais, tornaram-se o método mais amplamente usado para inserir genes em células de mamífero, por exemplo, humanas. Outros vetores virais podem ser derivados de lentivírus, poxvirus, herpes simplex vírus I, adenovirus e vírus associado a adeno, e similares. Vide, por exemplo, patentes U.S. 5.350.674 e 5.585.362.
[00271] Os meios químicos para introduzir um ácido nucleico em uma célula hospedeira incluem sistemas de dispersão coloidal, tais como complexos de macromoléculas, nanocápsulas, microesferas, esferas e sistemas a base de lipídeo, incluindo emulsões óleo-em-água, micelas, micelas mistas e lipossomas. Um sistema coloidal preferido para uso como um veículo de liberação in vitro e in vivo é um lipossoma (por exemplo, uma vesícula de membrana artificial). A preparação e uso de tais sistemas é bem conhecida na técnica.
[00272] Independentemente do método usado para introduzir ácidos
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102/118 nucleicos exógenos em uma célula hospedeira, ou de outra forma expor uma célula ao ácido nucleico da presente invenção, a fim de confirmar a presença da sequência do DNA recombinante na célula hospedeira, uma variedade de ensaios pode ser realizada. Tais ensaios incluem, por exemplo, ensaios “biológicos moleculares” bem conhecidos pelos versados na técnica, tais como Southern e Northern blotting, RT-PCR e PCR; ensaios “bioquímicos”, tal como detectar a presença ou ausência de um peptídeo particular, por exemplo, por meios imunológicos (ELISAs e Western blots) ou por ensaios aqui descritos para identificar agentes que estão no escopo da invenção.
Kits [00273] A invenção também inclui um kit compreendendo um anticorpo anti-C5, ou combinações do mesmo, da invenção e um material com instruções que descreve, por exemplo, a administração do anticorpo antiC5, ou combinações do mesmo, a um indivíduo como um tratamento terapêutico ou um uso não associado a tratamento, da maneira aqui descrita em outra parte. Em uma modalidade, este kit compreende adicionalmente um carreador farmaceuticamente aceitável (opcionalmente estéril), adequado para dissolver ou suspender a composição terapêutica compreendendo um anticorpo anti-C5, ou combinações do mesmo, da invenção, por exemplo, antes de administrar o anticorpo a um indivíduo. Opcionalmente, o kit compreende um aplicador para administrar o anticorpo.
EXEMPLOS EXPERIMENTAIS [00274] A invenção é agora descrita com referência aos exemplos a seguir. Estes exemplos são providos apenas com o propósito de ilustração e a invenção não deve ser de maneira alguma interpretada como limitada a estes exemplos, mas certamente deve ser interpretada para incluir qualquer e todas as variações que se tomam evidentes como um resultado dos preceitos aqui providos.
[00275] Sem descrição adicional, acredita-se que os versados na
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103/118 técnica, usando a descrição precedente e os exemplos ilustrativos a seguir, podem preparar e utilizar os compostos da presente invenção, e realizar os métodos reivindicados. Portanto, os exemplos de trabalho a seguir não devem ser interpretados de maneira alguma como limitantes do restante da descrição. Exemplo 1 [00276] O sistema complemento é parte da imunidade inata que desempenha um papel chave na defesa do hospedeiro. Entretanto, o complemento ativado também apresenta o potencial para causar lesão e destruição tecidual significativa, e observou-se que a atividade desregulada do complemento estava associada a inúmeras doenças raras e incomuns, tais como hemoglobinúria paroxística noturna (PNH), síndrome hemolíticourêmica atípica, artrite reumatoide, degeneração macular relacionada à idade etc. Assim, a terapia anti-complemento é uma maneira promissora de tratar estes distúrbios humanos.
[00277] O complemento C5 é uma proteína importante na via terminal de ativação do complemento, e é a proteína precursora para gerar o potente C5a mediador pro-inflamatório, bem como o complexo de ataque à membrana citolítica (MAC).
[00278] Seis anticorpos monoclonais C5 anti-humano de murino 6 foram gerados, e foram distinguidos e confirmados como mAbs que bloqueiam a função contra C5 de humano, bloquearam tanto a produção de C5a quanto a formação de MAC quando complemento foi ativado por cada uma das vias clássica, lectina ou alternativa. As identidades destes mAbs são da maneira a seguir: mAbs 4E7, 9G6, 11C5, 2G1, 11D9 e 8E1.
[00279] Além disso, os subtipos Ig das cadeias pesadas e leves dos anticorpos anteriormente mencionados foram determinados, e clonaram os
DNAcs das regiões variáveis das cadeias pesadas dos 6 mAbs.
[00280] Os métodos e materiais usados neste exemplo são agora descritos.
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Análise da afinidade de mAbs anti-C5:
[00281] A análise de ressonância plasmônica de superfície foi usada para avaliar a constante de taxa de associação e dissociação para ligação de C5 de humano aos mAbs anti-C5, usando instrumento BIAcore 3000 (Biacore AB, Uppsala, Suécia), e todos os experimentos Biacore foram realizados a 25°C. A matriz de dextrano carboxilado de um chipe CM5 sensor foi usada para acoplar o mAb IgG am de coelho purificado (RAMFc) por química de acoplamento de amina para obter densidade de superfície de 1000 RU, mAbs anti-C5 foram capturados em RAMFc imobilizado. Após estabilização de ligação de mAb anti-C5, concentração variada de C5 de humano variando de 100, 50, 25, 12,5, 6,25 e 0 nM foi injetada na superfície em tampão HBSET (tampão HEPES salina EDTA com Tween 20), e as amostras foram injetadas na superfície do anticorpo em 30 gL/min (injeção de 60 μΕ) por 180 segundos, e a dissociação de analito ligado continuou naturalmente por 900 segundos. Os dados foram analisados pelo software de avaliação BIA 3.2, presumindo modelo de ligação 1:1. A regeneração da superfície foi atingida com uma injeção de 50 gL (50 gL/min) de Glicina HC1 10 mM pH 1,5.
Produção de C5a induzida por ensaio LPS:
[00282] Soro humano normal 10 % (NHS) foi pré-incubado com diferente concentração de 4E7, 9G6, 11C5, 2G1, 11D9 e 8E1 a 4°C por 1 hora. As amostras tratadas com anticorpo foram incubadas com LPS em MgEGTA GVB2+ a 37 °C por 1 hora, e a seguir foram paradas com EDTA 40 mM em PBS.
ELISA sanduíche para detecção de C5a de humano:
[00283] Placas de 96 poços foram revestidas com um anticorpo específico de C5a anti-humano de camundongo (R&D systems # MAB2037), em uma concentração final de 1 gg/mL a 4°C por toda a noite. Após três lavagens com PBS contendo Tween-20 0,05 %, as placas foram incubadas com amostras de soro diluídas 1/8 (a partir da produção de C5a induzida por
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105/118 ensaio LPS) em temperatura ambiente por 1 hora. Após mais uma lavagem, as placas foram incubadas com o mAb C5a anti-humano biotinilado correspondente (R&D systems # BAM20371) em temperatura ambiente por 1 hora, lavadas novamente e incubadas com estreptavidina conjugada com peroxidase de rábano silvestre (BD pharmagen # 554058) em temperatura ambiente por 1 hora. Após a lavagem final, a placa foi desenvolvida com substrato HRP por 6-10 minutos. A reação parou com H2SO4 2N e placa foi lida em 450 nm em uma microplaca.
Ensaio de ligação de C5 de humano e mAb:
[00284] Placas de microtitulação de poliestireno foram revestidas com C5 de humano purificado (50 ng/poço) em PBS, a 37°C por 1 hora. Após aspirar a solução C5, os poços foram bloqueados com PBS contendo BS A 1 % em PBS, em temperatura ambiente por 1 hora. Os poços sem revestimento com C5 funcionaram como controle de fundo. Concentrações diferentes de 4E7, 9G6, 11C5, 2G1, 11D9 e 8E1, 50 pL/poço em solução de bloqueio, foram adicionadas aos poços. Após uma incubação de 1 hora em temperatura ambiente, os poços foram lavados extensivamente com PBST. mAb ligado a C5 de humano foi detectado pela adição de diluição 1:4000 de IgG HRP anticamundongo ou IgG4 HRP anti-humano em solução de bloqueio, que foi incubada naturalmente por 1 hora em RT. Após lavagem com PBST, a placa foi desenvolvida com substrato HRP por 6-10 minutos. A reação foi finalizada com H2SO4 2N e a placa foi lida em 450 nm em um leitor de microplacas.
Geração de mAbs C5 anti-humano:
[00285] Camundongos B10.D2/oSnJ fêmeas (Stock # 000461, Jackson laboratory) foram imunizados com 30 pg de C5 de humano purificado (# Al20, Complement Technology Inc) emulsificado com adjuvante. No dia 14, os camundongos foram novamente imunizados com 30 pg de C5 de humano purificado, emulsificado com adjuvante. Os camundongos foram reforçados
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106/118 com 33 gg de C5 de humano purificado três veze antes da fusão. A seguir, os camundongos foram sacrificados por deslocamento cervical e o baço foi isolado para preparação de suspensão de célula única por rompimento mecânico. A suspensão de célula do baço foi lavada uma vez com HYB-SFM (Invitrogen) + meio FBS 10 %, e as células foram contadas, e misturadas com células de mieloma X63-Ag8.653 (ATCC) em uma razão 2: 1. A mistura de célula foi novamente lavada com meio HYB-SFM, e o precipitado celular foi preparado por centrifugação (1.000 rpm x 5 minutos). O precipitado celular foi delicadamente mexido e solto, e a seguir a fusão celular foi induzida adicionando lentamente polietileno glicol (PEG 1500) (1,5 mL de PEG para 3 x 108 células). As células foram deixadas por 1 minuto a 37°C, e a seguir 20 mL de meio HYB-SFM foram adicionados às células em 3 minutos (1 mL para o primeiro minuto, 3 mL para o segundo minuto, e 16 mL para o terceiro minuto). A mistura foi centrifugada a 1.000 rpm por 5 minutos e as células foram plaqueadas em placas de 24 poços, em meio HAT (10 ml de HAT [Sigma H0262], 5 mL de Pen/Estrep, 500 gL de gentamicina e FBS 10 % em 500 mL de meio HYB-SFM). Após 2 semanas, os sobrenadantes purificados dos poços com colônias visíveis foram retirados para triagem da reatividade com C5 de humano purificado por ELISA. Os clones positivos foram coletados e plaqueados em placas de 96 poços, limitando o método de diluição para obter clones únicos após o segundo ciclo de triagem por ELISA. Os clones positivos foram expandidos em meio HT (10 mL de HT, 5 mL de Pen/Estrep, 500 gL de Gentamicina e FBS 10 %em 500 mL de meio HYBSFM). Antes da coleta do anticorpo, as células de hibridoma foram trocadas para meio sem soro (HYB-SFM) por 2-3 dias. O meio de cultura de célula foi coletado para purificação de mAb por cromatografia de afinidade da proteína G.
Clonagem de mAb:
[00286] Para clonar os DNAcs de 4E7, 9G6, 11C5, 2G1, 11D9 e 8E1,
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RNAs totais foram isolados das células de hibridoma por reagente TRizol (Sigma). As primeiras fitas de DNAcs foram sintetizadas por transcrição reversa usando oligonucleotídeo iniciador Oligo(dT). Para amplificar os DNAcs de cadeia pesada (para IgGl, IgG2a/b), os seguintes oligonucleotídeos iniciadores foram usados em reações de PCR: 5’GAGGTGAAGCTGGTGGAG(T/A)C(T/A)GG- 3 ‘ (SEQ ID NO: 77) e 5’GGGGCCAGTGGATAGAC-3’ (SEQ ID NO;78). Para amplificar a cadeia leve k, os seguintes oligonucleotídeos iniciadores foram usados: mistura de 4 oligonucleotídeos iniciadores à montante: 5
CCAGTTCCGAGCTCCAGATGACCCAGACTCCA-3 ‘ (SEQ ID NO: 79); 5’- CCAGTTCCGAGCTCGTGCTCACCCAGTCTCCA-3 ‘ (SEQ ID NO:80); 5’- CCAGTTCCGAGCTCCAGATGACCCAGTCTCCA-3 ‘ (SEQ ID NO:81); 5’-CCAGTTCCGAGCTCGTGATGACACAGTCTCCA-3 ‘ (SEQ 1D NO:82); oligonucleotídeo iniciador à jusante: 5’GTTGGTGCAGCATCAGC-3, (SEQ ID NO:83). Os amplicons de PCR foram clonados em no vetor de pCR TOPO TA 2.1 (Invitrogen) e sequenciados. Para obter a sequência de peptídeo sinal (líder) dos mAbs, o método 5 ‘-RACE foi usado com um kit (GeneRacer) da Invitrogen. Os DNAcs de região variável completa foram amplificados usando oligonucleotídeos iniciadores específicos, determinados a partir do 5’-RACE e dos dados de sequenciamento inicial.
Construção e expressão de mAb 2G1 quimérico [00287] DNAc de cadeia pesada 2G1 quimérico foi construído clonando a região variável de mAb 2G1 no vetor pFUSE-CHIg-hG4 (de InvivoGen, contendo a região constante de cadeia pesada de IgG4 de humano, com serina 229 mutada para prolina (SEQ ID NO:60) usando os sítios EcoRI/Nhel. O DNAc de cadeia leve 2G1 quimérico foi construído clonando a região variável de mAb 2G1 no vetor pFUSE2-CLIg-hk (de invivoGen, contendo a região constante de cadeia leve k de humano (SEQ ID NO 61)),
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108/118 usando os sítios Agel/BsiWI. As células CHO foram co-transfectadas com cadeias pesadas e leves quiméricas de 2G1 ou cadeias pesadas e leves de 2G1 humanizadas (as duas cadeias pesadas humanizadas foram pareadas com a mesma cadeia leve humanizada) usando o reagente Lipofectamine. Após transfecção, as células CHO foram selecionadas com Geocina (1 mg/mL) e Blastcidina (10 qg/mL) por aproximadamente 7 dias. As colônias de células resistente ao fármaco foram coletadas, tripsinizadas e submetidas à cultura de diluição limitada em placas de 96 poços na presença dos mesmos fármacos de seleção. Após as células se tornarem confluentes nas placas de 96 poços, o meio foi testado em relação à reatividade com C5 de humano por ELISA e os clones positivos foram expandidos. Em relação à produção de anticorpo, as linhagens estáveis de células CHO transfectadas foram crescidas em DMEM: meio F 12 com 10 % de FBS em frascos de cultura de 150 cm, e após atingir a confluência foram trocadas para meio CD-CHO sem soro (Invitrogen), Após 3 dias, o meio foi coletado e Abs foram purificados por cromatografia da proteína G. Alíquotas dos Abs purificados foram analisadas por SDS-PAGE. Construção e expressão de 2G1 mAb humanizado [00288] CDRs de mAb 2G1 de VH e VL foram enxertadas nas estruturas dos segmentos de gene variáveis e de união (V, J) da linhagem germinativa de cadeias pesadas e leves de Ig humana, respectivamente, por meio das quais foram escolhidas com base nas similaridades de CDR entre imunoglobulinas humanas e mAb 2G1 (Hwang et al, Method, 2005). A vantagem desta abordagem é gerar Abs humanizados que mantêm sua afinidade de ligação com seu antígeno cognato, e é reduzir muito a imunogenicidade potencial de Abs não humanos, uma vez que todos os resíduos nas estruturas são de sequências de linhagem germinativa Ab de humano. DNAcs de cadeia pesada de 2G1 humanizado foram construídos clonando a região variável de cadeia pesada humanizada de 2G1 (sintetizados por Genescript), no vetor pFUSE-CHIg-hG4 (de InvivoGen, contendo a
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109/118 região constante de cadeia pesada de IgG4 de humano, com Serina 229 mutada para Prolina (SEQ ID NO 60)), usando os sítios EcoRI/Nhel. O DNAc de cadeia leve de 2G1 humanizado foi construído clonando a região variável de cadeia leve humanizada de 2G1 (sintetizado por Genescript), no vetor pFUSE2-CLIg-hk (de InvivoGen, contendo a região constante de cadeia leve kappa de humano (SEQ ID NO 61)), usando os sítios Agel/BsiWI. As células CHO foram co-transfectadas com cadeias pesadas e leves quiméricas de 2G1 ou cadeias pesadas e leves humanizadas de 2G1 (as duas cadeias pesadas humanizadas foram pareadas com a mesma cadeia leve humanizada) usando o reagente Lipofectamine. Após transfecção, as células CHO foram selecionadas com Geocina (1 mg/mL) e Blasticidina (10 pg/mL) por aproximadamente 7 dias. As colônias de células resistentes ao fármaco foram coletadas, tripsinizadas e submetidas à cultura em diluição limitada em placas de 96 poços, na presença dos mesmos fármacos selecionados. Após as células se tomarem confluentes nas placas de 96 poços, o meio foi testado quanto a reatividade com C5 de humano por ELISA, e os clones positivos foram expandidos. Para a produção de anticorpo, as linhagens estáveis de células CHO transfectadas foram crescidas em meio DMEM: F 12 com FBS 10 %, em frascos de cultura de 150 cm e, após atingir a confluência, foram trocadas pera meio CD-CHO sem soro (Invitrogen), Após 3 dias, o meio foi coletado e Abs foram purificados por cromatografia de proteína G. Alíquotas dos Abs purificados foram analisadas por SDS-PAGE.
Ensaio de Hemólise:
[00289] Ensaio de lise de células vermelhas do sangue de ovelha (RBCs): RBCs de ovelha (1 x 107 ou 1 x 108 células, Complement Technology Inc) foram incubadas a 37°C por 20 minutos com NHS 10 % ou 50 % (Complement Technology Inc), em tampão veronal de gelatina (GVB2+, Sigma). Antes da adição de RBCs de ovelha, NHS foi pré-incubado com mAb (4E7, 9G6, 11C5, 2G1, 11D9, 8E1 e um mAb controle 7A12), ou
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2G1 e 7A12 quimérico, ou 2G1 humanizado por 1 hora a 4°C. A reação de lise foi parada pela adição de EDTA 40 mM gelado em PBS. As misturas de incubação foram centrifugadas por 5 minutos em 1.500 rpm e o sobrenadante foi coletado e medido por OD405 nm. Amostras sem NHS ou com EDTA adicionado foram usadas como controles negativos de lise, e uma amostra de RBCs de ovelha completamente lisada com água destilada foi usada como um controle positivo (100 % de lise), contra o qual o % de lise em outras amostras foi normalizado.
[00290] Ensaio de lise de RBCs de galinha: RBCs de galinha (1 x 107 ou 1 x 108 células, Complement Technology Inc) foram incubadas a 37°C por 1 hora com 50 % de soro (Complement Technology Inc) em GVB2+. Antes da adição das RBCs de galinha, soros de diferentes espécies de animais, incluindo humano, cachorro, coelho, hamster, cabra, porco, ovelha, macaco Rhesus ou macaco cinomolgo, foram pré-incubados com 50 pg/mL de 4E7, 9G6, 11C5, 2G1, 11D9, ou 8E1 por 1 hora a 4°C. Em alguns experimentos, NHS foi pré-incubado com 2G1 ou 8E1 diluído em série por 1 hora a 4°C. A reação de lise foi parada pela adição de EDTA 40 mM gelado em PBS. As misturas de incubação foram centrifugadas por 5 minutos em 1.500 rpm, e o sobrenadante foi coletado e medido por OD405 nm. Os dados coletados foram normalizados contra soro e EDTA como controle negativo (0 %), e contra soro e nenhum anticorpo como controle positivo (100 %).
[00291] Ensaio de lise de RBCs PNH: NHS foram diluídos com GVB2+ tampão e acidificados em pH 6,4 (soro humano normal acidificado: NHSa) e usados para ensaios com RBCs PNH. 5 x 106 células foram adicionadas em NHSa 50 %. Incubada a 37°C e após 30 minutos, a reação foi parada adicionado 200 μΕ de EDTA 20 mM frio em PBS. mAb 2G1 foi incubado com NHSa por 30 minutos a 4 °C, antes de adicionar em RBCs PNH. As RBCs foram precipitadas por centrifugação, e a densidade ótica em 405 nm de uma alíquota do sobrenadante recuperado foi usada para calcular a
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Ill / 118 lise percentual. RBCs PNH lisadas em água foram usadas como padrão de lise 100 %.
Expressão de mutantes de eliminação de domínio e cadeia β C5 de humano: [00292] DNAc de C5 de humano (C5h) no vetor pGEM-T foi obtido de Sino Biologicals Inc. (Cat#HG13416-G). A sequência de nucleotídeo de C5 obtida de Sino Biologicals Inc. foi confirmada com oligonucleotideos iniciadores específicos de gene e vetor. A sequência de proteína e nucleotídeo de β-cadeia de C5h foi identificada com PubMed (NM_001735.2) e Uniprot Id-P01031. A β-cadeia de C5h foi amplificada e clonada no vetor pCAGGS. Mutantes de eliminação do domínio de macroglobulina (MG) (MG1, MG, MG3, MG4, MG5 e MG6) de β-cadeia foram implementados no vetor C5hpGEM-T por PCR inversa, e a eliminação foi confirmada por sequenciamento. Os mutantes do domínio MG de β cadeia de C5h foram clonados de maneira similar no vetor pCAGGS. Oligonucleotideos iniciadores usados para a construção e clonagem de mutantes de eliminação de MG são listados na tabela 1 a seguir.
Tabela 1. Oligonucleotideos iniciadores usados para construção e eliminação de mutantes MG
SEQ ID NO: Oligonucleotídeo iniciador Sequência (5’-3’)
90 hC5 β -MG 1 delReverso TCCCCAGGTTTTCCCCAGGAAGAT
91 hC53-MGldelSentido AATGGATTTCTCTTCATTCATAC
92 hC5 β -MG2delReverso GTCATAGGTTATTGGCATTCTT
93 Η€5β-ΜΟ2ά6186η1ίάο TTGCCACATTTTTCTGTCTCAATC
94 hC5 β -MG3delReverso GACATATTCTTTAACTTCAAAATATG
95 Η€5β-ΜΟ3ά6186η1ίάο CCCTACAAACTGAATTTGGTTG
96 hC5 β -MG4delReverso AGAGAGGACATATTTGATGCCAG
97 Η€5β-ΜΟ4ά6186η1ίάο TCTCTCAGCCAAAGTTACCTT
98 hC5 β -MG5delReverso TGAGTATGCTATTGCTCGGTAAC
99 Η€5β-ΜΟ5ά6186η1ίάο TGTGGCAACCAGCTCCAGGTTC
100 hC5 β -MGódelReverso TTTTTCTTCAATATTTAACCAG
101 1ι05β-ΜΟ6άε18εηϋάο AGGCCAAGAAGAACGCTGCAAAAG
102 hC5infF TTTTGGCAAAGAATTCGCCACCATGGG CCTTTTGGGAATAC
103 1ιΟ5βπ^ CCTGAGGAGTGAATTCTTAATGGTGATGG TGATGGTGGAGAATTTCTTTACAAGGTTC
Transfecção de eliminações Ο51ιβ e C5h3-MG:
[00293] A β cadeia intacta e vários DNAcs mutantes de eliminação de
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112/118 domínio MG foram transfectados em células HEK usando Lipofectamine 2000 (Invitrogen). Após 48 horas, os sobrenadantes foram coletados e usados para ensaio.
SDS-PAGE e Western blotting:
[00294] Para análise de Western blot, 40 μΕ do sobrenadante de células HEK transfectadas com mutante de eliminação de domínio MG e de β cadeia de C5h, ou do sobrenadante de células HEK não transfectadas (controle negativo), foram adicionados aos tubos contendo tampão da amostra e β-mercaptoetanol. C5 de humano purificado foi adicionado como um controle positivo. As amostras foram fervidas a 100 °C por 7 minutos e carregadas em 4-12 % de gel gradiente, e as proteínas foram transferidas para membrana PVDF com tamanho de poro de 0,2 μπι. A membrana foi bloqueada com leite em pó desnatado 5 % em TBS por 1 hora em temperatura ambiente. A membrana foi então incubada com anticorpo primário (policlonal anti-C5h de cabra de Comptech, cat#A220, ou mAb 2G1-3 ou QDC5 biotinilado) em leite em pó desnatado 5 % em TBST, a 4 °C por toda a noite. A membrana foi lavada com TBS com Tween-20 0,1 % (TBST) por 6 x 5minutos, e incubada com diluição 1:4.000 de anti-cabra-HRP de coelho (Bio-Rad, Cat#172-1034) por 1 hora em temperatura ambiente. As proteínas foram detectadas usando substrato de Western Blotting Pierce™ ECL 2, de acordo com as instruções do fabricante. O mAb QDC5 é um mAb IgG4 recombinante de humano que carrega as sequências VH e VL de um mAb C5 anti-humano de camundongo humanizado, da maneira descrita em Thomas et al. (Mol Immunol., Dezembro de 1996;33(17-18): 1389-401). Foi expresso em células Expi-CHO (Invitrogen) e purificado por cromatografia de afinidade da proteína A.
ELISA sanduíche para detecção de mutantes de eliminação de β cadeia de
C5h e MG:
[00295] Para ELISA sanduíche, placas de 96 poços foram revestidas
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113/118 com 2G1-3 mAb em uma concentração final de 2 qg/mL, a 4°C por toda a noite. Após três lavagens com PBS contendo Tween-20 0,05 %, as placas foram bloqueadas com albumina sérica bovina 3 % (BSA) por 1 hora em temperatura ambiente. Após a lavagem, as placas foram incubadas com 200 qL de sobrenadantes de célula HEK transfectadas ou NHS 20 %, por 1 hora em temperatura ambiente. Após uma outra lavagem, as placas foram incubadas com o anticorpo de detecção SKY59, em uma concentração final de 2 qg/mL em temperatura ambiente por 1 hora, lavadas novamente e incubadas com anticorpo específico de IgG4 humano secundário conjugado com HRP (Invitrogen # MA 1-34437), em temperatura ambiente por 1 hora. O mAb SKY59 foi expresso como um mAb recombinante de IgG4, com base nas sequências VH/VL publicadas (Fukuzawa et al., Sei Rep., 24 de abril de 2017;7(l):1080. doi: 10.1038/s41598-017-01087-7). No caso de Western blotting usar um anticorpo C5 anti-humano de cabra policlonal, o anticorpo foi usado em diluição 1:500, em temperatura ambiente por 1 hora. Após lavagem adicional, os poços foram incubados com HRP IgG anti-cabra de coelho (1:4.000) por 1 hora. As placas foram desenvolvidas com substrato HRP por 6-10 min. A reação foi finalizada com H2SO4 2N e a placa foi lida a 450 nm em um leitor de microplaca.
[00296] Os resultados deste exemplo são agora descritos.
[00297] Os resultados de um ensaio de ELISA demonstrando a ligação de mAbs C5 anti-humano 4E7, 9G6, 11C5, 2G1, 11D9 e 8E1 ao C5 de humano são mostrados na figura 1. ELISA de ligação direta ao antígeno, no qual mAbs são diluídos em série através de placas de microtitulação revestidas com C5 de humano purificado. Todos os seis mAbs mostraram reatividade elevada com C5 de humano.
[00298] Os resultados de experimentos demonstrando afinidade de ligação de mAbs anti-C5 2G1, 8E1, 4E7, 9G6, 11C5 e 11D9 ao C5 são mostrados na figura 2-7. mAb IgG amRabbit purificado (RAMFc) foi
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114/118 acoplado em um chipe CM4 usando o método de acoplamento de amina. A seguir, mAbs anti-C6 foram capturados em RAMFc imobilizado. Análises Biacore foram realizadas em um instrumento Biacore-2000.
[00299] A inibição dose-dependente de produção de C5a induzida por LPS, por mAbs C5 anti-humano 4E7, 9G6, 11C5, 2G1, 11D9 e 8E1, é ilustrada na figura 8. Para avaliar o efeito de mAbs C5 anti-humano na produção de C5a induzida por LPS, uma combinação de dois ensaios foi usada: Produção de C5a induzida por LPS e ELISA sanduíche de C5 de humano. Todos os seis mAbs inibiram eficientemente a produção de C5a induzida por LPS quando adicionados ao soro humano normal 10 % (NHS), em uma concentração final de 12,5 pg/mL.
[00300] Os efeitos de mAbs C5 anti-humano 4E7, 9G6, 11C5, 2G1, 11D9 e 8E1 na hemólise mediada pelo complemento são mostrados na figura 9. A figura 9A ilustra a lise de RBC, determinada avaliando a absorbância em OD405 nm, após RBCs de ovelha serem incubadas com NHS 50 % contendo diluições seriadas de cada mAb anti-C5, a 37°C por 1 hora. A lise de RBC foi determinada avaliando a absorbância em OD405 nm. Em 120 pg/mL, todos os mAbs inibiram a lise de eritrócito de ovelha mediada por NHS 50 %. Em doses menores (por exemplo, 30-60 pg/mL), 9G6 foi menos potente em prevenir a hemólise do que outros mAbs. A figura 9B ilustra que em 30 pg/mL, mAb 2G1 e 8E1 foram mais potentes em inibir hemólise mediada pelo complemento do que 4E7, 11C5 e 11D9.
[00301] Os efeitos de mAbs C5 anti-humano 4E7, 9G6, 11C5, 2G1, 11D9, 8E1 na hemólise mediada pelo complemento usando soros de diferentes espécies de animais são mostrados na figura 10. RBCs de galinha foram incubadas com NHS 50 %, soro de coelho normal, soro de macaco Rhesus ou soro de macaco Cinomolgo contendo cada qual mAb anti-C5 (final 50 pg/mL), a 37°C por 1 hora. A lise de RBC foi determinada avaliando a absorbância em OD405 nm, e normalizada contra soro e EDTA como
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115/118 controle negativo (0 %), e contra soro e nenhum anticorpo como controle positivo (100 %). No ensaio hemolítico usando NHS, cinco de seis mAbs C5 anti-humano inibiram a hemólise significativamente, isto é, em mais de 50 %. Especialmente, amostras de NHS contendo 2G1 mostraram inibição quase completa de hemólise. Quando tratada com mAb 9G6 ou 2G1, a atividade hemolítica em soro de coelho foi significativamente reduzida. Por outro lado, todos os mAbs falharam em inibir a hemólise mediada pelo complemento usando soros de macaco (Rhesus e cinomolgo), cabra, porco e ovelha.
[00302] Os efeitos de mAbs C5 anti-humano 2G1 e 8E1 na hemólise mediada pelo complemento são representados na figura 11. RBCs de galinha foram incubadas com NHS 50 % contendo diluições seriadas de 2G1 ou 8E1 ou mAb controle (MOPC, IgGl de camundongo), a 37°C por 1 hora. A lise de RBC foi determinada avaliando a absorbância em OD405 nm.
[00303] O efeito de mAb C5 anti-humano 2G1 na hemólise de RBCs PNH é apresentado na figura 12. RBCs de pacientes com hemoglobinúria paroxística noturna (PNH) foram submetidas ao teste de soro acidificado de Ham, na presença ou ausência de mAb 2G1. RBCs foram incubadas com NHS 50 %, contendo diluições seriadas de 2G1 a 37 °C por 1 hora. A lise de RBC foi determinada avaliando a absorbância em OD405 nm. Na ausência de mAb, cerca de 35 % de RBCs foram lisadas por soro acidificado, enquanto o tratamento com mAb 2G1 causou 70 % de redução de atividade hemolítica em 25 gg/mL e 85 % de redução em 40 gg/mL.
[00304] As sequências de anticorpo para os seis anticorpos são mostrados na figura 13 até a figura 18. A figura 13 representa as sequências de região variável de cadeias pesadas e leves de mAb 2G1. A figura 14 representa as sequências de região variável de cadeias pesadas e leves de mAb 8E1. A figura 15 representa as sequências de região variável de cadeias pesadas e leves de mAb 4E7. A figura 16 representa as sequências de região variável de cadeias pesadas e leves de mAb 9G6. A figura 17 representa as
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116/118 sequências de região variável de cadeias pesadas e leves de mAb 11C5. A figura 18 representa as sequências de região variável de cadeias pesadas e leves de mAb 11D9.
[00305] As sequências de aminoácido de região pesada constante de IgG4 de humano, com uma serina 228 em mutação de prolina (isto é, S228P), e região leve constante kappa de humano são mostradas na figura 19. Estas sequências foram usadas para construir anticorpo C5 anti-humano (2G1) quimérico (região variável de camundongo + região constante de humano) e humanizado (região variável humanizada de camundongo + região constante de humano).
[00306] A reatividade de mAb quimérico de IgG4 de humano 2G1 com C5 de humano é mostrada na figura 20. 2G1 quimérico foi preparado unindo as regiões variáveis de mAb 2G1, com região constante de cadeia pesada de IgG4 de humano carregando uma mutação S228P e região constante de cadeia leve kappa de humano. Uma placa foi revestida com C5 de humano. Após incubação com 2G1 quimérico diluído em série, mAb quimérico ligado foi detectado por IgG4 anti-humano conjugado com HRP. 2G1 quimérico se ligou ao C5 de humano de uma maneira dose dependente.
[00307] Os efeitos de mAb quimérico IgG4 de humano 2G1 na hemólise mediada pela via clássica do complemento são mostrados na figura 21. RBCs de ovelha sensibilizadas foram incubadas com NHS contendo 2G1 quimérico diluído em série a 37 °C por 1 hora. A lise de RBC foi determinada avaliando a absorbância em OD405 nm. O resultado mostrou que em 30 gg/mL, e concentrações maiores, mAb 2G1 quimérico inibiu 50 % da lise de eritrócito de ovelha mediada por NHS.
[00308] As sequências de nucleotídeo e aminoácido de uma cadeia pesada variável humanizada (VH) de mAb 2G1 (2G1 VH-11801 humanizado) são ilustradas na figura 22. A humanização foi atingida por rede de CDR de mAb 2G1 VH de murino em uma linhagem germinativa codificada por
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117/118 quadro VH de humano (11801). A sequência de aminoácido de peptídeo sinal está sublinhada e aquela de CDR1, CDR2 e CDR3 está em negrito e sombreada.
[00309] As sequências de nucleotídeo e aminoácido de uma outra VH humanizada de mAb 2G1 (2G1 VH-16901 humanizado) são ilustradas na figura 23. A humanização foi atingida por rede de CDR de mAb 2G1 VH de murino em uma linhagem germinativa codificada por quadro VH de humano (16901). A sequência de aminoácido de peptídeo sinal está sublinhada e aquela de CDR1, CDR2 e CDR3 está em negrito e sombreada.
[00310] As sequências de nucleotídeo e aminoácido de uma cadeia leve variável humanizada (VL) de mAb 2G1 (2G1 VL-1901 humanizada) são ilustradas na figura 24. A humanização foi atingida por rede de CDR de mAb 2G1 VL de murino em uma linhagem germinativa codificada por quadro VL de humano (1901). A sequência de aminoácido de peptídeo sinal está sublinhada e aquela de CDR1, CDR2 e CDR3 está em negrito e sombreada.
[00311] A reatividade de 2G1 humanizado (VH-11801/VL-1901) com C5 de humano é mostrada na figura 25. 2G1 humanizado (VH-11801/VL1901) foi expresso como um mAb IgG4 de humano com mutação S228P no domínio Fe. Uma placa foi revestida com C5 de humano. Após incubação com 2G1 humanizado diluído em série (VH-11801/VL-1901), mAb ligado foi detectado por IgG4 anti-humano conjugado com HRP. 2G1 humanizado (VH11801/VL-1901) se ligou ao C5 de humano de uma maneira dose dependente.
[00312] A reatividade de 2G1 humanizado (VH-16901/VL-1901) com C5 de humano é mostrada na figura 26. 2G1 humanizado (VH-16901/VL1901) foi expresso como um mAb IgG4 de humano com mutação S228P no domínio Fe. Uma placa foi revestida com C5 de humano. Após incubação com 2G1 humanizado diluído em série (VH-16901/VL-1901), Ab ligado foi detectado por IgG4 anti-humano conjugado com HRP. 2G1 humanizado (VH16901/VL-1901) se ligou a C5 de humano de uma maneira dose dependente.
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118/118 [00313] Os efeitos do 2G1 humanizado (VH-11801/VL-1901) na hemólise mediada pela via clássica do complemento são mostrados na figura
27. 2G1 humanizado (VH-11801/VL-1901) foi expresso como um mAb IgG4 de humano com mutação S228P no domínio Fc. RBCs de ovelha sensibilizadas foram incubadas com NHS 10 % contendo 2G1 humanizado diluído em série (VH-11801/VL-1901), a 37°C por 1 hora. A lise de RBC foi determinada avaliando a absorbância em OD405 nm. 2G1 humanizado (VH11801/VL-1901) inibiu significativamente a lise de eritrócito de ovelha mediada por NHS 10 % em 10 qg/mL e concentrações maiores de mAb.
[00314] Os efeitos de 2G1 humanizado (VH-16901/VL-1901) na hemólise mediada pela via clássica do complemento são mostrados na figura
28. 2G1 humanizado (VH-16901/VL-1901) foi expresso como um mAb IgG4 de humano com mutação S228P no domínio Fc. RBCs de ovelha sensibilizadas foram incubadas com NHS 10 % contendo 2G1 humanizado diluído em série (VH-16901/VL-1901), a 37°C por 1 hora. A lise de RBC foi determinada avaliando a absorbância em OD405 nm. 2G1 humanizado (VH16901/VL-1901) inibiu significativamente 10 % da lise de eritrócito de ovelha mediada por NHS emlO qg/mL e concentrações maiores de mAb.
[00315] As descrições de cada qual e todos de patentes, pedidos de patente e publicação aqui citados são aqui incorporadas pela referência na sua íntegra.
[00316] Enquanto essa invenção foi descrita com referência às modalidades específicas, é evidente que outras modalidades e variações desta invenção podem ser elaboradas pelos versados na técnica sem fugir do espírito e do escopo da invenção. Pretende-se que as reivindicações em anexo sejam interpretadas como incluindo todas as tais modalidades e variações equivalentes.

Claims (39)

  1. REIVINDICAÇÕES
    1. Anticorpo, caracterizado pelo fato de que se liga especificamente a C5 de humano.
  2. 2. Anticorpo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o anticorpo é um anticorpo quimérico.
  3. 3. Anticorpo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o anticorpo compreende pelo menos uma das CDRs selecionadas do grupo que consiste em: VH-CDR1: SEQ ID NO:3; VHCDR2: SEQ ID NO:4; VH-CDR3: SEQ ID NO:5; VL-CDR1: SEQ ID NO:8; VL-CDR2: SEQ ID NO:9; e VL-CDR3: SEQ ID NO: 10.
  4. 4. Anticorpo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o anticorpo compreende as CDRs: VH-CDR1: SEQ ID NO:3; VH-CDR2: SEQ ID NO:4; VH-CDR3: SEQ ID NO:5; VL-CDR1: SEQ ID NO:8; VL-CDR2: SEQ ID NO:9; e VL-CDR3: SEQ ID NO: 10, ou uma variação ou variações das mesmas.
  5. 5. Anticorpo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o anticorpo compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:2, ou uma variação da mesma.
  6. 6. Anticorpo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o anticorpo compreende uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:7, ou uma variação da mesma.
  7. 7. Anticorpo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o anticorpo compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:2 e uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:7, ou uma variação ou variações das mesmas.
  8. 8. Anticorpo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o anticorpo compreende pelo menos uma das CDRs selecionadas do grupo que consiste em: VH-CDR1: SEQ ID NO: 13; VH
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    2/7
    CDR2: SEQ ID NO: 14; VH-CDR3: SEQ ID NO: 15; VL-CDR1: SEQ ID NO: 18; VL-CDR2: SEQ ID NO: 19; e VL-CDR3: SEQ ID NO:20, ou uma variação ou variações das mesmas.
  9. 9. Anticorpo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o anticorpo compreende as CDRs: VH-CDR1: SEQ ID NO: 13; VH-CDR2: SEQ ID NO: 14; VH-CDR3: SEQ ID NO: 15; VL-CDR1: SEQ ID NO: 18; VL-CDR2: SEQ ID NO: 19; e VL-CDR3: SEQ ID NO:20, ou uma variação ou variações das mesmas.
  10. 10. Anticorpo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o anticorpo compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 12, ou uma variação da mesma.
  11. 11. Anticorpo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o anticorpo compreende uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 17, ou uma variação da mesma.
  12. 12. Anticorpo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o anticorpo compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 12 e uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 17, ou uma variação ou variações das mesmas.
  13. 13. Anticorpo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o anticorpo compreende pelo menos uma das CDRs selecionadas do grupo que consiste em: VH-CDR1: SEQ ID NO:23; VHCDR2: SEQ ID NO:24; VH-CDR3: SEQ ID NO:25; VL-CDR1: SEQ ID NO:28; e VL-CDR2: SEQ ID NO:29, ou uma variação ou variações das mesmas.
  14. 14. Anticorpo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o anticorpo compreende as CDRs: VH-CDR1: SEQ ID NO:23; VH-CDR2: SEQ ID NO:24; VH-CDR3: SEQ ID NO:25; VL-CDR1: SEQ ID NO:28; e VL-CDR2: SEQ ID NO:29, ou uma variação ou variações
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    3/7 das mesmas.
  15. 15. Anticorpo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o anticorpo compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:22, ou uma variação da mesma.
  16. 16. Anticorpo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o anticorpo compreende uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:27, ou uma variação da mesma.
  17. 17. Anticorpo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o anticorpo compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:22 e uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:27, ou uma variação ou variações das mesmas.
  18. 18. Anticorpo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o anticorpo compreende pelo menos uma das CDRs selecionadas do grupo que consiste em: VH-CDR1: SEQ ID NO:32; VHCDR2: SEQ ID NO:33; VH-CDR3: SEQ ID NO:34; VL-CDR1: SEQ ID NO:37; VL-CDR2: SEQ ID NO:38, VL-CDR3: SEQ ID NO:39, ou uma variação ou variações das mesmas.
  19. 19. Anticorpo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o anticorpo compreende as CDRs: VH-CDR1: SEQ ID NO:32; VH-CDR2: SEQ ID NO:33; VH-CDR3: SEQ ID NO:34; VL-CDR1: SEQ ID NO:37; VL-CDR2: SEQ ID NO:38, VL-CDR3: SEQ ID NO:39, ou uma variação ou variações das mesmas.
  20. 20. Anticorpo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o anticorpo compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:31, ou uma variação da mesma.
  21. 21. Anticorpo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o anticorpo compreende uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:36, ou uma variação da mesma.
    Petição 870190104600, de 16/10/2019, pág. 128/167
    4/7
  22. 22. Anticorpo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o anticorpo compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:31 e uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 36, ou uma variação ou variações das mesmas.
  23. 23. Anticorpo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o anticorpo compreende pelo menos uma das CDRs selecionadas do grupo que consiste em: VH-CDR1: SEQ ID NO:42; VHCDR2: SEQ ID NO:43; VH-CDR3: SEQ ID NO:44; VL-CDR1: SEQ ID NO:47; VL-CDR2: SEQ ID NO:48, VL-CDR3: SEQ ID NO:49, ou uma variação ou variações das mesmas.
  24. 24. Anticorpo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o anticorpo compreende as CDRs: VH-CDR1: SEQ ID NO:42; VH-CDR2: SEQ ID NO:43; VH-CDR3: SEQ ID NO:44; VL-CDR1: SEQ ID NO:47; VL-CDR2: SEQ ID NO:48, VL-CDR3: SEQ ID NO:49, ou uma variação ou variações das mesmas.
  25. 25. Anticorpo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o anticorpo compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO: 41, ou uma variação da mesma.
  26. 26. Anticorpo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o anticorpo compreende uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:46, ou uma variação da mesma.
  27. 27. Anticorpo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o anticorpo compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:41 e uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:46, ou uma variação ou variações das mesmas.
  28. 28. Anticorpo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o anticorpo compreende pelo menos uma das CDRs
    Petição 870190104600, de 16/10/2019, pág. 129/167
    5/7 selecionadas do grupo que consiste em: VH-CDR1: SEQ ID NO:52; VHCDR2: SEQ ID NO:53; VH-CDR3: SEQ ID NO:54; VL-CDR1: SEQ ID NO:57; VL-CDR2: SEQ ID NO:58, VL-CDR3: SEQ ID NO:59, ou uma variação ou variações das mesmas.
  29. 29. Anticorpo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o anticorpo compreende as CDRs: VH-CDR1: SEQ ID NO:52; VH-CDR2: SEQ ID NO:53; VH-CDR3: SEQ ID NO:54; VL-CDR1: SEQ ID NO:57; VL-CDR2: SEQ ID NO:58, VL-CDR3: SEQ ID NO:59, ou uma variação ou variações das mesmas.
  30. 30. Anticorpo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o anticorpo compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:51, ou uma variação da mesma.
  31. 31. Anticorpo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o anticorpo compreende uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:56, ou uma variação da mesma.
  32. 32. Anticorpo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o anticorpo compreende uma cadeia pesada compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:51 e uma cadeia leve compreendendo a sequência de aminoácido de SEQ ID NO:56, ou uma variação ou variações das mesmas.
  33. 33. Método para tratar uma doença ou distúrbio mediado pela via do complemento em um indivíduo, caracterizado pelo fato de que compreende a etapa de administrar ao dito indivíduo o anticorpo anti-C5 como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 32.
  34. 34. Método de acordo com a reivindicação 33, caracterizado pelo fato de que a doença ou distúrbio é pelo menos selecionado do grupo que consiste em: degeneração macular (MD), degeneração macular relacionada à idade (AMD), lesão de isquemia-reperfusão, artrite, artrite reumatoide, lúpus, colite ulcerativa, acidente vascular cerebral, síndrome inflamatória sistêmica
    Petição 870190104600, de 16/10/2019, pág. 130/167
    6/7 pós-cirurgia, asma, asma alérgica, doença pulmonar obstrutiva crônica (COPD), síndrome da hemoglobinúria paroxística noturna (PNH), miastenia grave, neuromielite ótica, (NMO), esclerose múltipla, função retardada do enxerto, rejeição mediada por anticorpo, síndrome hemolítico-urêmica atípica (SHUa), oclusão da veia retinal central (CRVO), oclusão da artéria retinal central (CRAO), epidermólise bolhosa, sepse, transplante de órgão, inflamação (incluindo, mas sem limitação, inflamação associada a cirurgia de circulação extracorpórea e diálise renal), glomerulopatia de C3, nefropatia membranosa, nefropatia por IgA, glomerulonefrite (incluindo, mas sem limitação, glomerulonefrite mediada por anticorpo citoplasmático antineutrófilo (ANCA), nefrite lúpica, e combinações das mesmas), vasculite mediada por ANCA, SHU induzida por toxina Shiga, e aborto induzido por anticorpo antifosfolipídico, ou quaisquer combinações dos mesmos.
  35. 35. Método para reduzir a atividade de um sistema complemento de um indivíduo, caracterizado pelo fato de que o método compreende administrar um anticorpo ao indivíduo por meio de uma via de administração selecionada do grupo que consiste em administração enteral, administração parenteral, e uma combinação das mesmas, e em que o anticorpo é o anticorpo como definido qualquer uma das reivindicações 1 a 32.
  36. 36. Método de acordo com a reivindicação 35, caracterizado pelo fato de que o anticorpo é um fragmento de anticorpo selecionado do grupo que consiste em um Fab, Fab’, F(ab)2, F(ab’)2, scFv, e combinações dos mesmos.
  37. 37. Célula, caracterizada pelo fato de que compreende o anticorpo como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 32.
  38. 38. Célula de acordo com a reivindicação 37, caracterizada pelo fato de que a célula produz o anticorpo como definido em qualquer uma das reivindicações 1 a 32.
    Petição 870190104600, de 16/10/2019, pág. 131/167
    7/7
  39. 39. Célula de acordo com a reivindicação 37, caracterizada pelo fato de que a célula é um hibridoma.
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