BR102012020725A2 - arranjo de descarga de gás para um compressor de refrigeração - Google Patents

Abstract

arranjo de descarga de gás para um compressor de refrigeração. o arranjo de descarga de gás da presente invenção é aplicável para um compressor de refrigeração que compreende: uma carcaça (1) fixando um tubo de saida de gás (la> e alojando um cilindro (3) e uma tampa decilindro (10) tendo uma saida de gás (13); e um tubo de descarga (20), plástico e flexível, tendo um extremo de entrada (21), acoplado à saída de gás (13) e um extremo de saída (22) acoplado ao tubo de saída de gás (la) de acordo com a presente invenção pelo menos um dos extremos de entrada (21) e de saída (22) do tubo de descarga (20) é conectado a uma parte de descarga, definida dentre a saída de gás (13) e o tubo de saída de gás (la), por um elemento conector (30) tendo: uma porção de fixação (31), a ser fixada no interior da respectiva parte de descarga (la, 13); uma porção de engate (32) a ser encaixada no interior de um extremo do tubo de descarga (20) e carregando um meio indexador superficial (33), que produz uma correspondente deformação radial (20a) no tubo de descarga (20); e pelo menos um meio de garra (34), superficialmente disposto entre o meio indexador superficial (33) e a porção de fixação (31); e um anel deretenção (40), disposto em torno do extremo do tubo de descarga (20) e comprimindo radialmente esse último de modo a nele cravar o meio de garra (34) da porção de engate (32) do elemento conector (30).

Description

"ARRANJO DE DESCARGA DE GÁS EM UM COMPRESSOR DE RE FRIGE FIAÇÃO" Campo da invenção Refere-se a presente invenção a um arranjo de descarga a ser aplicado a um compressor hermético de refrigeração do tipo que compreende, no interior de uma carcaça, um conjunto motor-compressor apresentando um pistão reciprocante no interior de um cilindro definido em um bloco de cilindro e que é fechado, por um extremo, por uma tampa de cilindro em cujo interior é definida uma câmara de descarga. A descarga de gás do compressor é provida de um tubo de descarga, apresentando um extremo de entrada fixado à tampa de cilindro e aberto para a câmara de descarga e um extremo de saida, oposto e aberto para um tubo de saida de gás provido em um orifício da carcaça hermética. 0 tubo de descarga provê uma comunicação fluida entre a câmara de descarga e o lado de alta pressão de um sistema yl O y ys T~ y η yr D Td P 5 y\ ΞΙ PS Ptl Λ a I y\ y ΠΓΠΡ y a QCht λ Q j" p y y\ r~i ys y 4— 35 yJ y ca f U JL. i. i. tj U I— d d w d t/ Li Cl ~L vj v L/ A l L|d 1 w O o L/ JL L, d L d v* L_A A A L_-· L— Cl LA LA * Antecedentes da invenção Máquinas de compressão de vapor, tal como compressores de refrigeração do tipo utilizado em sistemas de refrigeração, realizam a compressão de um gás refrigerante em uma unidade de compressão, interna a uma carcaça, conduzindo gás pressurizado para um lado de alta pressão do sistema de refrigeração ao qual o compressor está acoplado.

Tais compressores geralmente incluem, no interior da carcaça, um conjunto motor-compressor tendo um bloco de cilindro que define um cilindro no interior do qual é axialmente deslocável um pistão, por atuação de um motor elétrico rotativo ou linear. O cilindro tem um extremo aberto, pelo qual o pistão é alojado, e um extremo oposto fechado por uma placa de válvulas, contra a qual é assentada uma tampa de cilindro. A placa de válvulas é construída para operar em conjunto com pelo menos uma válvula de descarga voltada para o interior da câmara de descarga. O gás comprimido no cilindro é conduzido para fora do compressor através de um tubo de descarga tendo um extremo de entrada, hermeticamente acoplado à tampa de cilindro e um extremo oposto, hermeticamente fixado a um tubo de saida de gás, geralmente montado em um orifício provido na carcaça do compressor.

Nas conhecidas soluções, nas quais o tubo de descarga é metálico, a conexão deste com a tampa de cilindro e com o tubo de saída de gás é obtida por soldagem, por brasagem direta ou através do encaixe a um corpo intermediário (PI0300607-7, ÜS2004/0052661) montado na tampa de cilindro.

Na solução construtiva descrita e ilustrada no documento US2010/0226805A1, a montagem do extremo de saída do tubo de descarga metálico no interior do tubo de saída de gás é feita com o auxílio de um conector em forma de luva tubular, construída em material plástico e situada entre o tubo de descarga e o tubo de saída de gás.

Nas soluções em que o tubo de descarga é em material plástico, a conexão à tampa de cilindro ocorre, por exemplo, por encaixe do extremo de entrada do tubo de descarga plástico em torno de um bocal tubular, projetante da tampa de cilindro, podendo ser a retenção do tubo de descarga plástico ao bocal tubular realizada com o auxílio de diferentes meios como, por exemplo, por adesivo com ou sem a provisão de um anel de retenção envolvendo, simultaneamente, o extremo de entrada do tubo de descarga plástico e o bocal tubular da tampa de cilindro.

Uma conhecida montagem do extremo de saída do tubo de descarga plástico no tubo de saída de gás metálico da carcaça hermética é descrita e ilustrada no documento W02007/011247A2 e compreende a provisão de um tubo de saida de gás metálico projetando-se para dentro e para fora da carcaça hermética, para ter seu extremo externo soldado à tubulação do lado de alta pressão do sistema de refrigeração ao qual o compressor está acoplado. O tubo de salda de gás metálico tem seu diâmetro interno dimensionado para receber, de modo justo, uma porção extrema de saida do tubo de descarga plástico, porção extrema essa que é disposta ao longo do interior de toda a extensão do tubo de saida de gás. O encaixe justo do tubo de descarga plástico no interior do tubo de saida de gás metálico, em conjunto com a extensão longitudinal desse encaixe telescópico, já provê uma selagem entre as duas extensões tubulares, sendo a referida selagem complementada por pelo menos uma deformação radial para dentro, do tubo de saida de gás metálico contra o tubo de descarga em plástico.

Nestas conhecidas construções de compressor, existem alguns problemas que precisam ser resolvidos através de um adequado arranjo físico do sistema de descarga, incluindo o tubo de descarga e suas conexões com a tampa de cilindro e com a carcaça. São conhecidos problemas relacionados ao uso de um tubo de descarga em material metálico e que podem ser resumidos à transmissão de vibração do mecanismo de compressão para a carcaça hermética, à transmissão de ruído da compressão do gás para a carcaça hermética, à questão da resistência às condições de transporte e funcionamento sem quebra do tubo de descarga por fadiga e ainda aos problemas de restrição à passagem do gás e à transferência de calor do gás comprimido para interior da carcaça hermética.

Além dos problemas acima apresentados, nas soluções convencionais de conexão do tubo de descarga metálico às partes de tampa de cilindro e de carcaça do compressor pode também ocorrer uma falha de isolamento no motor de um compressor, resultando em uma fuga de corrente elétrica neste e a qual tem o tubo de descarga como um dos caminhos para seguir até a carcaça do compressor e a qualquer estrutura metálica associada a essa última.

Para solucionar as questões acima mencionadas e relacionadas ao uso de um tubo de descarga em material metálico, esse último é usualmente provido com um diâmetro interno suficientemente grande para minimizar perdas de carga e com um comprimento elevado, com várias curvas e partes retas para minimizar a transmissão de vibração para a carcaça e a possibilidade de quebra por fadiga.

Além dessa solução exigir maior quantidade de material e complexidade de montagem, ela não consegue evitar o problema da transmissão de ruido da compressão de gás para a carcaça, o que normalmente requer a utilização de elementos amortecedores montados sobre o tubo, e ainda o problema da transmissão de calor do gás comprimido para o interior da carcaça, a não ser que seja provido algum tipo de isolamento térmico sobre o tubo de descarga metálico, o que encarece ainda mais essa solução conhecida.

Visando solucionar os problemas da provisão de um tubo de descarga em material metálico, foi proposta uma conhecida solução que se utiliza de um tubo de descarga flexível, em material de baixa condutividade térmica, por exemplo, um material plástico polimérico (W02007/011247A2).

Apesar de solucionar todos os problemas relacionados ao tubo de descarga metálico, essa solução de tubo de descarga flexível e polimérico da técnica anterior ainda apresenta alguns inconvenientes relacionados à necessidade de elementos adicionais sobreinjetados e de anéis de retenção, os quais além de apresentarem montagem difícil e onerosa, permitem a ocorrência de falhas de fixação e de selagem ao tubo de saída de gás e à tampa de cilindro e ainda de resistência estrutural, comprometendo a estanqueidade da descarga.

Sumário da Invenção Em função das desvantagens das soluções anteriores, a presente solução tem, como objetivo, prover um arranjo de descarga de gás em um compressor de refrigeração, capaz de prover uma conexão, segura e resistente, de um tubo de descarga em material flexível, de baixa condutividade térmica e não condutor elétrico, nas partes de tampa de cilindro e de carcaça do compressor, dita conexão sendo de construção simples, de instalação prática e adaptável a diferentes construções de compressor, reduzindo substancialmente a transmissão, para a carcaça hermética, das vibrações do mecanismo de compressão e do ruido da compressão do gás. O objetivo acima é alcançado por meio de um arranjo de descarga de gás a ser aplicado a um compressor de refrigeração do tipo que compreende: uma carcaça fixando um tubo de saida de gás e alojando um mecanismo de compressão de gás incluindo um cilindro e uma tampa de cilindro que define, internamente, uma câmara de descarga de gás e que tem uma saida de gás; e um tubo de descarga em material plástico e flexível tendo um extremo de entrada, acoplado à saída de gás e um extremo de saída acoplado ao tubo de saída de gás.

De acordo com a presente invenção, pelo menos um dos extremos de entrada e de saída do tubo de descarga é conectado a uma parte de descarga, definida dentre a saída de gás e o tubo de saída de gás, por um elemento conector, de formato tubular, tendo: uma porção de fixação, a ser fixada no interior da respectiva parte de descarga; uma porção de engate a ser encaixada, com interferência, no interior de um extremo do tubo de descarga e carregando um meio indexador superficial, que produz uma correspondente deformação radial no tubo de descarga; e pelo menos um meio de garra, superficialmente disposto entre o meio indexador e a porção de fixação; e um anel de retenção, disposto em torno do extremo do tubo de descarga e comprimindo radialmente esse último, de modo a nele cravar o meio de garra da porção de engate do elemento conector. A presente invenção prove um arranjo de descarga tendo uma conexão para tubo de descarga que tem, como vantagens, ser de fácil montagem. A construção acima definida permite, por meio de uma construção simples e de custo reduzido, melhorar as conexões do tubo de descarga, em material plástico e flexível, a pelo menos uma das partes de descarga definidas pela tampa de cilindro e pela carcaça do compressor.

Considerando que o arranjo da presente invenção também se utiliza de um tubo de descarga em material plástico não condutor elétrico, ele não prejudica a isolação térmica e elétrica do conjunto motor-compressor em relação à carcaça hermética, evitando a transferência de calor e o risco de passagem de corrente elétrica do conjunto motor-compressor para a carcaça, através do tubo de descarga. Essa construção permite também um otimizado dimensionamento não só do tubo de descarga, mas também de cada elemento conector, com menor perda de carga no bombeamento do fluido refrigerante. O arranjo em questão também não afeta os benefícios da redução na transmissão de ruído para a carcaça, sem a necessidade de exigir componentes amortecedores adicionais, em função da construção do tubo de descarga em material plástico e flexível.

Breve descrição dos desenhos A invenção será descrita a seguir fazendo-se referências aos desenhos anexos, dados a título de exemplo de uma materialização da invenção e nos quais: A figura 1 representa uma vista em perspectiva explodida de uma tampa de cilindro e do respectivo elemento conector, construídos de acordo com o arranjo da presente invenção; A figura 2 representa uma vista em perspectiva semelhante à da figura 1, mas estando o elemento conector montado à tampa de cilindro; A figura 3 representa uma vista em corte transversal do conjunto ilustrado na figura 2, dito corte tendo sido tomado segundo a linha III-III na referida figura; A figura 4 representa uma vista em corte parcial da carcaça hermética de um compressor carregando um tubo de saida de gás no qual encontra-se adaptado um respectivo elemento conector; A figura 5 representa uma vista em perspectiva do elemento conector do arranjo da presente invenção; e Δ figura 6 representa uma vista em corte longitudinal do elemento conector da figura 5, com sua porção de engate encaixada e fixada no interior de um adjacente extremo do tubo de descarga, com o uso de uma primeira configuração de anel de retenção; Ά figura 6A representa uma vista em perspectiva parcial do anel de retenção da figura 6, em uma condição diametralmente cortada; Ά figura 7 representa uma vista em corte longitudinal do elemento conector da figura 5, com sua porção de engate encaixada e fixada no interior de um adjacente extremo do tubo de descarga, com o uso de uma segunda configuração de anel de retenção; A figura 7A representa uma vista em perspectiva parcial do anel de retenção da figura 7, em uma condição diametralmente cortada.

Descrição da invenção A presente invenção é descrita a seguir para um compressor de refrigeração do tipo hermético alternativo e que compreende uma carcaça 1, hermética, fixando um tubo de saida de gás la e alojando um conjunto motor-compressor (não ilustrado), que compreende um mecanismo de compressão de gás incluindo um bloco de cilindro 2 (parcialmente ilustrado na figura 3) , que define um cilindro 3 no interior do qual é axialmente deslocável um pistão (não ilustrado), por atuação de um motor elétrico rotativo ou linear (também não ilustrado). O bloco de cilindro 2 pode ser construído em qualquer liga metálica adequada, bem conhecida do estado da técnica. O cilindro 3 tem um extremo aberto, pelo qual o pistão é nele alojado, e um extremo oposto (ilustrado na figura 3), fechado por uma placa de válvulas 4, contra a qual é assentada uma tampa de cilindro 10, geralmente metálica. A placa de válvulas 4 é construída em liga metálica, para operar em conjunto com pelo menos uma válvula de sucção, não ilustrada, voltada para o interior do cilindro 3, e com pelo menos uma válvula de descarga que pode tomar a forma de uma folha única 5 incorporando uma pluralidade de lâminas flexíveis metálicas, não ilustradas, operando, cada uma, em associação com um respectivo orifício de descarga {não ilustrado) da placa de válvulas 4. A placa de válvulas 4 é assentada ao bloco de cilindro 1, por meio de uma junta de vedação anelar 6, sendo ainda provida outra junta de vedação anelar 7 disposta entre a tampa de cilindro e a adjacente face da placa de válvulas 4 . Ά tampa de cilindro 10 é assentada contra uma face da placa de válvulas 4, oposta àquela assentada contra o bloco de cilindro 2. A tampa de cilindro 10 define, internamente, com a adjacente face da placa de válvulas 4, uma câmara de descarga de gás 11, que mantém uma comunicação fluida seletiva com o cilindro 3, através dos orifícios de descarga, quando da abertura da válvula de descarga, e uma comunicação fluida constante com um lado de descarga de um sistema de refrigeração ao qual o compressor está associado, através de um tubo de descarga 20, que comunica a dita câmara de descarga 11 ao tubo de saída de gás la hermeticamente fixado através da carcaça 1 do compressor e daí para o exterior desse último. O tubo de saída de gás la geralmente conecta o lado de descarga do compressor de refrigeração a uma linha de descarga de um sistema de refrigeração ao qual o compressor de refrigeração está operativamente associado. O tubo de descarga 20 é obtido em material plástico e flexível, não condutor térmico, preferivelmente em material polimérico como, por exemplo, um polímero PTFE (politetrafluoretileno). Esse material polimérico apresenta um coeficiente de condutividade térmica muito inferior ao das ligas metálicas, imprimindo ao tubo de descarga 20, um menor coeficiente de transmissão de calor, permitindo uma redução de seu comprimento, o que reduz a perda de carga no bombeamento do gás refrigerante. A tampa de cilindro 10 toma a forma de um copo, com sua base aberta assentada na placa de válvulas 4 e definindo uma entrada de gás 12 em comunicação fluida com o ou os orifícios de descarga, e uma saída de gás 13, a qual é acoplado o tubo de descarga 20. O tubo de descarga 20 tem um extremo de entrada 21, acoplado à saída de gás 13 da tampa de cilindro 10 e um extremo de saída 22 acoplado ao tubo de saída de gás la Qci Cal CaÇa _L .

Na construção ilustrada, a tampa de cilindro 10 é provida de uma parede extrema 14, oposta à sua base aberta e à placa de válvulas 4 e na qual é provida a saída de gás 13. Entretanto, deve ser entendido que dita saída de gás 13 pode ser provida lateralmente na tampa de cilindro 10, não sendo este posicionamento da saída de gás 13 limitado à construção ilustrada.

Na construção particular ilustrada, a tampa de cilindro 10 apresenta ainda um canal 16, provido na parede extrema 14 e que é disposto ortogonalmente à saida de gás 13 da tampa de cilindro 10. Nessa construção particular ilustrada, a parede extrema 14 apresenta uma porção rebaixada 17 para o interior da qual é aberto, através da saida de gás 13, o canal 16.

Na construção ilustrada, o bocal de saida 13 da tampa de cilindro 10 é configurado para receber e fixar, em seu interior, por qualquer meio adequado tal como, por exemplo, por rosqueamento, colagem ou brasagem, um elemento conector 30, de corpo tubular, que se projeta para fora do bocal de saida 13, para ser acoplado ao adjacente extremo de entrada 21 do tubo de descarga 20. O elemento conector 30 ilustrado é formado em uma única peça, por exemplo, em material metálico. Entretanto deve ser entendido que a presente invenção pode ser realizada cora um elemento conector formado por pluralidade de peças produzidas isoladamente e fixadas entre si para formação do referido elemento conector.

De acordo com a presente invenção, pelo menos um dos extremos de entrada 21 e de saida 22 do tubo de descarga 20 é conectado a uma parte de descarga, definida pela saida de gás 13 da tampa de cilindro 10 ou pelo tubo de saida de gás la da carcaça 1, por um respectivo elemento conector 30. O elemento conector 30 apresenta uma porção de fixação 31, a ser fixada no interior da respectiva parte de descarga, definida pela saida de gás 13 da tampa de cilindro 10 ou pelo tubo de saida de gás la da carcaça 1, e uma porção de engate 32 a ser encaixada, com interferência, no interior de um extremo do tubo de descarga 20 adjacente a uma das partes de saida de gás 13 da tampa de cilindro 10 e de tubo de saida de gás la da carcaça 1. A porção de engate 32 do elemento conector 30 carrega um meio indexador superficial 33, que produz uma correspondente deformação radial 20a no tubo de descarga 20, e pelo menos um meio de garra 34, superficialmente disposto entre o meio indexador superficial 33 e a porção de fixação 31.

Para manter a montagem de um extremo do tubo de descarga 20 a um adjacente elemento conector 30, o arranjo da presente invenção compreende ainda um anel de retenção 40, disposto em torno do extremo do tubo de descarga 20 montado a um elemento conector 30, dito anel de retenção 40 comprimindo radialmente o extremo do tubo de descarga 20, de modo a nele cravar o meio de garra 34 da porção de engate 32 do elemento conector 30. O anel de retenção 40 pode ser obtido em qualquer material e apresentar qualquer construção que permita a ele, quando montado em torno de um respectivo extremo do tubo de descarga 20 já acoplado a um respectivo elemento conector 30, apertar radialmente o referido extremo do tubo de descarga, contra a porção de engate do elemento conector, produzindo o pressionamento do meio de garra 34 contra a parede do tubo de descarga 20 em material plástico. Em uma forma de realização, o anel de retenção 40 é metálico. 0 meio indexador superficial 33 é provido no corpo tubular do elemento conector 30, em uma posição distanciada da porção de fixação 31, projetando-se radialmente para fora da porção de engate 32.

Na primeira configuração ilustrada nas figuras 6 e 6A, o anel de retenção 40 apresenta uma extensão axial dimensionada para permitir que ele seja axialmente retido em um sentido, pela deformação radial 20a do extremo do tubo de descarga 20 e, em um sentido oposto, pela porção de fixação 31. Nessa construção, o anel de retenção 40 fica axialmente retido entre a deformação radial 20a do adjacente extremo do tubo de descarga 20 e a porção de fixação 31 de dito elemento conector 30.

Assim, o anel de retenção 40 tem suas bordas extremas opostas 40a, 40b, respectivamente assentadas contra a deformação radial 20a e contra a porção de fixação 31 do elemento conector 30.

Nas formas construtivas ilustradas, o meio indexador superficial 33 é definido por um friso circunferencial 33a com seção transversal em arco convexo.

Ainda conforme ilustrado nas figuras 6 e 6A, o anel de retenção 40 pode incorporar, externamente, um elemento de batente B geralmente definido por um ombro circunferencial 41 e contra o qual pode ser assentada uma ferramenta (não ilustrada) de inserção do anel de retenção 40 sobre a porção do tubo de descarga 20 envolvendo a porção de engate 32 do elemento conector 30. Nessa construção, a face interna do anel de retenção 40 não necessita ser obrigatoriamente provida de nenhum acidente superficial para cooperar com a deformação radial 20a no tubo de descarga 20.

Em uma segunda configuração, ilustrada nas figuras 7 e 7Α, o anel de retenção 40 apresenta uma extensão axial dimensionada para permitir que ele se estenda para além da região do elemento conector 30, provida com o meio indexador superficial 33. Nesse caso, o anel de retenção 4 0 deve ser internamente provido de uma ranhura circunferencial 42 configurada para alojar, em seu interior, a deformação radial 20a do adjacente extremo do tubo de descarga 20. Nessa construção, apenas a borda extrema 40b do anel de retenção 40 é axialmente travada por seu assentamento contra a porção de fixação 31 do elemento conector 30. A borda extrema oposta 40a do anel de retenção 40 permanece livre, não sendo assentada contra nenhum meio de retenção. 0 travamento axial do anel de retenção 40, no sentido de afastamento da porção de fixação 31 do elemento conector 30, é obtido pelo alojamento da deformação radial 20a do tubo de descarga 20, no interior da ranhura circunferencial 42 do anel de retenção 40. Deve ser entendido que a cooperação entre a deformação radial 20a e a ranhura circunferencial 42 pode ser feita de modo a permitir o travamento axial relativo, em ambos os sentidos, entre o anel de retenção 40 e o tubo de descarga 20. Nesse caso, o anel de retenção 40 não necessita ter sua borda extrema 40b assentada contra a porção de fixação 31 do elemento conector 30. O anel de retenção 40 ilustrado nas figuras 7 e 7A pode incorporar ainda, externamente, o elemento de batente B que pode tomar a forma do já citado ombro circunferencial 41 e contra o qual pode ser assentada uma ferramenta (não ilustrada) de inserção do anel de retenção 40 sobre a porção do tubo de descarga 20 envolvendo a porção de engate 32 do elemento conector 30.

Embora não ilustrado, a retenção do tubo de descarga ao elemento conector pode ser obtida com o uso de um anel de retenção estendendo-se para além da região do elemento conector, provida com o meio indexador superficial 33, que podería ser na forma de um acidente superficial negativo tal como um recesso circunferencial no dito elemento conector, contra o qual seria forçada uma porção do tubo de descarga, quando do aperto do anel de retenção. Neste caso, o anel de retenção seria provido de um ressalto circunferencial interno que coincidiría com a região de deformação do tubo de descarga, obtida pelo encaixe no recesso circunferencial do elemento conector. Como será descrito adiante, o meio indexador superficial 33, carregado pelo elemento conetor 30, garante a retenção axial do anel de retenção 40, no sentido de afastamento deste em relação à porção de fixação 31 do elemento conector 30, mantendo o tubo de descarga 20 solidamente fixado ao respectivo elemento conector 30 junto à tampa de cilindro 10 e/ou junto ao tubo de saída la da carcaça 1. O friso circunferencial 33a tem que apresentar um formato que evite, na fixação do anel de retenção 40 ao tubo de descarga 20, ocorrência de tensões sobre o tubo de descarga 20, em condições de operação e de movimentação do compressor. Em função disso, deve ser entendido que a forma convexa é somente uma forma de realização da invenção, não devendo ser esta considerada limitativa.

Na montagem do tubo de descarga 20 a cada elemento conector 30, um extremo de dito tubo de descarga 20 é forçado a passar por sobre o meio indexador superficial 33 e, posteriormente, por sobre o meio de garra 34, dito extremo sendo forçado neste encaixe até atingir a porção de fixação 31 do elemento conector 30.

Neste estágio, a colocação do anel de retenção 40 pressiona o tubo de descarga 20 contra o elemento conector 30, retendo, axialmente, dito tubo de descarga 20 ao elemento conector 30 por interferência mecânica do meio de garra 34 contra uma porção adjacente da parede interna do tubo de descarga 20. O meio indexador superficial 33 ilustrado é dimensionado para provocar uma correspondente deformação do tubo de descarga, em suas superfícies interna e externa, de modo que dita superfície externa reproduza o formato do referido meio indexador superficial 33, produzindo a já mencionada deformação radial 20a. Já o meio de garra 34 é definido de modo a provocar somente uma deformação na superfície interna do tubo de descarga 20, não propagando-se tal deformação para a superfície externa do tubo de descarga 20. A deformação radial 20a, externa, no tubo de descarga 20, define um batente axial para o anel de retenção 40, cooperando para evitar que esse último seja axialmente deslocado, depois de montado, para longe da porção de fixação 31 do elemento conector 30 e para fora da porção de engate 32 desse último.

Na construção ilustrada, o meio de garra 34 é na forma de uma projeção circunferencial tronco-cônica, com sua base menor 34a coincidente com o contorno da porção de engate 32 e com sua base maior 34b definindo um degrau anelar projetante para fora da porção de engate 32 e voltado para a porção de fixação 31. Conforme ilustrado, o meio de garra 34 pode tomar a forma de uma projeção continua anelar. No entanto, deve ser entendido que dito meio de garra 34 pode ser definido por projeções na forma de dentes circunferencialmente distribuídos em um arranjo anelar, mas distanciados entre si, podendo ainda o elemento conector 30 apresentar pluralidade de alinhamentos circunferenciaís de projeções definidoras do meio de garra 34. 0 meio de garra 34 define um engate mecânico radial que promove um travamento axial entre o tubo de descarga 20 e a porção de engate 32 do elemento conector 30, no sentido de impedir o desacoplamento entre o tubo de descarga 20 e o elemento conector 30. A porção de engate 32 tem um extremo livre 32a e um extremo oposto 32b unido à porção de fixação 31 e carregando um meio de batente 35 que se projeta radialmente para fora do contorno da porção de engate 32 e que é distanciado do meio de garra 34.

Na construção ilustrada, o meio de batente 35 é definido por um flange anelar fixado em torno do extremo oposto 32b da porção de engate 32.

Para qualquer uma das construções acima, o meio indexador superficial 33 é disposto no elemento conector 30, em uma posição distanciada do extremo livre 32a da porção de engate 32.

De acordo com a presente invenção, a porção de fixação 31 do elemento conector 30 é cilíndrica e fixada à respectiva parte de descarga, definida pela saída de gás 13 da tampa de cilindro 10 ou pelo tubo de saída de gás la da carcaça 1, por meio de adesivo. Entretanto, deve ser observado que o elemento conector pode ser fixado à parte de tampa de cilindro ou de tubo de saída de gás da carcaça, através de rosqueamento, soldagem, brasagem e etc., não sendo estes meios de fixação limitadores para a presente invenção.

Para a solução de fixação do elemento conector 30 por rosca à parte de tampa de cilindro 10 e/ou de tubo de saída de gás la da carcaça 1, a porção de fixação 31 de dito elemento conector 30 deve apresentar uma rosca externa 30a a ser fixada a uma correspondente porção roscada provida na respectiva parte de descarga, definida dentre a saída de gás 13 da tampa de cilindro 10 e o tubo de saída de gás la da carcaça 1.

Deve ser entendido que o arranjo de descarga da presente invenção pode ser realizado independentemente das particularidades construtivas de tampa de cilindro 10, de meio pressionador, etc.

Deve ser ainda observado que as variantes construtivas aqui descritas podem ser apresentadas individualmente, em construções particulares, ou ainda combinadas, parcial ou totalmente entre si. A provisão do anel de retenção entre a porção de fixação 31 do elemento conector 30 e seu meio indexador superficial 33 evita a concentração de tensões na parte externa do tubo de descarga 20, reduzindo o risco de fadiga e de rompimento do tubo de descarga em função de sua movimentação provocada pelo deslocamento operacional do conjunto motor-compressor em relação à carcaça hermética fixa. Na construção proposta, as referidas tensões são mais concentradas na parte interna do tubo de descarga 20, quando esse tubo for submetido a movimentação causada pela operação do compressor.

REIVINDICAÇÕES

Claims (13)

1- Arranjo de descarga de gás para um compressor de refrigeração gue compreende: uma carcaça (1) fixando um tubo de saida de gás (la) e alojando um mecanismo de compressão de gás incluindo um cilindro (3) e uma tampa de cilindro (10) que define, internamente, uma câmara de descarga de gás (11) e que tem uma saida de gás (13); e um tubo de descarga (20), em material plástico e flexível, tendo um extremo de entrada (21), acoplado à saida de gás (13) e um extremo de saida (22) acoplado ao tubo de saida de gás (la), caracterizado pelo fato de pelo menos um dos extremos de entrada (21) e de saida (22) do tubo de descarga (20) ser conectado a uma parte de descarga, definida dentre a saida de gás (13) e o tubo de saida de gás (la), por um elemento conector (30), de formato tubular, tendo: - uma porção de fixação (31) , a ser fixada no interior da respectiva parte de descarga (la,13); - urna porção de engate (32) a ser encaixada, com ΐ rifpr-fpT-pnpi 3 ΤΊΟ Í Tlt ΡΓ1 ΠΓ 11ΓΠ pyf TP*7T10 Η O 1" llHo Hp —i— X X V— V*·* JL. — w J—. X X nilii J «L X J. X V** v»·»· -JL. —1— V-' JL- VA V—' CA. A L L <£ a. -J— C-· 1 L ί V, VA \_A V— VA VA VA v descarga (20) e carregando um meio indexador superficial (33), que produz uma correspondente deformação radial (20a) no tubo de descarga (20); e pelo menos um meio de garra (34), superficialmente disposto entre o meio indexador superficial (33) e a porção de fixação (31); e - um anel de retenção (40), disposto em torno do extremo do tubo de descarga (20) e comprimindo radialmente esse último de modo a nele cravar o meio de garra (34) da porção de engate (32) do elemento conector (30).

2- Arranjo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de o meio indexador superficial (33) ser distanciado da porção de fixação (31) e projetar-se radialmente, para fora da porção de engate (32), sendo o anel de retenção (40) axialmente retido, em pelo menos um sentido, pela deformação radial (20a) do extremo do tubo de descarga (20) e, em um sentido oposto, pela porção de fixação (31).

3- Arranjo, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de o anel de retenção (40) ter bordas extremas opostas (40a, 40b) respectivamente assentadas contra a deformação radial (20a) do extremo do tubo de descarga (20) e contra a porção de fixação (31) do elemento conector (30).

4- Arranjo, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de o anel de retenção (40) ter uma borda extrema (40b) axialmente assentada e travada contra a porção de fixação (31) do elemento conector (30) e uma borda extrema oposta (40a) livre, dito anel de retenção (40) sendo internamente provido de uma ranhura circunferencial (42) alojando e travando axialmente, em seu interior, a deformação radial (20a) do adjacente extremo do tubo de descarga (20).

5- Arranjo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato de o meio indexador superficial (33) ser definido por um friso circunferencial (33a) com seção transversal em arco convexo.

6- Arranjo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado pelo fato de o meio de garra (34) ser na forma de uma projeção circunferencial tronco-cônica com sua base menor (34a) coincidente com o contorno da porção de engate (32) e com sua base maior (34b) definindo um degrau anelar projetante para fora da porção de engate (32) e voltado para a porção de fixação (31) .

7- Arranjo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo fato de a porção de engate (32) ter um extremo livre (32a) e um extremo oposto (32b) unido à porção de fixação (31) e carregando um meio de batente (35) que se projeta radialmente para fora do contorno da porção de engate (32), distanciado do meio de garra (34).

8- Arranjo, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de o meio de batente (35) ser definido por um flange anelar fixado em torno do extremo oposto (32b) da porção de engate (32).

9- Arranjo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 7 ou 8, caracterizado pelo fato de o meio indexador superficial (33) ser distanciado do extremo livre (32a) da porção de engate (32).

10- Arranjo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizado pelo fato de o elemento conector (30) ser formado em uma única peça.

11- Arranjo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado pelo fato de a porção de fixação (31) ser cilíndrica e fixada à respectiva parte de descarga, definida dentre a saída de gás (13) e o tubo de saída de gás (la), por meio de adesivo.

12- Arranjo, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, caracterizado pelo fato de a porção de fixação (31) compreender uma rosca externa a ser fixada à respectiva parte de descarga, definida dentre a saída de gás (13) e o tubo de saída de gás (la).

13- Arranjo, de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 12, caracterizado pelo fato de o anel de retenção (40) incorporar, externamente, um elemento de batente (B) definido por um ombro circunferencial (41), para assentamento de uma ferramenta de inserção do anel de retenção (40) sobre a porção do tubo de descarga (20) envolvendo a porção de engate (32) do elemento conector (30).