BR102019009512A2 - lentes oftálmicas compreendendo lentículas para impedir e/ou desacelerar a progressão da miopia - Google Patents

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Abstract

lentes oftálmicas compreendendo lentículas para impedir e/ou desacelerar a progressão da miopia. a presente invenção refere-se a lentes de contato incorporando uma matriz de lentículas não coaxiais com potência de adição que criam desfocagem miópica não coaxial dentro da zona óptica da lente, e que podem ser usadas para impedir e/ou desacelerar a progressão da miopia. as lentículas não coaxiais positivas cobrem cerca de vinte a oitenta por cento da área central da pupila, para fornecer focos positivos de luz à frente da retina, a fim de desacelerar a taxa de progressão da miopia.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "LENTES OFTÁLMICAS COMPREENDENDO LENTÍCULAS PARA IMPEDIR E/OU DESACELERAR A PROGRESSÃO DA MIOPIA".
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO 1. Campo da invenção [0001] A presente invenção refere-se a lentes oftálmicas, por exemplo lentes de visão única e/ou para astigmatismo e, mais particularmente, a lentes de contato, lentes intraoculares, dispositivos intra-corneanos/extracorneanos e/ou lentes de óculos projetadas para desacelerar, retardar ou impedir a progressão da miopia. As lentes oftálmicas da presente invenção compreendem lentículas positivas não coaxiais que fornecem, em qualquer distância de vergência, um sinal de interrupção da progressão da miopia através da periferia central, próxima e distante da retina, a fim de impedir e/ou desacelerar a progressão da miopia mantendo, ao mesmo tempo, uma visão central nítida. 2. Discussão da técnica relacionada [0002] As condições comuns que levam a acuidade visual reduzida são miopia e hipermetropia, para as quais são prescritas lentes corretivas sob a forma de óculos ou de lentes de contato rígidas ou suaves. As condições são descritas genericamente como o desequilíbrio entre o comprimento do olho e o foco dos elementos ópticos do olho, sendo que olhos miópicos focalizam na frente do plano da retina e olhos hiperópicos focalizam atrás do plano da retina. A miopia se desenvolve tipicamente devido ao fato de que o comprimento axial do olho cresce e se torna mais longo do que o comprimento focal dos componentes ópticos do olho, ou seja, o olho cresce demais. Tipicamente, a hipermetropia se desenvolve porque o comprimento axial do olho é muito curto em comparação ao comprimento focal dos componentes ópticos do olho, ou seja, o olho não cresce o suficiente.
[0003] A miopia tem uma alta taxa de prevalência em muitas regiões do mundo. A maior preocupação com esta condição é sua possível progressão para alta miopia, por exemplo maior do que cinco (5) dioptrias, o que afeta drasticamente a capacidade de uma pessoa para funcionar sem o auxílio de elementos ópticos. A alta miopia é também associada a um risco aumentado de doença retiniana, catarata e glaucoma.
[0004] Lentes corretoras são usadas para alterar o foco bruto do olho, a fim de produzir uma imagem mais nítida no plano da retina, mediante o deslocamento do foco de sua posição à frente do plano da retina para corrigir miopia, ou de sua posição atrás do plano da retina para corrigir hipermetropia, respectivamente. No entanto, a abordagem corretiva para as condições não trata a causa da condição, sendo apenas prostética ou para tratamento dos sintomas da condição.
[0005] A maioria dos olhos não tem apenas miopia ou hipermetropia, mas pode também ter erros ópticos mais complexos, como astig-matismo miópico ou astigmatismo hipermetrópico. Erros astigmáticos fazem com que a imagem de uma fonte pontual de luz se forme como duas linhas mutuamente perpendiculares em distâncias focais diferentes ao longo de dois meridianos principais. Na discussão anteriormente mencionada, os termos miopia e hipermetropia são usados de modo a incluir miopia simples ou astigmatismo miópico, e hipermetropia ou astigmatismo hipermetrópico respectivamente.
[0006] A emetropia descreve o estado de visão clara, em que um objeto no infinito óptico está em um foco relativamente nítido com as lentes dos olhos relaxadas. Em olhos adultos normais ou emetrópicos, a luz de objetos distantes e próximos e que passa através da região central ou paraxial da abertura ou entrada das pupilas é focalizada pelas lentes da córnea e do cristalino dentro dos olhos, próximo ao plano da retina onde a imagem invertida é detectada. É observado, entretan- to, que a maioria dos olhos normais exibe uma aberração esférica longitudinal positiva, geralmente na região de cerca de +0,50 dioptrias (D) para uma abertura de 5 mm, significando que os raios que passam através da margem de uma abertura ou pupila são focalizados +0,50 D à frente do plano da retina, quando o olho está focalizado no infinito óptico. Como usado aqui, a medida D é a potência dióptrica, definida como o recíproco da distância focal de uma lente ou sistema óptico, em metros, ao longo de um eixo óptico. Além disso, conforme usado na presente invenção, o termo "de adição" será definido como uma potência positiva adicional para ajudar a ver mais claramente a curtas distâncias.
[0007] A aberração esférica do olho normal não é constante. Por exemplo, a acomodação, ou seja, a alteração na potência óptica do olho derivada principalmente através de alterações na lente interna do cristalino, faz com que a aberração esférica se altere de positiva para negativa.
[0008] A miopia ocorre tipicamente devido ao excesso de crescimento axial ou alongamento do olho. Hoje em dia, é geralmente aceito, primariamente pela pesquisa com animais, que o crescimento axial do olho pode ser influenciado pela qualidade e pelo foco da imagem retiniana. Experimentos realizados em uma faixa de diferentes espécies de animais, que utilizaram inúmeros paradigmas experimentais diferentes, ilustraram que alterar a qualidade de imagem retiniana pode levar a mudanças consistentes e previsíveis no crescimento do olho.
[0009] Além disso, sabe-se que desfocalizar a imagem da retina em ambos modelos animais de pinto e primata, através de lentes positivas (desfocamento miópico) ou lentes negativas (desfocamento hi-permetrópico), leva a mudanças previsíveis, ambas em termos de direção e magnitude, no crescimento dos olhos, condizente com o cres- cimento dos olhos para compensar o desfocamento imposto. Emetro-pização é o processo pelo qual o crescimento do olho é autorregulado para obtenção de uma correspondência ideal entre os elementos ópticos e o comprimento axial do olho. Pode-se constatar que as mudanças no comprimento de olho associadas ao embaçamento óptico são moduladas pelas mudanças no crescimento escleral. O embaçamento com lentes positivas, o que leva ao embaçamento miópico e a uma diminuição na taxa de crescimento escleral, resulta no desenvolvimento de erros refrativos hipermetrópicos. O embaçamento com lentes negativas, o que leva a um embaçamento hipermetrópico e um aumento na taxa de crescimento escleral, resulta no desenvolvimento de erros refrativos miópicos. Pode-se constatar que essas mudanças de crescimento de olho em resposta ao desfocamento de imagem retiniana são em grande parte mediadas por meio de mecanismos retinianos locais, visto que mudanças de comprimento de olho ainda ocorrem quando o nervo óptico está danificado, e demonstrou-se que impor o desfocamento em regiões retinianas locais resulta em um crescimento de olho alterado localizado somente naquela região retiniana específica.
[0010] Em seres humanos há tanto evidência indireta quanto direta que sustenta a noção de que a qualidade de imagem retiniana pode influenciar o crescimento do olho. Constatou-se que uma variedade de diferentes condições oculares, todas as quais levam a uma perturbação na visão de formas, tal como ptose, catarata congênita, opacidade corneana, hemorragia vítrea e outras doenças oculares, estão associadas ao crescimento anormal do olho em seres humanos jovens, o que sugere que alterações relativamente grandes na qualidade de imagem retiniana de fato influenciam o crescimento do olho em indivíduos humanos. A influência das alterações de imagem retinal mais sutis no crescimento do olho em seres humanos tem sido suposta com base em erros ópticos no sistema de focalização humana o durante o trabalho de perto, o que pode proporcionar um estímulo para o crescimento do olho e o desenvolvimento de miopia em seres humanos. [0011] Todas as abordagens publicadas para desacelerar a progressão da miopia dependem da introdução de regiões de potência positiva coaxial, como óculos bifocais e multifocais, que competem com a região de correção de distância primária da lente e resultam em um comprometimento da acuidade da distância visual e da sensibilidade ao contraste.
[0012] Consequentemente, há uma necessidade de alcançar maior eficácia de tratamento na redução e/ou desaceleração da progressão da miopia que melhore o impacto do embaçamento miópico sem interferir com a qualidade da imagem da fóvea.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO
[0013] A lente oftálmica com desfocagem positiva e lentículas da presente invenção supera as limitações da técnica anterior, assegurando uma melhor correção de visão à distância sem comprometer a acuidade visual e a sensibilidade ao contraste.
[0014] De acordo com um aspecto, a presente invenção é direcionada a uma lente oftálmica para ao menos um dentre desacelerar, retardar ou impedir a progressão da miopia. A lente oftálmica compreende uma superfície convexa frontal, uma superfície côncava traseira, uma zona óptica que inclui zonas primárias de correção de distância da esfera de base e uma pluralidade de lentículas com potência de adição intercalados entre e adjacentes às zonas primárias de correção de distância de esfera de base, sendo que as zonas primárias de correção de esfera de base criam uma frente de onda que focaliza em um único ponto ao longo de um eixo óptico primário da lente oftálmica e sobre a retina de um olho, e a pluralidade de lentículas com potência de adição cria frentes de onda não coaxiais que focalizam à frente da retina ao longo de seu próprio eixo óptico que é diferente do eixo óptico primário, sendo a combinação de lentículas e zonas primárias de correção de distância disposta para fornecer visão nítida e desfoca-gem miópica a todas as regiões da retina, sendo que a lente oftálmica é selecionada do grupo que consiste em lentes de óculos, lentes intra-oculares, dispositivos intracorneanos e dispositivos extracorneanos. [0015] Para elementos ópticos coaxiais ou com eixo geométrico comum, a potência é definida na presente invenção, da maneira usual, como o inverso da distância focal ao longo do eixo óptico da totalidade da lente. Para elementos não coaxiais ou de eixo geométrico individual, a potência é definida na presente invenção como o inverso da distância focal ao longo do eixo óptico do elemento óptico individual e também é chamada de "potência local." Desfocagem, seja coaxial ou não coaxial, é a diferença de potência entre a distância focal ideal e a distância focal do elemento óptico.
[0016] Uma forma de alcançar eficácia de tratamento aprimorada é projetar elementos ópticos não coaxiais que acentuam o impacto do embaçamento miópico na regulação do crescimento dos olhos, sem interferir na qualidade de imagem na fóvea. Com esses designs, para cada dioptria de desfocagem miópica, a qualidade da imagem da retina é menos degradada na fóvea e o foco tanto da potência sagital como da tangencial está à frente da retina. A presente invenção se refere a um design de lente oftálmica com potência de distância plana ou negativa que fornece uma correção refrativa ótima, juntamente com pequenas ilhas de desfocagem óptica, lentículas não coaxiais (zonas de desfocagem miópica) com potências locais na faixa de +1,00 a +30,00 D, dispostas em um padrão ótimo e cobrindo cerca de vinte (20) a oitenta (80) por cento da zona óptica e/ou da área central da pupila, a fim de fornecer focos positivos de luz à frente da retina, com baixo impacto na qualidade de imagem da fóvea, ao mesmo tempo em que de- sacelera a taxa de progressão da miopia. O padrão ótimo pode compreender uma disposição circular ou hexagonal, uma disposição radial, uma disposição igualmente espaçada ou não igualmente espaçada, ou qualquer disposição adequada, inclusive combinações das disposições acima.
[0017] As lentes oftálmicas da presente invenção são projetadas para fornecer um sinal de interrupção do crescimento miópico, isto é, embaçamento miópico, independente do diâmetro da pupila e com pouco ou nenhum impacto sobre o desempenho visual. As lentículas não coaxiais com potência positiva adicional compreendendo as lentes de contato da presente invenção superam as limitações da técnica anterior assegurando correção de visão à distância melhor ou comparável às lentes de visão única e/ou astigmáticas com potência de adição convencional para controlar a progressão da miopia.
[0018] A presente invenção compreende uma lente oftálmica destinada a pelo menos um dentre desacelerar, retardar ou impedir a progressão da miopia. As lentes oftálmicas incluem, dentro de sua zona óptica primária, múltiplas zonas não coaxiais de potência positiva. Cada zona não coaxial de potência positiva é adjacente a uma zona de correção de distância. Essa disposição assegura que haja ao menos uma zona de correção de distância e uma zona de potência positiva não coaxial em qualquer tamanho de abertura/pupila e condição de visão. As zonas não coaxiais têm uma potência dióptrica local diferente da potência esférica de base coaxial e/ou potência cilíndrica que corrige o erro refrativo subjacente. A razão entre a área total da distância e as zonas de potência positiva não coaxiais é de 80:20 a 20:80 e, de preferência, de 40:60 a 60:40. O tamanho das zonas de potência positiva não coaxial varia de 0,45 a 1 mm de diâmetro. Não é necessário que toda a zona óptica consista de zonas de potência positiva não coaxial e elas podem ser limitadas à área de visão da pupila. Para pe- diatria, tipicamente o tamanho da pupila está na faixa de 4 mm a 8 mm em condições mesópicas. Adicionalmente, para visão ótima, a região central da zona óptica da lente pode ser isenta de zonas com potência positiva não coaxiais, deixando uma correção de distância primária. [0019] A presente invenção também é direcionada a um método para ao menos um dentre desacelerar, retardar ou impedir a progressão da miopia fornecendo uma lente oftálmica que tem dentro de sua zona óptica primária uma série de zonas de potência positiva anulares concêntricas não coaxiais. As zonas se alternam entre zonas concêntricas coaxiais de correção de distância primária e zonas concêntricas não coaxiais de potência positiva. As zonas circulares não coaxiais têm uma potência dióptrica local diferente das zonas concêntricas coaxiais de visão à distância. A razão da área total da distância para zonas circulares de potência positiva não coaxial está na faixa de cerca de 80:20 e 20:80. O espaço entre as zonas ou lentículas não coaxiais de potência positiva pode ser usado para criar um plano focal plano, ou personalizadas para fornecer ao indivíduo uma correção ótima. [0020] A prevalência de miopia, incluindo miopia alta, está aumentando a uma taxa sem precedentes em todo o mundo. O design da lente de contato da presente invenção fornece um meio e método simples, de baixo custo e eficaz para impedir e/ou desacelerar a progressão da miopia, o que pode auxiliar a diminuir a taxa de miopia alta. As lentes da presente invenção são feitas do mesmo material para lentes que as lentes fabricadas atualmente utilizando os mesmos processos de fabricação. Apenas as superfícies dos moldes seriam modificadas para incorporar as potências adicionais para as lentículas.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS
[0021] O supracitado, bem como outros recursos e vantagens da presente invenção, ficará evidente a partir da descrição mais específica, apresentada a seguir, das modalidades preferenciais da invenção, conforme ilustrado nos desenhos em anexo.
[0022] A Figura 1 é uma representação diagramática de uma frente de onda de 0 dioptria deslocando-se através do olho em direção à retina.
[0023] A Figura 2 é uma representação diagramática de uma frente de onda de +10,00 dioptrias deslocando-se através do olho em direção à retina.
[0024] A Figura 3 é uma representação diagramática de uma frente de onda coaxial de 0 dioptria com seções de +10,00 dioptrias deslocando-se através do olho em direção à retina.
[0025] A Figura 4 é uma representação diagramática de uma frente de onda não coaxial de 0 dioptria com seções de +10,00 dioptrias deslocando-se através do olho e focalizada à frente da retina e em direção à fóvea.
[0026] A Figura 5 é uma representação diagramática de uma frente de onda não coaxial de 0 dioptria com seções de +10,00 dioptrias deslocando-se através do olho e focalizada à frente da retina, porém simetricamente na direção oposta à fóvea.
[0027] A Figura 6 é uma representação diagramática de uma frente de onda não coaxial de 0 dioptria com seções de +10,00 dioptrias deslocando-se através do olho e focalizada à frente da retina, porém assimetricamente na direção oposta à fóvea.
[0028] A Figura 7 é uma representação diagramática de uma frente de onda não coaxial de 0 dioptria com seções de +10,00 dioptrias deslocando-se através do olho e focalizada à frente da retina, porém simetricamente na direção oposta à fóvea, sem cruzar o eixo óptico primário coaxial.
[0029] A Figura 8 é uma representação diagramática de uma frente de onda não coaxial de 0 dioptria com seções de +10,00 dioptrias deslocando-se através do olho e focalizada à frente da retina, porém assimetricamente na direção oposta à fóvea, sem cruzar o eixo óptico primário coaxial.
[0030] A Figura 9 é uma representação diagramática de um primeiro conjunto de designs exemplificadores de lentículas não coaxiais, de acordo com a presente invenção.
[0031] A Figura 10 é uma representação diagramática de um segundo conjunto de designs de lentículas não coaxiais exemplificado-ras, de acordo com a presente invenção.
[0032] A Figura 11 é uma imagem simulada da retina em um olho modelo com difração limitada em qualidade de imagem e desempenho visual como uma função de tamanho e potência de adição da lentícula. [0033] A Figura 12A é uma vista de topo diagramática de uma lente de contato de acordo com a presente invenção.
[0034] A Figura 12B é uma vista lateral diagramática de uma lente de contato de acordo com a presente invenção.
[0035] A Figura 13 é uma representação diagramática de óculos de acordo com a presente invenção.
[0036] A Figura 14 é uma representação diagramática de uma lente intraocular de acordo com a presente invenção.
[0037] A Figura 15 é uma representação diagramática de um dispositivo intracorneano/extracorneano de acordo com a presente invenção. DESCRIÇÃO DETALHADA DAS MODALIDADES PREFERENCIAIS [0038] Experimentos demonstraram que os olhos respondem à desfocagem hipermetrópica que leva ao alongamento axial; portanto, fornecer potências positivas maiores à retina central deve desacelerar a progressão da miopia. No entanto, apenas fornecer potência positiva maior à retina central pode ter um efeito deletério na visão. Consequentemente, uma lente oftálmica, por exemplo, uma lente de contato com potência de base negativa que fornece uma correção refrativa ideal para distância, em combinação com pequenas áreas ou ilhas de potência positiva (lentículas) dispostas em um padrão específico para fornecer focos positivos de luz à frente da retina, fornecerá a desfocagem miópica para inibir a progressão da miopia sem impactar a acuidade visual e a sensibilidade ao contraste.
[0039] A presente invenção compreende uma lente oftálmica destinada a pelo menos um dentre desacelerar, retardar ou impedir a progressão da miopia. As lentes oftálmicas incluem, dentro de sua zona óptica primária, múltiplas zonas não coaxiais de potência positiva. Cada zona não coaxial de potência positiva é adjacente a uma zona de correção de distância. Essa disposição assegura que haja ao menos uma zona não coaxial de distância e de potência positiva em qualquer condição de visão. As zonas não coaxiais têm uma potência dióptrica local diferente da potência esférica de base e/ou da potência cilíndrica. A razão da área total da distância para zonas de potência positiva não coaxial é de 80:20 a 20:80 e preferencialmente de 40:60 e 60:40. O tamanho das zonas de potência positiva não coaxial varia de 0,45 a 1 mm de diâmetro. Não é necessário que toda a zona óptica consista em zonas de potência positiva não coaxial e elas podem ser limitadas à área de visão da pupila. Para pediatria, tipicamente o tamanho da pupila está na faixa de 4 mm a 8 mm em condições mesópicas. Adicionalmente, para visão ótima, os 2 mm centrais da zona óptica da lente podem ser isentos de zonas de desfocagem miópica não coaxiais, deixando uma correção de distância primária.
[0040] Com referência à Figura 1, é ilustrada uma frente de onda 101 plana (desfocagem de 0 dioptria) conforme se deslocaria através do olho 100 em direção à retina 102 do olho 100. Conforme ilustrado, presumindo que o olho não tenha aberrações de frente de onda, a frente de onda plana focaliza em um único ponto 104 ao longo do eixo óptico 106. Dado que está é uma representação de erro de frente de onda 0, o ponto focal 104 está na fóvea que é localizada no centro da mácula lútea da retina 102. A fóvea é a área da retina responsável pela visão central precisa. Em contraste, na Figura 2, é ilustrada uma frente de onda 201 de +10,00 dioptrias conforme se deslocaria através do olho 200 em direção à retina 202 do olho 200. Conforme ilustrado, a linha de frente focaliza em um único ponto 204 ao longo do eixo óptico 206 em frente à retina 202 como seria esperado com uma desfoca-gem de +10,00 dioptrias. Em ambos os casos e similar aos elementos ópticos esféricos convencionais, os elementos ópticos das lentes são projetados com um eixo óptico primário através do qual os raios de luz convergem em direção a um único ponto; denominado ponto focal. A quantidade de erros de frente de onda esférica dita a localização do ponto focal, sobre ou em frente à fóvea da retina, como os exemplos ilustram nas Figuras 1 e 2 respectivamente. Estas duas figuras são utilizadas para definir os parâmetros/princípios básicos sobre os quais a descrição da presente invenção é baseada; no entanto, deve-se compreender que enquanto apenas erros refrativos esféricos são ilustrados e descritos para facilidade de explicação, a presente invenção é igualmente aplicável a lentes tóricas que incluem potências cilíndricas em um eixo geométrico específico. Além disso, conforme estabelecido subsequentemente com mais detalhes, as lentículas podem incluir uma potência cilíndrica e um eixo geométrico, e podem também compreender designs ópticos mais complexos, como aberrações de ordem maior.
[0041] A Figura 3 ilustra uma frente de onda 301 plana (desfoca-gem de 0 dioptria) e frentes de onda de lentículas coaxiais com desfo-cagem de +10,00 dioptrias 303 conforme se deslocariam através do olho 300 em direção à retina 302 do olho 300. Conforme ilustrado, a frente de onda da esfera de base de 0 dioptria focaliza em um único ponto 304 ao longo do eixo óptico primário 306. Dado que esta é uma representação de erro 0 de frente de onda, o ponto focal 304 está na fóvea da retina 302. A frente de onda de cada lentícula coaxial de +10,00 dioptrias 303 focaliza em um único ponto 308 em frente à retina 302 como seria esperado com um erro de +10,00 dioptrias. Deve-se observar que as lentículas são uma pequena seção da frente de onda de +10,00 dioptrias ilustrada na Figura 2 e assim os raios de luz 303 de cada lentícula ainda apontam para a mesma direção como a frente de onda de +10,00 dioptrias completa. Designs de lentes multifocais concêntricas ou esféricas também têm, em geral, tanto a distância primária como a potência de adição com um eixo geométrico em comum. Tipicamente, nestas aplicações para manter a qualidade de imagem ótima, a potência de adição é limitada a uma faixa de +1,00 a +3,00 dioptrias. Portanto, a alta potência de adição necessária para a presente invenção não funcionaria com esta disposição de lentículas, mas sim com uma disposição não coaxial, conforme estabelecido em detalhe subsequentemente.
[0042] A Figura 4 ilustra uma frente de onda plana de uma lente de esfera com base plana 401 e frentes de onda de lentículas não coaxiais de +10,00 dioptrias 403 conforme se deslocam através do olho 400 em direção à retina 402 do olho 400. Conforme ilustrado, a frente de onda da esfera 401 focaliza em um único ponto 404 ao longo do eixo óptico primário 406. Dado que esta é uma representação de erro de frente de onda de 0 dioptria, o ponto focal 404 está na fóvea da retina 402. Cada uma das frentes de onda de lentículas não coaxiais com desfocagem de +10,00 dioptrias 403 focaliza em um ponto único 408 e 410 em frente à retina 402 como seria esperado com uma lente de +10,00 dioptrias, mas em direção à fóvea. Ao contrário do que é ilustrado na Figura 3, as lentículas agora têm pontos focais 408 e 410 que não coincidem com o eixo óptico comum original 406 e são, portanto, não coaxiais. É importante observar que as lentículas de frente de on- da esférica focalizam +10,00 dioptrias à frente da retina 402 ao longo de seu próprio eixo geométrico, o centro de cada lentícula tem erro de frente de onda 0, e cada lado do ponto central dos mesmos têm um declive positivo e, portanto, ainda apontam na mesma direção que o centro da esfera de referência; denominada a fóvea.
[0043] A Figura 5 ilustra uma frente de onda plana proveniente de uma lente de esfera com base plana 501 e frentes de onda provenientes de lentículas não coaxiais de +10,00 dioptrias 503 conforme se deslocam através do olho 500 em direção à retina 502 do olho 500. Conforme ilustrado, a frente de onda da esfera focaliza em um único ponto 504 ao longo do eixo óptico primário 506. Visto que esta é uma representação de erro de frente de onda de 0 dioptria, o ponto focal 504 está na fóvea da retina 502. Cada uma das frentes de onda de lentículas não coaxiais com desfocagem 503 de +10,00 dioptrias focaliza em um ponto único 508 e 510 à frente da retina 502, como seria esperado com uma lente de +10,00 dioptrias, mas simetricamente distante da fóvea. Novamente, as lentículas agora têm os pontos focais 508 e 510, que não coincidem com o eixo óptico comum original 506 e são, portanto, não coaxiais. É importante observar que as lentículas de frente de onda esférica focalizam ao longo de seu próprio eixo geométrico e têm coeficientes angulares diferentes daqueles das lentículas da Figura 4, a fim de direcionar os centros simetricamente na direção oposta à fóvea mas ainda ter um ponto focal local de +10,00 dioptrias à frente da retina 502. Além disso, os eixos das lentículas convergem simetricamente em direção ao eixo geométrico da frente de onda da esfera de base central 506. Em outras palavras, as lentículas 512 direcionam raios de luz através do eixo óptico comum original 506, em direção às seções periféricas da retina 502 equidistantes da fóvea, em uma disposição simétrica.
[0044] A Figura 6 ilustra uma frente de onda plana de uma lente de esfera com base plana 601 e frentes de onda de lentículas não coaxiais de +10,00 dioptrias 603 conforme se deslocam através do olho 600 em direção à retina 602 do olho 600. Conforme ilustrado, a frente de onda plana focaliza em um único ponto 604 ao longo do eixo óptico primário 606. Visto que esta é uma representação de erro de frente de onda de 0 dioptria, o ponto focal 604 está na fóvea da retina 602. Cada uma das frentes de onda de lentículas não coaxiais com desfocagem de +10,00 dioptrias 603 focaliza em um ponto único 608 e 610 em frente à retina 602 como seria esperado com uma lente de +10,00 dioptrias, mas assimetricamente distante da fóvea. Novamente, as lentículas agora possuem pontos focais 608 e 610 que não coincidem com o eixo geométrico comum original 606 e são, portanto, não coaxiais. É importante observar que as lentículas de frente de onda esférica focalizam ao longo de seu próprio eixo geométrico e têm coeficientes angulares diferentes daqueles das lentículas da Figura 4, a fim de direcionar os centros assimetricamente na direção oposta à fóvea, mas ainda ter um ponto focal local de +10,00 dioptrias à frente da retina 602. Além disso, os eixos das lentículas convergem assimetricamente em frente ao ponto focal da frente de onda da esfera de base central. Em outras palavras, as lentículas direcionam raios de luz através do eixo óptico comum original em direção às seções periféricas da retina 602 a diferentes distâncias da fóvea, em uma disposição assimétrica.
[0045] A Figura 7 ilustra uma frente de onda plana proveniente de uma lente esférica com base plana 701 e uma frente de onda de lentículas não coaxiais de +10,00 dioptrias 703 conforme se deslocariam através do olho 700 em direção à retina 702 do olho 700. Conforme ilustrado, a frente de onda plana focaliza em um único ponto 704 ao longo do eixo óptico primário 706. Visto que esta é uma representação de erro de frente de onda de 0 dioptria, o ponto focal 704 está na fóvea da retina 702. Cada uma das frentes de onda de lentículas não coaxi- ais com desfocagem de +10,00 dioptrias 703 focaliza em um ponto único 708 e 710 em frente à retina 702 como seria esperado com uma lente de +10,00 dioptrias, mas simetricamente na direção oposta à fóvea sem cruzar o eixo óptico primário 706. Novamente, as lentículas agora têm pontos focais 708 e 710 que não coincidem com o eixo geométrico comum original 706 e são, portanto, não coaxiais. É importante observar que as lentículas de frente de onda esférica focalizam ao longo de seu próprio eixo geométrico e têm coeficientes angulares diferentes daqueles das lentículas da Figura 4, a fim de direcionar os centros simetricamente na direção oposta à fóvea, mas ainda ter um ponto focal local de +10,00 dioptrias à frente da retina 702. Além disso, os eixos das lentículas convergem simetricamente atrás do ponto focal da frente de onda da esfera de base central 704. Em outras palavras, as lentículas direcionam raios de luz que não cruzam o eixo óptico comum original 706, mas ainda são direcionados às seções periféricas da retina 702 que estão equidistantes da fóvea, em uma disposição simétrica.
[0046] A Figura 8 ilustra uma frente de onda plana de uma lente de esfera com base plana 801 e frentes de onda de lentícula não coaxial de +10,00 dioptrias 803 conforme elas se deslocam através do olho 800 em direção à retina 802 do olho 800. Conforme ilustrado, a frente de onda plana focaliza em um único ponto 804 ao longo do eixo óptico primário 806. Visto que esta é uma representação de erro de frente de onda de 0 dioptria, o ponto focal 804 está na fóvea da retina 802. Cada uma das frentes de onda de lentículas não coaxiais com desfocagem de +10,00 dioptrias 803 focaliza em um ponto único 808 e 810 à frente da retina 802, como seria esperado com uma lente de +10,00 dioptrias, mas assimetricamente na direção oposta à fóvea, sem cruzar o eixo óptico primário 806. Novamente, as lentículas têm agora pontos focais 808 e 810 que não coincidem com o eixo geométrico comum original 806 e são, portanto, não coaxiais. É importante observar que as lentículas de frente de onda esférica focalizam ao longo de seu próprio eixo geométrico e têm diferentes coeficientes angulares em comparação com as lentículas da Figura 4 para direcionar centros assimetricamente na direção oposta à fóvea, mas ainda tem um ponto focal local de +10,00 dioptrias à frente da retina 802. Além disso, os eixos das lentículas convergem assimetricamente atrás do eixo geométrico da frente de onda da esfera de base central 806. Em outras palavras, as lentículas direcionam raios de luz que não cruzam o eixo óptico comum original 806 dentro do olho, mas ainda são direcionados às seções periféricas da retina 802 que estão a distâncias diferentes da fóvea, em uma disposição assimétrico.
[0047] É importante observar que combinações das configurações descritas acima também são possíveis, por exemplo, um design óptico que inclui uma esfera de base com zero erro de frente de onda, lentículas que direcionam raios através do eixo óptico primário e lentículas que direcionam raios para o mesmo lado do eixo óptico primário. Além disso, as lentículas podem facilmente ser criadas em formatos que não são esféricos. Isso permitiría ajuste e manipulação precisos da distribuição de raios vindos das lentículas e atingindo a retina. Um exemplo seria criar lentículas com astigmatismo local correspondendo a sua posição angular. A quantidade de astigmatismo poderia ser ajustada para alterar a largura do embaçamento da retina em um padrão de ‘anel’ em torno da fóvea.
[0048] Lentes ou lentes de contato são simplesmente lentes colocadas no olho. As lentes de contato são consideradas dispositivos médicos, e podem ser usadas para corrigir a visão e/ou por razões cosméticas ou outras razões terapêuticas. As lentes de contato têm sido usadas comercialmente para aprimorar a visão desde os anos 1950. As lentes de contato antigas, produzidas ou fabricadas a partir de materiais rígidos, eram relativamente dispendiosas e frágeis. Além disso, essas lentes de contato antigas eram fabricadas a partir de materiais que não permitiam a transmissão de oxigênio suficiente através da lente de contato para a conjuntiva e a córnea, o que podería causar, potencialmente, vários efeitos clínicos adversos. Embora ainda sejam usadas, essas lentes de contato não são adequadas a todos os pacientes, devido a seu conforto inicial insatisfatório. Os desenvolvimentos posteriores no campo deram origem a lentes de contato flexíveis, à base de hidrogéis, as quais são extremamente populares e amplamente usadas atualmente. As lentes de contato de hidrogel de silicone que estão disponíveis hoje combinam o benefício do silicone, que tem permeabilidade ao oxigênio extremamente alta, e o conforto e desempenho clínico comprovados dos hidrogéis. Essencialmente, essas lentes de contato à base de hidrogel de silicone têm valores de permeabilidade ao oxigênio mais altos e são, em geral, mais confortáveis para se usar que as lentes de contato produzidas a partir dos materiais rígidos anteriores. As lentes de contato rígidas permeáveis a gás, por outro lado, são produzidas a partir de polímeros que contêm siloxano, mas são mais rígidas que as lentes de contato gelatinosas e, assim, mantêm seu formato e são mais duráveis.
[0049] As lentes de contato atualmente disponíveis continuam sendo um meio de baixo custo para a correção da visão. As finas lentes de plástico se encaixam sobre a córnea do olho para corrigir defeitos de visão, incluindo miopia ou visão curta, hiperopia ou hipermetro-pia, astigmatismo, isto é, toricidade da córnea, e presbiopia, isto é, a perda da habilidade do cristalino para se acomodar. As lentes de contato estão disponíveis em uma variedade de formas e são produzidas a partir de uma variedade de materiais para fornecer diferentes funcionalidades. As lentes de contato gelatinosas de uso diário são tipicamente produzidas a partir de materiais de polímero macio combinados com água para permeabilidade ao oxigênio. As lentes de contato gelatinosas de uso diário podem ser descartadas diariamente ou descartadas após o uso prolongado. As lentes de contato diariamente descartáveis são normalmente utilizadas por um único dia e então jogadas fora, enquanto as lentes de contato descartáveis de uso prolongado são, em geral, usadas continuamente por um período de até trinta dias. As lentes de contato gelatinosas coloridas usam materiais diferentes para fornecer funcionalidades diferentes. Por exemplo, uma lente de contato com coloração de visibilidade usa uma coloração leve para auxiliar o usuário a localizar uma lente de contato que tenha caído, as lentes de contato com tonalidade de acentuação têm uma tonalidade transparente ou translúcida que se destina a acentuar a cor natural do olho do usuário, a lente de contato colorida compreende uma tonalidade opaca destinada a mudar a cor dos olhos de uma pessoa, e a lente de contato com tonalidade para filtração de luz funciona para acentuar determinadas cores e, ao mesmo tempo, suavizar outras. Lentes de contato bifocais e multifocais são projetadas especificamente para pacientes com presbiopia e estão disponíveis tanto na variedade gelatinosa como na rígida. As lentes de contato tóricas são projetadas especificamente para pacientes com astigmatismo e também estão disponíveis tanto na variedade gelatinosa como na rígida. Também estão disponíveis lentes de combinação, que combinam diferentes aspectos do exposto acima, por exemplo as lentes de contato híbridas.
[0050] De acordo com a presente invenção, são desenvolvidos designs de lentículas para lentes oftálmicas que fornecem correção da visão foveal e têm embaçamento miópico nas periferias próxima e distante da retina, a fim de reduzir ou interromper o sinal de crescimento ocular com impacto mínimo ou nulo sobre a visão primária. A lente de contato da presente invenção pode ser uma lente esférica ou uma lente tórica. As Figuras 12A e 12B ilustram uma lente de contato exempli- ficadora 1200 que pode ser utilizada de acordo com a presente invenção. A Figura 12A é uma vista superior plana da lente 1200 e a Figura 12B é uma vista lateral da lente 1200. A lente de contato 1200 compreende uma superfície convexa frontal 1202 e uma superfície côncava traseira 1204. A zona óptica 1206 compreende elementos ópticos de correção de distância primários 1208 e uma pluralidade de lentículas não coaxiais 1210 com alta potência de adição para criar desfocagem miópica para o tratamento da progressão da miopia. A razão entre a área total dos elementos de correção de distância primários 1208 e as lentículas não coaxiais 1210 pode estar na faixa de 20:80 a 80:20. As lentículas 1210 podem ser formadas na superfície convexa frontal 1202 ou na superfície côncava traseira 1204. De preferência, as lentículas 1210 são formadas na superfície convexa frontal 1202. A lente de contato 1200 compreende, também, uma zona periférica 1212. [0051] A Figura 9 ilustra seis modalidades exemplificadoras de designs de lentículas não coaxiais para uma abertura de pupila de 5,5 mm, onde as variações entre a razão de distância e a área de potência de adição ou o fator de preenchimento estão na faixa de vinte (20) a sessenta (60) por cento, e o valor de potência de adição é de +2,50 dioptrias a +20,00 dioptrias. Nestes exemplos, os tamanhos das lentículas 900 são 0,45 mm, 0,62 mm e 0,77 mm para os fatores de preenchimento de 20 por cento, 40 por cento e 60 por cento, respectivamente. A distância de centro de lentícula a centro de lentícula foi mantida constante em 0,88 mm. O diâmetro do centro nítido também foi mantido constante em 2,00 mm. É importante observar que pode ser usado qualquer disposição adequada de lentículas 900. Além disso, qualquer formato e tamanho adequado pode ser usado para as lentículas 900, por exemplo circular, hexagonal, em anéis concêntricos ou mesmo em zonas radiais com um tamanho na faixa de 0,5 a 1,1 mm. A Tabela 1, fornecida abaixo, resume os parâmetros de design para os exemplos acima.
Tabela 1 [0052] O desempenho visual e a sensibilidade ao contraste de Weber para os supracitados designs de lentículas não coaxiais, em relação a uma melhor correção esférica e em comparação a uma lente esférica convencional com uma adição de +3,00 dioptrias, uma lente bifocal de duas zonas com uma adição de +3,00 dioptrias ou uma lente bifocal de anéis concêntricos convencional com uma adição de +2,00 dioptrias são resumidos na Tabela 2, fornecida abaixo. Em todos os casos, o design de lentícula com lentículas ópticas não coaxiais resultou em menor perda da acuidade visual e da sensibilidade ao contraste de Weber, quando comparado a abordagens ópticas coaxiais convencionais, como as lentes bifocais com duas zonas e as lentes bifocais concêntricas. O contraste é essencialmente a diferença de lumi-nância/brilho que torna distinguíveis um ou mais objetos dentro do campo de visão, e a sensibilidade ao contraste de Weber é basicamente o limite de detecção do olho entre a luminância do objeto e a luminância do plano de fundo.
Tabela 2 Continuação [0053] De acordo com outra modalidade exemplificadora da presente invenção, a Figura 10 ilustra uma variação do design óptico com e sem uma zona central nítida, enquanto mantém constante a porcentagem de fator de preenchimento, a potência de adição e o tamanho da lentícula. Conforme ilustrado, o design óptico com zona central nítida 1000 não tem lentículas 1002 no interior da mesma. Os parâmetros dos designs e o desempenho visual calculado (VSOTF - "Visual Strehl ratio based on the optical transfer function", ou Razão de Strehl baseada na função de transferência óptica) para cada um dos exemplos de design são resumidos na Tabela 3, fornecida abaixo.
[0054] A razão de Strehl baseada na função de transferência óptica (VSOTF) é um indicador de desempenho visual comumente utilizado, que pode ser diretamente derivado de aberrações da frente de onda. Ele indica como a qualidade de imagem da retina é afetada pelos elementos ópticos do olho e por outras aberrações induzidas pelas diferentes formas de auxílios adicionais à visão (por exemplo, óculos ou lentes de contato, etc.). O VSOTF aumentado é dado pela seguinte equação, onde denota a função de transferência óptica limitada por difração, CSF^^y é a função neural de sensibilidade de contraste, e são as coordenadas de frequência espacial.
Tabela 3 Continuação [0055] De acordo com ainda outra modalidade exemplificadora da presente invenção, a Figura 11 ilustra imagens na retina simuladas em um olho modelo com difração limitada em qualidade de imagem e desempenho visual como uma função do tamanho e da potência de adição da lentícula 1100. A Tabela 4, fornecida abaixo, resume os parâmetros de design e desempenho visual calculados para cada um dos designs. Pode ser observado, a partir dos dados na Tabela 4, que a potência de adição tem menor impacto sobre o VSOTF do que o tamanho da lentícula. Consequentemente, parâmetros de design ótimos podem incluir alta potência de adição para eficácia de tratamento aprimorada, tamanho pequeno de lentícula e um centro nítido.
Tabela 4 Continuação [0056] É importante observar que, embora as modalidades exemplificadoras aqui descritas tenham sido direcionadas a lentes de contato que compreendem lentículas tendo a mesma potência local, seja +1,00 D ou +30,00 D, é possível ter lentes de contato compreendendo lentículas de diferentes potências. Por exemplo, uma lente de contato pode compreender lentículas com uma potência local de +2,00 D em uma região e +10,00 D ou +20,00 D em outra região. Em ainda outras modalidades exemplificadoras, as potências locais podem se alterar alternadamente com suas lentículas vizinhas. Essencialmente, pode ser usada qualquer combinação adequada de potências locais.
[0057] É também importante observar que as modalidades exemplificadoras descritas aqui foram direcionadas a lentes de contato, para desacelerar a progressão da miopia. Estas lentes compreendem uma potência esférica com base plana ou negativa para lentículas de correção de distância e não coaxiais com potência de adição positiva para induzir embaçamento miópico. Também é possível ter lentes de contato para indivíduos com hipermetropia com polaridade invertida. Nestas lentes, a correção esférica de base é uma correção refrativa de potência positiva com lentículas não coaxiais tendo potência negativa a fim de induzir o embaçamento hipermetrópico, levando à emetropia.
[0058] É importante observar que o termo "lente oftálmica" é mais amplo que "lentes de contato". As lentes oftálmicas incluem lentes de óculos. As lentes de óculos são comumente chamadas de "óculos". Os óculos tipicamente incluem duas lentes presas no lugar por uma armação projetada para prender as lentes na distância adequada em relação aos olhos do usuário. A Figura 13 Ilustra um par de óculos exem-plificadores 1300. Conforme apresentado acima, os óculos exemplifi- cadores 1300 compreendem duas lentes 1302 que estão presas em uma armação 1304. As lentes oftálmicas incluem também lentes intra-oculares ou LIOs. As lentes intraoculares são dispositivos médicos que são implantados no olho para substituir a lente do cristalino, como parte do tratamento de catarata. A lente do cristalino é removida após ser atingido um certo nível de opacidade, sendo substituída por uma LIO. Em casos raros, os indivíduos podem nascer sem uma lente do cristalino e uma LIO é implantada sem a necessidade de se remover a lente do cristalino opacificada existente. A LIO pseudofácica fornece a mesma função de focalização de luz que a lente do cristalino, após a lente do cristalino ser removida. Uma LIO fácica pode ser utilizada como parte de uma cirurgia refrativa para alterar a potência óptica do olho como um tratamento para miopia. Este tipo de LIO é colocado sobre a lente do cristalino natural. A Figura 14 ilustra uma LIO 1400 exemplificadora. A LIO exemplificadora 1400 compreende uma lente 1402 e dois elementos hápticos 1404 que prendem a lente 1402 na posição adequada dentro da bolsa capsular ou cápsula do olho. As lentes oftálmicas também incluem dispositivos intracorneanos/extra-corneanos. Um dispositivo intracorneano ou extracorneano é um dispositivo médico que é cirurgicamente implantado na camada estromal da córnea, tipicamente como um tratamento para presbiopia. A Figura 15 ilustra um dispositivo intracorneano/extracorneano 1500 na córnea de um olho 1502. Os elementos ópticos da presente invenção podem ser incorporados a qualquer uma das lentes oftálmicas descritas na presente invenção.
[0059] Embora se acredite que o que é mostrado e descrito sejam as modalidades mais práticas e preferenciais, fica evidente que certas discrepâncias em relação aos designs e métodos específicos descritos e mostrados poderão se apresentar aos versados na técnica e poderão ser usadas sem que se afaste do espírito e do escopo da inven- ção. A presente invenção não se restringe às construções específicas descritas e ilustradas, mas deve ser interpretada de modo coeso com todas as modificações que possam se enquadrar no escopo das reivindicações.
REIVINDICAÇÕES

Claims (10)

1. Lente oftálmica para pelo menos um dentre desacelerar, retardar ou impedir a progressão da miopia, caracterizada pelo fato de que a lente oftálmica compreende: uma superfície convexa frontal, uma superfície côncava traseira; e uma zona óptica que inclui zonas primárias de correção de distância da esfera de base e uma pluralidade de lentículas com potência de adição intercalados entre e adjacentes às zonas primárias de correção de distância de esfera de base, sendo que as zonas primárias de correção de esfera de base criam uma frente de onda que focaliza em um único ponto ao longo de um eixo óptico primário da lente oftálmica e sobre a retina de um olho, e a pluralidade de lentículas com potência de adição cria frentes de onda não coaxial que focalizam à frente da retina ao longo de seu próprio eixo óptico que é diferente do eixo óptico primário, sendo a combinação de lentículas e zonas primárias de correção de distância disposta para fornecer visão nítida e desfocagem miópica a todas as regiões da retina, sendo que a lente oftálmica é selecionada do grupo que consiste em lentes de óculos, lentes intraoculares, dispositivos intracorneanos e dispositivos extracorneanos.
2. Lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a pluralidade de lentículas fornece uma potência de adição na faixa de +1,00 a +30,00 dioptrias.
3. Lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a pluralidade de lentículas com potência de adição ocupa entre 20 e 80 por cento da zona óptica.
4. Lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a pluralidade de lentículas com potência de adição é configurada para direcionar a luz através de um eixo óptico primário da lente.
5. Lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a pluralidade de lentículas com potência de adição é configurada para direcionar a luz para um lado de um eixo óptico primário da lente.
6. Lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a pluralidade de lentículas com potência de adição é configurada para direcionar a luz simetricamente na direção oposta à fóvea de um paciente.
7. Lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a pluralidade de lentículas com potência de adição é configurada para direcionar a luz assimetricamente na direção oposta à fóvea de um paciente.
8. Lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a pluralidade de lentículas com potência de adição é configurada para criar embaçamento miópico em torno da fóvea de um paciente.
9. Lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a pluralidade de lentículas com potência de adição é formada na superfície convexa frontal.
10. Lente oftálmica, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a pluralidade de lentículas com potência de adição é formada na superfície côncava traseira.
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