BR112018074844B1 - Folha de vidro com esmalte que reflete a radiação infravermelha, porta de forno, porta de refrigerador e processo de fabricação de uma folha de vidro - Google Patents

Folha de vidro com esmalte que reflete a radiação infravermelha, porta de forno, porta de refrigerador e processo de fabricação de uma folha de vidro Download PDF

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Abstract

A invenção se refere a uma folha de vidro que compreende um substrato feito de vidro mineral temperado que leva, em uma de suas faces, um revestimento transparente de baixa emissividade e, sobre esse último, uma camada de esmalte que contém um ou vários pigmentos cerâmicos, a camada de esmalte cobrindo uma parte somente da camada de baixa emissividade e deixando livre uma outra parte dessa última, caracterizada pelo fato de que pelo menos 50 % em peso, de preferência pelo menos 80 % em peso, e em especial pelo menos 95 % em peso dos pigmentos cerâmicos são escolhidos entre os pigmentos cerâmicos que refletem a radiação infravermelho próximo (NIR) que apresentam uma refletância a 1000 nm, determinada de acordo com a norma ASTM E 903, pelo menos igual a 40 % e uma claridade L* inferior a 30. Ela também se refere a um processo para fabricar uma tal folha e a uma porta de forno ou de refrigerador que contém uma tal folha.

Description

[0001] A presente invenção se refere a folhas de vidro parcialmente esmaltadas para portas de fornos ou de refrigeradores e a um processo de produção de tais folhas.
[0002] No domínio das portas envidraçadas de forno ou das portas envidraçadas de refrigeradores, que se trate de vidraças monolíticas ou de folhas múltiplas, é conhecido recobrir pelo menos uma face de pelo menos uma das folhas de vidro com um revestimento transparente de baixa emissividade a fim de melhorar o isolamento térmico do forno e de reduzir o risco de queimaduras em caso de contato com a porta do forno em funcionamento.
[0003] Por outro lado, é usual, por razões estéticas, opacificar parcialmente as folhas de vidro com um quadro, geralmente de cor preta, impresso por serigrafia na periferia das folhas de vidro.
[0004] Há uma demanda crescente, da parte dos fabricantes de forno notadamente, de dispor de folhas de vidro com camada transparente de baixa emissividade com um quadro opaco feito de esmalte. Por razões de redução dos custos de produção, essa camada de esmalte deverá ser formada durante a etapa de reforço térmico do vidro (cozimento seguido pela têmpera).
[0005] A criação de um quadro preto ou de cor escura feito de esmalte sobre uma folha de vidro de baixa emissividade se revela no entanto difícil. De fato, por ocasião do aquecimento da folha impressa em uma parte de sua superfície com uma pasta de vidro pigmentada, por exemplo com um pigmento preto habitual de tipo espinela de óxido de cromo-cobre, é observado frequentemente um defeito de planura do produto temperado e a não conformidade da folha de vidro obtida à norma de fragmentação para o vidro de segurança soco-cálcico temperado; as zonas cobertas pelo esmalte apresentam um perfil de fragmentação diferente daquelas cobertas pela camada baixo emissiva mas não coberta de esmalte, enquanto que a norma EN 1250-1 exige uma fragmentação homogênea no conjunto da folha de vidro.
[0006] Em certos casos, é possível constatar que a folha de vidro se quebra no momento da têmpera (resfriamento rápido).
[0007] Os problemas descritos acima não existem ou existem muito pouco na ausência de revestimento transparente de baixa emissividade e se acentuam quando a emissividade do revestimento diminui. Eles foram atribuídos à diferença de absorção de energia térmica, recebida sob a forma de radiação infravermelha pelas zonas cobertas com o revestimento baixo emissivo somente e aquelas cobertas com o revestimento baixo emissivo e com a camada de esmalte.
[0008] A presente invenção é baseada na descoberta de que os problemas descritos acima podem ser reduzidos, e mesmo suprimidos, quando se utiliza para a pigmentação do esmalte pigmentos cerâmicos de alta refletância no infravermelho próximo.
[0009] A patente US 5 898 180 divulga esmaltes destinados a ser utilizados como revestimento interior de fornos aquecidos por fontes de radiação visível - NIR, tais como lâmpadas de quartzo halogênio. Esses esmaltes são descritos como tendo uma refletância no domínio de comprimento de onda que vai de 0,6 μ m a 5 μ m superior a 80 %. Os pigmentos que refletem a radiação visível e infravermelha enumerados nesse documento são TiO2, ZnO, ZrO2 e Sb2O3. Eles são pigmentos brancos que, por razões estéticas, são inutilizáveis para o esmalte de portas de forno. Nesse domínio, a demanda do mercado vai de feto quase exclusivamente para esmaltes de cor muito escura, de preferência esmaltes pretos.
[0010] O problema subjacente à presente invenção é, portanto, o de encontrar pigmentos que são ao mesmo tempo bastante absorventes no visível e suficientemente refletores no domínio dos comprimentos de onda da radiação IV para o aquecimento das vidraças antes da têmpera térmica.
[0011] A presente invenção tem portanto como primeiro objeto uma folha de vidro que compreende um substrato feito de vidro mineral temperado que leva, em uma de suas faces, um revestimento de baixa emissividade e, sobre esse último, uma camada de esmalte que contém um ou vários pigmentos cerâmicos, a camada de esmalte cobrindo uma parte somente do revestimento transparente de baixa emissividade e deixando livre uma outra parte desse último, caracterizada pelo fato de que pelo menos 50 % em peso dos pigmentos cerâmicos são escolhidos entre os pigmentos cerâmicos que refletem a radiação infravermelho próximo (NIR) que apresentam uma refletância a 1000 nm, determinada de acordo com a norma ASTM E 903, pelo menos igual a 40 % e uma claridade L* inferior a 30.
[0012] O substrato feito de vidro mineral que leva o revestimento de baixa emissividade e a camada de esmalte pode em princípio ser feito de qualquer vidro mineral temperado ou temperável, compatível com uma utilização em uma porta de forno ou de refrigerador. Trata-se de preferência de um vidro sodo-cálcico com uma espessura compreendida entre 2 e 6 mm, em especial entre 2,5 e 4,5 mm.
[0013] Os revestimentos de baixa emissividade são conhecidos como tais. Eles são geralmente constituídos por uma ou várias camadas de um óxido condutor transparente (TCO, do inglês transparent conductive oxide) tal como o óxido de estanho dopado com flúor ou com antimônio, o óxido misto de índio e de estanho. Pode também se tratar de empilhamentos que compreendem pelo menos uma fina camada metálica, por exemplo uma camada de prata, disposta entre camadas dielétricas.
[0014] A espessura dos revestimentos de baixa emissividade é geralmente compreendida entre 5 e 250 nm, em especial entre 5 e 150 nm.
[0015] A emissividade dos mesmos, determinada de acordo com a norma ISO 10292: 1994 (Anexo A), é vantajosamente compreendida entre 0,01 e 0,30, de preferência entre 0,03 e 0,25, em especial entre 0,05 e 0,20.
[0016] A camada de esmalte de cor escura cobre uma parte somente do revestimento de baixa emissividade e deixa uma outra parte desse revestimento livre. A superfície do revestimento de baixa emissividade coberta pela camada de esmalte representa de preferência entre 10 % e 60 %, em especial entre 15 % e 50 %, mais preferencialmente entre 20 e 40 % da superfície total do revestimento de baixa emissividade. A camada de esmalte cobre de preferência o revestimento de baixa emissividade na parte periférica, próximo da borda da folha de vidro mineral temperado, em especial na maneira de um quadro ou de um passe-partout de cor escura que se estende até a espessura da folha de vidro.
[0017] Essa camada de esmalte é de preferência opaca à luz visível.
[0018] Sua densidade óptica (D), definida pela fórmula seguinte D = log I / I0
[0019] na qual I é a intensidade energética transmitida no conjunto do espectro da luz visível e I0 a intensidade energética incidente no conjunto do espectro da luz visível, é de preferência compreendida entre 1,8 e 5, em especial entre 2,0 e 4, em especial entre 2,2 e 3.
[0020] A espessura da camada de esmalte é vantajosamente compreendida entre 5 μ m e 40 μ m, de preferência entre 7 μ m e 25 μ m, e em especial entre 10 e 15 μ m.
[0021] A camada de esmalte é constituída por um ligante vítreo e por pigmentos cerâmicos. Para poder preparar esmaltes que sejam os mais opacos e os mais finos possíveis, é interessante aumentar o máximo possível a fração volúmica em pigmentos cerâmicos do esmalte. Acima de um certo limite, um aumento do teor em pigmentos se traduz, no entanto, por uma coesão insuficiente e uma fragilização mecânica da camada de esmalte. Por essa razão, o teor total em pigmentos cerâmicos da camada de esmalte não deveria geralmente exceder cerca de 40 % em peso.
[0022] Em um modo de realização preferido o teor total em pigmentos cerâmicos da camada de esmalte é compreendido entre 20 % e 40 % em peso, de preferência entre 30 % e 39 % em peso e em especial entre 35 % e 38 % em peso, relacionado com o peso total da camada de esmalte.
[0023] Todos os pigmentos cerâmicos contidos na camada de esmalte não são necessariamente pigmentos que refletem a radiação infravermelha tais como definidos acima. Para constatar os efeitos benéficos da utilização de tais pigmentos, é no entanto necessário que eles representem pelo menos 50 % em peso do conjunto dos pigmentos cerâmicos presentes. De preferência eles representam pelo menos 80 % em peso, e em especial pelo menos 90 % em peso, idealmente pelo menos 95 % em peso do conjunto dos pigmentos cerâmicos presentes.
[0024] Para refletir eficazmente a radiação infravermelha, as partículas de pigmentos cerâmicos não devem ser pequenas demais. O diâmetro das mesmas é vantajosamente da mesma ordem de grandeza que o comprimento de onda da radiação infravermelha refletida.
[0025] Os pigmentos que refletem o NIR utilizados na presente invenção são portanto vantajosamente constituídos por partículas que têm um diâmetro médio compreendido entre 500 nm e 10 μ m, de preferência entre 600 nm e 5,0 μ m, em especial entre 700 nm e 3 μ m.
[0026] Como indicado na introdução, os pigmentos cerâmicos que refletem os MNIR utilizados na presente invenção são de cor escura, de preferência de cor próxima do preto. Eles são, portanto, diferentes dos pigmentos brancos descritos na patente US 5 898 180 que refletem ao mesmo tempo bastante eficazmente a luz vivível e a radiação infravermelho próximo (refletâncias difusa no infravermelho superior a 80 %).
[0027] A tonalidade de um corante ou pigmento é classicamente definida dentro do espaço colorimétrico CIE L*a*b* definido por três grandezas (L*, a* e b*) das quais a primeira L* define a claridade. O valor de L* vai de 0 para o preto a 100 para o branco.
[0028] A claridade L* dos pigmentos cerâmicos que refletem a radiação NIR utilizados na presente invenção é de preferência compreendida entre 1 e 20, em especial entre 2 e 10.
[0029] Podem ser citados a título de exemplos de pigmentos cerâmicos de cor escura que refletem a radiação infravermelho próximo (NIR) utilizáveis na presente invenção os produtos seguintes: - as hematitas de cromo dopadas Al e Ti comercializadas sob as denominações V-780 Cool Colors IR Brown Black e V-799 Cool Colors IR Black pela empresa Ferro, - as espinelas pretas de cobre-cromo-manganês (CI pigmento preto 28) comercializadas sob as denominações comerciais 7890 Meteor Black e 9875 Meteor Plus HS Jet Black pela empresa BASF, ou Black 411 pela empresa Shepherd, - as espinelas cobre-cromo-manganês-bário (CI pigmento preto 28) disponíveis sob as denominações Meteor Plus Jet Black (CASF), Heucodur Brown 869 (Heubach), Heucodur Black 953 (Heubach), Heucodur Black 963, - as hematitas de óxido de cromo (CI pigmento verde 17) disponíveis junto à empresa Ferro sob as denominações GEODE V-774, Cool Colors HS Black, GEODE V-775 Cool Colors IR Black, GEODE V-776 Cool Colors IR Black, GEODE V-778 Cool Colors IR Black, GEODE 10204 IR Eclipse IR Black, e O-1775B Ebony, ou junto à empresa Shepherd sob as denominações Black 10C909 e Black 30C940; - as espinelas pretas cromo-ferro-níquel (CI pigmento preto 30) comercializadas pela empresa Ferro sob a denominação GEODE 10456 Black ou pela empresa Heubach sob a denominação Heucodur Black 950; - as espinelas óxido de ferro-cromo (CI pigmento marrom 29) comercializadas pela empresa Shepherd sob a denominação comercial Black 411, ou pela empresa BASF sob as denominações comerciais 9880 Meteor Plus High IR Black, 9889 Meteor Plus High IR Black; - as espinelas cobalto-cromo-ferro (CI pigmento preto 27) disponíveis sob as denominações Heucodur Black 955 (Heubach); - as espinelas cobre-cromo-ferro (CI pigmento preto 28) disponíveis sob as denominações Heucodur Black 9-100 (Heubach); - a hematita de óxido de cromo (CI pigmento verde 17) disponíveis sob a denominação Heucodur Black 910 (Heubach); - as espinelas pretas ferro-cromita (CI pigmento marrom 35) disponíveis sob as denominações 7895 Meteor High IR Black, Heucodur Black 920 (Heubach) e Heucodur Black 940 (Heubach); - as espinelas ferro-cromo-manganês (CI pigmento marrom 29) disponíveis sob as denominações 9880 Meteor High IR Black, 9882 Meteor Plus Black, 9887 Meteor Plus High IR Black, 9889 Meteor Plus High IR Black, - as espinelas manganês, bismuto, estrôncio e/ou vanádio isentas de cromo, disponíveis sob as denominações GEODE 10201 Eclipse Black (Ferro), GEODE 10202 Eclipse Black (Ferro) e GEODE 10203 Eclipse Black (Ferro).
[0030] Dentre esses pigmentos, são mais especialmente preferidas as cromitas de ferro (CI pigmento marrom 35 e CI pigmento marrom 29) e as cromitas de ferro e níquel (CI pigmento preto 30).
[0031] O ligante vítreo que constitui pelo menos 60 % em peso da camada de esmalte assegura a ligação entre as partículas de pigmentos e a adesão da camada de esmalte ao revestimento de baixa emissividade. O ligante é geralmente obtido por fusão de uma frita de vidro que tem um ponto de amolecimento inferior de pelo menos 50°C à temperatura na qual é aquecida a folha de vidro antes da têmpera térmica. O ponto de amolecimento do ligante vítreo é de preferência inferior a 590°C.
[0032] A refletância a 1000 nm (medida de acordo com ASTM E 903) da camada de esmalte da presente invenção, à base do ligante vítreo e dos pigmentos cerâmicos tais como definidos acima, é de preferência superior a 13 %, em especial superior a 15 %, e mais preferencialmente superior a 18 %. Ela é geralmente inferior a 70 %.
[0033] A presente invenção tem também como objeto uma porta de forno que compreende pelo menos uma folha de vidro de acordo com a invenção tal como descrita acima.
[0034] Essa porta de forno é em especial uma vidraça de folhas múltiplas na qual, quando a porta está instalada na fachada da cavidade do forno, o revestimento transparente de baixa emissividade está de preferência voltado na direção da cavidade do forno.
[0035] Em um tal forno fechado por uma vidraça de folhas múltiplas, a folha de vidro temperado da presente invenção compreende de preferência um substrato feito de vidro sodo-cálcico e é de preferência colocada de maneira a não estar em contato direto com a cavidade do forno. É de fato preferível interpor entre a cavidade do forno e a folha de vidro da presente invenção uma folha de vidro relativamente mais resistente às variações de temperatura do que uma folha feita de vidro sodo-cálcico.
[0036] Em um modo de realização, a porta de forno da presente invenção compreende por outro lado uma folha feita de vidro borossilicato ou feita de vidro sodo- cálcico revestida com uma camada de baixa emissividade, colocada entre a cavidade do forno e a folha de vidro de acordo com a invenção, que separa assim essa última da cavidade do forno.
[0037] A presente invenção tem também como objeto uma porta de refrigerador que compreende pelo menos uma folha de vidro de acordo com a invenção tal com descrita acima.
[0038] Finalmente, a presente invenção tem como objeto um processo de fabricação de uma folha de vidro para porta de forno ou de refrigerador que compreende um substrato feito de vidro mineral temperado que leva, em uma de suas faces, um revestimento de baixa emissividade e, sobre esse último, uma camada de esmalte que contém um ou vários pigmentos cerâmicos, o dito processo compreendendo as etapas seguintes: - colocação à disposição de um substrato feito de vidro mineral que leva em pelo menos uma de suas faces um revestimento transparente de baixa emissividade; - aplicação, em uma parte somente do revestimento transparente de baixa emissividade, de uma paste de vidro pigmentada que compreende uma frita de vidro e um ou vários pigmentos cerâmicos, pelo menos 50 % em peso, de preferência pelo menos 80 % em peso, e em especial pelo menos 95 % em peso dos pigmentos cerâmicos sendo escolhidos entre os pigmentos cerâmicos que refletem a radiação infravermelho próximo (NIR) que apresentam uma refletância a 1000 nm, determinada de acordo com a norma ASTM E 903, pelo menos igual a 40 % e uma claridade L* inferior a 30; - irradiação da folha de vidro assim obtida por meio de fontes de radiação NIR de maneira a aquecer a mesma a uma temperatura próxima de seu ponto de amolecimento; - têmpera térmica da folha de vidro.
[0039] O substrato feito de vidro mineral é de preferência um vidro float, pré- recortado com as dimensões da porta de forno ou de refrigerador na qual a folha de vidro deve ser integrada. Ele é coberto em pelo menos uma face, de preferência nas duas faces, por um revestimento transparente de baixa emissividade, por exemplo um óxido condutor transparente depositado por pulverização catódica assistida por magnétron ou por depósito em fase vapor (CVD, Chemical Vapor Deposition).
[0040] É preparada uma pasta de vidro pigmentada de maneira conhecida misturando para isso uma frita de vidro finamente triturada com uma solução de um polímero em um solvente orgânico e com o ou os pigmentos cerâmicos.
[0041] A pasta de vidro é aplicada em seguida, por exemplo por serigrafia, sobre uma parte do revestimento transparente de baixa emissividade em uma espessura úmida de algumas dezenas de micrômetros.
[0042] Depois de secagem da camada impressa, o conjunto é levado em alguns minutos a uma temperatura compreendida entre 600 e 800°C e depois temperado em um forno de têmpera contínua ou oscilante.
Exemplo
[0043] São preparadas duas pastas de vidro que têm a composição ponderal indicada na tabela abaixo
[0044] Essas duas pastas são impressas por serigrafia sob a forma de um quadro na borda de um substrato feito de vidro sodo-cálcico (dimensões 50 cm x 50 cm) que leva em cada uma de suas faces um revestimento (SGG EkoVision II) que tem uma emissividade de 0,2 e que é constituído pela sucessão de camadas seguinte: Vidro // Si3N4 / SiO2 / ITO / Si3N4 / SiO2 / TiOx.
[0045] A viscosidade das pastas é de cerca de 80 poises e a espessura das camadas é de cerca de 27 μ m. Os substratos impressos são em seguida secados dentro de um forno de lâmpadas IR a uma temperatura de cerca de 130°C até a evaporação completa do solvente orgânico.
[0046] As duas folhas de vidro são em seguida levadas durante um tempo de 4 minutos a uma temperatura de 670°C por meio de resistências elétricas que emitem uma radiação infravermelha que tem comprimentos de ondas até cerca de 5 μ m, e depois resfriadas bruscamente por meio de um fluxo de ar frio. A figura 1 mostra o espectro de reflexão da radiação UV - visível - IR do esmalte que contém o pigmento preto padrão e do esmalte que contém o pigmento preto que reflete a radiação IR.
[0047] Quando se submete a folha de vidro comparativa a um teste de fragmentação de acordo com a norma EN 1250-1, é constatado que os pedaços de vidro são significativamente menores na zona coberta pelo esmalte preto do que na zona coberta unicamente pelo revestimento de baixa emissividade. A diferença de tamanho entre as zonas é tal que a folha de vidro é julgada não conforme no teste de fragmentação.
[0048] Quando se submete a folha de vidro esmaltada de acordo com a invenção ao mesmo teste de fragmentação de acordo com a norma EN 1250-1 os pedaços de vidro nas zonas cobertas pelo esmalte têm dimensões similares a aquelas observadas nas zonas não cobertas pelo esmalte. A Figura 2 mostra uma foto de uma tal folha de vidro de acordo com a invenção depois de fragmentação de acordo com a norma EN 1250-1.

Claims (15)

1. Folha de vidro que compreende um substrato de vidro mineral temperado que leva, em uma de suas faces, um revestimento transparente de baixa emissividade e, sobre esse revestimento, uma camada de esmalte que contém um ou vários pigmentos cerâmicos, a camada de esmalte cobrindo somente uma parte da camada de baixa emissividade e deixando livre uma outra parte dessa última, caracterizada pelo fato de que pelo menos 50 % em peso, de preferência pelo menos 80 % em peso, e em especial pelo menos 95 % em peso dos pigmentos cerâmicos são escolhidos entre os pigmentos cerâmicos que refletem a radiação infravermelho próximo (NIR) que apresentam uma refletância a 1000 nm, determinada de acordo com a norma ASTM E 903, pelo menos igual a 40 % e uma claridade L* inferior a 30.
2. Folha de vidro de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que o teor total em pigmentos cerâmicos da camada de esmalte é entre 20 % e 40 % em peso, de preferência entre 30 % e 39 % em peso, em especial entre 35 % e 38 % em peso, relacionado com o peso total da camada de esmalte.
3. Folha de vidro de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizada pelo fato de que a claridade L* dos pigmentos cerâmicos que refletem a radiação NIR é compreendida entre 1 e 20, em especial entre 2 e 10.
4. Folha de vidro de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que o ou os pigmentos cerâmicos que refletem a radiação NIR são escolhidos no grupo formado por CI pigmento preto 27, CI pigmento preto 28, CI pigmento preto 30, CI pigmento verde 17, CI pigmento marrom 29, CI pigmento marrom 35, hematita de óxido de cromo dopada Al e Ti, espinela de óxido de manganês, bismuto, estrôncio e/ou vanádio isenta de cromo.
5. Folha de vidro de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que o ou os pigmentos que refletem o NIR são escolhidos entre as cromitas de ferro e as cromitas de ferro e níquel.
6. Folha de vidro de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que a camada de esmalte tem uma espessura compreendida entre 5 μ m e 40 μ m, de preferência entre 7 μ m e 25 μ m, e em especial entre 10 e 15 μ m.
7. Folha de vidro de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que a camada de esmalte cobre a parte periférica da camada de baixa emissividade próxima da borda da folha de vidro mineral temperado.
8. Folha de vidro de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que os pigmentos que refletem o NIR são constituídos por partículas que têm um diâmetro médio compreendido entre 500 nm e 10 μ m, de preferência entre 600 nm e 5,0 μ m, em especial entre 700 nm e 3 μ m.
9. Folha de vidro de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que a camada de esmalte apresenta uma refletância a 1000 nm (medida de acordo com ASTM E 903) superior a 13 %, de preferência superior a 15 %, em especial superior a 18 %.
10. Folha de vidro de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada pelo fato de que a camada de baixa emissividade tem uma emissividade, determinada de acordo com a norma ISO 10292: 1994 (Anexo A), de entre 0,01 e 0,30, de preferência entre 0,03 e 0,25, em especial entre 0,05 e 0,20.
11. Porta de forno caracterizada pelo fato de que compreende pelo menos uma folha de vidro tal como definida em qualquer das reivindicações precedentes.
12. Porta de forno de acordo com a reivindicação 11, caracterizada pelo fato de que se trata de uma vidraça de folhas múltiplas e pelo fato de que, quando a porta está instalada no forno, a camada de baixa emissividade está voltada na direção da cavidade do forno.
13. Porta de forno de acordo com a reivindicação 11 ou 12, caracterizada pelo fato de que uma folha feita de vidro borossilicato ou feita de vidro sodo-cálcico revestida por uma camada de baixa emissividade é colocada entre a folha de vidro tal como definida em qualquer uma das reivindicações 1 a 10 e a cavidade do forno, separando assim essa última da cavidade do forno.
14. Porta de refrigerador caracterizada pelo fato de que compreende pelo menos uma folha tal como definida em qualquer das reivindicações 1 a 10.
15. Processo de fabricação de uma folha de vidro tal como definida em qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado pelo fato de que compreende - a colocação à disposição de um substrato feito de vidro mineral que leva em pelo menos uma de suas faces um revestimento transparente de baixa emissividade; - a aplicação, em uma parte somente do revestimento transparente de baixa emissividade, uma pasta de vidro pigmentada que compreende uma frita de vidro e um ou vários pigmentos cerâmicos, pelo menos 50 % em peso, de preferência pelo menos 80 % em peso, e em especial pelo menos 95 % em peso dos pigmentos cerâmicos sendo escolhidos entre os pigmentos cerâmicos que refletem a radiação infravermelho próximo (NIR) que apresentam uma refletância a 1000 nm, determinada de acordo com a norma ASTM E 903, pelo menos igual a 40 % e uma claridade L* inferior a 30; - a irradiação da folha de vidro assim obtida por meio de fontes de radiação NIR de maneira a aquecer a mesma a uma temperatura próxima de seu ponto de amolecimento; - a têmpera térmica da folha de vidro.
BR112018074844-7A 2016-06-15 2017-06-14 Folha de vidro com esmalte que reflete a radiação infravermelha, porta de forno, porta de refrigerador e processo de fabricação de uma folha de vidro BR112018074844B1 (pt)

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